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JOINVILLE
2006
1
JOINVILLE
NOV/2006
2
BANCA EXAMINADORA
Orientador: _________________________________________
Prof. Evandro Bittencourt
Universidade do Estado de Santa Catarina - UDESC
Membro: _________________________________________
Prof. Rogério Simões
Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC
Membro: _________________________________________
Prof. Adalberto José Tavares Vieira
Universidade do Estado de Santa Catarina – UDESC
AGRADECIMENTOS
todo o seu conhecimento aos seus alunos, e pela paciência e ensinamento em todos os anos de
A Deus, meus pais e irmãos, e a toda família, que deram toda sustentação e base para
essa conquista, assim como o apoio e a união, que, sem eles o trabalho não seria possível e
Ao meu amor e aos meus amigos, que souberam dividir o tempo e superar a minha
ausência, e que continuam ao meu lado ajudando tudo que for preciso.
as informações necessárias.
RESUMO
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 13
1.1 APRESENTAÇÃO DO TEMA .................................................................................... 13
1.2 DESCRIÇÃO DO PROBLEMA ................................................................................... 15
1.3 OBJETIVO GERAL ...................................................................................................... 18
1.4 OBJETIVOS ESPECIFICOS ........................................................................................ 18
1.5 DELIMITAÇÃO DO TRABALHO .............................................................................. 19
1.6 ESTRUTURA DO TRABALHO .................................................................................. 19
REFERÊNCIAS ................................................................................................................ 89
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LISTA DE FIGURAS
LISTA DE QUADROS
LISTA DE TABELAS
DBR Drum-Buffer-Rope
JIT Just-in-Time
1 INTRODUÇÃO
últimos anos, tantos nas empresas nacionais quanto internacionais, e esta tendência deve ser
contínua. Esse aumento na concorrência deve-se, em grande parte, ao fato do mundo estar se
Seguindo esse contexto, a empresa que não adaptar seus sistemas produtivos para a
melhora contínua da produtividade, não terá espaço nesse processo de globalização. Hoje as
implantação de novos produtos, com baixos lead times e estoques no atendimento das
necessidades dos clientes. A forma como se planejam, programam e controlam esses sistemas
alternativas e a presença de imprevistos tornam muito complexa a definição sobre o que deve
ser produzido, onde e quando fazê-lo, sem esquecer da complexa manutenção do equilíbrio
somente não é suficiente para avaliar projetos, métodos e conceitos. Se as conseqüências das
modificações puderem ser previstas sem a arriscada execução efetiva do programa, evitam-se
pode causar ressentimentos. Os resultados obtidos nestas condições são, muitas vezes,
atividade de uma fábrica correspondente a um ano inteiro. A conversão e a análise dos dados
serve como laboratório adequado para testar idéias complexas e novas sobre sistemas de
trabalho aborda a implantação do software STF (SEE THE FUTURE) desenvolvido pelo
Instituto Nacional de Tecnologia do Brasil na Fundição Tupy Ltda. O software gera cenários
médio prazo. O trabalho apresenta todas as fases para sua efetiva utilização, desde a coleta
fundições de mercado, proporcionadas tanto por sistemas APS como por sistemas específicos
desenvolvidos internamente. Entretanto, esse estudo de caso mostra que, o software STF
acabamento.
prioridades colocadas pela área de vendas, restando-lhes pouco tempo para planejar e prevenir
acionar a produção tendo em perspectiva o impacto das decisões operacionais (como priorizar
um pedido, fazer ou não horas extras, definir políticas de estoque e lotes, subcontratar, entre
fatores, além das quantidades e prazos de entrega compromissados com a clientela. Variações
alterações substanciais na carga dos recursos. Isso pode gerar estrangulamentos simultâneos
possui um elevado grau de complexidade. Como demonstração da sua idéia, o autor se refere
a um caso típico para exemplificar o problema: caso dos leitores. Conforme os dados
máquina 3 e por último máquina 4, e respeitar o tempo de duração para cada atividade.
Segundo Costa (2006), para exemplificar o universo de soluções para este problema e
ordem e não houvesse restrições, quantas soluções possíveis teriam esse problema? Ou seja,
Neste caso, considerando que um computador rápido leva um segundo para processar
(isto é, encontrar e avaliar) mil soluções possíveis do problema, qual o tempo computacional
necessário para pesquisar todo o universo de soluções com o objetivo de encontrar uma
solução ótima?
tem-se:
Como este tempo computacional cresceria se o número de itens passasse a ser cinco,
processamento:
produção, e/ou pesquisa operacional que podem ser usadas para a solução do problema.
computacional).
relatórios gerenciais para todo o seu processo: macharia, fusão, moldagem e acabamento. O
estudo foi realizado em uma empresa da região de Joinville, Fundição Tupy Ltda, onde foi
implantado o software STF desenvolvido pela empresa Trilha Projetos e com a parceria do
O trabalho está dividido em seis partes. O primeiro capítulo apresenta uma visão geral
estrutura do trabalho.
O segundo capítulo faz uma revisão literária sobre os sistemas produtivos, mostrando
seus históricos, suas novas tendências e novas tecnologias, bem como suas funções e
Uma revisão literária sobre o PCP, suas funções, suas características, suas atividades, assim
ou em massa.
capítulo. A revisão de literatura refere-se aos conceitos de MRPI, MRPII, mostrando seus
dados históricos, características, quando e onde são aplicados e sua evolução. Outras técnicas
como TOC ou OPT onde foi gerada a Teoria das restrições, a programação com o uso de
capacidade finita e sobre o uso de simulação computacional. Também são apresentados nesse
funções, vantagens e desvantagens. Mostra-se a relação dessa técnica com as demais formas
tempo de fila, recursos, eventos e tempos de simulação. Ainda mostra-se como essa
fundição, explicando suas etapas, como macharia, fusão, moldagem, e acabamento, bem
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como, suas restrições para planejamento e programação de fábrica. Neste capítulo mostra-se
como é necessário manter o sincronismo entre suas etapas de fabricação para manter a
refugo.
fundição, descrevendo cada etapa, desde seu conceito, levantamento de dados, melhorias,
como quanto aos resultados obtidos e as recomendações para trabalhos futuros estão
trabalho.
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2. SISTEMAS DE PRODUÇÃO
iniciou com a Revolução Industrial. Antes dessa época, a fabricação de produtos era regida
pela simples divisão do trabalho, dentro de funções especializadas executadas nas casas dos
tangíveis. Podem-se produzir tanto bens como serviços. (SPRAKEL e SEVERIANO, 1999
últimos anos, tantos nas empresas nacionais quanto internacionais, e esta tendência deve ser
contínua. Esse aumento na concorrência deve-se, em grande parte, ao fato do mundo estar se
Conforme Tubino (2000, p.16), as empresas que não melhorarem seus sistemas
flexível, com rapidez no projeto e implantação de novos produtos, com baixos lead times e
estoques no atendimento das necessidades dos clientes. A forma como se planeja, programam
Cada empresa possui seu objetivo e para conseguir cumprir essas metas, os sistemas
produtivos devem exercer uma série de funções operacionais, realizadas por pessoas, que vão
desde o projeto dos produtos, controle dos estoques, recursos financeiros, distribuição dos
Essas funções podem ser agrupadas em três funções básicas conforme demonstra
Tubino (2000) na figura 1. As três funções básicas são: finanças, produção e marketing.Essas
três funções, para se conseguir atingir os objetivos das empresas, devem ser trabalhadas em
pelos seus processos de fabricação, como: grau de padronização dos produtos, tipo de
Os sistemas de produção podem ter suas operações por processo contínuo, repetitivo
produtos tomam o seu lugar nas máquinas. O produto original só voltará a ser feito
um dos produtos;
único e não há um fluxo do produto. Nesse caso, tem-se uma seqüência de tarefas ao
planejamento e controle.
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gerencia a produção, desde a obtenção e concepção dos dados de planejamento até a sua
atender, da melhor maneira possível, aos planos estabelecidos em níveis estratégicos, táticos e
Segundo Slack et al (2002) para conseguir cumprir a função do setor, o PCP necessita
necessárias as informações como: roteiros, lead times, tempo padrão; Do setor de Marketing
Tubino (2000, p. 23), informa que como o setor de PCP desempenha uma função de
Os sistemas de PCP, segundo Pedroso e Correa (1996, p.61), devem apoiar as decisões
e o que, quanto, quando e onde produzir e o que, quanto e quando comprar. Estas decisões
Conforme Tubino (2000, p.24), as atividades do PCP são exercidas nos três níveis
No nível tático, são estabelecidos os planos de médio prazo para a produção, e o PCP
realizadas pelo PCP, buscam implementar um programa de produção que atenda ao PMP
gerado para os produtos acabados. Estas atividades podem ser divididas em três grupos
direta ou indireta, as necessidades de compras, fabricação e montagem dos itens para atender
ao PMP. Convencionalmente, as ordens de compras, uma vez geradas, vão para o setor
2001).
produção, ou seja, a definição para cada ordem da especificação do item, o tamanho do lote, a
data de início e conclusão das atividades e a seqüência e o local onde as mesmas serão
de produção.
para empurrar ou para puxar o programa de produção. Nos sistemas de puxar a produção,
dos itens.
PLANEJAMENTO DE CAPACIDADE
PCP, de forma mais agregada a longo prazo e mais detalhada a curto prazo. No planejamento
trabalho de um produto é expresso em termos do tempo exigido para produzí-lo por meio de
um método de fabricação.
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para um trabalho, ou seja, o tempo que levaria para um operador qualificado, trabalhando num
ritmo normal, fazer o trabalho. O tempo-padrão fornece uma régua para se medir o conteúdo
cada período de tempo (traduz-se o plano de produção nas horas de trabalho exigidas em cada
centro de trabalho para cada período de tempo); 2) determina-se a carga em cada centro de
trabalho para cada período de tempo (somam-se as capacidades exigidas para cada item em
cada centro de trabalho, para determinar a carga em cada centro de trabalho para cada período
de tempo).
PLANEJAMENTO AGREGADO
Moreira (1993, p.364) mostra que o planejamento agregado representa uma das mais
produção com a demanda, projetada para horizontes de tempo real de 6 a 12 meses. Esse
balanceamento pode ser feito atuando-se sobre os recursos produtivos. O que se procura é
combinar esses recursos produtivos, atendendo a demanda e conseguir o custo mínimo. Ainda
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pode-se referir ao plano agregado, que é uma programação preliminar e aproximada das
operações gerais de uma organização que satisfaça a previsão de demanda a custo mínimo
produção, o planejamento agregado ocupa uma posição intermediária como exibido na figura
02 (MOREIRA, 1993).
Planejamento da capacidade
Planejamento agregado
Programa-Mestre da produção
SEQUENCIAMENTO DA PRODUÇÃO
regras de seqüenciamento.
para produtos com alta uniformidade na produção e demanda. Nos processos contínuos não
postos de trabalho. Tubino (2000, p. 149) define que o trabalho da programação da produção
permitem atender a diferentes volumes e variedades de pedidos dos clientes (TUBINO, 2000,
p 28).
onde cada lote passa por um roteiro de programação, onde a etapa seguinte só pode ser
processamento, bem como, qual recurso será programado por seqüência, conforme demonstra
(lead time) e com a data de entrega, que podem ser estabelecidos tendo por base as
informações dos produtos finais ou dos lotes individualmente. Estas regras normalmente
assumem, para simplificar, que os tempos e custos dos setups são independentes da seqüência
seqüenciamento mais empregadas na prática estão apresentadas na tabela 03. Não existem
de um seqüenciamento é medida em termos de três fatores: o lead time médio, o atraso médio,
dos sistemas MRP trouxe o cálculo das necessidades de materiais, associou-o à elaboração do
máquina. Isso viabilizou o cálculo da capacidade, criando o sistema MRP II, que serviu de
Otimizada). Nos tópicos a seguir, serão feitas considerações adicionais sobre os principais
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conceitos do MRP e MRPII, TOC, sistemas de planejamento com capacidade finita e o uso de
simulação computacional.
basicamente aos produtos acabados, ou seja, aqueles que são efetivamente entregues ao
consumidor. Assim, para uma montadora de automóveis, o número de pneus que irá utilizar
expandiu-se o conceito do MRP até então utilizado. Assim, além dos recursos de
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planejamento dos materiais que já eram tratados, passou-se a considerar também outros
etc.
Martins e Laugeni (1999, p.218 e 219) dizem que, os softwares com tais capacidades
que pode ser traduzido por planejamento dos recursos de manufatura. Como a sigla
convenciou-se chamar a primeira de MRP II. Hoje em dia é cada vez mais comum chamar o
pacotes para computador. Estes são freqüentemente divididos em módulos, os quais têm
diferentes funções e mantêm relações entre si. Os pacotes comerciais disponíveis apresentam
uma grande similaridade quanto aos módulos e lógica principais. Os módulos principais do
4.2 OPT
foi desenvolvido por volta da década de 70, e é uma maneira de gerenciar a produção
físico Eliyahu Goldratt, que acabou por ser o principal divulgador de seus princípios e hoje é
considerado como um dos mestres da Teoria das Restrições (TOC). Goldratt desenvolveu um
Tubino (2000) mostra que esse processo é composto de cinco etapas, e que chama de
5°- Se num passo anterior uma restrição foi quebrada, volte à primeira etapa, mas não
de produção segundo os conceitos da TOC (Teoria das Restrições. De acordo com estes
conceitos, numa fábrica existem apenas alguns recursos que limitam o fluxo de materiais, ou
Simulação Discreta, que se responsabiliza por controlar a carga alocada dentro dos limites
Segundo Tubino (2000, p.162), atualmente foram gerados softwares que procuram,
programa de produção dentro do horizonte limitado pelo PMP. Esses softwares buscam boas
como, os tempos de setup, parada para manutenção dos equipamentos etc. que normalmente
Costa (2006) informa que os sistemas de programação com capacidade finita são já
reconhecidos como tendo uma contribuição a dar interligação dos planos agregados gerados
pelo MRPII, com o nível de execução, no chão de fábrica. De fato, a maioria dos sistemas
disponíveis está estruturada para atender exatamente essa demanda, trazendo também as
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realidade. A idéia geral é imitar uma situação real matematicamente, estudar seu
Um sistema segundo Taylor (apud Schappo, 2006) é “um conjunto de objetos, como
pessoas ou máquinas, por exemplo, que interagem com a intenção de alcançar um objetivo ou
um propósito lógico”.
modelo computacional de um sistema real e conduzir experimentos com este modelo com o
propósito de entender seu comportamento e/ou avaliar estratégias para sua operação”.
Terra e Pereira (2000, apud Landmann, 2005), assinalam que é preciso construir, em
computador, um modelo em que são definidos todos os parâmetros do ambiente que se deseja
estudar, como por exemplo, a quantidade de máquinas e de operadores, os tipos de peças com
outros. O modo como as peças são selecionadas da fila de uma máquina particular é definido
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por meio de regras de prioridade. Após a definição de todos os parâmetros e atribuição das
regras às máquinas, é simulada a passagem das peças pelo ambiente de produção. Ao final da
simulação, são coletados valores de medidas de desempenho. Essas medidas, como por
exemplo, o atraso das peças, o tempo gasto pelas peças em filas, são formas de avaliação do
ambiente de produção. Entretanto, os valores das medidas obtidos podem não ser satisfatórios.
Neste caso, são atribuídas novas regras de prioridade às máquinas, e simulada novamente a
passagem das peças pelo ambiente de produção, num processo de tentativa e erro.
De acordo com definições dos autores, estas devem ser transformadas em relações
variáveis de entrada, obtendo respostas específicas que podem atender ou não os objetivos do
modelo.
duração pode ser uma constante, como pode não o ser, pois pode ser resultado
possíveis. A primeira etapa é a formulação dos objetivos, deve ser feita de maneira clara e
bem definida pelo analista, o tipo de resposta que se deseja extrair nas variáveis respostas, o
método de modelagem e tipo de modelo a ser adotado no estudo identificando seus limites,
estudo.
De acordo com Render (1999, apud Dias, 2001) o uso de simulação deve seguir as 7
Para explicar claramente a figura 03, segue abaixo a descrição de cada etapa:
problema;
formulação do problema, a coleta dos dados deve obedecer alguns critérios como, por
exemplo, haver uma quantidade suficiente de dados sendo estes confiáveis e ainda devem ser
7. Tomar as decisões.
VANTAGENS
• Aplica-se à análise de problemas de grande escala e complexidade que não podem ser
• Em suma, para aqueles problemas que na prática são resolvidos por regras intuitivas
(rules of the thumb) a simulação é uma ferramenta forte para o apoio a decisão
DESVANTAGENS
• Um bom modelo de simulação pode se tornar caro e levar vários meses para
• Apesar dos novos softwares de simulação possuírem ferramentas de busca que podem
De acordo com Pegden (1990, apud Schappo, 2006), a simulação na manufatura prevê
componentes do sistema, pela avaliação do fluxo de peças através das máquinas e estações de
tanto nas fases de planejamento, quanto nas fases de projeto ou de operação de sistemas de
Para Pegden (1990 apud Schappo, 2006), o uso da simulação se dará em três modos
distintos:
freqüentemente utilizadas;
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• Como parte de sistemas em tempo real. Tal sistema deverá ser periodicamente ativado,
necessários alguns elementos básicos como, por exemplo, estações de trabalho incluindo os
estoques entre elas, procedimentos de trabalho (ex.: planos de produção), organização dos
turnos e procedimentos para troca dos produtos a serem produzidos e ainda informações da
ordem de produção como o mix desses produtos e quantidades a serem produzidas. Além
modelo alterando as variáveis de estado deste. Ao conjunto de processos diz-se que são
ativos, enquanto os recursos são passivos e um evento ocorre quando um processo passa
5 O PROCESSO DE FUNDIÇÃO
grande maioria das peças fundidas é fornecida para indústrias diversas e apenas uma parcela
reduzida dessas peças segue diretamente para o consumidor final. No Brasil, as fundições
estão presentes em quase todas as regiões, gerando mais de 45 mil empregos diretos e
produzindo desde peças simples de uso doméstico até peças mais sofisticadas, como
no uso de metais fundidos é resultado das vantagens funcionais e benefícios econômicos que a
correspondentes aos da peça a ser produzida. A peça produzida por fundição pode ter as
Segundo Landmann (2005) fundição é um processo antigo milenar, que resulta em dar
formas aos metais, que quando submetidos a elevadas temperaturas, passam do estado sólido
para o líquido. À medida que a temperatura abaixa, o material volta ao estado sólido, com
aquisição da forma do molde que é um aglomerado de argila com água, onde ocorre a
solidificação. Os moldes que formam as partes ocas das peças são chamados “machos”.
processos para obter uma peça fundida dentro das especificações requeridas. Consistem em
fabricar moldes (“moldagem”); preparar e fundir metais (“fusão”); despejar o metal dentro do
normalmente são de areia aglomerada com resina, fabricados antecipadamente, por processos
diversos, conhecidos genericamente como “macharia”, que podem ser a quente ou a frio, e
mantidos em estoque. As peças acabadas podem ser expedidas diretamente para os clientes,
estar adequados para esse tipo de indústria, isto é, precisam considerar suas características.
Laney (1982, apud Landmann, 2005) aponta alguns aspectos específicos dos processos de
• os materiais que são fundidos e vazados (despejados) num molde não são requisitados
para uma ordem específica e, portanto, a ordem de compra não pode ser atribuída a um
determinado cliente;
processadas simultaneamente.
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6 ESTUDO DE CASO
fundição, descrevendo cada etapa, desde seu conceito, levantamento de dados, melhorias,
Os simuladores STF (See the Future) são desenvolvidos a partir das “bibliotecas de
Tratam-se de ferramentas de apoio à tomada de decisão que têm como produto final à
atividades a curto prazo oferecendo meios para a reprogramação das atividades de produção
utilizados. São analisados todos e apenas os aspectos considerados relevantes ao processo, por
Um simulador da família STF é desenvolvido para ser uma ferramenta leve e portátil.
um notebook que pode ser levado para uma mesa de reunião ou para a casa. As soluções são
geradas em minutos, dependendo das situações, do banco de dados, das restrições de cada
(prioridades, horas-extras, política de lote, dentre outras) são avaliadas não apenas no seu
impacto operacional, mas também em termos dos custos relacionados a essas decisões.
Alguns aspectos devem ser observados na implantação dos simuladores STF, para
verificar se o seu uso facilitará o planejamento da fábrica. Deve-se destacar o que o simulador
STF não é, para não gerar conflitos de idéias, como por exemplo:
forma integrada com esses sistemas tais como SAP, BAAN, JDE, MAGNUS,
chão de fábrica;
obter dados sobre os estoques em processo através da entrada manual dos dados
sobre os planos de vendas e sobre a engenharia dos produtos a partir do sistema ERP
programador de produção, mas sim para potencializar a sua ação. Com STF o
produção alternativos para então selecionar aquele que lhe pareça mais conveniente
Há duas formar de analisar as vantagens dos simuladores STF, uma é do ponto de vista
a utilização dos recursos críticos. Há uma outra situação que é a (demanda <
menos recursos.
estoques em processo para viabilizar o fluxo. Nota-se, porém, que essas reduções só
que funcionam como um “sistema fechado”, e outros, como é o caso do STF, funcionam
ativamente da elaboração da solução. Já os sistemas fechados são aqueles que assumem uma
função já pré-definida, onde atuam como sistemas engessados e com pouca flexibilidade.
probabilidade de erros para algoritmo e lógica é maior do que o sistema fechado. Os sistemas
80 anos com forte atuação nas áreas de Química, Materiais e Engenharia Industrial.
trabalhos.(TRILHA, 2006)
fábrica.
como seu principal parceiro tecnológico. Desde então a TRILHA vem construindo relações
comerciais estáveis com clientes como: NOKIA, MOTO-HONDA, SONY, XEROX, JABIL,
CSN, FICAP, TEADIT, dentre outras. Recentemente exportou tecnologias de gestão para o
FUTURE foi indicada pelo INT como seu produto mais destacado para concorrer ao Prêmio
TRILHA e INT têm contratos de licenciamento e cooperação técnica firmada entre si.
Com esta cooperação, as equipes técnicas das duas instituições trabalham de forma conjunta e
integrada tendo amplo domínio tecnológico sobre o produto. Garante-se dessa forma, para os
Como o simulador See the Future trabalha como um “sistema aberto”, flexível, ele é
Cada unidade, ou cada setor da fábrica pode ter seu próprio simulador de produção,
O levantamento dos dados é uma das partes mais importantes para a implementação de
um software/simulador com capacidade finita, e é a partir dessa etapa que o simulador começa
a ser gerado. Caso as análises feitas nessa etapa estejam erradas, a seqüência/programação
As informações dessa etapa devem ser discutidas com todos os envolvidos para não
haver dúvidas quanto ao processo ou ao fluxo do sistema produtivo, e para isso algumas
• Estudo do layout: obter o layout de fábrica é necessário, pois nele está contida
unidade;
• Estrutura das peças: Através da estrutura de cada peça, estão contidas a maioria
se obter as informações de quantidade, item pai, item filho, tempo padrão, lotes de
as informações que estão amarradas para cada item/componente, podendo ser item
do ERP;
fluxo de produção pode ser observado conforme mostra a Figura 06. Nessa figura
está descrito todo o layout da unidade Fundição C, onde o software STF foi
levantamento e as análises dos dados e das informações, as conclusões obtidas servem como
seguintes aspectos:
Peças x Ferramentas;
Alternativas;
item que não é controlado não precisa ser exportado para o simulador. Já os
fundição, algumas considerações quanto as etapas de fundição devem ser obervadas antes de
Ferro Líquido
operação de fusão não será planejada pelo simulador, logo não precisa ser exportada pelo
sistema corporativo.
Por outro lado o ferro líquido será tratado como um material de restrição para a
fusão de cada forno em horários de ponta e fora de ponta será mantida e informada pelo
usuário.
seguinte maneira:
Macharia (MC)
A operação de macharia será planejada pelo usuário do simulador, onde se divide em:
cascas;
Loramend;
ferramentais utilizados para fazer cada macho e o número de machos que cabem em um
Moldagem (MM)
Disa, ocorre juntamente com a operação de vazamento. Sendo assim, ela é tratada como a
própria operação de vazamento. Essas duas operações são contínuas, e não há estoque
Quando na fábrica ocorre um fluxo contínuo, para o simulador apenas basta informar a
item MM, por não ter mais operação, não é exportado para o simulador.
Vazamento (FU)
b) Quebra de Canais
c) Limpeza
ritmo da produção. Não há estoques intermediários durante esse processo, que fica entre as
Como essa operação não é gargalo e é um fluxo contínuo, está operação não é
representada no simulador.
ferramentais utilizados para fazer cada molde e o número de peças que cabem em um
A área de tratamento térmico serve para todas as unidades da Tupy. Por este motivo, o
planejador da área de Fundição “C” não possui todas as informações necessárias para
período de tempo fixo (“lead-time”) que deve ser respeitado entre as operações de fundição e
de acabamento.
necessário.
Quando um item da Fundição “C” sofre operação de usinagem são acrescentados dois
A partir do item US o planejador da Fundição “C” não consegue fazer mais nenhuma
interferência. Por este motivo este item é o item “acabado” das peças fundidas que serão
usinadas.
Acabamento (FI)
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Quando uma peça da Fundição “C” não é usinada, suas operações de acabamento são
A este item FI normalmente são associadas uma série de operações, por exemplo:
a) Esmerilhar
b) Rebarbar
c) Inspecionar
d) Pintar
detalhadamente cada máquina, basta agregar todas essas três operações para fazer uma única
Com essa mudança defini-se que na área de Girabrequim há somente uma linha de
acabamento denomina “Linha Acab Gira”, e na área das Disas há 04 linhas denominadas
de Blocos ou são processadas fora da Tupy. Como o planejador da Fundição “C” não tem
controle sobre esta operação, ela é associada a recursos de capacidade infinita, chamada
“Pintura Externa” e “Pintura Bloco”, com tempo fixo de produção de dois dias e 1 dia
Depois de efetuar toda a análise dos dados, passo a passo, e identificar somente as
operações que eram necessárias ao simulador, gerou-se uma estrutura “enxuta” das peças, que
Observando a figura 07 de baixo para cima, tem-se no primeiro nível apenas a matéria
serão calculadas pelo simulador para a fabricação de cada etapa. Para a fabricação da
Macharia(MC), o simulador calculará duas operações (Soprar e Pintar), e assim segue a lógica
para as etapas de FU e FI. A etapa TT, não é programada, mas possui um lead time que deve
Peças parecidas geometricamente não podem ser produzidas nem em seguida, nem em
paralelo nas Disas, para não haver falha na identificação das mesmas.
Peças da linha de girabrequim não podem ser produzidas em seguida, para não ocorrer
Peças do grupo Albarus devem ser processadas em paralelo a peças do tipo ferríticas
Não podem ser processadas três peças em paralelo nas Disas que utilizem machos.
Peças críticas de “rechupe” não podem ser processadas após um reinicio das Disas.
banco de dados Access (que é o banco de dados nativo da linguagem Visual Basic). Esta
performance;
de Dados;
Os dados que são extraídos no ERP são os já citados quando efetuado o levantamento
dos dados para o simulador, como estruturas, estoque em processo, tempo padrão, lotes de
Para conseguir esses dados do ERP foi necessário criar um programa dentro do ERP,
período que se deseja buscar os pedidos já confirmados pelo cliente, e também informa o
• FUC01L – DISA01
• FUC02L – DISA 02
• FUC03L – DISA 03
É necessário apenas informar esses dados na tela de extração dos dados, conforme
figura 08, para cumprir o protocolo. O tempo para a geração dos arquivos é proporcional em
relação ao período de que o usuário está informando. Quando maior o período informado,
assimila arquivos TXT em formato ASCII conforme figura 09. Para isso é necessário recurso
"Cod_item";"Item_descricao";"C_Cust";"Unidade";"Tipo_item";"Perc_refugo";"Pes_liq";"Pes_brut"
"100404";"LIGA NOD.ESP. 5-7";"152";"T";"Materia-Prima Comprada";"0,000";"0,00000";"0,00000"
"200207900FU";"CARCACA DO DIFEREN";"412";"PC";"Manufaturado";"2,000";"3,09200";"3,09200"
"200207901PU";"CARCACA DO DIFEREN";"416";"PC";"Manufaturado";"3,000";"3,04800";"3,09200"
"200207901US";"CARCACA DO DIFEREN";"916";"PC";"Produto FU-C";"0,000";"3,04800";"3,09200"
"2002079MC01";"MACHO 01 SHELL";"413";"PC";"Manufaturado";"5,000";"1,90000";"0,00000"
Após essa transformação nos dados, as informações estão corretas para o simulador.
Estas são armazenadas no diretório específico para efetuar a importação dos dados para o
Figura 10 - Parte superior da interface do STF especificando a importação dos dados do ERP
Fonte: Tupy (2006)
corporativo e também por uma série de dados e alternativas que são cadastradas pelo usuário.
Dentre essas informações tem-se: Máquinas, Tonelagem dos Fornos, Áreas, Setups, Centros
Controle de Canais (peças que não podem ser programadas juntamente sem separar os
que não é agregada ao algoritmo de simulação, ou seja, o usuário pode trabalhar nessas
quantidade de máquinas necessárias para o processo de fabricação, assim como cada horário
11, é onde se localizam os cadastros das máquinas, centros de trabalhos, horários, capacidade
processo, parametriza para cada item, seus lotes de produção, lotes de transferência, estoque
• Peças similares: são peças que não podem ser fabricadas (fundidas) em
grupo específico de peças. O simulador faz com que, no momento certo para uma
peça Albarus ser fundida, é verificado se nas outras máquinas está sendo fundida
uma peça com carbono equivalente. Caso esteja, a peças Albarus é programada, e
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se não houver peça com carbono equivalente, a peça Albarus fica em fila (espera),
com prioridade zero, porém retida, na espera que uma peça compatível seja
• Peças críticas: a restrição de peças crítica é a peça que não pode começar a ser
fabricada após uma parada da máquina. Algumas peças não podem começar a
podem começar com peças “pesadas”, pois ocorre o super aquecimento das
Outra informação que é cadastrada pelo usuário são as peças conjugadas. Peças
conjugadas são as peças onde são moldadas em conjunto uma com a outra, ou seja, no mesmo
molde está a peça A e a peça B, que são fundidas ao mesmo tempo. O simulador deve
O tempo de setup para a troca de um ferramental também deve ser informado nos
cadastros do simulador, caso esse tempo não esteja incluído no tempo padrão de cada peça.
Após o cadastro das máquinas, dos grupos, dos Setups, das restrições, o usuário deve
informar para a fabricação de cada peça, qual máquina deve ser utilizada, bem como a sua
melhor possibilidade. Esse cadastro é um dos mais demorados, pois depende da quantidade de
O usuário visualiza a “estrutura da peça”, desde a matéria prima até o produto final, e
dentro dessa “árvore de operações”, deve ser informado os lotes de produção, lotes de
segurança, lote de transferência, split, e as alternativas de uso de máquina para cada operação
da estrutura do produto.
máquina.
6.5 – SIMULAÇÃO
O Software See the Future executa sua simulação através dos critérios de
seqüenciamento e pelas decisões definidos pelo usuário. Os critérios podem ser elaborados e
situações:
(50), caso o usuário deseja programar um item antes de outro, basta informar
usuário poderá definir com qual ferramental deseja efetuar sua programação;
como por exemplo por motivos de qualidade, o usuário pode interferir com
entre os lotes dos itens, mesmo que os lotes do mesmo item estejam liberados.
Todas as decisões citadas são parametrizadas pelo usuário, podendo ser cadastrada e
simulador efetua o seqüenciamento dos itens através dos critérios presentes na tela de
decisões.
maioria dos autores, como os já mencionados por Tubino (2000), porém o processo de
fundição possui características específicas do seu processo que devem ser respeitadas. Os
Os critérios podem ser diferentes de cada etapa de fabricação, até porque são
programados de forma diferentes. A figura 15 mostra como exemplo a tela dos critérios de
lado direito a ordem dos critérios definidos pelo usuário para programação da máquina Disa3.
2º Menor data de entrega: é programado o item com a menor data de entrega, ou seja,
decisões;
4º Ordem de Chegada: é programado os itens que estão liberados pela etapa anterior
mais cedo, ou seja, os itens que estão com o maior tempo de fila;
77
5º Prioriza peças com Machos: Caso os itens permanecem empatados por critérios
8º Menor Classe: Por último o item que possui a menor classe, também informado
para os clientes, que precisam ser respeitadas pelo simulador, caso o usuário determine o
Após efetuar a importação dos dados, informar os estoques da fábrica, definir todos os
simulador.
O STF apresenta ao usuário, após a simulação, uma gama de informações que irá
elas:
direito da tela, enquanto que os pedidos que forem terminados após a data
maneira que lhe for mais conveniente. Pode-se parametrizar para mostrar o
relatório sob a visão da entrega ou dos lotes de produção, como também criar
Esse menu possibilita verificar como estão sendo utilizados todos os recursos
80
programador de produção, através dessa tela, tem uma visão de como estará
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Disa 01 Disa 02 Disa 03
processo, por máquina, por linha e por vários períodos como por dia, por
para o Excel;
máquinas, os produtos (itens) e seus processos de forma geral. Essa tela é mais
figura 19 se refere a um tipo de produto que por sua vez pode-se observar na
pesquisa diferentes.
pode ser feita por cada máquina, com o tipo da peça, para qual pedido,
item passou;
O simulador STF é confeccionado como um “sistema aberto”, e com isso durante toda
simulador.
uma peça com outra, restrições de lotes mínimos e exatos, assim como a restrição da
Uma das sugestões foi a de eliminação da operação de limpeza que ocorre após a
uma vez que ela ocorre sempre em fase com a etapa de vazamento, ou seja, não há estoque em
peça do lote de produção que não será considerado na simulação. Por outro lado, este tempo
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de atravessamento inicial da peça que se inicia ocorre praticamente ao mesmo tempo em que a
Esta “simultaneidade” também não é simulada, porém isto é compensado pelo fato de
que o tempo de atravessamento também não é considerado. O resultado final, é que a peça B
Peça B Peça A
Situação
Real
Situação
Tempo de proc. Simulada
sem o tempo de
atrav. da primeira
peça do lote
Instante de fim
Tempo de de proc de B
Atravessamento
O simulador possui um controle automático que impede que dois lotes de produção de
A nova sugestão proposta visa flexibilizar esta restrição, permitindo que o usuário
indique, para cada item específico, uma quantidade mínima de tempo que deverá decorrer
A figura 22 mostra exatamente como fica o tempo mínimo estabelecido pelo usuário
Tempo (h)
Tempo mínimo estabelecido pelo usuário
Vale frisar que o tempo indicado nesta proposta implica num intervalo mínimo entre
dois lotes de produção consecutivos e não efetivo, podendo ser alterado a qualquer instante
pelo usuário. Assim sendo, o controle proposto resulta que nos programas de produção
gerados pelo simulador, o tempo decorrido entre o final de processamento do lote desejado de
índice n e o início do processamento lote desejado de índice n+1 de determinado item pode
ser sempre maior ou igual a uma quantidade de tempo mínima estabelecida pelo usuário.
O valor padrão inicial do tempo mínimo entre lotes desejados consecutivos será de um
dia para todas as operações de moldagem. Desta forma, o lote desejado n+1 de um
determinado item só poderia iniciar a sua fabricação após as 00:00 horas do dia seguinte ao
dia do final da fabricação do lote desejado de índice n. Alterações deste valor serão feitas pelo
usuário através de uma nova decisão denominada “Tempo Mínimo Entre Lotes Desejados”.
86
CONSIDERAÇÕES FINAIS
complexas, como rechupe, peças similares, peças conjugadas, apresentando ao mesmo tempo
sincronizada, através de um programa de produção que considera esses fatores, além das
provocam alterações nas cargas dos recursos. Isso pode gerar alta demanda em diversos
Uma programação adequada para o chão de fábrica, nas máquinas de macharia, linhas
Com a pesquisa literária e o estudo de caso observou-se que, com o apoio de uma
melhor aproveitamento dos recursos e sendo possível ao gestor modificar cenários, efetuar o
Um simulador da família STF é desenvolvido para ser uma ferramenta leve e portátil.
(prioridades, horas-extras, política de lote, dentre outras) são avaliadas não apenas no seu
impacto operacional, mas também em termos dos custos relacionados a essas decisões.
onde possui um diferencial que é a programação das campanhas de ligas, porém a grande
com término previsto para Abril de 2007. Nessa unidade o software possui modificações nas
macharia.
Contudo, cada vez mais as empresas estão buscando e implantando o uso de sistemas
produção, por ser uma das ferramentas de última geração, indispensável para o gerenciamento
REFERÊNCIAS
CORRÊA, H.L. e GIANESI, I.G.N. Just in time, MRPII e OPT – um enfoque estratégico. 2.
ed. São Paulo: Atlas, 1996.
MARTINS, P.G; LAUGENI, F.P. Administração da produção. São Paulo: Saraiva, 1999.
MEREDITH, J.R.; SHAFER, S.M. Administração da produção para MBAs. Porto Alegre:
Bookman Editora, 2002.