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Pára-Raios

COMO SE FORMAM AS DESCARGAS ATMOSFÉRICAS ?

A formação de uma descarga atmosférica acontece quando temos nuvens intensamente carregadas
(tempestades). A nuvem, carregada negativamente em sua parte inferior, forma uma descarga piloto em
direção à terra. Em contrapartida, um caminho ionizado a partir da terra em direção à nuvem vai-se
formando até encontrar a descarga piloto. Neste momento forma-se um caminho completo, que dá
origem à primeira descarga (líder) possibilitando então a corrente de retorno (terra para a nuvem), de
maior intensidade.
Há casos, quando as nuvens estão intensamente carregadas, de os raios se repetirem pelo mesmo
caminho (raios múltiplos), com diversas descargas simultâneas.

QUAL A AMPLITUDE DOS RAIOS ?

A corrente de uma descarga atmosférica é da ordem de 15.000 A, podendo chegar a 200.000 A. O tempo
de duração total de um raio é de aproximadamente 200 micro-segundos, porém a frente de onda ocorre
em apenas 1,2 micro-segundos.

ÍNDICE CERÁUNICO

A quantidade de raios em uma determinada região é dada pelo seu Índice Ceráunico, que determina o
número de dias de tempestade por ano em uma região. Em Santa Catarina e Paraná este índice está
entre 40 a 60 dias de tempestade por ano.
Índice Ceráunico de algumas localidades: Florianópolis - 54; Blumenau - 70; Joinville - 76; Xanxerê - 88;
Tubarão - 68, Porto Alegre - 20; Passo Fundo - 74; Rio de Janeiro - 24; São Paulo - 38; Curitiba - 53;
Londrina - 84. A título de exemplo, este mesmo índice para a Europa seria entre 5 a 30, e justamente lá
os sistemas de proteção às descargas são bastante rigorosos.

DANOS DAS DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

Um dos principais danos das descargas atmosféricas está relacionado à ação dos raios em seres vivos
(seres humanos, animais, vegetação). A descarga direta mata instantaneamente, porém é bastante rara.
A descarga indireta, mais freqüente, acontece nas imediações e pode provocar seqüelas e até mesmo a
morte. A descarga indireta dá origem a enormes sobretensões que afetam os seres e as estruturas nas
imediações da descarga.
Atualmente, com a sofisticação e proliferação dos equipamentos eletrônicos, as descargas têm sido uma
preocupação constante. Geralmente as descargas provocam sobretensões que afetam ou mesmo
inutilizam os equipamentos. Em regiões onde o Índice Ceráunico é alto isto se verifica com freqüência em
sistemas de computação, transmissão de dados, equipamentos cirúrgicos, telefônicos, etc.
Indústrias que trabalham com materiais combustíveis ou explosivos são as que devem ter o melhor tipo
de proteção, pois estão mais sujeitas aos danos provocados pelas descargas.
Edifícios residenciais, comerciais, públicos, de convenções, hospitais, hotéis e outros semelhantes,
localizados em regiões abertas e com alto Índice Ceráunico, devem contar com sistema de produção
eficiente, tanto com relação às pessoas quanto à sua estrutura.

SISTEMAS DE PROTEÇÃO AS DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

Os sistemas mais comuns utilizados atualmente são os captores radioativos (fora de norma), captores
verticais (franklin) e captores em malha (gaiola de faraday), ou uma combinação deles. Devido à natureza
das descargas, no entanto, dificilmente a proteção poderá ser 100% segura, mas pode se aproximar
disto, como vemos abaixo.
O CAPTOR RADIOATIVO É PROIBIDO

O captor radioativo, muito utilizado há algum tempo atrás, hoje está sendo retirado do mercado e proibido
o seu uso pelo CNEN (Conselho Nacional de Energia Nuclear). Testes feitos com este tipo de captor
indicaram que seu raio de atuação não é maior que o do captor franklin. Ou seja, a maioria das
instalações que utiliza o captor radioativo com um grande raio de ação, na verdade está quase que
totalmente desprotegida, pois estão errados os dados fornecidos pelos fabricantes. Além disto há o
problema do material radioativo utilizado em sua fabricação, que tem durabilidade muito maior do que o
restante dos materiais empregados no captor, e mesmo do que a estrutura que supostamente protege. O
indicado é substituir este tipo de captor por um sistema mais eficiente e menos perigoso, e o mais rápido
possível.
O captor franklin protege um cone formado a partir de sua ponta, com um ângulo que varia conforme sua
altura em relação à terra. Este ângulo varia de 45 a 25 graus, porém estruturas com mais de 20 metros
de altura, necessitam de proteção lateral, pois o captor não á capaz de proteger as descargas
atmosféricas laterais (inclinadas).
Captores em forma de malha (gaiolas de faraday) são os mais eficientes, pois formam uma malha de
condutores em torno de toda a edificação, protegendo quase que totalmente seu interior. Desta forma o
campo magnético no interior é nulo, não havendo a indução de tensões que poderiam afetar os seres e
equipamentos.

COMO FAZER UMA PROTEÇÃO EFICIENTE PARA AS EDIFICAÇÕES

Cada caso de proteção às descargas atmosféricas deve ser analisado com exclusividade. Nesta análise
deve-se considerar o tipo de estrutura, a sua área construída, o material usado na estrutura, as estruturas
das vizinhanças, a geografia do local e seu Índice Ceráunico, tipo de ocupação e conteúdo da estrutura.
A partir destas condições pode-se realizar um bom projeto e uma boa instalação de proteção.
A melhor opção para proteção é integrar o sistema aos próprios elementos da edificação, chamados de
componentes naturais de proteção, tais como estruturas metálicas, detalhes metálicos da arquitetura,
armações do concreto, fundações, etc. Para isto é necessário o conhecimento correto para uso destes
elementos e sua forma de integração ao sistema protetor. Obviamente os custos do sistema de proteção
caem consideravelmente, além do ganho qualitativo.

QUANDO SE TEM UM PÁRA-RAIOS NA EDIFICAÇÃO,


OS EQUIPAMENTOS ELETRÔNICOS ESTÃO PROTEGIDOS ?

A proteção da edificação tem apenas a finalidade de captar e escoar a corrente da descarga para a terra
caso ela ocorra sobre o seu volume. Os seres humanos no interior da edificação estão protegidos, porém
os equipamentos muito sensíveis não estão. O grande campo magnético associado à descarga pode
afetar estes equipamentos, assim como as descargas nas redondezas e as correntes circulantes na terra,
caso o aterramento não seja adequado e as linhas de energia e de comunicação não estejam protegidas
contra surtos.

COMO PROTEGER OS EQUIPAMENTOS ?

Os equipamentos sensíveis no interior da edificação devem ter um sistema de proteção dedicado, que
esteja associado às suas características de suportabilidade. Para isto todas as possibilidades de
acoplamento devem ser levantadas, e em cima disto deve ser feito um trabalho de proteção que envolva
desde blindagens até filtros protetores de baixa tensão.
Um grande problema para os equipamentos não é apenas a ``queda" de um raio sobre a edificação em
que está alojado. As descargas nas imediações podem induzir elevados surtos nas linhas de energia de
alta e baixa tensão, assim como em linhas telefônicas (troncos e ramais) e linhas de comunicação de
dados. Estes surtos podem alcançar os equipamentos, os quais podem sofrer desde paralisações
temporárias até a queima total.
OS EQUIPAMENTOS ``QUEIMAM" SOMENTE QUANDO HÁ TEMPESTADES ?

Sem dúvida os transientes originados devido às descargas atmosféricas são os que mais tem afetado os
equipamentos, mas uma série de outras causas têm originado problemas, e muitas vezes o usuário nem
chega a se dar conta de que a causa esteja tão próxima.
Como exemplo destas causas podemos citar: proximidade dos equipamentos sensíveis de cabos
alimentadores de potência; proximidade às subestações; chaves contatoras na mesma linha de
alimentação ou em linhas próximas; fontes de rádio-frequência (walk-talk); cabeamento de lógica junto a
cabeamento de energia;

QUANDO UM ATERRAMENTO É DE QUALIDADE ?

Um dos grandes problemas nos sistemas de proteção é referente ao aterramento. Em geral as


recomendações vão no sentido de se ter uma baixa resistência, o que não quer dizer necessariamente
que o aterramento seja bom. As malhas de aterramento têm a função de escoar correntes de falta
quando ocorre um curto-circuito, ou a de escoar as correntes de surtos - descargas atmosféricas. Para os
dois casos as condições são diferentes, porém, por questões de engenharia, devemos associar as
malhas da melhor maneira possível conforme as condições do local.
Um aterramento para correntes de surto é de qualidade quando possibilita o escoamento num grande
plano, de forma a diminuir as tensões de passo, bem como diminuir até eliminar a circulação de correntes
por outros meios, tais como blindagens ou cabos.

AS MALHAS DE ATERRAMENTO DEVEM SER SEPARADAS ?

Do ponto de vista ideal, as malhas para diferentes sistemas deveriam ser totalmente independentes,
porém isto é impossível na realidade da engenharia, pois os diferentes sistemas (elétrico, telefônico,
dados, vídeo, carcaças) compartilham o mesmo espaço físico e sempre as malhas de aterramento,
mesmo que independentes, são suficientemente próximas para gerarem diversos acoplamentos. Com
estas considerações, as normas específicas (ABNT / IEC) recomendam a utilização de uma única malha
e a criação de uma ligação equipotencial - LEP - para aterramento dos diversos sistemas.

CONFUSÕES E MITOS A DERRUBAR

É comum dizer que um pára-raios muito bom ``puxa" os raios. Ora, o fenômeno das descargas é de
grandes proporções, ocorre num espaço de vários quilômetros, e não será um conjunto de cabos e
captores sempre o preferido para a descida. Na ocorrência de uma descarga, a estrutura que tiver uma
boa proteção não sofrerá, enquanto que outra, desprotegida, terá que suportar sobre seu próprio corpo a
captação, descida e descarregamento para a terra, com conseqüências imprevisíveis.
O pára-raios tipo franklin, desenvolvido por Benjamim Franklin há décadas é utilizado até hoje e
considerado adequado. No entanto, devido às proporções das descargas, as pontas do franklin não têm
nenhuma serventia especial, apenas é mais ``bonito" do que uma ponta só, e mais caro.
Quando se vê grandes edifícios, arquitetura ousada, ótimo acabamento, sempre há o ``defeito" das
descidas do pára-raios com um cabo passando por diversos isoladores. Para quê os isoladores ? A
norma é clara: apenas quando a estrutura de suporte é de material combustível (madeira, por exemplo).
Mas quase todos os edifícios são de alvenaria ! Além do mais a distância de 10 ou 20 cm dos isoladores
não faz muita diferença, em termos de proteção, para uma corrente de mais de 15.000 amperes.

O QUE FAZER ?

Para proteção de estruturas e equipamentos contra descargas e transientes, que geram prejuízos de
grande monta, deve-se procurar um projeto de engenharia elétrica adequado, que gera gastos de
pequeno custo e grande valor.
NOVAS TECNOLOGIAS

A CREARE desenvolve projetos especiais de proteção às descargas e controle de interferências, surtos e


transientes. Utiliza os próprios componentes da edificação, tais como armações da estrutura do concreto
armado, estruturas metálicas de paredes e coberturas, armações de piso e de fundações, para compor
um sistema integrado, com custos que chegam a cair 75% em relação aos sistemas convencionais, além
da enorme vantagem qualitativa. Mas há uma consideração importante: este tipo de projeto deve ser
elaborado desde o nível de anteprojeto de arquitetura, para que possa ser combinado com as soluções
da parte civil. Se há uma nova edificação a ser construída, não deixe de nos consultar !

Autores

Dr. Eng. Mauro Faccioni Filho – mauro@creare.com.br


Eng. Walter Clausen – walter@creare.com.br

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