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PI ESTADO DE MINAS GERAIS "ASSESSORIA JURIDICA DO MUNICIPIO LEI COMPLEMENTAR N®194, DE 06 DE JULHO DE 2.010. (Projo 6@ Lei Complomontar do Exacutven* 004/10, de autoria da PrefetaJussara Menicucc| de Olvera) CONTEM © CODIGO DA VIGILANCIA EM SAUDE DO MUNICIPIO DE LAVRAS. Fago saber que a Camara Municipal Decreta e eu sanciono a seguinte lei TITULO! DAS DISPOSIGOES PRELIMINARES E DA GESTAO DO SISTEMA DE SAUDE CAPITULO | — DAS DISPOSIGOES PRELIMINARES CAPITULO Il ~ DA GESTAO DO SISTEMA DE SAUDE TITULO I 2 DO SISTEMA DE SAUDE DO MUNICIPIO CAPITULO | - DAS ATRIBUIGOES: CAPITULO Il - DA ESTRUTURA E DO FUNCIONAMENTO Segao | — Das disposigées gerais Segdo Il - Da Secretaria Municipal de Saude Subsegdo | - Da Ouvidoria Municipal de Satide Subsegdo II — Do Sistema Municipal de Auditoria e Avaliagao ‘Subsegdo III — Do Fundo Municipal de Saude ‘Subsegdo IV — Das disposigbes gerais sobre as Conferéncias e os | Consethos de Satide ! ‘Subsegdo V — Da Conferéncia Municipal de Saide i ‘Subsegéio VI — Do Conselho Municipal de Satide ‘Subsegdo VII — Da Bioética, Da Biosseguranga e dos Principios da Precaugio e Prevengao ‘Subsegdio Vill - Da humanizagao do atendimento a satide Subsegao IX — Do atendimento de urgéncia e emergéncia ‘Subsegéio X — Dos servigos de atendimento pré-hospitalar mével ‘Subsegaio XI — Dos servigos de atendimento pré-hospitalar fixe Subsegao XII ~ Da atengao domiciliar a A ‘Subsegdo XIll — Da atengdo a satide da mulher | __fy || PREFEITURA MUNICIPAL DE LAVRAS ESTADO DE MINAS GERAIS "ASSESSORIA JURIDICA DO MUNICIPIO Subsegdo XIV — Da atengao a satide da crianga e do adolescente Subsegao XV — Da atengdo a satide do adulto Subsegao XVI da atengao a satide do idoso Subsegao XVII - Da atencao a satide mental ‘Subsegdo XVIII - Da atengéo a sadde bucal Subsegao XIX - Da atengdo aos portadores de necessidades especiais Subsegao XX — Da alimentagao e nutrigao Subse¢éo XXI - Do sangue, dos hemocomponentes e dos hemoderivados ‘Subsegdo XXII — Da politica municipal de assisténcia farmacéutica TiruLom DA VIGILANCIA EM SAUDE CAPITULO I ~ DAS DISPOSIGOES GERAIS Segao | — Das autoridades sanitarias Segao Il - Das competéncias das autoridades sanitarias CAPITULO Il - DAS AGOES DE VIGILANCIA EPIDEMIOLOGICA Segao | - Do conceito, atribuigdes e competéncia Segao Il Dos programas epidemiolégicos Subsegdo | — Da imunizagao { Subsegao II - Das doengas transmissiveis CAPITULO Ill - DAS AGOES DE VIGILANCIA EM SAUDE DO TRABALHADOR Segao | ~ Das disposigdes gerais Segao II - Dos riscos do processo de produgao CAPITULO IV - DAS AGOES DE VIGILANCIA AMBIENTAL A SAUDE Segao | - Das disposig6es gerais Segao II — Do Sistema Municipal de Vigilancia Ambiental a Satde - SIMVAS Fe La ‘Subsegao | — Das disposigdes gerais PREFEITURA MUNICIPAL DE LAVRAS ESTADO DE MINAS GERAIS 'ASSESSORIA JURIDICA DO MUNICIPIO, ‘Subsegao Il - Das competéncias: Segao II - Do controle de zoonoses e vetores ‘Subsegdo | — Da prevengao e combate de doengas ou agravos & saiide com potencial de crescimento ou disserninagao Subsegéo II — Da responsabilidade do proprietario de animal Segao IV — Das aguas para abastecimento ‘Seo V — Do esgotamento sanitario e drenagem pluvial Segéo VI — Dos residuos sélidos domésticos e dos estabelecimentos e servigos de satide CAPITULO V— DAS AGOES DE VIGILANCIA SANITARIA Segao | — Das disposigdes gerais Sego Il — Das atribuigdes e competéncias ‘Subsegdo Unica — Da execugao das medidas sanitarias Segao Ill - Dos estabelecimentos sujeitos ao controle sanitario Segao IV — Dos produtos sujeitos ao controle sanitério TITULO IV DO PROCESSO ADMINISTRATIVO SANITARIO CAPITULO | - DAS INFRAGOES, DAS MEDIDAS E PENALIDADES ADMINISTRATIVAS | Segao | — Das infragées sanitérias, Seco Il - Das medidas e penalidades administrativas ‘Subsegdo | - Da apreenséo, inutilizagao e andlise fiscal ‘Subsegdo Il - Da prescrigao CAPITULO Il - DO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO ‘Seco | — Da Junta de Julgamento de 1° Instancia Segdo II ~ Da Junta de Julgamento de 2? Instancia TITULOV DAS DISPOSIGOES FINAIS. PREFEITURA MUNICIPAL DE LAVRAS | ESTADO DE MINAS GERAIS ~ "ASSESSORIA JURIDICA DO MUNICIPIO. TiTULO! : DAS DISPOSIGOES PRELIMINARES E DA GESTAO DO SISTEMA DE SAUDE CAPITULO! DAS DISPOSIGOES PRELIMINARES Art, 1° - Fica instituido 0 Cédigo da Vigilancia em Satide do Municipio de Lavras, fundamentado nos principios expressos na Consfituigéo Federal, na Constituigéo do Estado de Minas Gerais e na Lei Organica do Municipio de Lavras, com os seguintes preceitos: 1 - descentralizagao, preconizada nas Constituig6es Federal e Estadual, bem como na Lei Organica do Municipio de Lavras, observando-se as seguintes diretrizes: a) direco tnica no ambito municipal; b) municipalizagao dos recursos, servigos e agdes de satide, estabelecendo- se em legislagao espeeifica os critérios de repasse de verbas das esferas federal ¢ estadual; ©) integragdo das agées e servigos, com base na regionalizagéo © hierarquizagao do atendimento individual e coletivo, adequado as diversas realidades epidemioldgicas; € d) universalizagao da assisténcia com igual qualidade e acesso da populagao urbana e rural a todos os niveis dos servigos de satide; Il participagao da sociedade, por meio de: a) conferéncias de satide; b) conselhos de saiide; c) representagées sindicais; e/ou d) movimentos e organizagées ndo-governamentais; Il - articulagao intra e interinstitucional, mediante 0 trabalho integrado ad entre os diversos érgéos que atuam ou se relacionam com a area de IV - publicidade, para garantir o direito a informagao, facilitando seu acesso mediante sistematizacao, divulgagao ampla e motivagao dos atos; e \V - privacidade, devendo as agées de vigilancia sanitaria e epidemiolog : preservar este direito do cidadao, que sé poderd ser sacrificado quando na outra maneira de evitar perigo atual ou iminente para a satide publica. PREFEITURA MUNICIPAL DE LAVRAS ESTADO DE MINAS GERAIS. ASSESSORIA JURIDICA DO MUNICIPIO. Paragrafo unico. Quando o Municipio constituir consércios administrativos para desenvolver, em conjunta com outras municipios, agdes @ servigos publicos de Satide, aplicar-se-4 aos consércios o principio da direcao Unica, a ser definida no ato constitutive da entidade, que ficara sujeita 2s mesmas normas de observancia obrigatéria pelas pessoas juridicas de direito pubblico integrantes do SUS. CAPITULO II : DA GESTAO DO SISTEMA DE SAUDE Art. 2° A atengo a saiide engloba todo o conjunto de agoes levadas a efeito pelo Sistema Unico de Satide - SUS, em todas as instancias de governo, para o atendimento das demandas pessoais e das exigéncias ambientais, e compreende trés grandes campos: | - 0 da assisténcia, dirigida as pessoas, individual ou coletivamente, prestada em ambulatérios e hospitais, bem como em outros espagos, especialmente no domiciliar; Il - 0 da intervengao ambiental, no seu sentido mais amplo, incluindo as relagdes e as condigées sanitérias nos ambientes de vida e de trabalho, o controle de vetores e hospedeiros e a operagao de sistemas de saneamento ambiental, mediante o pacto de interesses, as normatizagées e as fiscalizagées; Ill - © das politicas extemas ao setor da satide que interferem nos determinantes sociais do processo satide-doenca das coletividades, de que sao partes importante as questées relativas as politicas macroecondmicas, ao emprego, & habitagdo, & educagao, ao lazer e a disponibilidade e 4 qualidade dos alimentos. Pardgrafo Unico. Nas atividades de promogio, protegao e recuperacao sera priorizado o cardter preventivo. Art. 3° - As agdes de administragao, planejamento © controle, bem como aquelas envolvidas na assisténcia e nas intervengées ambientais, sao inerentes a politica setorial de satide e dela integrantes Paragrafo unico. As ag6es de comunicagdo e de educagéo em saide constituem instrumento estratégico obrigatorio e permanente da atengao a satide. Art. 4° - O conjunto das agées que configura a area de satide é constituido por agées proprias do campo da assisténcia e do campo das intervengdes ambientais, das quais sao partes importantes as atividades de vigildncia em sade. Art. 5° - As ages e os servigos de atengao a satide, no ambito do SUS, seréo desenvolvidos em rede regionalizada e hierarquizada de estabelecimentos disciplinados segundo subsistemas municipais. Ait. 6° - As agdes e os servigos de satide, desenvolvidos por unidades de satide municipais, da administragao publica direta e indireta ou por unidades privadas contratadas ou conveniadas, sero organizados e coordenados pelo org} PREFEITURA MUNICIPAL DE LAVRAS ESTADO DE MINAS GERAIS 'ASSESSORIA JURIDICA DO MUNICIPIO, ‘Art. 7° - Para os fins desta lei, consideram-se assisténcia @ satide as agdes relacionadas com a satide, prestadas nos estabelecimentos a que se refere esta lei, Gestinados, precipuamente, a promover e proteger a satide das pessoas, diagnosticar e tratar as doencas, limitar os danos por elas causados ¢ reabilitar 0 individuo, quando sua capacidade fisica, psiquica ou social for afetada, englobando ‘as agées de alimentagdo e nutrigao e de assisténcia farmacéutica € terapéutica integral TITULO II i DO SISTEMA DE SAUDE DO MUNICIPIO CAPITULO | DAS ATRIBUIGOES Art. 8° A execugao das agées e dos servigos de promogao e protegao a satide de que trata esta lei compete: 1 - a0 Municipio, por meio da Secretaria Municipal de Satide; Il - a Secretaria de Estado da Satide, em carater complementar e supletivo; e Ill - aos demais érgéios e entidades da Uniéo e do Estado, nos termos da legistagao especifica. Art, 9° - So atribuigses comuns ao Estado e ao Municipio, em sua esfera administrativa, de acordo com a habilitagdo e condigao de gestéo do sistema de satide respectivo, conforme definido nas Normas Operacionais do Ministério da Satide: | - participar da formulagao da politica e da execugao das agées de vigilancia ambiental e de saneamento basico; Il - definir as instancias e os mecanismos de controle; Ill - avaliar e fiscalizar as agoes e os servigos de satide; IV ~ acompanhar, avaliar e divulgar os indicadores do nivel de satde da populago e das condigdes ambientais; V - organizar e coordenar o Sistema de Informagao de Vigilancia a Saude; Vi - elaborar normas técnicas e estabelecer padrées de qualidade e parametros de custos para a assisténcia a satide; VII - elaborar normas técnicas e estabelecer padrées de qualidade para a promogao e protegao da satide do trabalhador; Vill - elaborar e atualizar o respectivo Plano de Satide; IX - participar da formulagdo e da execugao da politica de formagao de recursos humanos para a satide; X - elaborar normas para regular os servigos privados e piblicos de s tendo em vista a sua relevancia publica; PREFEITURA MUNICIPAL DE LAVRAS ESTADO DE MINAS GERAIS "ASSESSORIA JURIDICA DO MUNICIPIO XI - elaborar normas técnico-cientificas de promogao, protegdo e recuperacao da eatido; XII - realizar pesquisas e estudos na drea de satide; XII - definir as instancias e os mecanismos de controle e fiscalizagaéo inerentes ao poder de policia sanitaria; XIV - garantir a participagéo da comunidade na formulagao e no controle da execugao das politicas de salde, por meio do Conselho Municipal de Satide; e XV - garantir & populagao 0 acesso as informagées de interesse da satide. CAPITULO II DA ESTRUTURA E DO FUNCIONAMENTO Segaol Das disposigées gerais Art. 10 - Os servigos pibblicos de satide do Municipio serao organizados em fungéio do SUS e das metas Municipais. § 1° - Os acessos as agdes de satide obedecerdo aos respectivos fluxos de acordo com os protacolos municipais, estaduais e federais vigentes. § 2° - 0 SUS no Municipio sera organizado com base na integragao de meios € recursos e na descentralizagao administrativa. Segaio Il Da Secretaria Municipal de Satide Art, 11 - Ressalvada a competéncia do Prefeito Municipal para a pratica de atos especificos inerentes ao exercicio da chefia do Poder Executivo, a direcdo do SUS 6 exercida, no Municipio, pela Secretaria Municipal de Satide. § 1° - O Secretério Municipal de Satide 6 o Gnico gestor do SUS municipal, havendo a descentralizagao de agSes conforme estrutura administrativa do Executivo. § 2° - Além do Secretério Municipal de Satide, também sao autoridades do SUS as identificadas na organizagdo administrativa da Secretaria Municipal de Satide e nos regulamentos referentes a fiscalizagao, avaliagéo e auditoria, & vigilancia sanitaria, a vigilancia epidemiolégica, a vigilancia em satide do trabalhador, ao controle de zoonoses, a0 controle € regulagdo de agées e servigos de satide. § 3° - Compete Secretaria Municipal de Satide, de acordo com a legislagéo vigente: | - coordenar as ages de promogao e protegao da satide de que trata egf | PREFEITURA MUNICIPAL DE LAVRAS y ESTADO DE MINAS GERAIS 'ASSESSORIA JURIDICA DO MUNICIPIO IL elaborar as normas técnicas que regulem as agdes a que se refere o inciso le Ill - fiscalizar o cumprimento do disposto nesta lei, por meio de seus drgaos competentes, que, para tanto, exerceréo 0 poder de policia sanitaria no seu Ambito respectivo. § 4° - Poder de policia sanitaria é a faculdade de que dispée a Secretaria Municipal de Satde, por meio de suas autoridades sanitarias, de limitar ou disciplinar direito, interesse ou liberdade, regulando a pratica de ato ou abstengao de fato, em razdo de interesse ptiblico concemente a satide, a seguranga, 4 ordem, aos costumes, a disciplina da produgao e do mercado e ao exercicio da atividade econdmica dependente de concessao ou autorizagao do poder puiblico. Subsegao | Da Ouvidoria Municipal de Saude Art. 12. - Sem prejuizo da competéncia do gestor do SUS e do Conselho Municipal de Satde, a Ouvidoria Municipal de Sate tem a finalidade de atuar como elo de ligagdo do Poder Publico com a sociedade, visando ao aperfeigoamento da atuagao da Administragao Publica Municipal. § 1°- So competéncias gerais da Ouvidoria Municipal de Saude: | - receber deniincias, reclamagées, sugestées ou elogios dos usuarios dos servigos publicos de satide, encaminhando-as, apés andlise prévia, ao Secretario Municipal de Saude e ao Conselho Municipal de Satide, acompanhando sua tramitagao até a solugao final; Il - propor medidas para a prevengo e a corregao de falhas no desempenho dos servigos municipais de satide; e Il - produzir estatisticas indicativas do nivel de satisfagao dos usuarios dos servigos ptiblicos municipais. § 2° - As manifestag6es serdo dirigidas ao servidor responsavel, devendo ser instruidas com documentos e informagdes que possibilitem a formagdio de julzo prévio sobre sua procedéncia e plausibilidade. § 3° - O autor da manifestagao serd informado da providéncia adotada pela Secretaria Municipal de Satide. § 4° - O servidor responsavel pela Ouvidoria sera escothide pelo Secretario Municipal de Satide, entre os servidores do quadro permanente da Administragao Municipal Direta, com reconhecida experiéncia no campo da satide. Art. 13 - O servidor responsével pela Ouvidoria tera acesso as reparticbes SUS, bem como aos servigos contratados ou conveniados com o setor privado, podendo solicitar as informagées e os dados que julgar necessarios para 0 ext io de suas fungées. A ESTADO DE MINAS GERAIS ASSESSORIA JURIDICA DO MUNICIPIO. i quy PREFEITURA MUNICIPAL DE LAVRAS t Subsegao II Do Sistema Municipal de Auditoria e Avaliagao Art. 14. - Sem prejuizo da fiscalizagao exercida pelo Tribunal de Contas da Unido e pelo Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais, a Secretaria Municipal de Satie organizara o Sistema Municipal de Auditoria e Avaliagao das ag6es e dos servigos de satide. Paragrafo nico. O Sistema Municipal de Auditoria e Avaliagdo compreende o conjunto de érgéios do SUS que exercem a fiscalizagdo técnico cientifica, contabil, financeira e patrimonial, bem como a avaliagéo do desempenho, da eficiéncia, da qualidade e da resolutividade das acdes e dos servigos de sade. Subsegao Ill Do Fundo Municipal de Satide Art. 15 - Os recursos financeiros do SUS serdo depositados no Fundo Municipal de Saude e movimentados pela diregdo do SUS sob fiscalizagao do Conselho Municipal de Satide, sem prejuizo da atuagao dos outros orgaos de controle interno e externo de acordo com legislagao especifica, § 1° - No Fundo Municipal de Satide, os recursos financeiros do SUS serao discriminados, érgao a érgéo, como despesas de custeio e de investimento da Secretaria Municipal de Satide, de modo que se identifiquem globalmente os recursos destinados a cada setor de satde. § 2° - Os recursos oriundos do Fundo Nacional de Satide ¢ destinados obrigatoriamente aos prestadores conveniados deverio ser repassados aos mesmos em no maximo 05 (cinco) dias titeis apds a realizagao do depésito na conta do Fundo Municipal de Saude, desde que os relatérios de produgao relativos aos referidos prestadores tenham sido devidamente encaminhados pelos mesmos a Secretaria Municipal de Satide Subsegdo IV Das disposigdes gerais sobre as Conferéncias e os Conselhos de Satide Art. 16 - A participagao da comunidade na gestéo do SUS é uma das formas do controle social da atuagéo do Poder Puiblico, destinada a garantir o direito individual e coletivo a satide, e deve ser efetivada, institucionalmente, por meio das Conferéncias de Satide e dos Conselhos de Satide. Pardgrafo nico. As conferéncias de satide e os conselhos de satide municipais so instancias colegiadas que expressam a participagao da comunidade na gestdo do SUS e no controle das agdes e dos servigos de satide. Art. 17 - Sem prejuizo da sua atuagao institucional na gestéo do SUS, por meio de conselhos e conferéncias de satide, a comunidade podera participar do aperfeigoamento do SUS mediante outras iniciativas préprias. Subsegao V Da Conferéncia Municipal de Sadide PREFEITURA MUNICIPAL DE LAVRAS ESTADO DE MINAS GERAIS MASSBSSORIA JURIDICA DO MUNICIPIO Art. 18 - A Conferéncia Municipal de Satide, na qual sera assegurada a representagao dos varies grupos sociais interessados nas questées de satide, promoveré a avaliagSo e a discussdo da realidade sanitaria e propora as diretrizes para a politica de satide no Municipi Paragrafo unico. A representagao serd paritéria entre os usuarios dos servigos de satide € 0 conjunto de representantes do Governo, dos prestadores de servigo e dos profissionais de satide. Art. 19 - A Conferéncia Municipal de Satide reunir-se-a, ordinariamente, no minimo a cada 2 (dois) anos, convocada pelo Secretario Municipal de Satide e, extraordinariamente, quando convocada pelo Prefeito ou pelo Secretario Municipal de Satide. § 1° - A convocagao ordinaria sera feita com antecedéncia minima de dois meses e a extraordinaria pelo menos quinze dias antes da reuniaio. 2° - A Conferéncia Municipal de Satide sera presidida pelo Secretario Municipal de Saude e tera o apoio técnico do Conselho Municipal de Saude, que a regulamentara. Subsegao VI Do Conselhio Municipal de Saude Art. 20 - O Consetho Municipal de Satide, estruturado e definido na legistago especifica, 6 0 6rgao pelo qual se efetiva a participagao da comunidade na gestéo do SUS. Paragrafo dnico. Além de expressar a participagao da comunidade na area da satide, o Conselho Municipal de Satie também exerce fungdo de controle social das atividades governamentais. Subsegao VII Da Bioética, da Biosseguranga e dos Principios da Precaugao e Prevengao Art. 24 - Todas as agées e servigos de satide pblicos e privados observarao 08 preceitos referentes a bioética, a biosseguranga, A precaucao e a prevencao. § 1°- Entende-se por: | - bioética, o estudo sistematico das implicagdes ético-morais de decis6es, condutas, politicas, praticas e pesquisas no que se refere satide humana e animal © seus efeitos; I~ biosseguranga, 0 conjunto de medidas voltadas para a prevengao, minimizago ou eliminagao de riscos inerentes as atividades de pesquisa, produgao, ensino, desenvolvimento tecnolégico e prestagao de servigos, visando a saide do homem e dos animais, a preservacéo do meio ambiente e a qualidade resultados; e PREFEITURA MUNICIPAL DE LAVRAS i ESTADO DE MINAS GERAIS } “ASSESSORUA JURIDICA DO MUNICIPIO i i Ill - prinefpio da precaugao, a garantia de protegao contra os riscos potenciais, que, em consonancia com o estégio atual do conhecimento cientifico, néo podem ser ainda identificades com seguranca, podendo ensejar a ocorréncia de danos sérios ou irreversiveis a vida, a satide e ao meio ambiente. § 2° - A auséncia de absoluta certeza cientifica nao devera ser utilizada como motivo para postergar a adogdo de medidas eficazes que visem a prevengao do comprometimento da vida, da satide e do meio ambiente: § 3° - Os orgéos de vigilancia a satide municipal, quando houver ameaga de danos sérios ou irreversiveis a vida, & satide e ao meio ambiente, adotarao medidas intervencionistas preventivas norteadas pelo principio da precaugao. Art. 22 - No desenvolvimento de pesquisas, devem estar incorporados, com a finalidade de prover seguranca ao individuo e as coletividades, os cinco referenciais basicos da bioética, quais sejam: a autonomia, a nao-maleficéncia, a beneficéncia, a justiga e a privacidade, entre outros, visando assegurar os direitos e deveres que dizem respeito aos sujeitos da pesquisa, a comunidade cientifica e ao Estado. Art. 23 - A diregdo municipal do Sistema Unico de Satde - SUS, em consonancia com a Comissao Municipal de Etica em Pesquisa, deve manter banco de dados com a relacdo de pesquisas em satide desenvolvidas, com usuarios do SUS, no Municipio, e Banco de Dados da Secretaria Municipal de Satide, articulando-se com as Comissées de Etica em Pesquisa das Instituigdes de Ensino Superior e Pesquisa e com a Comissao Nacional de Etica em Pesquisa do Conselho Nacional de Saude. Art. 24 - A Secretaria Municipal de Saiide deve manter banco de dados com a relagdo de todas as intervengées de interesse da salide humana desenvolvidas no Municipio, envolvendo animais, articulando-se com os comités de ética em experimentagao animal e 0 COBEA - Colégio Brasileiro de Experimentagao. Art. 25 - Todas as intervengdes desenvolvidas no Municipio envolvendo animais deverao ser previamente aprovadas por um comité de ética, devidamente reconhecido. Paragrafo Unico. Nos casos em que 0 uso de animais seja a Gnica maneira de alcangar os resultados desojados, nao sendo pertinente o emprego de métodos alternativos a sua utilizagao, observar-se-4 0 seguinte’ | - 08 animais devem ser mantidos em condigdes adequadas e o seu ntimero, em cada experimento, ser justificado mediante calculo estatistico apropriado; I - 0s experimentos que causam dor e desconforto devem prever analgesia e anestesia apropriadas a espécie e ao tipo de experimento, sendo de responsabilidade do pesquisador evitar o softimento do animal em estudo, exceto quando o estudo da dor for o objetivo da investigagao; lil - os animais s6 poderao ser submetidos as intervengées inscritas ni protocolos de pesquisa, aprovados nos termos da legisia¢ao vigente, ou programas de aprendizagem cirtrgica de instituigSes de ensino e pesquisa/ou assistenciais, se, durante e apés a realizagéo dos procedimentos, recafletem cuidados especiais; e vk is oan uf PREFEITURA MUNICIPAL DE LAVRAS ESTADO DE MINAS GERAIS i "ASSESSORIA JURIDICA DO MUNICIPIO z eee IV - ao final do experimento ou em casos de doenga ou ferimento em que a autandaia caja 0 tinico procedimento adequado a ser prescrito, a morte dos animais dovera ser realizada mediante o emprego de técnicas consagradas, de acordo com a espécie e de forma répida, indolor e irreversivel. Subsegio VIII Da humanizagao do atendimento a satide Art. 26. A prestago dos servigos e das agées de satde, no Ambito do Municipio, ser universal e igualitaria, sem distingao de raga, cor, origem ou orientagéio sexual, comprometida com a qualidade dos seus servigos, agilidade e humanizagao no atendimento, e com a satide integral para todos. Art. 27. S&o direitos do usuario dos servigos pUblicos ou privados de assisténcia a satide do Municipio, além dos ja estabelecidos em lei especifica: | = identificagao dos responsaveis, direta ou indiretamente, por sua assisténcia, por meio de documento visivel, com dizeres legiveis, contendo o nome do profissional que prestar o atendimento, o nome da instituigéo a que pertence, bem como a fungao exercida; Il - recebimento da prescrigéo médica escrita de forma legivel, contendoo nome completo do paciente, o nome genérico da substéncia prescrita, a posologia, 0 nome do profissional, sua assinatura, carimbo com 0 ntimero do conselho em que estiver inscrito e data, vedada a utilizagdo de cédigo ou abreviaturas; ll - recebimento de alimentago adequada quando em regime de internagao; e IV - recebimento de visitas programadas pela instituigéo, respeitadas as rotinas das mesmas e o estado de satide do paciente, desde que a este favoraveis, salvo os casos especiais. Pardgrafo Unico. A internacao psiquitrica observara, também, o disposto em Leis Federais e Estaduais que disporem acerca da matéria. : Art. 28. Sao deveres dos servigos de assisténcia A satide e das acdes de satide do Municipio: 1 - promover a satide do cidadao em todas as suas formas; Il - implementar praticas acolhedoras que favoregam o acesso, a responsabilizacao e o vinculo com os usuarios em todos os niveis de assisténcia; Ill - desenvolver agdes de educagao em sade; IV - criar mecanismos que permitam consulta sobre satisfagao dos trabalhadores e usuarios sobre as condigdes de trabalho e de atendimento; ESTADO DE MINAS GERAIS ASSESSORIA JURIDICA DO MUNICIPIO & PREFEITURA MUNICIPAL DE LAVRAS VI - prestar assisténcia de forma respeitosa, buscando solucionar conflitos, minimizando ae coneaqiiéncias destes decorrentes; Vil - melhorar o atendimento visando a diminuigao do tempo de espera por realizag&o de consultas, interagées e procedimentos; Vill - desenvolver e implementar politicas que visem ao reconhecimento das necessidades de assisténcia dos usuarios, por meio de avaliagao prévia, de maneira rapida, eficaz e inequivoca, garantindo sua satisfago; e IX - cuidar para que os ambientes de espera e de atendimento dos usuarios tenham suas reas fisicas instaladas de modo a propiciar conforto e bem-estar, garantindo ventilagdo, luminosidade, cadeitas para pacientes e acompanhantes, dgua para consumo humano e condigées de acessibilidade para portadores de deficiéncia e idosos. Paragrafo Unico. & vedado aos estabelecimentos de assisténcia a sade realizar, proceder ou permitir qualquer forma de discriminagao aos usuarios dos servigos de satide, e manter acesso diferenciado para 0 usuario do Sistema Unico de Saide —- SUS - e qualquer outro usuario, em face de necessidade de atendimento semelhante, obedecendo-se ao principio da equidade. Subseg4o IX Do atendimento de urgéncia e emergéncia Art, 29 - © Municipio disponibilizara servigos de atendimento de urgéncia e de emergéncia na area da satide para a sua populagao, em consonancia com a politica do Ministerio da Satide, sob regulagdo médica, hierarquia resolutiva, responsabilizagéo sanitaria, universalidade de acesso, integralidade na atengao e eqilidade na alocaco de recursos e agdes desenvolvidas. Paragrafo Unico, O atendimento previsto no caput deste artigo ser capaz de garantir acolhimento humanizado, primeira aten¢ao qualificada e resolutiva para as pequenas e médias urgéncias e estabilizagao e referéncia adequada aos pacientes graves, com possibilidade de apoio para elucidagao diagnéstica e equipamentos e materiais para a eficiente atengao as urgéncias. Art. 30 - A assisténcia oferecida tera por escopo a qualidade nos atendimentos pré-hospitalar, pré-hospitalar mével, hospitalar e transporte inter- hospitalar. Art. 31 - As normas definidas neste Cédigo abrangerdo todos os servicos que atuem nas areas de urgéncia e emergéncia, sejam pUblicos, privados, filantrépicos ou conveniados. Art, 32 - Serd instituido em ambito municipal, o Comité Gestor da Atengao as Urgéncias, cuja implantagdo, composigao e atribuigées serao definidas em decreto regulamentador. Pardgrafo unico. E fungao do Comité Gestor da Atengo as U acompanhar, analisar e direcionar 0 fluxo dos atendimentos de urg@hcia e| emergéncia realizados no Municipio com o fim de otimizar os recursos t¢cyi humanos envolvidos. ee e | i ESTADO DE MINAS GERAIS ASSESSORM JURIDICA DO MUNICIPIO. sue gy PREFEITURA MUNICIPAL DE LAVRAS Art. 33 - E de responsabilidade do Municipio implantar seu Plano de Urgénoia © Emergéncia o 0 Plano de Catastrofe e Acidentes com miiltiplas vitimas, para Svallar, habilitar, cadastrar e descadastrar os servigos em todas as modalidades assistenciais, inclusive os de natureza privada, conveniados ou nao. Subsegao X Dos servigos de atendimento pré-hospitalar mével ‘Art. 34 - Todo individuo tem direito a servigo de transporte de urgéncia € emergéncia com o objetivo de receber os primeiros socorros e de ser encaminhado uma unidade assistencial para a sua recuperagao e tratamento. Paragrafo unico. S40 considerados servigos de atendimento pré-hospitalar mével, para os efeitos desta lei o Servigo de Atendimento Movel de Urgéncia ~ ‘SAMU que vier a atuar no Municipio, 0 Resgate do Corpo de Bombeiros e as ‘ambulancias em geral, terrestres ou aéreas, sejam de natureza publica ou privada, independente de seu grau de complexidade de atendimento. Art. 35 - A remogdo e transporte de pacientes constitui servigo de natureza médica, somente podendo ocorrer sob supervisao, coordenagao e regulagao de um profissional médico. ‘Art. 36 - Nenhum veiculo de transporte de urgéncia e emergéncia podera transitar nos limites do Municipio sem que esteja comprovadamente vinculado a uma Central de Regulagao Médica, que sera a responsavel por: |-orientar e coordenar o servigo; ll receber e avaliar a pertinéncia dos pedidos dos usuérios; Ill — organizar sua relacdo e interface com os demais servigos envolvidos no atendimento; € IV — determinar o fluxo e a triagem de pacientes usuarios. § 1° - As atividades especificas a serem desenvolvidas pela Central de Regulagdo bem como as atribuigses da Regulacao Médica das Urgéncias © Emergéncias serao regulamentadas por ato do gestor competente, mediante a criagdo e implementagao de protocolos normatizados para esse fim. § 2° - A coordenagao da Central de Regulagao € de competéncia exclusiva do profissional médico (médico regulador). ‘Art. 37 - Todo servigo de atendimento pré-hospitalar mével que esteja circulando na circunscrigéo do Municipio deverd, obrigatoriamente, atendgr legisiagdo municipal e estar munido de Alvar de Autorizacéo Sanitarja ou documento similar, expedido pela autoridade sanitaria competente, como comdigao de sua permanéncia e livre transito. A— ar (SSOP ODS: Jur cpm Maran PREFEITURA MUNICIPAL DE LAVRAS ESTADO DE MINAS GERAIS "ASSESSORIA JURIDICA DO MUNICIPIO aeeereaee Paragrafo nico. O Alvara de Autorizacao Sanitaria devera ser exibido sempre que solicitade, seb pena do veiculo ser interditado, ainda que oriundo de outro municipio, sem prejuizo de outras penalidades cabiveis. Art, 38 - O servigo de atendimento pré-hospitalar mével deverd, segundo sua complexidade de transporte, atender a todas os requisitos minimos no que tange a: | — recursos humanos capacitados e treinados, em numero e qualificagao suficientes; Il — equipamentos médicos em quantidade e qualidade suficientes, com aferigao e manutengao adequadas, quando for 0 caso; Ill ~ materiais de enfermagem em quantidade e qualidade suficientes, limpos, bem armazenados e esterilizados, quando for 0 caso; IV— medicamentos, quando for 0 caso;.e \V —frota em condigbes seguras e adequadas de uso. Art. 39 - © transporte inter-hospitalar de pacientes deverd observar os seguintes critérios: 1 — nenhum paciente com risco de morte podera ser removido sem a prévia realizagao de diagnéstico médico, contendo obrigatéria avaliagao e atendimento basico respiratério e hemodinamico, além da realizagao de outras medidas médicas urgentes e especificas para cada caso; 1 — pacientes graves ou com risco de morte somente poderao ser removidos se acompanhados por, no minimo, um médico e um profissional de enfermagem, em veiculos que assegurem suporte avangado de atendimento, ou seja, aqueles que estejam equipados para prestarem cuidados médicos intensivos; Il = todo paciente removido deve ser acompanhado por relatério completo, legivel e assinado pelo médico responsavel, que integrara o prontuario no destino, devendo, igualmente, ser assinado pelo médico receptor; IV = a responsabilidade inicial da remogéo ¢ do meédico transferente, assistente ou substituto, até que o paciente seja efetivamente recebido pelo médico receptor; V —a responsabilidade para o transporte, quando realizado por ambulancias, tipo D ou E, é do médico da ambulancia, até sua chegada ao local de destino e efetiva recepgao por outro médico; e ‘VI — paciente neonatal somente podera ser transportado por ambulancia tipo D ou por aeronave. Art, 40 - Todo servigo que realize atividade de assisténcia emergencial pré- hospitalar mével no Municipio, seja pessoa juridica de direito public ou privadg deverd possuir um Responsdvel Técnico médico, devidamente inscrito no Conge| Regional de Medicina. sae é PREFEITURA MUNICIPAL DE LAVRA: ESTADO DE MINAS GERAIS ASSESSORUA JURIDICA DO MUNICIPIO. Subsegao XI Dos servicos de atendimento pré-hospitalar fixo Art. 41 - Qualquer individuo vitima de um agravo 4 sua satide, seja de natureza clinica, cirdrgica, traumatica ou psiquidtrica, que possa levar a sofrimento, seqliela ou mesmo morte, tem direito a um atendimento rapido e eficaz em servigos de assisténcia de urgéncia e emergéncia capazes de minimizar seus efeitos. Art. 42 - Os servigos de atendimento pré-hospitalares fixos na area de urgéncia e emergéncia abrangem: | —as Unidades Basicas de Sadde - UBS; Il — as Unidades Basicas integrantes do Programa de Satide da Familia - UBSF; Ill - 0 Programa de Agentes Comunitarios de Saude — PACS; IV —as Unidades de Pronto Atendimento — UPAs; \V — ambulatorios especializados; VI —servigos de diagnéstico e terapia; VII — unidades néio-hospitalares de atendimento as urgéncias e emergéncias; VIll_— hospitais especializados em urgéncia e emergéncia, publicos ou privados; 1X = hospitais gerais que possuam unidades de atendimento a urgéncia e emergéncia, publicos ou privados; e X — qualquer servigo de assisténcia 4 sade que atue nas areas de urgéncia e emergéncia. § 1° - A hierarquizagao da rede do Sistema Unico de Sade - SUS, que tem as Unidades Basicas de Satide — UBS e Unidades Basicas de Satide da Familia- | UBSF como atendimento primario na ateng&o, funcionando como porta de entrada do usuario a todo servigo publico de saiide, deverd ser praticada com o objetivo de acolher 0 paciente com foco na prevengao de sua salide e com 0 intuito de nao sobrecarregar as demais unidades assistenciais de atendimento A urgéncia @ emergéncia. § 2° - As Unidades Basicas de Satide — UBS e Unidades Basicas de Satie da Familia - UBSF, bem como outros servigos que se adequarem a este nivel de atengao, sao responsaveis pelo nivel primério de atendimento, executando procedimentos simplificados e de baixa complexidade em esfera ambulatorial. § 3° - Hospitais, ambulatérios de especialidades, Unidades de Prontg Atendimento, e outros que servicos que se adequarem a este nivel de atengao, 94 responsaveis pelo nivel secundario de atendimento, executando procediment maior complexidade. PREFEITURA MUNICIPAL DE LAVRAS ESTADO DE MINAS GERAIS ASSESSOR JURIDIC DO MUNICIPIO § 4° - Os hospitais de referencia executardo os procedimentos de média e alta complexidade, responsdveis pelo nivel tercidrio de atendimento. § St - As Unidades de Pronto Atendimento — UPAs so responsaveis pelo atendimento médico a urgéncias © emergéncias médicas e odontologicas, com demanda espontanea de pacientes ou por encaminhamento das Unidades Basicas de Satide ~ UBS e Unidades Basicas de Saiide da Familia-UBSF @ serao doladas, obrigatoriamente, de: '—equipamentos adequados ao atendimento de urgéncia e emergéncia: Il -Ieitos de observagao; lll - boxes de acolhimento com classificagao de risco; IV -assisténcia social; V - laboratérios; VI ~ servigo de diagnéstico por imagem; VII ~ salas de inalag4o; Vill ~ medicagao; IX ~ sutura; X~ profissionais especializados em clinica médica e pediatria, no minimo; XI — espago para higienizacao de usuarios; e Xi — arquivo médico. § 6° - As Unidades de Pronto Socorro — PS deverao atender, no minimo, a Classificagao/estruturacao de Tipo Il das Unidades de Referéncias, de acordo cam normas Federais e Estaduais. Art. 43 - © Poder Piblico Municipal destinara recursos, inclusive provenientes do Estado e da Unido, a ampliagao e desenvolvimento dos servigos publicos de assisténcia a urgéncia e emergéncia, e desenvolvera e implementara politicas Publicas municipais que visem a corregdo de distorgées existentes com vistas A melhoria no acolhimento e tratamento dos agravos de doengas e os de urgéncia e emergéncia dos seus usuarios, respeitado o principio da equidade. Art. 44 - Qualquer servigo de pronto-atendimento que ofereca atendimento médico durante as 24 (vinte e quatro) horas do dia devera contar com apoio para Clucidagao diagnéstica, equipamentos e materiais para a adequada atengao as urgéncias e emergéncias, profissionais qualificados e articulagdo visivel com o testante da rede assistencial. Subsegao XIi Da atengao domi PREFEITURA MUNICIPAL DE LAVRAS ESTADO DE MINAS GERAIS ASSESSORUA JURIDICA DO MUNICIPIO. Art. 45 - A atengao domiciliar envolve agées de promogao e prevencao a satide, tratamento de doencas e reabilitagao desenvolvidas em domicilio dos usuarios. Pardgrafo Unico. A atengao domiciliar visa a disponibilizagéo para a populagao de um conjunto de atividades de cuidado com sua sate, prestadas diretamente em seu domicilio, cujo quadro clinico demande atengao sem a necessidade de internagao hospitalar. Art. 46 - A atengao domiciliar é alternativa assistencial que busca evitar a internagao hospitalar e tem por objetivos: 1a humanizagao do cuidado; Ilo resgate da autonomia do usuario e da familia; Ill - processos de alta assistida; IV = periodos maiores livres de intercorréncias hospitalares em pacientes crénicos; & \V—minimizagao do sofrimento em situagao de cuidados paliativos. Pardgrafo Unico. A assisténcia domiciliar se constitui em uma modalidade de atengao desenvolvida no domicilio do usuério englobando uma série de visitas programadas, com periodicidade a depender da complexidade assistencial requerida, observados os seguintes critérios: | ~ atengdo continua de um cuidador treinado sob a supervisao de pelo menos um membro da equipe de saiide; Il ser direcionada a pacientes com agravos agudos, ou crénicos agudizados, cuja_internagéo hospitalar possa ser evitada pela substituigo da assisténcia domiciliar; Ill - cuidados freqdentes de profissionais médicos e de enfermagem; e IV - retaguarda hospitalar agil e eficiente para a necessidade de uma eventual internacao. Art. 47 - E de competéncia dos servigos de natureza publica ou privada integrar 0 servigo de assisténcia domiciliar aos diferentes niveis de atengdo, estabelecendo um fluxo de referéncia © contra referéncia de forma a garantir ao usuario 0 retorno a sua unidade de origem para atendimento e exames, ou encaminhamento para as unidades especializadas, inclusive hospitalares. Art. 48 - Devergo ser priorizados na admissdo ao servigo de assisténcia domiciliar: | —idosos; ll — pessoas portadoras de doengas crénico-degenerativas agudi: clinicamente estaveis; PREFEITURA MUNICIPAL DE LAVRAS ESTADO DE MINAS GERAIS ____ASSESSORIA JURIDICA DO MUNICIPIO | — pessoas que necessitam de cuidados paliativos; e IV = pessoas com incapacidade funcional proviséria ou permanente, com internagdes prolongadas ou re-internagdes, que demandem atengao constante, Paragrafo Unico. Nao Participarao do servigo de atengao domiciliar pacientes que necessitem de: | observacao continua e cuidades intensivos com risco de evolugao para um quadro grave e instavel; || — propedéutica multidisciplinar e/ou varios exames complementares realizados em seqtiéncia e rapidamente, para um diagnéstico preciso antes que seu quadro deteriore; lll — medicagéio complexa, com efeitos colaterais potencialmente graves e/ou de dificil administragao; IV ~tratamento cirdrgico. Art. 49 - Nos aspectos assistenciais, s4o requisitos para a atengao domiciliar '— existéncia de um responsavel que exerga a fungéo de cuidador; Ml haver no domictlio infra-estrutura minima que possibilite o atendimento; e NI haver um responsavel médico que indique a conduta. Art. 50 - A realizado da atengo domiciliar somente sera possivel se 0 niicleo minimo das equipes envoividas se constituirem de médicos, enfermeiros, auxiliares ou tecnicos de enfermagem, sendo, obrigatoriamente, vinoulado a uma unidade hospitalar ou pré-hospitalar fixa, § 1° - Fica a critério do gestor a capacidade de atendimento de cada equipe, Considerados o padrao demogréffico territorial e 0 perfil epidemiolégico da populagao a ser atendida. § 2° - As equipes em atividade na area de atengao domiciliar deveréo ser capacitadas e receber educagao continuada na fungao. Art, §1 - Cabe ao Poder Publico o desenvolvimento e implementacao da Politica de atengéio domiciliar, empenhando esforgos no sentido de oferecer a Populagao do Municipio uma altemativa de atendimento no modelo assistencial, buscando recursos de todas as esferas governamentais para custeio das equipes ¢ aquisicdo de equipamentos. Paragrafo Unico. Sao de responsabilidade do gestor local e do Conselho Municipal de Satide a avaliagao e 0 monitoramento desta politica, para sua efetiv; insergao na rede de satide, Art. 52 - Os servigos de natureza publica ou privada que prestarem ate domiciliar deverdo atender as normas sanitarias no tocante ao seu funciona Ax. Splvio Menicucel, 1573 - Bairro Kennedy — 37300000 Teldinny Ga GET F PREFEITURA MUNICIPAL DE LAVRAS ESTADO DE MINAS GERAIS ___ASSESSORIA TURIDICA DO MUNICIPO é EE Subsegao Xill Da atengao a satide da mulher Art. 53 - A atengdo a saiide da mulher compreende um conjunto de agées edticativas, preventivas, de diagnéstico, tratamento ou recuperacao, objetivando a melhoria do nivel de vida da populagao feminina, nas fases da adolescéncia, adulta e climatério, incluindo: | — assisténcia ao planejamento familiar, a partir das agbes basicas de satide, garantindo a orientagao sexual e o direito 4 auto-regulagao da fertilidade como livre decisdo da mulher ou do homem, ou do casal, tanto para exercer a procriacdo como para evité-la, provendo meios educacionais, cientificos e tecnolégicos para asseguré-lo, impedindo qualquer forma coercitiva ou impositiva por parte da instituigao prestadora dos servigos de satide ou de outras, pUblicas ou privadas; Il — assisténcia em clinica ginecolégica, assisténcia pré-natal, parto e puerpério, no climatério, além de outras necessidades identificadas a partir do perfil populacional das mulheres, bem como identificagéo e tratamento precoce da gestacao de alto risco, inclusive em cardter intensivo nos hospitais e unidades de satide; lll ~ garantia da realizagao dos exames basicos preconizados pelo Ministério da Satide em todas as maes, no momento de sua internagdo, se nao foram feitos no pré-natal, e nos recém-nascidos quando indicados para o controle de doengas de interesse epidemiolégico, tais como rubéola, sifilis, toxoplasmose e outra: IV - integragdo de ages de satide na gravidez, parto, puerpério e no atendimento ao recém-nascido, promovendo, nos varios niveis de atendimento, a participagdo conjunta da equipe multiprofissional de satide no acompanhamento da mulher e da crianga; \V - incluso nos servigos de medicina natural e de praticas complementares de satide de agdes para atengao ao idoso; VI - inclusao do servigo de medicina natural e de praticas complementares de satide de acordo com a legisiagao federal vigente. § 1° - A assisténcia clinico-ginecolégica constitui um conjunto de agdes & procedimentos voltados @ prevencdo, investigagao, diagnéstico e tratamento das patologias sistémicas e das patologias do aparelho reprodutivo, c4ncer do colo uterino e mama, doengas infecto-contagiosas e sexualmente transmissiveis ¢ orientag&o sobre os métodos de regulacao da fertilidade. 2° - A assisténcia pré-natal compreende um conjunto de procedimentos clinicos e educativos com 0 objetivo de promover a saide e identificar, precocemente, os problemas que possam resultar em risco para a saiide da gestante e do concepto. § 3° - O acompanhamento clinico-obstétrico do periodo pré-natal dar-se-4 de, maneira periédica e sistemética, observando os niveis de risco da gestante e/fq concepto. 4 PREFEITURA MUNICIPAL DE LAVRAS ESTADO DE MINAS GERAIS [ASSESSORIA JURIDICA DO MUNICIPIO § 4° - A.assisténcia ao parto e ao puerpério compreende o acompanhamento ao trabalho de parto, a assisténcia ao recém-nascido e 0 atendimento periédico sistematico no p6s-parto, de acordo com protocolo vigente. § 5° - Sera dada assisténcia especial 4 gestante adolescente. Art. 54 - A atengao a satide da mulher compreende: 1 —a vigilancia do estado nutricional e de anemias carenciais, garantindo-se os medicamentos necessdrios e a implementagdo de agbes educativas e de estimulo ao aleitamento materno e ao parto natural; {I — a garantia de assisténcia hospitalar de parto as gestantes, com emprego de tecnologias e procedimentos no sentido da utilizagao adequada da via do parto e das intercorréncias deste, através de profissionais legalmente habilitados; Ill — a orientagéo e encaminhamento das mulheres a partir da idade reprodutiva e apés menopausa, para realizar a prevengao periddica do cancer cérvico-uterino e do cancer mamario, inclusive com ag6es educativas que propiciem a realizago do autoexame das mamas; IV = 0 atendimento médico-hospitalar especializado aos casos de aborto autorizados pelo Cédigo Penal ou determinados por ordem judicial; \V — a garantia de vacinagao a todas as mulheres em idade fértil, de acordo com os protocolos vigentes; VI — a garantia de realizagéo de campanhas educativas e preventivas sobre temas que, em conjunto com entidades representativas de mulheres e outras organizagoes, objetive a boa satide da mulher; Vil — a garantia de educagao continuada para aperfeigoamento de profissionais na area de satide da mulher. Paragrafo Gnico. A Secretaria Municipal de Saude divulgara, através dos meios de comunicagao, 0 Programa de Satide da Mulher, suas atividades e locais de atendimento. Art. 55 - Compete aos estabelecimentos de assisténcia a satide comunicarem & Secretaria Municipal de Satide os atendimentos prestados as mulheres vitimas de violéncia, Subsegao XIV Da atengiio a satide da crianga e do adolescente Art. 56 - As agées de satide da crianga e do adolescente tera como objetivo a redugdo das taxas de morbimortalidade, incluindo obrigatoriamente: | - a implementagéio de agbes individuais e coletivas na fase neo-natal, através da capacitagao dos servigos e profissionais da sade para a assisténci integral, em parceria com 0 Ministério da Saude, Secretarias de Estado, ONG; derhais érg4os, implantando o sistema hospitalar de alojamento conjunto para mae e recém-nascido, conforme as possibilidades do binémio mae-filho; & | ie PREFEITURA MUNICIPAL DE LAVRAS ESTADO DE MINAS GERAIS “ASSESSORIA JURIDICA DO MUNICIPIO Il — a garantia do direito & permanéncia de um dos pais ou responsavel, em tempo integral, junto @ crianga ou adolescente sob regime de intemacao ou tratamento, como também de um acompanhante, seja ele o pai ou nao, desde o nascimento, incluindo 0 pré-parto, parto e pés-parto, seguindo as diretrizes do Programa Nacional de Humanizagao; Ill - 0 incremento de agdes educativas que incentivem o aleitamento materno, em todos 0 niveis de atengao a sade, de acordo com as diretrizes do Ministério da Satide, em parceria com Secretarias de Estados, ONG's, e demais érgaos, dando especial atengao a implementagdo de agées de aleitamento protegido nas instituigdes de educacdo infantil; IV ~a realizagéo de agdes de satide voltadas a vigilancia do crescimento & desenvolvimento neurobiopsicosocial, com a introdugao de tecnologias apropriadas a sua avaliagao; \V — a garantia de atendimento por profissional especializado na atengao ao recém-nascido, no momento do parto; VI - a implantagao de um sistema integrado pela unidade neo-natal hospitalar e pela rede ambulatorial dos servigos de satide, articulado funcionalmente pela referéncia e contra-referéncia da demanda atendida, com hierarquizagéo do atendimento, conforme as necessidades de satide da infancia; Vil a garantia da realizagao de exames visando o diagnéstico e terapéutica das patologias a serem triadas pelo Programa de Triagem Neo-Natal vigente; Vill - a garantia da realizago dos exames basicos preconizados pelo Ministério da Satde em todas as maes, no momento de sua interagéio, se n&o foram feitos no pré-natal, e nos recém-nascidos quando indicados para o controle de doengas de interesse epidemiolégico, tais como rubéola, sifiis, toxoplasmose e outras; IX = a integragdo de agdes de satide na gravidez, parto, puerpério e no atendimento ao recém-nascido, promovendo, nos varios niveis de atendimento, a participacéio conjunta da equipe multiprofissional de satide no acompanhamento da mulher e da crianga; X = 0 incentivo ao aleitamento materno, monitorizagao do crescimento e do desenvolvimento em todos os niveis e setores, 0 controle de doenga diarréica desidratagao, 0 controle das doengas respiratdrias de infancia, o acompanhamento nutticional, 0 controle das doengas preveniveis por imunizagao, o acompanhamento e vigilancia de recém-nascidos, a prevengao da carie e doenca periodontal, desde a atengdo primaria até a utilizagaio de equipamentos complexos; XI - a vigilancia A saide e o controle dos acidentes na inféncia e adolescéncia, a partir da rede dos servigos de satide, incluindo escolas, creches ¢ outros espagos coletivos, através de agdes educativas que orientem, previnam e controlem as condigdes de risco; XII — a promogao de agdes individuais e coletivas voltadas a satide da cria e do adolescente, assistindo-os integralmente, capacitando servigos e pessoaf-dp PREFEITURA MUNICIPAL DE LAVRAS ESTADO DE MINAS GERAIS "ASSESSORIA JURIDICA DO MUNICIPIO satide, articulados com escolas e a comunidade, através de materiais pedagdgicos no meio educacional, compreendendo: a) informagao periddica e sistematica dos diversos profissionais de satide; e b) agées integradas com a area de educagdo, visando garantir 4 populagao acesso a informagao e as agées educalivas relativas as morbidades prevalentes; Xill — a garantia de realizagao, em parceria com o Ministério da Satde, Secretarias de Estado, ONG's e outras instituigdes interessadas, de campanhas de vacinagao das criangas e adolescentes e de outras questdes relativas a adolescéncia; XIV — 0 registro das agdes de satide prestadas ou controladas nas criangas em todos os servigas de atengdo a crianga; XV - nas matemidades, a identificagdio do recém-nascido, mediante o registro de sua impressdo plantar e digital e da impressao digital da mae, além de emissao ao Sistema Municipal de Vigilancia 4 Satide da Declaragao de Satide de Nascidos Vivos; XVI ~ a garantia de que toda unidade de satide com servico de parturica, possua equipe de neonatologia, envolvendo servigo médico e de enfermagem em neonatologia, além da equipe de obstetricia; XVIl_— a_ incluséo do servigo de medicina natural e de praticas complementares de satide de acordo com a legislagao federal vigente. Pardgrafo nico. Cabe ao SUS Municipal coordenar, em todas as suas unidades de satide, em cooperagao ou inter-relagao com os demais orgéos competentes do Municipio, 0 acompanhamento’ nutricional das criangas que apresentarem algum grau ou modalidade de desnutrigdo, seja por caréncia, excesso ou outros distuirbios alimentares. Art. 57 - A crianga e 0 adolescente participaréo das ages de satide com a prerrogativa de prioridade no que se refere a protegao da vida e direito a satide, cabendo aos servigos de saide observar os seguintes critérios: | - os nascimentos corridos no Municipio devem ser atendidos em servicos de satide; Il - manter vigiléncia e registro, através da caderneta da crianga, sob posse da familia, das agdes basicas de satde. Art. 58 - Toda e qualquer internagéo hospitalar de criangas e adolescentes ocorrerd, preferencialmente, em unidades de pediatria, com pessoal médico e de enfermagem com habilitagao especifica, acompanhado dos pais ou responsavel. § 1° - Em todo e qualquer caso, a intemagao de criangas e adolescentes d oferecer, no minimo, cadeira rectindvel para o repouso do familiar ou respanspvel acompanhante durante todo periodo de estada do intemado. . SEE SEE ee He eee eR PREFEITURA MUNICIPAL DE LAVRAS ESTADO DE MINAS GERAIS “ASSESSORIA JURIDICA DO MUNICIPIO. § 2° - A internagéo de criangas e adolescentes deve oferecer, obrigatoriamente, servigo de apoio em recreagao e pedagogia, possuindo uma brinquedoteca. § 3° - A alta hospitalar de criancas e adolescentes deve ser sempre acompanhada de resumo de alta, contendo informagées basicas sobre a evolugéo da doenca, tratamento realizado e exames, e destinadas ao médico de satide da familia todas as orientagdes de acompanhamento necessarias. Art. 59 - Todos os estabelecimentos de educagao, sejam eles de educagéo infantil, ensino fundamental, ou ensino médio, devem estar sob a orientagao, acompanhamento e avaliagao da Vigilancia Sanitaria, potencializando a prevengao de agravos. Paragrafo Unico. As Equipes de Satide da Familia das Unidades Basicas de Satide devem ser incluidas como parceiras na educagao para satide. Art. 60 - Os estabelecimentos de prestagéo de cuidados a crianga e ao adolescente deverdo efetivar vinculo com a Unidade Basica de Saide de sua area de abrangéncia, visando @ educagao preventiva de satide publica as criangas e adolescentes. Pargrafo Unico. Fica facultada a iniciativa privada a contratagdo de profissional ou implantagao de servigo para educagao preventiva de sauide, Art. 61 - As criangas deverao ser submetidas a avaliag6es periédicas, conforme julgue necessaria a equipe de saiide da familia que as acompanha ou seu pediatra. Art. 62 - Os casos de suspeita ou confirmagao de maus tratos contra criangas ou adolescentes, serdo obrigatoriamente comunicados pelo profissional que tiver ciéncia do caso ao Conselho Tutelar do Municipio, sem prejuizo das demais providéncias legais. Art. 63 - A rede municipal de satide promovera, através do Programa de Satide da Familia e em parcetia com o Ministério da Satide, Secretaria de Estado, ONG's e demais érgaos, programas de assisténcia médica e odontolégica para a prevencéo das enfermidades e campanhas de educago sanitaria para pais, educadores e alunos de forma intersetorial envolvendo parcerias com as diversas instancias governamentais e ONGs, fortalecendo o protagonismo infanto-juvenil de acordo com o preconizado no estatuto da crianga e adolescente. Subsegao XV Da atengao a satide do adulto Art. 64 - A atengo a satide do adulto compreende um conjunto de agées educativas, preventivas, de diagnéstico, tratamento ou recuperagao, objetiva melhoria do nivel de vida da populagao adutta, incluindo: PREFEITURA MUNICIPAL DE LAVRAS ESTADO DE MINAS GERAIS ASSBSSORIA JURIDICA DO MUNICIPIO 1 = garantia de acesso A informagdo e as agées programaticas sobre promogao de hdbitos de vida sauddvois, como a pratica de atividade fisica, a alimentagao de qualidade, a realizago do sexo seguro, a cessagdo do tabagismo, do alcoolismo e do uso de drogas ilicitas; Il — garantia de vacinagao regular em conformidade com politica de imunizagao; Ill - promogao de atividades educativas visando a prevengdo da violéncia doméstica e acidentes; IV ~ acesso facilitado as consultas nas especialidades relacionadas a doenga; V - atendimento pelos médicos do PSF e participagao nos grupos operativos; VI —acesso aos exames de prevengao e de acompanhamento da doenga, na freqiéncia que se fizer necessério conforme avaliagdio caso a caso; VIL- divulgagao de material informativo sobre 0 cuidado com os pés; Vill - realizagao de exame de sensibilidade dos pés e encaminhamento para servigo especifico quando houver alteragao; IX - acesso ao Programa de Diabete e Hipertensdo do municipio quando indicado; e X - incluso do servigo de medicina natural e de praticas complementares de satide de acordo com a legislagao federal vigente. Pardgrafo Unico. Para os diabéticos, fica assegurado, além do disposto nos incisos anteriores, 0 fornecimento de tiras reagentes de glicemia, para o autocontrole, de acordo com as normas vigentes. Art. 65 - Fica garantido aos portadores de Hipertensdo Arterial: | - medicagao padronizada pelo Ministério da Saude e Secretaria Estadual e Municipal de Satide; II- material de informago sobre o controle da doenga; lll - acesso facilitado as consultas nas especialidades relacionadas 4 doenga; IV -- atendimento pelos médicos do PSF e participagao nos grupos operativos; V - acesso aos exames de prevengao e de acompanhamento da doenga, na frequéncia que se fizer necesséria, Art. 66 - Fica garantido aos portadores de Doenga Vascular Periférica: 1 acesso a insumos para a prevengdo de les6es e amputagées; Il - acesso a avaliagao e acompanhamento por profissional capacitado, para o tratamento adequado das lesées ulcerativas; Ill - acesso a exames microbiolégicos e antibioticoterapia adequada paga o portadores de lesdes. Wz [sry ‘S| ft pe PREFEITURA MUNICIPAL DE LAVRAS ESTADO DE MINAS GERAIS. “ASSESSORIA JURIDICA DO MUNICIPIO Paragrafo tinico. Os usuarios com comprometimento vascular periférico terao prioridade na marcagao da Cirurgia Vascular Periférica. Subsegao XVI Da atengao a satide do idoso Art. 67 - E dever do Municipio, com a participagdo da familia e da sociedade, garantir pessoa idosa o direito a vida e a satide, mediante o desenvolvimento de politicas piblicas que assegurem um envelhecimento saudavel e em condigées de dignidade, com enfoque sua autonomia, visando a prevengdo, promogao, protegao e recuperagao de sua satide, incluindo a atengao especial as patologias prevalentes esse grupo etario respeitades os principios da universalidade, integralidade, equidade e territorialidade. Paragrafo Unico. Nas atividades de promogao, protegdo e recuperacao da satide serd priorizado o carater preventivo. Art. 68 - O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes @ pessoa humana, sendo-Ihe asseguradas todas as condigdes, oportunidades @ facilidades, na forma da lei, para a preservagao de sua satide fisica e mental, com liberdade e dignidade. Art. 69 - O Municipio priorizara a prestagdo de servigo de satide ao idoso, garantindo-Ihe: | - atendimento preferencial € individualizado junto aos érgaos ptiblicos e privados prestadores de servigos de satide no Ambito do municipio; II - preferéncia na elaboragao e execugao de politicas publicas especificas na rea da satide do idoso; Ill - destinagao especifica de recursos puiblicos na area da satide do idoso, visando a sua prevengao e manutengao de um envelhecimento saudavel, IV - garantia de acesso universal, integral ¢ igualitario, sem discriminagao de qualquer natureza, por meio do Sistema Unico de Sade - SUS, aos servigos prestadores de satide local, esses compreendidos em ambulatorios e hospitais, bem como em outros espagos; V ~ capacitagao e reciclagem dos recursos humanos encarregados da prestagao de servigos aos idosos, em todos os niveis de atengao, nas areas de geriatria e gerontologia; VI - criagao e viabilizagao de mecanismos que favoregam a divulgagéo de informagoes de cardter educativo e preventivo sobre os aspectos biopsicossociais do envelhecimento para pessoas de todas as idades; Vil - insergao nas unidades geridtricas de referéncia secundaria de pegs capacitado ou especializado nas areas de geriatria e gerontologia social, _ cy PREFEITURA MUNICIPAL DE LAVRAS ESTADO DE MINAS GERAIS ASSESSORIA JURIDICA DO MUNICIPIO Art. 80 - E garantido aos idosos institucionalizados no Municipio, em Instituigdes de qualquer natureza, seja com fins de moradia, ainda que temporaria, ou similares, 0 acesso universal, integral e equanime a servigos e agdes de Promogao, protegao e recuperacao da satide, conforme os protocolos de atribuigées © proceso estabelecidos pela Secretaria Municipal de Sade. § 1° - E garantida a imunizagao prevista no calendario oficial destinada aos idosos do municipio a todas as pessoas idosas institucionalizadas, devendo a mesma ocorrer in loco, com a visita das equipes da Secretaria Municipal de Satide as Instituig6es de Longa Permanéncia para Idosos e a instituigdes similares. § 2° - As pessoas idosas institucionalizadas no territério municipal serao incluidas em todos os programas fundados no principio da assisténcia integral a satide desenvolvidos pela Secretaria Municipal de Satide Art. 81 - As garantias as pessoas idosas previstas neste Codigo nao éxcluem outras jd existentes, somando-se aquelas para todos os fins de direito. Subsegao XVII Da atengao a satide mental Ait. 82 - E de responsabilidade do Municipio o desenvolvimento da politica de satide mental, a assisténcia e a promogdo de agées de satide, com apoio da sociedade, aos portadores de sofrimento mental. § 1° - © Municipio garantira e implementara a prevengdo, a reabilitagdo e a reinsereéo social plena das pessoas portadoras de sofrimento mental, sem discriminagao de qualquer natureza, promovendo assisténcia integral e eficaz em satide mental, com atendimento humanizado e através do desenvolvimento de Politicas publicas que visem a melhoria da sua qualidade de vida. § 2° - O Municipio € responsével pelo desenvolvimento do Programa Municipal de Satide Mental, com objetivo de assegurar o pleno exercicio dos direitos individuais @ sociais dos portadores de transtomo menial e usuarios de Alcool e drogas. Art. 83 - Sao direitos da pessoa portadora de sofrimento mental, além dos ja estabelecidos em lei: | ter acesso ao melhor tratamento consentaneo as suas necessidades; Nl ~ ser tratada com humanidade e respeito e no interesse exclusive de beneficiar a sua satide, visando alcangar sua recuperagao pela reinsercao social ¢ familiar; Ill — ser protegida contra qualquer forma de abuso e exploragaio; IV ~ ter garantia de sigilo nas informag6es por ela prestadas, salvo p necessidade imperativa de atividade profissional que tenha como propé: Prevengao, promogao e recuperagdo de sua satide; fee) I PREFEITURA MUNICIPAL DE LAVRAS ESTADO DE MINAS GERAIS ASSESSORIA JURIDICA DO MUNICIPIO V — receber o maior numero possivel de informag6es a respeito de sua doenga e de seu tratamento; VI — ser tratada em ambiente terapéutico pelos meios menos invasivos possiveis; Vil — ter garantido 0 respeito aos direitos humanos e a cidadania; Vill — ser tratada em servigos comunitarios, abertos e territorializados de satide mental; e IX — nao participar de pesquisas cientificas, para fins diagnésticos ou terapéuticos, sem o seu consentimento expresso ou de seu representante legal, bem como sem a devida comunicagao ao Conselho Municipal de Sade e aprovagao do Comité de Etica em Pesquisa da Secretaria Municipal de Saude. Art. 84 - O modelo assistencial de sadide mental do Municipio visa diminuir internages em hospitais psiquiatricos, proporcionando outros recursos assistenciais que assegurem os direitos enunciados neste Cédigo. Paragrafo unico. A Secretaria Municipal de Saude trabalharé em consondncia com os movimentos sociais e, conjuntamente, promoverdo campanhas de esclarecimento e divulgacéo a populagao acerca dos principios, objetivos e efeitos da reforma psiquidtrica, combate ao preconceito e discriminagao social e defesa dos direitos do portador de sofrimento mental. Art. 85 - Qualquer projeto de construgao ou de implantagéo de unidade Psiquiatrica em hospital geral, publico ou privado, devera ter sua necessidade avaliada e autorizada pela autoridade sanitaria competente da Satide Mental, ouvido © Conselho Municipal de Satide e a Vigilancia Sanitaria Municipal. Art. 86 - A intemagao psiquidtrica, qualquer que seja ela, somente ocorrerd mediante laudo médico circunstanciado que caracterize os seus motivos de forma inequivoca, e deverd objetivar a mais rapida possivel recuperagdo do usuario, visando a sua imediata reintegragao social. § 1° - O laudo médico mencionado no caput deste artigo devera conter, no minimo: | - descrigéo minuciosa das condigdes do paciente que ensejem a sua intemagao; |l- consentimento expresso do paciente ou de sua familia, ou representante legal em caso de impedimento daquele; e lll - as previs6es de tempo minimo e maximo de duragao da internagao. § 2° - O tratamento em regime de internagao sera estruturado de forma a Oferecer assisténcia integral 4 pessoa portadora de sofrimento mental, segundo as diretrizes estabelecidas pelo Municipio e pelo Ministério da Saude. Art. 87 - Para os efeitos desta Lei, considera-se: Av Sylvie Menicucet, 1575 - Bairro Keanedy 37300000 ~TaGinn HAE PREFEITURA MUNICIPAL DE LAVRAS ESTADO DE MINAS GERAIS. ASSESSORIA JURIDICA DO MUNICIPIO internagao voluntaria: aquela que se dé com o consentimento do usuari Il — internagao involuntaria: aquela que se da sem o consentimento do usuario @ a pedido de tercein Ill — internagao compulsoria: aquela determinada pela Justiga. § 1° - A pessoa que solicita voluntariamente sua intemagéo, ou que a consente, deve assinar, na ocasiéo da admissdo, uma declaragdo de que, no momento, optou por esse regime de tratamento. § 2° - A internagao psiquidtrica de pacientes menores de idade e aquela cujo consentimento expresso do responsavel nao for obtido sera caracterizada como internagao involuntaria, devendo 0 laudo que a autorizou ser remetido, pelo responsdvel técnico do estabelecimento que realizar a internagdo, a autoridade sanitaria competente e ao Ministério Publico, no prazo de até 72 (setenta e duas) horas a contar da intemagao, devendo o mesmo procedimento ser adotado quando da alta hospitalar. Art. 88 - A internagao de usuarios com diagnéstico principal de dependéncia alcodlica e outras drogas podera ser feita tanto em hospitais psiquidtricos como em leitos de clinica médica em hospitais e pronto-socorros gerais. Art. 89 - O portador de sofrimento mental, hospitalizado ha longa data ou para o qual se caracterize situagao de grave dependéncia institucional, decorrente de seu quadro clinico ou da auséncia de suporte social, sera objeto de politica especifica de alta planejada e reabilitagéo psicossocial assistida, sob Tesponsabilidade da autoridade sanitéria competente. Art, 90 - A Secretaria Municipal de Satide devera fiscalizar e garantir o respeito aos direitos humanos e a cidadania dos portadores de sofrimento mental. Pardgrafo Unico. Na constatagao de irregularidades na assisténcia ofertada aos usuarios nos servigos de satide mental, integrantes ou ndo do Sistema Unico de Satide, competira 4 Secretaria Municipal de Satide adotar as providéncias cabiveis elou comunicar as instituigdes responsaveis. Ait. 91 - Os estabelecimentos de assisténcia 4 satide deveréo comunicar aos familiares ou ao seu representante legal, bem como a autoridade sanitaria competente, os casos de acidente e ébito de portadores de sofrimento mental no prazo maximo de 24 (vinte e quatro) horas da data da ocorrénci Art. 92 - O uso de medicagéo nos tratamentos psiquidtricos, em estabelecimentos de satide mental, deveré corresponder as necessidades fundamentais de satide das pessoas portadoras de transtornos mentais e tera, exclusivamente, fins terapéuticos. Pardgrafo tinico. E vedado 0 uso de celas-fortes, camisas-de-forga e outr Procedimentos violentos e desumanos em qualquer estabelecimento de satide, a. uiblico, privado ou fitantropico. Kal fof, PREFEITURA MUNICIPAL DE LAVRAS ESTADO DE MINAS GERAIS ASSESSORIA JURIDICA DO MUNICIPIO Art, 93 - Ficam proibidas as psicocirurgias, assim como quaisquer procedimentos que produzam efeitos organicos irreversiveis, a titulo de tratamento de enfermidade mental. Art. 94 - A eletroconvulsoterapia serd realizada, exclusivamente, em unidade de internagdo devidamente aparelhada, dotada de recursos humanos capacitados, profissional legalmente habilitado e drea fisica adequada, observadas as seguintes condigdes: | - indicagéo absoluta do tratamento, esgotadas todas as demais possibilidades terapéuticas; |l— consentimento informado do paciente ou, caso seu quadro clinico nao permita, de sua familia ou representante legal, quando for o caso, apés conhecimento de seu diagnéstico, do propésito, do método, da durac&o estimada, do beneficio esperado do tratamento, de outras possibilidades de tratamento, inclusive das menos invasivas, das dores e desconfortos resultantes, dos riscos e dos efeitos colaterais, bem como das terapéuticas, sem alcance de eficacia, jd utiizadas: NI — comunicagao a autoridade sanitdtia competente da Satide Mental da Secretaria Municipal de Sauide e parecer escrito dos profissionais de nivel superior envolvidos no tratamento do paciente. . Art. 95 - A Secretaria Municipal de Saiide, através de suas insténcias de fiscalizagao, controle e execugao dos servicos piblicos de satide, juntamente com 0 Conselho Municipal de Satide, deverd atuar solidariamente na defesa dos direitos de cidadania dos usuarios, respeitando as diretrizes e os principios da Politica de ‘Satide Mental. Art. 96 - A Secretaria Municipal de Saiide, em parceria com outras secretarias municipais, envidara esforgos no sentido de garantir a implantagao de Politicas intersetoriais, criando as condiges para a autonomia social e econdmica dos portadores de transtornos mentais, a saber: |= moradia; 1 trabalho formal ou cooperativo; Ill - insergo no sistema de ensino; e IV ~ direitos previdencidrios e outros. Subsegdo XVII Da atengao a satide bucal Art. 97 - Cabe a Secretaria Municipal de Saude coordenar, executar, orientar © supervisionar as atividades em que se integram as fungées de promogao, protego © recuperagao da satide bucal da coletividade, por meio de atividades educativas, Preventivas e curativas. Paragrafo unico. No atendimento das metas preconizadas pela Secretar) Municipal de SaGde serao observadas, entre outras, as seguintes agdes: a Ar. Syivio Menieucel, 1373 Bairro Kennedy ~ 37300-000 ~ Telefax: BSS94 AE. Latdicggndiaooe wt e¢_T+ PREFEITURA MUNICIPAL DE LAVRAS ESTADO DE MINAS GERAIS ASSESSORIA JURIDICA DO MUNICIPIO | desenvolvimento de parcerias com setores pliblicos e privados; ll - desenvolvimento e apoio as agdes de redugao de danos, nos moldes preconizados pelo Ministério da Saiide: Ill — formagao e consolidagéo de parcerias com as universidades para Educagdo Permanente, pesquisa aplicada e assisténcia, principalmente, a atengao secundaria; Iv - manutengao das especialidades atualmente ofertadas tais como endodontia, periodontia, ortodontia, usuarios com necessidades especiais, estomatologia, odontopediattia, disfungao de ATM, cirurgia e dentistica; V - promogao de cuidados gerais e de assisténcia técnica aos equipamentos Por meios, preferencialmente, préprios, com profissionais capacitados: VI ~ execugao de contratos que garantam o fornecimento de pegas e Componentes, bem como a manutengao para as pecas e componentes; 6 Vil — promogao da educacao permanente dos recursos humanos em todos os niveis de atuagao no sistema de satide. Art. 98 - A Atengao a Saiide Bucal serd desenvolvida por meio de ages integradas de prevengao, promogao e controle da saiide bucal, em parceria com universidades publicas e privadas € entidades afins, observando as seguintes diretrizes: |- ampliagdo gradativa do acesso aos servicos de satide bucal; 11 - priorizagao no atendimento das urgéncias. Art. 99 - Nas agdes de promogao de satide bucal tero prioridade as atividades educativas preventivas, compreendendo: |- orientagao para 0 auto-cuidado; |I- terapia intensiva com fidor para pessoas com atividade de carie; Ill ~ estabelecimento de parcerias com instituig6es de convivio coletive para desenvolvimento rotineiro das ages de cuidado em satide bucal e forecimento de escovas € cremes dentais, quando necessério; 'V - capacitagéo, monitoramento e avaliagéo dos cuidadores das instituigses de convivio coletivo; V — estimulo 4 escovagao didria nas instituigbes coletivas, supervisionadas pelos cuidadores; VI ~ introdugao da escovagao no pré-atendimento nas Unidades Basicas de Satide, supervisionada sempre que possivel e na rotina de visita dos Agentes Comunitarios de Satide - ACS; e Vil — monitoramento do teor de flor na agua de abastecimento publi PREFEITURA MUNICIPAL DE LAVRAS ESTADO DE MINAS GERAIS ASSESSORIA JURIDICA DO MUNICIPIO Art. 100 - E garantido 0 acesso universal aos servigos de satde bucal a toda Ropulagdo, sem focalizagéo por faixa etéria, mas com focalizagao no atendimenta das prioridades. Pardgrafo unico. A estratégia de controle das doengas bucais deverd ser conduta padrdo nos atendimentos, visando a diminuig&o do niimero de sescoeq por individuo. Subsegao XIX Da atencao aos portadores de necessidades especi Art, 101 - A Politica de Saiide para a Integragso dos Portadores de Necessidades Especiais compreendera um conjunto de orientagées que’ lho assegurem o pleno exercicio dos direitos individuais e sociais, através de medidas Que visem sua incluso no mercado de trabalho, que thes garanta assistencia social, edificagées e transportes puiblicos e privados dotados de acessibilidade adogao de outras medidas que visem o seu bem-estar pessoal, social ¢ econémico, Art. 102 - A atengao a satide da pessoa portadora de necessidades especiais compreende um conjunto de agées individuais e coletivas desenvolvidas pelos servigos de satide e incluirdo obrigatoriamente: 1 acesso, de acordo com a necessidade, a todos os equipamentos, produtos © Gawigos de saiide, compreendida também a eliminagao de. ‘barroiras, principalmente as arquitet6nicas; II ~ direito a habilitagao © reabilitagéic, aqui compreendida como agao multiprofissional, que leve em conta o desenvolvimento maximo da potencialidade da pessoa portadora de deficiéncia; I = garantia de acesso da populagdo as informag6es relacionadas aos Possiveis fatores determinantes das deficiéncias; IV - garantia de condigées que visem a integragéo e reintegragao do portador de qualquer deficiéncia na sociedade; V = implantagao de projetos voltados A capacitago dos portadores de necessidades especiais, buscando o desenvolvimento de sua_independéncia, através do fortalecimento de sua autonomia, de modo a favorecer sua insergao social; 1/1; implantagao de projetos e servigos que priorizem o trabalho com a familia, de modo a melhorar a dinamica familiar; Vil_~ desenvolvimento de projetos direcionados a capacitagdo de acompanhantes ou cuidadores domiciliares para portadores de necessidades especiais; Vill - capacitagao dos profissionais da area da sade, visando uma Postura humanizada @ inclusiva, que considere o individuo em sua totalidade, incluindo o Conhecimento da lingua de sinais brasileira (LIBRAS) e de outras for le comunicagaio; pps (UJ AB ‘Ay. Syivio Menicucei, 1373 ~ Bairro Rennedy — 37300-08 Telgans GAGA PREFEITURA MUNICIPAL DE LAVRAS ESTADO DE MINAS GERAIS "ASSESSORIA JURIDICA DO MUNICIPIO é 1X - implementagao de praticas e cuidados domiciliares, envolvendo equipes de satide da familia, profissionais de reabilitagao e a comunidade; X ~ garantia de participagdo dos portadores de necessidades especiais nas instancias municipais do SU! XI - adequagao de todas as unidades de satide, garantindo acessibilidade aos portadores de necessidades especiais em todo ambiente intemo e extemo, incluindo areas comuns; & XII — garantia de confecgdo de laudos de satide para portadores de necessidades especiais. Subsecdo XX Da alimentagao e nutri¢éo Art. 103 - A Politica Municipal de Alimentagao e Nutrigdo integra a Politica Estadual e Nacional de Satide e a Politica Estadual e Nacional de Alimentagdo e Nutrigdo, inserida no contexto da Seguranga Alimentar e Nutricional. Paragrafo Unico. Para os efeitos desta Lei, entende-se por: | - alimentagao: processo biolégico e cultural que se traduz na escolha, na preparagdo e no consumo de um ou de varios alimentos; Il - nutrigao: estado fisioldgico que resulta do consumo e da utilizagéo biolégica de energia e nutrientes em nivel celular; | - monitoramento alimentar e nutricional: coleta e a anélise de informacées sobre a situagao alimentar e nutricional de individuos e coletividades, com o propésito de fundamentar medidas destinadas a prevenir ou corrigir problemas detectados ou potenciais; ¢ IV - monitoramento epidemiolégico nutricional: parte do monitoramento alimentar ¢ nutricional que tem como enfoque principal o estado de nutrigéo dos grupos de pessoas mais expostas aos problemas da nutrigao. Art. 104. A Secretaria Municipal de Saude promovera a elaborag4o, implementagao e avaliagao da politica de alimentagao e nutrigao, em articulagaio com os setores de agricultura abastecimento, planejamento, educagao, trabalho e emprego, industria e comércio, ciéncia e tecnologia e outros setores envolvidos com a seguranga alimentar e nutricional. Paragrafo Unico. Compete a Secretaria Municipal de Satide, de acordo com a habilitagao e a condigéo de gest4o, segundo as Normas Operacionais do Ministétio da Satide: | - coordenar o componente municipal do SUS responsavel pela operacionalizagao da politica de alimentagao e nutrigao; Il - receber ou adquirir alimentos e suplementos nutricionais, garantindo abastecimento de forma permanente e oportuna, bem como sua dispensago adequada; ar “Gu Sjivio Menicucal, 1575 7 Belvo Kennaiy 3G Fe PREFEITURA MUNICIPAL DE LAVRAS ESTADO DE MINAS GERAIS ASSESSORIA JURIDICA DO MUNICIPIO Ii! - promover as medidas necessérias para integrar a programagéio municipal @ adotada pelo Estado e Unido; IV - promover 0 treinamento e a capacitagao de recursos humanos para operacionalizar, de forma produtiva e eficaz, as atividades especificas da ares ac alimentago e nutri¢&o; \V - estabelecer a pratica continua e regular de atividades de informagao e andlise; MI - implantar, na rede de servigos, o atendimento da clientela portadora de agravos nutricionais clinicamente instalados, envolvendo a assisténcia alimentar ¢ o controle de doengas intercorrentes; Vil - uniformizar procedimentos relativos a avaliago de casos, A eleigao de beneficiérios, ao acompanhamento e a recuperagdo de desnulridos, bom came s Prevengao © ao manejo de doengas que interferem no estado nutricional, Vill - obter @ divulgar informagdes representativas do consumo alimentar; IX - realizar, quando necessario, monitoramento de caréncias nutricionais, ‘segundo normas especifica X - promover a difusao de conhecimentos ¢ Fecomendagées sobre praticas alimentares saudaveis, tais como o valor nutritivo, as propriedades terapéuticas, as indicagées ou as interdigdes de alimentos ou de suas combinagées, mobilizando diferentes segmentos sociai Xl - monitorar a qualidade dos alimentos sob sua Fesponsabilidade; il « Manter ¢ estreitar as relagées entre o 6rgao municipal de vigilancia ganitaria de alimentos @ as ages executadas pelo Ministerio da Agricultura, pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuaria e Abastecimento ou érgaos Equivalentes, com 0 objetivo de preservar atributos relacionados com o talon nutricional e com a sanidade dos alimentos; Xill - participar do financiamento das agées das pollticas nacional ¢ estadual, Gestinando recursos para a prestagao de servigos e aquisigao de alimentos ¢ cutrg insumos; XV - promover negociagées intersetoriais “que propiciem © acesso universal a alimentos de boa qualidade; XVI - promover o controle social da execugao da Politica Municipal de Alimentagso e Nutri¢ao e da aplicagao dos recursos financeiros correspondent¢s,. Mediante o fortalecimento da agao dos Conselhos Municipais de Satide. "Al ofr 4v. Sylvia Menicucei, 1575 - Bairro Kemmedy —A7300-000 - Tolan, GEE PREFEITURA MUNICIPAL DE LAVRAS ESTADO DE MINAS GERAIS nade ASSESSORIA JURIDICA DO MUNICIPIO aie Al. 105 - A aquisigao de suplementos nutrcionais sera realizada observando- ‘s€ 08 fluxos assistenciais da Secretaria Municipal de Sade, devendo ° paciente, aerators Ss 1S 808 suplementos, seguir, obrigatoriamente, o fluxo nomval ae assisténcia, ‘Subsegao XX! Do sangue, dos hemocomponentes e dos hemoderivados Art. 106 - Cabe Secretaria Municipal de Saude articular a integragéo com Cutros 6rgiios e entidades municipais, estaduais e federais, visando a meer eficdcia, cliciéncia © efetividade das agdes referentes a politica de sangue, hemocomponentes e hemoderivados. Subsegao XXil Da politica municipal de assisténcia farmacéutica Art. 107 - A Politica Municipal de Medicamentos tem por objetivo promover 0 onal e possiblitar 0 acesso da populagao aos medicamentos essenciaic o cumprira ao estabelecido nesta lei, sem prejuizo do disposto em outras disposicdes normativas vigentes. Paragrafo unico, Para os efeitos desta Lei, considera-se assisténcia farmacéutica, 0 conjunto de atividades destinadas a apoiar as agdes de satde 6 ac vigilancia sanitaria e epidemiolégica relacionadas com os processos de selegao, produigo, aquisigdo, armazenamento, distribuigdo, prescrigao e dispensagac’ de medicamentos, bem como com o acompanhamento do uso destes e © conkele de sua qualidade. Art, 108 - Na implementacdo da Politica Municipal de Medicamentos sero observadas as seguinies diretrizes: | zrioridade para © atendimento das nosologias prevalentes © de grande impacto epidemiolégico; ¢ \\ programagao da aquisigéo das necessidades definidas nos Planos Estadual e Municipal de Assisténcia Farmacéutica, Pardgrafo nico. Para a implementagao da Politica Municipal de Medicamentos, cabe ao Municipio: | - coordenar © executar a assisténcia farmacéutica, através da Secretaria Municipal de Saude; II - coordenar © processo de articulagaio dos diversos setores piblicos privados envolvidos; I - coordenar e monitorar a acdo das. instituigses responsaveis pela implementagao, no Municipio, dos sistemas nacionais e estaduais basicos para a Politica de medicamentos; 'V- elaborar o Plano Municipal de Assisténcia Farmacéutica; PREFEITURA MUNICIPAL DE LAVRAS ESTADO DE MINAS GERAIS eae ___ASSESSORUA JURIDICA DO MUNICTeIO at Y Ge See! Coordenar e implementar o sistema municipal de farmacovigilancia; MI ctiat_as condigbes necessérias para que a compra de insumos e medicamentos no Municipio seja processada mediante os termos da legislagao federal; flag Ermover 0 uso racional de medicamentos pela comunidade, pelos prescritores e pelos dispensadores; Mill - adquirir, preferencialmente, medicamento genérico para seus estoques ¢ adotar a Denominagao Comum Brasileira - DCB ou, na falta desta, a Denominagao Comum Internacional - DCI na prescrigao médica @ odontolégica feita no Ambito municipal do Sistema Unico de Satide - SUS; ix - promover € apoiar, por meio de cooperagao técnica com centros especializados, a formagao dos recursos humanos necessarios a prestagao da assisténcia farmacéutica Art. 109 - O Plano Municipal de Assisténcia Farmacéutica, a ser elaborado pela Secretaria de Municipal de Satide, sera submetido & aprovacao do Conselho Municipal de Saude. § 1° - Na elaboragao do Plano Municipal de Assisténcia Farmacéutica sero considerados: | 0 diagnéstico da situagao da satde no Municipio; | as atividades de assisténcia farmacéutica no Municipio; Ill - a rede de Servigos existentes, em vista do nivel de complexidade de atendimento definido pelo SUS; IV -.as condigdes necessdrias ao cumprimento das praticas de assisténcia farmacéutica; e V - 08 recursos humanos, materiais financeiros disponiveis. § 2°- 0 Plano Municipal de Assisténcia Farmacautica preverd, entre outras agbes: | a definigao dos medicamentos a serem incluides na Relago Municipal de Medicamentos; | a atualizagao anual da Relagéo Municipal de Medicamentos, com base na Relagdo Nacional de Medicamentos - RENAME, na telagéo de medicamentos Essenciais da Organizagao Mundial de Satide - OMS e no perfil epidemiolégico do Municipio; II ~ a capacitagéo e 0 aperfeigoamento permanente dos recursos hum, envolvides na sua operacionalizacao; ‘Av. Splvio Mentcucci, 1375 - Laro Kennedy 3700-000 Tac. PREFEITURA MUNICIPAL DE LAVRAS ESTADO DE MINAS GERAIS ASSESSORIA JURIDICA DO MUNICIPIO sa IV ~ a definigéo da alocacdo dos recursos financeiros destinados A sua implementagao; V - a definigéo da alocagao dos recursos financeiros do municipio, de acordo com os diferentes. estagios de implementagao do SUS: e VI - a elaboragao de seu relatorio de gestao. § 3° - A execugao do Plano a que se refere o caput deste artigo sera acompanhada por uma comissdo de profissionais das dreas de farmacia terapéutica, ha forma definida em decreto, composta por representantes dos seguintes setores da Secretaria Municipal de Satide: 1 - Vigilancia Epidemiolégica: II- Vigilancia Sanitaria; Ill - Assisténcia a Satde; e IV - Assisténcia Farmacéutica. Art, 110 - A execucéo da Politica Municipal de Medicamentos sera acompanhada e avaliada periodicamente, com o objetivo de: '- conhecer a sua repercussao sobre os indicadores de satide da populagao; {I verificar o resultado dos programas, dos projetos e das atividades que iréio operacionalizé-la; e | - levantar indicadores epidemiolégicos que possam fundamentar o estabelecimento de prioridades, a alocagao de recursos e a orientagao programatica da assisténcia farmacéutica no Municipio. Paragrafo tinico. A metodologia a ser adotada para o acompanhamento e a avaliagéo de que trata este artigo sera definida pelas areas competentes da Secretaria de Municipal de Satide. Art. 111 - As despesas decorrentes da aplicagao deste programa de assisténcia farmacéutica correréo a custa de recursos federais, estaduais @ municipais. TiTULOM DA VIGILANCIA EM SAUDE CAPITULO | DAS DISPOSIGOES GERAIS Art. 112 - Entende-se por Vigilancia em Satide 0 conjunto de agées desenvolvidas nas diversas areas de que trata este Titulo, compreendendo, entre outras atividades: | a coleta sistematica, a consolidacao, a andlise e a interpretagao de indispensaveis relacionados a satide: f ‘Ay, Sylvio Menicucei, 1373 - Bairra Kennedy ~ 37200000 ~ Telefon (AS) SSUEAUEE Weicecse} PREFEITURA MUNICIPAL DE LAVRAS ESTADO DE MINAS GERAIS ASSESSORIA JURIDICA DO MUNICIPIO. II’ @ difuséo de informagées relacionadas & saiide no ambito técnico- cientifico e no da comunicagao social; lll - 9 monitoramento e as medidas de controle sobre agravos, riscos, Condicionantes e determinantes de problemas de sade: ¢ IV ~ a avaliagao permanente de praticas, servigos, planos ¢ Programas de salide, para situag6es preventivas, normais, crticas e emergencials Ait. 113 - A Vigilancia em Satide 6 composta pelas as agées da Gorencia de Regulagio, Controle, Avaliagéo © Auditoria da Secretaria Municipal de Satide, abarcando as agdes de vigiléncia epidemiolégica, vigilancia em Saude do trabalhador, vigilancia ambiental a satide e vigildncia sanitaria 8 a a(S _attibuigdes contidas neste Titulo serdo de competéncia dos seguintes érgaos, assim distribuidas: doer Depattamento de Controle Epidemiolégico compete as agtes de Vigilancia epidemiolégica e as ages de vigilancia ambiental a sade: © ja 0 Departamento de Vigitancia Sanitaria compete as agbes de vigilancia Sanaria, a8 agdes de Vigilancia em Saiide do trabalhador, além da exeouyao da atividade de fiscalizacao sanitaria das atividades da Vigilancia em Sade cone wo todo. § 2°. A execugao da atividade de fiscalizagao sanitéria é privativa do servidor titular do cargo efetivo de fiscal sanitario Art. 114 - A Secretaria Municipal de Satide 6 atribuido Poder de Policia Sanitaria, por meio dos fiscais sanitarios, tendo a faculdade de limitar ou disciplinar direito, interesse ou liberdade, regulando a pratica de ato ou abstengao de fatt, or razao de interesse publico concemente a sate, a seguranga, 2 ordem, aos costumes, disciplina da produgao e do mercado e ao exercicio da atividade @condmica dependente de concessao ou autorizagdo do poder piiblico. Segao! Das autoridades sanitarias Art. 115 - As atividades @ agdes previstas neste Titulo serao realizadas, no Ambito municipal, por autoridades sanitarias, que terdo live accesso aos estabelecimentos e ambientes sujeitos ao controle sanitario. § 1° - Para os efeitos desta Lei, entende-se: direitos do cargo, emprego, funeao ou mandato para o exercicio dec agées de Vigilancia em ‘Sadde, no ambito de sua competéncia, abarcando oe flecals sanitatios; I" por fiscal sanitario: 0 servidor titular do cargo efetivo de fiscal sanitatio/2 quem sao conferidas as prerrogativas ¢ os direitos para o exercicio A “al e fiscalizagao em Vigilancia em Satide, no Ambito de sua competéncia, ‘Av. Spivio Mentcucet, 1375 ~ Bairro Kennedy ~ 37300-000 ~Telaone G5 GETICADi PREFEITURA MUNICIPAL DE LAVRAS ESTADO DE MINAS GERAIS "ASSESSORIA JURIDICA DO MUNICIPIO. Art. 116 - Para os efeitos deste Cédigo, sao autoridades sanitarias: 1-0 Chefe do Poder Executivo; Il- 0 Secretario Municipal de Saude; Ill - 0 ocupante de fungao ou cargo de diregéo, assessoramento © coordenagao das ages de Vigilancia em Sade, lotado na Secretaria Municipal de Satide, no Ambito de sua competéncia; ¢ IV ~ os demais profissionais das equipes de Vigilancia em Satide, investidos nas suas fungdes a quem sao conferidas as prerrogativas e os direitos do cargo, emprego, fungdo ou mandato para 0 exercicio das agdes de Vigilancia em Satide, no Ambito de sua competncia. Segao Il Das competéncias das autoridades sanitarias Art. 117 - Compete privativamente ao Secretario Municipal de Satide, implantar e baixar normas relativas 4s agdes de Vigilancia em Satide previstas no Ambito de sua competéncia, observadas a pactuagao e a condigéo de gestéo estabelecida pelas Normas Operacionais do Ministério da Satide. § 1° - As autoridades sanitarias ocupantes de fungao ou cargo de diregao, assessoramento e coordenagdéo das agdes de Vigilancia em Satide compete colaborar e atuar conjuntamente com as autoridades sanitérias do setor de satide para efetivagao das agdes de Vigilancia em Saide. § 2° - Aos fiscais sanitarios compete, privativamente: 1- conceder alvara sanitario para funcionamento de estabelecimento; Il instaurar processo administrativo, no Ambito de sua competéncia; IIl- exercer 0 poder de policia sanitéria; IV - inspecionar, fiscalizar e interditar cautelarmente estabelecimento, produto, ambiente e servigo sujeitos ao controle sanitario; \V - coletar amostras para andlise e controle sanitari VI - apreender e inutilizar produtos sujeitos ao controle sanitario; ¢ Vil - lavrar autos de infragdo e penalidades, auto de coleta de amostras, auto de apreensdo e termo de imposicdo de medida administrativa. § 3° - Entende-se por alvara sanitario o documento expedido por intermédio de ato administrativo privativo do érgao sanitério competente, contendo permissdo para o funcionamento dos estabelecimentos sujeitos ao controle sanitario. § 4° - E vedado aos fiscais sanitarios ter interesse, direto ou indireto, em empresa relacionada com a area de atuagdio da Vigilancia em Satde. § 5° - O veto de que trata 0 § 4° deste artigo nao se aplica aos casos en que a atividade profissional decorra de vinculo contratual mantido com: ee PREFEITURA MUNICIPAL DE LAVRAS ESTADO DE MINAS GERAIS ASSESSORIA JURIDICA DO MUNICIPIO. | - entidades piblicas; e/ou Il - entidades privadas, destinadas exclusivamente ao ensino e a pesquisa § 6° - No caso de descumprimento da obrigagdo prevista nos paragrafos 2° & 3° deste artigo, o infrator sofrera proceso administrativo e podera ser exonerado do cargo, emprego ou fungao que ocupa, sem prejuizo de responder as agées civeis e penais cabiveis. Art. 118 - As ages de Vigilancia em Satide estardo sob a diregao geral de um profissional nomeado pelo Chefe do Executivo. i CAPITULO Ii DAS AGOES DE VIGILANCIA EPIDEMIOLOGICA Segao! Do conceito, atribuigées e competéncias Art. 119 - Vigilancia epidemiolégica € o conjunto de ages que proporcionam © conhecimento, a detecgao e a prevencdo de qualquer mudanga nos fatores determinantes e condicionantes da satide individual ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar medidas de prevengdo e controle das doengas e dos agravos. Paragrafo Unico. Compete & autoridade sanitaria responsavel pelas agdes de Vigilancia Epidemiolégica implementar as medidas de prevengdo, controle das doengas e de seus agravos e determinar a sua adogao. Art, 120 - A vigilancia epidemiolégica, no ambito de suas respectivas esferas de atuagéo, tera as seguintes atribuigdes, além das demais previstas neste Codigo ¢ em regulamentos especificos: 1 - avaliar as situag6es epidemioligicas e definir agdes especificas; Il - elaborar, com base nas programagées municipais, plano de necessidades @ cronograma de ‘solicitagdo e distribuigéo de suprimentos para quimioprofilaxia, vacinas, insumos para diagnéstico e soros, mantendo-os em quantidade e condigdes de estocagem ideais; Ill - realizar levantamentos, investigagoes e inquéritos epidemiologicos, bem como programagao e avaliagao das medidas para controle de doengas e de situagdes de agravos a satide; IV - viabilizar a implantagdo e implementagéo de niicleos de vigilancia epidemiolégica nos hospitais, ambulatérios e unidades de satide; \ - implantar nticleos de vigilancia epidemiolégica, avaliar e orientar as agdes executadas; VI - implementar e estimular a notificagéo compulsoria de agravos, doengas & fatores de risco relevantes, VII - promover a qualificago de recursos humanos para o desenvolyj das atividades de vigilancia epidemiolégica; A ‘s PREFEITURA MUNICIPAL DE LAVRAS ESTADO DE MINAS GERAIS 'ASSESSORIA JURIDICA DO MUNICIPIO Vill - adotar procedimentos de rotina e estratégias de campanhas para a vacinagao da populacao contra doengas imunopreveniveis, em articulagao com outros érgaos; IX - acompanhar e avaliar os projetos afins a vigilancia epidemiologic; X - emitir notificagbes sobre doengas e agravos a satide; XI - fomentar a busca ativa de causadores de agravos e doengas; XII - submeter, ainda que preventivamente, 0 eventual responsavel pela introdugao ou propagagao de doengas realizagdo de exames, internagao, quarentena ou outras medidas que se fizerem necessarias em decorréncia dos resultados da investigagao ou de levantamento epidemiolégico @ informar o responsavel, ainda que eventual, de que a desobediéncia a estas determinacSes poder configurar crime, conforme previsto em legislagao especifica; Xill - elaborar e submeter a apreciagao do responsavel pela Vigilancia em Satide as normas técnicas e padrdes destinados garantia da qualidade de satde da populago, nas suas respectivas areas de conhecimento e atribuigao; XIV - assistir 0 responsavel pela Vigilancia em Satide e o Secretario Municipal da Satide na tomada de decisées a respeito de recursos interpostos nos processos de vigilancia sanitaria. Pardgrafo Unico. Os némeros de casos relativos a todas as doengas infecciosas sujeitas a notificagdo obrigatoria deverdo ser divulgados e atualizados semanalmente no site da Prefeitura Municipal na Intemet para conhecimento publico, especificando-se para cada ano em curso: total de casos, numero de curas, numero de ébitos. ‘Art. 121 - Compete aos profissionais da saide, devidamente habilitados no exercicio de suas fungées, a execugao das agdes de vigilancia epidemiolégica, dentro de sua competéncia. Art, 122 - Serdo obrigatoriamente notificados ao SUS os casos suspeitos ou confirmados de: | - doenga que possa requerer medidas de isolamento ou quarentena, de acordo com o Regulamento Sanitario Internacional, Il - doenga e agravo previstos pelo Ministério da Saide; Il - doenga constante em relagdo elaborada pela Secretaria Estadual da Saiide, atualizada periodicamente, observada a legistagao federal, IV - doengas e agravos que possam vir a ser incluidas pelo municipio, seguindo critérios epidemiolégicos, \V - acidente e doenga relacionados com 0 trabalho, de acordo com as normas vigentes; e VI- qualquer tipo de cancer logo apés 0 diagnéstico. PREFEITURA MUNICIPAL DE LAVRAS ESTADO DE MINAS GERAIS "ASSESSORLA JURIDICA DO MUNICIPIO. Paragrafo Unico. Todo laboratério de exame anatomopatolégico @ estabelecimentos que realizam exames e atendimentos aos pacientes portadores de cancer deverao comunicar o fato a Vigilancia Epidemiolégica. Art. 123 - E dever de todo cidadao comunicar @ Vigilancia Epidemiolégica local a ocorréncia, comprovada ou presumida, de caso de doenga transmissivel, conforme previsto nesta lei § 1° - Fica obrigado a notificar & Vigilancia Epidemiolégica local a ocorréncia comprovada ou presumida de caso de doenga transmissivel, na seguinte ordem de prioridade: 1 - 0 médico chamado para prestar cuidados ao doente, mesmo que nao assuma a diregdo do tratamento; I - 0 responsave! por hospital ou estabelecimento congénere, organizagao para-hospitalar ¢ instituigao médico-social de qualquer natureza, onde 0 doente receba atendimento; Ill - 0 responsdvel técnico por laborat6rio que execute exame microbiolégico, soroldgico, anatomopatolégico ou radiolégico, para diagnéstico de doenga transmissivel, IV - 0 farmacéutico, médico veterinario, dentista, enfermeiro ou pessoa que exerga profissao afim, que tenha conhecimento da ocorréncia da doenga; V - 0 responsavel por estabelecimento de ensino, creche, local de trabalho ou habitagdo coletiva onde se encontre o doente; VI - 0 responsvel pelo servico de verificagao de ébitos e pelo Instituto Médico Legal; e Vil - 0 responsavel por automével, caminhao, énibus, trem, avido, embarcagao ou outro meio de transporte em que se encontre o doente. § 2° - O Cartério de Registro Civil que registrar ébito por moléstia transmissivel comunicara o fato, no prazo de vinte e quatro horas, a vigilancia epidemiolégica local. § 3° - Em caso de necessidade, poderdo ser expedidas normas especificas para a inclusdo de doenga ou agravo a satide na relacao das doengas de notificagao compulséria no Municipio, para determinar os procedimentos, formularios e fluxos de informagoes necessérios a esse fim, bem como as instruges sobre 0 processo de investigagdo epidemiolégica para cada doenca § 4° - Recebida a notificagao, a vigilancia epidemiologica procedera 4 investigagdo pertinente da populagao sob risco, para a elucidagao do diagnéstico e avaliago do comportamento da doenga ou do agravo a satide, em conjunto com as ages de Vigilancia Ambiental no que Ihe couber. Art, 124 ~ A vigikincia epidemiolégica podera, sempre que julgar oportuno, visando a protegéo da sate publica e do meio ambiente, exigir e realz: investigagéo, inquérito e levantamento epidemiolégico de individuos, populacionais e ambientes determinados. PREFEITURA MUNICIPAL DE LAVRAS ESTADO DE MINAS GERAIS me “ASSESSORIA JURIDICA DO MUNICIPIO § 1° - Quando houver indicagao ¢ conveniéncia, a vigilancia epidemiolégica podera exigir a coleta de material para exames complementares. § 2° - Em decoréncia dos resultados parciais ou finais da investigagao, do inquérito ou do levantamento epidemiolégico de que trata 0 artigo anterior, a Vigilancia epidemiologica adotaré medidas imediatas para o controle da denga, no que conceme a individuos, grupos populacionais e ambientes. Secao Il Dos programas opidemiolégicos Subsecao | Da imunizacao Art. 125 - A imunizagao ¢ 0 meio pelo qual se obtém a redugao da morbidade @ da mortalidade por doengas preveniveis, sendo de suma importéncia para a populagéo, e compreende aspectos técnicos @ operacionals. § 1° - A Secretaria Municipal de Sade, & responsavel pela coordenagao execugao da imunizagao seguindo as normas técnicas, em consonancia com a legislagao federal e estadual e com a espesificidade epidemiologica do Municipio § 2° - © Municipio podera, segundo critérios epidemiologicos especificos, adquitir imunobiolégicos que ndo fazem parte do Programa Nacional de Imunizagao. ‘Art, 126 - A vacinagao obrigatoria é de responsabilidade imediata da rede de servigos de satide do SUS, que atuara junto & populacao, residente ou em transito, no territério do Municipio ou em areas contiguas, de modo a assegurar uma cobertura integral para um desempenho eficiente ¢ eficaz. Pardgrafo tinico. A relagio das vacinas de carater obrigatério no Municipio, com respectivos esquemas, procedimentos ¢ materiais necessdrios para este fim, deverd seguir normas técnicas, em consonancia com a legislagao federal e estadual e com a especificidade epidemiolégica do Municipio. Art. 127 - E dever de todo cidadao submeter-se a vacinagao, assim como os menores sob sua guarda ou responsabilidade. Paragrafo inico. Devem ser consideradas as contraindicag6es explicitas & momentaneas para aplicagéo da vacina que podem ser atestadas por profissional médico ¢ ou técnico responsdvel pela imunizagao. Art. 128 - Apés a aplicagéio da vacina, 0 érg40 competente emitira um comprovante, onde constara os seguintes dados: tipo de vacina, data da aplicagao, lote dos frascos imunobiol6gicos e fabricante. § 1° - Para as criangas, as vacinas devem ser registradas no CARTAO DA CRIANGA, a partir do nascimento até a adolescéncia. CARTAO DO ADULTO. PREFEITURA MUNICIPAL DE LAVRAS ESTADO DE MINAS GERAIS : a “ASSESSORUA JURIDICA DO MUNICIPIO § 3° - Os comprovantes de vacinagao devem ser emitidos tanto pelos servigos de satide piblicos como pelos servigos privados que aplicarem as vacinas. Art. 129 - A autoridade sanitéria deverd aplicar as normas técnicas pertinentes ao funcionamento dos estabelecimentos de vacinagdo e 0 fluxo de informagées, baseado na legislagao federal e estadual no que tange ao Programa de Imunizagao. Art. 130 - As vacinas fomecidas pelo Sistema Unico de Satide — SUS sao de responsabilidade da instancia federal e sao gratuitas, na rede publica e conveniada, assim como os atestados que comprovem sua aplicagao. Art. 131 - Todo estabelecimento de assisténcia 4 satide que desenvolva atividades de imunizago, independentemente de sua natureza juridica e forma de gerenciamento, é obrigado a enviar ao responsavel pela Imunizagao, no primeiro dia iitil do més corrente, os dados referentes ao més anterior, contendo o numero de doses aplicadas, o tipo de imunobiolégico aplicado e a faixa etaria. § 1° - Os estabelecimentos mencionados no caput deste artigo deverao notificar 4 Secretaria Municipal de Satde a ocorréncia de eventos adversos pés- vacinagao em conformidade com as normas legais e regulamentares. § 2° - Os estabelecimentos de assisténcia salide que desenvolvam atividades de imunizagdo deverao aplicar somente imunobiolégicos registrados no Ministério da Saude, respeitando as condigSes de armazenamento e 0 prazo de validade indicados pelo fabricante, além de comprovar a origem destes, mediante a apresentagao das notas fiscais e do laudo de certificado de qualidade expedido pelo laborat6rio produtor do imunobiol6gico. Art, 132 - Todos os estabelecimentos que comercializem ou apliquem imunobiolégicos, atendidas as normas legais e regulamentares, deverao: | - dispor de pessoal habilitado; Il - possuir instalagées fisicas e equipamentos adequados para as atividades, garantindo a perfeita conservagdo dos produtos e 0 bom desenvolvimento das atividades de vacinago; Il - manter equipamentos exclusivos para conservacao dos imunobiolégicos; IV - monitorar e registrar diariamente a temperatura dos equipamentos destinados ao armazenamento de imunobiolégicos; V - manter prontudrio individual, com registro de todos os imunobiolégicos aplicados, acessivel aos usuarios e disponivel as autoridades sanitarias; VI - manter, no estabelecimento, acessiveis a todos os funcionarios, cépias atualizadas das normas legais e regulamentares; Vil - aplicar as vacinas nao constantes do Calendario de Vacinacao Oficial, nos servigos de satide da rede privada, somente mediante prescrigao médica; Vill - manter registro de manutengéio preventiva @ corretiva de tod: equipamentos em uso; | PREFEITURA MUNICIPAL DE LAVRAS ESTADO DE MINAS GERAIS. “ASSESSORIA JURIDICA DO MUNICIPIO. IX - aplicar as vacinas nao constantes no Calendario de Vacinagao Oficial, nos servicos de sade da rede publica, somente mediante autorizagéo do Centro de Referéncia para Imunobiolégicos Especiais-CRIE, 0 qual se dara apés o preenchimento do formulario especifico pelo médico responsavel, € X - funcionar somente com assisténcia de Responsavel Técnico legalmente habilitado. Paragrafo Unico. Os estabelecimentos privados deverdo afixar, em local visivel ao usuario, o Calendario de Vacinagao Oficial, com a indicagao, em destaque, de que as vacinas nele constantes s40 administradas gratuitamente nos servigos piblicos de satide. Art. 133 - Todos os estabelecimentos que necessitem armazenar grandes volumes de imunobiolégicos deverdo, obrigatoriamente, manter uma Rede de Frio que consiste em ter area exclusiva e equipamentos especificos para conservagao € distribuigdo dos mesmos, em consonancia com as normas técnicas pertinentes. Ait. 134 - Todos os estabelecimentos de assisténcia a satide que desenvolvam atividades de imunizagdo deverao realizar o descarte seguro de agulhas, seringas e demals produtos utilizados, de acordo com as normas especificas do gerenciamento de residuos de servigos de salide. Art. 135 - Os estabelecimentos privados de vacinagéo, que pretendam realizar, em carter excepcional, a aplicagao de vacinas fora do enderego constante da autorizagao sanitéria, poderdo ser autorizados pelo érgao de vigilancia sanitaria, que deveré avaliar e aprovar, dentre outros aspectos, as condigées de transporte conservagao das vacinas. Subsegao Il Das doengas transmissiveis Art. 136 - A Secretaria Municipal de Sadde desenvolvera agées integradas regionalizadas de promog3o a satide, prevengao e controle das Doengas Transmissiveis, através de atividades relacionadas 4 Educagéo em Saide, com a cooperaco de entidades afins que compreenderao: | - garantia da universalidade de diagndstico, tratamento € orientagao aos portadores de doengas transmissiveis, gratuitamente; Il — capacitagao dos recursos humanos em todos os niveis de atuagao no sistema de satide; Ill = agdes de atengdo aos portadores de doengas transmissiveis, coordenadas por equipes multiprofissionais, com participagdo conjunta de grupos no governamentais; IV ~ desenvolvimento, através de parcerias com setores piblicos e privados, de trabalhos de educagao continuada que busquem informar e sensibilizar/a populagio sobre os riscos @ conseqliéncias da contaminagao, bem como. beneficios dos processos de protegao e imunizagao; e 6 igs PREFEITURA MUNICIPAL DE LAVRAS ESTADO DE MINAS GERAIS 'ASSESSORIA JURIDICA DO MUNICIPIO. V - desenvolvimento e apoio as agdes de redugaéo de danos, nos moldes preconizados pelo Ministério da Satie, Art. 137 - Fica assegurado 4 populagdo 0 acesso ao preservativo, que sera distribuido gratuitamente, nas Unidades de Atengao Basica, acompanhado de agées educativas de acordo com os protocolos vigentes. Art, 138 - Os portadores de doengas transmissiveis receberdo, gratuitamente, do Sistema Unico de Satide, os medicamentos padronizados pelo Ministério da Satide, necessarios ao seu tratamento. § 1° - © Poder Executivo, através da Secretaria Municipal de Saide, padronizard os medicamentos a serem utllizados em cada estagio evolutivo da infecgao e da doenga, visando orientar a sua aquisigao. § 2° - A padronizagao de terapias devera ser revista e republicada, sempre que se fizer necessario, para se adequar aos avangos cientificos e aos novos medicamentos disponibilizados no mercado. ‘Ait, 139 - Os estabelecimentos sujeitos ao controle sanitario elencados neste artigo deverao implantar e manter programa de prevencdo de doencas transmissiveis: ' IL- instituigées de longa permanéncia para idosos; Unidades Basicas de Saude; Il - albergues e abrigos; 1V- estabelecimentos de internagao coletiva; V — hotéis, motéis, pens6es, “drive-ins" e congéneres; Vi- casas de massagem e saunas; VII - boates, casas e salas de lazer, espetéculo e shows que, por sua natureza, facilitem, de qualquer modo, a pratica de sexo; Vill - estabelecimentos de ensino piblicos ¢ privados; @ IX - demais que vierem a ser elencados em normas posteriores. § 1° - Fica facultado aos estabelecimentos sujeitos ao controle sanitario de carater privado a implantago de servico terceirizado de prevengdo de doengas transmissiveis, mediante critérios e diretrizes da Secretaria Municipal Satide e do Ministerio da Satide. § 2° - Todos os estabelecimentos que facilitem a pratica de sexo nas suas dependéncias séo obrigados a fornecer gratuitamente preservativos aos seus usuarios. Art. 140 - E vedada a discriminagéo aos portadores de doengi transmissiveis. PREFEITURA MUNICIPAL DE LAVRAS ESTADO DE MINAS GERAIS "ASSESSORIA JURIDICA DO MUNICIPIO. Art. 141 ~ Sera garantido o sigilo profissional em todos os procedimentos realizados pelos servigos piblicos e privados para fins de diagnéstico e tratamento de todo paciente ou portador de doengas transmissiveis, de acordo com a lei Art. 142 - As matemidades e hospitais gerais, visando a redugéo da transmissdo vertical do HIV, da Hepatite C e da morbimortalidade associada a sifilis congénita e outras doencas transmissiveis, deverao implementar e manter as ages especificas constantes em protocols municipais, estaduais e federais. Pardgrafo Unico. Para a prevengao da contaminagao pelo HIV, por intermédio do aleitamento materno, deverao ser consideradas as medidas constantes nos protocolos municipais, estaduais e federais. Art. 143 - Serdo garantidas a populagdo, agdes de promogao da satide, principalmente para os grupos vulneraveis. Paragrafo unico. Consideram-se integrantes dos grupos vulneraveis os individuos portadores de doengas como diabetes, hipertens4io, Hepatite C, Doengas Auto Imunes e AIDS, e as gestantes, criangas entre as faixas etarias de 0 a 12 anos, familias em Areas de risco elevado e muito elevado, Usuarios com Necessidades Especiais — UNE e 0s idosos, entre outros. CAPITULO IIL DAS AGOES DE VIGILANCIA A SAUDE DO TRABALHADOR Segdo! Das disposicdes gerais Art. 144 - A saiide do trabalhador deve ser resguardada, tanto nas relagdes sociais que se estabelecem entre o capital e 0 trabalho, quanto no processo de produgdo. § 1° - Nas relabes estabelecidas entre o capital e © trabalho estéo englobados os aspectos econémicos, organizacionais ¢ ambientals da produgao de bens e servigos. § 2°- As agées na érea de saiide do trabalhador previstas neste Cédigo compreendem o meio ambiente urbano e rural. § 3° - Para os efeitos do disposto no caput deste artigo, as autoridades sanitarias deverdo executar agdes de inspegao em ambientes de trabalho, visando ao cumprimento da legislagao sanitaria vigente, incluindo a andlise dos processos de trabalho que possam colocar em risco a saiide dos trabalhadores. Art. 145 - Sdo obrigacées do empregador, além daquelas estabelecidas na legislagao em vigor: 1 - manter as condigdes e a organizagao de trabalho, garantindo a promogao, protegao e preservagao da satide dos trabalhadores; ll - garantir e facilitar 0 acesso aos locais de trabalho, pelas autoridades sanitérias, Comissées Internas de Prevengao de Acidentes - CIPAs e_ pelos opal x PREFEITURA MUNICIPAL DE LAVRAS ESTADO DE MINAS GERAIS, ASSESSORIA JURIDICA DO MUNICIPIO Tepresentantes dos sindicatos de trabalhadores, a qualquer dia e horério, fornecendo-thes todas as informagoes e dados solicitados; IIL - garantir a participagao, nas atividades de fiscalizagao, dos trabalhadores para tal fim requisitado pela autoridade sanitaria; IV - dar ampla informagao aos trabalhadores e CIPAs sobre os riscos aos quais estao expostos; V - arcar com os custos de estudos e pesquisas que visem esclarecer os riscos decorrentes das condi¢ées de trabalho e do meio ambiente; e VI - comunicar imediatamente a autoridade sanitaria a deteccao de quaisquer iscos para a satide do trabalhador, de qualquer natureza, tais como fisicos, quimicos, biolgicos, operacionais ou provenientes da organizagéo do trabalho, elaborando cronograma de impiementacao de sua corregao. Art. 146 - As autoridades sanitarias que executam agbes de Vigilancia em Satide do trabalhador devem desempenhar suas fungées, observando os seguintes principios e diretrizes: | - informar aos trabalhadores, CIPAs e respectivos sindicatos sobre os riscos e danos satide no exercicio da atividade laborativa e nos ambientes de trabalho; Il - assegurar a participagao das CIPAs, das comissées de satide e dos sindicatos de trabalhadores na formulagao, planejamento, avaliagao e controle de programas de satide do trabalhador, lll - assegurar as CIPAs, as comiss6es de salide e aos sindicatos de trabalhadores a participagao nos atos de fiscalizagao, avaliacdo e pesquisa referentes ao ambiente de trabalho ou a satide, garantindo acesso aos resultados obtidos; IV - assegurar ao trabalhador em condig6es de risco grave ou iminente no local de trabalho a interrupeo de suas atividades, sem prejuizo de quaisquer direitos, até a eliminagao do risco; V - assegurar aos sindicatos 0 direito de requerer ao érgéio competente do Servigo de Vigilancia em Satide a interdi¢éo de maquinas, de parte ou de todo o ambiente de trabalho, quando houver exposig4o a isco iminente para a vida ou satide dos trabalhadores e da populagao, com imediata agao do poder publico competente; VI - estabelecer normas técnicas para a protegao da sade no trabalho, da mulher no periodo de gestagao, do menor e dos portadores de deficiéncia; ¢ Vil - considerar os preceitos e as recomendagées dos organismos intemacionais do trabalho na elaboragao de normas técnicas especificas, Art. 147 - E dever da autoridade sanitéria competente indicar, bem como obrigagao do empregador adotar, todas as medidas necessdrias para a_plen; corregdo de irregularidades nos ambientes de trabalho, observados os se, niveis de prioridades: PREFEITURA MUNICIPAL DE LAVRAS ESTADO DE MINAS GERAIS 'ASSESSORIA JURFDICA DO MUNICIPIO, zt | - eliminagdo das fontes de riscos; Il- medidas de controle diretamente na fonte; Ill - medidas de controle no ambiente de trabalho; € IV - utilizaco de equipamentos de protecdo individual, que somente devera ser permitida como tunica forma de corregao de irregularidade nos ambientes de trabalho, nas situagées de emergéncia ou nos casos especificos em que for a unica possibilidade de protegdo, e dentro do prazo estabelecido no cronograma de implantagéio das medidas de protegao coletiva. Secgao ll Dos riscos no proceso de produgao Art. 148 - O transporte, a movimentagao, 0 manuseio e o armazenamento de materiais, o transporte de pessoas, os veiculos e os equipamentos usados nessas operagées devem obedecer a critérios estabelecidos em normas técnicas, que preservem a satide do trabalhador. Art, 149 - A fabricago, importacéio, venda, locagdo, instalagao, operagao € manutengéio de maquinas e equipamentos devem, de igual modo, obedecer ao disposto neste Capitulo. ‘Art. 150 - As empresas devem manter sob controle os fatores ambientais de isco & satide do trabalhador, como ruido, iluminagao, calor, frio, umidade, radiagées, agentes quimicos, pressées hiperbaricas ¢ outros de interesse da satide, dentro dos critérios estabelecidos em normas técnicas ou reconhecidos como cientificamente validos. Art. 151 - A organizagio do trabalho deve adequar-se as condig6es psicofisiologicas dos trabalhadores, tendo em vista as possiveis repercussoes negativas sobre a satide, quer diretamente por meio dos fatores que a caracterizam, quer pela potencializago dos riscos de natureza fisica, quimica, biolégica e psicossocial, presentes no processo de produgao Pardgrafo tinico. Na auséncia de norma técnica federal e estadual, o drgao competente do Sistema de Vigilancia em Satde Municipal deve elaborar instrumentos normativos relacionados aos aspectos da organizagao do trabalho e ergonémicos que possam expor a risco a satide dos trabalhadores. CAPITULO IV ii DAS AGOES DE VIGILANCIA AMBIENTAL A SAUDE Segao! Das disposigées gerais, Art. 152 - Para os efeitos desta lei, entende-se por vigilancia ambiental 4 satide 0 conjunto de informagbes e agdes que possibilitam 0 conhecimento, deteccdo e a prevengao de fatores determinantes e condicionantes do ambiente, que interferem na satide do homem. PREFEITURA MUNICIPAL DE LAVRAS ESTADO DE MINAS GERAIS _"ASSESSORIA JURIDICA DO MUNICIPIO. Paragrafo dnico. A vigilancia ambiental em satide tem por finalidade recomendar e adotar as medidas de prevengao e controle das doencas e dos ‘agravos, inclusive no tocante ao controle de zoonoses, vetores, hospedeiros, reservatorios @ sinantrépicos. ‘Ast. 183 - O SUS participaré da formulagao da polltica ambiental do Municipio fe executaré, no que Ihe couber, as agées de vigilancia ambiental, em carater ‘complementar e supletivo, nas esferas federal, estadual e municipal, sem prejuizo da competéncia legal espectfica. Segao Il Do Sistema Municipal de Vigilancia Ambiental 4 Satide- SIMVAS Subsegao | Das disposi¢ées gerais Art. 154 - O Sistema Municipal de Vigilancia Ambiental em Satide - SIMVAS compreende 0 conjunto de agdes e servios prestados por érgaos e entidades piblicas e privadas, relativos a vigiléncia ambiental em satde, visando o conhecimento e a detecgao ou prevengao de qualquer mudanga nos fatores determinantes e condicionantes do meio ambiente que interferem na satide humana, com a finalidade de recomendar e adotar medidas de promogao da satde ambiental, prevengao e controle dos fatores de riscos relacionados as doengas e outros agravos a satide, em especial 1, Agua para consumo humano; War, IN, solo; IV, contaminantes ambientais e substancias quimicas; V. desastres naturais; VI. acidentes com produtos perigosos; € VII. fatores fisicos. Pardgrafo Unico. As metas e atividades de vigilancia ambiental a satide serao expressas pela Unido, pelo Estado e pelo Municipio, e serao pactuadas com 0 Ministério da Sadde e com a Secretaria de Estado da Satide. Subsegao Il Das competéncias ‘Art. 155 - Compete a0 Municipio a gestéo do SIMVAS, compreendendo as seguintes agdes: | - coordenar e executar as agdes de monitoramento dos fatores biolégicos e nao biolégicos que ocasionem riscos a satide humana; PREFEITURA MUNICIPAL DE LAVRAS ESTADO DE MINAS GERAIS “ASSESSORUA JURIDICA DO MUNICIPIO II - propor normas retativas as agdes de prevengao e controle de fatores do meio ambiente ou dele decorrentes, que tenham repercussao na satide humana; Ill - propor normas e mecanismos de controle a outras instituigoes, com atuagéo no meio ambiente, saneamento e satide, em aspectos de interesse de satide publica; IV - coordenar a Rede Municipal de Laboratérios de Vigilancia Ambiental a Satie; V - gerenciar os sistemas de informagaéo relativos a vigilancia de contaminantes ambientais na agua, ar © solo, de importancia e repercussao na satide publica, bem como a vigilancia prevengdo dos riscos decorrentes dos desastres naturais, acidentes com produtos perigosos, fatores fisicos e ambiente de trabalho, envolvendo: a) coleta e consolidagao dos dados provenientes de unidades notificantes do sistema de Vigilancia em Satide ambiental; b) envio dos dados ao nivel estadual, regularmente, dentro dos prazos estabelecidos pelas normas de cada sistema; ) analise dos dados; e d) retro alimentagao dos dados. Vi - elaborar e submeter & apreciagao do responsdvel pela Vigilancia em Satide as normas técnicas e padrées destinados a garantia da qualidade de satide da populagao, nas suas respectivas areas de conhecimento e atribuigdo; Vil - coordenar as atividades de vigilancia ambiental a satide de contaminantes ambientais na agua, no ar e no solo, de importancia e repercussao na satide publica, bem como dos riscos decorrentes dos desastres naturais, acidentes com produtos perigosos, fatores fisicos e ambiente de trabalho; Vill - executar as atividades de informagéo e comunicagao de risco a satide decorrente de contaminagdo ambiental de abrangéncia municipal; 1X - promover, coordenar e executar estudos e pesquisas aplicadas na area de vigilancia ambiental 4 satde; X - analisar e divulgar informagées epidemioldgicas sobre fatores ambientais de risco a satide; XI - fomentar e executar programas de desenvolvimento de recursos humanos em vigilancia ambiental a satide; XII - participar do financiamento das acdes de vigilancia ambiental a saide; e XIII - coordenar, acompanhar e avaliar os procedimentos laboratoriais realizados pelas unidades piblicas e privadas, componentes da rede municipal de laboratérios, que realizam exames relacionados a area de vigilancia ambiental 4 satide. y PREFEITURA MUNICIPAL DE LAVRAS ESTADO DE MINAS GERAIS “ASSESSORUA JURIDICA DO MUNICIPIO __ § 1°- As agées estabelecidas neste artigo poderdo ser exercidas em convénio com a Unido e com o Estado. § 2° - As agbes de promogao de satide ambiental, prevencao e controle dos fatores de riscos relacionados as doengas e outros agravos a satide dever&o sor realizadas em articulagdo com foruns © drgaos afins intrasetoriais e intersetoriais relacionadas A questao ambiental, bem como com os féruns de controle social. Segao Ill Do controle de zoonoses e vetores Art, 156 - © controle de zoonoses e vetores 6 0 conjunto de agées que visa prevenir, diminuir ou eliminar os riscos e agravos a satide provocados por vetor, animal hospedeiro, reservatério ou sinantropico. § 1° - Para os efeitos deste Cédigo, entende-se pi | - zoonoses: doengas transmissiveis comuns a homens e animais; Il- vetores: seres vivos que veiculam o agente infeccioso, tendo ou nao os animais como reservatérios; Il - doenga transmitida por vetor: doenga transmitida ao homem por meio de seres vivos que veiculam o agente infeccioso, tendo ou n&o os animais como reservatérios; e 1V - animal sinantrépico: 0 que provavelmente coabita com o homem, no domicilio ou peridomicttio. § 2° - Nas agées de controle de zoonoses e vetores serao consideradas as alteragdes no meio ambiente que interfiram no ciclo natural das nosologias envolvidas. § 3° - As campanhas que tenham como objetivo o combate a endemias com uso de inseticidas serdo precedidas de estudos de impacto ambiental, de eficdcia efetividade. Art. 187 - Os servigos de controle de zoonoses e vetores no Municipio sero estruturados segundo os principios do SUS e obedecerdo as seguintes diretrizes: 1 - definigéo e utilizagao dos critérios epidemiolgicos para a organizagao dos servigos de controle e diagnéstico de zoonoses; € Il - desenvolvimento de ages de combate e controle dos vetores, animais reservatérios sinantropicos e dos agravos a satde, de forma integrada com a vigilancia epidemiolégica, vigilancia sanitaria, o meio ambiente, a educagao, a comunicagao social e a satide do trabalhador, ressaltando o carater de complementaridade do combate quimico, quando for o caso. Art. 158 - Compete aos servigos de controle de zoonoses e vetores: PREFEITURA MUNICIPAL DE LAVRAS ESTADO DE MINAS GERAIS VASSESSORIA JURIDICA DO MUNICIPIO. _ Il - analisar 0 comportamento das zoonoses, das doengas ou dos agravos causados por vetor, animal hospedeiro, reservatério ou sinantrépico € a projegao de tendéncias de forma a subsidiar o planejamento estratégico; Ill - analisar o impacto das agdes desenvolvidas, das metodologias empregadas e das tecnologias incorporadas; IV-- promover a capacitagao dos recursos humanos; V - promover 0 desenvolvimento da pesquisa em rea de incidéncia de zoonoses; V1- integrar-se de forma dindmica e interativa com 0 sistema de informagSes do SUS; Vil - definir e implementar laboratorios de referéncia em controle de zoonoses; e Vill - incentivar e orientar a organizagéo dos servigos de zoonoses, garantindo facil acesso da populagao aos servigos € as informagces. Subsegao I Da prevengao e combate de doengas ou agravos a satide com potencial de crescimento ou disseminagao Art, 159 - Sempre que se verificar a possibilidade de proliferagao de doengas ou agravos a satide com potencial de crescimento ou de disseminagao no territorio do Municipio de Lavras, de forma a representar risco ou ameaga a satide publica, no que conceme a individuos, grupos populacionais e ambiente, o Chefe do Poder Executivo devera determinar as medidas necessdrias para o controle da doenga ou agravo, devendo as mesmas serem executadas pela Secretaria Municipal de Saude. Art. 160 - Sempre que necessdrio, 0 Chefe do Poder Executivo podera solicitar a atuagdo complementar do Estado e da Unido, visando ampliar a eficacia das medidas a serem tomadas, garantir a satide publica e evitar o alastramento da doenga ou do agravo a satide a outras regides do Estado ou do Brasil. Art. 161 - O Poder Executivo providenciar vistoria sanitaria nos iméveis localizados no Municipio, para os fins previstos neste Cédigo. ‘Art. 162 - Os proprietérios, possuidores e detentores de iméveis edificados so solidariamente responsaveis pela constante manutengao do mesmo, de modo a prevenir a proliferagéo de doencas ou agravos a salide com potencial de crescimento ou de disseminagao, de forma a representar risco ou ameaga a satide piiblica, sob pena de aplicagao de penalidade. Art. 163 - Para prevengdio de proliferagao de doengas ou agravos a satide que possa apresentar risco ou ameaca satide piblica, os proprietarios, os possuidores e os detentores de terreno e/ou lote vago sao solidariamente Tesponsaveis pela sua manutencdo, devendo efetuar constantemente a lit ) capina e drenagem do mesmo, sob pena de aplicagao de penalidade. rt) PREFEITURA MUNICIPAL DE LAVRAS ESTADO DE MINAS GERAIS “ASSESSORIA JURIDICA DO MUNICIPIO Art. 164 - O proprietario, o possuidor e o detentor de imével que tenha piscina serao solidariamente responsaveis pela sua manutengao, de modo a prevenir a proliferagdo de doengas ou agravos a satide com potencial de crescimento ou de disseminacdo, de forma a representar fisco ou ameaga a satide publica, sob pena de aplicagao de penalidade. Art. 165 - Os responsaveis pelos iméveis pertencentes a pessoa juridica sero Solidariamente responsaveis pela manutengao do mesmo, de modo a prevenir a proliferagao de doengas ou agravos satide com potencial de crescimento ou de disseminagéo que represente risco ou ameaga a salide publica, sob pena de aplicagao de penalidade. At. 166 - A recusa no atendimento das determinagdes sanitarias estabelecidas pela autoridade sanitaria constitui crime de desobediéncia e infragao sanitaria, sem prejuizo da possibilidade da execugdo forgada da determinagao, bem como as demais penalidades administrativas, civis e penais cabiveis. Art. 167 - Para os efeitos do contido nesta subsegao, 0 proprietario, © possuidor e o detentor do imével sao solidariamente responsaveis pelo mesmo. Subsegio Il Da responsabilidade do proprietario de animal Art. 168 - Os atos danosos cometidos por animal s&o da_inteira responsabilidade de seu proprietario. § 1° - Quando 0 ato danoso for cometido por animal sob a guarda de preposto, estender-se-d a este a responsabilidade de que trata o caput deste artigo. § 2° - Fica o proprietario de animal doméstico obrigado a: 1 - manté-lo permanentemente imunizado contra as doengas definidas pelas autoridades sanitarias das esferas municipal, estadual e federal, bem como legislagao especifica em vigor; Il - manté-lo permanentemente em perfeitas condigoes sanitérias e de satide, compativeis com a preservagéo da sade coletiva e a prevengao de doencas transmissiveis, bem como tomar as providéncias pertinentes & remogao de dejetos por ele produzidos; ll - manté-lo distante de local onde coloque em risco o controle da sanidade dos alimentos e outros produtos de interesse da satide ou que comprometa a higiene e a limpeza do lugar; IV - permitir, sempre que necessatio, a verificagao, pelo médico veterinario no exercicio de suas fungées, das dependéncias de alojamento, das condigdes de satide e das condigdes sanitérias do animal sob sua guarda, V - acatar as medidas de satide deccrrentes das determinagoes do médico, veterinario, no exercicio de suas fungdes, que visem a preservagao e 4 manuteng da satide e & prevengao de doengas transmissiveis e de sua disseminagao; 59 ee PREFEITURA MUNICIPAL DE LAVRAS ESTADO DE MINAS GERAIS ASSESSORIA JURIDICA DO MUNICIPIO VI — caso © proprietario de animal nao concorde com as conclusées de determinado médico veterinario, podera solicitar a formagao de uma junta médica veterinaria independente, as suas expensas, com no minimo 3 (trés) membros, que dispora de 72 horas para dar um parecer definitivo sobre a eventual polémica.; € VII — nos casos previstos no inciso VI 0 animal doméstico em questao devera ficar sob a guarda do seu proprietario, até uma decisdo final ou, caso 0 mesmo assim permita, em um abrigo municipal de animais domésticos. § 3° - A vetificagéo a que se refere o inciso IV do § 2° deste artigo compreende a apreensao ¢ o sacrificio do animal considerado perigoso a sade. § 4° - Cabe ao proprietario, no caso de morte do animal, a disposicao adequada do cadaver. Art. 169 - O proprietario que j4 nao tiver interesse em manter seu animal solicitaré ao érgdo responsavel orientagaéo sobre sua destinagéo, ndo podendo abandoné-lo. Paragrafo tinico. Compete ao Poder Publico definir os locais adequados para a destinagao do animal a que se refere o caput deste artigo. ‘Art. 170 - A criagdo e 0 controle da populago animal serao definidos em normas municipais, em tempo oportuno, na defesa do interesse local, respeitadas as disposigbes federais e estaduais pertinentes. Art. 171 - A criagdo em cativeiro e 0 controle da populagéo de animais silvestres obedecerdo a legislagao especifica Segao IV Das aguas para abastecimento Art. 172 - A Agua para consumo humano, distribuida pelo sistema publico, ter sua qualidade avaliada pelo servico sanitério ambiental, segundo a legislagao em vigor. § 1° - Toda construcao considerada habitavel seré ligada a rede publica de abastecimento de agua. § 2° - Quando nao houver rede piiblica de abastecimento de Agua, 0 6rga0 prestador do servico indicara as medidas técnicas adequadas 4 solugdo do problema, § 3° - Compete ao 6rgao ou ao concessionario responsével pelo sistema piblico de abastecimento de agua no Municipio obedecer aos critérios definidos na legislagao especifica em vigor. § 4° - Sempre que o servigo sanitario detectar a existéncia de anormalidade ou falha no sistema publico de abastecimento de agua, com risco para a satide da populagdio, comunicaré o fato ao érg4o responsavel. At PREFEITURA MUNICIPAL DE LAVRAS ESTADO DE MINAS GERAIS 'ASSESSORIA JURIDICA DO MUNICIPIO. § 5° - Compete a Secretaria Municipal de Satide, de acordo com a habilitagao @ condigao de gesto do sistema de satide, conforme as Normas Operacionais do Ministério da Satide e na legislagao em vigor: | = monitorar a gua para consumo humane, respeitadas as normas @ os padrées vigentes; Il - exercer a vigilancia da qualidade da agua em sua area de competéncia, em articulago com os responsdveis pelo controle de qualidade da agua, de acordo com as diretrizes do SUS; Ill - determinar providéncias imediatas para sanar anormalidade ou falha no sistema publico de abastecimento de agua. § 6° - Eventuais convénios ou concessées a terceiros para exploragao do sistema pilblico de abastecimento de agua no eximem o Municipio de realizar a vigilincia da qualidade da agua e tomar todas as providéncias necessarias para sanar anormalidades conforme previsto neste Cédigo. Art. 173 - Os reservatorios de agua potdvel serao mantidos limpos, higienizados e tampados. Art. 174 - Os aspectos sanitarios relacionados com 0 uso da agua nao destinada a consumo humano obedecerdo ao disposto na legislagao em vigor € nas normas dos 6rgaos competentes. Seco V Do esgotamento sanitério e da drenagem pluvial Art. 175 - A construgao considerada habitavel sera ligada a rede coletora de esgoto sanitario. § 1° - Quando no houver rede coletora de esgoto sanitario, o érgao prestador do servigo indicaré as medidas técnicas adequadas 4 solugao do problema. § 2° - As medidas individuais ou coletivas para tratamento e disposigao de esgotamento sanitario atenderdo as normas técnicas vigentes. Art. 176 - O sistema de coleta de esgoto tratar 0 esgoto coletado antes de fangé-lo em curso de agua. § 1° - E vedado o langamento de esgoto sanitario em galeria ou rede de Aguas pluviais. § 2° - As galerias ou redes de aguas pluviais serao mantidas limpas e em bom estado de funcionamento. Art. 177 - Nas obras de construgéo civil, € obrigatéria a drenagem, permanente de colegées liquidas, originadas pelas chuvas ou nao. PREFEITURA MUNICIPAL DE LAVRA: ESTADO DE MINAS GERAIS: [ASSESSORIA JURIDICA DO MUNICIPIO Ait. 178 - A utilizagdo de esgoto sanitério ou do lodo proveniente de seu tratamento em atividades agricolas ou pastoris obedecerd a legislagao em vigor e as normas dos érgéios competentes. Segao VI Dos residuos sélidos domésticos ¢ dos estabelecimentos e servicos de satide Art. 179 - A coleta, © transporte, o tratamento e a destinagao final dos residuos sélidos domésticos séo de responsabilidade do poder publico e serao realizados de forma a evitar riscos a satide e ao ambiente. Ait. 180 - Os estabelecimentos e servigos de satide deverdo possuir Plano de Gerenciamento de Residuos de Servigos de Satide junto Vigilancia Sanitaria, segundo as normas legais pertinentes no Ambito federal, estadual e municipal. Art. 181 - O érgéio credenciado pelo poder publico para efetuar os servigos de coleta de residuos sdlidos domésticos definird o fluxo de coleta e sua destinagao final. Pardgrafo Unico. Na execugdo dos servigos de coleta de residuos sdlidos os é1gaos competentes manterdo condigses ambientais adequadas, observada a legistagao vigente. Art. 182 - E proibido o actimulo de residuos sélidos domésticos e dos estabelecimentos e servigos de satide ou de materiais que propiciem a instalagao a proliferagao de roedores e outros animais sinantropicos, bem como a contaminagao ambiental, de acordo com a legislagao em vigor. CAPITULO V : DAS AGOES DE VIGILANCIA SANITARIA Segaol Das disposigées gerais Art, 183 - Constitui dever do Municipio zelar pelas condigdes sanitarias em todo o seu territério, assistindo-Ine o dever de atuar no controle de agravos relacionados aos problemas sanitarios, em consondncia com as normas federais e estaduais. § 1° - E de competéncia da Secretaria Municipal de Satide, através do Departamento de Vigilancia Sanitaria, a execugéo das medidas sanitarias previstas neste artigo. § 2° - Para os efeitos deste Cédigo, entende-se por vigilancia sanitaria 0 conjunto de ages capazes de eliminar, diminuir ou prevenir riscos e agravos & satide e de intervir nos problemas sanitarios decorrentes do meio ambiente, da produgdo e da ciroulagao de bens e da prestacao de servigos de interesse da satide ~ As agées da vigilancia sanitéria sao privativas do érgao_saniti Indelogavets ¢ intransferiveis. PREFEITURA MUNICIPAL DE LAVRAS ESTADO DE MINAS GERAIS "ASSESSORMA JURIDICA DO MUNICIPIO Art. 184 - A implementagio de medidas de controle ou a supressao de fatores de fisco para a satide ser&o precedidas do investigago e avaliagao, salvo nas situagdes de risco iminente ou dano constatado a sade, a vida ou @ qualidade de vida. Att, 185 - As agées de vigilancia sanitaria sero exercidas por autoridade sanitéria municipal, que terd livre acesso aos estabelecimentos e aos ambientes sujeitos ao controle sanitario. Paragrafo unico. A competéncia para expedir intimagdes e lavrar autos © termos é exclusiva dos fiscais sanitarios no exercicio de suas fungoes. Att. 186 - Entende-se por controle sanitério as agées desenvolvidas pelo 61géo de vigilancia sanitaria para aferigao da qualidade dos produtos e a verificagao das condigses de licenciamento para funcionamento dos estabelecimentos, envolvendo: | inspegao; Il = fiscalizagao; Ill - lavratura de autos; e IV -aplicagao de penalidades. § 1° A fiscalizagdo se estenderé a publicagao e a publicidade de produtos e servigos de interesse da saide. § 2° - Se houver tentativa frustrada de cientificagao pessoal ou via postal do responsdvel pelo ambiente ou estabelecimento, acerca do instrumento fiscal lavrado, a mesma sera devidamente publicada no saguao da Prefeitura Municipal de Lavras, no saguao da Camara Municipal de Lavras, no didrio oficial do Municipio e/ou em jornal de circulagao local. § 3° - Entende-se também por controle sanitario, a fiscalizagao, lavratura de autos e aplicagao de penalidades nos locais sujeitos as ages de Vigilancia em Satide como um todo. Art. 187 - Fica 0 Municipio autorizado a celebrar convénios com érgaos federais, estaduais, municipais e entidades privadas, visando melhor cumprimento das ag6es sanitdrias previstas neste Codigo. Segao Il Das atribuig6es e competéncias Art. 188 - Para efeitos deste Cédigo sdo consideradas atribuig6es da Vigilancia Sanitaria: 1-0 controle e a fiscalizagao de todas as etapas e processos da produgao de bens de capital e de consumo que se relacionem, direta ou indiretamente, com a satide, bem como o de sua utilizagao; 1-0 controle da prestagao de servigos;

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