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Centro de Tecnologia
Departamento de Engenharia de Comunicações
Relatório 2
Projeto e implementação de filtro
passa-faixa utilizando a topologia
Sallen-Key do tipo III
19 de maio de 2017
Sumário
1 Objetivos 2
2 Introdução 3
3 Projeto do circuito 5
3.1 Topologia Sallen-Key tipo III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
3.1.1 Dedução das equações dos parâmetros do circuito . . . . . . . . . . . . . . . 5
3.1.2 Função de transferência para o filtro solicitado . . . . . . . . . . . . . . . . 6
3.2 Determinação dos valores dos componentes do circuito . . . . . . . . . . . . . . . . 6
3.2.1 Componentes passivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
3.2.2 Amplificador operacional (AMPOP) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
3.2.3 Tabela resumo dos componentes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
4 Simulação do circuito 8
4.1 Simulação do circuito no software LTspice . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
5 Montagem experimental 10
7 Conclusão 13
Lista de Figuras
1 Topologia Sallen-Key tipo III . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
2 Diagrama de amplitude - Projeto do circuito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 6
3 Diagrama de fase - Projeto do circuito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
4 Diagrama do circuito no software LTspice . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
5 Configuração da simulação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 8
6 Diagrama de amplitude - Simulação do circuito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
7 Diagrama de fase - Simulação do circuito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
8 Circuito montado na matriz de contatos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
9 Diagrama de amplitude - Resultado experimental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
10 Diagrama de fase - Resultado experimental . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
Lista de Tabelas
1 Tabela de valores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
2 Tabela de componentes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
3 Resultados experimentais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
1
1 Objetivos
1. Projetar um filtro passa-faixas, utilizando a topologia Sallen-Key tipo III
2. Simular o circuito projeto por meio de alguma ferramenta SPICE
2
2 Introdução
Por definição, filtros são sistemas que alteram o sinal de alguma maneira útil. Eles constituem
umas das aplicações mais comuns da eletrônica para comunicações, sendo amplamente utilizados na
aquisição e no processamento de sinais de áudio e vı́deo, em sistemas de telecomunicações, controle e
instrumentação. Um filtro pode ser interpretado como um circuito seletivo em frequência, e por isso
pode ser projetado para deixar passar determinadas frequências e atenuar outras. São comumente
subdivididos em filtros ativos e passivos, mas também podem apresentar uma configuração de
resposta ao impulso finita ou infinita, quando tratados na análise de sinais (são os filtros FIR e
IIR).
Os filtros passivos, são constituı́dos de elementos passivos, isto é, contém apenas capacitores,
indutores e resistores. Os filtros ativos, por sua vez, são constituı́dos tanto de elementos passivos
como de elementos ativos, geralmente, amplificadores operacionais. Por não utilizarem indutores,
os filtros ativos tem tamanho bastante reduzido e são mais econômicos.
Com relação à resposta em frequência, podem ser:
i) Passa-baixas: São caracterizados por deixar passar frequências abaixo de um certo valor de
frequência, chamada frequência de corte, atenuando as frequências maiores que esse valor.
ii) Passa-altas: São caracterizados por deixar passar frequências acima de um certo valor de
frequência, a frequência de corte, atenuando frequências menores que esse valor.
iii) Passa-faixa: Filtros desse tipo deixam passar frequências em torno de uma frequência central,
ou frequência de ressonância, e atenuam frequências fora dessa faixa de valores.
iv) Rejeita-faixa: São filtros que atenuam fortemente frequências em torno de um frequência
central chamada frequência de ressonância, e deixam passar frequências fora dessa faixa de
valores.
Os filtros também são caracterizados por três regiões bem definidas, denominadas faixa de
passagem, faixa de rejeição e faixa de transição.
Um filtro filtro ativo, quanto ao formato da resposta em frequência, pode ser de:
• Bessel
• Butterworth
• Chebyshev
– Tipo 1
– Tipo 2
• Elı́ptico
Cada denominação acima caracteriza como se comporta o filtro nas suas três regiões carac-
terı́sticas.
Quanto a topologia, filtros ativos ainda são subdivididos em:
3
iv) Variáveis de estado: Também é possı́vel variar independente o ganho de tensão, frequência
central e largura de banda desses filtros. Além disso, possui 3 saı́das simultâneas, a saı́da
passa-baixas, passa-faixa e passa-faltas. São de alta complexidade.
4
3 Projeto do circuito
3.1 Topologia Sallen-Key tipo III
q
Rf +R1 p
ω0 C1 C2 R1 R2 Rf (R1 + Rf ) R1 R2 Rf C1 C2
Q= = 1 1 1 Rb
= (3)
2ζω0 R1 C1 + R2 C1 + R2 C2 − Ra Rf C1 R1 Rf (C1 + C2 ) + R2 C2 Rf − R Rb
R
a
1
e o ganho G é
Ra
G=1+ (4)
Rb
O ganho A0 é o ganho que o circuito apresenta na frequência central f0 e é calculado através
da expressão 5
G
A0 = (5)
3−G
Para simplificação do cálculo dos parâmetros foram estabelecidas as seguintes relações entre os
componentes do circuito.
R1 = Rf = R
R2 = 2R1 = 2R
5
C1 = C2 = C
Utilizando as relações estabelecidas, as equações 1, 2 e 3 para a função de transferência do
circuito se tornaram as equações 6, 7 e 8.
1
f0 = (6)
2πRC
1 1
Q= Rb
= (7)
2− R 3−G
a
Gω0 s
H(s) = ω0 (8)
s2 + Q (3 − G) s + ω02
2,7 · 105 s
H(s) = (11)
s2 + 6π · 104 s + 1010
A partir da equação 11, foram gerados os gráficos de amplitude e fase para o circuito (Figuras
2 e 3), utilizando o software MATLAB.
Gráfico de amplitude − Projeto
30
20
10
Amplitude de H (dB)
−10
−20
−30
−40
−50
−60
2 3 4 5 6
10 10 10 10 10
Frequência (Hz)
Ra = (G − 1) Rb = 1,7Rb (12)
Fazendo Rb = 1 kΩ obtém-se Ra = 1,7 kΩ.
Em seguida, determina-se uma relação entre R e C a partir da equação 6
1 1
R= = (13)
2πf0 C 2π · 100 kHz · C
6
Figura 3: Diagrama de fase - Projeto do circuito
Gráfico de fase − Projeto
90
45
Fase de H (º)
−45
−90
2 3 4 5 6
10 10 10 10 10
Frequência (Hz)
GBW ≥ 9 MHz
Por questões de disponibilidade de componentes no laboratório, foi escolhido o AMPOP TL082,
que possui um GBW de apenas 3 MHz. As divergências ocasionadas por essa escolha serão discu-
tidas na análise dos resultados.
7
4 Simulação do circuito
4.1 Simulação do circuito no software LTspice
O circuito foi simulado utilizando a função de análise CA (AC Analysis) do software LTspice,
conforme diagrama apresentado na figura 4, com frequência inicial de 100 Hz e frequência final de
1 MHz, conforme mostrado na figura 5.
8
Gráfico de amplitude − Simulação
30
Simulação
20 Projeto
10
Amplitude de H (dB)
−10
−20
−30
−40
−50
−60
2 3 4 5 6
10 10 10 10 10
Frequência (Hz)
90 Simulação
Projeto
45
Fase de H (º)
−45
−90
2 3 4 5 6
10 10 10 10 10
Frequência (Hz)
9
5 Montagem experimental
O circuito foi montado em uma matriz de contatos (protoboard ), conforme a figura 8. O AMPOP
foi alimentado com uma tensão simétrica de 15 V, e um gerador de sinais foi conectado à entrada
do filtro. As tensões em relação ao terra na entrada e na saı́da do circuito foram observadas por
meio de um osciloscópio.
10
0
Amplitude de H (dB)
−10
−20
−30
−40
−50
−60
2 3 4 5 6
10 10 10 10 10
Frequência (Hz)
10
Gráfico de fase − Experimental
90 Experimental
Simulação
Projeto
45
0
Fase de H (º)
−45
−90
2 3 4 5 6
10 10 10 10 10
Frequência (Hz)
11
6 Análise dos resultados
O diagrama de amplitude, montado em escala logarı́tmica a partir dos dados da tabela 3,
mostram uma pequena variação e entre a curva teórica e a curva experimental. Mesmo com
os erros foi possı́vel obter uma boa aproximação entre as curvas do resultado experimental, da
simulação e do protótipo.
O AMPOP TL082, apesar de não possuir produto ganho-banda suficiente para aplicação, apre-
senta caracterı́sticas de baixo consumo, causa uma baixa distorção harmônica, na ordem de 0,003%
e alto slew-rate. Com isso foi possı́vel observar uma pequena divergência entre as curvas. Na análise
é importante salientar que a própria curva que caracteriza o comportamento do AMPOP é uma
aproximação feita por alguma regra de interpolação do fabricante.
As diferenças entre a frequência central e as frequência de corte projetadas e experimentais
podem ser atribuı́das aos tipos de componentes usados, cujos valores apresentam tolerâncias, que
chegam à 20% no caso dos capacitores. Podem se originar também do baixo produto ganho-banda
(GBW) do AMPOP utilizado.
12
7 Conclusão
A estrutura Sallen-Key é uma das mais utilizadas no ramo da eletrônica por dois motivos
óbvios, sendo o primeiro a facilidade em ser construı́do e o segundo motivo é que essa estrutura
possui uma função de transferência facilmente dedutı́vel. No entanto, em casos de cascateamento
ou de filtros de ordem superiores com essa topologia, a função de transferência não permanece na
forma genérica.
O TL082 foi razoável para uma aplicação deste tipo. Esse AMPOP apresentou um bom de-
sempenho quanto a resposta em frequência, ruı́do e diferença de fase, o que proporciona um bom
desempenho de filtragem.
Em suma, o objetivo prático do projeto foi alcançado, mesmo influenciados pelos erros de
montagem, limitação fı́sica e de disponibilidade do laboratório, escolha de componentes e erros de
projetos.
13
Referências
[1] A. Sedra, K. Smith. Microeletrônica. Pearson Prentice Hall, 5a edição, 2007.
[2] BOYLESTAD, Robert L; NASHELSKY, Louis. Dispositivos eletrônicos e teoria de circuı́tos.
11. ed. São Paulo: Pearson.
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