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Quando chego a uma cidade para ministrar cursos ou palestras, geralmente faço
uma visita ao comércio local para ter uma idéia do que se passa no seu dia-a-dia.
Converso com diretores de empresas, gerentes, vendedores e colho boas
informações que servem de embasamento para o meu trabalho naquela cidade. É
comum ouvir-se aquele velho ditado: “Vida boa é a do vizinho”. Pois a principal
reclamação é que os clientes saem de suas cidades para comprar nas vizinhas e
maiores por encontrarem menores preços. Dizem que essas pessoas deveriam ter
mais consciência e deixar os impostos nos seus próprios municípios, gerando renda
para o desenvolvimento dos mesmos.
Não sou a favor desse pensamento e vejo a coisa por outro ângulo. Para início de
conversa, em muitas cidades pequenas do interior do Nordeste há empresas que
além de venderem bem nas suas próprias cidades, crescem dia após dia entrando
nos grandes centros e nas capitais, onde já existem concorrentes fortes e
consolidados, e mesmo no sul do país. Inclusive, muitas empresas nordestinas
exportam seus produtos para outros países. Portanto, um melhor diagnóstico
certamente mostrará que essa fuga de clientes não se dá somente com base nos
preços dos vizinhos, os quais são similares.
Pelo que constato nas visitas e trocas de informações, o problema vai mais além do
que somente preços. Tem um ditado que diz “Santo de casa não faz milagre”. Na
verdade, o que acontece é que muitos santos da casa não querem mais olhar com
Antonio P. B. Braga
Não mande seus clientes para o concorrente
bons olhos para os seus devotos, que irão procurar outros santos em lugares
diferentes. Por serem “velhos” e “conhecidos” clientes não recebem mais o
merecido e bom atendimento. Já são da casa, já conhecem bem os costumes da
cidade, das empresas, portanto é só uma questão de adaptação e mais nada! É aí
onde mora o perigo.
Antonio P. B. Braga
Não mande seus clientes para o concorrente
3) Faça uso de uma boa comunicação, com voz clara, expressiva e na mesma
linguagem do cliente, para que ele entenda perfeitamente a mensagem transmitida,
não deixando dúvida para ser esclarecida pelo concorrente. Nessa comunicação
deve haver paciência, tolerância e muita atenção para que as idéias expressadas
pelos clientes sejam captadas e não somente às suas palavras, que às vezes não
dizem muito.
Antonio P. B. Braga
Não mande seus clientes para o concorrente
denegrir o concorrente procure ver o que ele está fazendo melhor do que você,
além de cumprir sempre com o prometido.
Tenha certeza de que enquanto o seu foco for direcionado somente no produto, na
empresa, no lucro e não na satisfação do cliente, na prestação de serviço, na
qualidade do atendimento, na valorização dele, ele terá fortes motivos para buscar
novas alternativas em outros lugares, mas nunca de dar lucro para você.
Antonio P. B. Braga