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BÊNÇÃO NA FAMÍLIA
TEXTO: Gn 12:3
INTRODUÇÃO
Na cultura hebraica, a bênção era o pronunciamento profé-
tico da geração anterior, como que a lançar a nova geração para a
vida. A bênção era proferida durante um cerimonial denominado
baraká e trazia, em seu rito alguns significados:
I) AUTO-ACEITAÇÃO – Pv 18:21
A bênção pronunciada gerava no filho um profundo senso de
aceitação na comunidade.
ILUSTRAÇÃO: No filme educativo “Um Zero na Neve” as
crianças se aquecem enquanto aguardam a chegada do ônibus
escolar. Todos falam, brincam, jogam bolas de neve nas cercas e
batem os pés no chão para manterem-se aquecidos. Todos menos
Roger que permanece quieto e fechado no seu mundo. Quando o
ônibus encosta com os freios a ar gemendo, todos correm a embar-
car. Todos menos Roger. É o último a embarcar. Durante o per-
curso passa mal e deixa sua mochila cair espalhando o material
escolar pelo chão.
O motorista, já próximo a uma parada, coloca o ônibus no
acostamento abrindo a porta para a entrada de outras crianças que
aguardam. Roger cai pelos degraus até ficar debruçado sobre a
neve. A sirene de uma ambulância ressoa ao longe enquanto o
motorista do ônibus escolar busca inutilmente reanimar o corpo
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inerte e sem vida. Não houve uma explicação médica lógica para a
morte de Roger. Sua saúde era perfeita e nunca houve indícios de
doenças. Um professor, inconformado, pesquisou a família de
Roger e descobriu a causa da tragédia. Roger era filho de um lar
desintegrado onde o padrasto exigia que a mãe não dispensasse
nenhuma atenção ao filho. Sua vida tornou-se silenciosa, nula,
muda sem atenção e sem afeto. Roger simplesmente não tinha
mais motivação para viver.
III) VALORIZAÇÃO
Alguns exemplos vetero testamentários de palavras de valo-
rização citadas no cerimonial da bênção:
A) Bênção de Isaque a Jacó – Gn 27:27,29
B) Bênção de Jacó a Judá – Gn 49:9
C) Bênção de Jacó a Naftali – Gn 49:21
D) Bênção de José – Gn 49:22
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IV) VISUALIZAÇÃO DO FUTURO – Gn 27: 28-29
Que tipo de palavras projetamos em nossos familiares?
ILUSTRAÇÃO: Mark e seus irmãos ouviram a vida inteira:
“Você é tonto! Você é feio!” Como resultado Mark sempre teve
problemas nos estudos, suas irmãs não casaram e sempre alimenta-
ram notáveis complexos de inferioridade. Gn 49:8
V) DISCIPLINA – Gn 49:3-4
Nas palavras de Jacó existe aceitação, liberação para a vida,
valorização, visualização do futuro, mas disciplina e correção.
CONCLUSÃO
Bênção na família:
Aceitação
Liberação
Valorização
Visualização
Disciplina
De qual forma estamos abençoando nossas famílias? As famí-
lias precisam retomar a perspectiva de ser um reduto de bênção.
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MINHAS ESCOLHAS HOJE E SEUS
REFLEXOS AMANHÃ
INTRODUÇÃO
Vivemos num mundo de escolhas, desde as mais ínfimas
como a roupa a vestir, o cardápio para o jantar, o filme a locar; até
as mais complexas como com quem casar ou que carreira profissio-
nal seguir. À luz do texto lido, podemos dizer que uma decisão cor-
reta é fruto de alguns critérios:
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B) Enquanto isso Abraão recebe a visita do sacerdote Mel-
quisedeque e, por quatro vezes a visita de anjos.
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endureceu o coração para Deus. Da família de Jukes, o ateu, foram
pesquisados 560 dos seus descendentes: desses, 310 morreram em
extrema pobreza; 150 tornaram -se criminosos, inclusive 7 assassi-
nos; 100 descendentes foram alcoólatras; mais da metade das
mulheres se prostituiu. Segundo cálculos, os descendentes de
Jukes custaram ao Estado, com suas vidas desregradas, um milhão
e duzentos e cinquenta mil dólares. Quanto à família de Jonathan
Edwards que era cristão praticante, com sua família, foram pesqui-
sados 1394 dos seus descendentes, sendo constatado o seguinte:
295 receberam diplomas universitários, sendo que 23 chegaram a
ser reitores de universidades; 65 foram professores universitários;
3 senadores dos EUA; 3 governadores estaduais, e outros, minis-
tros enviados a nações estrangeiras; 130 foram juizes, 100, advoga-
dos, sendo um reitor de uma faculdade de Direito, 56 médicos,
sendo um reitor da faculdade de medicina; 75 oficiais na carreira
militar; 100 missionários e pregadores famosos, bem como autores
destacados; cerca de 80 desempenharam alguma função pública; 3
foram prefeitos de grandes cidades; um foi superintendente do
Tesouro Norte Americano; um deles foi vice-presidente dos EUA.
CONCLUSÃO
Abraão e Ló eram homens distintos, igualmente ricos e
tementes ao mesmo Deus, mas um dia uma decisão a tomar sela
dois destinos tão opostos e antagônicos.
Para onde estão voltados seus olhos? Para as planícies des-
lumbrantes de Sodoma ou para as regiões áridas do monte
Hebrom?
Cuidado, as escolhas de hoje terão seus reflexos amanhã!
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UMA VISÃO MOVIDA PELA FÉ
TEXTO: Gn 15:5,6
INTRODUÇÃO
Deus diz para Abraão contar as estrelas. Quem pode contar
estrelas? Deus reveste de fé seu servo para que pudesse ver o que
Deus tinha preparado para ele. Esta visão de Deus a Abraão possui
algumas características:
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Revolução Francesa, entregou o manuscrito a John Stuart Mill,
para que este fizesse observações. Mill leu o manuscrito e empres-
tou-o a um amigo. Esse amigo deixou-o sobre a escrivaninha certa
noite, depois de lê-lo. Na manhã seguinte a empregada, procu-
rando alguma coisa com a qual acender o fogo, encontrou a pilha
de papéis soltos e, pensando que fossem rascunhos antigos,
usou-os para acender o fogo. Aquilo que havia custado anos de
trabalho a Carlyle era cinza agora! Quando Mill, branco como um
lençol, relatou a devastadora notícia a Carlyle, este ficou tão atô-
nito com sua perda que não conseguiu fazer nada durante sema-
nas. Então um dia, sentado diante da janela aberta, remoendo sua
terrível perda, observou um pedreiro reconstruindo uma parede de
tijolos. Pacientemente, o homem colocava tijolo sobre tijolo,
enquanto assobiava uma alegre melodia. “Pobre tonto” pensou
Carlyle, “como pode estar tão alegre quando a vida é tão fútil?”
Depois, repentinamente, teve outro pensamento. “Pobre tonto”,
disse ele de si mesmo, “você está aqui sentado junto à janela, quei-
xando-se e lamentando, enquanto aquele homem reconstrói uma
casa que durou gerações.” Levantando-se da cadeira, Carlyle
começou a trabalhar no segundo rascunho da História da Revolu-
ção Francesa. Conforme seu próprio relato, e o daqueles que tive-
ram a oportunidade de ler ambas as versões da obra, a última foi
bem melhor! A destruição de nossos queridos sonhos não precisa
ser o fim do mundo. Pode ser o início de algo melhor! Carlyle tem
sido uma inspiração para muitos, no sentido de recomeçar depois
de terem visto destruído o trabalho de sua vida.
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ILUSTRAÇÃO: Quando o Coronel George Washington
Goethals estava construindo o Canal do Panamá, enfrentou pro-
blemas de topografia e de doenças tropicais que teriam intimidado
um homem de menos fibra. Mas o pior problema foi que ele teve de
suportar comentários irônicos de críticos amargos de seu próprio
país. Estes tinham certeza de que ele fracassaria. Afinal de contas,
não havia o Visconde de Lesseps, famoso construtor do Canal de
Suez, desistido do projeto? Mas Goethals ignorou os astuciosos.
Certo dia, um de seus subordinados perguntou-lhe, exasperada-
mente:
– O senhor não vai dar uma resposta aos críticos?
– Sim, oportunamente.
– Mas quando e como?
– Com o canal.
Que bela resposta! Quando temos uma visão, temos coragem
para defendê-la.
CONCLUSÃO
Quando o senhor nos dá uma tarefa, nos reveste de fé para
levá-la até o fim.
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ISMAÉIS OU ISAQUES, A QUEM
VOCÊ TEM GERADO?
TEXTO: Gn 21:8-12
INTRODUÇÃO
Deus tinha uma promessa de dar um filho legítimo a Abraão,
mesmo ele sendo velho e Sara sendo estéril. Era a promessa de
uma nação, a partir da sua semente. O tempo passou. A promessa
não se cumpria e Abraão tomou a iniciativa de fazê-la cumprir-se
ao seu modo. De sua escrava Agar, gerou Ismael. Todos nós temos,
em nossa vida, Ismaéis e Isaques.
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ILUSTRAÇÃO: Segundo Dr. Marshall Nirenberg, prêmio
Nobel de Biologia, temos em nosso corpo 60 trilhões de células
vivas. Em cada célula há um metro e setenta centímetros de fita
DNA, onde estão gravados e computadorizados todos os nossos
dados genéticos. Se esticarmos a fita DNA do nosso corpo, tería-
mos 102 trilhões de metros de fita, ou seja, 102 bilhões de quilôme-
tros. Poderíamos empacotar na cabeça de um alfinete todos os
dados genéticos dos mais de 6 bilhões de habitantes do planeta.
Códigos de vida não se originam do ocaso nem de uma explosão
cósmica. Se Deus mantém sob controle cada dado genético de
cada ser vivo, não iria Ele cuidar do futuro de seus filhos?
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V) ISMAEL É A ACEITAÇÃO APENAS DO QUE POSSO
TOCAR E CONTROLAR; ISAQUE É A FÉ NO
INVISÍVEL.
As pessoas só veem o que estão preparadas para ver. (Ralph
Waldo Emerson). Hb 11:1
CONCLUSÃO
Todos nós, em alguns momentos acumulamos Ismaéis e Isa-
ques. Geramos projetos que são frutos da pressa, do orgulho, da
insubmissão, da ambição, do imediatismo... Outros são frutos do
coração de Deus, dos eternos propósitos de Deus, da vontade de
Deus. Mas um fato interessante é que Deus também abençoou
Ismael Gn 21:18-20. Não desprezou sua existência. Deus, na sua
infinita misericórdia ratifica nossos erros e amortiza as suas conse-
qüências.
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O VAU DO JABOQUE E SEUS
SIGNIFICADOS PARA JACÓ
TEXTO: Gn 32:22-31
INTRODUÇÃO
Alguns lugares marcaram o cânon sagrado em função de pes-
soas que por ali passaram ou acontecimentos ali ocorridos: Montes
Moriá e Sinai, Rio Jordão, Cafarnaum... Outros lugares foram
marcos na história: Roma, Viena, Waterloo, Berlim... Da mesma
forma, um pequeno vale por onde passava um ribeiro chamado
Jaboque, marcou a história de Jacó. Como podemos entender o
Vau do Jaboque?
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II) JABOQUE É LUGAR DE TRATAMENTO.
Os vales foram locais de: tratamento, disciplina, correção,
choro, dor e sofrimento. Nos vales Deus trabalhou com Israel.
Trinta e dois vales aparecem ao longo do AT, cada um com uma
história de disciplina:
Acor – Deus separa Acã e o castiga – Js 7:24
Aijalom – lugar de batalha onde Josué ora a Deus e o dia se
prolonga – Js 10:12
Boquim – lugar de choro – Jz 2:15
Elá – batalha sangrenta – 1Sm 17:2
Sal – lugar de morte, ali Davi mata 18 mil – 2Sm 8:13
Jeosafá – lugar de conflito e de decisão – Jl 3
Vales nos falam de tensões e sofrimento. Nos vales Deus tra-
balha com nossas vidas e através delas.
ILUSTRAÇÃO: João Bunyan – escreveu o livro “O Pere-
grino” numa prisão úmida e fria, com o coração dilacerado pela
filha órfã de mãe, doze anos de idade, cega, que para sobreviver
tinha que mendigar. Foi neste vale de sofrimento que Deus deu a
linda visão que foi transformada no livro cristão mais lido no
mundo, fora a Bíblia. Rm 5:3-4
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livro idealizava uma sociedade onde os homens viveriam eterna-
mente em paz. Mas Thomas Moore morreu e seu sonho da Utopia
nunca se realizou. Em 1872 Samuel Backler, inglês, escreveu um
romance onde o povo da Terra se levanta contra as máquinas e
passa a viver em paz num paraíso perfeito aqui na Terra. Mas
Samuel Backler morreu e este paraíso não aconteceu. O mundo
continuou cada vez pior. Em 1891 Willian Morris escreveu um
livro onde retratava a história de um paraíso rural, camponês, esta-
belecido aqui na Terra, no ano de 2012. Era uma ficção científica
onde as pessoas viveriam em perfeita harmonia. Mas Willian Mor-
ris morreu e o mundo continuou cada vez pior. Em 1933 filósofos,
teólogos, sociólogos e humanistas do mundo inteiro se reuniram e
lançaram um manifesto dizendo que a partir de então não haveria
mais guerras e o mundo viveria em paz. Mas depois de 1933 o
mundo se emboscou na pior e mais sangrenta guerra jamais pre-
senciada, a 2ª Guerra Mundial. De lá para cá mais de 100 milhões
de vidas já foram ceifadas em guerras e conflitos armados. Todas as
tentativas de transformação da humanidade foram frustradas.
Transformações ocorrem pela graça:
Jacó recebeu um novo nome – 32:28-29
Jacó recebeu uma nova bênção – 32:29
Jacó encontrou-se num novo local (Peniel-face de Deus) –
32:30
Jacó desfrutou do raiar de um novo dia – 32:31
Jacó recebeu uma nova marca – 32:25
Jacó desfrutou de nova comunhão com Esaú – 33
CONCLUSÃO
A alva está rompendo, o dia está chegando e Deus quer
transformar o Jaboque da sua vida em Peniel – 32:31.
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OBJEÇÕES PARA NÃO SERVIR
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III) QUAL É A GARANTIA? – 4:1-9
A) Falta de fé exige garantias palpáveis – 4:1
B) Não há garantias além do poder de Deus – 4:2-9
Deus respondeu a Moisés: “A garantia é meu poder!” – Mc
16:17-18
CONCLUSÃO
Questionar a vocação é prudente, relutar contra ela é teimo-
sia.
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A ANATOMIA DO PERDÃO
TEXTO: Gn 33
INTRODUÇÃO
ILUSTRAÇÃO: Durante um seminário, o professor passou
uma tarefa, no mínimo intrigante, a fim de ilustrar os efeitos asso-
ladores da amargura. Solicitou que cada um dos alunos levasse
algumas batatas e uma bolsa de plástico para a aula. Ele pediu para
que separassem uma batata para cada pessoa de quem sentiam
mágoas, escrevessem os seus nomes nas batatas e as colocassem
dentro da bolsa. Algumas das bolsas ficaram muito pesadas.
A tarefa consistia em, durante uma semana, levar a todos os lados
a bolsa com as batatas. Naturalmente a condição das batatas foi se
deteriorando com o passar dos dias. O incômodo de carregar a
bolsa a cada local onde fossem mostrava-lhes o peso espiritual diá-
rio que a mágoa impõe, o odor fétido que exala de um coração res-
sentido, bem como ao colocar a atenção na bolsa para não
esquecê-la em lugar nenhum, os alunos deixavam de prestar aten-
ção em outros fatores preponderantes da vida. Esta é uma metá-
fora que nos aponta o alto preço que contabilizamos todos os dias,
para manter a dor, a bronca e o ressentimento. É a narrativa que,
com exatidão, ilustra o preço que se paga por manter o coração
aprisionado à ira e a mente aguilhoada à raiva. Quando valoriza-
mos as promessas não cumpridas, os prejuízos sofridos, as crises
relacionais não resolvidas, as expectativas não alcançadas, nossos
pensamentos são embaçados pelas densas nuvens que aumentam o
cansaço.
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Jacó foi um homem que durante vinte longos anos carregou
um destes “sacos de batatas”, mas encontrou no perdão o caminho
para a restauração.
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CONCLUSÃO
Aquele que se recusa a perdoar, destrói a ponte sobre a qual ele
mesmo precisará passar para chegar ao céu. (George Herbert)
ILUSTRAÇÃO: O autor aos Hebreus alerta que a amargura
contamina de forma sutil, estratégica, astuta e sintomática: “...
nem haja alguma raiz de amargura que brotando, vos perturbe, e, por
meio dela, muitos sejam contaminados.” (Hb 12:15) Dizem os botâni-
cos que muitas espécies de árvores aprofundam as raízes em tal
dimensão que sua profundidade iguala-se à altura da planta. Isto
pode ser aplicado integralmente à vida daquele que abrigou res-
sentimentos nos porões da alma.
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