Roteiro Aula08 Dir Adm Rodrigonunes

Direito Administrativo – Roteiro de Aula – 08– Professor Rodrigo Nunes
4.1.2 – CRIAÇÃO E EXTINÇÃO DOS ORGÃOS PÚBLICOS
CRIAÇÃO E EXTINÇÃO DE ORGÃOS ORGANIZAÇÃO E

DA ADM. DIRETA DO PODER FUNCIONAMENTO DOS ORGÃOS
EXECUTIVO DO EXECUTIVO
Precisa de LEI EM SENTIDO

DECRETOS
FORMAL
DECRETO AUTÔNOMO, desde que

Iniciativa do CHEFE do PODER não impliquem aumento de
EXECUTIVO despesa nem criação ou extinção
de órgãos públicos
Criação e extinção de
Por meio de Delegação
órgãos
Lei iniciativa privativa

Âmbito do Poder
do Presidente da Ministro, AGU, PGR
Executivo Federal
República
Lei de iniciativa do
Supremo Tribunal
Federal, dos Tribunais
Superiores e dos
Poder Judiciário -
Tribunais de Justiça,
conforme o caso, nos
termos do art. 96, II,
“c” e “d” da CF
Poder legislativo LEI / Resolução -
Lei de Iniciativa do
Ministério Público -
MP
Lei de iniciativa do
Tribunal de Contas -
Tribunal de Contas
1
4.1.3 – CAPACIDADE PROCESSUAL DOS ORGÃOS
NÃO TEM CAPACIDADE PROCESSUAL , POR SEREM

REGRA
DESPERSONALIZADOS
ALGUNS ORGÃOS POSSUEM PERSONALIDADE

JUDICIÁRIA.
(ORGÃOS INDEPENDENTES E AUTÔNOMOS)
A capacidade processual dos órgãos, nesta situação,

restringe-se à defesa de suas próprias prerrogativas
institucionais
Em regra, os órgãos, por não terem personalidade

jurídica, não tem capacidade processual, salvo nas
hipóteses em que os órgãos são titulares de direitos
subjetivos, o que lhes confere capacidade
processual para a defesa de suas prerrogativas e
competências.
O STJ NÃO reconheceu a capacidade processual de

EXCEÇÃO
Câmara Municipal que litigava contra o INSS a
respeito de contribuições previdenciárias de seus
membros. Para a corte, A Câmara não possui
personalidade jurídica, mas apenas personalidade
judiciária, de modo que só pode demandar em juízo
para defender os seus direitos institucionais,
entendidos esses como sendo os relacionados ao
funcionamento, autonomia e independência do
órgão.
De todo modo, a jurisprudência já admitiu

mandado de segurança impetrado por Câmara
Municipal contra o Prefeito para o fim de obriga-lo
à devida prestação de contas ao Legislativo. A
omissão do Prefeito impedia o exercício da
competência do Legislativo Municipal de julgar as
contas do Prefeito. Desta forma, reconheceu-se a
2
capacidade do órgão para impetrar mandado de

segurança com o fim de defender suas
prerrogativas e competências.
O Código de Defesa do Consumidor permite que as

entidades e órgãos da administração pública, direta
ou indireta, ainda que sem personalidade jurídica,
especificamente destinados à defesa dos interesses
e direitos protegidos pelo código, possam promover
a liquidação e execução de indenização(Lei 8.078/
1990, art. 82, III)
CUIDADO!!!
PERSONALIDADE JURÍDICA PERSONALIDADE JUDICIÁRIA
“Trata-se do atributo reconhecido

a uma pessoa para que possa atuar
no plano jurídico (titularizando
relações diversas) e reclamar a Possibilidade de alguém figurar
proteção jurídica dedicada pelos como parte de um processo.
direitos da personalidade.”
(Cristiano Chaves de Farias e
Nelson Rosenvald)
3
Bizu: ORGÃOS X ENTIDADES

ORGÃOS ENTIDADE
Nem todos gozam de autonomia Tem autonomia administrativa

NÃO têm patrimônio próprio Tem patrimônio próprio
REGRA: não tem capacidade
processual por não possuírem
personalidade jurídica
Possuem capacidade processual e
personalidade jurídica
EXCEÇÃO: alguns possuem
personalidade judiciária (órgãos
independentes e autônomos)
4.1.4 – CLASSIFICAÇÃO DOS ORGÃOS
SIMPLES ou UNITÁRIOS
Quanto à estrutura
COMPOSTOS
SINGULARES ou UNIPESSOAIS
Quanto à atuação funcional
COLEGIADOS ou PLURIPESSOAIS
INDEPENDENTES
AUTÔNOMOS
Quanto à posição estatal
SUPERIORES
SUBALTERNOS
BUROCRÁTICOS
Outras classificações
(Maria S. Di Pietro) ATIVOS, CONSULTIVOS ou DE
CONTROLE
4
4.1.4.1 – ORGÃOS SIMPLES OU UNITÁRIOS
São constituídos por 1 só CENTRO DE COMPETÊNCIA

Quanto à estrutura
NÃO são SUBDIVIDIDOS em sua estrutura interna, ou seja, NÃO há

subdivisões com atribuições específicas em sua estrutura
Exercem suas ATRIBUIÇÕES próprias de forma CONCENTRADA
Podem ser compostos de mais de um agente
4.1.4.2 – ORGÃOS COMPOSTOS
Reúnem, em sua estrutura, DIVERSOS ÓRGÃOS, como resultado da

DESCONCENTRAÇÃO ADMINISTRATIVA
Esses órgãos, que surgem da desconcentração administrativa, estão

SUBORDINADOS HIERARQUICAMENTE ao ORGÃO PRINCIPAL
Quanto à estrutura
Exemplo: O Ministério da Fazenda é integrado por vários órgãos,

dentre os quais a Secretaria da Receita Federal. Esta é composta por
diversos órgãos, dentro os quais as suas Superintendências
Regionais. Estas são integradas por Delegacias, que são integradas
por Seções até chegarmos a um órgão que não seja mais subdividido
(este será o órgão unitário; todos os demais são compostos)
(VP E MA)
4.1.4.3 – ORGÃOS SINGULARES OU UNIPESSOAIS
São os órgãos em que a ATUAÇÃO ou as DECISÕES são ATRIBUIÇÃO

Quanto à Atuação Funcional
DE UM ÚNICO AGENTE, seu CHEFE ou REPRESENTANTE
Podem ser compostos de diversos agentes, MAS as DECISÕES são

tomadas APENAS pelo CHEFE
Exemplo: Presidência da República
5
4.1.4.4 – ORGÃOS COLEGIADOS OU PLURIPESSOAIS
São caracterizados por atuarem e decidirem mediante

Quanto à Atuação Funcional
OBRIGATÓRIA manifestação CONJUNTA de seus MEMBROS (VP E

MA)
A ATUAÇÃO e as DECISÕES são tomadas pela manifestação
CONJUNTA de seus MEMBROS
Exemplo: Congresso Nacional, Supremo Tribunal Federal, Conselho
Administrativo de Recursos Fiscais ( no âmbito do Poder Executivo)
4.1.4.5 – ORGÃOS INDEPENDENTES
São os DIRETAMENTE previstos no TEXTO CONSTITUCIONAL,

representando os três poderes
NÃO são SUBORDINADOS HIERARQUICAMENTE a nenhum outro

órgão
As atribuições destes órgãos são exercidas por AGENTES POLÍTICOS

Exemplo: Câmara dos Deputados, Senado Federal, Presidência da
República, STF, STJ e demais tribunais, bem como seus simétricos
nas demais esferas da Federação, Ministério Público da União e o
do Estado e os Tribunais de Contas da União, dos Estados e dos
Municípios.
BIZU: CUIDADO!!!!
Para Maria Sylvia Di Pietro, o MINISTÉRIO PÚBLICO seria classificado
como um ORGÃO AUTÔNOMO
6
4.1.4.6 – ORGÃOS AUTÔNOMOS
São os órgãos que se situam na cúpula da administração,

HIERARQUICAMENTE, logo ABAIXO dos ÓRGÃOS INDEPENDENTES
Possuem ampla AUTONOMIA ADMINISTRATIVA, FINANCEIRA e

TÉCNICA
NÃO possuem INDEPENDÊNCIA
Caracterizam-se como ORGÃOS DIRETIVOS
Exemplo: Ministérios, as Secretarias do Estado, Advocacia-Geral da

União e etc.
4.1.4.7 – ORGÃOS SUPERIORES
São órgãos que possuem atribuições de DIREÇÃO, CONTROLE E

DECISÃO, mas que SEMPRE estão sujeitos ao controle hierárquico

de uma CHEFIA MAIS ALTA
NÃO tem AUTONOMIA ADMINISTRATIVA e FINANCEIRA
Exemplo: Procuradoria, Coordenadorias, Gabinetes
4.1.4.8 – ORGÃOS SUBALTERNOS
São todos os órgãos que exercem atribuições de MERA EXECUÇÃO,

sempre SUBORDINADOS a vários NÍVEIS HIERÁRQUICOS

SUPERIORES
Tem REDUZIDO PODER DECISÓRIO
Exemplo: Seções de expediente, de pessoal de material, de portaria

etc.
7
4.1.4.9 – ORGÃOS BUROCRÁTICOS
São os órgãos que estão a cargo de uma só pessoa física ou de várias

pessoas ordenadas numa estrutura hierárquica vertical
Outras Classificações
São distintos dos órgãos colegiados, que são formados por várias
agentes ordenados HORIZONTALMENTE, em uma relação de
COORDENAÇÃO e NÃO de HIERARQUIA
Exemplo: uma Diretoria, em que existe um diretor e várias agentes a
ele ligados
4.1.4.9 – ORGÃOS ATIVOS, CONSULTIVOS OU DE CONTROLE
São órgãos que possuem a função de uma administração ativa, de

Outras Classificações
uma atividade consultiva ou de controle sobre outros órgãos.
Exemplo: O Ministério da Saúde(seria um órgão de administração

ativa), a Advocacia-Geral da União(um órgão consultivo) o
Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da
União(um órgão de controle).
5 – ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
É o conjunto de pessoas jurídicas(desprovidas de autonomia política)

que, VINCULADAS à Administração Direta, têm a competência para o
exercício, de forma DESCENTRALIZADA, de atividades administrativas,
É Composta por: AUTARQUIAS, FUNDAÇÕES PÚBLICAS, SOCIEDADE DE

ECONOMIA MISTA, EMPRESAS PÚBLICAS
A LEI 11.107/2005(lei dos consórcios públicos) incluiu as ASSOCIAÇÕES

PÚBLICAS, pessoas jurídicas de direito público, como integrantes da
Administração INDIRETA de todos os entes políticos, eventualmente,
consorciados.
8
As ENTIDADES da ADMINISTRAÇÃO INDIRETA podem existir em todas

as esferas da Federação, ou seja, podem ser FEDERAIS, ESTADUAIS,
MUNICIPAIS OU DISTRITAIS
De acordo com o ART. 37, da CF, é possível existir, em tese, uma

entidade da ADMINISTRAÇÃO INDIRETA nos PODERES LEGISLATIVO e
JUDICIÁRIO.
É constituída dos serviços atribuídos a pessoas jurídicas diversas da

União, de DIREITO PÚBLICO ou de DIREITO PRIVADO, VINCULADAS a
um ÓRGÃO da ADMINISTRAÇÃO DIRETA, mas ADMINISTRATIVAMENTE
e FINANCEIRAMENTE AUTÔNOMAS.
As entidades da administração indireta se VINCULAM aos Ministérios,

que integram a administração indireta ou à órgãos equiparados à
ministérios como, por exemplo, GABINETES e SECRETARIAS ligadas à
Presidência da República.
CUIDADO!!!! não há relação de SUBORDINAÇÃO entre as entidades da

administração indireta e direta
A VINCULAÇÃO entre a administração DIRETA e INDIRETA caracteriza

SUPERVISÃO MINISTERIAL ou TUTELA ADMINISTRATIVA
SUPERVISÃO MINISTERIAL
Pelo qual os dirigentes das entidades da
administração indireta são escolhidos e nomeados
CONTROLE
pela autoridade competente da administração
POLÍTICO
direta, razão por que exercem eles função de
confiança
CONTROLE Obriga a entidade a caminhar sempre no sentido
INSTITUCIONAL dos fins para os quais foi criada
CONTROLE Permite a fiscalização dos agentes e das rotinas

ADMINISTRATIVO administrativas da entidade
9
CONTROLE Pelo qual são fiscalizados os setores financeiro e

FINANCEIRO contábil da entidade.
BIZU: TUTELA ORDINÁRIA X TUTELA EXTRAORDINÁRIA
Para Celso Antônio Bandeira de Mello o controle sobre a entidade deve

se dar nos ESTRITOS LIMITES DA LEI. Este controle recebe o nome de
TUTELA ORDINÁRIA.
Entretanto, o autor esclarece que “a doutrina admite, em circunstâncias

excepcionais, perante casos de descalabro administrativo, de graves
distorções de comportamento da autarquia, que a Administração
Central, para coibir desmandos sérios, possa exercer, mesmo à falta de
disposição legal que a instrumente, o que denominam de TUTELA
EXTRAORDINÁRIA”
BIZU: SUPERVISÃO MINISTERIAL X CONTROLE HIERÁRQUICO
SUPERVISÃO MINISTERIAL CONTROLE HIERÁRQUICO
É exercida pelo MINISTÉRIO

E exercido dentro da própria
(ADM. DIRETA) sobre a
Administração DIRETA
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
É essência do PODER
Possui característica de HIERÁRQUICO e surge com a
CONTROLE FINALÍSTICO DESCONCENTRAÇÃO
ADMINISTRATIVA
Há SUBORDINAÇÃO entre os
Há VINCULAÇÃO e NÃO
ÓRGÃOS ESCALONADOS
SUBORDINAÇÃO
VERTICALMENTE
10
5.1 – CARACTERÍSTICAS GERAIS
Integram a ADMINISTRAÇÃO INDIRETA as AUTARQUIAS, FUNDAÇÕES PÚBLICAS,

EMPRESAS PÚBLICAS E AS SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA
Todas as ENTIDADES DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA possuem ESTAS

CARACTERÍSTICAS:
NECESSIDADE DE LEI ESPECÍFICA PARA SEREM CRIADAS, PERSONALIDADE JURÍDICA

PRÓPRIA E PATRIMÔNIO PRÓPRIO
Se submetem ao PRINCÍPIO DA ESPECIALIZAÇÃO, ou seja, as entidades devem ser

criadas para uma FINALIDADE ESPECÍFICA
AQUISÃO DE
NATUREZA LEI
ENTIDADE PERSONALIDADE OBJETO
JURÍDICA ESPECÍFICA
JURÍDICA
Ati vi dades Típi ca s de Es ta do,

DIREITO VIGÊNCIA DA LEI
AUTARQUIA CRIA s em fi ns l ucra ti vos / SERVIÇO
PÚBLICO CRIADORA
PÚBLICO PERSONIFICADO
DIREITO VIGÊNCIA DA LEI

CRIA Ati vi da des que benefi ci a m a
PÚBLICO CRIADORA
FUNDAÇÃO col etividade, s em fi ns lucrativos
PÚBLICA / PATRIMÔNIO PÚBLICO
DIREITO REGISTRO DO ATO
AUTORIZA PERSONIFICADO
PRIVADO CONSTITUTIVO
Ati vi da des Econômi ca s , com

SOCIEDADE
DIREITO REGISTRO DO ATO objetivo de lucro / I ntervençã o
ECONOMIA AUTORIZA
PRIVADO CONSTITUTIVO di reta no domíni o econômi co
MISTA
(no ca s os de segurança nacional
ou rel evante interesse col eti vo
EMPRESAS DIREITO REGISTRO DO ATO ou monopólio) ou prestação de
AUTORIZA
PÚBLICAS PRIVADO CONSTITUTIVO s ervi ços públ i cos
11
LEI ESPECÍFICA
A CF exige a edição de uma LEI ORDINÁRIA cujo CONTEÚDO ESPECÍFICO SEJA A

CRIAÇÃO DE DETERMINADA AUTARQUIA OU A AUTORIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DE
DETERMINADA EMPRESA PÚBLICA, SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA OU
FUNDAÇÃO
CUIDADO!!! Quando o texto constitucional fala em LEI ESPECÍFCA, o que está

PROIBIDO é a AUTORIZAÇÃO GENÉRICA E INDETERMINADA PARA QUE A
ADMINISTRAÇÃO CRIE QUANTAS ENTIDADES DESEJAR!! É possível que uma lei
disponha sobre vários assuntos e que autorização ou crie uma entidade da
administração indireta
CRIAÇÃO DE SUBSIDIÁRIAS E PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS DAS EMPRESAS

PÚBLICAS E SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA
A CRIAÇÃO DE SUBSIDIÁRIAS DAS EMPRESAS PÚBLICAS E SOCIEDADES DE

ECONOMIA MISTA também necessitam de LEI AUTORIZATIVA
A PARTICIPAÇÃO DAS EMPRESAS PÚBLICAS E SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA

EM EMPRESAS PRIVADAS também necessitam de LEI AUTORIZATIVA
CUIDADO!
SEGUNDO O STF, é suficiente que haja um DISPOSITIVO GENÉRICO AUTORIZANDO

a instituição de SUBSIDIÁRIAS e PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS na própria lei “MÃE”
que autorizou a criação da ENTIDADE DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA (SOCIEDADE
DE ECONOMIA MISTA E EMPRESA PÚBLICA).
5.2 – AUTARQUIAS
Decreto-Lei 200/1967, I, art. 5°
SERVIÇO AUTÔNOMO, CRIADO POR LEI, com PERSONALIDADE JURÍDICA,

PATRIMÔNIO E RECEITA PRÓPRIOS, para executar ATIVIDADES TÍPICAS DA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, que requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão
administrativa e financeira descentralizada
12
DEFINIÇÃO DE AUTARQUIA POR MARIA SYLVIA DI PIETRO
É PESSOA JURÍDICA de DIREITO PÚBLICO, CRIADA POR LEI, com capacidade de

AUTOADMINISTRAÇÃO, para o desempenho de SERVIÇO PÚBLICO
DESCENTRALIZADO, mediante controle administrativo exercido nos termos da lei.
EXEMPLOS DE AUTARQUIAS
AGÊNCIAS REGULADORAS – ANTT, ANATEL
CONSELHOS PROFISSIONAIS – CONSELHO DE MEDICINA, CONSELHO FEDERAL DE

CONTABILIDADE
DNIT, INSS, UFRJ(UNIVERSIDADE FERAL), BANCO CENTRAL, IBAMA
5.2.1 – CRIAÇÃO E EXTINÇÃO
AUTARQUIAS
CRIAÇÃO EXTINÇÃO
Pelo princípio da SIMETRIA das formas

Depende de LEI ESPECÍFICA jurídicas, para sua EXTINÇÃO também
depende de LEI ESPECIFICA
A LEI DE CRIAÇÃO E EXTINÇÃO das AUTARQUIAS deve ser DA INICIATIVA

PRIVATIVA DO CHEFE DO PODER EXECUTIVO.
CUIDADO! Se a entidade a ser criada ou extinta se vincular ao PODER LEGISLATIVO

OU JUDICIÁRIO, a INICIATIVA DA LEI será do RESPECTIVO CHEFE DE PODER.
5.2.2 – ATIVIDADE DESENVOLVIDA
ATIVIDADES PRÓPRIAS E TÍPICAS DE ESTADO, SEM CARÁTER ECONÔMICO
SERVIÇO PÚBLICO PERSONIFICADO OU SERVIÇO PÚBLICO DESCENTRALIZADO,

SERVIÇO PÚBLICO PERSONALIZADO
A AUTARQUIA presta o serviço DE FORMA ESPECIALIZADA, TÉCNICA, COM

ORGANIZAÇÃO PRÓPRIA, ADMINISTRAÇÃO MAIS ÁGIL E NÃO SUJEITA A DECISÕES
POLÍTICAS sobre seus assuntos
13
Devido ao PRINCÍPIO DA ESPECIALIDADE, as AUTARQUIAS devem atuar NOS

LIMITES DOS PODERES RECEBIDOS, só podendo desempenhar as ATRIBUIÇÕES que
foram CONFERIDAS PELA LEI
5.2.3 – REGIME JURÍDICO
A AUTARQUIA tem PERSONALIDADE JURÍDICA de DIREITO PÚBLICO
Logo, de acordo com o regime jurídico-administrativo, a AUTARQUIA possui

PRERROGATIVAS E SUJEIÇÕES, próprias das PESSOAS PÚBLICAS de natureza política
(União, Estados, Municípios e DF)
Em REGRA, os atos praticados pelas AUTARQUIAS são ATOS ADMINISTRATIVOS,

gozando de PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE, IMPERATIVIDADE,
AUTOEXECUTORIEDADE
Em regra, os contratos celebrados pelas autarquias, são CONTRATOS

ADMINISTRATIVOS!!! CUIDADO!! Alguns contratos e atos podem ser de natureza
privada!
PRERROGATIVAS DAS AUTARQUIAS
PRAZOS PROCESSUAIS EM DOBRO (CPC, art. 183);
PAGAMENTO DE DÍVIDAS DECORRENTES DE CONDENAÇÕES JUDICIAIS EFETUADO

POR MEIO DE PRECATÓRIOS (CF, art. 100). Em razão do regime de precatórios, nas
execuções judiciais contra uma autarquia, os bens desta não estão sujeitos a
penhora, ou seja, não podem ser compulsoriamente alienados para satisfazer a
execução da dívida;
PRESCRIÇÃO QUINQUENAL, pela qual as dívidas e direitos em favor de terceiros

contra a autarquia prescrevem em cinco anos.
POSSIBILIDADE DE INSCRIÇÃO DE SEUS CRÉDITOS EM DÍVIDA ATIVA e a sua

respectiva cobrança por meio de EXECUÇÃO FISCAL (Lei 6.830/1980);
IMPENHORABILIDADE, INALIENABILIDADE E IMPRESCRITIBILIDADE de seus BENS;
14
IMUNIDADE TRIBUTÁRIA, ou seja, vedação à União, Estados, DF e Municípios de

instituir impostos incidentes sobre o patrimônio, renda ou serviços vinculados a
finalidades essenciais das autarquias ou dela decorrentes (CF, art. 150, §2º). Significa
dizer que se algum bem ou serviço tiver destinação diversa das finalidades da
entidade autárquica, incidirão normalmente, sobre o patrimônio e os serviços, os
respectivos impostos.
NÃO SUJEIÇÃO À FALÊNCIA. Em caso de insolvência de uma autarquia, o ente

federado que a criou responderá, de forma subsidiária, pelas obrigações
decorrentes
5.2.4 – CLASSIFICAÇÃO
AUTARQUIA TERRITORIAL OU GEOGRÁFICA
Correspondem aos EXTINTOS TERRITÓRIOS, que são meras unidades

administrativas descentralizadas por área geográfica. LEMBRE-SE DE QUE
TERRITÓRIO NÃO É PESSOA POLÍTICA, MAS SIM AUTARQUIA GEOGRÁFICA DA
UNIÃO.
* No estado unitário impuro, as entidades criadas pela ENTIDADE AUTÔNOMA são

consideradas autarquias territoriais.
Tem CAPACIDADE ADMINISTRATIVA GENÉRICA
AUTARQUIA INSTITUCIONAL OU DE SERVIÇO
São as AUTARQUIAS criadas pelas PESSOAS POLÍTICAS, para o DESEMPENHO DE

ATIVIDADES TÍPICAS DESTAS PESSOAS, e DESCENTRALIZADAS POR UMA QUESTÃO
DE ESPECIALIDADE. Note que o critério utilizado para tais autarquias não é o
geográfico, mas sim o material (por tarefa), em uma espécie de especialização da
entidade.
Tem CAPACIDADE ADMINISTRATIVA ESPECÍFICA, ou seja, limitada a determinado

serviço que lhe é atribuído por lei, critério no qual se enquadram todas as demais
autarquias.
15
AUTARQUIAS FUNDACIONAIS
Corresponde à figura da FUNDAÇÃO DE DIREITO PÚBLICO, ou seja, PESSOA

JURÍDICA DOTADA DE PATRIMÔNIO VINCULADO A UM FIM QUE IRÁ BENEFICIAR
PESSOAS INDETERMINADAS, QUE NÃO A INTEGRAM COMO MEMBROS OU SÓCIOS
Exemplos: Hospital das Clínicas e a Universidade de São Paulo
AUTARQUIAS ASSISTENCIAIS
Visam a PROMOVER AUXÍLIO A REGIÕES MENOS DESENVOLVIDAS OU A

CATEGORIAS SOCIAIS ESPECÍFICAS, para o fim de diminuir as desigualdades
regionais e sociais
Exemplos: a SUDENE – Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste e a

SUDAM – Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia;
AUTARQUIAS PREVIDENCIAIS
Voltadas para a atividade de PREVIDÊNCIA SOCIAL OFICIAL.
Exemplo: INSS (Instituto Nacional do Seguro Social)
AUTARQUIAS CULTURAIS
Dirigidas à EDUCAÇÃO e ao ENSINO.
Exemplo: UFRJ
AUTARQUIAS CORPORATIVAS OU PROFISSIONAIS
Incumbidas da INSCRIÇÃO DE CERTOS PROFISSIONAIS e DE FISCALIZAÇÃO DE SUAS

ATIVIDADES.
Registre-se que alguns autores e o STJ costumam se referir

aos Conselhos como autarquias “sui generis”, afinal desempenham atividade típica
de Estado (poder de polícia), mas não se vinculam a qualquer órgão ministerial.
Exemplos: CRM (Conselho Regional de Medicina) e CORECON
(Conselho Regional de Economia).
16
STF (MS 24624/DF)
A JURISPRUDÊNCIA DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL confere natureza

AUTÁRQUICA aos CONSELHOS DE FISCALIZAÇÃO PROFISSIONAL, fazendo sobre eles
incidir a EXIGÊNCIA DO CONCURSO PÚBLICO para a CONTRATAÇÃO DE SEUS
SERVIDORES.
STJ (Recurso Especial 507536/DF)
As AUTARQUIAS CORPORATIVAS devem adotar o REGIME JURÍDICO ÚNICO,

RESSALVADAS as situações consolidadas na vigência da legislação editada nos
termos da emenda constitucional n. 19/97
BIZU: OAB - STF ADIN 3026/DF
“A OAB NÃO É UMA ENTIDADE DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA DA UNIÃO. A

Ordem é um SERVIÇO PÚBLICO INDEPENDENTE, CATEGORIA ÍMPAR no elenco das
personalidades jurídicas existentes no direito brasileiro. A OAB NÃO ESTÁ INCLUÍDA
NA CATEGORIA NA QUAL SE INSEREM ESSAS QUE SE TEM REFERIDO COMO
‘AUTARQUIAS ESPECIAIS’ para pretender-se afirmar equivocada independência das
hoje chamadas ‘agências’. Por não consubstanciar uma entidade da administração
indireta, A OAB NÃO ESTÁ SUJEITA A CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO, nem a
qualquer das suas partes está vinculada.”
A OAB NÃO É AUTARQUIA NA VISÃO DO STF! A OAB É IMPAR, SUI GENERIS !
AUTARQUIAS DE CONTROLE
Nesta categoria estão as AGÊNCIAS REGULADORAS, que, regularmente, possuem

NATUREZA AUTÁRQUICA. Tem a função primordial de controle sobre as pessoas
que prestam serviços públicos ou atuam na área econômica por força de concessões
e permissões de serviços públicos.
Exemplos: ANATEL (Agência Nacional de Telecomunicações) e ANP (Agência

Nacional do Petróleo).
17
Autarquias ASSOCIATIVAS
São as “ASSOCIAÇÕES PÚBLICAS”, ou seja, os CONSÓRCIOS PÚBLICOS, REGIDOS

PELA LEI Nº 11.107/2005..
Exemplo: CONSÓRCIOS PÚBLICOS INTERMUNICIPAIS E DA AUTORIDADE PÚBLICA

OLÍMPICA, esta criada pela Lei nº 12.396/2011, SOB A FORMA DE ASSOCIAÇÃO
PÚBLICA DE NATUREZA DE AUTARQUIA EM REGIME ESPECIAL, integrando a
Administração Indireta de cada um dos entes consorciados
AUTARQUIAS ADMINISTRATIVAS
Esta é uma CATEGORIA RESIDUAL, A SER COMPOSTA PELAS ENTIDADES QUE SE

DESTINAM A VÁRIAS ATIVIDADES ADMINISTRATIVAS, inclusive de fiscalização,
quando essa atribuição for da pessoa federativa a que estejam vinculadas.
Exemplos: INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade

Industrial) e BACEN (Banco Central do Brasil)
AUTARQUIAS EM REGIME ESPECIAL

(Sem consenso na doutrina)
São ENTIDADES, pelo menos na teoria, DOTADAS DE INDEPENDÊNCIA AINDA

MAIOR(ex. estabilidade relativa de seus dirigentes) QUE AS DEMAIS AUTARQUIAS.
Exemplos: BANCO CENTRAL, CVM, Agências Reguladoras
INTERESSANTE!!!
(MATHEUS CARVALHO)
UNIVERSIDADES PÚBLICAS: são especiais porque gozam de AUTONOMIA

PEDAGÓGICA (o método utilizado é critério dela), LIBERDADE NO EXERCÍCIO
DE SUA ATIVIDADE, cumpre a finalidade de educar, TEM AMPLA LIBERDADE
NA DIDÁTICA E METODOLOGIA ESCOLHIDA. OS MEMBROS PODEM
ESCOLHER SEUS PRÓPRIOS DIRIGENTES para cumprir mandato certo , ou
seja, não pode ser exonerado a qualquer tempo, para ser exonerado deve
cometer infração a ser apurado mediante processo administrativo.
AGÊNCIAS REGULADORAS: criadas para NORMATIZAR, REGULAMENTAR A

PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS POR PARTICULARES
18
AGÊNCIA REGULADORA X “AGÊNCIA EXECUTIVA”
AGÊNCIA EXECUTIVA é uma AUTARQUIA COMUM (pode ser também

fundações públicas de direito público) que não conseguindo cumprir sua
finalidade (é ineficiente porque não consegue cumprir metas básicas d e
eficiência), é chamada pelo ente da administração direta para celebrar um
contrato de gestão, onde receberá mais orçamento e liberdade de atuação,
benefícios na licitação, mas em contra partida terá que cumpri r um plano
estratégico de reestruturação para voltar a ser eficiente. Essa qualificação está
ligada à celebração do contrato e não por lei, é temporária, quando extinto o
contrato de gestão, volta a ser um a autarquia comum. Também pode ser
utilizado o nome de contrato de gestão.
5.2.5 – PATRIMÔNIO
A natureza dos BENS das AUTARQUIAS é de BENS PÚBLICOS
Possuem proteção dos seus bens públicos, como a IMPENHORABILIDADE, A

IMPRESCRITIBILIDADE E AS RESTRIÇÕES À ALIENAÇÃO
5.2.6 – PESSOAL
CONSIDERAÇÕES GERAIS
Atualmente, face à suspensão cautelar do art. 39, caput, da CF, AS AUTARQUIAS SE

SUBMETEM AO REGIME JURÍDICO ÚNICO APLICÁVEL À RESPECTIVA
ADMINISTRAÇÃO DIRETA.
No caso da UNIÃO, as AUTARQUIAS devem adotar o REGIME ESTATUTÁRIO

previsto na Lei 8.112/1990.
As AUTARQUIAS devem respeitar a REGRA CONSTITUCIONAL que exige a

REALIZAÇÃO DE CONCURSO PÚBLICO (CF, art. 37, II), bem como pela VEDAÇÃO DE
ACUMULAÇÃO REMUNERADA DE CARGOS, EMPREGOS E FUNÇÕES PÚBLICAS (CF,
art. 37, XVII)
19
20
5.2.7 – NOMEAÇÃO E EXONERAÇÃO DE DIRIGENTES
A competência para NOMEAÇÃO DOS DIRIGENTES DE AUTARQUIAS é do CHEFE DO

PODER EXECUTIVO
Para a NOMEAÇÃO, PODERÁ SER EXIGIDA PRÉVIA APROVAÇÃO PELO SENADO

FEDERAL do nome escolhido pelo PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Segundo o ENTENDIMENTO DO STF, SÃO VÁLIDAS AS NORMAS LOCAIS DOS

ESTADOS, DF E MUNICÍPIOS QUE SUBORDINAM A NOMEAÇÃO DOS DIRIGENTES
DE AUTARQUIAS OU FUNDAÇÕES PÚBLICAS À PRÉVIA APROVAÇÃO DA
ASSEMBLEIA LEGISLATIVA
O STF entende que A LEI NÃO PODE EXIGIR APROVAÇÃO LEGISLATIVA PRÉVIA PARA A
EXONERAÇÃO DE DIRIGENTES DE AUTARQUIAS PELO CHEFE DO PODER EXECUTIVO, nem
exigir que a exoneração seja efetuada diretamente pelo Poder Legislativo
5.2.7 – FORO JUDICIAL COMPETENTE
AUTARQUIAS FEDERAIS AUTARQUIAS ESTADUAIS E MUNICIPAIS
JUSTIÇA FEDERAL JUSTIÇA ESTADUAL
CUIDADO!!!
LITÍGIOS FUNCIONAIS SÃO JULGADASS POR QUEM?
SERVIDORES DE AUTARQUIA FEDERAL -> JUSTIÇA FEDERAL
SERVIDORES DE AUTARQUIA ESTADUAL OU MUNICIPAL -> JUSTIÇA ESTADUAL
EMPREGADOS PÚBLICOS EM AUTARQUIA (FEDERAL, ESTADUAL E MUNICIPAL) ->

JUSTIÇA DO TRABALHO
21
BIZU: SÚMULA 97 DO STJ
Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar a reclamação de servidor público

relativamente a vantagens trabalhistas anteriores à instituição do regime jurídico
único
5.3 – FUNDAÇÕES PÚBLICAS
DECRETO-LEI 200/1967, ART. 5°, IV
A ENTIDADE DOTADA DE PERSONALIDADE JURÍDICA DE DIREITO PRIVADO, SEM

FINS LUCRATIVOS, criada em virtude de AUTORIZAÇÃO LEGISLATIVA, para o
desenvolvimento de atividades que não exijam execução por órgãos ou entidades de
direito público, com autonomia administrativa, patrimônio próprio gerido pelos
respectivos órgãos de direção, e funcionamento custeado por recursos da União e
de outras fontes.
DEFINIÇÃO DE FUNDAÇÃO PÚBLICA POR MARIA SYLVIA DI PIETRO
FUNDAÇÃO instituída pela PODER PÚBLICO é O PATRIMÔNIO, TOTAL OU

PARCIALMENTE PÚBLICO, DOTADO DE PERSONALIDADE JURÍDICA, de DIREITO
PÚBLICO ou PRIVADO, e destinado, por LEI, ao desempenho de atividades do Estado
na ordem social, com capacidade de autoadministração e mediante controle da
Administração Pública, nos termos da lei.
FUNDAÇÕES PRIVADAS FUNDAÇÕES PÚBLICAS
São instituídas por uma PESSOA

São criadas pelo ESTADO a partir do
PRIVADA a partir do PATRIMÔNIO
PATRIMÔNIO PÚBLICO
PRIVADO
Exemplos: FUNAI (Fundação Nacional

Exemplo: Fundação Ayrton Senna do Índio), IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística)
ELEMENTOS ESSÊNCIAS na FUNDAÇÕES PÚBLICAS e PRIVADAS:
1- A FIGURA DO INSTITUIDOR, que faz a dotação patrimonial, ou seja, separa um

determinado patrimônio para destiná-lo a uma finalidade específica.
2 - O objeto consistente em ATIVIDADES DE INTERESSE SOCIAL
22
3- A AUSÊNCIA DE FINS LUCRATIVOS
5.3.1 – NATUREZA JURÍDICA
FUNDAÇÕES PÚBLICAS
DIREITO PRIVADO DIREITO PÚBLICO
AUTORIZADAS POR LEI ESPECÍFICA CRIADAS POR LEI ESPECÍFICA
Adquirem sua personalidade com a

inscrição da escritura pública de sua Adquirem sua personalidade com a
constituição no Registro Civil de vigência da LEI CRIADORA
Pessoas Jurídicas
Fundamentação Fundamentação
DECRETO-LEI 200/1967 JURISPRUDENCIAL E DOUTRINÁRIO
São consideradas pelo STF, como

São FUNDAÇÕES PÚBLICAS FUNDAÇÕES AUTARQUICAS ou
AUTARQUIAS FUNDACIONAIS
CRIAÇÃO
FUNDAÇÕES PÚBLICAS DE DIREITO FUNDAÇÕES PÚBLICAS DE DIREITO

PRIVADO PÚBLICO
AUTORIZADAS POR LEI ESPECÍFICA CRIADAS POR LEI ESPECÍFICA
ADQUIREM SUA PERSONALIDADE com a

INSCRIÇÃO DA ESCRITURA PÚBLICA DE ADQUIREM SUA PERSONALIDADE com a
SUA CONSTITUIÇÃO NO REGISTRO CIVIL VIGÊNCIA DA LEI CRIADORA
DE PESSOAS JURÍDICAS
23
EXTINÇÃO – PRINCÍPIO DA SIMETRIA

PRIVADO PÚBLICO
A LEI ESPECÍFICA AUTORIZA SUA

EXTINTAS POR LEI ESPECÍFICA
EXTINÇÃO
5.3.3 – ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELAS FUNDAÇÕES PÚBLICAS:

(CARVALHO FILHO)
ASSISTÊNCIA SOCIAL
ASSISTÊNCIA MÉDICA OU HOSPITALAR
EDUCAÇÃO E ENSINO
PESQUISA
ATIVIDADES CULTURAIS
ÁREA DE ATUAÇÃO DAS FUNDAÇÕES PÚBLICAS
XIX, ART 37, CF
“Somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de
empresa pública, de sociedade economia mista e de FUNDAÇÃO, CABENDO À LEI
COMPLEMENTAR, NESTE ÚLTIMO CASO, DEFINIR AS ÁREAS DE SUA ATUAÇÃO.”
A CONSTITUIÇÃO EXIGE LEI COMPLEMENTAR PARA DEFINIR A ÁREA DE ATUAÇÃO

DAS FUNDAÇÕES. Note que não é autorização de criação, mas sim área de atuação.
O legislador constituinte fez isso para que se tratasse, em separado, do que cabe às
fundações realizar, de maneira a se promover um debate específico,
em termos legislativos, do que estas podem e devem fazer.”
(CYONIL BORGES)
24
REGIME JURÍDICO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

PRIVADO PÚBLICO
Regime Jurídico PREDOMINANTEMENTE

de DIREITO PRIVADO, COM Regime Jurídico PREDOMINANTEMENTE
DERROGAÇÕES PARCIAIS, DE NORMAS de DIREITO PÚBLICO
DE DIREITO PÚBLICO
Tem CARÁTER HÍBRIDO, quanto à Gozam das mesmas PRERROGATIVAS e

constituição e ao registro se sujeita às sujeitam-se às mesmas RESTRIÇÕES que,
normas de direito privado e, no restante, em conjunto, COMPÕEM O REGIME
deve obediência às normas de direito JURÍDICO-ADMINISTRATIVO APLICÁVEL
público ÀS AUTARQUIAS
Em regra, praticam ATOS DE DIREITO

As manifestações de vontade de seus
PRIVADO. Entretanto, serão
agentes se exteriorizam, em regra, por
considerados ATOS ADMINISTRATIVOS
ATOS ADMINISTRATIVOS, REGULADOS
os praticados no EXERCÍCIO DE FUNÇÃO
PELAS REGRAS DE DIREITO PÚBLICO
DELEGADA do PODER PÚBLICO
Seus CONTRATOS se caracterizam como Seus CONTRATOS se caracterizam como

CONTRATOS ADMINISTRATIVOS, pela CONTRATOS ADMINISTRATIVOS, pela
incidência da lei 8.666/1993, que impõe incidência da lei 8.666/1993, que impõe
a exigência de LICITAÇÃO PRÉVIA a exigência de LICITAÇÃO PRÉVIA
CUIDADO!!
As PRERROGATIVAS PROCESSUAIS relativas aos prazos especiais para contestar e

recorrer e ao duplo grau obrigatório de jurisdição INCIDEM APENAS SOBRE AS
FUNDAÇÕES DE DIREITO PÚBLICO, mas não sobre as fundações públicas de direito
privado
A PRERROGATIVA DO PAGAMENTO DAS DÍVIDAS DECORRENTES DE CONDENAÇÃO

JUDICIAL POR MEIO DE PRECATÓRIO SOMENTE SE APLICA ÀS FUNDAÇÕES DE
DIREITO PÚBLICO, NÃO ALCANÇANDO AS DE DIREITO PRIVADO (CF, art. 100)
25
A IMUNIDADE TRIBUTÁRIA, que veda à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios instituir impostos sobre o patrimônio, a renda ou os serviços uns dos
outros É EXTENSIVO TANTO ÀS FUNDAÇÕES PÚBLICAS DE DIREITO PRIVADO COMO
ÀS DE DIREITO PÚBLICO (CF, art. 150, §2º)
PATRIMÔNIO

PRIVADO PÚBLICO
São caracterizados como BENS

Em regra, são caracterizados como BENS PÚBLICOS protegidos pelas prerrogativas
PRIVADOS. inerentes aos bens dessa natureza, como
IMPENHORABILIDADE,
IMPRESCRITIBILIDADE E RESTRIÇÕES À
ALIENAÇÃO.
CUIDADO!! OS BENS EMPREGADOS DIRETAMENTE NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS

PÚBLICOS, em decorrência do PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE DOS SERVIÇOS
PÚBLICOS, se sujeitem a regras de DIREITO PÚBLICO, como a
IMPENHORABILIDADE.
26
5.3.5 – PESSOAL
REGIME APLICÁVEL:

PRIVADO PÚBLICO
ESTATUTO
CLT
* SE FOR DA UNIÃO, SERÁ OS SERVIDORES
SERÃO REGIDOS PELA 8112/1990
EMPREGADOS PÚBLICOS SERVIDORES PÚBLICOS
Se aplicam ao pessoal das FUNDAÇÕES PÚBLICAS DE DIREITO PRIVADO E DE

DIREITO PÚBLICO as RESTRIÇÕES CONSTITUCIONAIS, como a VEDAÇÃO À
ACUMULAÇÃO DE CARGOS E EMPREGOS (CF, art. 37, XVII) e a NECESSIDADE DE
PRÉVIA APROVAÇÃO EM CONCURSO PÚBLICO (CF, art. 37, II)
5.3.5 – CONTROLE DO MINISTÉRIO PÚBLICO
FUNDAÇÕES PRIVADAS
SÃO VELADAS PELO MINISTÉRIO PÚBLICO, OU SEJA, O MINISTÉRIO PÚBLICO ATUA

COMO CURADOR DAS FUNDAÇÕES PRIVADAS, PRECISANDO ELAS PRESTAR
SATISFAÇÃO PERMANENTE DE SUAS ATIVIDADES AO MINISTÉRIO PÚBLICO,
INDEPENDENTE DE SUSPEITAS DE IRREGULARIDADES, PARA A PRÁTICA DE
DETERMINADOS ATOS, DEVENDO OBTER AUTORIZAÇÃO PRÉVIA DO MINISTÉRIO
PÚBLICO.
OS MINISTÉRIOS PÚBLICOS ESTADUAIS VELAM PELAS FUNDAÇÕES PRIVADAS EM

GERAL E O MPDFT PELAS FUNDAÇÕES PRIVADAS QUE ESTEJAM SITUADAS NO
DISTRITO FEDERAL(E NOS TERRITÓRIOS, SE UM DIA VIEREM A SER CRIADOS)
27
FUNDAÇÕES PÚBLICAS (DIREITO PÚBLICO OU PRIVADO)
DOUTRINA (DI PIETRO) STF
Nas FUNDAÇÕES ESTADUAIS E

É DESNECESSÁRIA A FISCALIZAÇÃO PELO MUNICIPAIS haverá o controle do
MINISTÉRIO PÚBLICO, uma vez que o MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL
CONTROLE FINALÍSTICO já é feito pela
respectiva administração direta, por Nas FUNDAÇÕES PÚBLICAS DISTRITAIS
intermédio da SUPERVISÃO haverá o controle do MINISTÉRIO
MINISTERIAL PÚBLICO DO DISTRITO FEDERAL E
TERRITÓRIOS (MPDFT)
CUIDADO!!!!
Apesar do MINISTÉRIO PÚBLICO NÃO

FAZER UM CONTROLE FINALÍSTICO DAS
FUNDAÇÕES PÚBLICAS, no exercício de Nas FUNDAÇÕES PÚBLICAS FEDERAIS
suas funções ordinárias, ELE FAZ UM haverá o controle do MINISTÉRIO
CONTROLE DE LEGALIDADE SOBRE AS PÚBLICO FEDERAL, independentemente
ENTIDADES DA ADMINISTRAÇÃO da localização
DIRETA E INDIRETA, logo, quando há
indícios de irregularidade de uma
fundação pública, haverá o controle do
ministério público.
BIZU: QUESTÃO DA CESPE – AGU 2007
De acordo com o STF, cabe ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios

velar pelas fundações públicas e de direito privado em funcionamento no DF, sem
prejuízo da atribuição, ao Ministério Público Federal, da veladura das fundações
federais de direito público que funcionem, ou não, no DF ou nos eventuais
territórios.
GABARITO: CERTO
28
FORO JUDICIAL

PRIVADO PÚBLICO
FUNDAÇÕES PÚBLICAS FEDERAIS

DOUTRINA
JUSTIÇA FEDERAL
(Independente da ESFERA POLÍTICA -
FEDERAL, ESTADUAL OU MUNCIPAL)
SEGUE A REGRA DAS AUTARQUIAS.
INCLUSIVE AQUELES QUE DECORRAM
JUSTIÇA ESTADUAL
DA RELAÇÃO ESTATUÁRIA ENTRE A
FUNDAÇÃO E SEUS SERVIDORES
JURISPRUDÊNCIA
(FUNDAÇÕES PÚBLICAS FEDERAIS) FUNDAÇÕES PÚBLICAS ESTADUAIS E
MUNICIPAIS
JUSTIÇA FEDERAL
JUSTIÇA ESTADUAL
(*STJ CC 37.681/SC E CC 16.397/RJ)
29
5.4 – EMPRESAS PÚBLICAS E SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA
EMPRESAS PÚBLICAS
DOUTRINA (CARVALHO FILHO) DECRETO 200/1967
Empresas públicas são PESSOAS A ENTIDADE dotada de PERSONALIDADE

JURÍDICAS DE DIREITO PRIVADO, JURÍDICA DE DIREITO PRIVADO, com
integrantes da ADMINISTRAÇÃO PATRIMÔNIO PRÓPRIO e CAPITAL
INDIRETA do Estado, criadas por EXCLUSIVO DA UNIÃO, criado por lei
autorização legal, SOB QUALQUER para a exploração de atividade
FORMA JURÍDICA ADEQUADA A SUA econômica que o Governo seja levado a
NATUREZA, para que o Governo exerça exercer por força de contingência ou de
atividades gerais de caráter econômico conveniência administrativa PODENDO
ou, em certas situações, execute a REVESTIR-SE DE QUALQUER DAS
prestação de serviços públicos. FORMAS ADMITIDAS EM DIREITO.
EXEMPLOS:
EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS – ECT , CASA DA MOEDA,

CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO
ECONÔMICO E SOCIAL – BNDES, EMPRESA BRASILEIRA DE INFRAESTRUTURA
AEROPORTUÁRIA – INFRAERO
SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA
DOUTRINA DECRETO 200/1967
Sociedades de economia mista são

PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO
PRIVADO, integrantes da A entidade dotada de PERSONALIDADE
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA do Estado, JURÍDICA DE DIREITO PRIVADO, criada
criadas por autorização legal, sob a por lei para a exploração de atividade
forma de SOCIEDADES ANÔNIMAS, econômica, SOB A FORMA DE
CUJO CONTROLE ACIONÁRIO PERTENÇA SOCIEDADE ANÔNIMA, cujas AÇÕES
AO PODER PÚBLICO, tendo por objetivo, COM DIREITO A VOTO PERTENÇAM EM
como regra, A EXPLORAÇÃO DE SUA MAIORIA À UNIÃO OU A ENTIDADE
ATIVIDADES GERAIS DE CARÁTER DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA
ECONÔMICO e, em algumas ocasiões, a
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS.
EXEMPLOS:
BANCO DO BRASIL , PETROBRAS
30
EMPRESAS PÚBLICAS X SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA

(DI PIETRO)
TRAÇOS COMUNS TRAÇOS DISTINTOS
EMPRESA PÚBLICA
Criação e extinção AUTORIZADAS por LEI
FORMA DE ORGANIZAÇÃO: Qualquer
Personalidade jurídica de DIREITO forma admitida em direito
PRIVADO
COMPOSIÇÃO DO CAPITAL: Capital
Sujeição ao CONTROLE ESTATAL PÚBLICO
DERROGAÇÃO PARCIAL DO REGIME DE

DIREITO PRIVADO POR NORMAS DE
DIREITO PÚBLICO SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA
VINCULAÇÃO aos fins definidos na lei FORMA DE ORGANIZAÇÃO: Sociedade

Instituidora Anônima
Desempenho de ATIVIDADE DE COMPOSIÇÃO DO CAPITAL: Capital

NATUREZA ECONÔMICA e, em algumas PÚBLICO e PRIVADO
ocasiões, a PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
PÚBLICOS
EMPRESAS PÚBLICAS E SOECIEDADE DE ECONOMIA MISTA
Tem sua criação AUTORIZADA EM LEI
Dependem de REGISTRO COMERCIAL (aquisição da personalidade jurídica,

somente ocorre com o registro)
A LEI INSTITUIDORA deve conter os dados fundamentais e indispensáveis, COMO A

FORMA DA FUTURA SOCIEDADE, seu PRAZO DE DURAÇÃO e o MODO DE
COMPOSIÇÃO DE SEU CAPITAL
A EXTINÇÃO das EMPRESAS PÚBLICAS E DAS SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA

requer a EDIÇÃO DE LEI AUTORIZADORA
31
EMPRESA ESTATAL SEM AUTORIZAÇÃO LEGISLATIVA PODE SER CONSIDERADA

UMA EMPRESA PÚBLICA OU SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA?
SE NÃO HOUVE AUTORIZAÇÃO LEGISLATIVA, NÃO EXISTE EMPRESA PÚBLICA OU

SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA, mas apenas uma empresa estatal sob controle
acionário do Estado;
5.4.2 – SUBSIDIÁRIAS
CRIAÇÃO DE SUBSIDIÁRIAS E PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS DAS EMPRESAS

PÚBLICAS E SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA
A CRIAÇÃO DE SUBSIDIÁRIAS DAS EMPRESAS PÚBLICAS E SOCIEDADES DE

ECONOMIA MISTA também necessitam de LEI AUTORIZATIVA
A PARTICIPAÇÃO DAS EMPRESAS PÚBLICAS E SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA

EM EMPRESAS PRIVADAS também necessitam de LEI AUTORIZATIVA
CUIDADO!
SEGUNDO O STF, é suficiente que haja um DISPOSITIVO GENÉRICO AUTORIZANDO

a instituição de SUBSIDIÁRIAS e PARTICIPAÇÕES SOCIETÁRIAS na própria lei “MÃE”
que autorizou a criação da ENTIDADE DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA (SOCIEDADE
DE ECONOMIA MISTA E EMPRESA PÚBLICA).
De acordo com o art. 37, XIX e XX, da CF, é possível, em tese, a criação de
SUBSIDIÁRIAS nas AUTARQUIAS E FUNDAÇÔES PÚBLICAS!
Em regra, são empresas controladas pelas empresas públicas ou sociedades de

economia mista
A SUBSIDIÁRIA NÃO É UM ORGÃO. TEM PERSONALIDADE JURÍDICA DISTINTA DA

PESSOA CONTROLADORA
32
AS SUBSIDIÁRIAS FAZEM PARTE DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA?
PARA A DOUTRINA MAJORITÁRIA, AS SUBSIDIÁRIAS DAS ENTIDADES DA

ADMINISTRAÇÃO INDIRETA NÃO FAZEM PARTE, FORMALMENTE, DA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA, apesar de estarem sujeitas a algumas regras de direito
público, como concurso público e licitação.
E QUAL O ENTENDIMENTO DO CESPE?
Segue uma questão, aplicada em 2008, MTE – CESPE, que trata sobre o tema:
A sociedade de economia mista federal X, que tem por objeto a produção e

comercialização de combustível e derivados do petróleo, tem uma subsidiária
integral que foi criada para lhe fornecer asfalto. Foi firmado convênio entre a citada
estatal e certo estado-membro visando recuperar a malha rodoviária do estado,
tendo sido acertado que a estatal iria fornecer uma certa quantidade de asfalto e o
estado iria pavimentar as estradas com o seu próprio pessoal. Ocorre que, antes de
se iniciar o serviço público de construção e reforma das estradas, o caminhão da
referida sociedade de economia mista, que transportava o asfalto, colidiu com o
carro de Maria, tendo derramado o produto, causando dano ao meio ambiente e a
morte de Maria.
Com relação à situação hipotética acima descrita, julgue os itens subsequentes,

acerca da ordem social, da licitação e da responsabilidade civil do Estado.
A empresa que fabrica asfalto não integra a administração pública indireta.
GABARITO: ERRADO
Meus alunos, de acordo com a banca, se a SUBSDIÁRIA FOI CRIADA PELA

ADMINISTRAÇÃO INDIRETA, ATRAVÉS DE UMA AUTORIZAÇÃO LEGISLATIVA, É
CORRETO AFIRMAR QUE A SUBSIDIÁRIA FAZ PARTE DA ADMINISTRAÇÃO
INDIRETA, sendo considerada, no exemplo acima, como uma SOCIEDADE DE
ECONOMIA MISTA DE SEGUNDO GRAU. Entretanto, se o estado, PASSOU A
CONTROLAR A EMPRESA, A PARTIR DA COMPRA DE AÇÕES, SEM A MENÇÃO DA
AUTORIZAÇÃO LEGISLATIVA, É CORRETA AFIRMAR QUE A SUBSIDIÁRIA NÃO FAZ
PARTE DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA.
33
5.4.3 – ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
As EMPRESAS PÚBLICAS E SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA são instituídas pelo

Poder Público para o desempenho de ATIVIDADES DE NATUREZA ECONÔMICA
ESPÉCIES DE ATIVIDADES DE NATUREZA ECONÔMICA:
INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO ECONÔMICO (CF, ART. 173)
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS (CF, ART. 175)
No caso da INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO ECONÔMICO, a EXPLORAÇÃO DIRETA DE

ATIVIDADE ECONÔMICA PELO ESTADO só será permitida quando necessária aos
IMPERATIVOS DA SEGURANÇA NACIONAL ou a RELEVANTE INTERESSE COLETIVO,
conforme definidos em lei.
Além das opções acima, o Estado também pode atuar DIRETAMENTE NO DOMÍNIO
ECONÔMICO para explorar atividade sujeita a regime constitucional de
MONOPÓLIO
NÃO SÃO TODOS OS SERVIÇOS PÚBLICOS QUE PODERÃO SER EXERCIDOS POR
SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA E EMPRESAS PÚBLICAS, mas somente aqueles
que, mesmo sendo prestados por empresa estatal, poderiam sê-lo pela iniciativa
privada, logo, EXCLUEM-SE AQUELES SERVIÇOS DITOS PRÓPRIOS DE ESTADO, QUE
ENVOLVAM EXERCÍCIO DO PODER DE IMPÉRIO OU DO PODER DE POLÍCIA, como a
segurança pública, a prestação de justiça e a defesa da soberania nacional.
De acordo com MA e VP, AS ATIVIDADES PREVISTAS NO TÍTULO VIII DA

CONSTITUIÇÃO FEDERAL (“DA ORDEM SOCIAL”), ENTRE ELAS OS SERVIÇOS DE
SAÚDE, EDUCAÇÃO E PREVIDÊNCIA SOCIAL, ESTARIAM FORA DO CAMPO DE
ATUAÇÃO DE EMPRESAS PÚBLICAS E SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA, pois não
há possibilidade de serem explorados pelo Estado com o intuito de lucro
34
EMPRESA PÚBLICA E SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA
INTERVENÇÃO NO DOMÍNIO PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS (CF,

ECONÔMICO (CF, ART. 173) ART. 175)
PESSOA JURÍDICA de DIREITO PRIVADO PESSOA JURÍDICA de DIREITO PRIVADO
ATIVIDADE regida
ATIVIDADE regida
PREDOMINANTEMENTE pelo DIREITO
PREDOMINANTEMENTE pelo DIREITO
PRIVADO, com derrogação parcial pelas
PÚBLICO.
normas de direito público
Princípio da CONTINUIDADE DO
Princípio da LIVRE INICIATIVA
SERVIÇO PÚBLICO
BIZU: STF RE 599.628/DF
O STF JÁ DECIDIU QUE AS SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA NÃO PODEM VALER-

SE DO SISTEMA DE PRECATÓRIOS, pois isso afetaria o princípio da livre concorrência
BIZU: IMUNIDADE TRIBUTÁRIA
AS EMPRESAS ESTATAIS EXPLORADORAS DE ATIVIDADE ECONÔMICA PODEM GOZAR DE

PRIVILÉGIOS FISCAIS DESDE QUE ELES SEJAM CONCEDIDOS DE MANEIRA UNIFORME A
ELAS E ÀS EMPRESAS PRIVADAS
AS EMPRESAS ESTATAIS QUE DESEMPENHAM SERVIÇOS PÚBLICOS EM REGIME

DE MONOPÓLIO, OU SEJA, ATIVIDADES QUE NÃO ENCONTRAM PARALELO NO
SETOR PRIVADO, SUBMETEM-SE A UM REGIME DE DIREITO PÚBLICO MAIS
ACENTUADO, EQUIPARANDO-SE À FAZENDA PÚBLICA.
O STF RECONHECEU A IMUNIDADE TRIBUTÁRIA RECÍPROCA EM RELAÇÃO ÀS

EMPRESAS PÚBLICAS PRESTADORAS DE SERVIÇOS PÚBLICOS (ECT E INFRAERO).
ESSA IMUNIDADE NÃO SE APLICA ÀS EMPRESAS ESTATAIS QUE EXPLORAM
ATIVIDADES ECONÔMICAS EM CONCORRÊNCIA COM A INICIATIVA
PRIVADA(PETROBRAS, CAIXA ECONÔMICA, BANCO DO BRASIL)
35
O STF TAMBÉM JÁ ESTENDEU A IMUNIDADE TRIBUTÁRIA A SOCIEDADE DE

ECONOMIA MISTA PRESTADORA DE AÇÕES E SERVIÇOS DE SAÚDE, OU SEJA,
SERVIÇO PÚBLICO NÃO SUJEITO AO REGIME DE MONOPÓLIO
BIZU: STF ADI 1.642/MG
AS SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA E AS EMPRESAS PÚBLICAS QUE EXPLOREM

ATIVIDADE ECONÔMICA EM SENTIDO ESTRITO ESTÃO SUJEITAS, NOS TERMOS DO
DISPOSTO NO § 1º DO ART. 173 DA CONSTITUIÇÃO DO BRASIL, AO REGIME
JURÍDICO PRÓPRIO DAS EMPRESAS PRIVADA O QUAL NÃO SE APLICA ÀS
EMPRESAS ESTATAIS QUE PRESTAM SERVIÇO PÚBLICO
BIZU: TCU
O TCU RECONHECEU NÃO SER OBRIGATÓRIA A LICITAÇÃO PARA OS CONTRATOS

RELACIONADOS A ATIVIDADES-FIM DE EMPRESAS ESTATAIS EXPLORADORAS DE
ATIVIDADE ECONÔMICA. APONTANDO A SUJEIÇÃO DESSAS ENTIDADES AO
MESMO REGIME DAS EMPRESAS PRIVADAS, O TRIBUNAL AFASTOU A
NECESSIDADE DE LICITAÇÃO NAS OPERAÇÕES DE MERCADO PRATICADAS PELA
REFERIDA CATEGORIA DE EMPRESAS ESTATAL. EM SENTIDO OPOSTO A
JURISPRUDÊNCIA DO TCU ENTENDE QUE É OBRIGATÓRIA A OBSERVÂNCIA, PELAS
EMPRESAS PÚBLICAS E SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA EXPLORADORAS DE
ATIVIDADE ECONÔMICA, DAS DISPOSIÇÕES CONTIDAS NA LEI 8.666/93 NAS
CONTRATAÇÕES QUE ENVOLVAM SUA ATIVIDADE-MEIO. COMO SE VÊ, NO QUE
TANGE À CELEBRAÇÃO DE CONTRATOS, PREVALECEM AS NORMAS DE DIREITO
PRIVADO QUANDO SE TRATAR DE ATIVIDADES-FIM; JÁ NAS ATIVIDADES-MEIO, AS
NORMAS DE DIREITO PÚBLICO PREDOMINAM
36
5.4.5 – ESTATUTO
ART. 173, §1, DA CF:
§ 1º A lei estabelecerá o ESTATUTO JURÍDICO da EMPRESA PÚBLICA, DA

SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA E DE SUAS SUBSIDIÁRIAS QUE EXPLOREM
ATIVIDADE ECONÔMICA DE PRODUÇÃO OU COMERCIALIZAÇÃO DE BENS OU DE
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS, dispondo sobre:
I - sua FUNÇÃO SOCIAL E FORMAS DE FISCALIZAÇÃO pelo Estado e pela sociedade;
II - a SUJEIÇÃO AO REGIME JURÍDICO PRÓPRIO DAS EMPRESAS PRIVADAS, inclusive

quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tributários;
III - LICITAÇÃO E CONTRATAÇÃO De obras, serviços, compras e alienações,

observados os princípios da administração pública;
IV - a CONSTITUIÇÃO E O FUNCIONAMENTO DOS CONSELHOS DE ADMINISTRAÇÃO

E FISCAL, com a participação de acionistas minoritários;
V - OS MANDATOS, A AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO E A RESPONSABILIDADE DOS

ADMINISTRADORES
LEI 13.303/2016
DISPÕE SOBRE O ESTATUTO JURÍDICO DA EMPRESA PÚBLICA, DA SOCIEDADE DE

ECONOMIA MISTA E DE SUAS SUBSIDIÁRIAS, ABRANGENDO TODA E QUALQUER
EMPRESA PÚBLICA E SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA DA UNIÃO, DOS ESTADOS,
DO DISTRITO FEDERAL E DOS MUNICÍPIOS QUE EXPLORE ATIVIDADE ECONÔMICA
DE PRODUÇÃO OU COMERCIALIZAÇÃO DE BENS OU DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS,
AINDA QUE A ATIVIDADE ECONÔMICA ESTEJA SUJEITA AO REGIME DE
MONOPÓLIO DA UNIÃO OU SEJA DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS
O ESTATUTO APLICA-SE TANTO ÀS EXPLORADORAS DE

ATIVIDADE ECONÔMICA COMO ÀS PRESTADORAS DE SERVIÇOS PÚBLICOS.
37
EM REGRA, OS BENS DAS EMPRESAS PÚBLICAS E SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA

são BENS PRIVADOS.
CUIDADO!!! O REGIME JURÍDICO DE BENS DAS EMPRESAS PÚBLICAS E SOCIEDADE

DE ECONOMIA MISTA QUE SÃO PRESTADORAS DE SERVIÇOS PÚBLICOS, SERÁ
DIFERENCIADO, ou seja, os BENS AFETADOS DIRETAMENTE À PRESTAÇÃO DOS
SERVIÇOS, embora de natureza privada, contam com a PROTEÇÃO PRÓPRIA DOS
BENS PÚBLICOS (IMPENHORABILIDADE, IMPRESCRITIBILIDADE , ETC)
STF: A EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS, EMPRESA PÚBLICA QUE

NÃO EXERCE ATIVIDADE ECONÔMICA EM SENTIDO ESTRITO, E SIM PRESTA
SERVIÇO PÚBLICO DA COMPETÊNCIA DA UNIÃO, CONTA COM O PRIVILÉGIO DA
IMPENHORABILIDADE DE SEUS BENS. QUANTO AOS BENS QUE NÃO ESTEJAM
DIRETAMENTE A SERVIÇO DO OBJETIVO PÚBLICO DA ENTIDADE, SÃO SUBMETIDOS
AO REGIME JURÍDICO DOS BENS PRIVADOS
5.4.6 – PESSOAL
O PESSOAL DAS EMPRESAS PÚBLICAS E DAS SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA se

submete ao REGIME TRABALHISTA COMUM, isto é, de EMPREGO PÚBLICO OU
CELETISTA
O VÍNCULO ENTRE OS EMPREGADOS E A ENTIDADES tem natureza CONTRATUAL e

é regulamentado na CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO (CLT)
O INGRESSO NESSAS ENTIDADES deve ser PRECEDIDO de CONCURSO PÚBLICO
OS DIRIGENTES DAS EMPRESAS PÚBLICAS E SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA,

OU SEJA, O PRESIDENTE, DIRETORES E MEMBROS DOS CONSELHOS DE
ADMINISTRAÇÃO E FISCAL, QUANDO NÃO SÃO ORIUNDOS DO QUADRO DE
PESSOAL DA EMPRESA PÚBLICA OU DA SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA, NÃO
PODEM SER CLASSIFICADOS COMO EMPREGADOS PÚBLICOS CELETISTAS, NÃO SE
APLICAM AS REGRAS DA CLT. OS DIRIGENTES DESSAS EMPRESAS ESTATAIS SÃO
VISTOS COMO EMPRESÁRIOS, RESPONDENDO PELAS OBRIGAÇÕES COM BASE EM
CONTRATOS ESPECÍFICOS DECORRENTES DE TAL SITUAÇÃO JURÍDICA.
STF: NÃO CABE AO PODER LEGISLATIVO APROVAR PREVIAMENTE O NOME DE TAIS

DIRIGENTES COMO CONDIÇÃO PARA QUE O CHEFE DO PODER EXECUTIVO POSSA
NOMEÁ-LOS
38
O LEGISLATIVO PODE APROVAR A NOMEAÇÃO DE DIRIGENTES DE AUTARQUIAS E

FUNDAÇÕES, MAS NÃO DE EMPRESAS PÚBLICAS E SOCIEDADES DE ECONOMIA
MISTA.
BIZU: SÚMULA 333 DO STJ

CABE MANDADO DE SEGURANÇA CONTRA ATO PRATICADO EM LICITAÇÃO
PROMOVIDA POR SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA OU EMPRESA PÚBLICA
CUIDADO!!!
ATOS DOS DIRIGENTES, QUANDO PRATICADOS NA QUALIDADE DE AUTORIDADE

PÚBLICA -> CABE MS
ATOS DOS DIRIGENTES, QUANDO PRATICADOS NA MERA FUNÇÃO DE GESTÃO

ECONÔMICA -> NÃO CABE MS
5.4.7 – FALÊNCIA E EXECUÇÃO
EMPRESAS PÚBLICAS E SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA
NÃO SE SUJEITAM AO PROCESSO FALIMENTAR APLICÁVEL ÀS SOCIEDADES

EMPRESÁRIAS DO SETOR PRIVADO EM GERAL, INDEPENDENTEMENTE DA
ATIVIDADE QUE DESEMPENHAM (SERVIÇOS PÚBLICOS OU ATIVIDADES
ECONÔMICAS EMPRESARIAIS)
5.4.8 – FORMA JURÍDICA
EMPRESAS PÚBLICAS SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA
Podem REVESTIR-SE DE QUALQUER DAS

SOCIEDADES ANÔNIMAS, seu capital é
FORMAS ADMITIDAS EM DIREITO, inclusive
na forma de sociedade anônimas dividido em ações
39
5.4.9 – COMPOSIÇÃO DE CAPITAL
EMPRESAS PÚBLICAS SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA
Constituída por CAPITAL PÚBLICO

(UNIÃO, ESTADOS, DF, MUNICÍPIOS OU
CAPITAL PÚBLICO
DE OUTRAS ENTIDADES
ADMINISTRATIVAS) E CAPITAL PRIVADO
O CAPITAL É FORMADO
EXCLUSIVAMENTE POR RECURSOS
PÚBLICOS, não sendo admitida a
participação direta de recursos de O PODER PÚBLICO deve ser o detentor
particulares da MAIORIA DO CAPITAL VOTANTE DA
ENTIDADE(AÇÕES COM DIREITO A
O capital da empresa pública seja VOTO), o que lhe garante poder de
integralizado por entes federativos e Decisão sobre os destinos da companhia
entidades administrativas diversas, ainda
que possuam personalidade jurídica de
direito privado
EMPRESAS PÚBLICAS
UNIPESSOAL PLURIPESSOAL
Quando ocorrer a participação de

100% do capital pertence à pessoa
outras pessoas políticas ou
instituidora
administrativas
40
EMPRESA PÚBLICA FEDERAL JUSTIÇA FEDERAL
REGRA: JUSTIÇA ESTADUAL
SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA EXCEÇÃO: se a União atuar

FEDERAL processualmente como assistente ou
oponente, ocasião em que o foro é
deslocado para a JUSTIÇA FEDERAL
EMPRESA PÚBLICA E SOCIEDADE DE

ECONOMIA MISTA ESTDUAL E JUSTIÇA ESTADUAL
MUNICIAL
EMPRESA PÚBLICA E SOCIEDADE DE

ECONOMIA MISTA – RELAÇÃO
JUSTIÇA DO TRABALHO
TRABALHISTA ENVOLVENDO
EMPREGADOS
41

Roteiro Aula08 Dir Adm Rodrigonunes

Transféré par

Informations du document

Copyright

Formats disponibles

Partager ce document

Partager ou intégrer le document

Options de partage

Avez-vous trouvé ce document utile ?

Ce contenu est-il inapproprié ?

Droits d'auteur :

Formats disponibles

Roteiro Aula08 Dir Adm Rodrigonunes

Transféré par

Droits d'auteur :

Formats disponibles

Direito Administrativo – Roteiro de Aula – 08– Professor Rodrigo Nunes

4.1.2 – CRIAÇÃO E EXTINÇÃO DOS ORGÃOS PÚBLICOS

CRIAÇÃO E EXTINÇÃO DE ORGÃOS ORGANIZAÇÃO E

Precisa de LEI EM SENTIDO

DECRETO AUTÔNOMO, desde que

Lei iniciativa privativa

Poder legislativo LEI / Resolução -

4.1.3 – CAPACIDADE PROCESSUAL DOS ORGÃOS

NÃO TEM CAPACIDADE PROCESSUAL , POR SEREM

ALGUNS ORGÃOS POSSUEM PERSONALIDADE

A capacidade processual dos órgãos, nesta situação,

Em regra, os órgãos, por não terem personalidade

O STJ NÃO reconheceu a capacidade processual de

De todo modo, a jurisprudência já admitiu

capacidade do órgão para impetrar mandado de

O Código de Defesa do Consumidor permite que as

PERSONALIDADE JURÍDICA PERSONALIDADE JUDICIÁRIA

“Trata-se do atributo reconhecido

Bizu: ORGÃOS X ENTIDADES

Nem todos gozam de autonomia Tem autonomia administrativa

4.1.4 – CLASSIFICAÇÃO DOS ORGÃOS

4.1.4.1 – ORGÃOS SIMPLES OU UNITÁRIOS

São constituídos por 1 só CENTRO DE COMPETÊNCIA

NÃO são SUBDIVIDIDOS em sua estrutura interna, ou seja, NÃO há

Podem ser compostos de mais de um agente

4.1.4.2 – ORGÃOS COMPOSTOS

Reúnem, em sua estrutura, DIVERSOS ÓRGÃOS, como resultado da

Esses órgãos, que surgem da desconcentração administrativa, estão

Exemplo: O Ministério da Fazenda é integrado por vários órgãos,

4.1.4.3 – ORGÃOS SINGULARES OU UNIPESSOAIS

São os órgãos em que a ATUAÇÃO ou as DECISÕES são ATRIBUIÇÃO

DE UM ÚNICO AGENTE, seu CHEFE ou REPRESENTANTE

Podem ser compostos de diversos agentes, MAS as DECISÕES são

Exemplo: Presidência da República

4.1.4.4 – ORGÃOS COLEGIADOS OU PLURIPESSOAIS

São caracterizados por atuarem e decidirem mediante

OBRIGATÓRIA manifestação CONJUNTA de seus MEMBROS (VP E

4.1.4.5 – ORGÃOS INDEPENDENTES

São os DIRETAMENTE previstos no TEXTO CONSTITUCIONAL,

NÃO são SUBORDINADOS HIERARQUICAMENTE a nenhum outro

As atribuições destes órgãos são exercidas por AGENTES POLÍTICOS

4.1.4.6 – ORGÃOS AUTÔNOMOS

São os órgãos que se situam na cúpula da administração,

Possuem ampla AUTONOMIA ADMINISTRATIVA, FINANCEIRA e

NÃO possuem INDEPENDÊNCIA

Caracterizam-se como ORGÃOS DIRETIVOS

Exemplo: Ministérios, as Secretarias do Estado, Advocacia-Geral da

4.1.4.7 – ORGÃOS SUPERIORES

São órgãos que possuem atribuições de DIREÇÃO, CONTROLE E

DECISÃO, mas que SEMPRE estão sujeitos ao controle hierárquico

NÃO tem AUTONOMIA ADMINISTRATIVA e FINANCEIRA

Exemplo: Procuradoria, Coordenadorias, Gabinetes

4.1.4.8 – ORGÃOS SUBALTERNOS

São todos os órgãos que exercem atribuições de MERA EXECUÇÃO,

sempre SUBORDINADOS a vários NÍVEIS HIERÁRQUICOS

Tem REDUZIDO PODER DECISÓRIO

Exemplo: Seções de expediente, de pessoal de material, de portaria

4.1.4.9 – ORGÃOS BUROCRÁTICOS

São os órgãos que estão a cargo de uma só pessoa física ou de várias

4.1.4.9 – ORGÃOS ATIVOS, CONSULTIVOS OU DE CONTROLE

São órgãos que possuem a função de uma administração ativa, de

uma atividade consultiva ou de controle sobre outros órgãos.

Exemplo: O Ministério da Saúde(seria um órgão de administração

É o conjunto de pessoas jurídicas(desprovidas de autonomia política)