RELATÓRIO DE ATIVIDADES

Rio Grande – agosto/2010

OGMO/RG - Relatório de Atividades

1. PROJETO ORGANIZACIONAL - O ano de 2009 foi marcado pelo

enxugamento da estrutura administrativa do OGMO Rio Grande, com o
objetivo de continuar promovendo o atendimento adaptado ao impacto da
crise internacional na movimentação portuária. As principais reduções
ocorreram nos setores de Requisição/Escalação, Fiscalização e Segurança do
Trabalho. No decorrer de 2010, também estará consolidada a reestruturação
na área financeiro-contábil.

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2. PROCESSOS EM MOVIMENTO - A atual estrutura do OGMO Rio Grande

foi sendo adaptada às condições estabelecidas pela Lei de Modernização
Portuária. No início com alguns poucos recursos. Nestes 15 anos,
completados em 29/11/2009, contudo, vários investimentos possibilitaram
melhorias nos diversos processos que configuram a gestão da mão-de-obra
avulsa do porto de Rio Grande, tais como esquematizados abaixo:

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3. REQUISIÇÃO DE MÃO-DE-OBRA - A requisição de serviços é o

início das atividades do OGMO. Com a informatização, permite que 100% das
solicitações feitas cheguem dentro do tempo estabelecido nas Convenções
e/ou Acordos de Trabalho, com dados mais próximos da realidade
operacional. Um pessoal treinado está 24h à disposição, auxiliando para que
o processo não sofra qualquer tipo de interrupção.

4. ESCALAÇÃO DE MÃO-DE-OBRA - A escalação eletrônica dos TPAs

está sendo realizada efetivamente pelo OGMO, há mais de três anos. Hoje,
existem oito pontos de escalação localizados no Sindestiva, Sindarrumadores,
Sindportuários, Sindconferentes, Sindvigias e três salas nas instalações do
OGMO, que realizam este serviço em três horários diários, sete dias por
semana.
As faltas de trabalhadores ao serviço ainda ocorrem, devido às suas
condições de avulsos. Como pode ser observado, houve uma melhora, em
2009, com regras de escalação mais rigorosas. Porém durante o primeiro
semestre de 2010, aumentou o não atendimento da demanda operacional.
Levantamentos efetuados demonstram que o não atendimento da demanda
de serviço não ocorre por insuficiência no número de TPAs, mas, sim, pela
recusa dos mesmos a determinadas fainas.
É possível afirmar que tanto o número de cadastrados hoje existente como
a multifuncionalidade ajudariam a resolver os problemas pontuais, já que
existe sobra nos atuais quadros, na grande maioria das atividades
profissionais.
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5. FISCALIZAÇÃO DO OGMO - A fiscalização dos serviços ocorre para

averiguação de algum problema ou situação operacional divergente dos
regramentos legais existentes. O indicador abaixo demonstra o total de
atendimentos mensais realizados, a partir da nova equipe fixada em abril de
2009, além do tempo médio gasto por atendimento.

6. SEGURANÇA DO TRABALHO - As ações de controle e conscientização

junto ao trabalhador portuário avulso, desde o início da atuação do SESSTP,
contribuíram para a diminuição no número de acidentes do trabalho no porto.
Houve uma média mensal de 34 acidentes nos últimos nove anos. No
entanto, a redução mensal no número de acidentes de trabalho, em
comparação ao início do funcionamento do setor, foi de 41%. Os maiores
geradores de acidentes ainda são os atos inseguros dos trabalhadores.

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No comparativo mensal do gráfico abaixo, é possível constatar picos no

número de acidentes, durante 2009 e também no primeiro semestre de 2010,
que podem estar refletindo a diminuição do serviço. Com pouca atividade,
alguns trabalhadores procuram o respaldo do seguro. E o fato de 77% dos
acidentes no período terem sido motivados por atos inseguros e desatenção
dos TPA's, de acordo com a investigação realizada pelo SESSTP, acaba
colaborando para esta interpretação.

7. DISTRIBUIÇÃO DE EPIS - No almoxarifado de EPI, a ordem é

racionalidade com economia, sem nenhum prejuízo à segurança do trabalho.
Para as projeções orçamentárias anuais, são feitos cálculos com base na
quantidade de escalas realizadas, conforme determinam as Convenções de
Trabalho. Mas, com um controle rigoroso e a análise criteriosa da
necessidade, tem se obtido economia nas aquisições dos materiais.

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8. SAÚDE OCUPACIONAL - A medicina ocupacional tem ocupado papel

relevante no cenário de atuação do OGMO/RG. Anualmente são realizados os
exames periódicos em todas as atividades profissionais, com pleno
atendimento dos trabalhadores ao agendamento divulgado.

9. ÁREA DE TREINAMENTO - A capacitação dos trabalhadores portuários

avulsos tomou um novo rumo nos últimos três anos. Com a priorização das
avaliações das funções executadas em 2007, foi possível partir para um
aprimoramento da mão-de-obra mais focado nas necessidades operacionais.
Com a demora da assinatura do convênio do Prepom, o primeiro semestre
acaba sendo de pouca atividade na área. Está sendo estudada, juntamente
com o SINDOP e alguns operadores, a contratação de empresa especializada
na área portuária, para uma análise e diagnóstico das necessidades de
atualização e melhora na capacitação dos trabalhadores.

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10. BALANÇO SOCIAL - Na área do Serviço Social, com o Projeto de

Prevenção ao Uso de Drogas no Trabalho e na Família, aumentou o número
dos atendimentos de trabalhadores. Durante 2009, foram encaminhados 12
trabalhadores para tratamento em comunidades terapêuticas, com um

aumento significativo no primeiro semestre de 2010, quando foram

encaminhados 16 trabalhadores.
Além disso, também existe um trabalho voltado às mulheres dos portuários
avulsos, realizado mensalmente, buscando a melhoria das relações sociais no
trabalho e na família.
Nos contatos realizados com foco na dependência química, busca-se:
¾ Sensibilização da pessoa quanto à necessidade de tratamento;
¾ Reflexão sobre as alternativas de tratamento;
¾ Articulação de local para tratamento (comunidades terapêuticas e centro
de atendimento psicossocial);
¾ Acompanhamento ao tratamento;
¾ Orientação no retorno ao trabalho
Nota-se que 90% da procura de ajuda no Serviço Social do OGMO está
relacionada ao uso crack. Em relação às outras drogas, os trabalhadores
consideram que têm domínio do vício, mas quando passam a utilizar o crack,
eles efetivamente procuram ajuda para tratamento.

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11. CONTABILIDADE - Os processos contábeis do OGMO/RG, desde 2003,

são auditados por empresa independente que possibilita a confiança dos
dados registrados. No atual momento, o setor está passando por uma
remodelação que permitirá tornar os respectivos procedimentos mais rápidos
e econômicos. Em 2008, foram registrados 623.366 lançamentos contábeis,
com uma pequena redução, em torno de 606.774 lançamentos em 2009. O
novo sistema permitirá uma diminuição em torno de 30%, a partir de 2010.
A reestruturação dos procedimentos levará a uma economia nas práticas
diárias do setor, conforme previsto no gráfico abaixo, sendo que esta
economia já vem sendo efetivada em contas a receber e em contas a pagar.
Destaca-se ainda que a redução de contas a pagar será maior devido à
mudança nos pagamentos às pensionistas dos TPAs para modo eletrônico.
Todos os controles e conciliações necessários serão feitos via sistema,
evitando retrabalhos. E o mais importante, o novo sistema possibilitará
controle full time por meio online.

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12. TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO - Na área de informática, várias

melhorias foram realizadas com foco na agilidade e segurança dos processos
realizados. No gráfico comparativo abaixo, é possível visualizar as
modificações realizadas.

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13. PAGAMENTO DOS AVULSOS - A quantidade de folhas de pagamentos

processadas diariamente pelo OGMO/RG exige uma série de controles que
permitam o cálculo inequívoco e o pagamento ao trabalhador nos tempos
estabelecidos nas Convenções e Acordos de Trabalho.
Nos últimos anos, embora tenha havido um aumento no número de
escalas, houve com a modernização do processo, a possibilidade de eficiência
na produção das folhas geradas, promovendo uma redução no custo de sua
efetivação. Além disso, as informações geradas são compiladas em relatórios
de prestação de contas encaminhados a todos os requisitantes.

14. AÇÕES JUDICIAIS - No que se refere à área jurídica, o número de ações

na Justiça do Trabalho vem aumentando nos últimos anos. Até junho, já
havia um total de 933 processos. Em referência aos processos já encerrados,
abaixo podemos demonstrar a seguinte estatística:

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A partir do desenrolar dos processos, o número de depósitos recursais tem

aumentado significativamente ano a ano, conforme demonstra o gráfico
abaixo.
Até o momento, dos valores retidos, retornaram ao OGMO apenas
R$83.639,10, pelo ganho de algumas causas.

15. COMISSÃO PARTÁRIA - As novas vigências das Convenções e/ou

Acordos Coletivos de Trabalho trouxeram as reativações das Comissões
Paritárias, pela possibilidade de classificação das penalidades nos
documentos. Em comparação a 2009, no primeiro semestre de 2010, os
indicadores melhoraram, sendo que 80% das notificações de capatazia foram
julgadas, com incremento também, no julgamento das notificações de estiva,
que subiu para 78%. As notificações não julgadas devem-se à falta de
recursos por parte dos TPAs.

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