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SINOP
2012
1
SINOP
2012
2
__________________________________________
Prof. Dr. Flavio Alessandro Crispim
Orientador
UNEMAT – Campus Universitário de Sinop
_____________________________________________
Prof. Dr. Rogério Dias Dalla Riva
Avaliador
UNEMAT – Campus Universitário de Sinop
_____________________________________________
Profª. Aline Cristina Souza dos Santos
Avaliador
UNEMAT – Campus Universitário de Sinop
3
Eu, Thiago Pereira Pinto, atesto para os devidos fins que os dados e informações
constantes neste trabalho, intitulado: AVALIAÇÃO DO USO DO PENETRÔMETRO
DINÂMICO LEVE NA REGIÃO NORTE MATO-GROSSENSE, são verídicos
segundo as fontes utilizadas e originais segundo a abordagem e tratamento dado
aos mesmos por mim, e que a obra em suas partes constituintes e no seu todo são
de minha autoria. Assim, eximo de qualquer responsabilidade o professor orientador
e os demais participantes da banca de defesa de autoria e da veracidade dos dados
e informações apresentadas que possam existir neste trabalho.
AGRADECIMENTOS
“Enivrez-vous.
De vin, de poésie ou de vertu, à votre guise. Mais enivrez-vous”.
Baudelaire
6
RESUMO
ABSTRACT
PINTO, Thiago Pereira. Evaluation of the Dynamic Probing Light in the northern
Mato Grosso. Sinop, 2012. 88 p. Course Conclusion Work (Civil Engineering
Graduation). Universidade do Estado de Mato Grosso, Sinop Campus. Sinop, 2012.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Fatores empíricos para o tipo de solo ......... Erro! Indicador não definido.
Tabela 2 - Fatores empíricos para o tipo de estaca ..... Erro! Indicador não definido.
Tabela 3 - Características do aparelho construído .................................................... 48
10
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 14
1.1 OBJETIVOS ..................................................................................................... 14
1.1.1 Objetivo Geral ........................................................................................... 14
1.1.2 Objetivos Específicos .............................................................................. 14
1.2 ESCOPO .......................................................................................................... 15
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .................................................................................. 17
2.1 SOLOS ............................................................................................................. 17
2.1.1 Formação .................................................................................................. 17
2.1.2 Solos Arenosos ........................................................................................ 18
2.1.3 Solos Finos (Argilas e Siltes) .................................................................. 19
2.2 FUNDAÇÕES ................................................................................................... 19
2.2.1 Fundações Superficiais ........................................................................... 20
2.2.2 Fundações Profundas .............................................................................. 20
2.3 ENSAIOS GEOTÉCNICOS DE CAMPO PARA PROJETO DE FUNDAÇÕES 21
2.3.1 Ensaio de Prova de Carga sobre placa .................................................. 22
2.3.2 Ensaio de Percussão Padrão (SPT) e ensaio de Percussão com
medida de Torque (SPT-T) ...................................................................................... 23
2.3.3 Ensaio de Cone (CPT) e de Piezocone (CPTU) ...................................... 26
2.3.4 Ensaio de Palheta in situ ......................................................................... 29
2.3.5 Ensaio Pressiométrico ............................................................................. 31
2.3.6 Ensaio Dilatométrico ................................................................................ 33
2.3.7 Ensaios de Penetrômetros Dinâmicos (DP´s) ........................................ 34
2.3.7.1 Penetrômetro Dinâmico Leve (DPL) .................................................. 42
3 MATERIAIS E MÉTODOS ..................................................................................... 46
3.1 MATERIAIS ...................................................................................................... 46
3.1.1 Construção do Aparelho .......................................................................... 46
3.1.2 Solo Norte Mato-grossense ..................................................................... 49
3.1.3 Critérios de Escolha dos Locais Analisados ......................................... 50
3.2 MÉTODOS ....................................................................................................... 52
4 ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS .................................................... 54
4.1 DADOS DO APARELHO .................................................................................. 54
4.2 RESULTADOS DOS ENSAIOS ....................................................................... 55
13
5 CONCLUSÕES ...................................................................................................... 65
6 SUGESTÕES PARA PESQUISAS FUTURAS ...................................................... 66
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 67
APÊNDICE A – Resumo dos ensaios de DPL realizados ..................................... 72
ANEXO A – Relatório de campo para ensaio de DP ............................................. 73
ANEXO B – Relatórios de SPT do Local 02 ........................................................... 74
ANEXO C – Relatórios de SPT do Local 05.........................................................78
14
1 INTRODUÇÃO
1.1 OBJETIVOS
1.2 ESCOPO
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
2.1 SOLOS
2.1.1 Formação
2.2 FUNDAÇÕES
• Fundações Superficiais;
• Fundações Profundas.
20
• Bloco;
• Sapata;
• Viga de fundação;
• Grelha;
• Sapata associada;
• Radier.
Além disso, tais elementos devem estar apoiados em uma cota de profundidade
superior ao dobro de sua menor dimensão em planta e mínima de 3 metros.
Velloso e Lopes (1998) organizam as fundações profundas de acordo com
três tipos:
• Estaca;
• Tubulão;
• Caixão.
100 @ )* (1)
%& =
/0
Sendo:
% = razão de atrito;
)< = Resistência de atrito local;
/; = resistência de ponta ou cone.
Figura 8 - Cone
0,86. T (2)
'( =
F. ³
Sendo:
'( = resistência não drenada de argilas;
T = torque medido na rotação;
D = diâmetro da palheta.
31
Esta fórmula tem validade para condições usuais de não drenagem, solo
isotrópico, altura (H) da palheta sendo o dobro do diâmetro (D), e '( constante no
entorno da palheta.
Segundo Pinto (1992 apud SCHNAID, 2000), a resistência não drenada de
argilas é o único parâmetro necessário a projetos de aterros sobre argilas moles.
Ainda, de acordo com Collet (1976), a grande vantagem de utilização do ensaio na
análise de estabilidade de aterros sobre solos moles é seu aspecto econômico, pelo
menor custo em relação às outras opções para obtenção da ': , sua rapidez e a
redução da perturbação da amostra.
(a) Aparelhagem completa (b) Sonda autoperfurante tipo LCPC e (c) Sonda autoperfurante, tipo
Camkometer
Fonte: Velloso e Lopes (2004).
pinhão, correntes, macacos hidráulicos, tendo alguma massa como reação para o
ensaio.
Os primeiros relatos da utilização dos penetrômetros surgem na Holanda,
entre os anos de 1932 a 1937, quando Barentsen patenteia a invenção de um
sistema (apresentado na Figura 12) de revestimento – haste – cone com a
denominação de penetrômetro manual (AOKI, 1973 apud TSUHA, 2003).
Ainda segundo Aoki (1973 apud TSUHA 2003), o aparelho de Barentsen
consiste em um cone de aço, com área de base de 10 cm², com ângulo de vértice de
60º, fixado a uma haste de aço por meio do qual o cone é introduzido no solo, e um
tubo de revestimento que protege a haste de aço, evitando o contato direto com o
solo e eliminando o atrito entre os mesmos. O aparelho é posicionado no solo e o
cone é cravado a profundidade de ensaio, por um ou dois homens, através de um
dispositivo de prensagem de quatro braços fixado ao tubo de revestimento. Após a
cravação da ponteira e o conjunto haste-tubo de revestimento, este é prolongado
através do acoplamento de novas peças de 1,0 m. por meio de roscas e repete-se o
procedimento, até a cota desejada de ensaio.
36
= M @ N @ ℎ (3.1)
Sendo:
= energia teoricamente transmitida ao cone;
M = massa do martelo, em kg;
M = aceleração da gravidade, em m/s²;
ℎ = altura de queda do martelo, em m.
Ou:
(4.1)
1 =
@ T
Ou
(4.2)
1 =
@ T
Sendo:
1 = valores de resistência de trabalho para penetração no terreno;
41
M
/ = Y \1 (5)
M + M[
Sendo:
/ = valores de resistência de ponta para o penetrômetro, (0,10/ para o
DPL, DPM e DPH e 0,10/ ou 0,20/" para o DPSH);
= número de golpes necessário para a penetração de 100 mm.;
" = número de golpes necessário para a penetração de 200 mm.;
M = massa do martelo, em kg;
M’ = massa total das hastes de prolongação, da cabeça de impacto e das
barras guias até a cota considerada, em kg.
Sendo:
2 = coeficiente de rigidez;
2" = expoente de rigidez;
Para areias com coeficiente de uniformidade <3, 2" =0,5;
Para argilas com baixa plasticidade ( <10, 2! ≤35), 2" =0,6;
5′7 = tensão vertical efetiva na base da fundação ou a uma profundidade
abaixo dela devido a sobrecarga do solo;
∆5′7 = tensão vertical efetiva causada pela estrutura na base da fundação ou
a uma profundidade abaixo dela devido a sobrecarga do solo;
-. = pressão atmosférica;
42
= índice de plasticidade;
2! = limite de liquidez.
Os valores de 2 podem ser derivados do DP usando as equações 7, 8, 9 ou
10, a depender do tipo de solo.
A partir do DPL, para areias mal-graduadas acima do nível d’água, tem-se:
Brasil. Ávila, Conciani e Cunha (2006) comparam dois equipamentos DPL utilizados
no país. Souza, Santos e Conciani (s. d.) comparam os resultados de aparelhos DPL
construídos com diferentes tubos ocos e Nilsson (2004a) faz comparações entre o
DPL e o SPT.
Já na análise de solos alguns trabalhos que podem ser citados são os de
Canto et al (2008a) e Canto et al (2008b) que avaliam resultados de DPL em solos
do Paraná, os de Ávila e Conciani (2005) que relatam o uso de cones no Mato
Grosso, o de Miguel et al (2005) que fazem a análise de solos de Londrina-PR com
a utilização do DPL com outros métodos de ensaio e os de Mota (2003) que estuda
argilas em Brasília-DF utilizando o DPL em conjunto com outros ensaios.
Para correlações e obtenções de parâmetros dos solos, podem ser vistos os
trabalhos de Nilson (2008) e Alves Filho (2010). Pinto e Conciani (s.d.) estudam o
melhoramento de um solo siltoso a partir de dados obtidos com o DPL.
Para projetos geotécnicos Ribeiro Junior, Sarto e Conciani (2007) e Sanchez
et al (2010) usam o DPL para o projeto de fundações. Nilson e Cunha (2004) trazem
métodos para projeto de estacas em solos brasileiros a partir do DPL. Nilsson (2011)
relata aplicações do DPL em projetos rodoviários. O Departamento de Estradas de
Rodagem de Minas Gerais - DER-MG (2011), inclui o DPL como possível aparelho a
ser utilizado no estudo de fundações de aterros.
O dimensionamento de fundações rasas através do DPL pode ser feito
utilizando o método apresentado por Huarte (s.d. apud Nilsson 2008), através da
Equação 11.
/
5. = (11)
20
Sendo:
5. = tensão admissível do solo;
/ = resistência de ponta do cone.
m
k/& @ + l ). U* n (12)
j =
o'
Sendo:
j = Capacidade de carga admissível para a estaca (kN);
/& = Tensão admissível de ponta para a estaca (m²);
) = Tensão admissível por atrito lateral para a estaca (m²);
o' = Fator de segurança, geralmente ≥ 2 no Brasil;
= Área de ponta da estaca (m²);
U* = Área lateral de estaca, por segmento Up(m²)
Sendo:
/ = Resistência de ponta do DPL (kPa);
3 = Fator empírico dado pela Tabela 1;
3" = Fator empírico dado pela Tabela 2.
) = 4 @ 4" @ )* (14)
Sendo:
)* = Resistência lateral do DPL via torque (kPa);
4 = Fator empírico dado pela Tabela 1;
4" = Fator empírico dado pela Tabela 2.
45
Uma vantagem do DPL apresentada por Alves Filho (2010) consiste na sua
praticidade, baixo custo operacional e de equipamento. Para a execução da
sondagem é necessário apenas um sondador auxiliado por um operário e, dada às
dimensões reduzidas, o equipamento pode ser facilmente transportável em um
porta-malas de um carro pequeno. Nilsson (2009) traz a utilização do aparelho DPL
em taludes inclinados, ressaltando sua portabilidade e facilidade de utilização
mesmo em regiões de difícil acesso.
Nilsson (2004a) recomenda a utilização do DPL em solos de baixa
resistência, com < 4, ressaltando uma boa resolução e rápido avanço nestes
casos. A escolha entre o SPT e DPL depende das situações em que cada um é mais
efetivo, ou ainda um uso conjunto entre os dois. O autor recomenda, de modo geral,
que o DPL seja utilizado em solos com < 4, argilas porosas e solos finos, quando
é necessária a medida do atrito lateral, quando há necessidade da realização de
grande quantidade de furos e ainda quando as condições de acesso ao local são
dificultadas.
Segundo Rodrigues e Albuquerque (2011) o DPL tem grande vantagem na
utilização para projeto de fundações em obras de menor porte, onde os valores de
investigação correspondem a um valor alto no orçamento, podendo inviabilizar a
execução do projeto. O equipamento tem baixo custo e dimensões reduzidas, utiliza
poucos operadores, apresentando boa produtividade e custos inferiores ao SPT.
Corrêa (s.d.) cita o baixo alcance (12 m) e a resistência do cone (10 MPa com o
cone de 10 cm²) como algumas limitações para sondagens com o DPL.
46
3 MATERIAIS E MÉTODOS
3.1 MATERIAIS
O aparelho utilizado nesta pesquisa (Figura 15) foi construído pelo autor em
conjunto com o Departamento de Engenharia Civil da Universidade do Estado de
Mato Grosso - UNEMAT, utilizando barras maciças de aço redondo, trefilado,
designado pela ABNT (2000) como COPANT 1045, sendo este material
posteriormente usinado em torno mecânico para a obtenção do aparelho conforme
indicado pela AENOR (2008).
TM
Fonte: Google Earth, 2012.
TM
Fonte: Google Earth, 2012.
3.2 MÉTODOS
a)
Execução do ensaio
(15)
/ =
0,602 @ +, + 3
Sendo:
/ = valores de resistência de ponta para o penetrômetro em MPa;
+, = número de barras extensoras conectadas ao DPL, incluindo a barra que
contém a ponteira e excluindo-se a barra que contém o coxim;
= número de golpes necessário para a penetração de 10 cm.
que indica que o solo da região apresenta uma resistência baixa à penetração, em
especial dada às dimensões reduzidas do aparelho e seu uso direcionado a solos de
baixa resistência.
A partir dos valores de podem ser calculados os valores de / a partir da
Equação 15. As Figuras 26 e 27 mostram os valores de , / e para os Locais
02, 03, 04 e 05. Os valores de para os Locais 03 e 04 foram obtidos em Braga
(2011) e os valores para o Locais 02 e 05 foram retirados dos ANEXOS B e C
respectivamente.
Na Figura 28 apresentam-se os valores de e / para os Locais 01 e 06.
Não são apresentados os valores de para tais locais, pois não havia resultados
de ensaios de SPT disponíveis nestes.
58
a) Valores de , r e para o Local 02 b) Valores de , r e para o Local 03
59
a) Valores de , r e para o Local 04 b) Valores de , r e para o Local 05
60
(16)
/& = s t . 3 . 3"
0,602 @ +, + 3
Sendo:
/& = valores da tensão de ruptura de ponta em fundações profundas;
+, = número de barras extensoras conectadas ao DPL, incluindo a barra que
contém a ponteira e excluindo-se a barra que contém o coxim;
= é o número de golpes necessário para a penetração de 100 mm;
3 = fator empírico para correlação com o tipo de solo, obtido através da
Tabela 1;
3" = fator empírico para correlação com o tipo de estaca, obtido através da
Tabela 2.
5 CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
NILSON, T.; CUNHA, R. Advantages and equations for pile design in Brazil via DPL
tests. Disponível: < http://www.nilsson.com.br/Downloads/ISC2.pdf>.Acesso em: 14
abr. 2011.