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TM229 – Introdução aos Materiais

ENSAIOS MECÂNICOS
Prof. Adriano Scheid
Capítulos 6 e 8 - Callister
Introdução:
Propriedades mecânicas indicam o comportamento dos materiais
quando sujeitos a esforços de natureza mecânica, representando a
capacidade de resistir ou transmitir esforços sem romper ou
deformar além do previsto.
Estas propriedades são determinadas a partir de ensaios
mecânicos padronizados, os quais podem ser utilizados para
diversos fins, tais como:
Atividades de Soldagem
Qualificação de Qualificação de Qualificação
Ensaio
metal de adição procedimento de
de soldagem soldadores
Tração Uniaxial X X ---
Dobramento --- X X
Fratura --- X X
Dureza --- X ---
Impacto Charpy X X ---
Impacto Drop- --- X ---
Ensaios Mecânicos
Ensaio de Tração Uniaxial
Conceito:
O ensaio de tração consiste em submeter um corpo de prova
padronizado a força de tração uniaxial crescente até a sua ruptura.

Máquinas Universais de Ensaios:


O ensaio é realizado em máquinas universais de ensaios (MUE), que
podem ser hidráulicas ou mecânicas (fuso).
As máquinas hidráulicas (mais antigas) apresentam limitação de
controle da velocidade de ensaio. Atualmente, máquinas com
acionamento servo-hidráulico podem controlar adequadamente a
velocidade;
As máquinas mecânicas (com fuso) apresentam controle de
velocidade e apresentam menor investimento quando a finalidade é a
realização de ensaio de tração uniaxial.
Ensaio de Tração Uniaxial
Procedimento de ensaio – Máquina Universal de Ensaios
Propriedades Mecânicas em Tração - Normas

Outras Normas:
NBR 6152 - Materiais metálicos – Ensaio de tração à temperatura
ambiente.
ASTM E8 - Standard Test Methods for Tension Testing of Metallic
Materials
ISO 6892 Metallic materials -Tensile testing at ambient temperature

DIN 50125 - Testing of metallic materials - Tensile test pieces (Foreign


Standard)
Propriedades Mecânicas em Tração
Corpos de Prova:
1- Os corpos de prova para ensaio de tração uniaxial deverão seguir
uma norma de referência;
2- As dimensões deverão ser adotadas respeitando a capacidade da
máquina universal de ensaios.
3- Os corpos de prova apresentam seções normalmente circulares ou
retangulares, podendo ser semi-coroa circular quando forem
preparados a partir de tubos.
4- Os corpos de prova usados no ensaio de tração uniaxial
apresentam três regiões distintas: região de agarre (cabeça), raio de
concordância e região útil.
Propriedades Mecânicas em Tração
Propriedades Mecânicas em Tração
Ensaio em seções tubulares
Propriedades Mecânicas em Tração
Fixação dos Corpos de Prova na MUE
a- por cunha, b – por rosca, c – por flange e d – por
assentamento esférico.
Propriedades Mecânicas em Tração – ASTM A 370
Propriedades Mecânicas em Tração
Propriedades Mecânicas em Tração
A padronização dos corpos de prova permite:
1- a fácil adaptação do corpo de prova à MUE;

2- evitar sobredimensionamento e inviabilização do ensaio;

3- facilitar a determinação das propriedades em tração;

4- comparar valores de propriedades com outros ensaios;

5- eliminar falhas na fabricação dos corpos de prova que


interferem no ensaio.
Propriedades Mecânicas em Tração
Limite de Escoamento ou resistência ao escoamento
A resistência ao escoamento poderá ser determinada pela divisão da força
de escoamento pela área da seção transversal inicial da região útil do corpo
de prova. Neste caso, é dito Limite de Escoamento Nítido e poderá ser
calculado como superior ou inferior.
Tensão de
Escoamento
Superior

Re = Fe / A0 Tensão de
Escoamento Re
Tensão Tensão de
Escoamento
Inferior

Deformação
Propriedades Mecânicas em Tração
Limite de Escoamento ou resistência ao escoamento
A resistência ao escoamento poderá ser determinada pela divisão da força
atingida em um percentual de deformação plástica pela área da seção
transversal inicial da região útil do corpo de prova e será chamado de
Limite de Escoamento de Engenharia ou convencional.
Elástica Plástica

Tensão de
Escoamento R0,002

Tensão
R0,002 = F0,002 / A0

Deformação
0,002
Propriedades Mecânicas em Tração
Limite de Resistência à Tração ou resistência mecânica
A tensão máxima ou limite de
Resistência à tração é a máxima
tensão suportada pelo material
Fm
submetido a ensaio de tração. Rm
A partir do escoamento, o material: M
a- se deforma plasticamente até o
máximo M da curva (deformação F Fr
uniforme) com encruamento associado.

b- Entre M e F, a tensão cai, como

Tensão
resultado do coaslescimento de
microcavidades, o que resulta na
estrição do corpo de prova.

Rm = Fm / A0

Rr = Fr / A0 (menos usual) Deformação


Propriedades Mecânicas em Tração
A ductilidade é uma medida do grau de deformação plástica até
a fratura. A ductilidade pode ser medida pelo aumento de
comprimento a partir da marcação do corpo de prova ou por
extensômetros.

Alongamento (A%): A%
Propriedades Mecânicas em Tração
A ductilidade pode ser medida pela Estricção ou Redução de
Área (Z%):

Estricção (Z%):

Z%
Propriedades Mecânicas em Tração – Uniões Soldadas
Corpos de Prova Soldados

Para ensaio de tração em soldas, os corpos de prova poderão


ser retirados na direção do cordão, conforme segue:
Propriedades Mecânicas em Tração – Uniões Soldadas
Corpos de Prova Soldados

Os corpos de prova poderão ser retirados com o cordão no seu


centro, em referência à norma API 1104/1994:
As bordas deverão ser lisas e paralelas

O reforço da solda não


deverá ser removido,
conforme norma API
1104/94.
Propriedades Mecânicas em Tração – Uniões Soldadas
Critérios de Avaliação conforme API 1104 / 1994:
A resistência à tração da solda, incluindo a zona de fusão de cada
CP, deverá ser maior ou igual à resistência à tração especificada
para o material da tubulação, mas não necessáriamente superior à
resistência do material usado.
1- Para ruptura fora do cordão (fora da zona de fusão): Quando a
resistência é igual ou superior à mínima tensão de tração especificada para
a tubulação, a solda deverá ser aceita e considerada conforme os
requisitos.
2- Para ruptura no cordão de solda (na zona de fusão): Quando a
resistência à tração é maior ou igual à especificação da tubulação e são
atendidos requisitos de penetração, fusão, porosidade e inclusões (em nick-
break), a solda deverá ser aceita.
3- Para ruptura abaixo da resistência mínima especificada para o
material da tubulação, a solda deverá ser rejeitada e outro teste deverá ser
preparado.
Ensaio de Impacto
Ensaio de Impacto Charpy-Izod (ASTM A 370)
Conceito:
O ensaio de impacto consiste em submeter um corpo de prova
pré-entalhado e apoiado a uma carga dinâmica aplicada por
meio de um pêndulo (martelo), liberado a partir de uma altura
pré-determinada. O pêndulo atinge o centro do corpo de prova
no lado oposto do entalhe (charpy) ou no lado do entalhe
(Izod), vindo a fraturá-lo.
Ensaio de Impacto Charpy-Izod (ASTM A 370)
Tipos de ensaio de impacto:
Tenacidade em Impacto Charpy (ASTM A 370)
Escala

Ponteiro Posição Inicial


Martelo de Impacto

Posição Final

CP

Apoio
Tenacidade em Impacto Charpy (ASTM A 370)

Cutelo de Impacto

CP

Entalhe V
Tenacidade em Impacto Charpy (ASTM A 370)
Aspectos Importantes:
1- Padronização de Corpos de Prova,
2- Acabamento superficial dos Corpos de Prova / Entalhe,
3- Tipo de Cutelo de Impacto,
4- Calibração dos Equipamentos (Comprimento do eixo de
rotação ao centro de impacto, Massa do pêndulo, Perdas
por atrito, Termopares / Termômetros).
Corpos de Prova para Impacto Charpy (ASTM A 370)
Corpo de Prova para Impacto Izod (ASTM A 370)
Tenacidade em Impacto Char

Ensaio Charpy
Detalhes Máquina
Corpo de Prova padrão para Impacto Charpy (ASTM A 370)
Corpos de Prova Sub-size - Impacto Charpy (ASTM A 370)
Avaliações do Ensaio de Impacto
Energia Absorvida em Corpo de Prova Padronizado
Aspecto da Superfície de Fratura
Contração Lateral (medida da ductilidade)
Temperatura de Transição Dúctil-Frágil

Ensaio usado para:


- Avaliar a influência de elementos de liga
- Avaliar diferentes tratamentos térmicos
- Controle de Qualidade e testes de aceitação de materiais.
Transição Dúctil-Frágil
Temperatura (0F)

Fratura por Cisalhamento (%)


Energia de Impacto (J)

Energia de Impacto

Fratura por
Cisalhamento

Temperatura (0C)
Transição Dúctil-Frágil
Alguns fatores que afetam a transição Dúctil-Frágil
Estrutura cristalina

Metais de Baixa Resistência – CFC e HC


Energia de Impacto (J)

Metais de Baixa Resistência - CCC

Materiais de Elevada Resistência

Temperatura (0C)
Transição Dúctil-Frágil
Alguns fatores que afetam a transição Dúctil-Frágil em aços.
Teor de Carbono – Eleva a temperatura de transição dúctil-frágil.
Transição Dúctil-Frágil
Alguns fatores que afetam a transição Dúctil-Frágil em aços.
Direção de Conformação
Ensaio de Impacto Charpy
Procedimento de Ensaio em temperatura ambiente

1- Posicionar o corpo de prova pré-entalhado na posição de


impacto, centralizando o mesmo a partir do entalhe

2- Zerar o ponteiro de arraste na escala do equipamento

3- Liberar o pêndulo de impacto e fraturar o corpo de prova

4- Realizar a leitura da energia absorvida na escala lateral

5- Medir a contração lateral com auxílio de paquímetro


Ensaio de Impacto Charpy
Procedimento de Ensaio em baixa temperatura
1- Preparar a solução criogênica (Nitrogênio líquido, gelo seco
+ álcool, Gelo seco + metil-etil-cetona, outros) e ajustar a
temperatura com auxílio de termômetro ou termopar.
2- Mergulhar os corpos de prova pré-entalhados na mistura
criogênica e mantê-los mergulhados por 5 minutos, mantendo
na temperatura de interesse.
3- Zerar o ponteiro de arraste na escala do equipamento
4- Em tempo máximo de 5 segundos: colocar o corpo de prova
pré-entalhado na posição de impacto, centralizá-lo a partir do
entalhe, liberar o pêndulo e fraturar o corpo de prova.
5- Realizar a leitura da energia absorvida na escala lateral
Ensaio de Impacto Charpy
Procedimento de Ensaio em Soldas
1- Definir a região da solda que será avaliada, podendo ser:
Metal base, ZAC ou Cordão de solda.
2- Usinar corpos de prova com comprimento maior que o CP
padrão de 55mm.
3- Realizar macroataque químico, visando revelar as três
regiões da solda.
4- Entalhar com brochadeira ou fresa a região de interesse
que será avaliada no ensaio.
5- Cortar os corpos de prova na dimensão de 55mm a partir da
posição do entalhe.
6- Realizar ensaio conforme procedimentos anteriormente
mostrados.
Propriedades Mecânicas
Ensaios de Dureza
Dureza - Conceito:
“Resistência à deformação plástica localizada causada por um
indentador”

Principais Métodos:
- Brinell
- Rockwell
- Vickers
- Knoop
Ensaio de Dureza
Aspectos Importantes:
1- Preparação de Corpos de Prova: Superfície isenta de óxidos,
graxas, óleos, sujeiras. Superfície Plana e perpendicular ao
Penetrador
2- Seleção do método de Dureza em função da
operacionalização, homogeneidade do material, espessura,
objetivo do controle, entre outros.
3- Cuidado com o manuseio dos indentadores (instalação e
desinstalação),
4- Calibração dos Equipamentos (Direta: força, dimensional do
penetrador e sistema ótico (escala) ou relógio comparador.
Indireta: Uso de blocos padrão de dureza certificados em cada
escala a ser usada).
5- Verificação de funcionamento (blocos padrão).
Dureza Brinell

J. A Brinell, 1900, primeiro método aceito e padronizado.

O ensaio de dureza Brinell consiste em comprimir lentamente


uma esfera de aço, de diâmetro D, sobre uma superfície
através de uma força F, durante um tempo t.

A compressão da esfera produz uma impressão permanente


em forma de calota esférica de diâmetro d, que é medida por
meio de um micrômetro ótico (microscópio ou lupa graduada),
depois de removida a força. A medida d é a média de duas
medições a 90º uma da outra.
Dureza Brinell

Representação do Princípio:
Dureza Brinell

Escalas:
A dureza Brinell é representada pelos seguintes símbolos:

1- HB ou HBS, quando o penetrador é uma esfera de aço;


utilizada em materiais que não excedam a dureza Brinell de
450.

2- HBW, quando o penetrador é uma esfera de metal duro,


utilizada em materiais que não excedam a dureza Brinell de
650.
Dureza Brinell
Representação dos resultados:
O número de dureza Brinell deve ser seguido pelo símbolo HB,
seguido pelo diâmetro da esfera, força e tempo de penetração.
Exemplo:
350 HBS 5/750 – Dureza Brinell de 350, determinado com
esfera de aço com 5mm de diâmetro e força de ensaio de 7355
N, durante 10 a 15 segundos.
Forças de Ensaio - Restrições
1- O diâmetro da impressão (d) deve estar entre 0,24 e 0,60D
2- A relação F/D² deve ser constante:
F/D² = 30 – para durezas entre 95 e 415 kgf/mm²
F/D² = 10 – para durezas entre 30 e 140 kgf/mm²
F/D² = 5 – para durezas entre 15 e 70 kgf/mm²
F/D² = 2,5 – para durezas até 30kgf/mm²
Dureza Rockwell

Stanley P. Rockwell, 1919, método de dureza que utiliza uma


pré-carga. Alia a rapidez, a facilidade de execução e o pequeno
tamanho de impressão.

O ensaio de dureza Rockwell está baseado na profundidade de


penetração de uma ponta, subtraída da recuperação elástica
decorrente da retirada da carga principal.

A pré-carga serve para garantir o contato firme do penetrador


com a superfície da peça cuja dureza será medida.
Dureza Rockwell

Representação do Princípio:

Rockwell Normal: Pré-carga de 10 kgf

Rockwell Superficial: Pré-carga de 3 kgf

Uma unidade Rockwell normal equivale a


2m de profundidade de penetração.

Uma unidade Rockwell superficial equivale a


1m de profundidade de penetração.
Dureza Rockwell

Escalas:
A dureza Rockwell é representada pelos seguintes símbolos:

1- HR, que significa Hardness Rockwell,

2- Letras A, B, C, D e assim por diante, representam a escala


de dureza utilizada para o ensaio.

Exemplo:

59 HRC – Dureza Rockwell de 59, medida na escala C.


Dureza Vickers

Smith e Sandland, 1925, levando o nome da Companhia


Vickers-Armstrong Ltda, pioneira na fabricação deste tipo de
máquina de ensaio de dureza.

O ensaio de dureza Vickers está baseado na resistência à


penetração de uma pirâmide de diamante com base quadrada
e ângulo entre faces de 136º, sob determinada força.

Uma vez que o penetrador é de diamante e que as impressões


de dureza tem o mesmo formato independentemente da carga
usada, diz-se que o número de dureza é o mesmo quaisquer
que sejam as formas usadas no ensaio, desde que os
materiais sejam homogêneos.
Dureza Vickers
Representação do Princípio:
Dureza Vickers

Escalas:
A dureza Vickers é representada pelos seguintes símbolos:

1- HV, que significa Hardness Vickers,

2- A carga utilizada no ensaio em kgf.

Exemplo:

500 HV10 – Dureza Vickers de 500, medida com carga de 10


kgf.
Dureza Knoop

Frederick Knoop, National Bureau of Standards (agora NIST –


USA), 1939.

O ensaio de dureza Knoop está baseado na resistência à


penetração de uma pirâmide de diamante com base rômbica e
ângulo entre faces de 130º e 172º30’, sob determinada força.

A profundidade de penetração é de cerca de 1/30 do seu


comprimento.
Dureza Knoop
Representação do Princípio:
Dureza Knoop

Escalas:
A dureza Knoop é representada pelos seguintes símbolos:

1- HK, que significa Hardness Knoop,

2- A carga utilizada no ensaio em kgf.

Exemplo:

500 HK1 – Dureza Knoop de 500, medida com carga de 1kgf.

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