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PEDRO RICARDO M.

ANDRADE
ACADÊMICO DE MEDICINA
FACID DEVRY – TERESINA-PI

ANTIBIÓTICOS

Nos Antibióticos, é necessário que a gente defina inicialmente o que seja o antibiótico ou antimicrobiano. Quando
você fala em antimicrobiano, você engloba várias classes: antibióticos, antivirais, antiprotozoaricidas, então quando a gente
especifica o antibiótico, a gente vai tentar definir aquela classe de compostos que podem ser naturais ou sintéticos que tenha a
capacidade de inibir o crescimento ou de causar a morte de bactérias.
Então, neste caso, nós só estudaremos o grupo dos antibióticos. Antifúngicos, antivirais, antirretrovirais,
antiprotozoaricidas, quimioterápicos nós não temos tempo suficiente para estudá-los. Há 500 anos a.C., com certeza eram
utilizadas certas substâncias como a papa de feijão, os egípcios usavam compressas de lama e vários derivados de plantas,
para tentar minimizar ou tratar determinados processos infecciosos. No século XVII, foram introduzidas duas substâncias, o
quimino, que até hoje ainda é utilizado, e a ementina. Com Pasteur, foi verificada a inibição do crescimento bacteriano. Com
Hebert, em 1910, introduziu-se o primeiro tratamento pra sífilis, um produto chamado Salvarsan e todos conhecem a história de
Alexander Fleming, 1922, com a descoberta da penicilina. E eu vou fazer justiça, só não lembro o nome do colaborador do A.
Fleming. Então A. Fleming ia entrar de férias e deixou na bancada um meio de cultura com S. aureus. Ao voltar, ele já ia jogar
a placa no mato quando o seu colaborador disse “se o Dr. Ver essa parte da placa não tem, ou foi inibido a cultura de S.
aureus aí .” Vocês conhecem o resto da história. Em 1939, iniciou-se o uso clínico das penicilinas, coincidentemente, com início
da 2ª guerra mundial e somente em 1940 que esses dois americanos Loyer e Richet produziram a penicilina em escala
industrial, ganharam Nobel. E hoje, nos conhecemos mais de 20mil antibióticos descritos. Apenas 100 encontram-se em uso
clínico.
De uma forma bem rápida, vamos avaliar como é que se desenvolvem novos antibióticos. Como vcs estão
percebendo, com o passar do tempo o número de novos ATBs desenvolvidos teve uma queda vertiginosa. Houve uma
diminuição de 56% no que diz respeito ao desenvolvimento de novos ATBs nos últimos 20 anos. E uma das mais recentes
avaliações, mostrou que somente 5 novos ATBs curam as classes 2 e 3 entre 506 novas drogas. Então, é um trabalho muito
grande para que você lance um determinado ATB na prática médica, tem que passar por várias fases, por vários testes e só
assim que tem o aval do FDA para ser utilizado na prática médica. Mas quais seriam as razões que justificam uma necessidade
urgente de novos ATBs? O primeiro, as doenças infecciosas estão inseridas como a 2ª maior causa de mortalidade no mundo.
A resistência microbiana, especialmente nos ambientes nosocomiais, nós sabemos que essas taxas são bastante expressivas.
E o decréscimo constante do que diz respeito ao número total desses novos agentes antimicrobianos aprovados pelo FDA. E
nós precisamos, é notória a necessidade de agentes que atuem nos mecanismos de ações diferentes se nós compararmos aos
fármacos que atualmente estão em uso. Então, existem algumas razões para que a gente justifique essa necessidade urgente
de novos agentes antimicrobianos.
A saída para muitos especialistas e pesquisadores são os produtos naturais, os fitoterápicos. O que a gente
pode dizer sobre essas novas formas? Então, pesquisas recentes têm encontrado atenção exatamente para fontes naturais
que são pouco exploradas e nos novos ecossistemas nós temos sim, produtos com a diversidade química muito grande que,
com certeza, serão úteis na obtenção de novos ATBs. E aí a gente cita a Flora Amazônica, praticamente desconhecida. Outra
que nós devemos conversar é sobre esse crescente interesse nos micro-organismos marinhos. Nós temos as Actinobactérias
que estudos mostram a descoberta de novas substâncias antimicrobianas associadas a esses microrganismos que têm
atividade antitumoral e antibiótica.
Aqui é nossa homenagem para os pioneiros do estudo dos ATBs, como Herbert, introdutor do Salvassan, que foi
utilizado durante muito tempo para sífilis, e aqui estão os Ernest Collin, e Valter Fluoren que foram responsáveis pela produção
em larga escala da penicilina em 1940.
PEDRO RICARDO M. ANDRADE
ACADÊMICO DE MEDICINA
FACID DEVRY – TERESINA-PI

ATBs são substâncias produzidas por microrganismos vivos ou através de processos semissintéticos que têm
como propriedade inibir o crescimento ou então causar morte de outros microrganismos.
• Bactericidas: são ATBs que têm a capacidade de matar, destruir as bactérias.
• Bacteriostáticos: apenas inibem a multiplicação das bactérias, ficando a critério do sistema imunológico erradicar essa
bactéria.

• Concentração Inibitória Mínima (CIM ou MIC): menor concentração da droga que inibe a multiplicação ou o crescimento
bacteriano.
• Concentração Bacteriana Mínima (CBM ou MBC): menor concentração da droga que mata pelo menos 99,9% do englobo
bacteriano. Ex.: vamos supor que temos um ATB X, aqui é o controle, está em microgramas por ml, nos temos 0,2
microgramas, 0,4 microgramas, 0,8 microgramas, 1,6 e assim até 50 microgramas. Vamos imaginar que eu queira descobrir
qual é a concentração inibitória mínima. Aí eu texto a dose de 0,2. Inibiu? Não. Ainda tem bactéria. Aí 0,4. Inibiu? Não. Testo
0,8. Inibiu? Não. Testo 1,6. Não, testo 3,2, já inibiu o crescimento de bactérias. Então o meu MIC é 3,2 microgramas por ml. E a
CBM? A CBM é a menor concentração da droga que mata pelo menos 99,9% das bactérias. Vimos nesse caso que o CIM é
3,2. A CBM é 12,5, inibiu pelo menos 99,9%. Erradicou, inibiu.
• Farmacocinética: relaciona-se a atuação do ATB no interior do organismo, levando em consideração parâmetros de velocidade,
absorção, distribuição e eliminação dessa droga e de seus metabólitos.
• Farmacodinâmica: Relaciona as concentrações do fármaco com sua atividade antimicrobiana.
• ATB tempo-dependente: tempo de exposição da bactéria as suas concentrações séricas e teciduais. São ATBs que tem que
fazer obrigatoriamente a cada 12h, a cada 8h, a cada 6h. Dependem do tempo para que as concentrações, tanto séricas
como teciduais, exponham esse ATB a estas bactérias. Ex.: Vancomicina, Beta-Lactâmicos (penicilinas, cefalosporinas,
carbapenemas e monobactâmicos).
• ATB dose-dependente: destroi os micro-organismos levando em consideração a concentração. Quanto maior a concentração
da droga, mais rápida é a erradicação do patógeno.
As Fluoquinolonas com exceção a Ciprofloxacina e da Norfloxacina serem utilizadas em dose única diária. O s
aminoglocosídeos devem-se fazer em dose única diária.
Aquela dose da Amicacina q era feita 500mg no adulto a cada 12h – hoje a gemte sabe q a Amicacina é um exemplo de ATB
dose-dependente em vez de fazer 500mg 12/12h a gente faz 1g 24/24h
Ex.: Aminoglicosídeos (parenteral Gentamicina e Amicacina), Fluorquinolonas (3 gerações, no brasil). Então, dependem da
dose para atuarem. Quanto maior a dose, melhor a ação sobre as bactérias. Isso justifica o uso de aminoglicosídeos em doses
únicas diárias, em vez de fazer Gentamicina 80mg de 8/8h, eu oriento a dose de 240 mg a cada 24h. Em vez de fazer 500mg
de Amicacina a cada 12 h, eu oriento 1g a cada 24h, já que não são tempo-dependentes.

• Efeito pós-ATB: reflete a manutenção da supressão do crescimento bacteriano, mesmo quando a concentração do ATB já é
inferior a CIM. Ex.: Clindamicina - em infecções intra-abdominais, o cirurgião não precisa utilizar em grandes períodos (10
dias),(como ela tem esse efeito pós ATB vc faz 5 dias e mesmo com a dse da Clindamicina abaixo da CIM ela ainda mantém a
supressão do crescimento bacteriano por mais 3-5 dias) porque mesmo depois da parada desse ATB, ele tem efeito
antimicrobiano que pebrmite sua ação até 4-5 dias depois.
• Meia-Vida:
Tempo necessário para que a concentração sérica máxima alcançada com a administração de uma dose reduza-se à metade.

1. BETA-LACTÂMICOS
PEDRO RICARDO M. ANDRADE
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São bactericidas: inibem irreversivelmente a transpeptidase que tem a função de catalisar a reação de transpeptidação
entre as cadeias de peptidioglicano presente na parede celular das bactérias. Representantes: Penicilinas, Cefalosporinas,
Carbapenemas, Oxapenemas e os Monobactâmicos. Desses nós não vamos falar das Oxapenemas.

1.1. Penicilinas
As penicilinas (exceto oxacilina e penicilinas associadas a inibidores da betalactamase) não dão cobertura contra Sta-
phylococcus (nem aureus, nem epidermidis).

DIVISÃO:
• Benzilpenicilinas (Penicilinas Naturais):
- Penicilina G Benzatina (benzetacil): IM. Profilaxia da Febre Reumática, Sífilis e Estreptococcia Leve-Moderada.
- Penicilina G Cristalina: IV.
- Penicilina G Potássica: IM.
- Penicilina V: VO.
Não atuam em Estafilococos. Por isso, é errado o médico prescrever benzetacil para furunculose.
• Aminopenicilinas

- Ampicilina : VO, IM ou EV. A cada 6 horas.


- Amoxicilina: VO ou EV. A cada 8 horas. Espectro melhor.
Também não atuam em Estafilococos. Então nao adianta vc prescrever benzetacil pra furunculose.

• Penicilinas Penicilinases Resistentes


- Oxacilina: 1ª escolha para S. Aureus; necessita de internação hospitalar, pois não tem apresentação VO, apenas EV.
ORSA → Stafilo resistente a oxacilina. Se o Stafilo é sensível a oxa e esse indivíduo precisa de uma iternação hospitalar, a
1ªalternativa é a Oxacilina.
A oxacilina (IV) é usada apenas para tratar infecções causadas por Staphylococcus aureus.
Não se faz oxacilina a nível ambulatorial, 1º vc tem q internar o paciente pra fazer INTRA-hospitalar.

• Penicilinas de Amplo Espetro Melhorado


- Carbenicilina – pouco utilizada atualmente.
- Ticarcinina: atua com certo grau de espectro para Pseudomonas e Gram-negativos, assim como a Carbenicilina.
- Piperacilina: geralmente em associação com IBL.

• Penicilinas associados à IBL (INIBIDORES DE BETA-LACTAMASE)


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- Amoxicilina + Clavulanato (VO) → otite média; faringoamidalite; infecções ginecológicas; infeções abdominais
- Ampicilina + Surfactan →
- Ticarcilina + Clavulanato →
- Piperacilina + Tarzobactam →
Atualmente foi introduzida no comércio Amoxicilina + Sulbactan = sulbamox
Os IBL não tem ação antibiótica, eles funcionam mais oumenos como kamikases, eles se unem a enzima produzida pela
bactéria e inativam essa enzima.
Gram-Negativos e sobre bactérias anaeróbias.
Então, temos 14 representantes no Brasil do grupo das penicilinas. No caso de uma faringite, amígdalite eu uso a
Amoxicilina, já a Amoxicilina + Clavulanato é a 2ª alternativa, sendo de amplo espectro, mas que também aumenta os
efeitos adversos, principalmente diarreia.

1.2 – Cefalosporinas
Nenhuma cefalosporina cobre Enterococos, SARM ou Staphylococcus epidermidis.
10% dos Indivíduos alérgicos a penicilinas, também são alérgicos a Cefalosporinas.

• 1ª Geração: ação em GP, exceto Enterococos


Ativas contra bactérias gram-positivas como Staphylococcus aureus, estreptococos do grupo A e pneumococos. Faça a
escolha por uma cefalosporina oral de primeira geração e utilize em infecções leves a moderadas de partes moles (celulite). As
infecções por estreptococos são melhor tratadas com penicilina.

Nunca utilize para meningite: não cruza a barreira hematoencefálica.

- Cefalotina (EV); Cefazolina (EV): profilaxia para cirurgia;


- Cefalexina (VO), Cefadroxil (VO);
• 2ª Geração: melhora o espectro para GN, mas piora para GP

- Cefuroxima (EV), Cefloxetina (EV), Ceflacor (VO);

- Cefoxitina – é a melhor representante pra ANAeróbios. Mas ela é uma grande indutora de betalactamase. (prof nao simpatiza
c ela, pois ela indus a beta-lactamase)

- Acetilcefuroxima (VO), Cefiprosila (VO);


Cefuroxima (EV)

OBS:
A 1ª geração tem ação excelente contra GP.
De todas as cefalosporinas a q atua melhor sobre GP é a de 1ª geração; mas em compensação ela não tem ação sobre GN
À medida q eu pulo a geração (1ª→2ª→ 3ª→ 4ª) eu melhoro a ação contra GN e pioro a ação contra GP.

1ª geração: boa atuação sobre gram-positivos e pequena sobre gram- negativos, e a medida que aumenta a geração, aumenta
a atuação sobre gram-negativos e diminui sobre gram-positivos, porém na 4ª geração essa atuação é boa para gram-positivos
e negativos.
2ª geração é uma geração CARA!
PEDRO RICARDO M. ANDRADE
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• 3ª Geração: melhor ainda para GN, mas o espectro para GP piora.


- Ceftriaxona (EV ou IM): 1ª alternativa nas meningites;
- Cefotaxima (EV);
- Ceftazidima (EV): Cefalosporina de escolha para Pseudomonas, já que a Ceftriaxona e a Ceftaxima não atuam sobre essa
bactéria.
• 4º Geração: ótimo para GP e GN, exceto Enterococos ou Anaeróbios.

- Cefepime (único representante)

- Tem excelente ação p GP e GN

Então, 1ª geração: boa atuação sobre gram-positivos e pequena sobre gram- negativos, e a medida que aumenta a geração,
aumenta a atuação sobre gram-negativos e diminui sobre gram-positivos, porém na 4ª geração essa atuação é boa para gram-
positivos e negativos.

OBS:
Se vc tem um pacte c infecção por GP e esse agente for sensível a um de 1ªgeração (Cefalotina) e for sensível a um de 4ª
geração. Pcte ta septico, aí eu isolo um Stafilo ou um Strepto sensível a Cefalotina (1ª geração) e sensível a Cefepime (4ª
geração), quem eu devo usar como 1ª alternativa?
Resposta: Cefalotina (1ª geração), pq eu tenho q seguir os degraus da escada. Eu nao posso saltar os degraus.

5º Geração:
Ceftaroline – único representante. 600mg 12/12h.
Tem indicação precisa – Stafilo Aureus resistente a OXAcilina.
Qndo vc tem Stafilo Aureus resistente a OXAcilina, vc tem Stafilo Aureus resistente a todos os beta lactâmicos; exceto
a CEFTAROLINE

1.3. Carbapenemas
- Imipenem Cilastatina (EV):*, a cada 6 horas. Considerado o atb de maior espectro de ação (Tem ação p/ GP, GN, ANA)
não atua sobre Camídias); a Cilastatina não é um IBL; se vc usa isoladamente o Imipenem, qndo chega no túbulo
distal, ele é inibido por enzimas (a DHP-1).
OBS:
Imipenem deve ser feito a cada 6h
Meropenem a cada 8h
Ertapenem a cada 24h
O Imipenem tem uma vantagem sobre o meropenem com relaçao a G+ , se eu tiver q ecolher, G+ sensível a imipenem

-
e sensível a meropenem; o imipenem tem uma ação melhor pra G+ e o meropenem tem uma ação melhor pra G

Ertapenem (EV)
PEDRO RICARDO M. ANDRADE
ACADÊMICO DE MEDICINA
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não atua sobre Pseudomonas e nao atua sobre o Cinetobacter;


o expectro de açao é menor q o meropenem e o imipenem;
usados em microorgnismos produtores de ISBL (Beta-lactamases de expectro extendido). Ex: E. Coli, Klesbsiela pneumonie.
Dose única diária;

- Meropenem (EV):* não atuam sobre S. Aureus sensível a Oxacilina. A cada 8h.
- Ertapenem (EV): não atua em Cinetobacter ou Pseudomonas. A cada 24 horas.
- Doripenem; Pubicim.
- Agora são 29.
1.4. Monobatâmmicos
- Aztreonam: ação SOMENTE em GN.
- Nome comercial: azactam.
- Excelente pra fazer associação pra infecção pra pseudômonas; vc associa ceftazidima + aztreonam (uso combinado
muito bom)
- Com isso, temos 30 representantes dos Beta-lactâmicos (só no Brasil).

2. AMINOGLICOSÍDEOS
- Estreptomicina (VP): terapia do M. tuberculosis multiresistente; e casos de Brucelose.
- Estreptomicina – deve-se resguadá-la para o tto de 18 meses envolvendo o M. tuberculosis multiresistente.
- Gentamicina, Amicacina: VP. São de uso intrahospitalar (somente).
- Neomicina e Tobramicina: Uso Tópico (pomadas, colírios).
- Arbecacina: S. Aureus resistentes a Vancomicina e GN Multiresistentes.
Apresentam uma atividade melhorada se o pH for levemente alcalino, facilitando a entrada em bactérias Gram-negativas.
Isoladamente, só se orienta os aminoglicosídeos para Gram-negativos, mas se eles forem associados a Beta-Lactâmicos,
podem auxiliar na ação para Gram-positivos.

Obs:
O uso da Genta e da Amica são pra GN; se nós associarmos a um B-lactâmico aí eles potencializam aação sobre GP do B-
lactâmico.
Se nós tivermos um germe Gnsensível a gentamicina e sensível a amiacina, qual a 1ª alternativa? GENTAMICINA!
Amicacina: é o de maior espectro.

O uso contínuo de antibióticos aminoglicosídeos deve ser cuidadosamente controlado, porque eles são altamente nefrotóxicos
e ototóxicos. Por isso, temos uma portaria no HGV que aconselha que todo paciente que for fazer uso de aminoglicosídeo deve
fazê-lo no máximo de 7 a 10 dias; se houver necessidade de prolongar o tratamento, a solicitação deverá ser avaliada por um
Infectologista. Então, a só orientamos, no máximo, até 12 dias, como no caso de endocardite que, por causa da nefro- e da
ototoxicidade, o indivíduo vai direto para a hemodiálise ou então sai surdo por causa da destruição das células sensoriais do
aparelho auditivo. Não há necessidade para avaliação do nefrologista, se for mantido o prazo de 7 a 10 dias, já que
normalmente não há complicações com respeito à nefrotoxicidade, porém tem que fazer o Clearence de Creatinina antes e
após os dez dias, exatamente devido a essa ação nefrotóxica. São os antibióticos mais nefrotóxicos.
PEDRO RICARDO M. ANDRADE
ACADÊMICO DE MEDICINA
FACID DEVRY – TERESINA-PI

O uso é parenteral e não atravessam a barreira hematoencefálica, mesmo que ela esteja inflamada. Fazia-se há
algum tempo Aminoglicosídeo intra-raque nas meningites em crianças, porém, com o uso da Ceftriaxona, não há mais essa
necessidade.
A Neomicina, mesmo em menor grau, é ototóxica, porque ela tem certa absorção. Mas hoje, a Neomicina não
tem mais indicação tópica, ela só serve para levar a uma hipersensibilidade e a reações alérgicas, então nós banimos o uso
dela em feridas, cicatrizes cirúrgicas, em curativos. Atualmente a indicação dela é muito restrita, às vezes ela aparece em
apresentações oftalmológicas ou em apresentações na forma de colírios, mas ela causa muita hipersensibilidade, por isso que
se evita usá-la.

2. MACROLÍDEOS
Os macrolídeos são utilizados em infecções respiratórias como bronquite crônica, bronquite aguda, sinusite, otites,
tonsilites, faringites.

- Eritromicina: última alternativa a protozoários (amebíase). Primeiro macrolídeo.


- Azitromicina (VO e EV): uretrite não-gonocócica, faringite, faringoamígdalite, otite, pneumonia, linfogranuloma venéreo. Mais
conhecida. Nome comercial: Zitromax.
- Claritromicina (via oral);
- Roxitromicina (via oral); desuso
- Espiramicina (via oral) – resguardada ao uso da toxoplasmose na gestante.

Obs:
 Azitromicina (VO e EV): só VO
-Tem ação pra GP, mas tem ação pra Stafilo resistente a Oxa.
-uretrite não-gonocócica, faringite, faringoamígdalite, otite, pneumonia, linfogranuloma venéreo.
-Mais conhecida. Nome comercial: Zitromax.
Usada em:
 Uretrite gonocócica – dose única.
 Faringites, Amigdalites, sinusites bacterianas – 3 dias.
 Pneumonias adquiridas na comunidade – 5 dias.
 Doença inflamatória pélica – usar uma dose de 1g a cada 7 dias durante 3 semanas.

 Eritromicina:
É a matriarca do grupo.
Não atua sobre bacilos GN.
Usada na pediatria.
Tem ação pra GP, mas não atua no Stafilo qndo ele é resistente a oxa.
A posologia é de 6h, a adesão é terrível.
Efeitos adversos – náuseas, vômitos
PEDRO RICARDO M. ANDRADE
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Esses macrolídeos representaram 18% de todas as vendas de antibióticos em 2004, principalmente a Azitromicina e
lamentavelmente seu emprego é inadequado. Ex: A azitromicina dependendo da indicação ela pode ser prescrita 1g nas
uretrites gonorreicas e principalmente nas não-gonorreicas, ela pode ser utilizada por 3 dias consecutivos nas amigdalites,
nas otites, nas sinusites, pode ser utilizada por 5 dias consecutivos nas pneumonias e em raros casos por 7 dias e ela pode ser
utilizada por exemplo nas doenças pélvicas 1g a cada 7 dias durante duas semanas ou então no linfagranuloma venéreo pode
ser utilizada 1g a cada 7 dias por três semanas. Essas são as formas de se prescrever a azitromicina dependendo da sua
indicação. A 1ª opção para as amígdalites deveria ser as penicilinas, e a zitromicina somente como 2ª opção. As
cefalosporinas, por exemplo, são raros os casos em que é utilizada como primeira opção (meningites), a maioria das vezes é
usada como segunda opção. Os macrolídeos podem ser usados em 1ª opção para a uretrite gonorreica em que a
Azitromicina é a 1ª opção, a OMS diz que é a Ceftriaxona, o Ministério da Saúde diz que e a Azitromicina, aí o que a gente
faz, usa o bom senso. No linfogranuloma venéreo usa-se 1g de azitromicina a cada 7 dias durante 21 dias. Os macrolídeos são
utilizados em infecções respiratórias como bronquite crônica, bronquite aguda, sinusite, otites, tonsilites, faringites.
A Eritromicina age frente à maioria dos patógenos respiratórios e ela é segura, mas hoje nós orientamos o seu uso apenas
para a pediatria, porque no adulto o paciente vai usá-la a cada 6 horas, 500 mg, o indivíduo só toma um dia, devido aos efeitos
gástricos, epigastralgia, náuseas, diarreias, ele não aguenta, então eu não uso mais eritromicina no adulto, só se for a última
saída. Ex.: paciente não tem dinheiro para comprar e ali tem eritromicina pra dar e, dependendo da indicação, eu prescrevo.
Estolato de eritromicina a cada 6 horas por 7 dias o indivíduo não aguenta.

Os macrolídeos de 2ª geração como a Azitromicina e Claritromicina melhoram o perfil físico-químico e farmacocinético, além de
diminuir os efeitos adversos. O Brasil foi o primeiro pais a ser laçado a azitromicina (fomos cobaias), depois foi que lançaram
nos EUA. Há uma dúvida se a azitromicina pode levar a uma surdez na pediatria, se levar a essa surdez, é irreversível. Mais
uma razão para que não se use em amígdalite, faringoamígdalite e otite por mais de 3 vezes. Ela tem uma meia vida
prolongada (usa por 5 dias, atua por 10 dias). Então não precisa, na totalidade dos casos, usar por mais de 5 dias
consecutivos. Hoje se usa muito Azitromicina no tratamento da Bordatella pertussis, causadora da coqueluche, por mais que o
ministério da saúde indique Eritromicina, a Azitromicina é dose única e diária, a adesão é muito boa, os efeitos adversos
diminuem e só se usa por 3 dias; a Eritromicina tem que usar por 10 dias. A adesão é um ponto em que precisa ser levado em
consideração, é mais fácil o paciente usar uma dose diária do que 4 doses por dia.

4. ANFENICOIS
- Cloranfenicol: a cada 6 horas; causa Anemia Aplásica; induz a Aplasia medular!
- Tianfenicol: DSTs (uretrites gonorreicas e nao gonorreicas, cacroide, LGV); dose única, a cada 8 horas.
O cloranfenicol foi isalado pela primeira vez no microrganismo Streptomyces venezuelae, encontrado na Venezuela.
Amplo Espectro. Não estão mais sendo usados. Incidência de aplasia medular por cloranfenicol é muito menor do que as
reações alérgicas por penicilinas. Mas pode acontecer. Por isso, os americanos não usam cloranfenicol há muito tempo.

5. TETRACICLINAS
São de AMPLO EXPECTRO
Doxiciclina (Vibramicina®): DSTs, germes atípicos, Brucelose, adulto com Cólera;
Tetraciclina: não recomendada em crianças <10 anos e gestantes;
Aminociclina, Oxitetraclina, Limeciclina.
PEDRO RICARDO M. ANDRADE
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Tetraciclinas são bacteriostáticas, de amplo espectro e tem uma ação por bactérias aeróbias, anaeróbias, gram positivas e
gram negativas. As tetraciclinas não devem ser usadas em mulheres grávidas porque podem levar a problemas sérios quanto à
dentição e problema ósseo, podendo levar uma pigmentação amarelada nos dentes.

 Doxiciclina:
A mais utilizada atualmente (2015)
Principalmente envolvendo DSTs, na uretristes por Clamydia.

6. LINCOSAMIDAS
 Clindamicina (Dalacin®): VO ou EV; restrita ao ambiente hospitalar. Entre os 3 melhores anaerobicidas. Ainda
atua em protozoários, como no toxoplasma na gestante, P. Falciparum;
 Lincomicida: quase não usada mais. Excelente ação para gram+ e anaeróbios.
Espectro: Gram+ e Anaeróbios.
Clindamicina é o fármaco de escolha para o tratamento de infecções periféricas causadas por Bacteroides fragilis e outros
anaeróbios resistentes a penicilinas.

7. GLICOPEPTÍDEOS
Ação – GP
Vacomicina e Teicoplanina: ação sobre GP, STAFILO, STREPTO ENTEROcoco
Vancomicina: S. Aureus resistente a Oxacilina; Gram+ e última escolha para Gra+ resistentes, em particular os Enterococos.
Teicoplanina (IV): cara, menos Efeitos Adversos, Meia-dose após 24h da 1ª dose.
Atuam contra os Estafilococos Resistentes a Oxacilina. Então, quando você tiver um estafilococo, a primeira coisa que você
tem que saber é se ele é sensível a oxacilina, se ele for sensível a escolha é oxacilina, se ele for resistente esquecem todos os
outros antibióticos e escolham vancomicina. Se for resistente a vancomicina, escolham outras drogas como a Linezolida.
Depois da Vancomicina e da Daptomicina nós temos a Linezulida, que pode ser usada até nos Estafilococos Resistentes a
Vancomicina.
Outro germe gram-positivo bastante resistente hoje é Enterococcus faecalis e faecium, essas cepas só saem com vancomicina.

8. LIPOPEPTÍDEOS
Daptomicina: antibiótico do ano 200; é um grupo que parece muito com a vancomicina.
Espectro: S. Aureus Resistente a Vancomicina. Deve ser resguardado.

9. POLIMIXINAS
São nefrotóxicas e neurotóxica.
Polimixina B: Pseudomonas resistentes;
Polimixina E.
Dos Acinetobacter que vem do HUT, hoje, só respondem as Polimixinas, são antibióticos de amplo espectro de uso restrito ao
ambiente hospitalar.

10. ESTREPTOGRAMÍNEAS
PEDRO RICARDO M. ANDRADE
ACADÊMICO DE MEDICINA
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Quinupristtina + Dalfopristina: altamente restrito e usado para germes que são resistentes a outros tipos de antibióticos. Têm
efeitos miotóxicos.

11. RIFAMICINAS
Rifampicina: deve ser resguardado para o tratamento da tuberculose, hanseníase, endocardite e da quimioprofilaxia da
meningite (meningocócica e H. Influenzae)

12. SULFONAMÍDICOS
Sulfadiazina
Sulfametoxazol: um dos componentes do bactrin e trins da vida. Na via parenteral é associado ao Trimetoprim.

13. QUINOLONAS
 Antiga: ITU; em desuso
Ácido Nalidíxico: pouco usado;
Ácido Pipemídico: não se usa mais.
 Novas: Introdução do Flúor no carbono 6 das quinolonas
Norfloxacina: 1ª escolha para ITU – 12h/12h
Ciprofloxacina: alternativa para ITUs não sensíveis a outros ATBs. 12h/12h
 Novíssimas: fluorquinolonas respiratórias.
tem espectro melhorado com relação aos de 2ª, elas já atuam sobre o Pneumococo, Anaeróbios e germes atípicos.
Levofloxacina;
Moxifloxacina;
Gemifloxacina.
A partir daqui são em dose única diária.

CIPROFLOXACINA:
 Indicação pra GN, pequena ação pra GP.
 Nao atua sobre Pneumococo.
 Não atua sobre germe atípico
 Nao se prescreve pra pneumonia comunitária.
 Excelente pra infecção por Pseudomonas.

Então, atualmente no Brasil nós temos 7 quinolonas. Sem dúvidas a principal desse grupo é a ciprofloxacina, mas
lamentavelmente está sendo queimada porque hoje você vê prescrição de ciprofloxacina para tudo! Ela tem indicações
precisas, por exemplo: se você tiver que usar uma fluoquinolona para tratar Pseudomonas, a escolha é Ciprofloxacina. Ela não
atua bem para os gram positivos, mas você encontra cidadão prescrevendo para furunculose (estafilococcia). Ela deveria ser
guardada ao ambiente hospitalar. Você prescreve no meio da comunidade e vai repercutir no meio hospitalar.
Furunculose é uma estafilococcia. Você não vai internar um paciente só para tratar de uma furunculose. O furúnculo tem umas
indicações, no início o antibiótico penetra, mas lá quando ele tem indicação de drenagem o antibiótico não penetra. No início
você usa uma Cefalosporina de 1ª geração. Pode usar um macrolídeo que tenha ação sobre estafilococos, desde que seja
sensível a oxacilina. Compressas de água morna e drenagens resolvem a maioria dos furúnculos drenados.
PEDRO RICARDO M. ANDRADE
ACADÊMICO DE MEDICINA
FACID DEVRY – TERESINA-PI

14. OXAZOLIDINONAS
Linezulida:
Só atua sobre GP (especialmente em Stafilo multirresistente)
Usada para Stafilo multirresistente
Ev – 600mg
Muito caro.

Linezulida: é bacteriostática. Bom espectro, e atividade contra bactérias resistentes a outros ATBs, como é o caso da
resistência à Vancomicina. Isso que você usa para estafilococos resistentes a vancomicina. Tem uma boa atividade frente às
bactérias gram negativas. Tem apresentação oral 600 mg e EV 600 mg, detalhe! A última vez que eu fui atrás do preço de um
comprimido de Linezolida, tava mais ou menos em torno de 200 reais, um comprimido! Daí se vocês forem fazer um tratamento
por 10 dias, o tratamento sairá muito caro. Exemplo: paciente do HGV que precisa usar Linezolida, um infectologista tem que ir
lá só para avaliar se a medicação é pertinente, aí a gente libera.

CLASSIFICAÇÃO QUÍMICA DOS ATB’s

Derivados dos aminoácidos nós temos as anfeniconas, beta lactâmicos, glicopepitídicos; Derivados do açúcar, nós temos os
macrolídeos e aminoglicosídeos; Derivados de acetatos, ou seja de sais, nós temos a tetraciclinas, nistatinas. A nistatina entrou
de gaiato aqui, ela não é antibiótico, ela é um antifúngico. Atuação dos antibióticos. Aqui é um crescimento bacteriano normal.
Quando um antibiótico tem uma ação bactericida ela erradica aquela bactéria, mata. Quando ele tem ação bacteriostática ele
impede a multiplicação, competindo ao sistema imunológico erradicar a bactéria. Por isso não faz sentido o indivíduo que não
tenha seu sistema imunológico em perfeito funcionamento eu prescrever um bacteriostático. O espectro de ação dos
antibióticos: existe aqueles antibióticos que tem ação predominante contra gram positivos, glicopeptídeos, linesolida, penicilina
e cefalosporina de primeira geração. Olha, é predominante! Não quer dizer que uma cefalosporina de primeira geração não
atue contra gram negativos. Assim nós também temos aqueles de ação predominante contra gram negativos, aminoglicosí-
deos, aquela história que quando associado com beta lactâmicos atua contra gram negativos. Mas a ação é predominte, o
astreonam só atua contra gram negativo.
Cefalosporina de terceira atua contra gram positivo, mas é muito mal, pois predomina contra gram negativas. As
fluoquinolonas atuam sobre gram positivo, mas não é uma ação boa, pois é melhor contra gram negativo. Ação predominante
contra aneróbios: carbapenêmicos, metronidazol, cloranfenicol, beta-lactêmicos mais inibidores de betalactamases tem uma
ação predominante contra aneróbios, apesar deles também atuarem em gram positivos e gram negativos, mas sua ação
marcante é contra aneróbios. Então uma prescrição de amoxicilina + clavulonato para uma doença periodontal é uma
prescrição muito bem feita. Ação predominante contra germes atípicos. Quais são os germes atípicos? Micoplasma, clamídeas
são germes atípicos. Esses agentes tetraciclina, macrolídeos e as fluoquinolonas respiratórias, apesar de atuarem contra
outros germes, eles tem ação marcante sobre esses germes atípicos. Aqueles de ampla ação.
Tem aqueles atuam contra gram positivos, grãm negativos, anaeróbios e ação ampla, são eles: imiperem,
cefeprimi, clorafenicol e tetraciclina. Além de estarem inseridos em outras ações, também estão inseridos naqueles de amplo
espectro. Ação protozoáricida: Anfotericina B, tetraciclina, clindamicina, eritromicina e doxicilina atuam sobre protozoários.
Aqui, claro, anfotericina B é um antifúngico que veio para exemplificar, mas os outros são antibióticos que podem atuar sobre
determinados protozoários, por exemplo: quando um indivíduo é alérgico a metronidazol, ele é alérgico a todos os derivados de
PEDRO RICARDO M. ANDRADE
ACADÊMICO DE MEDICINA
FACID DEVRY – TERESINA-PI

metronidazol ele é alérgico a todos os derivados de metronidazol, e vamos supor que ele seja alérgico a tudo que for de
terapia pra ameba a ultima alternativa pra ele é a tetraciclina ou a eritromicina atuam sobre a Etamoeba histolitica, mas é a
ultima alternativa.
 Ação antifúngica, só pra exemplificar, Anfoterecina B, griseolfuvina, nistatina, cotrimoxazol que é o mesmo sulfametoxazol-
trimetropim.
 Ação sobre espiroquetas: penicilinas, eritromicinas, tetraciclinas, cestriaxona e azitromicina, lembrando ai o Treponema
pallidum.
 Ação sobre micobactérias: estreptomicina, rifampicina, levofloxacina, amicacina atuam sobre o Micobacterium tuberculosis.

MECANISMOS DE AÇÃO DOS ANTIBIÓTICOS

Vocês sabem as diferenças da microbiologia das paredes das bactérias gram positivas das gram negativas. Você a bactérias e
você tem o que? A parede celular. Quem atua na parede celular? Penicilinas, cefalosporinas, monobactâmicos,
carbapenêmicos, bacitracina, vancomicina e teiciplanina. Atuando na parede celular, esses antibióticos na grande totalidade
dos casos são bactericidas. Existem aqueles que atuam na membrana que também são bactericidas: polimixinas, colistina
(mesma polimixina E), daptromicina. Aqueles que atuam nos ácidos nucléicos: bacteriostáticos, com exceção dos imidazólicose
e das quinolonas, quinolonas, rifampicinas, nitrofurantoínas e imidazólicos. Aqueles que atuam na síntese das proteínas?
Cloranfenicol, macrolídeos, tetraciclinas, lincosamidas, aminoglicosideos, glicilglicinas (representante no Brasil, tigeciclina),
estreptogramineas e finalmente, aqueles que atuam no metabolismo celullar: as sulfas, o trimetroprim, a dapsona
(bacteriostática) e isoniazida que são usados, respectivamente, no tratamento da hanseníase e tuberculose.
Ai ele mostra uma animação que fez na dissertação de mestrado: Você tem uma bactéria.....atuando sobre a
parede celular temos betalactâmicos e glicopeptideos , sobre a membrana celular: temos polimixinas e daptomicinas, e aqui
sobre a síntese proteica: alguns atuam sobre a porção 30S do RNA ribossômico: aminoglicosideos, tetraciclinas e tigeciclina,
sobre a porção 50S: macrolídeos, estreptogramíneas, os anfenicois e as aminas ou lincosamidas tanto faz. E no RNA
transportador nós temos: linezolida. Atuam sobre o DNA temos as quinolonas, os nitroimidazólicos aqui representado por
metronidazol e derivados e atuando sobre a síntese do metabolismo celular bacteriano... as bactérias pra sintetizar as
proteínas elas usam o acido para-aminobenzóico, através de reações enzimáticas esse PABA se transforma em diidrofolato e
tetraidrofolatos e vão participar da formação dessas proteínas, as sulfas atuam impedido essas passagem do PABA pra acido
diidrofólico e o trimetropim da passagem do diidrofólico para tetraidrofolatos , então esses são os principais mecanismo de
ação dos antibióticos .

Quais então são as regras pra que vc tenha um antibiótico ideal?

1 - é necessário que ele tenha uma ação bacteriana seletiva, ou seja, que ele só atue naquelas bactérias patogênicas,
naquelas bactérias que são as causadoras do processo infeccioso.
2 - é necessário que ele seja bactericida, ou seja, que ele realmente erradique, que ele mate, extermine aquele agente
infeccioso.
3 - que não seja prejudicial às defesas do organismo.
4 - que não sofra degradação por determinadas enzimas, por exemplo, as beta-lactamases, que podem quebrar a cadeia beta
lactamica das penicilinas.
5 - que não causem alergias, que n levem a uma hipersensibilidade.
PEDRO RICARDO M. ANDRADE
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FACID DEVRY – TERESINA-PI

6 - que não induza resistência bacteriana. Então antibiótico que não induzisse a resistência bacteriana estaria no grupo dos
antibióticos ideais.
7 - que não causem efeitos adversos graves. Tem determinados antibióticos que podem matar um indivíduo.
8 - que tenha a mesma eficácia observada tanto pela via oral quanto pela via parenteral.
9 - que tenha custos razoáveis.
10 - que possa ser produzido em grande quantidade.
Então se nós tivéssemos um antibiótico que agraciasse todos esses pontos, todas essas solicitações, com
certeza nós teríamos um antibiótico ideal, mas nos n temos. Nós temos aqueles que são bactericidas mas que podem induzir
resistência bacteriana, aquele que tem custo razoável mas que pode ser degradado por enzimas. Lamentavelmente n temos
ainda nenhum antibiótico que acesse a todos esses pré-requisitos.
Pra não dizer que eu não falei da resistência bacteriana, a resistência bacteriana é um fenômeno ecológico e
normalmente esse fenômeno ecológico ocorre como resposta daquele agente, daquela bactéria frente ao uso amplo de
determinado antibiótico. Essas bactérias se multiplicam rapidamente, sofrem mutações, são promíscuas, ou seja, podem trocar
material genético entre linhagens de uma mesma espécie ou até de espécies diferentes, por exemplo, duas bactérias gram
positivas trocam informações sobre resistência a determinado antibiótico, mas você pode ter uma gram positiva e uma gram
negativa fazendo essa troca de informação.
Claro que nós sabemos que o uso muito intenso, inapropriado de antibióticos, somados às péssimas condições
de higiene, ao fluxo de viajantes, à globalização, ao aumento dos indivíduos com imunocomprometimento e lamentavelmente à
demora do diagnostico das infecções bacterianas, podem ser relacionados como causas do aumento da resistência bacteriana.
Nós temos algumas estratégias que devemos adotar e que na maioria das vezes adotamos pra que a gente
possa exatamente evitar essa resistência bacteriana, dentre essas estratégias nos podemos enumerar: a) prevenção de
infeções bacterianas com o uso de vacinas, b) o uso racional desses antibióticos, c) o controle e a prevenção da disseminação
de microrganismos existentes. Então, nós adotamos umas condutas e a higienizacao das mãos é uma que tá puxando o carro
dessas medidas preventivas. Descoberta e desenvolvimento de novos antibióticos é uma estratégia pra que a gente se evite o
aumento da resistência bacteriana.
Para saber usar racionalmente os antibióticos, nós precisamos lembrar também daqueles mecanismos de re-
sistência microbiana. Não temos tempo, mas não poderia de deixar de falar pra vocês. Então nós aproveitamos uma animação
que eu fiz quando eu fui defender a dissertação de mestrado, então nós vamos relembrar para vocês os quatro mecanismos de
resistência bacteriana. Então imaginem uma bactéria com seu DNA bacteriano, a sua parede bacteriana e a sua membrana
citoplasmática.
1 - O primeiro mecanismo de resistência bacteriana é a alteração da permeabilidade através dessa parede bacteriana. O que é
que acontece? Determinadas bactérias tem os canais de porina, por onde adentram a essa célula os antibióticos, claro que
isso são reações enzimáticas, mas para ilustrar nós fizemos isso assim. Então vem o antibiótico, penetra no canal de porina e
vão atuar sobre essa bactéria. O que é que determinadas bactérias promovem? Promovem a alteração da permeabilidade
desses canais, consequentemente o antibiótico não vai penetrar na célula bacteriana e não vai desempenhar sua ação. Então
esse é o mecanismo de resistência usado por algumas bactérias, por exemplo, aquelas bactérias gram negativas que são
resistentes a penicilinas, à eritromicina, à clindamicina ou à vancomicina. Então este é o mecanismo utilizado pelas bactérias
gram negativa no que diz respeito à sua situação frente ao antibiótico, eles alteram a permeabilidade através dos canais de
porina. Mais um exemplo é também utilizado por determinadas pseudomonas pra se tornarem resistentes aos carbapenemicos.
2 - Outro mecanismo de ação é o mecanismo da bomba de efluxo, volto a repetir que isso é uma forma didática pra vocês
aprenderem. O que acontece na verdade são reações enzimáticas. Então existem bactérias que, quando em frente ao
antibiótico, elas de certa forma expulsam esse antibiótico que penetram nessa célula e consequentemente elas mostram que é
PEDRO RICARDO M. ANDRADE
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esse mecanismo de resistência bacteriana apresentado. É um exemplo da utilização dessa bomba de efluxo o q a gente ver no
que diz respeito à resistência verificada em relação à escherichia coli quando você utiliza as tetraciclinas.
3 - O terceiro mecanismo de resistência é o que a gente chama de mecanismo enzimático. Então você submete determinadas
bactérias à ação de um antibiótico, o que é que vai acontecer? A bactéria vai sintetizar beta lactamases, que são enzimas que
podem quebrar o anel beta lactâmico, que podem ser vistos nas penicilinas, nas cefalosporinas, nos carbapenemas. Então
mecanismo é o enzimático, e que você pode facilmente entender porque é que o staphylococcus aureus é resistente às
penicilinas, porque ele produz as beta lactamases.
4 - E finalmente o último mecanismo, que é a alteração do sítio de atuação, o local alvo de determinados antibióticos na célula
bacteriana. Você tem os locais alvo, quando o antibiótico se adequa ao local alvo, ele vai desempenhar a sua ação sobre essa
célula bacteriana. Mas algumas bactérias alteram o sítio referente àquele antibiótico. Então lá vai o antibiótico, penetra na
célula, mas ele n consegue se adequar ao local alvo. Isso acontece, por exemplo, quando você tem um staphylococcus aureus
resistente à oxacilina.
Então esses são os quatro mecanismo de resistência bacteriana que eu queria mostrar pra vocês, só pra não
dizer q eu não falei da resistência bacteriana.
Encerramos então a primeira parte, vamos à segunda parte que é antibióticos na gravidez e na lactação.
USO RACIONAL DOS ANTIBIÓTICOS
Primeiro a gente tem que saber o que é o uso racional. Então, existe uso racional quando os pacientes recebem
a medicação apropriada a sua condição clínica, ou seja, quando vc tem uma indicação precisa, vc usa a dose adequada, por
um período de tempo adequado e a um menor custo possível. Entao o uso racional de antibióticos e de qualquer medicação é:
indicação precisa, dose precisa, tempo preciso e menores custos. Isso aqui foi um conceito idealizado na conferência mundial
sobre uso racional de medicamentos de 85 da OMS que se adequa perfeitamente a isso aqui.
Nós conversamos sobre a cronologia, né? Então, os primeiros seres a surgirem há cerca de 3,5 bilhões de anos
atrás foram os gram negativos, depois vieram os gram positivos, depois vieram outros microrganismos e, os primeiros
mamíferos vertebrados surgiram na Terra há 65 milhões de anos atrás, há 250 mil anos veio o Homo sapiens. Pessoal, e os
antibióticos só têm 73, 74 anos que começaram.
Porque que nós devemos empregar corretamente os antibióticos, claro, para obter uma eficácia terapêutica e é
para preservar a flora o paciente, para evitar indução de resistência e para reduzir os custos. Essas são as razões para que a
gente utilize de forma racional os antibióticos. Falamos que para escolher um antibiótico você tem que se indagar será que tem
infecção e se tiver infecção qual é o sítio? Sistema nervoso, trato urinário, sangue. E quais seriam aqueles fatores relacionados
aquele meu processo infeccioso? Stafilococos, gram negativo, pseudomonas, clebisiela, estreptococos? E qual é a gravidade
do meu paciente? Ele tem uma infecção comunitária ou uma infecção hospitalar? Ele é competente no que diz respeito ao seu
sitema imunológico ou ele é imunosuprimido? Aquela infecção ela ocorre mais localizada ou ela é sistêmica? Já houve uso
anterior, prévio, de antibiótico? Será que eu posso aguardar os resultados e deixar o paciente sem antibiótico? E os riscos são
imediatos, ou seja, eles são iminentes ou não? Esse paciente além de ter esse processo infeccioso, ele é cardiopata,
nefropata, hepatopata, diabético? Então, nós precisamos antes de prescrever antibióticos fazer essas tres indagações. Saber
qual a gravidade, quais os diagnósticos e quais os sítios relacionados a infecção. Essas são as razões pq nós insistimos em
errar: nós erramos primeiro porque há um grande número de drogas; nós erramos pq às vezes tem pressão do paciente ou dos
familiares.
Tá aqui o doutor e o doutor diz assim: olha você está com uma doença provavelmente de origem viral, é uma
gastroenterite viral que é frequente nos períodos de chuva, com proliferação de moscas, não precisa de antibióticos, o senhor
vai apenas ter o suporte alimentar e líquido, e em 48 horas o senhor vai ficar bem, mas aí o q acontece, o paciente ele diz: “O
que? Sem antibiótico não vou ficar". Ele automedica-se ou então ele vai la no outro doutor, aí quando chega no outro doutor ele
PEDRO RICARDO M. ANDRADE
ACADÊMICO DE MEDICINA
FACID DEVRY – TERESINA-PI

prescreve o antibiótico q era desnecessário. Coincidentemente o paciente começa a apresentar melhoras, que apresentaria
mesmo sem o uso do antibiótico; influência da indústria farmacêutica, que diminuiu, mas ainda existe; febre de etiologia não
infecciosa (60% das causas de febre são de origem não infecciosa, 40% são de origem infecciosas, e dessas 40% vc tem por
bactéria, por fungo, protozoários, helmintos, diminui mais ainda a causa de febre por infecção bacteriana); desconhecimento do
mecanismo de ação; desconhecimento da toxicidade dos antibióticos (toxicidade renal-aminoglicosídeos e glicopeptídeos;
toxicidade hepática- ciclomonas, sulfas e eritromicina, principalmente o estolato de eritromicina; toxicidade auditiva-
aminoglicosídeos e glicopeptídeos; toxicidade hematológica-sulfas e limesolida; hipersensibilidade-sulfas, quinolonas e
penicilinas); antibioticoprofilaxia cirurgica (Alguns médicos querem fazer é antibioticoterapia cirurgica. Entao se vocês faz
antibioticoprofilaxia cirurgica, a grande maioria dos casos é na indução anestésica, lá antes da incisão, um pequeno percentual
com 24 horas e um pequeníssimo percentual com 48hrs de antibioticoprofilaxia cirurgica); cobertura de germes improváveis
(Ex.: dizer q furunculo e causado por pseudomonas qnd na verdade e por estafilo).
Duração do uso. Hoje há uma tendência a duração menor, numa amigdalite usa 5 dias, cistite 3 dias, cistite
complicada 7 dias, desinteria bacilar máximo de 5 dias, pielonefrite 10 a 14 dias, [...] [obs.: teve mais duas doenças q n deu p
entender nem o nome nem a quantidade de dias]. Algumas patologias são clássicas (endocardite 4 a 6 semanas; osteomielite
4 a 6 semanas; abcesso de 4 a 6 semanas). Nós temos medicamentos e suas formas galenicas q permitem interpretar
antibiograma. Aqui é complicado, pq muitas vezes o cidadão não sabe dos falsos positivos, das resistencias intrinsecas e se o
microbiologista não ajudar, complicar a vida do cidadão, ele vai pro lacre.
Dosagem de antibiótico. Os antibióticos têm suas doses. Por exemplo, a amoxicilina tem a dose de 0,5 a 1
mg/dia, a ceftriaxona no máximo 4g/dia e assim para os outros antibióticos. Mas qual é a dica para vc usar a dose máxima do
antibiótico? A dica é: o paciente ta grave? Se tiver use dose máxima. Um exemplo é a menigite q a gente usa dose maxima no
adulto, ceftriaxona.
Ação in vivo e ação in vitro. Temos o sistema ósseo, nós sabemos q temos antibióticos q penetram muito bem e
aqueles q n penetram, mas quando vc isola o germe, por exemplo, causador de uma osteomielite, in vitro, la no laboratório,
vários antibióticos são sensíveis, mas in vivo eles não tem ação, é o caso da nofloxacina, ela n tem ação no tecido ósseo, ela
só atua no trato urinário e no trato gastrointestinal, mas pode ser q la no antibiograma ela seja sensível aquele agente q ta
causando.
Espectro de ação. Alguns pescritores usam um tiro de canhão(antibiótico de amplo espectro) para atingir um
mosca. Guarde os tiros de canhões para os elefantes, n use nas moscas.
Existencia ou aconselhamento com especialista. Qnd n conhece ou n tem experiência com certo antibiótico pedir
ajuda a especialista.
Aspectos éticos. Resolução, artigo 1 diz q as prescrições de antibióticos nas unidades hospitalares obedecerão
as ordens emanadas da comissão de controle de infecção hospitalar. No artigo 2 do parágrafo 2: é ético o critério q condiciona
a liberação de antibióticos pela comissão mediante a solicitação justificada. O código de ética novo manteve q o medico deve
aprimorar continuamente seus conhecimentos. Qnd o medico utiliza antibiotico de forma errada ele e imperito, imprudente e
negligente.
As regras para usar antibiotico de forma racional: conheça o espectro de ação, as doses, a forma de
adiministração; tenha sempre se possivel o resultado bacteriologico; solicite as culturas; dirija a terapia inicial aos patogenos q
naturalmente causam a infecção (pneumonia- pneumococo); conheça a sensibilidade dos germes aos antibioticos (tem q pedir
cultura para saber o perfil de sensibilidade); cuidado antibiotico n e ansiolitico e nem antitermico.
... Se ele (stafilo) for sensível a Oxa, o ideal é a oxa...
O de amplo espectro só deve ser utilidade se for em um paciente grave, o perfil da bactérias... pode ser que haja
uma associação. Associar antibiótico em situações clínicas específicas, hoje o termo nem é mais associar e sim uso
PEDRO RICARDO M. ANDRADE
ACADÊMICO DE MEDICINA
FACID DEVRY – TERESINA-PI

combinado. Então, você tem situações clínicas, na sepse, na pneumonia, uma infecção de partes moles grave, então tem
aquelas indicações que você deve indicar o uso combinado. O ideal é que você nunca use mais de 2 antibióticos.
Terapia sequencial o que é isso? Um exemplo, vamos supor que você interne seu paciente com uma grave
infecção intracavitária?? O ideal é ciprofloxacina, então você começa pela via venosa o paciente tá grave, precisa de
internação e da via endovenosa, 3 ou 4 dias depois ele já está estável, já consegui ingerir ai eu posso mudar pra via oral, então
isso é terapia sequencial ... da venosa pra via muscular, da venosa pra via oral.
Evitar profilaxias desnecessárias. Em determinadas cirurgias não há sentido você fazer 24h de
antibioticoprofilaxia cirúrgica, por exemplo, na cesariana você faz dose única de cefazolina após a clampagem do cordão
umbilical.
Formulário de requisição, hoje o HGV se for pingar um colírio que contém antibiótico, você tem que pedir por
escrito e se a justificativa não estiver boa, bem redigido volta. Hoje não tem mais indicação de algum antibióticos tópicos, a
famosa bacitracina com neomicina não sai.
Padronização de antibióticos, quinolonas são essas, cefalosporinas são essas... então toda instituição tem que
ter sua padronização de medicamentos e aqui estão inseridos os antibióticos.
E resguardar determinados antibióticos, a vancomicina, os carbapenêmicos, os antibióticos de amplo espectro
têm que ser resguardados, por exemplo, o imipenêm cilastatina só sai se você tiver uma justificativa plausível.
Quais as consequências do uso irracional dos antibióticos?
1. Danos individuais.
Eu posso destruir a microbiota normal do paciente e é um desastre. A nossa microbiota normal, comensal... nós
temos os germes mutantes e graças a essa flora normal o equilíbrio é mantido, se a gente destrói a flora normal vai
selecionando os mutantes ai vocês já imaginam o que pode acontecer.
Aumento dos riscos de efeitos adversos graves, se voê usa inadequadamente, por exemplo, aminoglicosídesos
você pode levar a uma ototoxicidade e nefrotoxicidade.
Superinfecções, isso já havia abordando quando falei da flora . Pessoal não se iludam, um estafilococos de boa
sensibilidade pode fazer um estrago igual ou maior que um estafilo e certa resistência. Quando você usa um antibiótico de
amplo espectro, você ajuda a destruir aquela flora sensível, ai o que que acontece? Vem uma superinfecção.
Aumento da mortalidade, se eu levo a esse desequilíbrio da flora do meu paciente, se eu levo a essas
superinfecções é óbvio que vai ter alta mortalidade, isso só danos individuais.
2. Danos ecológicos
Ecologia e meio ambiente hoje são fundamentais... o uso inadequado leva à seleção de bactérias multidrogas
resistentes.
CONSEQUÊNCIAS DO USO IRRACIONAL DOS ANTIBIÓTICOS
PEDRO RICARDO M. ANDRADE
ACADÊMICO DE MEDICINA
FACID DEVRY – TERESINA-PI

1.Danos individuais.
Eu posso destruir a microbiota normal do paciente e é um desastre. Na nossa microbiota normal, comensal nós
temos os germes mutantes e graças a essa flora normal o equilíbrio é mantido, se a gente destrói a flora normal vai
selecionando os mutantes aí vocês já imaginam o que pode acontecer. O aumento dos riscos de efeitos adversos graves, se
você usa inadequadamente, por exemplo, aminoglicosídeos você pode levar a uma ototoxicidade e nefrotoxicidade.
Superinfecções, isso já havia abordando quando falei da flora. Pessoal não se iludam, um estafilococos de boa
sensibilidade pode fazer um estrago igual ou maior que um estafilo e certa resistência. Quando você usa um antibiótico de
amplo espectro, você ajuda a destruir aquela flora sensível, ai o que que acontece? Vem uma superinfecção. Aumento da
mortalidade, se eu levo a esse desequilíbrio da flora do meu paciente, se eu levo a essas superinfecções é óbvio que vai ter
alta mortalidade, isso só danos individuais.

2.Danos ecológicos
Ecologia e meio ambiente hoje são fundamentais. O uso inadequado leva à seleção de bactérias multidrogas
resistentes. Outro dano ecológico é exatamente que esse emprego equivocado pode levar ao aumento do número de infecções
relacionadas à saúde.

3.Danos econômicos
Se você seleciona o germe se você seleciona o mutante vão causar infecções relacionadas à saúde e danos
econômicos, esses danos são fáceis de entender, porque aumentam os custos hospitalares. Quando eu digo que o paciente
precisa deTigeciclina hoje, ele vai usar um antibiótico de largo espectro, caro, com no mínimo 10 dias de tratamento cerca de
1500 reais. Então os custos aumentam às vezes por conta de uma prescrição equivocada.
A primeira prescrição pode nortear o prognóstico do pct. Aumenta o tempo de internação, pct que era para ser
internado 96h passa a ficar 10 dias. Isso é um dano. Precisamos pensar, somos uma unidade federativa das mais pobres. Essa
instituição é uma das maiores do Piauí é uma referencia norte nordeste mas somos pobres. Ao prescrever um antibiótico o
medico deve ser prudente, criteriosos e acima de tudo responsável.
CASO CLÍNICO
PEDRO RICARDO M. ANDRADE
ACADÊMICO DE MEDICINA
FACID DEVRY – TERESINA-PI

Paciente de 20 anos, masculino, apresenta crise asmática sendo internado em unidade de terapia intensiva (Tem
insuficiência respiratória) por apresentar piora no caso clínico é submetido à ventilação mecânica. (Saturação cai para 70)
Após 72 horas é realizado Rx de tórax que evidenciou condensação em base do pulmão direito. Coletado o material através de
aspirado traqueal (você pega uma seringa de 20 ml soro fisiológico protege com sonda coloca no tubo e injeta aspira e manda
pro setor de microbiologia).Foi isolada pseudômonas aeruginosas (é uma pneumonia hospitalar- procedimento invasivo com
72h) Com o perfil de sensibilidade conforme o antibiograma levando em consideração o resultado do antibiograma.
Respondam:
1)Qual ou quais esquema(s) apropriados para o tratamento do pct?
2)Existem falsos positivos ?
Obs: Pct alérgico a amoxicilina

Mais variados antibióticos: discos de sensibilidade e germe isolado


Pseudomonas têm pigmentos esverdeados.
Antibioticos testados com halo de sensilididade.
S – Sensível R – Resistente
DICAS PARA RESPONDER A QUESTÃO:

• Pneumonia hospitalar por germe perigoso;


• Não usar monoterapia fazer uso associado
• Não posso deixar que esse método quibebalwer me engane por ter falso positivo
• Ver se o paciente pode tomar, pois é alérgico
• Se for alérgico a uma penicilina é alérgico a todas as outras
• Se alérgico a penicilina tem chance de 10 % de ser alérgico a cefalosporina
VAMOS ANALISAR CADA ANTIBIÓTICO TESTADO:
CEFEPIME : é cefalosporina de 4 geração ta descartada porque é resistente;
CEFTRIAXONA: é sensível, de 3ª geração, falso positivo não atua sobre pseudomonas aeruginosas, pois são naturalmente
resistentes a ceftriaxona.
CEFETAZIDINA: é resistente; Não serve.
PEDRO RICARDO M. ANDRADE
ACADÊMICO DE MEDICINA
FACID DEVRY – TERESINA-PI

AZETREONAM: monobactâmico atua sobre gram negativos, é sensível, não é falso positivo. AZETREONAM SÓ ATUA
SOBRE GRAM NEGATIVOS. Pertence a betalactâmicos e o paciente é alérgico a penicilina, mas não apresenta
hipersensibilidade cruzada. Pode usar
CIPROFLOXACINA: fluoquinolona, sensível, e não é falso positivo.

1) ESQUEMA : AZETREONAM + CIPROFLOXACINA


ERTAPENEM: sensível é um carbapenema/ carbapenima, não deve ser usado pra pseudomonas aeruginosa e acinetobacter
não atua sobre elas.
E com relação à alergia? Nesse caso a hipersensibilidade entre as penicilinas e esse carbapenêmico é menor do que se fosse
o imipenem, o paciente alérgico não deve utilizar o imipenem pois percebe-se hipersensibilidade cruzada. Já com Ertapenem é
pouco visto mas não usa porque é falso positivo.
LEVOFLOXACINO: sensível
IMIPENEM: sensível, mas não pode usar devido a hipersensibilidade cruzada
FALSOS POSITIVOS: CEFTRIAXONA + ERTAPENEM
POSSIVEIS ESQUEMAS:
1)AZETREONAM + CIPRO
2)AZETREONAM + LEVO
Pergunta: O imipenem não é uma droga mais forte não é ultima escolha não? Não deve ser usado devido à hipersensibilidade
cruzada. E o pct é alérgico. Mas ele é mais potente? Se não fosse isso eu resguardaria porque o imipenem não deve ser
associado com outros betalactâmico porque induz a formação de resistência bacteriana para um outro betalactâmico se por
acaso for associado. Aqui é por conta de reação alérgica. Mas pode associar com aminoglicosídeos, com polimixina , só não
com outros betalactâmicos.
Pergunta: Se fosse fazer a escolha qual esquema preconizaria, azetreonam com cipro ou com levo?
R- Azetreonam com cipro seria minha primeira alternativa porque a melhor fluorquinolona para tratar pseudomonas é a
ciprofloxacim.

ANTIBIÓTICOS NA GRAVIDEZ E LACTAÇÃO


Esse assunto precisa de literatura atualizada e eu garanto que vocês não vão encontrar nada mais atualizado.
Por que eu escolhi falar com vocês sobre esse assunto? Porque nenhum profissional da área médica vai conseguir escapar de
um dia dar alguma sugestão do uso de antibióticos pra uma gestante ou lactante. Pode ser da família ou um parente ou um
amigo.
O seu uso de forma profilática ou terapêutica influencia de forma muito grande a saúde, o prognostico, a
morbidade e a mortalidade de uma série de doenças bacterianas. Nós também já conversamos e sabemos usar de forma
racional os antibióticos, talvez seja uma das habilidades mais importantes pra o profissional da área médica. E também já falei
que não é nada fácil aconselhar antibiótico. São imensos fatores relacionados a esse aconselhamento e você tem que usar
estratégias, se não, você não consegue aconselhar. E os antibióticos na gravidez é uma pratica muito comum, pra vocês terem
uma ideia, de 25 a 40% das gestantes são tratadas com antibióticos e cerca de 5% são no primeiro trimestre da gravidez.
Lembrem- se que esse período, o primeiro trimestre da gravidez, é o que merece mais cuidado, porque determinados efeitos
adversos vão implicar em complicações talvez até para a gestante e na formação desse concepto. Assim pessoal, para uma
escolha terapêutica segura de um antibiótico na gravidez, nós devemos considerar alguns pontos. Primeiro, nós precisamos
saber os aspectos farmacodinâmicos daquele antibiótico no organismo materno, quais os potencias efeitos adversos para
aquela gestante e quais as eventuais consequências para aquela criança ou para aquele neonato que mama na mãe que está
sendo tratada com o antibiótico. Pra gente parar e mostrar uma coisa bem prática, essa é uma tabela que eu desenvolvi no
PEDRO RICARDO M. ANDRADE
ACADÊMICO DE MEDICINA
FACID DEVRY – TERESINA-PI

meu mestrado. Essa tabela é a distribuição das discordâncias na posologia, duração de tratamento, duração clinica e
associação de antibióticos por clínicas em algum lugar do Piauí em dezembro de 2010 e agosto de 2011. Eu analisei 1805
pedidos ou transcrições de antibióticos. É o meu trabalho né? Eu uni o útil ao agradável. Eu analisei nessas clínicas: clinica
médica, clinica cirúrgica, clinica obstétrica, pediátrica e reumatologica. Mas esse trabalho tem o seguinte detalhe, essa
instituição tem comissão de controle de infecção hospitalar, tem os protocolos, tem os guias, e tem esse trabalhador que vos
fala como infectologista. Vou falar só sobre a clínica obstétrica. Desse total de 1805 prescrições, 368 eram referentes à
maternidade e clinica obstétrica da instituição em estudo. O total de discordâncias verificadas nessa clinica obstétrica foi 2
lugar, só perdeu pra clinica médica. Então das prescrições realizadas na instituição, 24% de discordâncias eram da
maternidade e da clinica obstétrica. No que diz respeito à posologia, 4,2% foram as discordâncias. No que diz respeito à
indicação, 16% estavam equivocadas. 2,8% estavam equivocadas na duração do tratamento, ou pra mais ou pra menos, e 1%
estava equivocado no uso combinado ou na associação. Então, das 368 prescrições, 138 estavam discordantes. Esse
trabalho, nós desenvolvemos nesse período e foi exatamente a nossa dissertação de mestrado. Falei que nós precisamos
conhecer a farmacodinâmica dos antibióticos na paciente gestante, vocês quando forem passar pela disciplina de obstetrícia
vão ver isso, eu apenas vou dar uma rápida explicação. Quando você tem uma paciente gestante, as coisas não funcionam
como funcionam normalmente, você tem alterações farmacodinâmicas. Essas alterações podem ser a diminuição da absorção
de determinados medicamentos no inicio, e na fase mais avançada da gestação. Se você diminuir a absorção de determinados
antibióticos, então altera sim farmacodinamicamente aquele antibiótico, e isso é verificado na gestação. Na gestação, há uma
localização de determinados antibióticos em determinados tecidos e órgãos fetais específicos. Por que não se orienta o uso de
tetraciclina na gestação? Porque ela se localiza em tecidos específicos do feto.
Na gestação ocorrem alterações no metabolismo hepático. Então, se você tem um antibiótico que é
metabolizado pelo fígado, e há essas alterações, então você pode ter alterações no metabolismo desse antibiótico e isso muda
a sua ação à alteração farmacodinâmica desse antibiótico. Na gestação os níveis plasmáticos inferiores, se mostram inferiores
devido a uma progressiva expansão que a gente pode observar no compartimento vascular, e outras duas razoes são, redução
plasmática das proteínas, e quando você verifica essa redução, verifica também o aumento da excreção de determinadas
drogas, e nessa situação nota-se também o aumento da depuração e diminuição dos níveis séricos de antibióticos quando
eliminados pelos rins. Então vejam que nós precisamos saber e ter ideia dessas alterações farmacodinâmicas que podem e
normalmente ocorrem no período gestacional. É fundamental q a gente pelo menos abordasse essas alterações para a gente
continuar o estudo desses ab. Existe um órgão americano chamado nãoseioque, q ele realizou, colocou em categorias de
segurança determinadas drogas durante a gravidez, então se vocês forem verificar o laboratório responsável, ele coloca lá no
seu bulário a categoria daquela medicação antibiótica conforme esse órgão americano ai. Nos vidros, vocês podem ter também
essa categoria, essa classificação digamos assim, de segurança. Então vamos ver quais as categorias de segurança segundo
esse órgão americano. Então você tem a categoria A. Qual é a interpretação daqueles medicamentos que estão inseridos
nessa categoria? Nesse caso especifico, nós estamos nos referindo aos antibióticos. Então os que pertencem a categoria A, a
interpretação é a seguinte: estudos controlados mostram não haver riscos se por acaso a nossa paciente utilizar durante a
gravidez. A segunda categoria é a B. Qual é a interpretação desses antibióticos que pertencem a categoria B? Sem evidencias
de riscos em seres humanos. Categoria C, riscos não podem ser descartados. Categoria D, evidências positivas de riscos.
Percebam que a cor daquelas categorias é proposital, um verde bem escuro, depois um mais claro, depois um amarelo de
cautela e agora um vermelho de cuidado, e finalmente a categoria X q são os contraindicados na gestação. Então essas são as
categorias segundo o órgão americano e que vocês com certeza agora vão prestar atenção. Muito bem , quais então os efeitos
desses antibióticos na gestação? Sem sombra de duvidas o efeito mais temido é a respeito da teratogenia. E quando você fala
em teratogenia, você tem uma das drogas mais famosas no que diz respeito a teratogenia, que é a talidomida. Então a
talidomida, ela foi introduzida nas décadas de 60 e 70 como um antinauseante, anti hermético, e ela tem esse efeito mesmo.
PEDRO RICARDO M. ANDRADE
ACADÊMICO DE MEDICINA
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Então os profissionais prescreviam para suas pacientes gestantes a talidomida principalmente no início da gestação, que é
quando a paciente mais apresenta esses efeitos, e ai o q aconteceu? E ai verificou-se q a talidomida levava a malformações
serias dos membros, essa mal formação é conhecida como? O que esses membros lembram? Foca, então essa malformação
ficou conhecida como focomelia. E a gente vê determinados indivíduos vitimas dessa mal formação.
Bem, o outro efeito na gestação são os específicos, a gestação é um estado em que você deve evitar a
tetraciclina, pq causa hepatotoxicidade, e esse efeito é so na gestação. Então, na gestação alem do efeito que pode trazer ao
feto, também podem trazer pra gestante que é a hepatotoxicidade. Então você tem repercussões sobre o feto, um estado
denominado de kernicteros, que é uma impregnação bilirrubinica no SNC do concepto, então causa teratogenia,
hepatotoxicidade e kernicterus. Olha essa observação, o período de maior susceptibilidade a teratogenia é o primeiro trimestre
de gestação, então esse é um trimestre que a rigor, nos não deveríamos permitir q a paciente utilizasse quaisquer medicação,
mas nem sempre é possível, então tem que ficar alerta nisso.
Então aqui é só pra ir dando aquele gostinho da obstetrícia. Então a gestação, vocês sabem , ela é calculada
em semanas, a gestação normal pode variar de 38 a 42 semanas, em media, 40 semanas. Então naquele período que nos
conhecemos por fertilização e implantação, é o período q vai ate o 17º dia. Do 18 ao 55º dia, nós temos a organogênese, e é
nesse período que nós mais percebemos a sensibilidade a drogas, e é este período que nós mais percebemos as
malformações morfológicas. Do 56º dia em diante ate o período natal, nós podemos determinar as alterações funcionais
relativas a determinados órgãos desse concepto. Então veja que nos três trimestres pode sim, em maior ou em menor grau,
haver efeitos adversos sobre essa criança.
Bem, essas substâncias, os antibióticos, eles são capazes, em maior ou menor grau de atravessar a barreira
placentária. Felizmente, poucos são considerados teratogênicos, essa é uma razão pra que durante a gravidez, você ao indicar
um antibiótico, indique de uma forma rigorosa e precisa. Mas essa é uma observação que nós podemos fazer, que mesmo os
antibióticos potencialmente tóxicos, eles podem ser ,e na mairoia das vezes, devem ser utilizados. Se você se enconta em uma
situação em que você só tem um antibiótico, e aquele antibiótico, se ele for utilizado, ele pode causar uma teratogenia, mas se
você não utilizar você pode perder a mãe e o filho, os benéficos nessa situação são maiores que os riscos. Então mesmo os
potencialmente tóxicos, pode ser que você se encontre em uma situação que você não tem alternativa, tem que usar aquele
antibiótico, porque ou você usa ou coloca em risco a vida da paciente e do concepto.
Vamos então falar sobre o emprego de ab na gravidez. E eu sempre defendi, eu sempre achei que os estímulos
visuais e auditivos, uma forma de vc chamar a atenção de quem está assistindo é sempre bom, vc poder relacionar aquela
situação com uma circunstância, com um apelo visual é mais interessante, então o estudo dos antibióticos na gravidez eu faço
o seguinte, eu comparo esse uso, ao semáforo. Onde, o verde orienta o que você pode utilizar, porque até agora não foram
observadas toxicidades fetais e na gestante no uso pratico e sua utilização é provavelmente segura. Pode ser que daqui a uns
anos alguém faça um trabalho e mostrar que não pode, inclusive eu, então por isso usar o termo provavelmente seguro. Então
vamos dar uma olhada nesses antibióticos provavelmente seguros durante a gravidez. As penicilinas, as cefalosporinas, o
aztreoam, a clindamicina, aqui vai uma observação, a eritomicina ela possui o estolato de eritromicina e o estearato de
eritromicina, o estolato é contra indicado na gravidez, mas o estearato é provavelmente seguro. Então quando você for
determinar o uso de eritromicina na gravidez, faça opção pelo estearato. Azitromicina, provavelmente segura. Espidamicina
provavelmente segura. Então aqui já dá pra fazer muita coisa, já tem penicilina, cefalosporina, aztreonam, clindamicina,
estearato de eritromicina, azitromicina e espidamicina, muitos antibióticos provavelmente seguros na gestação. Ai vem o
segundo grupo, que são aqueles que você tem que ter cautela, já dizia a minha avó q cautela e caldo de galinha não faz mal a
ninguém. Então, esses antibióticos você tem q avaliar os riscos e se os benefícios justificam os riscos. Vamos lá, imipenem,
meropenem, é verificada toxicidade em animais e há estudos que mostram aumento de abortamentos espontâneos. Então eu
tenho que usar com cautela. Metronidazol, estudos mostram q ele é carcinogênico em animais, por isso se eu tiver q utilizar na
PEDRO RICARDO M. ANDRADE
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gestante, eu só utilizo depois a 20ª semana de gestação. (Kellyton pergunta: até o tópico? Prof: não, o tópico devido a sua
absorção não muito intensa, quanto o oral e o parenteral, mas tem profissionais que mesmo assim só preferem utilizar depois
da 20ª semana de gestação e eu concordo). Polimixinas, nós temos a B e a E, então, o uso de polimixina na gravidez aumenta
o risco de neuro, Oto e nefro toxicidade, então cautela. Claritromicina, interessante, a azitromicina é provavelmente segura.
(Roque pergunta: prof essa polimixina é a mesma garamicina? Ai o prof: não, polimixina é um grupo e a garamicina é um
aminigicosideo. Roque: é porque conheço uma mulher q tomou muita garamicina na infância e ela é surda. Prof: é pq os
aminiglicosideos assim como as polimixinas são Oto e nefro tóxicos). Então claritromicina é tóxica em animais, então é
preferível que você use a azitromicina. Glicopeptideos, como vancomicina e pleidocramina, também é verificada toxicidade
auditiva e renal, então cautela. A nitrofurantoina, que acho que não falei, mas está relacionada na literatura, ela é colocada
como um antibiótico que você precise de cautela, porque há um aumento de anemia em recém nascidos, se aquele RN tiver
deficiência naquela enzima, a G6PD (a glicose6fosfatodesidrogenase). Então você não deve usar nitrofurantoina nem as
sulfas se por acaso aquele RN tiver deficiência dessa enzima.
E finalmente tem aqueles contraindicados, sinal vermelho!
Só pra situa-los que contraindicação não é mais separado com hífen! Então, aminoglicosídeos, ai se insere gentamicina,
amicacina, protramicina, tecnomicina, estreptomicina. E o q eles podem causar no feto? Lesão do 8º par craniano, então a
criança nasce com deficiência auditiva. (Hudson pergunta: e o equilíbrio prof, também? Prof.: Olha, ele tem uma ação, mas a
lesão principal é a surdez devido a lesão do oitavo par craniano). O estolato de eritomicina, e eu alertei, se tiver q usar use o
estearato. Por que não se deve usar o estolato? Risco de hepatite colestática. Cloranfenicol, porque ele está contraindicado?
Risco de síndrome cinzenta do recém nascido e risco potencial de depressão medular. Linezolida, é a única do grupo que
temos no nosso país, tem risco de plaquetopenia e neurotoxicidade. Tigeciclina, assim como as tetraciclinas, elas tem risco de
descalcificação óssea. Rifampicina, teratogênica em animais, por isso se vc tiver que utilizar na gestante, as únicas indicações
são tuberculose e hanseníase. (Prof fala de um caso que parece que ele tava dando uma palestra sobre isso, ai ele disse q só
utilizava no caso de tuberculose, só que tinha um dermatologista na plateia que depois disse pra ele q era indicado também em
hanseníase, ai ele nunca mais esqueceu). Quinolonas estão contraindicadas porque levam a artropatias em animais e adultos.
Então a sociedade brasileira de pediatria e a OMS ainda não liberou para a pediatria, mas eu já utilizei em crianças e graças a
Deus, não aconteceu isso. (Hudson pergunta: prof quinolonas não é padrão ouro pra infecção urinária? Então na grávida, como
ela tem riscos de ter, como é que faz? Prof: ai você tem outras alternativas, você tem cefalosporinas, você tem nitrofurantoina,
você só resguarda uma quinolona se for a ultima alternativa, ou então, é aquela historia, é contraindicado ? é, mas se vc n
utilizar morre a mãe e a criança, então vc usa). E Tetraciclina, causa toxicidade óssea, dentaria e hepática. E ai pessoal nos
temos as orientações no que diz respeito a uso de ab na gravidez. Ah, as sulfas, podem levar a hemólise no RN, aquele que
não tem a g6pd, levar a kernicterus e até atrogenia em animais. Então as sulfas elas são contraindicadas na primeiro trimestre
pela possibilidade de teratogenia e no terceiro trimestre pela possibilidade de impregnação bilirrubínica do SNC dessa criança,
então se vc tiver q usar sulfa, utilize só no segundo trimestre.
Mas, prometi pra vocês que iria falar de antibióticos na gravidez e na lactação. Se na gravidez a literatura já é de
certa forma escassa, mas escassa é na lactação. Mas, nós conseguimos ter um material suficiente pra conversar com vocês.

Praticamente se nós formos analisar, todas as drogas que são administradas a uma nutriz, elas podem e são excretadas pelo
leite em pequenas concentrações. Evidentemente quando os antibióticos são administrados à mãe em dose terapêutica e por
um período curto, essa quantidade transferida ao lactente, é obvio que será pequena e não colocará esse lactente frente a
riscos significativos.
Sabe-se que aqueles antibióticos que têm um PH BÁSICO, eles vão se concentrar MAIS no leite materno, é
o exemplo da eritromicina. E aqueles antibióticos que tem um pH ácido, eles vão se concentrar MENOS no leite materno
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como é o caso das penicilinas. Muitos antibióticos eles podem e atingem determinadas concentrações no leite materno, por
exemplo, 50 a 100% das concentrações séricas, cloranfenicol, eritromicina, e as tetraciclinas, eles podem atingir esses
percentuais no leite materno. As benzilpenicilinas e a oxacilina podem atingir no Maximo 20% de concentração no leite
materno, e a concentração encontrada no leite materno é mínima quando você emprega um aminoglicosídeo naquele periodo
de lactação. Bem, o ... (acho que é o órgão americano), ele não classifica ou não tem uma classificação, pra drogas na
lactação como tem na gravidez. Então o que eu fiz? Eu encontrei uma classificação parecida só que para a lactação. Então
essa categoria:

CATEGORIA 1 → fármacos que não passam para o leite.

Categoria 2, fármacos que passam para o leite, mas não parecem afetar o lactente se você empregar em doses terapêuticas.

Categoria 3, fármacos que passam para o leite em uma quantidade que pode ser verificado alto risco para o lactente mesmo
quando usado em dose terapêutica. Categoria 4, fármacos cuja passagem para o leite é pouco conhecida. Essa é uma
classificação que eu encontrei em um catálogo sueco de especialidades farmacêuticas desses autores aqui oh ( depois prof
conta uma piada).
Então, vamos em frente, emprego de antibióticos na lactação, e ai nós montamos da mesma forma. Lembrando
e associando a um semáforo. Provavelmente seguros, penicilinas, aztreonam, cefalosporinas, eritromicina (aqui pode as duas),
tetraciclinas (é contraindicada na gravidez, mas é segura na lactação/ quando você utiliza a tetraciclina com leite, antiácidos e
alimentos ,formam-se quelatos e inativam as tetraciclinas, por isso é que você não pode em muitas situações assim, “oh, toma
esse remédio com leite que vai melhorar ai a ação”, cuidado, porque existem medicações que devem ser oferecidas longe de
alimentos. E tem aquelas que precisam ser oferecidas com alimentos pra melhorar a absorção e diminuir os efeitos
gastrointestinais, por isso, cuidado com essa história! Só tem uma tetraciclina que você pode empregar com alimento, é a
doxiciclina, as outras são inativadas se você tomar com leite, antiácido ou outros alimentos). Imipenem, estão lembrados que o
imipenem lá na gravidez, era cautela, aqui é provavelmente seguro. Glicopeptideos, a mesma coisa. Aminoglicosídeos,
professor e a lesão do oitavo par craniano? Sim mas só se for usado na gravidez, na amamentação vocês viram a observação,
praticamente não se verifica a eliminação de aminoglicosídeos pelo leite materno. (Pergunta não entendi. Resposta: não, veja
o seguinte, a tetraciclina usada na amamentação , o q que vai acontecer?, ela vai ser eliminada pelo leite , mas a criança não
vai ter problema porque ela é inativada pelo leite. Então a tetraciclina é contraindicada na gravidez, mas na lactação pode ser
utilizada). Ok? Então, vamos para aqueles que precisam de cautela. Metronidazol, prof por que? Porque ele dá um gosto
amargo ao leite e há a possibilidade de a criança não querer mais o leite, então é melhor você não utilizar.( Tivemos um caso
assim, uma puérpera que sofreu uma cesariana e voltou 10 dias depois com um quadro de infecção hospitalar de centro
cirúrgico. Ai o profissional passou metronidazol, ai a gente aproveitou para verificar isso ai, mas parece que o menino fez foi
gostar do gosto amargo). Cloranfenicol, pode levar a depressão medular no lactente. Polimixinas, mesmo na lactação é
possível observar toxicidade auditiva, renal e neurológica. Claritromicina, da mesma forma que na gestação, ela é tóxica em
animais , então cuidado. E as sulfas, no caso da anemia hemolítica você tem que evitar em prematuros ictéricos ou quando
tem deficiência da glicose 6 fosfato desidrogenase. Então para esses, cautela!
E finalmente, os contraindicados, o único que é contraindicado são as quinolonas. Altas concentrações no leite
materno podem levar a artropatias( distúrbios nas cartilagens de crescimento). E ai a gente vem com as conclusões. Pessoal,
como eu falei, são bastante limitadas as informações que nos temos sobre esses riscos do uso de antibióticos durante a
gestação e lactação. Outro ponto que nós precisamos abordar, justifica essa carência de informações sobre os ricos de
antibióticos na gravidez e lactação, que são as barreiras éticas e metodológicas. Nós não podemos fazer pesquisas oferecendo
PEDRO RICARDO M. ANDRADE
ACADÊMICO DE MEDICINA
FACID DEVRY – TERESINA-PI

“oh, pra eu saber se esse antibiótico vai causar algum problema, vou dar pra essa gestante aqui”, as barreiras éticas impedem.
Bem, contudo, as informações que se dispõem, permitem a nós atuar dentro dos limites relativamente seguros e associados a
prudência e sensatez, nós podemos delinear opções tanto terapêuticas quanto profiláticas pro uso de antibióticos na gravidez
e lactação. Caso alguém queira se aprofundar, muitas dessas informações foram retiradas dessa referencia “drogas na
gravidez “ e tem lá na nossa página na internet e “amamentação e uso de medicamentos e outras substâncias no ministério da
saúde” que deve ter tbm lá na nossa página na internet (não entendi direito essa parte de referências) .

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