CONSELHO FEDERAL DE FONOAUDIOLOGIA

Parecer CFFa nº 43, de 6 de abril de 2016.

“Dispõe sobre o uso de recursos de estimulação elétrica

transcutânea por fonoaudiólogos.”

A Comissão de Saúde, no uso de suas atribuições regimentais;

Considerando a Lei nº 6.965/81, que dispõe sobre a regulamentação da profissão de

fonoaudiólogo;

Considerando o Código de Ética da Fonoaudiologia;

Considerando as recentes pesquisas, atualizações científicas e publicações realizadas por

fonoaudiólogos e outros pesquisadores sobre o assunto;

Considerando o parecer técnico dos fonoaudiólogos, Ana Paula Lefèvre Machado e Bruno
Tavares de Lima Guimarães,

É de parecer que:

1. O uso de recursos de estimulação elétrica transcutânea: corrente FES (Function Electrical

Stimulation - Estimulação Elétrica Funcional), corrente TENS (Transcutaneous Electrical Nerve
Stimulation – Eletroestimulação Transcutânea), corrente RUSSA, corrente AUSSIE (Australiana),
corrente Interferencial e Microcorrente, por fonoaudiólogo, demanda formação específica teórica
prática de, no mínimo, 120horas.

1.1. O profissional fonoaudiólogo deverá ser capaz de indicar o uso da eletroestimulação

transcutânea para cada caso, optando pelo tipo(s) de corrente(s) mais adequado(s) bem como
os parâmetros e modulação ideais.

2. O uso de tais recursos, referenciados na literatura, está relacionado ao tratamento das algias,
estimulação sensório-motora e contração muscular, constituindo elemento importante no trabalho
em motricidade orofacial, disfagia, voz, fala e estética, seguindo normas de biossegurança e
critérios de elegibilidade para segurança do paciente.

3. A utilização dos diversos tipos de estimulação elétrica transcutânea, com fins fonoaudiológicos,
constitui exercício legal da profissão, uma vez que os objetivos são habilitar e reabilitar, prevenir
agravos e minimizar riscos relacionados a eles.

4. O exposto nas considerações acima permite aos segmentos interessados implementar estudos e
pesquisas que venham a fortalecer os avanços da Fonoaudiologia com relação aos recursos
elétricos transcutâneos.

Este é o parecer

Maria Cristina Borges de Oliveira

Presidente da Comissão de Saúde
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PARECER APROVADO DURANTE A 36ª SPE, EM 6/04/2016.

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