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RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO

"Em caso de inobservância do seu dever específico de proteção previsto no art.


5º, inciso XLIX, da Constituição Federal, o Estado é responsável pela morte de
detento". (RE 841526, Relator(a): Min. LUIZ FUX, Tribunal Pleno, julgado em 30/03/2016,
ACÓRDÃO ELETRÔNICO REPERCUSSÃO GERAL - MÉRITO DJe-159 DIVULG 29-07-2016
PUBLIC 01-08-2016)

Julgue:
Em caso de ação de regresso, o agente público, na condição de réu, terá que
comprovar a inexistência de sua culpa ou de seu dolo para evitar possível
condenação para ressarcir o dispêndio ocorrido pelo Estado.
Errado: A responsabilidade extracontratual do agente perante a administração (ou a
delegatária) só se configura se restar comprovado dolo ou culpa desse agente
(responsabilidade subjetiva, na modalidade ''culpa comum''), devendo ser comprovado
pela própria Administração.

RESPONSABILIDADE CIVIL. RECURSO ESPECIAL SUBMETIDO À SISTEMÁTICA PREVISTA


NO ART. 543-C DO CPC. ACIDENTE FERROVIÁRIO. VÍTIMA FATAL. CONCORRÊNCIA DE
CAUSAS: CONDUTA IMPRUDENTE DA VÍTIMA E DESCUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL DE
SEGURANÇA E FISCALIZAÇÃO DA LINHA FÉRREA. REDUÇÃO DA INDENIZAÇÃO POR
DANOS MORAIS PELA METADE. INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS. NÃO
COMPROVAÇÃO DE DEPENDÊNCIA ECONÔMICA PELOS GENITORES. VÍTIMA MAIOR COM
QUATRO FILHOS. SÚMULA 7 DO STJ.
(...)
4. No caso sob exame, a instância ordinária consignou a concorrência de causas, uma vez
que, concomitantemente à negligência da concessionária ao não se cercar das práticas de
cuidado necessário para evitar a ocorrência de sinistros, houve imprudência na conduta da
vítima, que atravessou a linha férrea em local inapropriado, próximo a uma passarela, o
que acarreta a redução da indenização por dano moral à metade.
5. Para efeitos do art. 543-Cdo CPC: no caso de atropelamento de pedestre em via
férrea, configura-se a concorrência de causas, impondo a redução da
indenização por dano moral pela metade, quando: (i) a concessionária do
transporte ferroviário descumpre o dever de cercar e fiscalizar os limites da
linha férrea, mormente em locais urbanos e populosos, adotando conduta
negligente no tocante às necessárias práticas de cuidado e vigilância tendentes a evitar a
ocorrência de sinistros; e (ii) a vítima adota conduta imprudente, atravessando a
via férrea em local inapropriado. 6. Recurso especial parcialmente conhecido e, nesta
extensão, parcialmente provido. Acórdão submetido ao regime do art. 543-C do CPC e da
Resolução STJ 08/2008.
(STJ - REsp 1172421/SP, Rel. Ministro LUIS FELIPE SALOMÃO, SEGUNDA SEÇÃO, julgado
em 08/08/2012, DJe 19/09/2012)

Responsabilidade Estatal = Subsidiária


PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. CÓDIGO
DE PROCESSO CIVIL DE 1973. APLICABILIDADE. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DAS
PESSOAS JURÍDICAS DE DIREITO PRIVADO PRESTADORES DE SERVIÇO
PÚBLICO. SÚMULA 83/STJ. INCIDÊNCIA. ENTE ESTATAL. RESPONSABILIDADE
SUBSIDIÁRIA. ARGUMENTOS INSUFICIENTES PARA DESCONSTITUIR A DECISÃO
ATACADA.
I - Consoante o decidido pelo Plenário desta Corte na sessão realizada em 09.03.2016, o
regime recursal será determinado pela data da publicação do provimento jurisdicional
impugnado. In casu, aplica-se o Código de Processo Civil de 1973.
II - É pacífico o entendimento no Superior Tribunal de Justiça segundo o qual, as
pessoas jurídicas de direito privado, prestadoras de serviço público, respondem
objetivamente pelos prejuízos que causarem a terceiros usuários e não usuários
do serviço.
III - O recurso especial, interposto pela alínea a e/ou pela alínea c, do inciso III, do art. 105,
da Constituição da República, não merece prosperar quando o acórdão recorrido encontra-
se em sintonia com a jurisprudência dessa Corte, a teor da Súmula 83/STJ.
IV - Esta Corte possui orientação consolidada, segundo o qual nos casos de danos
resultantes de atividade estatal delegada pelo Poder Público HÁ
RESPONSABILIDADE SUBSIDIÁRIA do ente estatal.
V - O Agravante não apresenta, no regimental, argumentos suficientes para desconstituir a
decisão agravada.
VI - Agravo Regimental improvido.
(AgRg no AREsp 732.946/DF, Rel. Ministra REGINA HELENA COSTA, PRIMEIRA TURMA,
julgado em 06/06/2017, DJe 09/06/2017).

IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA

O Controle exercido pelo Tribunal de Contas, não é jurisdicional, por isso que não há
qualquer vinculação da decisão proferida pelo órgão de controle e a possibilidade de ser o
ato impugnado em sede de ação de improbidade administrativa, sujeita ao controle do Poder
Judiciário, consoante expressa previsão do art. 21 , inc. II , da Lei nº 8.429 /92. (STJ -
RECURSO ESPECIAL REsp 1032732 CE 2008/0035941-6 (STJ))

LICITAÇÕES E CONTRATOS ADMINISTRATIVOS

O ato administrativo de desfazimento de processo licitatório por motivo superveniente


de conveniência e oportunidade é revocatório. O ato administrativo de revogação,
como qualquer outro ato administrativo, está sujeito a controle judicial no aspecto da
legalidade. Nessa ótica, a competência e a forma dos atos administrativos discricionários são
elementos vinculados e, portanto, suscetíveis de controle pelo Poder Judiciário. O motivo
também pode ser suscetível ao controle judicial em caso de motivo falso ou inexistente (com
incidência da teoria dos motivos determinantes).

As contratações realizadas pela Administração pública demandam


publicação resumida no Diário Oficial como condição, nos termos da Lei n°
8.666/1993,
de eficácia e expressão do princípio da publicidade, dando início à produção de efeitos,
salvo, por exemplo, previsão de alguma condição suspensiva, permitindo a todos os
administrados o conhecimento do negócio jurídico celebrado.

A invalidação de um contrato administrativo pode acarretar a impossibilidade


de indenização do contratado nos casos em que este agir com má-fé e der
causa à invalidação do instrumento, ressalvada remuneração pelos serviços
já executados.
Certo. REGRA: Art. 49 - § 1º (L 8.666) A anulação do procedimento licitatório
por motivo de ilegalidade não gera obrigação de indenizar. EXCEÇÃO: Art. 59 -
Parágrafo único (L 8.666). A nulidade não exonera a Administração do dever de
indenizar o contratado pelo que este houver executado até a data em que ela for
declarada e por outros prejuízos regularmente comprovados, contanto que não
lhe seja imputável, promovendo-se a responsabilidade de quem lhe deu causa.

A sensível majoração de tributo que impacta no custo da execução de contrato


para a contratada gera a revisão do preço contratual, em atenção à teoria do
fato do príncipe.
Certo. No caso de mudança da tributação, os contratos podem ser revistos com base na
teoria do fato do princípe, que se aplica quando houver uma ação estatal que atinge
indiretamente o contrato. Vale dizer: a mudança de tributação não se destina
especificamente àquele contrato, mas sim a todas as situações em que o seu fato gerador
ocorrer; dessa forma, diz-se que a ação estatal atingiu o contrato apenas de forma
reflexa/indireta. Nesse sentido o art. 65, § 5º, da Lei 8.666/1993: “quaisquer tributos ou
encargos legais criados, alterados ou extintos, bem como a superveniência de disposições
legais, quando ocorridas após a data da apresentação da proposta, de comprovada
repercussão nos preços contratados, implicarão a revisão destes para mais ou para
menos, conforme o caso”.

As cláusulas exorbitantes são implícitas em todos os contratos administrativos,


mas dependem de previsão expressa no acordo.
Errado. São implícitas em todos os contratos administrativos, mas não dependem de previsão
expressa no acordo, pois decorrem diretamente da Lei (Art. 58 da 8666/93).

As prorrogações de serviços continuados de que trata a L 8.666 devem se dar


por períodos iguais ao originariamente contratado.
Errado. Embora o art. 57, II desta lei utilize a expressão “períodos iguais e sucessivos”,
não necessariamente deverá ser nestes termos, podendo se prorrogar por até 60 meses
e mais 12 meses, excepcionalmente, neste último caso.

É conferida à administração pública a prerrogativa de alterar o objeto


contratual para melhor atendimento do interesse público, assegurada a
manutenção do equilíbrio econômico-financeiro.
ERRADO: não há previsão legal de alteração do OBJETO contratual, mas apenas de:
 seu aspecto quantitativo e qualitativo;
 a garantia; e
 o regime de execução e forma de pagamento, se houver acordo.

Em caso de contratação de serviço técnico especializado, a administração


pública só poderá fazê-lo desde que o autor ceda os direitos patrimoniais a
ele relativos e a Administração possa utilizá-lo de acordo com o previsto no
regulamento de concurso ou no ajuste para sua elaboração.
Certo. Art. 111, L 8.666. A Administração só poderá contratar, pagar, premiar ou receber
projeto ou serviço técnico especializado desde que o autor ceda os direitos
patrimoniais a ele relativos e a Administração possa utilizá-lo de acordo com o previsto no
regulamento de concurso ou no ajuste para sua elaboração.

De acordo com a CF, compete ao Tribunal de Contas da União sustar


diretamente os contratos administrativos que possam ter alguma
irregularidade.
Errado. Tribunal de Contas susta ATO. Congresso susta CONTRATO.
Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio
do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:
X - sustar, se não atendido, a execução do ato impugnado, comunicando a decisão à
Câmara dos Deputados e ao Senado Federal;
§ 1º No caso de contrato, o ato de sustação será adotado diretamente pelo Congresso
Nacional, que solicitará, de imediato, ao Poder Executivo as medidas cabíveis.

Segundo a Lei n.º 8.666/1993, considera-se como contrato todo e qualquer


ajuste entre órgãos ou entidades da Administração Pública e particulares em
que haja um acordo de vontades para a formação de vínculo e a estipulação de
obrigações recíprocas, seja qual for a denominação utilizada.
Certo.

O termo de contrato será sempre obrigatório.


Errado. O Contrato poderá ser:
Obrigatório:
- Concorrência;
- Tomada de Preços;
- Dispensa ou Inexigibilidade cujos preços estejam compreendidos nos limites destas duas
modalidades (Concorrência e Tomada de Preços - acima de R$ 150 mil)
Facultativo:
- Convite;
- Leilão;
- Concurso;
- Compra de bens a serem entregues imediata e integralmente independentemente do valor,
das quais não resultem obrigações futuras, inclusive assistência técnica.
Substituem o Contrato: (nos casos facultativos)
- Carta-contrato (em caso de convite);
- Nota de Empenho de Despesa;
- Autorização de Compra;
- Ordem de Execução de Serviço.

Acompanhar o contrato significa verificar se os requisitos contratados estão


sendo obedecidos na formalização da parceria e, também, verificar se a
execução foi realizada, após o término do contrato, por meio da prestação de
contas.
Errado. O acompanhamento e a fiscalização da execução do contrato são obrigatórios
para todos os contratos administrativos, inclusive aqueles que, sistemática e
teleologicamente, se esgotem em um único ato. Ao fiscal não caberá aferir prestação de
contas.

A multa, como sanção aplicada pela Administração ao contratante, não poderá


incidir simultaneamente a outras sanções previstas na lei 8.666.
Errado. A multa sempre poderá ser aplicada juntamente com todas as outras sanções. A lei
admite acumulação somente da pena de multa com alguma outra. As demais sanções não
podem ser cumuladas entre si. Assim, pode-se aplicar multa + advertência,
multa + suspensão temporária de licitar e contratar, multa + declaração de inidoneidade.

ADMINSITRAÇÃO INDIRETA

Uma autarquia municipal criada para prestação de serviços de abastecimento


de água deve obrigatoriamente ter sido instituída por lei e recebido a
titularidade do serviço público em questão, o que autoriza a celebração de
contrato de concessão à iniciativa privada ou a contratação de consórcio
público para delegação da execução do referido serviço.
Certo. É permitido às autarquias celebrar contrato de concessão com um particular para
delegação de determinado serviço. Ex.: transporte público.

Se o indivíduo for condenado por improbidade administrativa em decorrência


de locupletamento e, logo após, falecer, terá a responsabilidade por ressarcir
os cofres públicos perdoada.
Errado. Art. 8°, Lei 8429 - O sucessor daquele que causar lesão ao patrimônio público ou
se enriquecer ilicitamente está sujeito às cominações desta lei até o limite do valor da
herança.

O princípio da presunção de legitimidade dos atos administrativos envolve


apenas os seus aspectos jurídicos, não alcançando os fatos nos quais esses
atos se basearam.
Errado. O princípio da presunção de legitimidade há de ser analisado em cotejo com sua
outra vertente: a presunção de veracidade. Para além de se presumirem valídos e legítimos
os atos administrativos, os fatos nele esposados também hão de ser, presumidamente,
conformes com a realidade fática.
Apesar da existência do princípio da publicidade e do direito de acesso do
cidadão a dados a seu respeito, nem toda informação pode ser transmitida ao
interessado, mesmo que se relacione com sua pessoa.
Certo. Exemplo disso é o Inquérito Policial. Ora, até que se finde a providência
investigatória, a divulgação de sua realização ao investigado consubstanciar-se-ia patente
inefetividade da atuação policial, razão pela qual, inclusive, a Súmula Vinculante nº 13, do
Supremo Tribunal Federal, estabelece que o advogado do investigado somente terá acesso
ao conteúdo das diligências após ele ter sido documentado nos autos do IP.

O poder disciplinar é o poder conferido à Administração Pública de aplicar


sanções e penalidades aos servidores públicos ou aos particulares que
celebrem contratos com o Poder Público, não sendo possível a aplicação do
poder disciplinar a servidores aposentados.
Errado. O poder disciplinar baseia-se em uma espécie de supremacia estatal especial, e, bem
por isso, alcança todas as pessoas que tenham algum tipo de vínculo diferenciado com o
Estado, seja estatutário, contratual, celetista ou temporário. O Servidor, apesar de estar
aposentado, ainda é Servidor Estatutário.

Qualquer ato administrativo pode ser revogado.


Errado. Não podem ser revogados o VC PODE DA:
V INCULADOS
C ONSUMADOS (NO CASO, O ATO JÁ ESTARÁ CONSUMADO, NÃO HAVANDO QUE SE
FALAR EM REVOGAÇÃO)

PO PROCEDIMENTOS ADMINISTARTIVOS
D ECLARATÓRIOS
E NUNCIATIVOS

DA DIREITOS ADQUIRIDOS

OBS(1): SÃO ATOS ENUNCIATIVOS >> '' CAPA''


C ERTIDÃO
A POSTILA
P ARECER
A TESTADO
A autoexecutoriedade é um dos atributos do poder de polícia que permite que
o agente público utilize a força se necessário.
Errado. A Administração Pública no exercício de poder DE polícia administrativo (fiscalização)
poderá forçar o cidadão a cumprir mediante inúmeras sanções, como por exemplo a
implantação de multas. Todavia, não poderá se utilizar do uso força física. Esta é remetida
somente aos órgãos que detém o poder DA políca (PM, PC, PF, etc.).

A coercibilidade é a característica do poder de polícia que possibilita à


administração praticar atos, modificando imediatamente a ordem jurídica.
O Poder de Polícia NÃO pode modificar a ordem jurídica.

O ato de gestão é praticado pela administração, sem exercício de supremacia


sobre particulares.
Certo. São os atos expedidos pela Administração em posição de igualdade perante o
particular, sem usar de sua supremacia e regidos pelo direito privado. Exemplos: locação de
imóvel, alienação de bens públicos;

O ato imperfeito é um ato que teve seu processo de formação concluído, mas
ainda não está apto a produzir efeitos, por não haver implementado termo ou
condição.
Errado. O ato imperfeito, tecnicamente, ainda nem é ato porque não concluiu seu ciclo de
formação. Ex. ato de publicação obrigatória, mas que ainda não foi publicado.

Os atos da Administração e os atos administrativos são institutos


praticamente idênticos, inexistindo diferença substancial entre eles.
Errado.
Atos administrativos = Aqueles praticados pelo Poder Público que gozam das prerrogativas
inerentes a atuação administrativa;
Atos da administração = São os atos que a Administração Pública pratica desprovida de
prerrogativas públicas, ou seja, sob regime jurídico privado, atuando em igualdade jurídica
com os particulares.

O poder de polícia pode ser delegado a qualquer pessoa jurídica.


Errado. STF: Poder de polícia pode ser DELEGADO, SOMENTE para pessoa da administração
Pública.
DELEGAÇÃO DE PODER DE POLÍCIA:
A entidades administrativas de direito público: Pode delegar (consenso)
A entidades administrativas de direito privado:
- Doutrina: não pode delegar (majoritária), pode (desde que feita por lei);
- Posição intermediária (pode apenas algumas fases, como a fiscalização);
- STF: Não pode delegar.
- STJ: Pode delegar apenas consentimento e fiscalização; legislação e sanção não
podem.

A entidades privadas: NÃO pode delegar (consenso).

Os critérios objetivo, funcional ou material rezam que ato administrativo é


restrito àquele praticado no exercício concreto da função administrativa, seja
ele editado pelos órgãos administrativos, seja pelos órgãos judiciais e
legislativos.
Certo.
Critério subjetivo, orgânico ou formal: Ato administrativo é o que ditam os órgãos
administrativos. Todos os atos da Administração são atos administrativos. Ficam excluídos
os atos provenientes dos órgãos legislativo e judicial, ainda que tenham a mesma natureza
daqueles.
Critério objetivo, funcional ou material: Ato administrativo é somente aquele praticado
no exercício concreto da função administrativa, seja ele editado pelos órgãos administrativos
ou pelos órgãos judiciais e legislativos.

A declaração de vontade do Estado ou de quem o represente, produzindo


efeitos jurídicos imediatos e nem sempre sujeita-se a controle judicial, define
o ato administrativo.
Errado. Todos os atos administrativos podem ser objeto de controle no que tange à
legalidade e à legitimidade.

As cláusulas econômico-financeiras e monetárias nunca poderão ser alteradas


sem a prévia aquiescência do contratado.
Errado. As cláusulas econômicas e financeiras podem ser alteradas unilateralmente pela
Administração, de acordo com o art. 65, I, "b" da Lei 8.666. No entanto, devem ser
respeitados os limites legais inseridos no §1ª do referido artigo (+- 25%, -50%).
Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de
concessão ou permissão, sempre por meio de licitação, a prestação de serviços
públicos.
Art. 175, CF. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de
concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.
Parágrafo único. A lei disporá sobre:
I - o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o caráter
especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caducidade,
fiscalização e rescisão da concessão ou permissão;
II - os direitos dos usuários;
III - política tarifária;
IV - a obrigação de manter serviço adequado.

Todas as cláusulas contratuais são fixadas unilateralmente pela


Administração Pública contratante.
Certo. Todos os contratos administrativos são considerados contratos de adesão, pois
quem define as cláusulas do contrato é a Administração, cabendo ao particular apenas
aceitar ou não as condições impostas para a formação do vínculo, sendo-lhes vedado propor
qualquer alteração nessas cláusulas.

A Administração pode realizar a supressão quantitativa de serviços


contratados de até 25% do valor inicial atualizado do contrato,
independentemente da concordância do contratado, que, na hipótese, fica
obrigado a aceitá-la.
Certo.
ALTERAÇÕES QUANTITATIVAS
REGRA
CASO ESPECIAL EXCEÇÃO
(Valor inicial
(Reforma de (Acordo entre as
atualizado
edifício/equipamento) partes)
do contrato)
Acréscimo Até 25% Até 50% Até 25%
Supressão Até 25% Até 25% Sem limites

A concessionária de serviços de energia elétrica deverá ser


responsabilizada pelos danos causados a eletrodomésticos de usuários, em
decorrência de o serviço passar a ser intermitente, sem que haja dolo ou
culpa de sua parte.

Certo. Art. 37 § 6º, CF - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado


prestadoras de serviços públicos RESPONDERÃO pelos danos que seus
agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de
regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.

Conduta comissiva = responsabilidade Objetiva (Conduta + Dano + Nexo) – independe


de dolo ou culpa.

Conduta omissiva = responsabilidade Subjetiva (Conduta + Dano + Nexo + Dolo ou


Culpa do agente).

A concessão de serviço público pode ser feita a pessoa física ou jurídica,


desde que mediante licitação.
Errado.
ESQUEMATIZANDO:
CONCESSÃO -> LICITAÇÃO + OBRIGATÓRIA A MODALIDADE CONCORRÊNCIA + FEITA
A PESSOA JURÍDICA OU CONSÓRCIO DE EMPRESAS.
PERMISSÃO -> LICITAÇÃO + NÃO É OBRIGATÓRIA A MODALIDADE CONCORRÊNCIA +
FEITA A PESSOA JURÍDICA OU PESSOA FÍSICA.

A paralisação do serviço, pela concessionária, pode gerar a extinção do contrato


por encampação.
Errado. Gerará a extinção por caducidade.
EXTINÇÃO DA CONCESSÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS
Advento de
Rescisão
termo Rescisão Administrativa Extinção de Pleno
Judicial
contratual (unilateral) Consensual Anulação Direito

Encampação Caducidade
Contratado
Inadimplemento Falência ou
Por razões não tem
de cláusula pela Casos de extinção da
de interesse mais
contratada + sem ilegalidade pessoa jurídica
público + interesse no
autorização concessionária.
autorização cotrato.
legislativa +
legislativa +
contratada
indenização.
indeniza.

A contratação de empréstimo para fins de financiamento de ampliação de


determinada rodovia deve ser regida pelo direito público.
Errado. Será regida pelo direito privado, de acordo com regras previstas para o setor da
economia em que inseridos, não admitindo que a Administração possa aplicar à avença
prerrogativas de alteração ou rescisão unilateral.
Conforme ensina Maria Sylvia Di Pietro :
“Os contratos de seguro, de financiamento, de locação, em que o poder público seja
locatário serão regidos pelo direito privado. São firmados no interesse precípuo do particular,
desde que não contrariem o interesse público”.

PREGÃO

A utilização da modalidade pregão depende do preenchimento de


requisitos legais, sendo válida a opção, de acordo com a legislação vigente,
para aquisição de bens ou contratação de serviços qualificados
objetivamente, ainda que se trate de serviços de engenharia.
Certo. Súmula 257/2010 – TCU: O uso do pregão nas contratações de serviços comuns
de engenharia encontra amparo na Lei nº 10.520/2002.

É possível utilizar-se de pregão para a contratação de obras de restauro de


imóveis tombados.
Errado. Esta contratação deve se dar por convite, tomada de preços ou concorrência.
(23, I, 8666/93).
A alienação de bens móveis adquiridos por meio de doação e que tenham se
tornado inservíveis, são passíveis de alienação por pregão ou leilão.
Errado. Apenas leilão. (22, §5º, 8666/93)

Na fase preparatória do pregão, deve-se observar se a despesa a ser realizada


é adequada, orçamentária e financeiramente, em relação à LOA e compatível
com o plano plurianual (PPA) e com a lei de diretrizes orçamentárias (LDO).
Certo. Art. 9o Na fase preparatória do pregão, na forma eletrônica, será observado o
seguinte:
(...)
II - aprovação do termo de referência pela autoridade competente;
III - apresentação de justificativa da necessidade da contratação;
(...)
§ 1o A autoridade competente motivará os atos especificados nos incisos II e III,
indicando os elementos técnicos fundamentais que o apóiam, bem como quanto aos
elementos contidos no orçamento estimativo e no cronograma físico-financeiro de
desembolso, se for o caso, elaborados pela administração.

DESAPROPRIAÇÃO

Para que a União desaproprie um bem de determinado município, será necessária


autorização legislativa.
Certo. Como a desapropriação é sobre bem público, é necessária a autorização legislativa.
Decreto-Lei 3365/41, art.2º, § 2o - Os bens do domínio dos Estados, Municípios, Distrito
Federal e Territórios poderão ser desapropriados pela União, e os dos Municípios pelos
Estados, mas, em qualquer caso, ao ato deverá preceder autorização legislativa.

No caso de desapropriação de bem de um município pela União para implantação


de um tribunal federal, por exemplo, o presidente deste tribunal será o
responsável por declarar a utilidade pública do bem.
Errado. A declaração expropriatória pode ser feita pelo Poder Executivo, por meio de
decreto (regra), ou pelo Poder Legislativo, mediante lei.

Para alienar onerosamente, de forma extrajudicial, o bem tombado, deverá o


proprietário oferecê-lo pelo mesmo preço à União, ao Estado e ao Município em
que o bem se encontrar, propiciando que esses exerçam, dentro do prazo de trinta
dias, o direito de preferência.
Errado. O CPC revogou a preferência desses entes quando se tratar de alienação
extrajudicial, prevalecendo apenas nos casos de alienação judicial (leilão).

O tombamento consiste em restrição parcial ao direito de propriedade, na medida


em que não impede ao proprietário o exercício dos direitos inerentes ao domínio
e, em regra, não gera direito à indenização.
Certo. O tombamento não transforma a coisa tombada em bem público, mantendo-a no
domínio do seu proprietário. Nada impede, por isso, que o bem tombado seja gravado com
ônus ou encargos, como hipoteca, penhora e penhor, mas sujeita o dono a uma série de
restrições, extensivas também a terceiros. (MAZZA,2016)

As desapropriações de imóveis urbanos por utilidade pública serão feitas com


pagamento mediante títulos da dívida pública de emissão previamente
aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até vinte anos.
Errado.
-Na desapropriação-sanção (ou confiscatória) que o proprietário é pago com títulos da
dívida pública, sendo que na desapropriação-utilidade o valor deve ser justo, prévio e
em dinheiro.
-Mesmo se se tratasse de desapropriação-sanção, os títulos seriam resgatados no prazo
máximo de 10 anos. Os títulos resgatáveis em 20 anos são os da dívida agrária, no caso
de desapropriação especial rural.

Consideram-se casos de interesse social para a desapropriação a proteção


do solo e a preservação de cursos e mananciais de água e de reservas
florestais.
Certo, conforme o rol exemplificativo do art. 2º, da Lei nº 4.132/62.

Hipóteses de desapropriação por interesse social - Lei Hipóteses de desapropriação por utilidade pública –
nº 4.132/62 Decreto – lei 3.365/41
Art. 2º Considera-se de interesse social: Art. 5o Consideram-se casos de utilidade pública:

I - o aproveitamento de todo bem improdutivo ou a) a segurança nacional;


explorado sem correspondência com as necessidades b) a defesa do Estado;
de habitação, trabalho e consumo dos centros de c) o socorro público em caso de calamidade;
população a que deve ou possa suprir por seu destino d) a salubridade pública;
econômico; e) a criação e melhoramento de centros de população,
II - VETADO; seu abastecimento regular de meios de subsistência;
III - o estabelecimento e a manutenção de colônias ou f) o aproveitamento industrial das minas e das jazidas
cooperativas de povoamento e trabalho agrícola; minerais, das águas e da energia hidráulica;
IV - a manutenção de posseiros em terrenos urbanos g) a assistência pública, as obras de higiene e
onde, com a tolerância expressa ou tácita do decoração, casas de saude, clínicas, estações de clima
proprietário, tenham construído sua habilitação, e fontes medicinais;
formando núcleos residenciais de mais de 10 (dez) h) a exploração ou a conservação dos serviços
famílias; públicos;
V - a construção de casa populares; i) a abertura, conservação e melhoramento de vias ou
VI - as terras e águas suscetíveis de valorização logradouros públicos; a execução de planos de
extraordinária, pela conclusão de obras e serviços urbanização; o parcelamento do solo, com ou sem
públicos, notadamente de saneamento, portos, edificação, para sua melhor utilização econômica,
transporte, eletrificação armazenamento de água e higiênica ou estética; a construção ou ampliação de
irrigação, no caso em que não sejam ditas áreas distritos industriais;
socialmente aproveitadas; j) o funcionamento dos meios de transporte coletivo;
VII - a proteção do solo e a preservação de cursos e k) a preservação e conservação dos monumentos
mananciais de água e de reservas florestais. históricos e artísticos, isolados ou integrados em
VIII - a utilização de áreas, locais ou bens que, por suas conjuntos urbanos ou rurais, bem como as medidas
características, sejam apropriados ao desenvolvimento necessárias a manter-lhes e realçar-lhes os aspectos
de atividades turísticas. (Incluído pela Lei nº 6.513, de mais valiosos ou característicos e, ainda, a proteção de
20.12.77) paisagens e locais particularmente dotados pela
natureza;
l) a preservação e a conservação adequada de
arquivos, documentos e outros bens moveis de valor
histórico ou artístico;
m) a construção de edifícios públicos, monumentos
comemorativos e cemitérios;
n) a criação de estádios, aeródromos ou campos de
pouso para aeronaves;
o) a reedição ou divulgação de obra ou invento de
natureza científica, artística ou literária;
p) os demais casos previstos por leis especiais.

O comprador de um imóvel com restrição pretende ser indenizado por ter


sofrido limitação administrativa preexistente constante em nota non
aedificandi — proibição de construir — referente a parte do imóvel, em
razão de normas ambientais. Nesse caso, é indevida a indenização
pretendida, pois não há perda da propriedade, mas apenas restrições de
uso.
Certo. É caso de limitação administrativa, a qual, em regra, não gera o dever de indenizar.

Um imóvel de propriedade privada situado às margens de um rio navegável que


atravessa todo o estado foi objeto de decreto expropriatório. Nessa situação, é
devida ao proprietário a indenização de toda a propriedade, incluindo-se a área
situada às margens do rio.
Errada. Súmula 479 STF: “As margens dos rios navegáveis são de domínio público,
insuscetíveis de expropriação e, por isso mesmo, excluídas de indenização.”

Uma propriedade particular foi objeto de decreto expropriatório para a


construção de um parque público no local. No entanto, o desabamento de uma
escola pública situada em área de risco levou o estado a construir
emergencialmente uma escola na referida propriedade. Nessa situação, o
particular cujo bem foi expropriado poderá utilizar-se da retrocessão para
readquirir a sua propriedade, considerando-se a alteração da finalidade do
decreto expropriatório.
Errada. Houve a tredestinação lícita, pois ainda que a destinação tenha sido alterada, a sua
finalidade continua sendo pública. Não surgindo tal direito para o particular que sofreu a
desapropriação.

A edição de um decreto de declaração de utilidade pública por um


determinado Estado da Federação,

é de competência exclusiva do Chefe do Poder Executivo, tem natureza


de ato administrativo de efeitos concretos e, se for o caso, pode ser
revogado ou anulado pela autoridade que o editou.
Certo. DECRETO-LEI Nº 3.365/41 - Dispõe sobre desapropriações por utilidade pública. Art.
6º- A declaração de utilidade pública far-se-á por decreto do Presidente da República,
Governador, Interventor ou Prefeito.
REQUISITOS DO DECRETO
1) sujeito ativo de expropriação;
2) o fundamento legal da expropriação;
3) a finalidade da expropriação;
4) a descrição do bem;
5) a fonte orçamentária;
6) a destinação a ser dada ao bem.

deve indicar a finalidade da desapropriação pretendida, o imóvel que


pretende desapropriar a forma e prazo de pagamento, tanto para dar
publicidade, quanto para que o expropriado possa manifestar concordância
com o ato antes do ajuizamento da ação, sob pena de inviabilizar a via
amigável.
Errado. Independe da concordância do proprietário.

tem natureza de ato administrativo e, como tal, pode ser revogado pelo
Chefe do Executivo diante de vícios de legalidade, como expressão do poder
da Administração pública rever seus próprios atos.
Errado. Vício de legalidade gera a anulação do ato, e não a revogação.
tem natureza de ato normativo, cuja competência pode ser delegada às
pessoas jurídicas de direito público integrantes da Administração indireta.
Errado. Tem natureza de ato administrativo e não normativo.

dá início à fase externa da ação de desapropriação, tendo, portanto,


natureza jurídica de ato vinculado, cabendo à Administração pública
providenciar a desapropriação amigável ou judicial do imóvel no prazo
máximo de 90 dias contados da edição daquele decreto.
1)FASE DECLARATÓRIA: INICIA-SE COM O DECRETO EXPROPRIATÓRIO.
-CADUCIDADE: 5 ANOS, para decreto por utilidade pública / 2 anos, para interesse social.
2) FASE EXPROPRIATÓRIA: INICIA-SE COM A VIA ADMINISTRATIVA (AMIGÁVEL) ou VIA
JUDICIAL.

Para a imissão provisória na posse, é indispensável que o poder expropriante


alegue urgência, efetue o depósito da quantia fixada em lei e a requeira no
prazo de cento e vinte dias a contar da alegação de urgência.
Certo. Decreto-Lei 3365/41 - Art. 15. Se o expropriante (i) alegar urgência e (ii)
depositar quantia arbitrada de conformidade com o art. 685 do Código de Processo
Civil, o juiz mandará imití-lo provisoriamente na posse dos bens;
§ 2º A alegação de urgência, que não poderá ser renovada, obrigará o expropriante a
requerer a imissão provisória dentro do (iii) prazo improrrogável de 120 (cento e
vinte) dias.

Situação hipotética: Determinada propriedade rural é produtiva e cumpre sua


função social em metade de sua extensão, ao passo que, na outra metade, são
cultivadas plantas psicotrópicas ilegais. Assertiva: Nessa situação, eventual
desapropriação recairá somente sobre a metade que se destina ao cultivo de
plantas psicotrópicas ilegais.
Errada. A expropriação irá recair sobre a totalidade do imóvel, ainda que o cultivo ilegal
ou a utilização de trabalho escravo tenham ocorrido em apenas parte dele. Nesse sentido:
STF. Plenário. RE 543974, Rel. Min. Eros Grau, julgado em 26/03/2009. (fonte: dizer o
direito).

Situação hipotética: Um estado emitiu decreto expropriatório para a


construção de um hospital. Após a execução do ato expropriatório, a região
foi acometida por fortes chuvas, que destruíram um grande número de
escolas. Assertiva: Nessa situação, se determinar a alteração da destinação
do bem para a construção de escolas, o estado não terá obrigação de garantir
ao ex-proprietário o direito de retrocessão.
Certa. Trata-se da TREDESTINAÇÃO LÍCITA. Ainda que a destinação seja alterada, a sua
finalidade continua sendo pública. Nestes casos não há direito de retrocessão.

Situação hipotética: Maria adquiriu um apartamento na cobertura de um


edifício. Após a aquisição do imóvel, com a averbação do registro, Maria
pleiteou indenização contra o estado, considerando a prévia existência de
linha de transmissão em sua propriedade. Assertiva: Nessa situação, Maria
terá direito a indenização, desde que o prejuízo alegado não recaia também
sobre as demais unidades do edifício.
Errado. STJ, REsp 920.170/PR, Dje 18/08/11. É indevido o direito à indenização se o imóvel
for adquirido após o implemento da limitação administrativa, porque se supõe que as
restrições de uso e gozo da propriedade já foram consideradas na fixação do preço.

O prazo de caducidade da declaração de utilidade pública para desapropriação


realizada com fundamento em necessidade ou utilidade pública é de dois
anos.
Errado. DECRETO-LEI Nº 3.365/41 Art. 10. A desapropriação deverá efetivar-se mediante
acordo ou intentar-se judicialmente, dentro de cinco anos, contados da data da expedição
do respectivo decreto e findos os quais este caducará. Neste caso, somente decorrido um
ano, poderá ser o mesmo bem objeto de nova declaração.

União, Estados, Município e Distrito Federal podem promover desapropriação


por interesse social para fins de reforma agrária.
Errado. CRFB/88 Art. 184. Compete à União desapropriar por interesse social, para fins de
reforma agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante
prévia e justa indenização em títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do
valor real, resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua emissão,
e cuja utilização será definida em lei.

As hipóteses legais de desapropriação são taxativas, ou seja, somente é


possível desapropriar nas hipóteses previstas em lei.
Certo.

Toda desapropriação deve ser precedida de pagamento de indenização prévia,


justa e em dinheiro.
Errado. Na desapropriação-sanção, por exemplo, o pagamento é feito com títulos da
dívida pública, em até 10 anos.

Os Municípios não podem instituir tombamento sobre bens dos Estados da


União, pois não possuem competência para legislar sobre a matéria, sendo
autorizado fazê-lo em relação a bens do Distrito Federal, em razão deste
abranger competências municipais.
Errado. Todos os entes podem tombar os bens uns dos outros.

O tombamento impõe deveres ao proprietário de realizar obras de


conservação, assim como restringe sua liberdade de modificar ou demolir os
bens tombados, podendo ser imposto sobre imóveis públicos ou particulares.
Certo. Como disposto nos artigos 1º, 2º, 6º, 17 e 19 do DEL 25/37.
É possível a desistência da desapropriação pela Administração Pública, a
qualquer tempo, mesmo após o trânsito em julgado, desde que ainda não
tenha havido o pagamento integral do preço e o imóvel possa ser devolvido
sem alteração substancial que impeça que seja utilizado como antes.
Certo. É possível que o expropriante desista da ação de desapropriação mesmo após o
trânsito em julgado, desde que:
a) ainda não tenha havido o pagamento integral do preço (pois nessa hipótese já terá se
consolidado a transferência da propriedade do expropriado para o expropriante); e
b) o imóvel possa ser devolvido sem que ele tenha sido alterado de forma substancial (que
impeça sua utilização como antes era possível).
É ônus do expropriado provar a existência de fato impeditivo do direito de desistência da
desapropriação. STJ. 2ª Turma. REsp 1.368.773-MS, Rel. Min. Og Fernandes, Rel. para
acórdão Min. Herman Benjamin, julgado em 6/12/2016 (Info 596).

O tombamento só dá causa à obrigação de conservação da coisa pelo


proprietário quando se dê em caráter definitivo, após sua inscrição em livro
próprio.
Errado. Gera obrigação de conservação desde o tombamento provisório, dado que este se
equipara, quanto aos efeitos, ao tombamento definitivo – art. 10, parágrafo único, Decreto-
Lei 25/1937

O tombamento será considerado provisório ou definitivo, conforme esteja o


respectivo processo iniciado pela notificação ou concluído pela inscrição dos
bens.
Certo.
(i)Definitivo – só se perfazem com a inscrição do bem no livro do tombo.
(ii)Provisório – a doutrina entende que com a mera notificação o bem já se encontra
provisoriamente tombado, porque a lei antecipa os efeitos deste, a fim de proteger o bem,
de modo que o proprietário não pode alterar significativamente o seu bem.

Não há tombamento instituído pelo texto constitucional.


Errado. CF - Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material
e imaterial, tomados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade,
à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se
incluem: § 5º Ficam tombados todos os documentos e os sítios detentores de
reminiscências históricas dos antigos quilombos.

Na desapropriação pelo Poder Público, excluído o caso de confisco, na


reintegração do patrimônio do particular serão contabilizados apenas os lucros
cessantes e o valor do imóvel.
Errado. Para fim de cálculo de indenização serão considerados:
1) Valor do bem expropriado com todas as benfeitorias que já existiam no imóvel antes do
ato expropriatório, as feitas posteriormente só serão pagas as necessárias e as úteis se
realizadas com autorização do expropriante;
2) lucros cessantes e danos emergentes;
3) juros compensatórios em caso de ter havido imissão provisória na posse, computando-se
a partir da imissão; (Sumulas 164 e 618 do STF)
4) juros moratórios - (art. 15-B, DL 3.365/41)
5) honorários advocatícios; (art. 27 DL 3.365/41)
6) custas e despesas judiciais
7) correção monetária (art. 26, DL 3.365/41)
8) despesas com desmonte e transporte de mecanismos instalados e em funcionamento (art.
25, DL 3.365/41)
Fonte: Di Pietro, Direito Administrativo - p.215. 30ªed.

A expropriação pode ser afastada desde que o proprietário do imóvel


comprove que não incorreu em culpa, ainda que in vigilando ou in elegendo.
Certo. A expropriação prevista no art. 243 da Constituição Federal pode ser afastada, desde
que o proprietário comprove que não incorreu em culpa, ainda que in vigilando ou in
eligendo. (STF. Plenário. RE 635336/PE, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 14/12/2016
(repercussão geral) (Info 851).

A função social da propriedade aponta para um dever do proprietário de zelar


pelo uso lícito do imóvel, salvo quando este não esteja em sua posse direta,
encargo que competirá exclusivamente ao respectivo possuidor ou quem lhe
faça as vezes.
Errado. A função social da propriedade impõe ao proprietário o dever de zelar pelo uso lícito
de seu terreno, ainda que não esteja na posse direta. Entretanto, esse dever não é ilimitado,
e somente se pode exigir do proprietário que evite o ilícito quando evitá-lo esteja
razoavelmente ao seu alcance. (STF. Plenário. RE 635336/PE, Rel. Min. Gilmar Mendes,
julgado em 14/12/2016 (repercussão geral) (Info 851).

As hipóteses de desapropriação do artigo 5º do Decreto-lei n. 3.365, de 21 de


junho de 1941, serão, segundo a doutrina, de necessidade ou utilidade pública
a depender somente do critério de urgência que caracteriza o primeiro.
Certo. O Decreto-Lei 3.365/1941 somente utiliza, de forma genérica, a
expressão utilidade pública, tanto para as hipóteses em que a desapropriação é motivada
por situações de urgência ou emergência, quanto para os casos de simples conveniência do
Poder Público. Entretanto, como a própria Constituição utiliza a expressão necessidade
pública (art. 5°, XXIV).
* Necessidade pública - transferência urgente de bens de terceiros para o Poder Público,
ou para entidades por ele indicadas, a fim de que a situação emergencial seja resolvida
satisfatoriamente.

Os bens desapropriados por interesse social revertem à Administração Pública


que o desapropriou para a instalação de novos prédios públicos, visando
abrigar a administração fazendária.
Errado. A hipótese elencada na alternativa (desapropriação para instalação de prédio
público) é hipótese de desapropriação para UTILIDADE PÚBICA e não interesse social. Nos
termos do Decreto-Lei 3365/41:
Art. 5o Consideram-se casos de utilidade pública:
m) a construção de edifícios públicos, monumentos comemorativos e cemitérios;

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