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de um Velho Pescador
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DE UM
Velho
Pescador
Elio Roldan Anderson
Alguns Poemas
de um Velho Pescador
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Alguns
Poemas
De um
Velho
pescador
Apresentação
Grande abraço.
Elio
Índice
Apresentação 03
Índice 04
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O Barulho dos Trovões ao Longe 06
O Barulho dos Trovões ao Longe – II 07
O Barulho dos Trovões ao Longe – III 09
Preito: Ao meu pai 11
Vida 13
Sublime amor 14
O caminhoneiro 15
O coração 16
A mente 17
O olhar 18
Pescaria inusitada – Sem mentira 20
A serenata 22
Minha frô 23
Giselda, a galinha que virou canja 24
Biliscão é um doce bão 26
Politicamente correto 28
Vendedor de mel 29
Um docinho 30
A roda da carroça caiu 31
Esperando o elevador 33
Armadura 34
Eu prometi 36
Poetando 37
Menina, eu te amo 38
Decisão 39
Amar uma mulher 40
Estou em greve 41
Hoje eu não quero escrever 42
O lugar onde vivo 43
O guaraná 44
Portugal 45
O sertão chora 46
Um doce sonho 47
O idoso e seu jardim 49
Dedo inchado/Nariz quebrado 50
Pescar é bom demais 52 -5 -
Exta-feira 53
Cabral, em 1500 54
A pedra no caminho do poeta 56
Epitáfio 58
Viver de peixes? 59
Não havia lugar 60
Amar uma mulher 62
A felicidade 63
O herói 64
Por favor, doutor 66
Adamastor e Hermenegilda 69
A Lua não se quebrou 73
NOTA DO AUTOR
VOCÊ CONSEGUE CALCULAR O DESESPERO DE UMA MÃE, OU ESPOSA, QUE SABE QUE O SEU AMADO
ESTÁ JOGADO PELAS RUAS?
PELA VIDA.
VISITE: http://esquadraovida.com.br
NOTA DO AUTOR
http://elio.anderson.pro.br/
Pai
Obrigado por ter-me dado a vida,
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Por ter trazido o sustento.
Mesmo com tantas dificuldades,
Nunca nos faltou o pão,
Pai
Obrigado, porque quando eu comecei a crescer,
a me sentir grande, quero dizer,
E achava que você não sabia nada,
Você, homem sábio, continuou me amando,
Cuidando e orando por mim,
E me dando o exemplo de vida.
Pai!
Eu sei que você já errou
(pois você é homem, e, que homem não erra?).
e eu te perdoei os erros, porque te amo,
como você sempre me perdoou, porque me amava!
Pai!
Hoje você não está mais conosco, pois
a morte nos separou,
mas você continua existindo em mim,
Através das boas coisas que me ensinou,
Através da melhor herança que nos deixou:
- O amor uns pelos outros.
Pai!
Você é um sujeito muito importante, sabia?
Teus netos, que não chegaram a te ver,
sabem o herói que você foi,
e o teu nome continua sendo honrado,
em nós e através de nós, - 12 -
e vai seguir assim pelas gerações.
E assim,
Continuo te amando,
E sou grato por ser teu filho
Vida
Sublime amor
O caminhoneiro
O coração
“SOBRE TUDO O QUE SE DEVE GUARDAR, GUARDA O TEU CORAÇÃO, PORQUE DELE PROCEDEM AS
FONTES DA VIDA.“ PROVÉRBIOS 4:23
A Mente
E NÃO SEDE CONFORMADOS COM ESTE MUNDO, MAS SEDE TRANSFORMADOS PELA RENOVAÇÃO DO
VOSSO ENTENDIMENTO, PARA QUE EXPERIMENTEIS QUAL SEJA A BOA, AGRADÁVEL, E PERFEITA
O olhar
“A CANDEIA DO CORPO É O OLHO. SENDO, POIS, O TEU OLHO SIMPLES, TAMBÉM TODO O TEU
CORPO SERÁ LUMINOSO; MAS, SE FOR MAU, TAMBÉM O TEU CORPO SERÁ TENEBROSO” LUCAS
11:34
A serenata
Estava preocupada
(pois não se achava tão bela)
E a serenata seguia
Do outro lado da janela
A madrugada avançava
Seu coração disparava
E a bela moça sonhava
Por detrás de sua janela.
Minha frô
Como é bão!
Politicamente correto?
Politicamente correto
É o que exigem de nós
Escrever só o que querem
Seremos poetas sem voz
Serão só mal-educados?
Querem proibir o bem
Cercear a liberdade
Vendedor de mel
... Hmmmm...
Um docinho
A roda da carroça
(HISTORINHA BOBA!)
Esperando o elevador
Poemas
Eu estava sentado num banco quadrado,
fixado ao lado do elevador
Chegou a menina de perna fininha, ainda criança,
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e o botão apertou
Enquanto esperava,
com sua afinada voz infantil, a menina cantou
Um homem bem alto chegou por ali,
e se pôs a cantar com voz de tenor.
O elevador chegou,
e a menina partiu,
porém quem a viu se emocionou
Armadura
Eu prometi?
E o motivo acabou!
Hoje, você me olha tão fria...
talvez nem se lembre que um dia
me prometeu tanto amor.
Poetando
Menina, eu te amo!
Falando, ou andando,
ou parado, ou calado,
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estou sempre pensando,
estou sempre lembrando
que estás sempre ao meu lado.
E assim,
vou vivendo
a felicidade
de saber que te tenho!
E, andando,
ou falando,
ou parado,
(até mesmo calado !)
estou sempre dizendo:
Menina, eu te amo !
Decisão
Eu sei!
É melhor o amor, pois a vida é muito curta.
É melhor o amor, porque ele nos faz bem
O amor que me enche, e que me leva à luta
Para vencer a mim mesmo, para conquistar o bem.
Chega!
Ah, chega de traições, que ferem quem nos ama,
E, chega de malícia, que nos levam a trair
E, chega do pecado, e dos vícios, que nos matam,
E destroem nosso futuro, e destrói o nosso lar.
Decidi
Assumir um compromisso de mudança para minha vida
Vou cuidar do meu lar, enchê-lo ainda mais de amor
Vou levar a vida a sério, nisso estou comprometido
E procurar amar ao próximo, como Cristo ensinou
Estou em Greve
Hoje, já é sexta-feira,
Final de semana chegando
Muita gente viajando
E eu aqui, no trabalho
O Guaraná
voltando da pescaria,
Estava deveras cansado,
já nem conseguia remar
A patroa deu-lhe, num copo,
um pó preto bem ralado
com a água, misturado,
era o pó do guaraná.
Portugal
O sertão chora
Um doce sonho
Ingredientes:
700 gramas de farinha de trigo
4 colheres de (sopa) de açúcar
2 colheres de (sopa) de manteiga ou margarina
3 ovos
250 ml de leite
3 tabletes de fermento para pão
óleo para fritar, e açúcar para polvilhar.
Recheio
1/2 litro de leite
2 colheres de (sopa) de manteiga
4 gemas
150 gramas de açúcar
3 colheres (sopa) de farinha de trigo
essência de baunilha ou raspas de limão
Modo de fazer:
Recheio: em uma panela coloque o leite (reserve um pouco), o
açúcar, a manteiga, a farinha dissolvida no leite reservado, as
gemas e as raspas de limão ou essência de baunilha.
Mexa até engrossar, reserve.
Massa: em um recipiente esfarele o fermento e adicione uma pitada - 48 -
de açúcar.
Mexa até obter um líquido.
Adicione o leite morno. Reserve.
Em um recipiente coloque a farinha (reserve um pouco), açúcar,
manteiga, ovos levemente batidos e o fermento reservado.
A seguir, sove sobre uma superfície enfarinhada e a deixe
descansar.
Após, abra porções com o rolo (deixe com uma espessura de mais
ou menos 1 dedo).
Modele.
Acomode em uma assadeira retangular polvilhada com farinha.
Deixe dobrar de volume. Frite em óleo quente. Deixe escorrer.
Abra com auxílio de uma tesoura, recheie e polvilhe com açúcar.
Convide um Velho Pescador para comer!
Sexta-feira
Cabral, em 1500
Velho Pescador
No meio do caminho
Epitáfio
Nasci
Mamei
Comi
Cresci
Brinquei
Lati
Vivi!
Amei!
Morri!
Junior “Au-Au” Sabbag
Viver de peixes?
A felicidade
O Herói
Taí.
Ele acabou vencendo o Superman.
Ganhou em tudo.
Nem kriptonita acabava com o "meu velho".
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Só a morte o venceu!
Ela conseguiu tirar ele de perto de nós,
mas, na lembrança ele ainda permanece!
Imagine você que um dia o mataram, mas, antes, ele tinha dito:
"Ninguém tira a minha vida.
Eu a dou para tornar a tomá-la",
e não deu outra.
Ressuscitou!
Pois é, seu doutor. Nós era da roça, não aprendeu falá bonito. Nós
até atropela as concordância...
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Nós pode não ter muito estudo, mas sempre fizemos o bem.
Uns de nós morava nos sítio, outros nas fazenda. Nós era colono,
roceiro, campeador, derriçava café... Isso antes da implantação das
usina de álcool, que fez o nosso interior virar um canavial sem fim, e
também antes das leis que obrigava os fazendeiro a registrar os
colono.
Naquele tempo não tinha esse mundaréu de terra parada, que não
produz nada, que tem uns boizinho pra dizer que é produtiva, para
não ter o perigo de invasão.
Também não tinha esses movimento de sem terra. Eu fui convidado
para participar disso, mas tinha que ficar morando na barraca de
lona preta, fazer movimento, viver de esmola, e depois dividir o que
ganhasse com aquele povo safado. Não é isso que nós quer, doutor.
É só política, e nós quer é trabalhar.
Naquela época, não se falava da tal globalização, do tal MERCOSUL
Televisão, só com bateria, uma poucas horas que tinha, só nas
fazenda. Nem antena parabólica existia.
Nós sempre agiu direito.
Nós respeitava até algumas leis que não estavam escrita, como a
da-oferta-e-da-procura, que a gente descobriu, era para acertar os
preço. Mas essa lei estava nas mão dos atravessador. Quando nós
produzia bastante, os preços baixava. Quando a produção era
pequena, o atravessador pagava pouco também.
Naquele tempo a vida não era fácil, e nunca foi, né, seu doutor?
Nós levantava cedo, trabalhava até o sol se por, inclusive de
sábado, e, nos domingo também, quando era época de colheita.
Uns de nós trabalhava de-a-meia, outros era empregado do sítio,
outros pegava o serviço de empreita. Mas todos trabalhava. Nós
vivia bem!
Adamastor e Hermenegilda
HERMENEGILDA E ADAMASTOR
Acordou, naquela manhã, muito cedo, como era seu costume. Neste
dia participaria de mais um seminário sobre o sistema de que era
responsável em seu município, e que ocorreria em uma cidade
próxima. Ela gostava daqueles momentos, pois a tiravam da
mesmice de sua repartição, e ela podia discutir os assuntos que
tanto gostava, com pessoas que faziam parte daquele mundo à - 71 -
parte.
Tomou um rápido banho, maquiou-se levemente, vestiu-se.
Há tempos não usava um perfume. Perfumar-se lhe parecia algo
despropositado, pois, inconscientemente, temia que algum homem
pudesse reparar nela, e era isso que ela evitava, mas, não sabia por
que, pegou de uma colônia que ganhara de uma colega, e ousou
sonhar, ao sentir aquela inebriante fragrância.
Na condução que viera buscá-la, passou a olhar a paisagem,
vislumbrando aqui e ali uma árvore que se destacava, ou uma
pessoa que trabalhava.
Viu crianças brincando em uma pequena praça e permitiu-se sorrir.
Ah, há quanto tempo não sorria? Como era bom aquilo.
Viu o balanço indo-e-vindo, meninos correndo, uma bola parada...
Passou a recordar os momentos felizes de sua infância, e, imersa
em si mesma, chegou ao local do seminário, com pequeno atraso.
Desceu tranquila, leve, sorrindo para todos, sem mesmo perceber,
feliz que estava, e entrou para o simpósio, percebendo que o
assunto discorrido era já conhecido, simplesmente uma atualização
das normas.
Sem querer, sorrindo ainda, seus olhos encontraram-se com os
dele...
ADAMASTOR!
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Fim