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2017
Bortoleto -Lepore -Dir Adm e Const teoria p conc CESPE-2ed.indb 3 11/05/2017 12:01:11
Capítulo I
NOÇÕES INTRODUTÓRIAS
1. FERREIRA FILHO, Manoel Gonçalves. Curso de direito constitucional. 22. ed. São Paulo: Saraiva, 1995. p. 39.
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24 Parte I • DIREITO ADMINISTRATIVO – Leandro Bortoleto
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Capítulo I • NOÇÕES INTRODUTÓRIAS 25
Poder Executivo
Poder Legislativo (ex.: medida provisória)
LEGISLATIVA
(ex.: lei, emenda à CF) Poder Judiciário
(ex.: regimento interno)
Poder Executivo
Poder Judiciário (ex.: decisões administrativas)
JURISDICIONAL
(ex.: sentença, acórdão) Poder Legislativo
(ex.: impeachment)
Poder Legislativo
Poder Executivo (ex.: concurso público)
ADMINISTRATIVA
(ex.: serviços públicos) Poder Judiciário
(ex.: licitação)
2. MEDAUAR, Odete. Direito administrativo moderno. 14. ed. São Paulo, Revista dos Tribunais, 2010. p. 37
e 49.
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26 Parte I • DIREITO ADMINISTRATIVO – Leandro Bortoleto
3. MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 36. ed. São Paulo: Malheiros, 2010. p. 65.
4. MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 36. ed. São Paulo: Malheiros, 2010. p. 64.
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Capítulo I • NOÇÕES INTRODUTÓRIAS 27
1.3.1. Conceito
Antes de uma definição, é importante compreender que a Administração
Pública pode ser vista em vários sentidos, destacando-se em sentido amplo e
estrito e em sentido subjetivo e objetivo5:
a) Administração Pública em sentido amplo: engloba a atividade política
e a atividade administrativa. Inclui tanto os órgãos governamentais
– que estabelecem os planos, as metas políticas – quanto os órgãos
administrativos, destinados à execução dos planos de governo.
b) Administração Pública em sentido estrito: são postos de lado a ati-
vidade política e os órgãos governamentais e, assim, corresponde,
exclusivamente, à função administrativa exercida pelos órgãos ad-
ministrativos. É apenas nesse sentido que a expressão Administração
Pública interessa ao direito administrativo.
A Administração Pública, em sentido estrito, pode ainda ser analisada
no sentido objetivo, material ou funcional e no sentido subjetivo, formal ou
orgânico:
a) sentido subjetivo, formal ou orgânico: diz respeito ao conjunto de
pessoas jurídicas, órgãos públicos e agentes públicos que realizam a
atividade administrativa. Aqui, o que é levado em conta é quem faz a
atividade administrativa, quem integra a Administração Pública. Por
isso, a ideia de forma, de composição orgânica, de sujeitos. É necessário
enfatizar que a composição da Administração Pública não se restringe
ao Poder Executivo e, como já dito, é desempenhada, também, pelos
órgãos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário. Portanto, no sentido
orgânico, a Administração Pública abrange os órgãos dos Poderes
Executivo, Legislativo e Judiciário, nas esferas federal, estadual e
municipal (nesta, excluído o Poder Judiciário, que não existe). Exem-
plificando, fazem parte da Administração Direta: Supremo Tribunal
Federal, Tribunal Superior do Trabalho, Superior Tribunal de Justiça,
Tribunais Regionais Federais, Trabalhistas e Eleitorais, Tribunais de
Justiça, Procuradoria-Geral da República, Procuradorias Regionais
5. DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 23. ed. São Paulo: Atlas, 2010. p. 49-58.
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28 Parte I • DIREITO ADMINISTRATIVO – Leandro Bortoleto
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Capítulo I • NOÇÕES INTRODUTÓRIAS 29
pessoas jurídicas, órgãos públicos e agentes atividade administrativa: serviço público, fo-
públicos que realizam a atividade adminis- mento, polícia administrativa e intervenção;
trativa; quem faz o que é feito
7. DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 23. ed. São Paulo: Atlas, 2010. p. 56.
8. CUNHA JÚNIOR, Dirley da. Curso de direito administrativo. 8. ed. Salvador: Juspodivm, 2009. p. 29.
9. DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 23. ed. São Paulo: Atlas, 2010. p. 57.
10. MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 36. ed. São Paulo: Malheiros, 2010. p. 86.
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30 Parte I • DIREITO ADMINISTRATIVO – Leandro Bortoleto
2. DIREITO ADMINISTRATIVO
2.1. Conceito
11. Com base na sistematização elaborada por Maria Sylvia Zanella Di Pietro (Direito administrativo. 23.
ed. São Paulo: Atlas, 2010. p. 43-47) e por Dirley da Cunha Júnior (Curso de direito administrativo. 8. ed.
Salvador: Juspodivm, 2009. p. 22-23).
12. Direito administrativo brasileiro. 36. ed. São Paulo: Malheiros, 2010. p. 40. Original sem destaque. Essa
definição é muito cobrada nas provas dos concursos para o cargo de Analista.
13. DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 23. ed. São Paulo: Atlas, 2010. p. 47.
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Capítulo I • NOÇÕES INTRODUTÓRIAS 31
2.2. Fontes
No senso comum, a palavra fonte representa a ideia de origem, de nasce-
douro. E, no direito, não é diferente, pois são das fontes jurídicas que surgem,
emanam as normas jurídicas. São as “formas que o revelam”14.
Quais são as fontes do direito administrativo?
Sem dúvida, como é inerente a um Estado de Direito, a principal fonte
normativa é a lei. Todavia, aqui lei deve ser compreendida no sentido amplo,
abrangendo todos os atos legislativos e não somente lei em sentido estrito.
Assim, são atos legislativos a Constituição Federal, as Emendas à Constitui-
ção, as Constituições estaduais, a Lei Orgânica do Distrito Federal e as Leis
Orgânicas dos Municípios, as leis complementares, ordinárias e delegadas, as
medidas provisórias, os decretos legislativos e as resoluções legislativas. São
as chamadas fontes primárias.
A lei, no sentido empregado, é a principal fonte do direito administrativo,
pois nos atos legislativos é que, ao menos formalmente, está presente o interesse
público. Pelo menos em tese, os atos legislativos representam a vontade da
população. De todos os atos legislativos, a principal fonte, a que se constitui
no ancoradouro de todo o ordenamento jurídico, é a Constituição Federal.
Nela, estão importantíssimos dispositivos aplicados ao direito administrativo
como, por exemplo, os artigos 5º, 21, 23, 37, 71, entre outros.
Entretanto, há outras importantes fontes no direito administrativo, mere-
cendo destaque a doutrina, a jurisprudência e os costumes.
A doutrina é o estudo desenvolvido pelos juristas e tem papel bastante
importante no direito administrativo – especialmente pelo fato de que o direito
administrativo não está em um código – e contribui bastante para a correta
interpretação dos institutos administrativos.
A jurisprudência – que são as decisões judiciais reiteradas sobre deter-
minado assunto –, da mesma maneira que a doutrina, colabora em muito para
a evolução do direito administrativo. É importante frisar que a jurisprudência
possui, em regra, caráter orientador, quer dizer, as decisões dos tribunais
servem de parâmetro e orientação para os juízes das instâncias inferiores na
hora do julgamento. Todavia, há casos em que a jurisprudência tem força
vinculante, isto é, há casos em que a decisão deve ser obrigatoriamente seguida.
São exemplos disso as decisões proferidas pelo STF na ação declaratória de
14. MELLO, Oswaldo Aranha Bandeira de. Princípios gerais de direito administrativo. 3. ed. São Paulo: Ma-
lheiros, 2007. v.1. p. 219.
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