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Módulo Básico



Ministrantes:

Alan Leonardo

Reinaldo Toscano
"Fotografar, é colocar na mesma
linha de mira, a cabeça, o olho e
o coração."
(Henri Cartier-Bresson, 1994)
Aula 01:


Breve História da Fotografia


Introdução

O nome “Fotografia” advém da fusão de dois radicais gregos:


fós (luz) e grafo (escrita). Atribui-se um significado padrão:
arte de fixar, pela ação da luz, a imagem de objetos sobre
uma superfície fotossensível.

A fotografia depende prioritariamente de duas propriedades da
natureza e da ciência: Física (Óptica) e Química
(Fotossensibilidade).
A invenção do termo
“fotografia” foi criada pelo
astrônomo inglês John
Herschel em 1851.
Física Óptica – Princípios básicos
Assim como as radiações infravermelhas e ultravioletas, os sinais de
rádio e televisão, o raio x, etc., a luz é formada por ondas
eletromagnéticas.
De todas as ondas que constituem o espectro eletromagnético, a luz é
quem determina a sensação visual, quando atinge a nossa visão.
Física Óptica – Princípios básicos
Fontes de luz:
• Primária (corpos luminosos) – são aqueles que emitem luz: o sol, as
lâmpadas, etc.;
• Secundária (corpos iluminados) – são todos aqueles que apenas refletem a
luz.
Tipos de luz:
• Monocromática (lâmpadas de sódio) – composta por apenas uma cor,
bastante utilizada iluminação de exteriores (baixa pressão) e para
experimentos científicos;
• Policromática (luz solar, fluorescente) – seu comprimento de onda compõe
mais de uma ou todas as cores do espectro luminoso, cada cor possui uma
velocidade diferente de propagação quando incidida no vidro.
Física Óptica – Princípios básicos
Meios de propagação da luz:
• Transparente (ar, água, vidro comum) – meio homogêneo, a luz se
propaga em linha reta;
• Translúcido (papel vegetal, vidro fosco, neblina) – meio heterogêneo,
a luz se propaga em múltiplas direções;
• Opaco – são meios que não permitem a propagação da luz*.
* Descartando os índices de reflexão
Física Óptica – Princípios básicos
Princípios físicos da luz:
• Reflexão – A luz atinge a superfície volta a se propagar no meio de
origem. A reflexão pode ser regular, difusa ou seletiva;
• Refração – A luz incide e atravessa a superfície, continuando a se
propagar no outro meio. Os raios refratados seguem uma trajetória
inclinada em relação aos incididos;
• Absorção – A luz incide na superfície, no entanto não é refletida e nem
refratada, sendo absorvida pelo corpo, e aquecendo-o. Ocorre em
corpos de superfície escura, a absorção também pode ser seletiva.
Princípio da Câmara Obscura
Os raios luminosos se propagam de
maneira retilínea em um meio
transparente (ar), essa afirmação pode
ser confirmada através da câmara
escura: a partir de uma caixa com
paredes opacas com um furo em um dos
seus lados, é possível perceber a
formação de uma imagem na parede
oposta do objeto que está no exterior da Quanto menor for o furo da caixa, mais
nitidez a imagem formada em seu interior
caixa, de maneira invertida. terá, entretanto ela será mais escura
(devido a menor passarem de luz pelo
orifício).
A fotografia não tem um único
inventor, surgiu de várias
observações e inventos em
momentos diversos.
Câmara Escura
• O conhecimento de seu princípio ótico é atribuído ao
chinês Mo Tzu no século V a.C., alguns teóricos
atribuem esta façanha à Aristóteles (século IV a.C.);
• A partir do século XII a câmara escura se torna comum
entre os sábios europeus para a observação de eclipses
solares, sem prejudicar os olhos;
• No século XIV a câmara escura era usada para auxiliar o
desenho e a pintura. Leonardo da Vinci fez uma
descrição desta câmara em um de seus livros,
comparando-a ao olho humano; Mo Tzu. Ideólogo Chinês.
Câmara escura
Primeira ilustração publicada da Câmara Escura, pelo físico Reiner Gemma Frisius no
tratado “De Radio Astronomico Et Geometrico Liber” (Bélgica) em 1554
Câmera Escura
• No século XVI, a câmara escura ganhou lentes biconvexas,
diafragma e espelho; além de se tornar mais “portátil” passou a
ser uma importante ferramenta para os desenhistas.

Câmera obscura como aparelho de mesa com instalação de espelho para traçar
confortavelmente. Gravura de 1769 (Georg Friedrich Brander).
Câmera Lucida (Clara)
• Patenteada em 1807 pelo britânico
William Hyde Wollaston, era uma
evolução da câmera escura. O
invento utilizava da sobreposição de
imagens para auxiliar no desenho, é
um pequeno prisma com quatro ou
cinco faces, uma semi-espelhada e
outra espelhada, que permite ao
pintor ver sobre a tela ou papel
onde faz o esboço a imagem do
objeto que pinta, à sua frente. Gravura da câmera clara
Princípio Químico – Fotossensibilidade
• Em 1604 o cientista italiano Ângelo Sala observa que um certo
composto de prata se escurecia quando exposto ao sol.
• Em 1727, o professor de anatomia Johann Heirich Schulze, da
universidade alemã de Altdorf, notou que um vidro que
continha ácido nítrico, prata e gesso se escurecia quando
exposto à luz proveniente de uma janela. Por eliminação, ele
demonstrou que os cristais de prata halógena, ao receberem
luz, e não o calor como se supunha, se transformavam em
prata metálica negra.
• Como suas observações foram acidentais e não tinham
utilidade prática na época, Schulze cedeu suas descobertas à
Johann Heirich Schulze
Academia Imperial de Nuremberg.
Princípio Químico – Fotossensibilidade
• Ainda no final do século XVIII, o químico suíço Carl
Wilhelm Scheele estudava reações entre o cloreto de
prata e a luz solar, ele afirmou que a luz era a
responsável pela reação química com o nitrato prata e
não o calor (como outros químicos defendiam na época).
• Scheele descobriu que essa substância reagia de forma
diferente quando exposta a diferentes matizes do
espectro luminoso: as cores mais escuras como o azul e
o roxo escureciam o cloreto de prata mais rapidamente
do que o vermelho e o amarelo.

Carl Wihelm Scheele


As Origens da Fotografia – Silhuetas
ETIENNE DE SILHOUETTE (1707-1767)
• Ministro de Luís XV (França) que desenvolveu uma técnica para
desenhar e cortar do papel a forma projetada do rosto de
pessoas. O resultado era recortado e geralmente enquadrado, se
tornando uma moda na época.
• O termo “silhueta” origina-se dessa prática.
• Em 1790, Carl Scheele realizou impressões de silhuetas em
folhas impregnadas de cloreto de prata.

Máquina de Silhueta em 1759


As Origens da Fotografia
THOMAS WEDGWOOD (1771-1805)
• Ceramista britânico que estudava química e física, experimentou
como o calor e a luz afetavam a cerâmica. Em particular, ele
revestia potes de cerâmica com nitrato de prata e expunha ao sol.
O nitrato de prata reagia à luz escurecendo lentamente até se
tornar completamente preto.
• Posteriormente usou o nitrato de prata em papel, vidro, couro
branco e verificou que estes materiais reagiam da mesma maneira.
• Wedgwood tentou combinar este processo químico com câmaras
escuras da época, mas o nitrato de prata não foi sensível o
suficiente para capturar uma imagem visível.
Thomas Wedgwood
Folha – Thomas Wedgwood, 1800
As Origens da Fotografia – Heliografia
JOSEPH NICÉPHORE NIÉPCE (1765-1833)
• Oficial da marinha francesa, começou a fazer experiências com
gravação de imagens a partir da câmera escura, juntamente com seu
irmão Claude Niépce, no fim do século XVIII;
• Naquela época, a litografia era moda na Europa e Niépce tentara fixar
as imagens da câmera escura com ácido nítrico, entretanto, as
imagens se apagavam;
• Em 1826, utilizando uma placa de estanho e betume da Judéia (que
endurecia quando exposto a luz) e com uma exposição de
aproximadamente oito horas, ele conseguiu fixar a considerada
“primeira fotografia da história” – a imagem foi produzida a partir do
quintal da sua casa.
Joseph Nicéphore Niépce
Vista do Pombal - Joseph Nicephore Niépce, 1826
As Origens da Fotografia – Daguerreotipo
LOUIS JAQUES MANDÉ DAGUERRE (1787-1851)
• Daguerre era um pintor de paisagens e gravurista francês, foi
procurado por Niépce em 1829 que procurava um meio mais fácil e
realista de fazer gravuras;
• Depois do falecimento de Niépce, Daguerre passou a realizar
experiências tentando acelerar o processo do seu ex-sócio;
• Em agosto de 1839, Daguerre apresentou um novo e revolucionário
processo a L’Acadêmie des Sciènces et Beaux Arts de Paris. O
processo fez imediato sucesso e ficou conhecido como
Daguerreotipia;
• Por solicitação do próprio Daguerre, a técnica foi divulgada
livremente ao mundo sem direitos autorais. Em compensação Louis Daguerre

Daguerre recebeu uma pensão vitalícia do governo francês.


As Origens da Fotografia – Daguerreotipo
• O processo da Daguerreotipia consistia no uso de uma chapa de cobre
sensibilizada por uma fina camada de prata preparada numa câmara
especial contendo iodo em estado gasoso;
• A imagem latente resultante depois da exposição era posteriormente
revelada com vapor de mercúrio aquecido por uma chama embaixo da
chapa;
• A grande popularidade da qual gozou a Daguerreotipia foi o resultado deste
ser o primeiro processo prático de fotografar. As imagens eram de um
detalhe e perfeição surpreendentes;
• O retrato era particularmente difícil de executar devido ao fato que os
tempos de exposição eram muito longos (em excesso de 30 a 45 minutos).

Daguerreótipos
Fotografias produzidas com daguerreotipo no século XIX
As Origens da Fotografia – No Brasil
ANTOINE HERCULE ROMUALD FLORENCE (1804-1879)
• Desenhista francês, Hercules Florence veio para o Brasil em 1824,
participando da Expedição Langsdorff (para registrar aspectos da natureza
e da sociedade brasileira);
• Devido à falta de oficinas impressoras no Brasil, resolveu pesquisar uma
forma alternativa de impressão, criando um sistema chamado de poligrafia;
• Trabalhou independentemente dos pesquisadores europeus e conseguiu
resultados surpreendentemente avançados, em 1830 ele já tinha
descoberto o processo fotográfico – fez experimentos com sais de prata e
cloreto de ouro como elementos fotossensíveis, como o uso da amônia
(urina) para a fixação das imagens;
Autorretrato de Hércules
Florence
Técnicas de Registro da Fotografia – Calotipo
WILLIAM HENRY FOX-TALBOT (1800-1877)
• O cientista inglês trabalhou independentemente das experiências de
Niépce e Daguerre. Em 1839 quando Talbot soube do trabalho do francês,
ele apresentou apressadamente o resultado das suas pesquisas à
Academia Real da Inglaterra para garantir os direitos ao seu processo.
• Talbot foi o primeiro a utilizar um negativo de papel do qual era possível
tirar cópias positivas por contato. Foi esta a grande contribuição de Talbot,
pois foi o seu processo que possibilitou a fotografia em série.
• A maior desvantagem do processo era que o seu negativo de papel não
permitia cópias com a mesma qualidade dos Daguerreotipos.

William Fox-Talbot
“Wild Fennel” by William Henry Fox Talbot. 1841-1842. Salted paper print.
Outras Técnicas – Colódio Úmido
CHAPA ÚMIDA
• Em 1851, outro Inglês, Frederick Scott Archer, obteve êxito com um
processo revolucionário;
• Utilizava finalmente um negativo de vidro (com a qualidade da
Daguerreotipo) e possibilitava a tiragem de inúmeras cópias (a vantagem
da Calotipo), com um custo baixo e materiais muito menos perigosos.
• Empregava o colódio (composto de éter e álcool numa solução de nitrato
de celulose) como substância ligante para fazer aderir o nitrato de prata
fotossensível à chapa de vidro que constituía a base do negativo.
• A exposição devia ser realizada com o negativo ainda úmido e a revelação
devia ser efetuada logo após a tomada da fotografia. Fotografia em colódio úmido
Outras Técnicas – Placa Seca
CHAPA SECA
• A fotografia externa somente se tornou mais fácil à partir do
ano 1871, quando Richard Leach-Maddox, um amador inglês
introduziu a emulsão de gelatina.
• As placas secas, empregando a gelatina de origem animal
como elemento ligante eram de manuseio muito mais fácil, pois
eram vendidas em embalagens industriais, pré emulsionadas,
que dispensavam qualquer manipulação prévia à tomada da
foto por parte do fotógrafo;
• Apresentava ainda a vantagem de serem mais sensíveis do
que os negativos de colódio úmido, possibilitando exposições
mais rápidas.
Richard Maddox
A fotografia em seus primeiros anos foi vista com
desconfiança pelos setores mais conservadores da
sociedade do século XIX. Uma invenção que desafia o
poder divino e comprometia a sobrevivência da arte
da pintura.


Com o passar do tempo a capacidade de capturar
instantes da realidade, tornou a fotografia objeto de
desejo e ostentação da elite, sendo comum nas
famílias mais ricas o uso do camafeu, do carte-de-
visite e cabinet portraits.
As Origens da Fotografia - Kodak
GEORGE ESTMAN (1854 – 1932)
• O até então banqueiro americano, George
Eastman reiniciou a fabricação e comércio
de chapas secas de gelatina em 1880.
• Em 1888 lançou a marca e a câmera
“Kodak”, com o slogan "Você aperta o
botão, nós fazemos o resto".
• No ano seguinte, desenvolveu o primeiro
filme comercial transparente em rolo .
George Eastman
Anúncio da Kodak Camera / Embalagem do filme com 100 negativos
Anúncio da No. 0 Brownie – Continha um rolo capaz de registrar oito fotografias
As Origens da Fotografia – Filme Pancromático

• No final do século XIX já haviam


experimentos de fotografia
colorida, entretanto, não
conseguiam representar todo o
espectro luminoso.
• Em 1907 os irmãos Lumière
comercializam o primeiro
sistema de fotografia colorida
chamado “autochrome”.

Charlie Chaplin 1915 - Richard Sullivan


As Origens da Fotografia – Câmera 35mm

• No final do século XIX em Leitz, na Alemanha. O fundador da


fábrica de microscópios Wetzalar, Oskar Barnack,
entusiasmado com o sucesso dos seus equipamentos teve a
ideia de desenvolver um novo tipo de câmera fotográfica, mais
prático e mais portátil;
• Após algumas evoluções, no ano de 1914 ele criou o protótipo
“Ur-Leica”, a primeira câmera fotográfica a utilizar o formato
cinematográfico 35mm;
• Em 1923, foram produzidos 25 protótipos com melhorias em
relação a primeira câmera, o lote foi chamado de “Null-
Serie” (Série Nula) – por conta da pequena quantidade de
unidades esta câmera se tornou a câmera mais cara do
mundo, sendo arrematada por um anônimo em um leilão em Ur-Leica
Viena (Áustria) por 2,8 milhões de dólares em 2012.
As Origens da Fotografia – Câmera 35mm
• Por motivo do período da primeira guerra
mundial, apenas a partir de 1925 foram
comercializadas as primeiras unidades da Leica
1 – inicialmente foram produzidas 1.000
unidades do modelo;
• A câmera de pequeno formato trouxe uma
“nova perspectiva” para o fotojornalismo,
portátil, ela começou a ser utilizada em
eventos;
• A reação entre os artistas e fotógrafos por essa
"nova forma de visão" foi extremamente
entusiasmante, tornando a empresa uma
referência no mercado;
Leica 1
As Origens da Fotografia – Diapositivo
Outras inovações ocorridas no século XX

• Em 1935, a Kodak
lançou o Kodachrome,
filme diapositivo que
simplificou o processo de
fotografia colorida.

Filme Kodachrome
As Origens da Fotografia – Negativo Colorido

Outras inovações ocorridas no século XX

• Em 1942, a Kodak lança o


Kodacolor - primeiro negativo
do mundo a preservar as cores
exatas.

Filmes Kodacolor
As Origens da Fotografia – Polaroid
Outras inovações ocorridas no século XX

• No ano de 1937, Edwin


Land, desenvolve a
Polaroide Land câmera,
pioneira em fotos
instantâneas.

Polaroid Land Câmera e Polaroid Land Câmera


1000.
Surgimento da Fotografia Digital

• Em 1975, Steve Sasson nos


laboratórios da Kodak, unindo
dispositivos analógicos e digitais
criou a primeira câmera digital da
historia.
• As imagens eram obtidas através de
um CCD, e gravadas em uma fita k7.
• Demorava cerca de 23 segundos
para formar uma imagem com 100
linhas em preto e branco.
Primeira câmera digital da historia
Popularização da Fotografia Digital

• A Sony Mavica FD5, surge como a


primeira câmera digital popular do
mundo em 1997.
• Possuía resolução VGA (640x480
pixels) e armazenava as imagens
em um disquete de 3,5” e 1,44mb.

Sony Mavica MVC-FD5


Obrigado!
alanleonardo13@hotmail.com
reinaldotsjr@gmail.com

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