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REFRIGERAÇÃO INDUSTRIAL

Stanley Primo Ferreira

INSTITUTO FEDERAL DO CEARÁ

Maracanaú, 4 de Julho de 2017

FERREIRA, S. P. (IFCE) Refrigeração Industrial Maracanaú, 4 de Julho de 2017 1 / 50


Sumário

3 Sistemas de múltiplos estágios de pressão


1 Introdução à refrigeração
2 Fundamentos da termodinâmica aplicada à
refrigeração 4 Referências

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Apresentação da disciplina

Objetivo da disciplina

1 Compreender a importância da refrigeração nos processos industriais.

2 Compreender os fenômenos relativos à refrigeração de alguma substância ou meio.

3 Conhecer o princípio de funcionamento dos principais tipos de equipamentos de


refrigeração encontrados na indústria.

4 Estudar o uso efetivo da teoria da refrigeração industrial na prática da manutenção.

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Apresentação da disciplina

Cronograma - etapa 1

Aula 1 - Apresentação da disciplina; introdução à refrigeração.


Aulas 2 e 3 - Fundamentos da termodinâmica aplicada à refrigeração.
Aulas 4 a 7 - Sistemas de compressão de vapor.
Aulas 8 e 9 - Compressores alternativos.
Aula 10 - VS1: capítulos 1 a 4 do livro.
Aulas 11 e 12 - Compressores parafuso.
Aulas 13 a 15 - Evaporadores, serpentinas e resfriadores.
Aulas 16 a 19 - Recirculação de líquido.
Aula 20 - VS2: capítulos 5 a 7 do livro.
Aula 21 - Segunda chamada da VS1 e VS2.

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Apresentação da disciplina

Cronograma - etapa 2

Aulas 22 a 24 - Condensadores.
Aulas 25 e 26 - Tubulações.
Aulas 27 a 29 - Válvulas
Aula 30 - VS3: capítulos 8 a 10 do livro.
Aulas 31 e 32 - Reservatórios.
Aulas 33 a 36 - Refrigerantes.
Aulas 37 e 38 - Segurança.
Aula 39 - VS4: capítulos 11 a 13 do livro.
Aula 40 - Segunda chamada da VS3 e VS4.

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Apresentação da disciplina

Bibliografia indicada

Bibliografia básica
STOECKER, W. F.; JABARDO, J. M. S. Refrigeração Industrial. 2. ed. São Paulo: Edgard
Blücher, 2002.
MACINTYRE, A. J. Ventilação industrial e controle da poluição. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, 1990.
SILVA, N. F. Compressores alternativos industriais: Teoria e Prática. Rio de Janeiro: Interciência,
2009.

Bibliografia complementar
BRUNETTI, F. Mecânica dos Fluidos, 2. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.
INCROPERA, F. P. et al Fundamentos de Transferência de Calor e de Massa. 6. ed. Rio de
Janeiro: LTC, 2008.

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Introdução à refrigeração

Introdução à refrigeração

3 Sistemas de múltiplos estágios de pressão


1 Introdução à refrigeração
4 Referências
2 Fundamentos da termodinâmica aplicada à
refrigeração

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Introdução à refrigeração

Importância da refrigeração

Viabilizar a guardar e distribuição de alimentos.


Auxiliar o ser humano a viver e trabalhar em climas adversos.

Figura 2.1: Temperatura de conservação dos alimentos (BRILEY, 2004).

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Introdução à refrigeração

História da refrigeração
Os chineses foram os primeiros a aprender que o gelo tornava as bebidas mais frias e saborosas.
Gregos e romanos usavam escravos para apanhar neve no topo das montanhas, armazenavam
em buracos na terra para ser usada na confecção de guloseimas congeladas.

1626: Francis Bacon protagonizou o primeiro


relato histórico sobre refrigeração na conserva-
ção de alimentos.
1683: Descobrimento do Microscópio com o
estudo de bactérias, enzimas e fungos que se
multiplicam com o calor e parecem hibernar
com temperaturas de 10 ◦ C ou menores. A co-
mida pode ser mantida em seu estado natural Figura 2.2: Representação do funcionamento das primeiras geladeiras (BRILEY,
2004).
pelo uso do frio.

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Introdução à refrigeração

História da refrigeração (cont.)

1775: Primeiros experimentos em laboratórios.


1834: Primeira patente para uma máquina de refrigeração mecânica (Jacob Perkins).
1855: Primeiro equipamento colocado em operação em Cleveland, Ohio-EUA (James Harrison).
1918: Primeiro refrigerador automático movido a eletricidade e com um pequeno motor (Kel-
vinator Company).
1928: Surge os gases refrigerantes fluorados (Thomas Midgely).

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Introdução à refrigeração

Conceitos básicos

Refrigeração: processo de retirar calor de um corpo ou espaço para reduzir sua temperatura e
transferir este calor para um outro espaço ou corpo.
Arrefecimento: diminuição da temperatura de um corpo até a temperatura ambiente.
Resfriamento: diminuição da temperatura de um corpo da temperatura ambiente até sua tem-
peratura de congelamento.
Congelamento: diminuição da temperatura de um corpo aquém da sua temperatura de conge-
lamento.
Agente refrigerante: É o corpo empregado como absorvedor de calor ou agente de resfriamento
do espaço refrigerado. Ex.: gelo, gelo seco (dióxido de carbono) e refrigerantes líquidos.

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Introdução à refrigeração

Climatização × refrigeração × criogenia

Figura 2.3: Ambiente de tecelagem. Figura 2.4: Câmara frigorífica. Figura 2.5: Nitrogênio líquido.

Climatização Refrigeração Criogenia


T > 15 ◦ C −70 ◦ C ≤ T ≥ 15 ◦ C T < −70 ◦ C

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Introdução à refrigeração

Aplicações da refrigeração

Figura 2.6: Refrigeração doméstica e comercial.

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Introdução à refrigeração

Aplicações da refrigeração (cont.)

Figura 2.7: Refrigeração industrial e de transporte.

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Introdução à refrigeração

Aplicações da refrigeração (cont.)

Figura 2.8: Refrigeração de baixas temperaturas e condicionamento de ar.

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Introdução à refrigeração

Você usará refrigeração?

Aplicações da Engenharia:
Dimensionamento/ Projeto de Instalações
Instrumentação/ Automação/ Controle
Consultoria/ Assessoria
Eficiência Energética
Logística
Científico:
Pesquisa (Pura ou Aplicada)
Desenvolvimento
Tecnológico
Comercial
Nutricional
Educacional
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Fundamentos da termodinâmica aplicada à refrigeração

Fundamentos da termodinâmica aplicada à refrigeração

3 Sistemas de múltiplos estágios de pressão


1 Introdução à refrigeração
4 Referências
2 Fundamentos da termodinâmica aplicada à
refrigeração

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Fundamentos da termodinâmica aplicada à refrigeração

Sistemas de unidades

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Fundamentos da termodinâmica aplicada à refrigeração

Múltiplos e submúltiplos

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Fundamentos da termodinâmica aplicada à refrigeração

Sistemas de unidades

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Fundamentos da termodinâmica aplicada à refrigeração

Conversão de unidades

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Fundamentos da termodinâmica aplicada à refrigeração

Constantes utilizadas na refrigeração

Constantes fundamentais Propriedades importantes


densidade da água ⇒ 1000 kg/m3
aceleração da gravidade normal
⇒ 9,80665 m/s2 densidade do ar ⇒ 1,2 kg/m3
pressão atmosférica normal calor específico da água líquida
kJ
⇒ 101,235 kPa ⇒ 4,19
kg·K
constante universal dos gases (R)
J calor específico do ar a pressão constante
⇒ 8314 kJ
kg·mol·K ⇒ 1,004
kg·K
constante de gás para o ar (Rar )
J calor específico do ar a volume constante
⇒ 8314 kJ
kg·K ⇒ 0,717
kg·K

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Fundamentos da termodinâmica aplicada à refrigeração

Conceitos importantes

Entalpia: grandeza física definida no âmbito da termodinâmica que representa a máxima


energia de um sistema termodinâmico.
Entropia: grandeza termodinâmica que mensura o grau de irreversibilidade de um
sistema.
Transformação isentrópica (isoentrópica: propriedade de um meio que possui entropia
constante durante um intervalo de tempo.
Transformação isotérmica: transformação realizada de forma que a temperatura do
sistema permaneça sempre constante.
Transformação isocórica: quando o volume do sistema se mantém constante durante a
transformação.
Transformação isobárica: transformação onde a pressão do sistema permanece
inalterada.
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Fundamentos da termodinâmica aplicada à refrigeração

Conceitos importantes (cont.)

Transformação adiabática: transformação isenta de quaisquer troca de calor e/ou massa


com o ambiente externo.
Transformação cíclica: conjunto de transformações sofridas pelo sistema de tal forma
que seus estados final e inicial sejam iguais.
Transformação reversível: transformação que ocorre nos dois sentidos, sem perdas,
podendo voltar ao seu estado inicial sem necessidade de energia externa.

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Fundamentos da termodinâmica aplicada à refrigeração

Diagrama pressão × entalpia

Figura 3.1: Curvas no gráfico pressão × entalpia.


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Fundamentos da termodinâmica aplicada à refrigeração

Diagrama temperatura × entropia

Figura 3.2: Curvas no gráfico temperatura × entropia.


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Fundamentos da termodinâmica aplicada à refrigeração

Ciclo de Carnot

Figura 3.4: Temperatura × entropia no ciclo de Carnot.


Figura 3.3: Pressão × volume ciclo de Carnot.

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Fundamentos da termodinâmica aplicada à refrigeração

Exercícios

1. O ciclo de refrigeração é usado para manter um departamento de alimentos a −15◦ C em


um ambiente de 25◦ C. O ganho de calor total para o departamento de alimentos é
estimado em 1500kJ/h e a rejeição de calor em O condensador é 2600kJ/h. Determine:
a. a entrada de energia para o compressor em kW;
b. o COP da refrigerador;
c. a entrada de energia mínima para o compressor se um refrigerador reversível foi usado.

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Sistemas de múltiplos estágios de pressão

Sistemas de múltiplos estágios de pressão

3 Sistemas de múltiplos estágios de pressão


1 Introdução à refrigeração
4 Referências
2 Fundamentos da termodinâmica aplicada à
refrigeração

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Sistemas de múltiplos estágios de pressão

Introdução

Muitas vezes, a instalação frigorífica deve servir a aplicações diversas, que exigem distintas
temperaturas de operação.
Por exemplo, uma fábrica de alimentos congelados pode requerer dois evaporadores a tempera-
turas diferentes, um a −30 ◦ C para o congelamento do alimento e outro a 7 ◦ C para resfriamento
da sala de corte.
Uma alternativa simples seria a utilização de dois sistemas independentes, cada um atendendo
uma temperatura de evaporação. Essa alternativa não é economicamente interessante em fun-
ção do elevado custo inicial de dois sistemas.
Uma alternativa mais simples seria utilizar um sistema de refrigeração utilizando um compressor
e dois evaporadores, representado nas Fig. 4.1a e 4.1b.

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Sistemas de múltiplos estágios de pressão

Sistema de refrigeração com um compressor e dois evaporadores

(a) Esquema de operação. (b) Representação em um diagrama p × h.

Figura 4.1: Sistema de refrigeração com um compressor e dois evaporadores.

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Sistemas de múltiplos estágios de pressão

Sistema de refrigeração com um compressor e dois evaporadores (cont.)

A operação de um evaporador a −30 ◦ C para resfriar um ambiente a 7 ◦ C é bastante ineficiente,


pois as irreversibilidades aumentam com o aumento da diferença de temperatura na transfe-
rência de calor.
Uma temperatura tão reduzida no evaporador com elevada diferença de temperatura em relação
ao espaço a refrigerar produziria uma taxa de remoção de umidade do ar extremamente elevada,
desidratando alimento, nesse caso, e também depositando-se na superfície do evaporador com
formação de neve, obstruindo rapidamente a passagem do ar.
Para o caso de resfriamento de líquido, poderia provocar seu congelamento nas tubulações.

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Sistemas de múltiplos estágios de pressão

Sistemas com múltiplos evaporadores e um único compressor, com


válvula de redução de pressão

O sistema apresentado nas Fig. 4.2a e 4.2b é um sistema de duas temperaturas de evaporação
distintas com apenas um compressor.
Esse sistema utiliza válvulas de expansão individuais e uma válvula reguladora de pressão.

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Sistemas de múltiplos estágios de pressão

Sistemas com múltiplos evaporadores e um único compressor, com


válvula de redução de pressão (cont.)

(a) Esquema de operação. (b) Representação em um diagrama p × h.

Figura 4.2: Sistema de múltiplos evaporadores e um compressor.

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Sistemas de múltiplos estágios de pressão

Sistemas com múltiplos evaporadores e um único compressor, com


válvula de redução de pressão (cont.)

Comparando-se esse sistema com o anterior, pode-se notar que há uma grande vantagem em
função do incremento do efeito de refrigeração (h6 → h4) contra (h7 → h5).
Essa vantagem, no entanto, é contrabalançada pelo elevado trabalho de compressão necessário
para operar o compressor desde a região de superaquecimento (estado 1).
Apesar de não haver uma melhora da eficiência em relação ao ciclo anterior, esse último é ainda
vantajoso pois permite uma melhor operação do evaporador de temperatura mais elevada.

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Sistemas de múltiplos estágios de pressão

Sistemas com múltiplos evaporadores e um único compressor, com


válvula de redução de pressão e separação do vapor de flash

O ciclo pode ser aprimorado um pouco, separando-se o vapor de flash formado durante a ex-
pansão entre a pressão do condensador e a pressão do evaporador a temperatura mais elevada
(estado 4).
Dessa forma consegue-se aumentar o efeito de refrigeração de evaporador de temperatura mais
baixa.

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Sistemas de múltiplos estágios de pressão

Sistemas com múltiplos evaporadores e um único compressor, com


válvula de redução de pressão e separação do vapor de flash (cont.)

(a) Esquema de operação. (b) Representação em um diagrama p × h.

Figura 4.3: Sistema de múltiplos evaporadores e um compressor e remoção do vapor de flash no estado 4.

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Sistemas de múltiplos estágios de pressão

Sistemas com múltiplos evaporadores, múltiplos estágios, remoção do


vapor de flash e resfriamento intermediário

Uma solução efetiva para o problema da operação de um sistema de refrigeração com múltiplos
evaporadores é ilustrada na Fig. 4.4.
O tanque separador de líquido/resfriador intermediário, é adequado para elevadas diferenças
de temperatura entre evaporador e condensador e com diferentes cargas térmicas em cada um
dos evaporadores.
A temperatura no evaporador 2 é a mesma do líquido no tanque separador. O vapor supera-
quecido proveniente do compressor de baixa é resfriado até a saturação no tanque resfriador
intermediário.

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Sistemas de múltiplos estágios de pressão

Sistemas com múltiplos evaporadores, múltiplos estágios, remoção do


vapor de flash e resfriamento intermediário (cont.)

(a) Esquema de operação. (b) Representação em um

FERREIRA, S. P. (IFCE) Refrigeração Industrial Maracanaú, 4 de Julho de 2017 39 / 50


Sistemas de múltiplos estágios de pressão

Sistemas com múltiplos evaporadores, múltiplos estágios, remoção do


vapor de flash e resfriamento intermediário (cont.)

Figura 4.4: Sistema de múltiplos evaporadores e um compressor e remoção do vapor de flash no estado 4.

FERREIRA, S. P. (IFCE) Refrigeração Industrial Maracanaú, 4 de Julho de 2017 40 / 50


Sistemas de múltiplos estágios de pressão

Exercícios: Ex. 3.4 (STOECKER; JABARDO, 2002)

Um entreposto de alimentos opera com uma instalação frigorífica de R-22 que serve uma câmara
de congelados de 300 kW de capacidade frigorífica, cujo evaporador opera a uma temperatura
de evaporação de −28◦ C, e uma câmara de verduras de 220 kW de capacidade, dotada de um
evaporador que opera à temperatura de evaporação de −2◦ C. A temperatura de condensação
do ciclo é de 30◦ C. Quais devem ser as vazões de refrigerante deslocadas em cada compressor?

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Sistemas de múltiplos estágios de pressão

Exercícios: Ex. 3.4 (STOECKER; JABARDO, 2002) (cont.)

Figura 4.5: Estados do circuito (STOECKER; JABARDO, 2002).


Figura 4.6: Diagrama p × h associado ao ciclo (STOECKER;
JABARDO, 2002).

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Sistemas de múltiplos estágios de pressão

Exercícios: Ex. 3.4 (STOECKER; JABARDO, 2002) (cont.)


Inicialmente calculamos as entalpias em cada estado:

h1 = 394,0 kJ/kg (Verificando na tabela do R-22 saturado para vapor a T1 = −28◦ C)


h2 = 417,0 kJ/kg (Verificando o diagrama p × h do R-22 a partir do ponto de vapor
saturado a T1 = −28◦ C e seguindo a curva isoentrópica até T2 = −2◦ C ou...)
h3 = 404,6 kJ/kg (Verificando na tabela do R-22 saturado para vapor a T3 = −2◦ C)
h4 = 417,0 kJ/kg (Verificando o diagrama p × h do R-22 a partir do ponto de vapor
saturado a T3 = −2◦ C e seguindo a curva isoentrópica até T4 = 30◦ C ou...)
h5 = 236,7 kJ/kg (Verificando na tabela do R-22 saturado para líquido a T5 = 30◦ C)
h6 = h5
h7 = h3
h8 = 197,7 kJ/kg (Verificando na tabela do R-22 saturado para líquido a T5 = −2◦ C)

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Sistemas de múltiplos estágios de pressão

Exercícios: Ex. 3.4 (STOECKER; JABARDO, 2002) (cont.)

Agora verificamos as vazões:

no evaporador de alta temperatura:

PE(alta) 220 [kW]


ṁ7 = = ⇒ ṁ7 = 1,31 kg/s
h6 − h7 (404,6 − 236,7) [kJ/kg]

no evaporador de baixa temperatura:

PE(baixa) 300 [kW]


ṁ8 = = ⇒ ṁ8 = 1,53 kg/s
h1 − h8 (394,0 − 197,7) [kJ/kg]

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Sistemas de múltiplos estágios de pressão

Exercícios: Ex. 3.4 (STOECKER; JABARDO, 2002) (cont.)


verificando o balanço de massa e energia no tanque de flash:

ṁ8 = ṁ2 ṁ3 = ṁ6 + ṁ7

ṁ6 h6 + ṁ7 h7 + ṁ2 h2 = ṁ8 h8 + ṁ3 h3 ⇒ ṁ6 h6 + (ṁ3 − ṁ6 )h3 + ṁ8 h2 = ṁ8 h8 + ṁ3 h3 ⇒
ṁ6 h6 + ṁ3 h3 − ṁ6 h3 + ṁ8 h2 = ṁ8 h8 + ṁ3 h3 ⇒ ṁ8 h2 − ṁ8 h8 = ṁ6 h3 − ṁ6 h6 ⇒
h2 − h8
ṁ6 = ṁ8
h3 − h6

h2 − h8
ṁ3 = ṁ6 + ṁ7 ⇒ ṁ3 = ṁ8 + ṁ7 ⇒
h3 − h6
(417,0 − 197,7) [kJ/kg]
ṁ3 = 1,53 [kg/s] × + 1,31 [kg/s] ⇒ ṁ3 = 3,305 kg/s
(404,6 − 236,7) [kJ/kg]
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Sistemas de múltiplos estágios de pressão

Exercícios: Ex. 3.4 (STOECKER; JABARDO, 2002) (cont.)

... verificando na tabela do R-22 superaquecido para p2 = 465,8 kPa (T2 = −2◦ C) e s2 =
1,7993 kJ/kg·K, precisamos resolver a seguinte interpolação linear dupla.
Tabela 4.1: Dados para interpolação

psat = 421,2 kPa psat = 465,8 kPa psat = 497,4 kPa


414,0 kJ/kg 1,7975 kJ/kg·K 416,2 kJ/kg 1,7903 kJ/kg·K
h20 1,7993 kJ/kg·K h2 h200 1,7993 kJ/kg·K
417,5 kJ/kg 1,8098 kJ/kg·K 419,8 kJ/kg 1,8026 kJ/kg·K

(h20 − 414,0) [kJ/kg] (1,7993 − 1,7975) [kJ/kg·K]


= ⇒ h20 = 414,5 kJ/kg
(417,5 − 414,0) [kJ/kg] (1,8098 − 1,7975) [kJ/kg·K]

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Sistemas de múltiplos estágios de pressão

Exercícios: Ex. 3.4 (STOECKER; JABARDO, 2002) (cont.)

(h200 − 416,2) [kJ/kg] (1,7993 − 1,7903) [kJ/kg·K]


= ⇒ h200 = 418,8 kJ/kg
(419,8 − 416,2) [kJ/kg] (1,8026 − 1,7903) [kJ/kg·K]

(h2 − 414,5) [kJ/kg] (465,8 − 421,2)[kPa]


= ⇒ h2 = 417,0 kJ/kg
(418,8 − 414,5) [kJ/kg] (497,4 − 421,2)[kPa]

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Sistemas de múltiplos estágios de pressão

Exercícios: Ex. 3.4 (STOECKER; JABARDO, 2002) (cont.)


... verificando na tabela do R-22 superaquecido para p4 = 1191 kPa (T4 = 30◦ C) e s4 =
1,7548 kJ/kg·K, precisamos resolver a seguinte interpolação linear.
Tabela 4.2: Dados para interpolação

psat = 1191 kPa


427,4 kJ/kg 1,7534 kJ/kg·K
h4 1,7548 kJ/kg·K
431,6 kJ/kg 1,7664 kJ/kg·K


h4 − 427,4 [kJ/kg] (1,7548 − 1,7534) [kJ/kg·K]
= ⇒ h4 = 427,9 kJ/kg
(431,6 − 427,4) [kJ/kg] (1,7664 − 1,7534) [kJ/kg·K]

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Referências

Referências

3 Sistemas de múltiplos estágios de pressão


1 Introdução à refrigeração
4 Referências
2 Fundamentos da termodinâmica aplicada à
refrigeração

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Referências

Bibliografia

BRILEY, G. C. A history of refrigeration. ASHRAE Journal, ASHRAE Inc., v. 46, n. 11, p. S31, 2004.

BRUNETTI, F. Mecânica dos fluidos. 2. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.

INCROPERA, F. P. et al. Fundamentos de Transferência de Calor e de Massa. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2008.

MACINTYRE, A. J. Ventilaçäo industrial e controle da poluiçäo. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1990.

SILVA, N. F. Compressores alternativos industriais: Teoria e Prática. Rio de Janeiro: Interciência, 2009.

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