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MÓDULO 1: INTRODUÇÃO
Antes de começar um projeto, vamos refletir... Por que trabalhar com projetos de pesquisa?
Ao trabalharmos com projetos de pesquisa com alunos, estimulamos a curiosidade pelo desenvolvimento da
ciência e mostramos como buscar e trabalhar para obter e gerar esse conhecimento científico, que muitas
vezes é visto como pronto pelos alunos.
Um cientista deve ser curioso, observador e ter uma postura honesta, crítica e objetiva sobre o que irá
pesquisar.
Também deve agir com imparcialidade e credibilidade, desenvolvendo pesquisas precisas e comprováveis,
de maneira a produzir conhecimento confiável, ampliando e contribuindo para o saber científico.
Depois, devemos escolher uma porta de entrada na pesquisa de nosso interesse e buscar literatura clássica
e fundamentada sobre o assunto que nos interessar e também sobre as mais diversas áreas, ampliando
nossas possibilidades;
Além disso, não podemos nos intimidar pelas pesquisas já existentes na área, pois sempre que é preciso,
muitos cientistas voltam às ideias mais básicas para reavaliar as teorias e o conhecimento já produzidos.
Há dois métodos diferentes que podem ser utilizados para a pesquisa: o método científico e o método de
engenharia.
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O método científico parte de uma questão e levanta hipóteses para respondê-la. Assim, a pesquisa é feita
para verificar se a hipótese é verdadeira.
O método de engenharia parte de uma necessidade ou um problema e tem o objetivo de trazer uma solução.
No final da pesquisa, deve ser criado um produto que atenda à necessidade inicial.
Quanto aos PROCEDIMENTOS, a pesquisa pode ser Bibliográfica, Experimental, Ex-post facto ou De Campo.
É o planejamento inicial do Projeto, como um "rascunho" prévio do que faremos e, portanto, deve ser
preparado antes que a pesquisa seja iniciada.
Nele, apresentamos as questões a serem estudadas, as necessidades encontradas, bem como as hipóteses
levantadas ou objetivos a serem alcançados.
Descrevemos também o método que será utilizado para realizar o projeto e as referências bibliográficas
pertinentes ao tema que lhe darão suporte teórico.
O plano de pesquisa serve para auxiliar o aluno e o orientador a descrever o que sabem sobre o tema, bem
como o método que utilizarão para realização da pesquisa.
É no plano de pesquisa também que listamos os passos a serem executados durante a pesquisa, alinhados a
um cronograma de desenvolvimento.
Além disso, o plano de pesquisa serve também para divulgar seus propósitos à comunidade científica.
- Os ELEMENTOS TEXTUAIS:
Título
Introdução/Problema
Justificativa
Hipóteses ou objetivos (gerais e específicos)
Materiais e métodos
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- E, por fim, os elementos PÓS-TEXTUAIS: Cronograma e Referências.
TÍTULO DO TRABALHO:
Ele deve ser claro, informativo e estar vinculado ao tema da pesquisa. É o assunto que o pesquisador deseja
provar ou desenvolver, ou seja, o título deve ser uma ideia sintetizada do tema.
INTRODUÇÃO OU O PROBLEMA:
Devemos fazer uma descrição clara da questão (problema) a ser investigada pelo pesquisador.
Qual é o problema?
Quais são as limitações? (tempo, custo, ambiental, etc.)
Como/Por que o fenômeno/problema levantado ocorre?
JUSTIFICATIVA DA PESQUISA:
É o item do plano de pesquisa onde apresentamos a motivação da pesquisa, o que será acrescentado à
comunidade científica (relevância), ou seja, quais são as contribuições para o enriquecimento do assunto, e
apresentamos os resultados esperados.
HIPÓTESES:
São as respostas preliminares às questões, são a simplificação de algum modelo proposto para a pesquisa,
são as respostas que esclarecem a pergunta de pesquisa.
MATERIAIS E MÉTODOS:
Neste item devemos escrever a ação para desenvolver a pesquisa, ou seja, onde e como ela será conduzida,
quais variáveis estudaremos e como as coletaremos, quais os métodos a serem adotados para análise dessas
variáveis e os procedimentos a serem seguidosque seguiremos.
CRONOGRAMA:
É o planejamento das atividades ao longo da pesquisa. Devemos estabelecer prazos para cada uma das
atividades que realizaremos.
REFERÊNCIAS:
Devemos elaborar uma lista ordenada das citação dos livros, publicações científicas ou revistas consultados.
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É a parte final da pesquisa, em que apresentamos os dados coletados durante o estudo e as conclusões.
ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS:
Capa;
Folha de rosto;
Agradecimentos (opcional);
Resumo;
Sumário.
ELEMENTOS TEXTUAIS:
Introdução;
Materiais e métodos;
Fundamentação teórica;
Resultado e análise dos dados;
Discussão;
Conclusões.
ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS:
Referências bibliográficas;
Anexos;
Apêndices;
Parecer do comitê de ética
Já o relatório de pesquisa descreve, além dos objetivos, hipóteses e metodologia, os resultados e suas
conclusões sobre a pesquisa, entre outras coisas. Por isso, é feito depois de realizada a pesquisa.
As referências são uma lista com todas as obras citadas no texto, tanto de forma direta quanto de forma
indireta.
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Caso exponha-se no trabalho a ideia de um outro autor, deve referenciá-lo para que o trabalho não seja
considerado um plágio.
Na bibliografia consideramos todas as fontes consultadas, lidas e fichadas que foram usadas durante a
pesquisa. Contudo, estas ideias não foram citadas de maneira direta ou indireta no texto. (MACEDO, 1994)
A bibliografia nos dá suporte teórico, permitindo que nos familiarizemos com as pesquisas que têm sido
realizadas naquela área.
Esse item uma seleção de informações bibliográficas sobre o tema da sua pesquisa, já publicadas em livros,
revistas científicas, trabalhos de congresso, monografias, dissertações e teses.
O orientador é o professor que poderá ajudar em várias ocasiões durante o trabalho, acompanhando o
desenvolvimento da pesquisa do aluno.
Ele é aquele professor capaz de contribuir para o desenvolvimento pessoal e profissional do aluno que realiza
a pesquisa, fazendo muitas vezes papel de guia para o pesquisador.
Normalmente, o coorientador é indicado pelo próprio Orientador para auxiliá-lo no processo de orientação
dos alunos desenvolvendo alguma pesquisa.
Em alguns casos, o coorientador é um especialista no tema de pesquisa e auxilia tanto o aluno quanto seu
orientador.
É fundamental que a orientação seja enriquecedora para o trabalho e para o aluno orientado. Para tanto,
deve-se saber discernir as funções que cabem ao orientador e que atividades o aluno deve exercer durante
o trabalho.
O(s) orientador(es) devem trabalhar próximo ao aluno, auxiliando-o e intervindo quando for preciso,
guiando-o nos passos a serem seguidos.
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UNIDADE 7 :: MÓDULO 1 - INTRODUÇÃO À METODOLOGIA CIENTÍFICA
ÉTICA E SEGURANÇA
Ética pode significar um pensamento reflexivo sobre os valores e as normas que regem as condutas humanas.
(BRASIL, 1997)
Pode referir-se também a um conjunto de princípios e normas que um grupo estabelece para seu exercício
profissional (por exemplo, os códigos de ética dos médicos, dos advogados, dos psicólogos, etc.)
(BRASIL, 1997)
Segurança ao realizar uma pesquisa refere-se às regras e medidas fundamentais que devemos conhecer e
respeitar para o melhor desenvolvimento da pesquisa, evitando assim problemas, riscos e acidentes.
Ética é importante para que a informação seja honesta e precisa, de maneira que o conhecimento aumente
sem distorção da verdade. (MORAES, 2006)
Para haver segurança, devemos evitar que acidentes ocorram, ao indivíduo ou ao meio coletivo, devido ao
desconhecimento e desrespeito a informações sobre as fontes de perigo e das normas de segurança do
respectivo material de pesquisa.
Devemos estudar as diretrizes que englobem o objeto e o material que pretendemos utilizar na pesquisa;
Por fim, devemos estar cientes sobre quem vai compor a autoria do trabalho e de seu papel na pesquisa.
- O que é autoria?
A autoria de um trabalho remete aos seus responsáveis, ou seja, aos autores da pesquisa realizada.
Trabalhar com projetos de pesquisa desenvolve habilidades e competências, estimulando o aluno a buscar e
trabalhar fatos e resultados para construir conhecimento.
Há o método de pesquisa científico, que busca conhecimento para responder uma questão problema inicial,
levantando hipóteses que serão testadas.
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Há também o método de engenharia, que busca chegar a uma solução, que atenda à necessidade inicial
identificada.
Um PLANO DE PESQUISA é prévio, ou seja, devemos prepará-lo antes que a pesquisa seja iniciada, trazendo
uma perspectiva do trabalho a ser realizado.
O plano de pesquisa serve, entre outras razões, para auxiliar o aluno e o orientador a descrever o estado da
arte sobre o tema e a planejar as etapas do desenvolvimento da pesquisa.
Já o RELATÓRIO DE PESQUISA é a parte final da pesquisa, onde apresentamos os dados coletados durante o
estudo, os resultados, comunicando as conclusões da pesquisa e as recomendações.
O plano de pesquisa, por ser um planejamento prévio, que contém os objetivos, hipóteses e projeções
esperadas do trabalho, é elaborado antes do início dela; diferentemente do relatório de pesquisa que se
elabora após a pesquisa ter sido realizada. Portanto, ambos possuem diferenças sobre o que e como
escrever, no seu conteúdo, e composição do texto.
As REFERÊNCIAS DA PESQUISA compõem uma lista de todas as obras citadas no texto, seguindo a
padronização das diretrizes da ABNT.
A BIBLIOGRAFIA trará todas as fontes consultadas, lidas e fichadas que foram usadas durante a pesquisa,
que deram suporte teórico ao pesquisador.
O orientador da pesquisa deve ser aquele que ajudará e acompanhará o aluno no desenvolver do trabalho,
contribuindo para o desenvolvimento pessoal e profissional do aluno.
O coorientador, indicado pelo próprio Orientador, irá auxiliá-lo na orientação dos alunos nas diversas etapas
da pesquisa.
Ética pode significar um pensamento reflexivo sobre os valores e as normas que regem as condutas humanas.
É preciso pesquisar com ética pois é importante que a informação seja honesta e precisa, de maneira que o
conhecimento aumente sem distorção da verdade. (MORAES, 2006)
Segurança refere-se às regras e medidas fundamentais que devemos conhecer e respeitar para evitar que
acidentes ocorram, ao indivíduo ou ao meio coletivo, devido ao desconhecimento e desrespeito de
informações sobre as fontes de perigo e das normas de segurança do respectivo material da pesquisa.
A autoria de um trabalho remete aos seus responsáveis, ou seja, aos realizadores da pesquisa.
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(D) O relatório expõe o cronograma e as projeções da pesquisa a ser realizada.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
MACEDO, N. D. Iniciação à Pesquisa Bibliográfica. 2. ed. São Paulo, Unimarco Editora, 1994.
MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Técnicas de Pesquisa. 2. ed. São Paulo: Atual, 1990.
BARRASS, Robert. Os cientistas precisam escrever: guia de redação para cientistas, engenheiros. São Paulo:
EDUSP, 1979.
BARRASS, Robert. Como elaborar projetos de pesquisa estudantes. São Paulo: EDUSP, 1979.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
SALTO PARA O FUTURO/TV ESCOLA. Educação em ciências baseada em investigação. PGM1. Série Salto
para o futuro- Educação e investigação científica. Vídeo. Disponível em:
http://tvescola.mec.gov.br/index.php?item_id=5575&option=com_zoo&view=item. Acesso em: 14
jul.2013.
SALTO PARA O FUTURO/TV ESCOLA. Educação e investigação científica. Série Salto para o futuro- Educação
e investigação científica. Ano XX, boletim 14, Out.2010. Disponível em:
http://www.tvbrasil.org.br/fotos/salto/series/15541414-Edueinvesticientifica.pdf. Acesso em 14 jul.2013.
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MÓDULO 2
MÉTODOS DE PESQUISA
Dessa forma, com o tema a ser estudado já escolhido, veremos quais os tipos de pesquisa são mais
adequados para executar sua pesquisa e alcançar o objetivo proposto.
Há dois métodos diferentes que podem ser utilizados para a pesquisa: o método científico e o método da
engenharia.
O MÉTODO CIENTÍFICO parte de uma questão e levanta hipóteses para respondê-la. Assim, a pesquisa é feita
para testar se a hipótese é verdadeira.
O MÉTODO DE ENGENHARIA parte de uma necessidade e tem o objetivo de trazer uma solução. No final da
pesquisa, deve ser criado um produto que atenda à necessidade inicial.
Com base nos objetivos, é possível classificar as pesquisas em Exploratória, Descritiva ou Explicativa.
Quanto aos procedimentos, a pesquisa pode ser Bibliográfica, Experimental, Ex-post facto ou De Campo.
EXPLORATÓRIA: esse tipo de pesquisa visa proporcionar maior familiaridade com o assunto, para uma
melhor compreensão de temas ainda pouco explorados. Dessa forma, contribui para o esclarecimento de
questões pouco investigadas, possibilitando a elaboração de hipóteses.
DESCRITIVA: esse tipo de pesquisa descreve com precisão as características e dados associados a uma
população ou mesmo a um fenômeno.
Pode-se, por exemplo, verificar a quantidade de homens e mulheres; jovens, adultos e idosos, etc. Ou mesmo
verificar quais as cidades de um país com maior índice de chuva.
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EXPLICATIVA: esse tipo de pesquisa busca explicar o porquê das coisas, identificando os fatores que
determinam ou contribuem para a ocorrência de certos fatos.
BIBLIOGRÁFICA: esse tipo de pesquisa é desenvolvida com base, principalmente, em materiais já produzidos,
como livros, teses e artigos científicos. Ela pode ser apenas a fase inicial de uma pesquisa maior ou então ser
a base exclusiva da investigação a ser feita.
EXPERIMENTAL: nesse tipo de pesquisa segue-se um planejamento para a realização de experiências que
visam determinar como diversas variáveis influenciam um determinado objeto de estudo. O pesquisador
pode controlar situações para ativar ou anular as variáveis e ver qual o resultado disso sobre o seu objeto de
estudo.
EX-POST FACTO: é o estudo das causas de um fenômeno que já ocorreu, sendo assim, neste tipo de pesquisa
os dados são coletados após a ocorrência dos eventos de interesse. Buscar saber se uma doença que atingiu
uma população afeta ainda hoje a ocorrência de outras doenças é um exemplo de pesquisa ex-post facto.
Pesquisa de campo: para obtenção dos dados, o pesquisador se insere em uma comunidade para observá-la
e procurar entender suas regras, costumes e comportamentos.
ANÁLISE DOS PROBLEMAS DE HIGIENE BUCAL E DAS DOENÇAS TRANSMITIDAS PELO BEIJO ENTRE JOVENS
Sylvia Katherine de Medeiros Moura - sylviakaterine@hotmail.com
Clara Beatriz Fidelis de Miranda
Hiana Maria de Freitas Macêdo - hiana_uzl@hotmail.com
Cyntia Rafaela Ferreira de Moraes (Orientador) - cyntia_orion@yahoo.com.br
E.E. 11 de Agosto Ensino de 1º e 2º Grau, Umarizal –RN
EXEMPLO 1:
Podemos dizer que essa é uma pesquisa descritiva, pois analisa os dados coletados em uma determinada
população. Além disso, é também uma pesquisa de campo, pois os alunos buscaram contato e integração
com os jovens entrevistados, para melhor entendê-los.
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ESTEREÓTIPOS CORPORAIS E SUAS FATAIS CONSEQUÊNCIAS
Tamy Mandelmann - tamymand@hotmail.com
José Carlos Andres Dottori Junior (Orientador) - dottorijr@yahoo.com.br
Colégio Renascença, São Paulo – SP
EXEMPLO 2:
Podemos dizer que essa é uma pesquisa explicativa, pois busca estabelecer a relação de influência entre dois
fatores (estereótipos e autoimagem). Além disso, é feita também a pesquisa bibliográfica, antes da aplicação
de entrevistas.
• MÉTODO CIENTÍFICO é aquele em que se parte de uma pergunta e se elabora hipóteses que respondam a
essa pergunta.
• MÉTODO DE ENGENHARIA detecta um problema e, com a pesquisa, tenta desenvolver uma solução para
aquele problema.
• EXPLORATÓRIA: busca familiarizar o pesquisador do seu objeto de estudo, tornando-o mais claro.
• EXPLICATIVA: busca estabelecer relações de causa entre dois fatores, explicar o porquê das coisas.
• PESQUISA BIBLIOGRÁFICA: analisa toda a informação já publicada sobre o objeto de estudo, em livros ou
artigos.
• PESQUISA EX-POST FACTO: procura estabelecer a causa de um fenômeno passado e sua relação com um
fenômeno presente.
• PESQUISA DE CAMPO: o pesquisador se insere no grupo que está estudando, interagindo com ele.
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UNIDADE 5 :: MÓDULO 2 - MÉTODOS DE PESQUISA
TESTANDO SEU CONHECIMENTO
(D) Explica o porquê das coisas, identificando os fatores que influenciam a ocorrência de fenômenos.
(D) Pode ser usada como fase inicial de um projeto ou então ser a base exclusiva da pesquisa.
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- Pode ser usado como exemplo de pesquisa ex-post facto:
(B) A influência da adolescência dos pais no modo como educam seus filhos.
GIL, A.C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
SILVEIRA, D.T.; CÓRDOVA, F.P. A Pesquisa Científica. In: GERHARDT, T.E; SILVEIRA, D.T. Métodos de
Pesquisa. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2009, p. 31-42.
MÓDULO 3
DIÁRIO DE BORDO
O DIÁRIO DE BORDO:
(1) É um caderno ou pasta no qual os alunos registram as etapas que realizam no desenvolvimento do projeto
de pesquisa.
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(2) É um instrumento para que os alunos possam anotar suas observações, ideias, reflexões e comentários
sobre o trabalho em desenvolvimento, bem como fotos, esquemas e diagramas.
(3) É um local onde o estudante pode descrever e refletir sobre os problemas que vão surgindo, os obstáculos
que decorrem do desenvolvimento do trabalho e a forma como os superou.
O Diário de Bordo é utilizado para registrar de forma precisa todas as observações pertinentes ao projeto,
bem como os resultados parciais e finais obtidos e também os problemas vivenciados durante a execução do
trabalho.
Esse registro é uma ferramenta que permite o aluno e seu orientador fazerem auto avaliações da pesquisa.
Não existe na literatura uma estrutura específica para fazer um registo no diário de bordo. Contudo, pode-
se usar um formulário simples que ajude a organizar melhor as informações e que sirva de modelo.
Como roteiro, por exemplo, sugere-se dividir a estrutura dos registros em três partes:
1. Cabeçalho;
2. Descrição da atividade;
3. Reflexão sobre os resultados alcançados;
- Vamos detalhar?
A data;
A hora de início e fim;
O local onde ocorreu a atividade;
Quem está registrando a atividade (autor do registro se for em grupo);
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Textos;
Observações;
Medidas;
Tabelas;
Diagramas e gráficos;
Imagens (desenhos ou fotografias);
Referências a vídeos;
A REFLEXÃO pode conter os pensamentos sobre o modo como a tarefa foi conduzida, o seu efeito no
processo de desenvolvimento do projeto e os próximos passos a serem conduzidos.
Caso seja feita uma pesquisa na biblioteca, o que poderia ser registrado?
No diário de bordo alunos podem registrar questões colocadas ao professor, bem como o resultado das
discussões com ele.
Outros professores que porventura venham a ser consultados também podem ser referenciados no diário
de bordo, bem como o resultado desta consulta.
Informações adicionais sobre o projeto também podem ser relatadas como, por exemplo, reflexões em
relação à forma como o grupo está trabalhando.
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- E se a atividade não deu certo?
Nem sempre a atividade foi bem sucedida, isso faz parte da pesquisa e também deve ser registrado, ou seja,
não deve ser ignorado.
Por exemplo:
Caso a atividade tenha sido a de visitar um laboratório para coletar algum material e, por algum motivo, não
tenha sido possível, deve-se registrar as causas e consequências. Se possível, deve-se relatar se será
necessária outra tentativa ou se haverá outras possibilidades.
Um diário de bordo serve de testemunho sobre o que foi feito durante o desenvolvimento de um projeto. É
a memória dos passos conduzidos no projeto.
Costumamos usar uma linguagem informal. Quem registra no diário é o aluno. O diário é um instrumento de
acompanhamento do trabalho sendo feito. O professor pode usá-lo para verificar o que está sendo feito,
orientar o aluno e avaliar o andamento do projeto e o próprio aluno.
Com os registros precisos, fica fácil relembrar o que foi feito e elaborar o relatório do projeto.
- Vamos ver agora, o que pesquisadores falam dos cuidados com os registros num Diário de Bordo.
Pesquisadores experientes (SILVA et al., 2009); (GOLDENBERG, 2005), (FLICK, 2004) sugerem que ao mesmo
tempo em que se colete os dados, se iniciem a organizar e o questionamento: todos são necessários,
relevantes e relacionados com a investigação em desenvolvimento?
Este procedimento pode auxiliar o pesquisador a verificar se estes dados coletados estão diretamente
relacionados com a questão da pesquisa e com seu objetivo.
Ao fazer anotações, é importante tomar cuidado para não desviar-se das questões a serem investigadas.
Registros (fotografias e vídeos) sobre tudo ao redor da pesquisa podem afastar o propósito da investigação
dificultando a tarefa de análise de dados.
Deve-se registrar apenas o que for necessário para responder à questão central da pesquisa e que esteja
diretamente relacionada a ela.
(FLICK 2004; GOLDENBERG 2005; CARNEIRO et al., 2012; SILVA et al., 2009)
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- E o que devemos evitar?
É melhor evitar copiar textos da Internet ou digitalizados sem acrescentar uma reflexão ou uma crítica. Ao
copiá-los, devemos citar a fonte.
O diário de bordo é uma ferramenta que permite ao pesquisador registrar suas observações, suas reflexões
e todos os acontecimentos importantes relacionados com sua pesquisa.
O Diário de Bordo serve para registrar as observações e reflexões pessoais sobre o processo de planejamento,
execução e resultados das atividades da pesquisa.
No Diário de Bordo registramos data, horário, local, integrantes, descrição detalhada das observações com
reflexões sobre os resultados e os próximos passos.
Evitar dados excessivos, pois podem prejudicar a análise deles e gerar dificuldades para decidir quais
informações são relevantes para se usar na pesquisa;
Evitar apenas colar textos da internet ou digitalizados sem fazer uma análise crítica deles;
Evitar passar textos a limpo.
Estas fotos ilustram exemplos de registros em Diários de Bordo feitos por estudantes da FEBRACE.
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UNIDADE 5 :: MÓDULO 3 - DIÁRIO DE BORDO
TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS
(A) Um caderno onde os estudantes podem contar histórias do cotidiano da escola como resenha sobre as
aulas, resumo dos trabalhos desenvolvidos e notas alcançadas.
(B) Um caderno onde os estudantes podem fazer anotações, rascunhos, relatar ideias e problemas que
possam ter surgido no decorrer de um projeto de pesquisa.
(C) Um caderno de rabiscos sobre um projeto de pesquisa onde os estudantes podem escrever, desenhar,
colar gravuras, textos de jornais e da internet.
(D) Um caderno onde os alunos registram os fatos menos importante da pesquisa, já que os mais importantes
são relatados no relatório final.
(A) Porque além de incentivar a imaginação, melhora o vocabulário e a escrita dos estudantes.
(B) Porque é um meio de os estudantes contarem toda a história do projeto, desde a formação da equipe, as
falas dos alunos com os professores e a rotina dos estudantes na escola.
(C) Porque permite conhecer todas as etapas do projeto: planejamento, execução, análise de resultados e
conclusões.
(D) Porque desperta o prazer da leitura e da escrita de forma que o diário faça parte da vida do estudante
não só durante o desenvolvimento do projeto.
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- Para que serve o Diário de Bordo?
(A) Para servir de registro sobre o andamento do projeto, ideias, desafios, soluções e resultados.
(C) Para servir de instrumento pedagógico no qual o estudante resenha somente os problemas enfrentados
durante sua pesquisa.
(D) Para servir de parte anexa do relatório final de pesquisa para que o professor possa avaliar o resultado
final do projeto.
(A) As normas da escola e orientações passadas pelo orientador sobre o desenvolvimento do projeto.
(B) Uma tabela com os gastos com os materiais adquiridos pela escola ou pelos alunos, bem como o parecer
dos pais ou responsáveis sobre a aquisição de novos materiais.
(D) As datas e locais de todos os fatos, passos, descobertas e indagações, investigações, entrevistas, testes,
resultados e respectivas análises.
(C) Relatos de pesquisas feitas fora do horário reservado para desenvolvimento do projeto na escola.
CARNEIRO, M.L.F.; GELLER, M.; PASSERINO, L. Navegando em Ambientes Virtuais: Metodologias e Estratégias
para o Novo Aluno. Disponível em: http://www.ufrgs.br/nucleoead/documentos/carneiroNavegando.pdf.
Acesso em: 03 jul.2013.
ESCOLA PROFESSOR TRAJANO DE MENDONÇA. Como se faz um Diário de Bordo. Disponível em:
http://eremptm.files.wordpress.com/2012/03/como-se-faz-um-dic3a1rio-de-bordo.pdf. Acesso em: 03
jul.2013.
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FEBRACE: Diário de Bordo. Disponível em: http://febrace.org.br/projetos/diario-de-bordo/ Acesso em: 03 jul.
2013.
FLICK, U. Uma introdução à pesquisa qualitativa. 2. ed. Porto Alegre: Bookman, 2004.
LÜDKE, M.; ANDRÉ, M. A. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 1986.
SILVA, C.M.S.; SANTOS-WAGNER, V.M.; MARCILINO, O.T.; FOERSTE, E. Metodologia de Pesquisa em Educação
do Campo: Povos, Territórios, Movimentos Sociais, Saberes da Terra e Sustentabilidade. Secretaria de
Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do Ministério da Educação (SECAD/MEC), 90 p., Disponível
em: http://www.ce.ufes.br/educacaodocampo/down/metodologia.pdf 2009. Acesso em: 03 jul.2013.
LEITURAS RECOMENDADAS:
Para aprofundar seus conhecimentos sobre este assunto leia o que Goldenberg (2005, p 85-91) afirma sobre
as vantagens e desvantagens das entrevistas e questionários, no livro Métodos de Pesquisa.
Veja também o livro Pesquisa social: métodos e técnicas, de Roberto Jarry et ali.
MÓDULO 4
PLANO DE PESQUISA
É um rascunho inicial do que será feito e, portanto, deve ser preparado antes que a pesquisa seja iniciada.
Nele são levantadas as questões a serem estudadas e as hipóteses levantadas ou objetivos a serem
alcançados. Além disso, descrevemos o método que será utilizado para realizar projeto e as referências
bibliográficas consultadas sobre o tema do projeto.
O plano de pesquisa serve para auxiliar o aluno e o orientador a descreverem o estado da arte sobre o tema,
bem como o método que será utilizado para realização da pesquisa.
Serve também para planejar os passos a serem executados durante a pesquisa alinhados à um cronograma
de desenvolvimento.
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- Qual a estrutura do plano de pesquisa?
ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS
Capa
Sumário
ELEMENTOS TEXTUAIS
Título
Introdução/Problema
Justificativa
Hipóteses ou objetivos (gerais e específicos)
Materiais e métodos
ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS
Cronograma
Referências
TÍTULO
É a primeira apresentação do assunto que desejamos provar ou desenvolver, ou seja, o título deve ser uma
ideia sintetizada do tema. (COLOGNA et al., 2000)
INTRODUÇÃO/PROBLEMA
A partir de uma pequena introdução do estado da arte, devemos fazer uma descrição clara da questão
(problema) a ser investigada. Este item deve responder a algumas questões, tais como:
Qual é o problema?
Quais são as limitações? (tempo, custo, ambiental, etc.)
Como/Por que ocorre?
OBJETIVO
Nesse item devemos explicar, de maneira clara, o que pretendemos investigar com o nosso trabalho de
pesquisa. Ou seja, aonde pretendemos chegar com esse trabalho, quais contribuições queremos que ele
traga.
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JUSTIFICATIVA
É o item do plano de pesquisa em que apresentamos a motivação da pesquisa, o que será acrescentado à
comunidade científica (relevância), apresentamos resultados esperados com esta pesquisa.
HIPÓTESE
São as respostas preliminares às questões, são a simplificação de algum modelo proposto para a pesquisa.
MATERIAIS E MÉTODOS
Nesse item devemos escrever onde e como será conduzida a pesquisa, as variáveis que serão estudadas, os
métodos que serão adotados para análise dessas variáveis e os procedimentos e testes que serão conduzidos
e os procedimentos que serão adotados.
CRONOGRAMA
É o planejamento das atividades ao longo da pesquisa. Devemos estabelecer prazos para cada uma das
atividades planejadas.
REFERÊNCIAS
Devemos listar as citações dos trabalhos e os autores consultados. Geralmente, seguimos um padrão pré-
estabelecido, como o da ABNT, por exemplo.
Plano de pesquisa é o planejamento inicial do seu projeto científico ou de engenharia, que deve ser
elaborado antes de iniciar o projeto.
Serve para auxiliar o aluno e o orientador a descreverem o método que será utilizado para que o projeto
seja realizado.
Qual a estrutura?
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UNIDADE 4 :: MÓDULO 4 - PLANO DE PESQUISA
TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS
No item justificativa:
(A) Descreve-se como foi realizada a pesquisa, onde foi realizada, quais variáveis serão estudadas e os
procedimentos adotados.
(D) É o item do plano de pesquisa que apresenta a motivação da pesquisa e os resultados esperados.
(A) Para auxiliar o aluno e o orientador a descrever o estado da arte sobre o tema, bem como o método que
será utilizado para realização da pesquisa.
(D) É um documento que relata o que, como e por que será feita a pesquisa.
COLOGNA, A. J. et al. A redação do trabalho científico. São Paulo: Acta Cirúrgica Brasileira, v. 5, s. 2, 2000.
CONSULTAS RECOMENDADAS:
GIL, A. C. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2007.
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MACEDO, N. D. Iniciação à Pesquisa Bibliográfica. 2. ed. São Paulo: Unimarco Editora, 1994.
http://www.ceptara.com/blog/how-to-write-problem-statement
http://febrace.org.br/arquivos/site/_conteudo/pdf/dicas-plano-de-pesquisa.pdf
http://monografias.brasilescola.com/regras-abnt/pesquisas-exploratoriadescritiva-explicativa.htm
MÓDULO 5
PESQUISA BIBLIOGRÁFICA
Além da definição, abordaremos sua importância, como realizar uma pesquisa com cuidado e como citar
corretamente.
Após a coleta de informações bibliográficas é necessário fazer a transcrição deste material para um arquivo
(fichas) que será utilizado durante a pesquisa. (MACEDO, 1994; GIL, 2007)
A pesquisa bibliográfica permite ao pesquisador enxergar as técnicas que estão sendo empregadas, bem
como conhecer as contribuições dos outros pesquisadores.
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A ABNT é o órgão responsável pela normalização técnica no país, fornecendo a base necessária ao
desenvolvimento tecnológico brasileiro.
(ABNT, 1940)
CITAÇÃO
É o registro feito no texto dos pontos de vista de outros pesquisadores. Citações são importantes, pois dão
credibilidade ao texto. (MACEDO, 1994)
REFERÊNCIA
Trata-se de uma lista de todas as obras citadas no texto, tanto de forma direta quanto de forma indireta. Esta
lista segue a Norma 6023/2002 (NBR 10719, 1989; NBR 6023, 2000).
BIBLIOGRAFIA
Na bibliografia consideram-se todas as fontes consultadas, lidas e fichadas que foram usadas durante a
pesquisa. Contudo, estas ideias não foram citadas no texto. (MACEDO, 1994)
(NBR 10520)
DIRETA
Há uma transcrição literal das informações da obra. Por exemplo: Para Wazlawick (2008, p.32) “A idéia de
pesquisa, ou problema, surge a partir da leitura e observação.”
INDIRETA
Nesse tipo de citação, o texto teve como base a obra do autor consultado, mas não há uma transcrição
literal de trechos.
CITAÇÃO DE CITAÇÃO
Pode ser direta ou indireta, indica que não se teve acesso ao conteúdo original.
(NBR 6023)
APENAS UM AUTOR
Sobrenome do autor (data) ou (SOBRENOME, data)
25
Exemplo: McCabe (2005) argumenta que …A química do CO2 em soluções aquosas é bem complexa.
(ASTARITA, 1983)
(NBR 6023)
DOIS AUTORES
Sobrenome do 1° autor e Sobrenome do 2° autor (data)
ou
(SOBRENOME DO 1° AUTOR; SOBRENOME DO 2° AUTOR, data)
Exemplo: Blauwhoff e Astarita (1983) propõem que… as reações ocorrem em condições …. (KHOL;
VERSTEEG, 1996)
(NBR 6023)
TRÊS AUTORES
Sobrenome do 1° autor; Sobrenome do 2° autor e Sobrenome do 3° autor (data)
ou
(SOBRENOME DO 1° AUTOR; SOBRENOME DO 2° AUTOR; SOBRENOME DO 3° AUTOR, data)
(NBR 6023)
ou
Por exemplo: Gaspar et al. (2004) estudaram a fase líquida… a condição de regime permanente … (FACÃO et
al., 1999)
(NBR 6023)
MEIOS ELETRÔNICOS
26
(NBR 6023)
PATENTE
Deve-se citar de acordo com a forma que aparece na referência.
Exemplo: ……. (EMBRAPA, 1995).
LEGISLAÇÕES
Citam-se de acordo com a forma que aparece na referência.
Exemplo: ….. (Medida provisória n. 1.569-9, 1997).
As referências são compostas por elementos essencias que facilitam a localização e obtenção da literatura.
São alinhadas à margem esquerda, sua digitação é feita com espaço simples entre as linhas, porém
de uma referência para outra deve-se separá-las por dois espaços simples.
A pontuação segue normas internacionais.
O sobrenome do autor sempre estará em letra maiúscula.
LIVRO
PERIÓDICOS/REVISTAS
TÍTULO DA REVISTA. Local da publicação. Editora, numeração do ano e/ou volume, número e data. N° de
páginas. Tipo do fascículo/suplemento/separata.
Exemplo: Veja: revista semanal. São Paulo. Editora Abril, n. xx, 05 de março de 2010. 104 p.
27
CONGRESSOS
SIICUSP, SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA, 20°, 2012. Resumos eletrônicos … São
Paulo,2012. Disponível em http://www.usp.br/siicusp. Acesso em: 28 jan 2013.
ENTIDADES
PATENTE
LEGISLAÇÕES
BRASIL. Medida provisória no 1.569-9, de 11 de dezembro de 1997. Diário Oficial [da] República Federativa
do Brasil, Poder Executivo, Brasília, DF, 14 dez. 1997. Seção 1, p. 29514.
SITES
FEBRACE, 2013. Feira Brasileira de Ciências e Engenharia. Critérios de Avaliação. Disponível em:
http://febrace.org.br/projetos/criterios-de-avaliacao/ Acesso em: 03jul.2013
- Internet?
A preocupação com a internet refere-se a condutas antiéticas – plágio – autoria fantasma. Ou seja, a prática
de buscas pela internet para trabalhos científicos pode levar o pesquisador a informações erradas,
inverdades.
28
1° PASSO – Escolha um site de busca confiável.
2° PASSO – Identifique as palavras chaves.
3° PASSO - Certifique-se de que a fonte é segura.
4° PASSO – De posse da lista obtida no site de busca, abra as páginas e confronte as informações
nelas citadas.
5° PASSO – Após a “varredura” de informações utilize aquelas que são mais citadas.
6° PASSO – Nunca copie e cole o texto escolhido como base.
O site é de uma entidade reconhecida? A Fiocruz, por exemplo, é uma entidade conhecida e
confiável.
O autor das informações está identificado? O autor é um pesquisador? O autor publicou outras
obras?
Se o autor for um pesquisador brasileiro, deve ter um curriculum cadastrado na Plataforma Lattes
(http://lattes.cnpq.br/). Procure o curriculum e veja outras publicações do mesmo autor.
(ESCOLA, 2013)
O resultado de uma pesquisa na Internet é uma lista de sites. Esta lista não é ordenada por ordem
de confiabilidade ou de relevância. O primeiro resultado nem sempre é o melhor ou o mais
confiável.
Se for usar o Google para fazer a pesquisa, vale conferir a opção “Pesquisa Avançada”.
Colocar expressões entre aspas facilita a busca nos resultados. Digitar “Educação Especial” por
exemplo, traz resultados mais relevantes do que as mesmas palavras sem aspas.
(ESCOLA, 2013)
Os conteúdos da Wikiédia são criados pelos próprios internautas e não há verificação da veracidade
das informações publicadas.
No final das páginas, há indicações de referências da origem das informações. Se não houver “Notas
e Indicações” o texto pode conter informações desatualizadas ou não confiáveis.
Sites de institutos de pesquisa renomados como o Instituto Butantã são confiáveis. Sites de
Universidades conhecidas ou de meios de comunicação respeitados tambem são confiáveis.
Vale recorrer ao Google Acadêmico (http://scholar.google.com.br/) e ao Portal de Periódicos da
Capes (http://www-periodicos-capes-gov-br.ez67.periodicos.capes.gov.br/
index.php?option=com_phome)
29
UNIDADE 6 :: MÓDULO 5 - PESQUISA BIBLIOGRÁFICA
FECHAMENTO
REFERÊNCIAS
Nas referências são inseridas todas as obras citadas de forma direta quanto de forma indireta. Siga as normas
ABNT.
BIBLIOGRAFIA
Na bibliografia consideram-se todas as fontes consultadas, que foram usados durante a pesquisa, contudo
estas ideias não foram citadas de maneira direta ou indireta no texto.
CITAÇÃO
É o registro feito no texto de informações, pontos de vista de outros pesquisadores. É o que dará credibilidade
ao texto.
REFERÊNCIA
É composta por elementos essenciais que facilitam a localização e obtenção da literatura.
Na bibliografia...
30
Uma pesquisa bibliográfica é feita?
GIL, A. C. Como Elaborar Projetos de Pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2007.
MACEDO, N. D. Iniciação à Pesquisa Bibliográfica. 2. ed. São Paulo: Unimarco Editora, 1994.
SE VOCÊ QUISER CONHECER MAIS SOBRE ESTE ASSUNTO, VEJA ESTAS SUGESTÕES DE CONSULTA.
______. NBR 6024: informação e documentação: numeração progressiva das seções de um documento
escrito: apresentação. Rio de Janeiro, 2003.
______. NBR 6027: informação e documentação: sumário: apresentação. Rio de Janeiro, 2003.
______. NBR 6028: informação e documentação: resumo: apresentação. Rio de Janeiro, 2003.
______. NBR 6034: informação e documentação: índice: apresentação. Rio de Janeiro, 2004.
______. NBR 10520: informação e documentação: citações em documentos: apresentação. Rio de Janeiro,
2002.
______. NBR 12225: informação e documentação: lombada: apresentação. Rio de Janeiro, 2004.
______. NBR 14724: informação e documentação: trabalhos acadêmicos: apresentação. Rio de Janeiro, 2005.
LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A. Fundamentos de Metodologia Científica. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2001.
MACEDO, N. D. Iniciação à Pesquisa Bibliográfica. 2. ed. São Paulo: Unimarco Editora, 1994.
31
MÓDULO 6
LEVANTAMENTO DE DADOS
UNIDADE 1 :: MÓDULO 6 - LEVANTAMENTO DE DADOS
INTRODUÇÃO
DADOS são o conjunto de informações que reunimos a partir da nossa pesquisa, por meio de registros,
observações ou experimentos. Podem consistir em números, imagens ou palavras.
Coletamos dados para obter as informações que nos ajudarão a responder às perguntas e atingir os objetivos
do estudo.
Kume (1993) aconselha que “qualquer coleta de dados tem o seu propósito e deve ser seguida por ações.”
POPULAÇÃO é todo o grupo a ser estudado que possui uma característica em comum, conforme o tema da
pesquisa.
Por exemplo: Os estudantes de uma escola. Neste caso a população é o grupo de estudantes e a característica
em comum que os une é serem estudantes de uma determinada escola.
AMOSTRA é uma parte da população que representa o todo. Assim, em vez de trabalhar com todo o grupo
(população) trabalhamos com uma pequena parte deste grupo (amostra).
Exemplo: escolhem-se 30 alunos de uma escola e estuda-se o seu peso e altura. A análise irá representar
todos os outros alunos da escola.
Devemos garantir que a amostra seja realmente representativa da população, ou seja, que contenha as
mesmas características. Uma das formas de se conseguir representatividade é por meio de um processo
aleatório de amostragem.
32
Assim, evitamos que nossa amostra seja tendenciosa, ou seja, que ela tenha apenas as características de
nosso interesse. Isso garante a legitimidade da pesquisa.
Além disso, a amostra deve ser de um tamanho que possa representar a população. Uma amostra de um
indivíduo, por exemplo, dificilmente representará o todo.
São aqueles que representam uma característica à qual não são atribuídos valores numéricos. Ou seja, não
podemos medir um dado qualitativo.
Por exemplo: cor dos olhos de meninos e meninas de uma escola, nacionalidade dos estudantes de escolas
públicas e particulares, cor de flores expostas ao sol e à sombra
São aqueles aos quais podem ser associados valores numéricos, ou seja, que podem ser medidos ou
contados. Há ainda dois tipos de dados quantitativos:
Contínuos: são resultados de uma medição, podendo assim assumir valores com casas decimais. Por
exemplo: altura ou peso dos alunos de uma escola.
Discretos: são resultados de uma contagem, assumindo, portanto, números inteiros. Por exemplo:
quantidade de peças fabricadas, número de filhos, quantidades de casas no bairro, somatória de
lançamentos de um dado.
Mas cuidado…
Nem todo dado que se expressa em números é um dado quantitativo. Podemos, por exemplo, registrar
números de telefone, RG, número da casa, etc. Esses dados não são resultantes de uma contagem ou
medição, portanto não se caracterizam como quantitativos. CONTI, 2007
Além disso, podemos registrar dados qualitativos de maneira quantitativa. Por exemplo, se estamos
anotando os sexos de um grupo de pessoas, podemos expressar “Masculino” como 0 e “Feminino” como 1.
Isso não quer dizer que o sexo de uma pessoa é quantitativo, apenas muda o modo como lidamos com os
dados. (CONTI, 2007)
Da mesma forma, podemos tratar dados quantitativos de maneira qualitativa. Por exemplo, se
expressarmos as idades de um grupo de pessoas (um dado quantitativo contínuo) em faixas etárias – 0 a 5
anos, 6 a 10 anos, etc. – passamos a tratar as idades como um dado qualitativo. (CONTI, 2007)
33
- O que são questionários?
QUESTIONÁRIOS são instrumentos de coleta de dados que consistem em uma série de perguntas, por meio
das quais as pessoas que estão sendo pesquisadas podem expor suas opiniões sobre o tópico do trabalho.
Questionários são usados para otimizar a coleta de dados, uma vez que podem ser aplicados a várias pessoas
ao mesmo tempo.
Além disso, os questionários garantem o anonimato daqueles que estão respondendo às perguntas e
também facilitam a análise dos dados, uma vez que podem ser aplicados diferentes tipos de escalas de
respostas.
Devemos sempre formular nossas perguntas com base em nossos objetivos, ou seja, pensar em que tipo de
respostas queremos obter das pessoas que respondem aos questionários.
MÚLTIPLA-ESCOLHA
As ESCALAS são medidas usadas na aplicação dos questionários para mensurar e avaliar a intensidade das
respostas dos entrevistados.
34
Nessa escala, atribuímos diferentes valores a diversas frases afirmativas. Os valores são escolhidos com base
no peso que cada frase tem para os dados que resultarão do questionário. A atitude do entrevistado é medida
pela média dos valores das frases com as quais ele concordou.
(CUNHA, 2007)
Nessa escala, pedimos que os entrevistados atribuam valores às frases, conforme a sua concordância com
elas, indo desde Discordo totalmente (1) até Concordo plenamente (5), como no exemplo abaixo:
Por exemplo:
(CUNHA, 2007)
Nessa escala, pedimos que os entrevistados ordenem frases de acordo com o grau de concordância. Com
esta escala, podemos verificar quais afirmações os entrevistados acham mais importantes.
Por exemplo:
Q: Ordene abaixo os itens que você consideraria como os maiores responsáveis pelo fracasso escolar de
adolescentes.
(MEIRELES, 2012)
DADOS são as informações que juntamos durante nossa pesquisa, sejam números ou opiniões. A partir da
análise dos dados, podemos obter respostas para a pergunta inicial e atingir o objetivo da pesquisa.
35
- Qual a diferença entre população e amostra?
A POPULAÇÃO é o grupo total que apresenta as características a serem estudadas como objeto de estudo na
pesquisa.
Já a AMOSTRA é uma parte da população que apresenta características representativas da população e com
a qual efetivamente realizamos nossa pesquisa.
A amostra deve ser representativa da população. Para isso, pode ser realizado um processo aleatório de
amostragem.
Ela não deve ser tendenciosa, ou seja, não deve apresentar somente características que nos interessam.
Ela deve ser grande o suficiente para não apresentar desvios por conta de apenas alguns indivíduos.
DADOS QUALITATIVOS são aqueles que apresentam uma característica que não pode ser expressa
numericamente, uma qualidade; como a cor de flores em um parque, por exemplo.
DADOS QUANTITATIVOS são aqueles dados resultantes de uma medição ou uma contagem, podendo,
portanto, ser expressos por números. São divididos em dois tipos:
Contínuos, resultados de uma medição, como os pesos dos alunos de uma escola ou
Discretos, resultados de uma contagem, como a quantidade de casas em um bairro, por exemplo.
Questionários são listas de perguntas que usamos como um instrumento de coleta de dados. Eles ajudam a
coletar dados de forma estruturada e a organizar a análise dos dados coletados.
ESCALAS são medidas sobre comportamento e sobre a opinião dos entrevistados indicados no questionário.
Os principais tipos de escalas utilizados são a Escala de Thurstone, Escala de Likert e Escala de Ranking
Forçado.
36
Qual a diferença entre população e amostra?
1. Amostra é o grupo total de indivíduos com o qual podemos trabalhar, população é apenas uma parte
dele.
2. População é o grupo total de indivíduos com o qual podemos trabalhar, amostra é apenas uma parte
dele.
3. População é sempre expressa por uma característica, amostra é sempre expressa por um valor
numérico.
4. Não há diferença, ambos representam a mesma coisa.
1. São aqueles dados que representam uma característica, que não pode ser expressa em valores
numéricos.
2. São aqueles dados que resultam de uma contagem.
3. São aqueles dados que resultam de uma medição.
4. As respostas b e c estão corretas.
1. São aqueles dados que representam uma característica, que não pode ser expressa em valores
numéricos.
2. São aqueles dados que resultam de uma contagem.
3. São aqueles dados que resultam de uma medição.
4. As respostas b e c estão corretas.
KUME, H. Métodos Estatísticos para melhoria da qualidade. São Paulo: Editora Gente, 1993.
MEIRELES, M. Escalas e Variáveis. In MEIRELES, Manuel. Gestão das Informações Organizacionais. Itu: O
Editora, 2012. Documento em PDF. Disponível em:http://pt.scribd.com/doc/131833117/GIO-Meireles-2012-
Texto-Part-01 Acesso em 03 jul.2013.
37
LEITURAS RECOMENDADAS:
http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/met06.htm
MÓDULO 7
ANÁLISE DE RESULTADOS
(1) Análise de dados é a seção do trabalho na qual o pesquisador apresenta interpretações a partir dos dados
obtidos durante a pesquisa.
(2) É com a análise de dados que o pesquisador tem a oportunidade de apresentar ao leitor sua contribuição
sobre o tema estudado.
(1) É uma oportunidade para aplicarmos a lógica dedutiva (a partir de informações deduzimos algo) e indutiva
(a partir de informações criamos uma cadeia de raciocínio) do processo de investigação.
(2) A importância dos dados coletados não está neles propriamente e sim na maneira como o pesquisador
analisa as informações.
A VARIÁVEL é um termo independente que, numa determinada relação ou função, pode ser substituído por
diversos valores ou termos determinados. Por exemplo: a variável X representa o peso de um estudante da
escola.
Os DADOS expressam uma quantidade conhecida que serve de base à investigação de um problema. Os
dados podem ser escritos por meio de uma variável. Exemplo: O peso de 100 estudantes de uma escola.
Podemos ter as variáveis discretas, isto é, aquelas que tomam valores que podem ser contados ou formas
que podem ser descritas facilmente.
38
Exemplo:
O número N de crianças em uma família pode ser 0, 1, 2 e assim por diante. Não podemos ter 0,25 crianças.
Outro tipo de variáveis são as contínuas, isto é, aquelas que tomam valores que não são facilmente contáveis
ou mesmo enumeráveis.
Exemplo:
A altura H de uma pessoa pode ser 1,65 m; 1,662 m; podemos acrescentar infinitas casas decimais a esses
valores.
Temos ainda a variável independente. É a variável que influencia ou determina outra variável; é o fator
determinante, condição ou causa para determinado resultado; efeito manipulado pelo investigador"
Exemplo:
(MARCONI, 2010).
Exemplo:
A água ferve na cidade de São Paulo (capital) quando atinge a temperatura de 96°C. Já na cidade de Santos,
a água ferve quando atinge a temperatura de 100°C.
Neste caso:
Da mesma forma que as variáveis podem ser contínuas ou discretas os dados que podem ser descritos por
meio de uma variável também são chamados de contínuos e discretos.
(SPIEGEL, 1970)
"Os dados levantados devem ser analisados criteriosamente e a compreensão deles reflete o núcleo central
da pesquisa."
39
(NETTO, 2008)
1. Interpretação: Percebemos a relação entre as variáveis: quais são as independentes, quais são as
dependentes?
2. Explicação: Entendemos a origem das variáveis dependentes
3. Especificação: Determinamos se as variáveis independentes e dependentes são válidas
1. Qual a precisão dos dados (lembre-se: os dados são descritos por meio das variáveis) – há
necessidade de descartar algum valor coletado? Esta pergunta faz parte da interpretação.
2. Como podemos organizar os nossos dados de forma clara?
3. Podemos utilizar algumas ferramentas de análise para nos auxiliar?
"Quanto mais simples for a organização dos dados coletados, mais claras e objetivas serão as análises."
(NETTO, 2008)
40
Agora, veja os mesmos dados de forma organizada em uma tabela
"Pesquisadores sempre trabalham com uma grande quantidade de dados e geralmente nunca são réplicas
exatas dos dados levantados durante os estudos que eles representam."
(VERSCHUUREN, 2008)
Com o objetivo de estudar como estes dados impactam no resultado esperado, podemos nos valer de
ferramentas de análise que auxiliam na interpretação dos resultados.
Elas nos permitem analisar a influência das variáveis estudadas nos dados coletados.
A FERRAMENTA DE ANÁLISE DE DADOS é útil quando os dados são classificados em duas ou mais dimensões
diferentes.
Com as ferramentas, é possível avaliar o quanto o nosso conhecimento sobre o tema estudado irá contribuir
para a pesquisa que está sendo realizada.
Estes são alguns exemplos de ferramentas de estatística que podem ser usadas:
41
Uma das formas é a representação textual. Descrevemos uma situação problema informando as variáveis e
o valor dos dados atribuídos a elas.
Exemplo:
Uma máquina que realiza um trabalho de 1.125 J em 5 s apresenta uma potência de 225 Watts
Outra forma é a representação gráfica. Segundo Netto (2008) "é um método sistemático de representar
resultados, que obedece à classificação dos objetos ou materiais de pesquisa".
DIAGRAMAS são representações visuais indicadas para ilustrar um conceito, não apresentam dados
quantitativos e são construídos com formas geométricas e conectados por linhas e
flechas.
DEGOMAGEM
↓
NEUTRALIZAÇÃO
↓
BRANQUEAMENTO
↓
(...)
Tabelas e gráficos são representações visuais indicadas para mostrar um conjunto de dados quantitativos.
Nas tabelas, apenas os valores de cada variável estão representados, enquanto que nos gráficos, pode-se
visualizar a relação entre as variáveis.
Exemplo 1: como demonstrar o espaço percorrido por um automóvel com movimento uniforme em função
do tempo, dado: a velocidade do automóvel é igual a 60 km/h.
42
Observe, agora, o mesmo conjunto de dados do exemplo passado sendo representado em um gráfico:
Exemplo 1: como demonstrar o espaço percorrido por um automóvel com movimento uniforme em função
do tempo.
Exemplo 2: como representar o balanço de massa referente ao processo de absorção de CO2 em presença de
solução de NaOH
ENTRADA SAÍDA
NaOH CO2 NaOH CO2 -balanço KG.a -balanço
(Frações molares) kmol.(h.m3.kPa)-1
1-PONTO 0,0161 0,0414 0,0158 0,0409 0,1042
2-PONTO 0,0158 0,0403 0,0136 0,0361 0,0968
3-PONTO 0,0136 0,0437 0,0433 0,0433 0,1100
4-PONTO 0,0134 0,0315 0,0292 0,0292 0,0777
43
UNIDADE 4 :: MÓDULO 7 - ANÁLISE DE RESULTADOS
FECHAMENTO
VARIÁVEL é um termo independente que, numa determinada relação ou função, pode ser substituído por
diversos valores ou termos determinados.
DADOS são uma quantidade conhecida que serve de base à investigação de um problema. Os dados pode
ser escritos por meio de uma variável.
DIAGRAMAS: são representações visuais indicados para ilustrar um conceito – não apresentam dados
quantitativos.
GRÁFICOS: são representações visuais indicados para representar um conjunto de dados quantitativos.
44
KUME, H. Métodos Estatísticos para melhoria da qualidade. São Paulo: Editora Gente, 1993.
MACEDO, N. D. Iniciação à Pesquisa Bibliográfica. 2. ed. São Paulo, Unimarco Editora, 1994.
NETTO, A. A. O.; MELO, Carina de. Metodologia da Pesquisa Científica. Florianópolis: Visual Books, 2006.
PORTO, D. P.; MARQUES, J. L. Ciências química e física. 10. ed. São Paulo: Scipione, 1989.
VERSCHUUREN, G. Excel 2007 for scientists and engineers. 2nd. Ohio, 2008.
http://www.alea.pt/
CONSULTAS RECOMENDADAS:
KUME, H. Métodos Estatísticos para melhoria da qualidade. São Paulo Editora Gente, 1993
http://www.alea.pt
http://www.portalaction.com.br
MÓDULO 8
CONCLUSÕES DA PESQUISA
UNIDADE 1 :: MÓDULO 8 - CONCLUSÕES DA PESQUISA
INTRODUÇÃO
De forma breve, a conclusão deve retomar a proposta ou pergunta inicial do trabalho e discernir quais os
objetivos e hipóteses que se concretizaram ou não através dos resultados alcançados, ou seja, devemos
apresentar quais foram as respostas que pudemos tirar do trabalho
A conclusão é importante para que outros pesquisadores do mesmo tema possam entender claramente o
que objetivávamos com o trabalho e, a partir dos resultados, utilizá-lo como fonte de pesquisa bibliográfica.
45
Além de desempenhar o papel de fecho de uma pesquisa, a conclusão pode, e deve, servir para abrir novos
horizontes, apontar caminhos, despertar novas questões ou dúvidas, enfim, inserir o trabalho no fluxo da
busca científica que o transcende.
(FEITOSA, 1991).
Nos RESULTADOS, apresentamos os dados obtidos, por exemplo, por meio de cálculos matemáticos. Nesse
item estamos, portanto, expondo e explicando os dados da pesquisa.
Já nas CONCLUSÕES, não trazemos os dados em si, mas o que eles significam e como respondem à pergunta
inicial do trabalho. Neste momento, relacionamos os dados obtidos com a proposta e a pergunta do início
do trabalho.
A conclusão deve conter uma recapitulação sucinta das propostas do trabalho e a autocrítica referente ao
desenvolvimento da pesquisa, fazendo um balanço dos resultados obtidos.
É importante que retomemos, nas conclusões, as hipóteses da pesquisa, evidenciando se elas foram
confirmadas ou não.
(DUARTE, 2012).
Precisamos também apresentar se cada um dos objetivos propostos no trabalho foi realizado, bem como
apresentar uma síntese dos resultados alcançados.
Caso não tenhamos conseguido realizar um determinado experimento, ou se encontramos alguma limitação,
acrescente tais informações na conclusão. Essa clareza demonstra que percebemos a importância das
dificuldades em nosso trabalho.
Devemos considerar também quais mudanças no trabalho ou outros experimentos poderiam ser
interessantes para os demais pesquisadores que trabalham no mesmo tema, ou seja, devemos levantar quais
outros aspectos a considerar futuramente.
Devemos também relatar percepções sobre o tema pesquisado, que tivemos ao longo da elaboração do
trabalho.
46
- O que não fazer na conclusão?
Não devemos repetir exatamente o que já foi escrito, pois textos extensos e complexos, com frases
complicadas comprometem o papel da conclusão.
Também não devemos também utilizar gráficos e tabelas nessa parte. Elas devem constar nos resultados.
Afirmações que não tenham sido validadas pelo trabalho também não devem ser feitas. Ou seja, devemos
apoiar todas as nossas conclusões em nossos resultados.
Por fim, não devemos trazer novas referências bibliográficas ou novos dados nas nossas conclusões.
Muitas pesquisas revelam perguntas além das respostas. Essas perguntas podem gerar sugestões de novas
pesquisas para tentar respondê-las. Sugestões de trabalhos futuros serão uma extensão ou nova implicação
possível do trabalho presente para novas pesquisas.
Assim, podem contribuir para a continuidade do tema estudado e o fortalecimento dos resultados
alcançados.
A partir das limitações das conclusões às quais chegamos, lançamos novas ideias que possam dar
continuidade à pesquisa.
"Embora o atual estudo traga informações importantes sobre as serpentes de Viçosa, são necessárias
pesquisas de campo que possam fornecer dados mais precisos sobre a riqueza, e principalmente sobre a
abundância da herpetofauna da região. Tais trabalhos também seriam fundamentais, por exemplo, para
investigar mais aspectos da história natural das serpentes (e.g. uso de hábitat, dieta e reprodução) e
47
averiguar com mais detalhes a possível presença daquelas espécies com registros não confirmados." (COSTA
et al., 2010)
- O que é CONCLUSÃO?
A conclusão desempenha o papel de fecho de uma pesquisa, retoma a proposta inicial do trabalho e se os
objetivos e hipóteses foram corroboradas por meio dos resultados alcançados.
A conclusão retoma o escopo do trabalho e o que foi almejado, explicita as percepções do pesquisador sobre
os resultados, dificuldades e limitações do trabalho, expõe sugestões de trabalhos futuros.
Textos longos e complexos, cópia exata do que já foi escrito em outras partes do texto, gráficos e
tabelas dos dados obtidos, novos dados, afirmações que não estão apoiadas nos resultados obtidos.
O detalhamento dos resultados, pois esses devem ser redigidos no item resultados.
São sugestões de novas pesquisas que surgem a partir de limitações percebidas ao longo do trabalho, para
tentar ampliar e fortalecer o tema abordado.
1. Gráficos com os dados obtidos e quais foram as respostas que podemos tirar do trabalho.
2. Dados que ainda não haviam sido apresentados no escopo do trabalho até então.
3. Síntese da proposta ou pergunta inicial do trabalho e quais objetivos e hipóteses se concretizaram.
4. Um texto complexo e longo sobre a proposta inicial do trabalho sem mencionar trabalhos futuros.
48
A conclusão não pode servir para:
1. Podemos apresentar gráficos e tabelas nas conclusões, mas não nos resultados.
2. Os resultados devem relacionar os objetivos e hipóteses aos dados obtidos; as conclusões devem
conter apenas os dados.
3. Os resultados devem conter apenas os dados obtidos; as conclusões devem relacionar os objetivos
e hipóteses a esses dados.
4. Não há diferenças entre resultados e conclusões, ambos podem trazer exatamente os mesmos tipos
de informação.
BEUREN, I. M. (organizadora), LONGARAY, A. A., RAUPP, F. M., SOUSA, M. A. B. de, COLAUTO, R. D., PORTON,
R. A. de B.; Como elaborar trabalhos monográficos em contabilidade. São Paulo: Atlas, 2003.
COSTA, H.C., PANTOJA, D. L.; PONTES, J. L.; FEIO, R. N.; 2010. Serpentes do Município de Viçosa, Mata
Atlântica do Sudeste do Brasil. Biota Neotrop. 10(3).
FELTRIM, V. D.; ALUÍSIO, S. M.; NUNES, M. das G. V. Uma revisão bibliográfica sobre a estruturação de textos
científicos em português. Série de Relatórios do Núcleo Interinstitucional de Linguística computacional –
ICMSC-USP, São Carlos, 2000.
GOLDENBERG, M., A arte de pesquisar: como fazer pesquisa qualitativa em Ciências Sociais , 8. ed., Rio de
Janeiro: Record, 2004.
SEVERINO, A. J.; Metodologia do trabalho científico. 21.ed. São Paulo: Cortez, 2000.
49
SHUTTLEWORTH, M. 2008 Drawing conclusions. Disponível em http://explorable.com/drawing-conclusions.
Acesso em: 03 jul.2013.
LEITURAS RECOMENDADAS:
BARRASS, R. Os cientistas precisam escrever: guia de redação para cientistas, engenheiros e estudantes. São
Paulo: EDUSP, 1979.
GERHARDT, T.E., SILVEIRA, D.T. Métodos de Pesquisa. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2009.
SILVA, E. L. da; MENEZES, E. M., Metodologia da Pesquisa e Elaboração de Dissertação. 4. ed., Florianópolis:
Universidade Federal de Santa Catarina, 2005.
MÓDULO 9
RELATÓRIO DE PESQUISA
Neste módulo trataremos sobre o relatório de pesquisa e o que deve estar presente nele.
Trataremos aqui dos elementos que compõem o relatório para que o trabalho da sua pesquisa seja bem
apresentado em forma de texto, visando uma real contribuição ao progresso do conhecimento.
É a parte final da pesquisa, na qual são apresentados os dados coletados durante o estudo e suas conclusões.
Como já vimos, um plano de pesquisa é um planejamento, contendo os objetivos do trabalho. Logo, deve
ser elaborado antes do início da pesquisa.
Já o relatório deve conter, além do objetivo, hipóteses e metodologia, também os resultados e suas
conclusões sobre a pesquisa, entre outras coisas. Por isso, é elaborado depois de realizada a pesquisa.
50
- Qual a estrutura de um relatório?
ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS:
Capa
Folha de Rosto
Agradecimentos (opcional)
Resumo
Lista de tabelas/figuras
Sumário.
ELEMENTOS TEXTUAIS:
Introdução;
Materiais e métodos;
Fundamentação teórica;
Resultado e análise dos dados;
Discussão;
Conclusões.
ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS:
Referências bibliográficas
Anexos
Apêndices
Parecer do comitê de ética.
CAPA
Deve conter apenas o nome do(s) autor(es), o título do trabalho e a cidade e ano de realização do trabalho.
(SEVERINO, 1976)
FOLHA DE ROSTO
Título do projeto;
Instituição;
Endereço completo da instituição;
Nome do(s) estudante(s) realizador(es) do projeto;
Orientador(es) do projeto;
Período de desenvolvimento do projeto (data de início e data final);
Assinatura(s) do(s) estudante(s) e do(s) orientador(es) [Recomendado mas não obrigatório no envio
digital];
Número FEBRACE.
(FEBRACE, 2013)
51
AGRADECIMENTOS
Este item é opcional, podemos colocar nele desde o nome de pessoas que ajudaram de alguma maneira na
realização da pesquisa até instituições e organizações que forneceram estrutura ou recursos financeiros para
a pesquisa.
RESUMO
O resumo traz a natureza da pesquisa realizada (MARCONI; LAKATOS, 2003). Deve conter, em poucas
palavras, a introdução, o objetivo, os materiais e métodos, os resultados e a conclusão. Traz também as
palavras-chave que identificam a pesquisa.
Se o trabalho contiver muitas tabelas ou figuras, pode-se fazer uma listagem com a indicação da página onde
se encontram no corpo do trabalho. Isso facilita ao leitor interessado em encontrá-las.
SUMÁRIO
Listamos no sumário todos os títulos e subtítulos ao longo do trabalho, na ordem em que aparecem,
indicando as suas páginas.
Elementos textuais formam o corpo do trabalho desenvolvido. Detalham todas as fases do trabalho
desenvolvido. A seguir detalhamos cada item dos elementos que compõem o texto.
INTRODUÇÃO
Este item deve conter a problematização e as justificativas da escolha do tema, assim como as hipóteses (se
houver) e os objetivos da pesquisa realizada. É na introdução que o(s) autor(es) mostra(m) qual a importância
da realização dessa pesquisa.
MATERIAIS E MÉTODOS
Nesse item descrevemos o modo como a pesquisa foi conduzida, além dos materiais e equipamentos
utilizados. Também informamos como os dados foram coletados e analisados. A descrição deve ser breve,
porém com informações suficientes para que o leitor possa seguir os passos adotados e refazer a mesma
pesquisa.
52
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Nessa seção, organizamos um texto que apresente o referencial teórico que serviu de sustentação às nossas
ideias e que contribuiu para a interpretação dos dados coletados na pesquisa. Devemos levar em conta a
literatura já existente sobre a temática da pesquisa. É importante identificar artigos e estudos semelhantes,
que ajudaram no desenvolvimento do trabalho.
(IBES, 2013)
Apresentamos nesse item os dados que foram obtidos a partir da pesquisa realizada e o que ela trará de
novo para a sua área de conhecimento. Porém, devemos tomar cuidado para evitar interpretações pessoais
e discussões, pois isso é parte da próxima seção.
DISCUSSÃO
A discussão é feita com base nos resultados obtidos: verificamos se há concordância entre os resultados, o
problema inicial da pesquisa e o que é afirmado na literatura. Caso não haja a concordância, discutimos os
possíveis motivos disso. Sugestões e tendências provenientes da pesquisa também são discutidas nessa
seção.
CONCLUSÕES
As conclusões devem ser bem claras, sempre em harmonia com os objetivos da pesquisa.
Elas devem sempre evidenciar as conquistas alcançadas com o estudo que foi realizado.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Nesse item só devem ser referenciados os trabalhos que realmente foram consultados e citados ao longo do
relatório. As referências devem ser apresentadas de modo uniforme, sempre seguindo o mesmo padrão. Um
dos padrões mais usados em publicações científicas é o da ABNT.
53
ANEXOS
Os anexos são elementos adicionais que se acresenta a um relatório como esclarecimento, sem eles serem
essenciais para a compreensão do relatório. Podem ser, por exemplo, quesrionários utilizados na pesquisa.
Apresentamos nos anexos tabelas, ilustrações e gráficos que são pertinentes e ainda podem contribuir para
algum esclarecimento da pesquisa, mas não são essenciais para a discussão do trabalho e por isso não foram
incluídos no texto.
No caso de pesquisas realizadas com pessoas, animais vertebrados e/ou substâncias, equipamentos e
agentes biológicos potencialmente perigosos, é necessário que o trabalho seja aprovado por um Comitê de
Ética de uma instituição especializada antes de ser desenvolvido. O parecer do Comitê de Ética pode ser
colocado nos Anexos.
(FEBRACE, 2013)
O PLANO DE PESQUISA apresenta como o trabalho será feito, ou seja, é elaborado antes de se começar a
pesquisa.
Capa; Folha de rosto; Agradecimentos (opcional); Resumo; Lista de tabelas/figuras (opcional) e Sumário.
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Os ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS incluem: Referências bibliográficas; Anexos e Parecer do Comitê de Ética.
ELEMENTOS TEXTUAIS:
Materiais e métodos – Deve apresentar quais foram os equipamentos usados e o passo-a-passo de como a
pesquisa foi feita, para que qualquer um possa reproduzi-la.
Fundamentação teórica – Trata-se do conteúdo já produzido sobre o tema da pesquisa que ajudou na
interpretação dos dados.
Resultados e análise de dados – Apresentam-se os dados que foram coletados na execução da pesquisa.
Que tipo de informações não devem estar contidas nos resultados e análise de dados?
55
Qual dos itens abaixo não é obrigatório em um relatório de pesquisa?
1. Agradecimentos.
2. Resumo.
3. Sumário.
4. Referências bibliográficas.
COLOGNA, Adauto José et al . A redação do trabalho científico. São Paulo: Acta Cirúrgica Brasileira, 2000.
MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Fundamentos de Metodologia Científica. 5. ed. São Paulo: Atual, 2003.
MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Técnicas de Pesquisa. 2. ed. São Paulo: Atual, 1990.
SILVA, E. L.; MENEZES, E. M. Metodologia da Pesquisa e Elaboração de Dissertação. 4. ed. Florianópolis, 2005.
Disponível em http://www.convibra.com.br/upload/paper/adm/adm_3439.pdf
LEITURAS RECOMENDADAS:
COLOGNA, Adauto José et al. A redação do trabalho científico. São Paulo: Acta Cirúrgica Brasileira, 2000.
MÓDULO 10
AVALIAÇÃO
Este é um módulo muito importante. Vamos entender o que é avaliação? E para que serve?
Também iremos entender quais são os critérios de avaliação e como a FEBRACE avalia seus participantes.
56
UNIDADE 1 :: MÓDULO 10 - AVALIAÇÃO
INTRODUÇÃO
Avaliação é a oportunidade que o aluno tem de apresentar seu projeto para professores e colegas.
É o momento de estimar as competências e habilidades que o aluno desenvolveu durante a condução
de seu projeto.
Antes de respondermos a essas questões, vamos entender os pilares da educação segundo a UNESCO.
Aprender a conhecer
Aprender a fazer
Aprender a conviver
Aprender a ser
Estes quatro pilares são fundamentais para a Educação para o século XXI. (DELORS, 2001)
É importante notar que os quatro pilares representam objetivos que vão além da informação ou da aquisição
de conhecimento. Trata-se muito mais de objetivos para uma melhor formação humana dos alunos.
(GARCIA, 2005)
57
Neste sentido, a educação deve se pautar não apenas na transmissão de informações, mas também
em competências e habilidades que ajudarão na formação de cidadãos. Os professores devem estar sempre
atentos a esse aspecto.
Segundo o Parlamento Europeu, as 8 competências essenciais para a aprendizagem ao longo da vida são:
(EUR-Lex, 2010)
Entendendo melhor...
Competência:
Habilidades:
Saber ler;
Saber escrever;
Saber fazer cálculos;
Interpretar dados.
Assim, é muito importante que o professor saiba avaliar não só o puro domínio do conhecimento pelo aluno.
Devemos também verificar se o aluno apresenta as competências e habilidades requeridas em cada área do
conhecimento.
Ao trabalhar com projetos de pesquisa queremos desenvolver nos alunos a atitude científica e as
competências e habilidades de cientistas.
58
- O que é a ATITUDE CIENTÍFICA?
A atitude científica caracteriza-se pelo questionamento, pela visão crítica daquilo que é tido cotidianamente
como “comum” ou “corriqueiro”, fugindo do senso comum. Em outras palavras, aquele que apresenta uma
atitude científica vê aparências que necessitam de uma explicação.
(CHAUÍ, 2002)
Ao avaliar o aluno, o professor deve ser capaz de verificar, neste aluno, a atitude científica. Ela pode estar
refletida em atitudes como:
(CHAUÍ, 2002)
Algumas habilidades são necessárias para um pesquisador, segundo Collis e Hussey (2005):
Capacidade intelectual;
Capacidade de comunicação;
Habilidades organizacionais;
Habilidades relativas à tecnologia da informação;
Independência;
Motivação;
Perseverança.
Os critérios são úteis para que o avaliador saiba o que se deseja analisar, isto é, são alguns itens para levar
em consideração quando está avaliando a apresentação de um trabalho, por exemplo. Cada professor ou
instituição pode ter os seus critérios, dependendo da finalidade dessa avaliação.
Além disso, os critérios podem também ajudar o aluno a preparar sua apresentação e atender aos requisitos
da avaliação a que será submetido.
Atitude do aluno com relação ao seu projeto, o quanto ele se envolveu com a pesquisa e se esforçou para
superar as dificuldades.
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Criatividade e Inovação tanto na elaboração da ideia inicial do projeto, quanto no uso de recursos e métodos
para a sua execução.
Profundidade do conhecimento do aluno em relação ao seu projeto, domínio do assunto e utilização de mais
de uma fonte de informação, trabalhos na mesma área, bem como consciência do impacto (ambiental, social,
econômico) do seu trabalho.
Relatório bem escrito, bem estruturado, com todos os itens prétextuais, textuais e pós-textuais, e também
resultados e conclusão apresentados com clareza.
Diário de Bordo apresentado de maneira cronológica, organizada, com registros detalhados dos
procedimentos e das dificuldades encontradas.
Pôster apresentado com todos os itens necessários de forma sucinta, que permita uma perfeita
compreensão do projeto, organizado de forma coerente e atrativa.
Apresentação Oral realizada com domínio do assunto, com informações mais relevantes apresentadas com
clareza, de maneira objetiva e sintética.
Relevância do projeto no contexto em que o aluno vive, seu potencial de transformação desse contexto e
demonstração da viabilidade do projeto.
Trabalho em equipe refletido na contribuição efetiva dos membros do grupo e no resultado final do trabalho.
Os instrumentos são as ferramentas que deverão auxiliar o professor, fornecendo dados para subsidiar o
processo de avaliação. Os exemplos mais típicos são: provas, entrega de relatórios, lições de casa,
apresentações de seminários, etc.
Todos esses instrumentos devem estar relacionados aos critérios de avaliação. Isto é, dependendo do critério
utilizado pelo professor, diferentes estratégias de instrumentos de avaliação podem ser aplicadas.
1. Os critérios de avaliação.
2. Os conceitos (ou notas).
60
- O que os instrumentos de avaliação contêm?
1. Os critérios de avaliação.
Como vimos antes neste módulo, os instrumentos de avaliação têm de estar estritamente relacionados com
os critérios utilizados pelo avaliador, de modo que estes determinem qual instrumento deverá ser usado.
Caso um professor queira usar como critério de avaliação o domínio do conteúdo e a habilidade de escrita
do seu aluno, a entrega de um relatório ou então uma prova, por exemplo, forneceriam ao professor mais
dados para avaliação do que a apresentação de um seminário.
Uma vez que os instrumentos fornecem os dados para embasar a avaliação, deve haver um modo de
representar o resultado desta avaliação.
Para isso, os avaliadores podem usar conceitos, geralmente classificando os alunos em diferentes categorias,
de acordo com o seu desempenho.
Esses conceitos podem, por vezes, ser expressos numericamente, ou seja, com atribuição de notas.
Aquilo que será avaliado dependerá sempre dos critérios estabelecidos pelo professor, ou pela instituição
que promove a avaliação. Porém, alguns pontos padrão de critérios:
O nível de compreensão e o domínio que o aluno tem sobre sua pesquisa e área de estudo,
Corroboração dos resultados por meio de:
o Levantamento laboratorial.
o Pesquisa de campo.
o Levantamento bibliográfico.
61
Questionar o aluno sobre aspectos específicos de seu trabalho de pesquisa, do processo de
desenvolvimento do projeto e do interesse do aluno pelo tema abordado.
Aprender a ser;
Aprender a conhecer;
Aprender a fazer;
Aprender a conviver.
Esses pilares convergem na avaliação da educação para um viés muito mais de formação humana, com
competências e habilidades, do que para o puro domínio e acúmulo de conhecimento.
A fim de avaliar seu aluno, o professor deve estabelecer critérios de avaliação, isto é, bases que darão um
direcionamento à avaliação de um trabalho.
Estabelecidos os critérios, o professor pode, então, selecionar o instrumento de avaliação que melhor
auxiliará na coleta de dados que subsidiarão a sua avaliação.
Essa seleção deve ser feita sempre com base nos critérios preestabelecidos.
Conceitos ou notas podem ser usados no instrumento de avaliação para refletir o resultado da avaliação.
1. São itens que dão ao professor o direcionamento da avaliação dos trabalhos de seus alunos.
2. São dados coletados pelo professor para avaliar seus alunos.
3. São ferramentas usadas pelo professor para aplicar uma prova.
4. São medidas do resultado da avaliação do professor, podendo ser conceitos ou notas.
62
O que são instrumentos de avaliação?
1. São reflexos do resultado da avaliação do professor, podendo ser expressos em conceitos ou notas.
2. São critérios que o professor deve estabelecer ao assistir a um seminário de seus alunos.
3. São ferramentas para obtenção de dados que auxiliam o professor no processo de avaliação, não
tendo nada a ver com os critérios de avaliação.
4. São ferramentas para obtenção de dados que auxiliam o professor no processo de avaliação, sendo
selecionadas com base nos critérios de avaliação.
COLLINS, J; HUSSEY, R. Pesquisa em Administração: um guia prático para alunos de graduação e pós-
graduação. 2. ed., Porto Alegre: Bookman, 2005.
DELORS, J. Educação um tesouro a descobrir. Relatório para a Unesco da Comissão Internacional sobre a
Educação para o Século XXI. 6. ed. Tradução José Carlos Eufrázio. São Paulo: Cortez, 2001.
EUR-Lex. Competências essenciais para a aprendizagem ao longo da vida: Quadro de referência Europeu.
2010. Disponível em:http://ec.europa.eu/dgs/education_culture/publ/pdf/ll-learning/keycomp_pt.pdf
Acesso em: 14 jul.2013.
LUCKESI, C.C. O que é mesmo o ato de avaliar a aprendizagem? Pátio. Porto Alegre: Artmed. Ano 3, n. 12,
fev/abr.2000. Documento em PDF disponível em
http://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/2511.pdf Acesso em: 03 jul.2013
LEITURAS RECOMENDADAS:
GARCIA, Lenise Aparecida Martins Garcia. Competências e Habilidades: você sabe lidar com isso? Educação
e Ciência On-line. Brasília: Universidade de Brasília. 2005. Disponível em:
http://uvnt.universidadevirtual.br/ciencias/002.htm Acesso em: 03 jul.2013
LUCKESI, C.C. O que é mesmo o ato de avaliar a aprendizagem? Pátio. Porto Alegre: Artmed. Ano 3, n. 12,
fev/abr. 2000. Documento em PDF disponível em
http://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/2511.pdf Acesso: 03 jul.2013
MÓDULO 11
ÉTICA E SEGURANÇA
63
Que tipo de informação podemos escrever em nossos relatórios? Podemos ler um livro e copiar suas
informações?
Como podemos garantir a segurança em nossos procedimentos?
- O que é ÉTICA?
De acordo com Cenci (2000), do ponto de vista filosófico, a Ética busca estudar e fornecer princípios
orientadores para o agir humano.
Ética também pode significar um pensamento reflexivo sobre os valores e as normas que regem as condutas
humanas (BRASIL, 1997).
Em outro sentido, ética pode referir-se a um conjunto de princípios e normas que um grupo estabelece para
seu exercício profissional por exemplo, os códigos de ética dos médicos, dos advogados, dos psicólogos, etc.
(BRASIL, 1997).
Resumindo:
Ética significa pensamento reflexivo sobre os princípios de nossas ações e condutas, podendo ser aplicado às
relações humanas e/ou ao exercício de uma profissão.
Porque pesquisas que geram resultados confiáveis e válidos levam a um aumento do conhecimento
científico. Porém, se a pesquisa for conduzida sem ética e sem cuidado para precisão nas informações, ela
não terá aplicação no meio científico. Assim, ter ética é importante para que o conhecimento aumente sem
distorção da verdade.
(MORAES, 2006)
Regras de segurança na pesquisa são medidas fundamentais que devemos conhecer e respeitar para o
melhor desenvolvimento da pesquisa, evitando assim problemas, riscos e acidentes.
Porque devemos reduzir a exposição do aluno a riscos no ambiente de trabalho. Devemos evitar que
acidentes ocorram, ao indivíduo ou ao meio coletivo, devido ao desconhecimento e desrespeito de
informações sobre as fontes de perigo e das normas de segurança do material utilizado.
64
UNIDADE 2 :: MÓDULO 11 - ÉTICA E SEGURANÇA
ÉTICA
- O que é AUTORIA?
A autoria de um trabalho remete à(s) pessoa(s) responsável(is) pela execução desse trabalho. Ou seja, os
autores de uma pesquisa são aqueles que realizam efetivamente a pesquisa.
A autoria é definida principalmente com base na participação e na contribuição intelectual de cada um dos
envolvidos na elaboração, análise ou redação do trabalho.
(PETROIANU, 2002)
Todas as pessoas que ajudaram na realização da pesquisa devem ser devidamente reconhecidas, se não
como autores na capa e folha de rosto, devem ser mencionadas como colaboradoras na seção de
agradecimentos do relatório.
- O que é PLÁGIO?
Plágio é a reprodução indevida, como sendo sua autoria, de um trabalho, no todo ou em partes, pertencente
a um outro autor sem lhe dar os devidos créditos. Plagiar inclui assinar, se apropriar, apresentar como
novidade, copiar e/ou distribuir qualquer forma de produção (texto, figura, dados, comentário, etc.) que foi
criado por outros sem citar a fonte ou sem respeitar as regras de seu uso e reprodução.
A paráfrase literal ou a repetição de exemplos ou de organização do trabalho de outro autor também pode
ser definida como plágio.
(SCHNEIDER; SCHÜKLENK,2005)
No Brasil, o plágio se enquadra na lei n. 9.610/1998, que trata dos direitos autorais e de contrafação, ou seja,
reprodução de uma obra sem autorização da entidade que detém a sua propriedade intelectual, estando os
infratores sujeitos às sanções civis e penais cabíveis.
O plágio pode gerar consequências danosas aos pesquisadores como o cancelamento da pesquisa.
Plágio é a cópia de um trabalho ou qualquer parte dele (texto, figuras, trechos, etc.) de outro autor como se
fosse nosso, sem dar os devidos créditos.
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- O que é FALSIFICAÇÃO DE DADOS?
Exemplo disso é quando mostramos apenas os dados que apóiam a hipótese investigada, ignorando os dados
que vão contra ela. Ou também se suavizamos irregularidades dos dados, tornando-os mais convincentes
para publicação.
- Quais medidas de segurança devemos ter ao realizar pesquisas com seres humanos?
Estar ciente da Resolução 196/96 (BRASIL, 1996), a qual define as diretrizes e normas
regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos.
Devemos respeitar os referenciais básicos da bioética dispostos na Resolução 196/96: autonomia,
não-maleficência, beneficência e justiça.
Devemos ter a concordância dos voluntários em participar da pesquisa, informando-os de forma clara sobre
a justificativa, os objetivos e os procedimentos.
Além disso, é fundamental não oferecer riscos aos participantes, como riscos físicos, psicológicos e de
estresse.
- Quais medidas de segurança devemos ter ao realizar pesquisas com animais vertebrados?
Se formos realizar alguma experimentação, devemos fazer um levantamento prévio das diretrizes,
regulamentos e leis relativas aos cuidados e à preservação da vida dos animais.
Exemplos de documentos:
66
(Art. 6, COBEA); (FEBRACE, 2013)
Devemos lembrar que existem procedimentos PROIBIDOS de ser realizados por estudantes que ainda não
chegaram ao nível superior. (FEBRACE, 2013)
- Quais medidas de segurança devemos ter ao realizar pesquisas com agentes biológicos potencialmente
perigosos?
Exigem-se também determinados formulários de controle e devem-se seguir algumas restrições conforme o
material utilizado. (FEBRACE, 2013)
Devemos verificar inicialmente em qual nível de risco biológico se enquadra o material da pesquisa de acordo
com a Classificação de Agentes Biológicos segundo seu potencial patogênico.
Estudantes do Ensino Básico só estão autorizados a trabalhar com agentes dos grupos 1 e 2 – de risco baixo
a moderado, como bactérias usadas na produção de alimentos ou que causam infecções tratáveis facilmente
e não contagiosas.
Devemos ter cuidado com o material: antes de começar a manuseá-lo devemos saber quais os perigos de
contaminação e a melhor forma de descartá-lo. (FEBRACE, 2013)
(FEBRACE, 2013)
Classe de Agentes biológicos que causam doenças graves em humanos, animais ou vegetais ou que
Risco 3 podem causar danos econômicos. Geralmente não são transmitidos por contato casual.
Agentes biológicos que causam doenças sérias em humanos, animais ou vegetais. Estes
Classe de
agentes são facilmente transmitidos de um indivíduo para outro, diretamente ou
Risco 4
indiretamente.
(FEBRACE, 2013)
67
- Quais medidas de segurança devemos ter ao realizar pesquisas com substâncias, equipamentos controlados
ou perigosos?
Devemos seguir procedimentos de segurança para desenvolver, sem riscos, pesquisas que incluam produtos
químicos e equipamentos perigosos, armas de fogo, substâncias radioativas, ou qualquer substância
controlada segundo a legislação local: como drogas, álcool, gasolina, tabaco.
Devemos ter a supervisão do orientador e/ou de um cientista qualificado, que tenha conhecimento das
técnicas de manuseio do material e procedimentos de emergência caso algum acidente ocorra.
(FEBRACE, 2013)
Devemos obter a autorização para o uso de substâncias ou equipamentos controlados antes do início da
pesquisa, além de planejar os experimentos de modo a minimizar possíveis impactos ao ambiente.
Além disso, devemos conhecer as características do material utilizado: sua toxidade, reatividade,
inflamabilidade e corrosividade, assim como o melhor modo de seu manuseio.
(FEBRACE, 2013)
Devemos conhecer e cumprir as normas de segurança do laboratório, como, por exemplo, não fumar, não
comer, usar o equipamento de proteção individual, trabalhar com trajes adequados, lavar sempre as mãos e
manter a melhor organização do material utilizado.
Devemos também conhecer o perigo de reações entre as substâncias químicas utilizadas na pesquisa e usar
os equipamentos apropriados para tal.
(FEBRACE, 2013)
O Comitê de Ética é um colegiado multidisciplinar que existe nas instituições que realizam pesquisa
envolvendo seres humanos e animais vertebrados no Brasil.
O comitê deve defender os direitos dos sujeitos da pesquisa e contribuir no desenvolvimento da pesquisa
dentro de padrões éticos, garantindo o respeito pela identidade, integridade, dignidade e direitos dos
participantes nas referidas pesquisas.
Toda pesquisa envolvendo seres humanos deverá ser submetida à apreciação de um Comitê de Ética em
Pesquisa.
O comitê tem o papel consultivo e educativo, visando à qualidade das pesquisas, e a valorização do
pesquisador, que recebe o reconhecimento de que sua proposta de pesquisa é eticamente adequada.
68
- Onde encontrar um Comitê de Ética?
Prioritariamente, o projeto deve ser analisado pelo Comitê de Ética situado na instituição de pesquisa na qual
o trabalho será realizado.
No caso de não haver um Comitê na Instituição com a qual a pesquisa possua vínculo é necessário que você
solicite indicação de um comitê à Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP).
As características e atribuições dos Comitês de Ética em Pesquisa no Brasil estão contidas na Resolução
196/96 do Conselho Nacional de Saúde, que trata das diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas
com seres humanos.
Essa resolução fundamenta-se na Declaração dos Direitos do Homem, na Declaração de Helsinque, nas
Propostas de Diretrizes Éticas Internacionais para Pesquisas Biomédicas Envolvendo Seres Humanos e nas
Diretrizes Internacionais para Revisão Ética de Estudos Epidemiológicos.
Recomendamos ter o conhecimento do manual ou regulamento das feiras científicas. Nele estarão as
indicações e normas para a apresentação de projeto, no espaço destinado à feira.
- O que é ÉTICA?
Para gerar aumento do conhecimento científico de maneira válida e confiável, podendo ser considerado em
pesquisas futuras.
Normas de segurança são medidas fundamentais que evitam riscos e acidentes e que devem ser conhecidas
e respeitadas pelo pesquisador para o melhor desenvolvimento do trabalho.
Porque devemos reduzir a exposição do pesquisador a riscos, evitando que acidentes ocorram, ao indivíduo
ou ao meio coletivo, devido ao desconhecimento e desrespeito de informações sobre as normas de
segurança.
69
- O que é autoria?
AUTORIA corresponde às pessoas responsáveis pela elaboração ou que contribuíram para a realização de
um trabalho.
- O que é plágio?
PLAGIAR é reproduzir indevidamente, como sendo de autoria própria, um trabalho, no todo ou em partes,
pertencente a um outro autor sem dar os devidos créditos.
Devemos respeitar os direitos e a integridade do voluntário que participará da pesquisa, tomando todas as
medidas necessárias, desde a elaboração do método da pesquisa, esclarecimento do objetivo da pesquisa ao
voluntário e preenchimento de formulários
Devemos considerar a substituição do uso de animais por métodos alternativos como modelos e simulações
computadorizadas. Além disso, devemos respeitar as diretrizes e normas que regulam o uso de animais em
pesquisas.
É fundamental conhecer o risco biológico, tanto para o indivíduo quanto para o meio ambiente, do material
que se deseja utilizar na pesquisa e tomar as medidas adequadas para manuseá-lo e aplicá-lo na pesquisa
bem como seu descarte.
Precisamos estar cientes das medidas de proteção e normas de segurança ao manipular substâncias ou
equipamentos perigosos. Conhecer características do material que se deseja utilizar, como o modo de
manuseá-lo ou suas propriedades químicas é fundamental. Devemos ter a supervisão de um acompanhante
especializado e cumprir com as autorizações exigidas para o uso do material.
O COMITÊ é um colegiado que deve existir nas instituições que realizam pesquisa envolvendo seres humanos
e outros vertebrados, criado para defender os direitos dos sujeitos da pesquisa e para garantir a pesquisa
dentro de padrões éticos.
Ética e segurança em feiras: Recomendamos ter o conhecimento do manual ou regulamento das feiras
científicas. Nele estarão as indicações e normas para a apresentação de projetos na feira.
70
UNIDADE 6 :: MÓDULO 11 - ÉTICA E SEGURANÇA
TESTANDO SEUS CONHECIMENTOS
O que é plágio?
O Comitê de Ética:
1. Verifica se pesquisas com seres humanos estão de acordo com procedimentos éticos.
2. Não tem papel de verificar o respeito à integridade e direitos dos participantes de pesquisa com seres
humanos.
3. É responsável por elaborar pesquisas com seres humanos.
4. Não deve estar presente nas Instituições de pesquisa.
71
UNIDADE 7 :: MÓDULO 11 - ÉTICA E SEGURANÇA
REFERÊNCIAS
CENCI, A.V. O que é ética? Elementos em torno de uma ética geral 3. ed. Passo Fundo: A. V. Cenci, 2002, p.75.
JAFFER U., CAMERON A.E., 2006. Deceit and fraud in medical research. International Journal of Surgery, 4(2)
KROKOSCZ, M. , Abordagem do plágio nas três melhores universidades de cada um dos cinco continentes e
do Brasil. Revista Brasileira de Educação, v. 16, n. 48, 2011.
MORAES,A.N.; Ética na Pesquisa. Anais Encontro Nacional sobre Metodologias de Laboratório, Concórdia, SC,
2006. pp 18-21.
PETROIANU, A. Autoria de um trabalho científico. Revista da Associação Médica Brasileira, v.48, n.1, São
Paulo Jan./Mar. 2002.
SCHNEIDER, B., SCHÜKLENK, U.; Módulo 6: Temas especiais em ética na pesquisa. In: DINIZ,D.; GUILHERM,
D.; Schüklenk, U.; Ética na pesquisa: experiência de treinamento em países sul-africanos. Brasília: Letras
livres, 2005.
LEITURAS RECOMENDADAS:
SCHNEIDER, B., SCHÜKLENK, U.; Módulo 6: Temas especiais em ética na pesquisa. In: DINIZ, D.;CGUILHERM,
D; SCHÜKLENK, U. Ética na pesquisa: experiência de treinamento em países sul-africanos. Brasília: Letras
livres, 2005.
72
MÓDULO 12
PÔSTER
Abordaremos, em detalhes, como compor um pôster de forma clara e objetiva, qual sua estrutura e que
cuidados ter quanto à diagramação para obter um pôster bem elaborado.
- O que é?
Esta é a parte mais importante do planejamento de um pôster. A qualidade do pôster pode aumentar ou
diminuir de acordo com a relevância dos dados a serem mostrados. Normalmente, em uma pesquisa
científica, tem-se dados de sobra. Então, como identificar quais deles são os mais importantes?
Recomenda-se juntar todos os dados a serem apresentados. Provavelmente os dados serão volumosos. Mas
no início, isso não é um problema. Quanto mais dados estiverem à disposição, melhor para a escolha dos
dados mais importantes e relevantes.
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- Como selecionar ilustrações?
Recomenda-se juntar todas as ilustrações (figuras, fotos e gráficos) que se deseja colocar no pôster.
Provavelmente existirão mais ilustrações do que espaço físico no pôster. Deve-se refletir sobre quais dados
(tabelas) e outras informações textuais poderiam ser transformadas em figuras ou gráficos.
A redução é a parte mais difícil, pois será necessário desconsiderar quase tudo o que foi produzido
até o momento.
É preciso refletir:
o Quais informações textuais e ilustrações se encaixam no pouco espaço do pôster e quais
informações podem ser deixadas de lado?
Deve-se pensar no pouco espaço físico do pôster e no pouco tempo que o observador tem no
momento da leitura.
Recomenda-se, após reduzir a massa original de ideias, textos e ilustrações, distanciar-se do
rascunho por uns dias e depois fazer uma revisão.
Os testes foram realizados em uma coluna de vidro que se constitui de quatro peças, sendo estas o corpo
principal de 1,00 m de altura e 0,020 m de diâmetro interno, envolvido por uma camisa, usada para a
circulação do banho da água; o distribuidor do líquido, conectado, através de uma junta esmerilhada, na
extremidade superior do corpo principal, na qual, se localiza a saída do gás; na parte inferior do corpo
principal, está conectado o acessório de juntas esmerilhadas, para a introdução do gás e na parte inferior de
toda a coluna, está conectado um balão de três bocais. O promotor do filme líquido consiste de uma malha
metálica de arame de aço inoxidável a qual foi cortada em peças de uma altura máxima de 0,1 m, e largura
igual ao perímetro interno do tubo. Cada peça foi moldada de forma circular e fixada sobre a parede interna
do tubo, de forma a promover a formação do filme líquido ao longo da coluna.
A coluna consiste em dois tubos concêntricos de vidro, em que a região anular funciona como uma camisa,
por onde escoa água para garantir a manutenção da temperatura. O tubo interno é revestido por uma malha
metálica, que funciona como um promotor de película, para proporcionar o espalhamento em forma de
película. A coluna tem uma altura de 1,0 m e diâmetro interno de tubo igual a 2,0 cm.
Observa-se um texto mais simples e que tem todas as informações necessárias para o trabalho.
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UNIDADE 3 :: MÓDULO 12 - PÔSTER
ESTRUTURA
TÍTULO
O título deve ser simples e direto de maneira que o potencial visitante facilmente entenda de que se trata a
pesquisa. Deve despertar o interesse para a leitura do trabalho.
INSTITUIÇÃO
AUTORES
Os autores devem ser citados por extenso e separados por ponto e vírgula.
INTRODUÇÃO
OBJETIVOS
Os objetivos expõem claramente o propósito do trabalho científico, ou seja a finalidade que se pretende
atingir no final da pesquisa. Esses objetivos podem ser gerais e específicos.
METODOLOGIA
DESENVOLVIMENTO
RESULTADOS OBTIDOS
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
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UNIDADE 4 :: MÓDULO 12 - PÔSTER
DIAGRAMAÇÃO
Observe: HIERARQUIA!
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Costuma-se dividir o pôster em duas ou três colunas, para obter uma diagramação que facilita a
leitura.
As diferentes seções devem estar bem separadas uma das outras, a fim de permitir que o visitante
reconheça onde está cada parte do trabalho.
Diagramando um texto
Introdução: A proposta deste estudo, que é uma exigência do Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva
na área de atenção à saúde do trabalhador, tem como objetivos verificar a aceitação da postura de trabalho
de pé na percepção dos trabalhadores nos setores de costura de uma indústria calçadista de grande porte,
descrever as possíveis alterações biomecânicas para a coluna vertebral com enfoque nas lombalgias e discutir
os aspectos críticos sob o ponto de vista de fadiga.
Desenvolvimento: Os indicadores detectados na pesquisa se destinam a incentivar novos estudos, a fim de
descobrir fatos relativos a um campo bastante dúbio e reforçar os conceitos na análise da melhor postura de
trabalho no setor de costura da indústria calçadista, visando maior conforto e bem-estar dos trabalhadores.
O trabalho busca avançar com o conhecimento científico e o conhecimento proveniente do senso comum,
procurando trazer, para um debate mais consistente, a manifestação direta daquele que executa a atividade
no setor de costura: o trabalhador.
Conclusão: Os setores de produção das indústrias de calçados constituem um segmento industrial de
relevante significado econômico e social para o Estado do Rio Grande do Sul. Por conseguinte, a sua
competitividade depende, entre outros fatores, da segurança nos postos de serviço, do bem-estar postural
e da adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, o que
também está ligado à Ergonomia e à qualidade de vida do trabalhador.
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Vejamos a seguir exemplos de pôsteres bem elaborados:
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UNIDADE 5 :: MÓDULO 12 - PÔSTER
SUGESTÕES PRÁTICAS
CorelDraw: programa gráfico vetorial utilizado pela maioria das empresas de plotagem, contudo é
pago e muito caro.
Inkscape: programa gráfico vetorial open source, ou seja, de uso livre. Boa alternativa para quem
não dispõe do CorelDraw.
Power Point: programa de apresentação mais conhecido por fazer parte do conjunto Microsoft
Office.
Sugere-se que, ao final da criação do pôster, gere-se uma versão no formato .pdf (Portable Document
Format, Formato de Documento Portátil), visto que é o formato mais usado para transportar
documentos para impressão.
Subestimar a importância da diagramação. Não deixar nada nas bordas do pôster e espaços vazios
no meio, o que dá uma impressão de desordem.
Usar fontes muito pequenas, pois os pôsteres deverão possibilitar a leitura a aproximadamente 1,5m
de distância.
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- Quais são os cuidados?
O título do projeto, os nomes dos responsáveis e suas instituições devem aparecer em destaque na
parte superior do pôster.
A montagem do pôster deve ser atrativa e apresentar, de forma objetiva, a metodologia e os
resultados da pesquisa.
Textos e imagens devem estar distribuídos de forma organizada ao longo do pôster e as cores
escolhidas devem realçar as mensagens importantes a serem transmitidas.
Deve-se evitar situações que desviem o interesse do assunto principal. Para isso, deve-se reduzir o
texto ao máximo, mantendo o essencial da pesquisa.
Deve-se usar gráficos, diagramas, imagens e fotos, pois estes, quando bem utilizados, podem ajudar a
apresentar as ideias de forma mais sintética.
O pôster pode conter a identificação do local onde a pesquisa foi realizada e uma menção ou logotipos de
patrocinadores que ajudaram na execução do projeto.
Um pôster pode levar muito tempo para sua preparação. Contudo, sua apresentação deve ser rápida (em
torno de 4 a 5 minutos).
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Pôster pode ser definido como:
CATTANI, A. Como se faz um pôster. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Disponível em:
http://www.propesq.ufrgs.br/eventos/documentos/posterSIC2005.ppt
WESTERKAMP C. Como montar um poster bem-sucedido? Universidade Federal do Ceará. Campus de Cariri.
Versão: 5 de junho de 2011.
LEITURAS RECOMENDADAS:
Para aprofundar seus conhecimentos sobre este assunto leia o texto Como montar um poster bem–sucedido,
elaborado pelo professor Christian Westerkamp, da Universidade Federal do Ceará (UFCE).
MÓDULO 13
Neste módulo trataremos sobre como realizar uma apresentação oral, incluindo sugestões para que se
consiga transmitir o essencial da pesquisa de forma clara e compreensível.
Vamos abordar a comunicação corporal e oral e também como nos dirigirmos a diferentes públicos.
- O que são?
A comunicação oral e a comunicação corporal são o modo como nos comportamos e falamos para transmitir
as ideias do trabalho ao apresentá-lo.
É importante que consigamos passar confiança e clareza àqueles que nos ouvem, para que o trabalho tenha
maior credibilidade. O modo como nos comportamos é fundamental para chegar a esse objetivo.
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UNIDADE 2 :: MÓDULO 13 - COMUNICAÇÃO ORAL E CORPORAL
COMUNICAÇÃO ORAL
Podemos listar todos os tópicos que precisamos abordar durante a apresentação e procurar organizá-los em
uma ordem lógica. Faz sentido colocá-los na ordem em que foram colocados no pôster, por exemplo.
É importante não ser repetitivo, pois isso mostra organização e preparo.
Devemos tomar o cuidado de falar sempre com clareza e em um volume adequado ao lugar onde
estamos.
É necessário prestar atenção na velocidade com que falamos para não falar rápido demais. Falar
calmamente, e no tempo estabelecido, demonstra seu preparo e confiança.
Devemos nos concentrar no que estamos dizendo para não nos distrairmos com os ruídos do
ambiente, como carros passando, outras pessoas falando por perto ou celulares tocando.
É a mensagem que os nossos gestos transmitem. Dependendo de como nos comportamos diante de alguém,
podemos mostrar que estamos confiantes ou inseguros, atentos ou desinteressados, etc.
A linguagem corporal envolve desde movimentos de mãos e pés até expressões faciais.
- Como se comportar?
POSTURA:
Manter sempre a postura ereta, com ombros firmes e não caídos. Isso demonstra interesse e atenção ao que
é dito.
OLHAR:
Tomar o cuidado de direcionar o olhar aos ouvintes e sempre diretamente nos olhos da pessoa com quem
está falando. Desviar o olhar o tempo todo mostra insegurança ou até falta de interesse.
MATERIALIZAÇÃO
Tente representar com as mãos e com expressões faciais aquilo que é dito. Se falar de uma estrutura circular,
por exemplo, faça o círculo com as mãos. Mas tome cuidado para não gesticular excessivamente e quando
não houver necessidade, pois isso pode tirar a atenção do ouvinte. Interaja com o material que expõe sua
pesquisa, pôster ou projeção de slides. Apontar quando citar alguma imagem ou gráfico, assim você chama
atenção ao seu trabalho.
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POSTURA EM PALCO
Manter os pés paralelos, na linha dos quadris. As pernas não devem estar nem abertas demais nem
cruzadas.
As mãos podem estar cruzadas na frente, nas costas ou mesmo suspensas no ar.
Evitar andar muito de um lado para o outro, isso pode tirar a atenção de quem assiste.
Sinta-se livre para usar palavras técnicas e específicas do tema de seu trabalho, pois especialistas o
entenderão. Porém, tome cuidado para não usar palavras difíceis de maneira errada só para tentar
impressionar.
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UNIDADE 5 :: MÓDULO 13 - COMUNICAÇÃO ORAL E CORPORAL
PREPARAÇÃO
- Como se planejar?
Tente se informar sobre o local da apresentação, se será um lugar aberto ou fechado, se haverá lugar
para pendurar o pôster ou como exibir uma apresentação em PowerPoint, etc.;
Preveja perguntas que poderão ser feitas por cada tipo de ouvinte, assim poderá ensaiar algumas
respostas;
Tome também o cuidado de escolher roupas e acessórios que o deixem confortável.
Faça uma apresentação para si mesmo em frente ao espelho, prestando atenção aos seus gestos. Uma boa
dica é filmar sua própria apresentação. Quando nos assistimos, percebemos os erros com mais cuidado. Peça
também ajuda a amigos ou familiares para ver se eles entendem o que você está dizendo e para avaliarem
sua postura.
Escrever um roteiro simples e com palavras-chave na sequência do que deve ser falado ajuda a lembrar da
ordem e do que é de fato essencial. Mas não se prenda a ele durante sua apresentação. Acostume-se com o
tempo que terá para a apresentação. Ensaie, tentando explicar sua pesquisa em um tempo entre um e dois
minutos. Pratique falar com naturalidade, em vez de apenas apresentar um texto decorado.
Caso não saiba responder a uma pergunta, não se desespere: pense com calma na pergunta e em possíveis
respostas amparadas pelo seu trabalho.
Valorize a pergunta, mencionando que você nunca havia pensado nisso e quão interessante seria pesquisar
mais sobre o assunto. Não invente respostas.
Caso você perceba que o entrevistador perdeu o interesse, pense se você não está sendo prolixo demais,
tente ser mais objetivo ou até mesmo pergunte quais são os pontos que mais lhe despertaram o interesse,
para que possa abordá-los com mais ênfase.
COMUNICAÇÃO ORAL
Organize uma linha lógica de raciocínio do que deve dizer, sem ser repetitivo.
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Fale sempre com clareza, tomando cuidado com a dicção e com o volume e velocidade da fala.
Escolha a linguagem adequada ao seu público: mais técnica para especialistas, mais simples para
leigos. Seja objetivo com jornalistas.
COMUNICAÇÃO CORPORAL
PREPARAÇÃO
Pesquise sobre o local da sua apresentação para não ter surpresas. Prepare uma lista de perguntas que
poderão ser feitas para que saiba respondê-las. Escolha roupas e acessórios confortáveis.
Qual das opções abaixo mostra uma boa maneira de organizar um discurso?
1. Podemos listar todos os tópicos que temos que abordar, colocando-os na ordem em que serão
falados.
2. Podemos ir falando dos tópicos conforme vamos lembrando de cada coisa.
3. Podemos ir falando dos tópicos, sempre repetindo o que já foi dito.
4. Não há necessidade de organizar o discurso, basta ler o pôster inteiro na hora de apresentar.
Assinale a alternativa que exemplifica algo que não devemos fazer em uma apresentação:
O que fazer ao ouvir uma pergunta que você não sabe responder?
1. Entrar em pânico e tentar de todo jeito encontrar uma resposta para a pergunta.
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2. Refletir com calma sobre a pergunta e pensar em respostas possíveis e amparadas pelos seus
resultados.
3. Sorrir e inventar uma resposta para a pergunta, demonstrando certeza do que diz.
4. Ignorar a pergunta e direcionar a atenção ao próximo ouvinte.
Qual das opções abaixo não deve ser feita em sua preparação para a apresentação?
1. Preparar uma lista de perguntas que poderão ser feitas pelos ouvintes.
2. Escolher roupas e acessórios que não o incomodem para a apresentação.
3. Pesquisar sobre a estrutura do local da sua apresentação.
4. Deixar os ensaios para a última hora, quando ninguém terá tempo de ouvi-lo ensaiar.
LEITURAS RECOMENDADAS:
MÓDULO 14
ORIENTAÇÃO DE PROJETOS
Abordaremos, em detalhes, tópicos sobre o que é orientação e como trabalhar projetos de pesquisa com os
alunos.
- O que é orientação?
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Deve promover a interação entre os alunos e entre os membros da comunidade científica.
Durante a realização de uma pesquisa várias áreas do conhecimento estão entrelaçadas, ou seja,
tem-se a participação dos coorientadores que são os conhecedores de assuntos específicos.
O coorientador auxilia o orientador do projeto no aconselhamento durante a realização do
projeto. Em alguns casos, pode assumir o papel deste em ocasiões em que o orientador não
possa acompanhar os estudantes.
Exemplos de atuação
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Analisar, criticar e discutir junto com o aluno os resultados obtidos e orientar na redação final do
trabalho.
Módulo 14
Orientação de Projetos
Abordaremos, em detalhes, tópicos sobre o que é orientação e como trabalhar projetos de pesquisa com os
alunos.
Introdução
(ANC, 2009)
O que é orientação?
Deve cultivar na mente dos estudantes hábitos científicos, desenvolver suas habilidades de trabalhar em
projetos científicos e ensinar aos alunos como raciocinar em um ambiente científico.
(INTEL®)
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Realizar reuniões periódicas para acompanhar o andamento do projeto, levantar possíveis dúvidas e
discutir os próximos passos;
Estabelecer um cronograma com as etapas do projeto e prazos;
Quando possível, o orientador deve acompanhar os alunos em ação para verificar erros que possam
comprometer o projeto e apontar sugestões enquanto realizam a pesquisa;
Incentivar o pensamento crítico do aluno: não oferecer apenas respostas, levantar perguntas em
conjunto e discutir com o aluno os temas do projeto para que ele cresça como pesquisador;
Indicar fontes de pesquisa e bibliografias dos assuntos que aparecerem ao longo do projeto para
incentivar o aluno a expandir cada vez mais seu horizonte de pesquisa;
Indicar colegas ou especialistas para auxiliar a coordenar o aluno caso não seja especialista no
assunto de pesquisa escolhido pelo seu aluno.
Durante a realização de uma pesquisa várias áreas do conhecimento estão entrelaçadas, ou seja,
tem-se a participação dos coorientadores que são os conhecedores de assuntos específicos.
Exemplos de atuação
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Aprendizagem por projeto
É um ambiente criado para promover a interação entre todos os elementos (aluno, professor, recursos
disponíveis, novas tecnologias), proporcionando a autonomia do aluno e a construção do conhecimento de
distintas áreas do saber, por meio da busca de informações significativas para a compreensão, representação
e resolução de uma situação-problema.
(ALMEIDA, 1999)
(MARTINS, 2007)
O professor deve ser um facilitador e um desafiador às questões cujas respostas os alunos buscam.
Quando os alunos estão empenhados em pesquisas científicas, aprendem a trabalhar e a pensar como
cientistas e desenvolvem habilidades de cientistas.
(INTEL®)
Uma forma de introduzir a aprendizagem por projeto na rotina de aula é: O professor iniciar a aula ou um
novo tópico descrevendo um fato para investigar o problema a ser resolvido.
Exemplo:
Fazer perguntas que possam ser testadas ou desenvolver uma hipótese que possa ser respondida com o
auxílio de uma pesquisa e/ou realização de experimentos.
Exemplo:
Fazer com que os exemplos seja apresentados através de investigação científica.
Discutir várias situações reais sobre as quais o aluno possa refletir e entender o fato/problema a ser resolvido.
Encaminhar o raciocínio dos alunos a pensar de maneira lógica identificando as relações entre as evidências
e explicações. Auxiliar na elaboração de relatórios científicos com os resultados obtidos nas investigações.
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O que é uma pesquisa científica?
Segundo a NRC (2004) as pesquisas científicas são maneiras que os cientistas têm para estudar o mundo e
propor explicações para os fatos ocorridos com base em evidências provenientes de suas investigações.
Refere-se também às atividades em que os alunos desenvolvem seus conhecimentos e compreensão das
ideias científicas.
Observar.
Investigar.
Questionar.
Comunicar os resultados.
Defina qual a melhor estratégia para você, como professor, trabalhar com os alunos: Divididos
em grupos e de quantas pessoas ou será melhor que os alunos trabalhem individualmente?
Esse trabalho de orientação ocorrerá no horário curricular ou em horários extra curriculares?
Definidas as questões anteriores, desperte o pensamento científico de seus alunos.
Oriente os alunos a observarem seu ambiente, a escola, o bairro, a cidade.
Peça para eles listarem curiosidades ou problemas encontrados.
Discuta com os alunos os temas encontrados.
Leve artigos científicos, livros técnicos e converse sobre os temas propostos; leve os alunos à
biblioteca da escola.
Segundo Marconi (2010), o plano de pesquisa pode ser iniciado após uma breve revisão bibliográfica (estado
da arte).
Vale lembrar que esse plano não é estático, pois ao longo da investigação podem ocorrer mudanças no
trabalho proposto.
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A estrutura para o plano de pesquisa (conforme apresentado no módulo 3) é composta por:
Elementos textuais
o Título
o Introdução/Problema
o Justificativa
o Hipóteses ou objetivos (gerais e específicos)
o Materiais e métodos
Elementos pós-textuais
o Cronograma
o Referências
Marconi (2010) afirma que o projeto de pesquisa deve ser planejado com extremo rigor, caso contrário, o
jovem pesquisador, em determinada altura, ficará perdido com uma grande quantidade de dados coletados,
sem saber como utilizá-los ou até mesmo desconhecendo seu significado e importância.
Fechamento
O que é orientação?
Orientação é o relacionamento profissional entre o professor e o aluno.
Este relacionamento deve ser dinâmico para que a pesquisa seja bem sucedida.
Aluno;
Professor;
Recursos disponíveis;
Novas tecnologias.
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Unidade 4 :: Módulo 14 - Orientações de Projetos
Referências
ALMEIDA, M. E. B. Projeto uma nova cultura de aprendizagem. São Paulo: Pontifica Universidade de São
Paulo, 1999.
FELDER, R. M. et al. The future of engineering education. Part 2 Teaching methods that work. Chemical
Engineering Education. North Carolina. 2000. p. 26-38.
MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Fundamentos de metodologia científica. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
NETTO, A. A. O.; MELO, C. Metodologia da pesquisa científica. 3. ed. Santa Catarina: Visual Books, 2008.
Leituras recomendadas:
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FERREIRA, L. M.; FURTADO, F.; SILVEIRA, T. S. Relação orientador-orientando. O conhecimento
multiplicador. Acta Cirúrgica Brasileira, v.24. 2009. 170-172 p.
MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Fundamentos de metodologia científica. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2010.
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