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A EDUCAÇÃO INCLUSIVA EM CLASSES COMUNS

ALVES, Elizabeth Conceição de Almeida. - bethca@terra.com.br


Instituto Panamericano de Educação Assessoria e Consultoria Ltda. - Cuiabá-MT

Resumo
Este artigo resulta da culminância de várias pesquisas bibliográficas onde buscou-se
fazer a verificação do que é a educação inclusiva e quais são os benefícios que ela
proporciona as pessoas com Necessidades Educacionais Especiais.
A inclusão escolar não é um processo rápido,automático e sim um processo gradativo,
além de ser responsabilidade de toda sociedade, que deve sentir-se comprometida,
viabilizando assim , a plena integração do indivíduo.
No entanto através da pesquisa constatou-se que para ser possível evidenciar-se a
inclusão nas classes comuns é necessário um trabalho conjunto entre comunidade,
escola, pais e a busca constante de transformar a mentalidade preconceituosa instalada
na sociedade em que vivemos.
Palavras-chave: Educação Inclusiva – Pessoas com Necessidades Educacionais
Especiais – Classes Comuns.

1- Introdução
“Para entender é preciso esquecer quase tudo o que sabemos. A sabedoria precisa de
esquecimento. Esquecer é livrar-se dos jeitos de ser que se sedimentaram em nós, e que
nos levam a crer que as coisas têm de ser do jeito como são. (...)”. Rubem Alves
Por muitos anos as pessoas com Necessidades Educativas Especiais (a partir de agora
NEE) foram mantidas em completa exclusão social seja pela família ou pela própria
sociedade. Essas pessoas sempre encontraram obstáculos para se sentirem ou estarem
envolvidas no seu contexto social devido as dificuldades de aceitação dos que se
distanciam dos padrões estabelecidos pela sociedade. No entanto, atualmente a
educação vem rompendo barreiras, derrubando paradigmas e formulando novos
conceitos sobre o que é educar e sua finalidade nesse contexto de exclusão. O
movimento inclusivo já é real em algumas escolas onde as pessoas com NEE têm sido
vistas como pessoas capazes de aprender desenvolver-se e serem úteis nessa sociedade.
Neste trabalho pretende-se dar ênfase a educação inclusiva e para melhor compreender a
respeito da inclusão os dados obtidos através dessa pesquisa bibliográfica foram
organizadas em duas categorias. Em primeiro lugar falarei sobre o conceito da educação
inclusiva e em seguida sobre os benefícios que ela proporciona pessoas com NEE.

2 - Educação Inclusiva
A educação inclusiva é um conjunto de processos educacionais decorrente da execução
de políticas articuladas impeditivas de qualquer forma de segregação e de isolamento.
Estas políticas buscam alargar o acesso à escola regular, ampliar a participação e
assegurar a permanência de TODOS OS ALUNOS nela, independentemente de suas
particularidades. Sob o ponto de vista prático, a educação inclusiva garante a qualquer
criança o acesso ao Ensino Fundamental, nível de ensino obrigatório a todo cidadão
brasileiro. De acordo com Fonseca (2003, p. 104), “educar uma criança com
necessidades educacionais especiais ao lado de crianças consideradas normais é um dos
principais basilares da sociedade democrática e solidária”.
Na escola inclusiva o processo educativo é entendido como uma ação social em que
todas as crianças com necessidades especiais e distúrbio de aprendizagem têm o direito
à escolarização o mais próximo possível do normal. Este deve ser dosado de acordo
com as necessidades dos educandos.
Mantoan (2003, p. 32) afirma que
a escola inclusiva [...] provoca uma crise escolar, ou melhor, uma crise de
identidade institucional, que, por sua vez, abala a identidade dos professores e
faz com que seja ressignificada a identidade do aluno. O aluno da escola
inclusiva é outro sujeito, que não tem uma identidade fixada em modelos ideais,
permanentes, essenciais.
Então a Educação Inclusiva exige atendimento de necessidades especiais, não apenas
dos portadores de deficiência, mas de todas as crianças; implica em trabalhar com a
diversidade de forma interativa – escola e setores especializados; requer que crianças
portadoras de necessidades especiais saiam da exclusão e participem de classes comuns.

3 - Benefícios da Educação Inclusiva para pessoas com NEE em Classes Comuns


Comuns são as escolas que operam de acordo com as exigências da Constituição
Federal e da legislação infra-constitucional e cuja autorização de funcionamento ocorre
nos termos da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN e dos
dispositivos complementares de cada sistema de ensino. As classes comuns, por outro
lado, são uma forma de distribuição dos alunos adotadas pelas escolas comuns em
função do nível de conhecimento destes. Na educação básica, as escolas e classes
comuns são organizadas com regras comuns previstas no artigo 24 da LDBEN.
A inclusão dos alunos com NEE em classes comuns torna-se um grande benefício
principalmente para os estudantes sem deficiência, pois a grande maioria descobre ser
capaz de atos solidários e cooperativos desde cedo, tornando-se mais compreensivos,
tolerantes e confiantes nas relações com os outros. As ofertas no atendimento na Classe
Comum passam a abranger também a atuação de professor da educação especial, de
professores intérpretes das linguagens e códigos aplicáveis – Língua de Sinais, Sistema
Braille, instrutores surdos e itinerância. Há também a oferta de atendimento na Sala de
Recursos, na qual o professor da educação especial realiza a complementação e/ou
suplementação curricular, utilizando equipamentos e materiais específicos. As escolas
passam a fazer adequação física dos edifícios para receberem os alunos.
Pode-se dizer ainda que, a inclusão escolar é benéfica devido ao fato de a educação
atender todas as pessoas, independente de suas habilidades e/ou dificuldades. E também
por não esquecer o direito do cidadão. As escolas são construídas para promover
educação para todos; portanto, todos têm direito de participar ativamente da sociedade
da qual fazem parte. É direito de toda criança ter uma educação de qualidade em que
suas necessidades possam ser atendidas possibilitando desenvolver seus lados
cognitivos, emocionais e sociais. Mantoan (2003, p. 15) comenta:
A escola se entupiu do formalismo da racionalidade e cindiu-se em modalidade
de ensino, tipos de serviço, grades curriculares. Uma ruptura de base em sua
estrutura organizacional, como propõe a inclusão, é uma saída para que a escola
possa fluir, novamente, espalhando sua ação formadora por todos os que dela
participam.

Conclusão
Com clareza podemos concluir que a Educação Inclusiva é um desafio constante para
todos os profissionais da educação e para a sociedade em geral, pois a inclusão é um dos
princípios fundamentais para a transformação humanizadora desta sociedade do terceiro
milênio. Continuo acreditando em uma educação pautada na cooperação, na
criatividade, na reflexão crítica, na solidariedade e preparada para atender a uma
diversidade maior de alunos tendo que se adaptar a metodologias diferenciadas e na
busca de reconhecimento do outro independente de suas condições sociais, intelectuais
ou físicas.
Referências Bibliográficas
FONSECA, Vítor da. Tendências futuras da educação inclusiva. Educação, Porto
Alegre, v. 49, p. 99-113, mar. 2003.
LDBEN, Lei Nº 9.394/2006 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional). Brasília,
2006.
MALUF, Angela Cristina Munhoz. Educação Inclusiva. Instituto Panamericano de
Educação. Cuiabá, 2009.
MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Inclusão Escolar: O que é? Por quê? Como fazer?
São Paulo: Moderna, 2003.
RONEY, Mario. Legislação e Políticas Públicas na Educação. Instituto Panamericano
de Educação. Cuiabá, 2009.

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