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Eucaliptocultura e
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desenvolvimento socioambiental
Suzano Papel e Celulose
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0800-774-7440
suzanoresponde@suzano.com.br
O selo FSC garante que este livro foi impresso em papel feito com
madeira de reflorestamentos certificados de acordo com rigorosos
critérios sociais, ambientais e econômicos estabelecidos pela
Florestas 23
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desenvolvimento socioambiental
Glossário 58
Manejo sustentável 31
Bibliografia 60
Desenvolvimento regional 43 Créditos 61
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plantadas geram
riqueza social
e conservam o
e no mundo
O
plantio florestal, em geral, e a eucaliptocultura, em
particular, tornaram-se uma importante atividade
produtiva no Brasil, fonte de riqueza e desenvolvimento
social, bem como de conservação ambiental. As florestas
plantadas são fontes de matéria-prima para várias fina-
Florestas plantadas convivem em lidades, contribuindo decisivamente para a preservação
harmonia com reservas naturais
de matas nativas.
fogões domésticos e
caldeiras de locomotivas:
assim o eucalipto
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Eucalipto no Brasil
Os primeiros eucaliptos chegaram ao Brasil como planta orna- se popularizar no Brasil no fim dos anos 1940. Conquistando
mental em 1825, no Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Em 1868, espaço como fonte alternativa de energia, o eucalipto reduziu
começou a ser plantado no Rio Grande do Sul para a produção a pressão sobre as florestas nativas.
de lenha e formação de quebra-ventos. Até os anos 1960, a área plantada no Brasil era de aproximada-
No início do século 20, Edmundo Navarro de Andrade, cientista mente 400 mil hectares. Esse quadro mudou radicalmente com
e diretor do Serviço Florestal da Companhia Paulista de Estradas os incentivos fiscais para projetos de reflorestamento lançados
de Ferro do Estado de São Paulo, pesquisou várias espécies flo- em 1966 pelo governo brasileiro. O plantio de eucalipto se
restais para produzir dormentes e energia para as locomotivas a multiplicou, principalmente nas Regiões Sul e Sudeste, onde a
vapor. Depois de muitos estudos, optou pelo eucalipto, tornando- cobertura de florestas naturais já era reduzida.
se o pioneiro na eucaliptocultura no Brasil. Em 1973, um relatório da FAO indicava que a área plantada
Plantado em larga escala no fim da década de 1930, o euca- com eucaliptos no Brasil era a maior do mundo, acima de 1
lipto começava a ser utilizado como combustível na indústria milhão de hectares, mais do que o dobro da área plantada na
siderúrgica e nos fogões domésticos – o gás liquefeito de Índia, segunda colocada. Hoje, a área plantada com eucalipto
petróleo (GLP) como combustível doméstico só começou a no Brasil já supera 3,7 milhões de hectares.
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Eucalipto
Mata
350 l/kg
Atlântica
1.200 mm/ano Cana-de-açúcar
500 l/kg
Milho
1.000 l/kg
Floresta Soja
Amazônica 2.000 l/kg
1.500 mm/ano
Fonte: SIF Fonte: UFV
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Carol Rodrigues
vem atraindo um
número crescente
de pequenos e médios
Florestas
N
a história da humanidade, a madeira foi por muito
tempo a principal fonte de energia, além de matéria-
prima essencial para a construção de moradias e meios
de transporte, e também para a confecção de móveis, de
ferramentas e de utensílios. Com o crescimento da popu-
lação mundial e o aumento da demanda, a sociedade foi
percebendo que as fontes de madeira se esgotariam se os
seus ciclos de renovação e crescimento não fossem respei-
tados. Assim surgiram os primeiros plantios florestais.
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Florestas plantadas
importante papel na retenção da umidade trazida pelas chuvas,
País
(milhões de hectares) na absorção do carbono presente na atmosfera, mitigando as
1º China 45,1 causas do efeito estufa e do aquecimento do planeta.
2º Índia 32,5 No Brasil, é crescente a área de florestas cujo manejo é cer-
3º Rússia 17,3
tificado por instituições reconhecidas – uma garantia de que o
4º EUA 16,2
empreendimento cumpre a legislação ambiental e trabalhista,
5º Japão 10,6
além de promover o bem-estar das comunidades.
6º Indonésia 9,9
7º Brasil 5,2
8º Tailândia 4,9
9º Ucrânia 4,4
10º Irã 2,2
Outros 43,3
Total 191,6
Fonte: FAO, 2007, Revista Sustentabilidade
do Setor Florestal – Bracelpa
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de pioneirismo,
inovação e
desenvolvimento em
parceria com
a sociedade
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Manejo sustentável
A produção
florestal em
E
m todas as nossas áreas de plantio, realizamos ma-
nejo florestal sustentável – conjunto de tecnologias e
harmonia com o
práticas de gestão capaz de conciliar o cultivo do eucalipto
de forma economicamente viável, com a conservação dos meio ambiente e
recursos naturais, a preservação ambiental e o respeito
às comunidades. as comunidades
Pioneirismo em
Inovação mundial
celulose de eucalipto Em 24 de agosto de 1957, a Companhia Suzano produziu suas
primeiras 30 toneladas de celulose branqueada a partir do euca-
A trajetória da nossa Empresa é marcada pelo pioneirismo,
lipto. O feito foi o primeiro no Brasil e nas Américas. Em pouco
inovação e compromisso com o desenvolvimento econômico e
tempo, a Companhia Suzano passou a fabricar papel com 30%
social. Até os anos 1950, toda a produção brasileira de papel era
de celulose de eucalipto. A quantidade foi crescendo até que, em
feita a partir de celulose de pinus, matéria-prima importada, cujo
1960, pela primeira vez no mundo, foi produzido um bom papel
abastecimento era sujeito a interrupções e períodos de escassez. com 100% de celulose branqueada de eucalipto.
Percebendo nesse inconveniente uma grande oportunidade de Começa aqui uma grande transformação em toda a indústria
negócio, Leon Feffer e seu filho Max Feffer conduziram um pro- de papel e celulose de alcance mundial. Num primeiro momento,
cesso de pesquisa, em parceria com a Universidade de Gainsville a novidade ajudou o País a superar sua dependência da celulose
– Flórida, com diversas espécies florestais, além de outras culturas, importada. Com o aumento da produção, em 1978, passamos a ser
como sisal e o bagaço de cana, em busca de novas fontes de exportadores dessa matéria-prima, que hoje é um item importante
matéria-prima. O eucalipto apresentou os melhores resultados. na pauta do comércio externo brasileiro.
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ISO 14001
Gestão e tratamento eficaz dos aspectos ambientais. Primeira do
setor de papel e celulose no mundo a receber este certificado.
OHSAS 18001
Reconhece que a Empresa realiza a gestão adequada de segurança
e saúde ocupacional.
Plantio em mosaico
e cultivo mínimo
Uma das técnicas de manejo sustentável que adotamos é o
plantio em mosaico, com talhões menores, entremeados por ve-
getação nativa, formando corredores ecológicos para que a fauna
e flora possam circular livremente. Procuramos, também, dividir
as áreas de plantio em sete setores, plantando um a cada ano de
forma rotativa. Como o eucalipto é colhido aos sete anos, agindo
dessa forma reduzimos o impacto ambiental e visual. Adotamos
a técnica de cultivo mínimo, mantendo o resíduo da colheita (fo-
lhas, cascas e galhos) no terreno para, assim, agregar nutrientes
ao solo, protegê-lo da erosão e preservar a umidade.
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Viveiro de Alambari
Edson Endrigo
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conservação do ecossistema, ampliando assim o número de agentes phila frontalis) e o papagaio-verdadeiro (Amazona aestiva).
comprometidos com a recuperação de sua biodiversidade. Na Bahia, as áreas da Empresa abrigam a araponga (Procnias
A Suzano Papel e Celulose é uma das coordenadoras do Diálogo nudicollis) e o papagaio-chauá (Amazona rhodocorytha),
junto com outras empresas e ONGs. espécies também ameaçadas.
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Desenvolvimento regional
A
creditamos que o bom desempenho empresarial pode A Suzano integra
levar prosperidade para todos os elos da cadeia pro-
dutiva, para as comunidades próximas às nossas unidades operações competitivas
industriais e florestais e para o conjunto da sociedade. Por
e ecoeficientes que
isso, elaboramos um Plano Diretor de Relações com a Co-
munidade, que determina nossas ações nos 40 municípios
beneficiam a cadeia
em que atuamos prioritariamente e orienta os projetos e os
programas que elaboramos em parceria com a comunidade produtiva
nas áreas de educação, geração de renda, conservação do
meio ambiente, promoção cultural e da cidadania. e a comunidade
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Para potencializá-las, desenvolvemos vários programas voltados à dução de celulose e papel podem ser usados como matéria-prima
geração de renda e formação profissional, que contribuem para para confeccionar objetos artesanais. O Programa Comunidade
Núcleo de artesanato
de São José, Alcobaça (BA)
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Educação ambiental
Procuramos estimular a educação ambiental e as práticas eco-
lógicas nas comunidades em que estamos presentes e em todos
os nossos relacionamentos.
Projeto Trilhas – É um programa de visitas guiadas em trilhas
estruturadas em áreas de reservas de florestas nativas no sul da
Bahia (Mucuri e Caravelas) e em São Paulo (Itatinga). Com esse
projeto, compartilhamos nossos conhecimentos sobre florestas
nativas e oferecemos à comunidade um espaço voltado à edu-
cação ambiental e ao lazer.
Projeto Sementeira – Desenvolvido nos municípios do sul
da Bahia, capacita professores da rede pública para a educação
ambiental, estimulando a consciência e as práticas dos alunos e
das comunidades. Iniciado em 1999, o projeto capacitou mais de
Escola João Martins Peixoto, em Nova Viçosa, reformada pelo
Programa de Recuperação de Escolas Rurais, em 2007 1.500 professores e envolveu mais de 43 mil estudantes.
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O Programa Ler é Preciso, desenvolvido pelo Instituto Ecofutu- e membros da comunidade. Já foram implantadas 70 bibliotecas
ro, articula um conjunto de projetos voltados para a formação comunitárias em sete estados brasileiros, com mais de 116 milhões
educacional de indivíduos e comunidades por meio de ações que de livros doados e 1.822 moradores capacitados.
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Apoio às cooperativas
A percepção de que não existiam no mercado opções de crédito
acessíveis às cooperativas de catadores de material reciclável,
e de que isso era um entrave ao seu desenvolvimento, levou a
Suzano Papel e Celulose e o Instituto Ecofuturo a articularem o
Programa Investimento Reciclável, desenvolvido em parceria com
o Banco Real e a Fundação Avina. O objetivo é oferecer acesso aos
recursos financeiros e capacitação para que os catadores ampliem
Publicações impressas em Reciclato® sua autonomia, aperfeiçoem seus mecanismos de autogestão,
melhorem sua produtividade e seus resultados. Na fase piloto
(2007-2008), foram selecionadas cinco cooperativas e associações
da região metropolitana de São Paulo.
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adequado para o ecoturismo e a educação ambiental. do Parque das Neblinas gerou um modelo de operação sus-
tentável de áreas de conservação ambiental que será aplicado
em outras áreas de reserva da Suzano Papel e Celulose. Esse
modelo articula metodologias de manejo florestal visando a
conservação e a produção sustentável, visitação pública com
foco na integração homem-natureza e forte interação com a
Passeio de caiaques no
Parque das Neblinas, comunidade do entorno.
área de Mata Atlântica,
na Serra do Mar, entre
Bertioga e Mogi das Cruzes
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Empresa cidadã
Conscientes da importância do exercício da cidadania empre-
sarial, participamos das entidades representativas do setor de
celulose e papel e dos fóruns nacionais e internacionais dedicados
ao desenvolvimento sustentável. Nossa Empresa é membro do
World Business Council for Sustainable Development (WBCSD),
um dos mais importantes fóruns de sustentabilidade do mun-
do. Também participa do Conselho Nacional de Florestas e do
Comitê de Florestas da Organização das Nações Unidas para a
Reconhecimento
Agricultura e Alimentação (FAO/ONU), integra o Chicago Climate Em 2007, entre outros destaques, fomos escolhidos, pelo quarto
Exchange, principal fórum de negócios com créditos de carbono ano conscutivo, empresa-modelo pelo Guia Exame da Sustentabi-
provenientes de florestas plantadas, e o The Forest Dialogue, lidade e, pelo terceiro ano consecutivo, fomos selecionados para
organismo da Universidade de Yale, Estados Unidos, que reúne compor o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da Bolsa
organizações de todo o mundo. de Valores de São Paulo.
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Fragmento Mosaico
Remanescente de ecossistema natural, isolado por barreiras naturais ou criadas Sistema de plantações florestais em que os talhões de plantio são diversificados
pelo homem. quanto à idade e alternados com áreas de conservação
Suzano Responde:
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Abraf – Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas Fundação Florestal – Fundação para a Conservação
www.abraflor.org.br e a Produção Florestal do Estado de São Paulo
www.fflorestal.sp.gov.br
Ambiente Brasil – Site de assuntos ambientais
www.ambientebrasil.com.br Global Compact
www.unglobalcompact.org
Bracelpa – Associação Brasileira de Celulose e Papel
www.bracelpa.org.br Ibama – Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
www.ibama.gov.br
DEPRN – Departamento Estadual de Proteção dos Recursos Naturais,
Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo IEF – Instituto Estadual de Florestas (MG)
www.ambiente.sp.gov.br/deprn/deprn.htm www.ief.mg.gov.br
Embrapa Florestas – Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias Imaflora – Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola
– Área de Atuação Florestas www.imaflora.org
www.embrapa.br/linhas_de_acao/temas_basicos/florestas/index_html/mos-
tra_documento Ipef – Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais
www.ipef.br
FAO – Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação
www.fao.org PNF – Programa Nacional de Florestas
www.mma.gov.br
Florestar São Paulo – Fundo de Desenvolvimento Florestal
www.florestar.org.br SEIA – Sistema Estadual de Informações Ambientais da Bahia
www.seia.ba.gov.br
FSC Brasil – Conselho Brasileiro de Manejo Florestal
www.fsc.org.br SBS – Sociedade Brasileira de Silvicultura
www.sbs.org.br
Funatura – Fundação Pró-Natureza
www.funatura.org.br UFV – Universidade Federal de Viçosa
www.ufv.br
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Coordenação geral
Cristiane Malfatti
Gerência de Comunicação Corporativa e Responsabilidade Social
Redação e edição
Luci Ayala – Link Editorial
Revisão
Jô Santucci
Edição de arte
D’Lippi design+print
Fotos
Ricardo Teles
Ilustrações
Miadaira
Impressão
D’Lippi.print
gráfica certificada FSC
11 3031-2900
Capa impressa em papel Duo Design® 250 g/m2 e miolo impresso em papel Couché Matte® 150 g/m2 da Suzano Papel e Celulose,
produzido a partir de florestas renováveis de eucalipto. Cada árvore utilizada foi plantada para esse fim.
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