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INTRODUÇÃO

Este trabalho teve como finalidade, diante da repercussão que o instituto da guarda
compartilhada tem causado em toda a sociedade, buscar realizar uma análise jurídico-social
acerca do tema da Guarda Compartilhada de acordo com a Lei 11.698/08, especialmente no que
versa sobre sua aplicabilidade em situações de separações litigiosas. É importante ressaltar que
todo e qualquer estudo sobre formas de definição da guarda de crianças em casos de ruptura, ou
da não-existência, do laço conjugal de seus genitores, assume grande significado na sociedade,
onde cada vez mais se diversificam as formas de organização familiar.
Sendo assim, é inquestionável a importância do papel desempenhado pelas instituições
familiares na sociedade, pois elas são o primeiro ente coletivo no qual o indivíduo estabelece uma
convivência de maneira grupal, e onde recebe diretrizes educacionais que irão refletir durante
todo o seu processo de desenvolvimento.
Todavia, com o advento da Lei nº 11.698/08, a guarda compartilhada foi posta em
situação prioritária, podendo essa ser estabelecida perante acordo entre as partes (desde que, seja
judicialmente homologado) ou, havendo litígio, ser imposta por sentença proferida pela
autoridade judicial. Neste último caso, o magistrado deverá analisar a gravidade da situação e
tentar resolvê-la da melhor maneira possível para os filhos, como se mostrará no decorrer da
pesquisa. A lei supramencionada foi elaborada a fim de positivar infraconstitucionalmente o
modelo de guarda compartilhada que já existia na jurisprudência, reforçando assim a relevância
que este instituto representa para as famílias brasileiras contemporâneas.
Cabe ressaltar que o instituto da guarda compartilhada vem sendo cada vez mais objeto de
discussão doutrinária e jurisprudencial no Brasil, principalmente no tocante à sua aplicabilidade
nas situações de separação litigiosa dos casais, em que muitas vezes os filhos acabam sendo os
principais atingidos. Esse modelo de guarda pressupõe um convívio harmônico e uma relação de
cooperação e respeito mútuo entre os pais, em tudo o que diz respeito à prole, e é justamente por
essa razão que questionamos a atribuição desse modelo nas separações litigiosas.
O presente trabalho será dividido em Capítulos, sendo que o Capítulo I abordará o
histórico de Guarda, como espécies, distinções, princípios e direitos e deveres em relação dos
pais aos filhos; o Capítulo II foi fundamentado em toda uma leitura bibliográfica, abordando as
bases conceituais e fundamentais de família que dão subsidio ao estudo; e, no Capítulo III,
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apresenta todo o processo de Guarda Compartilhada, como sua evolução, previsão legal, prós e
contras, vantagens e desvantagens, assim como sua aplicabilidade nas separações litigiosas.
É certo, que a família vem sofrendo profundas e constantes modificações no decorrer da
história, principalmente no mundo pós-globalizado, no qual os conflitos entre os casais muitas
vezes resultam no fim da sociedade conjugal e dão origem ao modelo de família monoparental.
Surge então a problemática referente à atribuição da guarda dos filhos. Dessa forma, questiona-
se: A guarda compartilhada atende ao melhor interesse do filho menor em virtude da disputa que
sobrevém do relacionamento litigioso dos genitores?
Assim, o objetivo geral desta pesquisa é demonstrar como a guarda compartilhada em
casos de separação litigiosa pode ser aplicada e de alguma maneira ser benéfica tanto para os
pais como para os filhos em processo de formação, e especificamente, fazer uma análise jurídico-
social a respeito da guarda compartilhada, tendo como enfoque principal a sua aplicabilidade em
casos de separações litigiosas; Pesquisar sobre separações litigiosas e suas conseqüências nas
relações familiares e no desenvolvimento dos filhos; e, Expor algumas decisões relativas à guarda
dos filhos menores, atendendo incondicionalmente ao Princípio do Melhor Interesse da Criança e
do Adolescente.
A pesquisa se caracteriza como uma pesquisa qualitativa bibliográfica analítica, onde
consta de Revisão e Pesquisas bibliográficas, tendo como instrumentos de pesquisa artigos,
fichamentos e livros, que fundamentaram o trabalho, e que auxiliou na construção teórica e no
embasamento nos primeiros passos para definir a pesquisa sobre A Aplicabilidade da Guarda
Compartilhada nas Separações Litigiosas à Luz da Lei nº 11.698/08. Os dados coletados são de
fontes secundárias, colhidos na doutrina, na jurisprudência e através de pesquisa em artigos,
livros e fichamentos, com foco para a Constituição Federal de 1988, no Código Civil/ 2002 e no
Estatuto da Criança e do Adolescente. Para uma execução mais eficiente de pesquisa, este
trabalho contou com referencias de obras de grandes nomes que defendem Direito da Família,
como Sílvio Neves Baptista, Paulo Luiz Netto Lobo e Euclydes de Souza.
Os dados da pesquisa foram analisados, através da coleta de informações e assuntos
relacionados ao tema de pesquisa, do qual se fez uma junção contendo todas as informações
necessárias para a execução deste trabalho, ao qual se defenderá em favor da Guarda
compartilhada em casos de separação litigiosa.
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A inserção desta lei no ordenamento jurídico constituiu um grande avanço para o Direito
de Família, e deve ser discutido, posto que, muitos condenam a guarda compartilhada num
processo de separação litigiosa, dando mais ênfase a relação dos ex conjugues, do que com seus
filhos, que necessitam de um ambiente familiar harmônico, o que se respalda informar, baseado
em obras de vários especialistas do Direito da família, ser possível haver a guarda compartilhada,
mesmo em litígio Surgem então as controvérsias acerca das vantagens e desvantagens que esse
instituto pode proporcionar às famílias, e especialmente aos filhos.
Diante disso, se faz necessário e imprescindível que todos possam conhecer um pouco a
respeito da guarda compartilhada, já que muito se houve falar sobre ela, porém poucos têm
conhecimento das vantagens e desvantagens que ela pode acarretar.
É necessário que a sociedade tome consciência de que os conflitos existentes entre os
casais não podem, de forma alguma, interferir no relacionamento entre pais e filhos, tendo em
vista que o ambiente familiar influencia de maneira decisiva para a formação do indivíduo como
cidadão.

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