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Estadual de Londrina
CENTRO DE ESTUDOS SOCIAIS APLICADOS
ESCOLA DE GOVERNO
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM FORMULAÇÃO E GESTÃO
DE POLÍTICAS PÚBLICAS
MARIZA GARBE
Londrina
2008
MARIZA GARBE
O ACESSO À EDUCAÇÃO: A SITUAÇÃO DOS SURDOS
Londrina
2008
MARIZA GARBE
____________________________________
Prof. Gerson Antonio Melatti
Orientador
Universidade Estadual de Londrina
____________________________________
Profa. Rossana Lott Rodrigues
Membro
Universidade Estadual de Londrina
___________________________________
Profa. Lucia Helena Machado do Carmo
Membro
Universidade Estadual de Londrina
DEDICATÓRIA
RESUMO
1. INTRODUÇÃO........................................................................................ 8
2. OBJETIVOS............................................................................................ 9
3. METODOLOGIA..................................................................................... 10
4. REFERENCIAL TEÓRICO..................................................................... 11
4.2 INCLUSÃO........................................................................................... 15
4.6 BILINGÜISMO...................................................................................... 33
CONCLUSÃO............................................................................................. 49
REFERÊNCIAS........................................................................................... 52
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1. INTRODUÇÃO
De acordo com o Censo realizado em 2000 pelo IBGE no Brasil existem 24,5
milhões de pessoas portadoras de algum tipo de deficiência, o que representa
14,5% da população brasileira.
2. OBJETIVOS
3. METODOLOGIA
4. REFERENCIAL TEÓRICO
múltipla, é de que a deficiência motora assume maior relevo a partir dos 25 anos de
idade, refletindo a importância dos acidentes, das violências e de certas doenças na
gênese desta deficiência. Assinala também, que quanto maior o número de idosos,
maior é a prevalência de incapacidades da visão e da audição. Por outro lado, é
elevado o número de casos de deficiência múltipla nos municípios mais pobres.
de 4,3% entre crianças até 14 anos, e 54% nos indivíduos com mais de 65 anos
(IBGE, 2003).
4.2 INCLUSÃO
Por definição é claro, acreditamos que alguém, com um estigma não seja
completamente humano. Com base nisso, fazemos vários tipos de discriminação,
através das quais efetivamente e, muitas vezes sem pensar, reduzimos suas
chances de vida. Construímos uma teoria do estigma, uma ideologia para explicar
a sua inferioridade e dar conta do perigo que ela representa, racionalizando
algumas vezes uma animosidade baseada em outras diferenças tais como as de
classe social. Utilizando termos específicos de estigmas como: aleijado, bastardo,
retardado, em nosso discurso diário como fonte de metáfora e representação sem
pensar no seu significado original (GOFFMANN, 1978, p. 15).
pode mudar sua significação dependendo dos diversos olhares que se lançam sobre
elas. Isto significa que o olhar dos pais sobre os filhos, dos professores sobre os
alunos, das instituições sobe os indivíduos, contribuem para a criação dos estigmas.
Essa participação, além de ser fator de troca de experiências, faz com que o
aluno procure adaptar-se ao ambiente, à convivência com pessoas diferentes, ao
ritmo dos colegas e ao maior ou menor grau de aceitação? Isso o ajudará a forjar
sua personalidade, a aceitar-se como é, a entender o verdadeiro grau de suas
habilidades e limitações e assim, aprender a viver e a competir com os colegas, não
obstante sua deficiência. O aluno portador de necessidades especiais não interfere
no progresso do grupo.
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um lugar onde todos são iguais; que os portadores de deficiência, mesmo sendo
“diferentes”, merecem respeito, amizade e afeto. Aprendem também que existem
muitas formas de ajudá-las, em suas necessidades, inclusive educacionais.
Crescem, enfim, com uma visão menos preconceituosa dos indivíduos portadores de
deficiência, deixando de lado barreiras psicológicas que só conduzem à sua
estigmatização e segregação.
Desta forma, está lançado um grande desafio aos educadores para encontrar
formas, ações, criar condições e facilidades para a provisão de recursos
educacionais apropriados.
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Quanto mais precisa e eficaz for a identificação, tanto mais perfeita pode ser a
intervenção precoce.
Ao primeiro contato dos pais com a escola, o educador precisa saber como
eles vivenciam a criança deficiente, que grau de ansiedade lhes despertam, seus
fracassos, que mecanismos usam para defender-se dessa ansiedade. Deixar os pais
à vontade ao fazer uma entrevista, onde o educador conduzirá as perguntas que
maior número de informações proporcionar ao educador.
Fonseca (1987, p. 55) afirma que: “Há que envolver os pais no processo de
integração, visto que são os primeiros agentes da intervenção educacional. É
recomendável que os pais sejam vistos como co-terapeutas, como primeiros
educadores por excelência”.
pela família passando em seguida, à instituição escolar regular. Pois essa escola é
onde todos estudam
contou com a contribuição do Instituto l’Eppe, podendo ser descrita como um método
que utiliza sinais formados com movimentos das mãos que representam a linguagem
(Figura 1). As formas das mãos podem ser datilologia (alfabeto manual) feita pela
nitidez. Entre as palavras soletradas, é melhor fazer uma pausa curta ou mover a
existentes.
todas as pessoas que convivem ou trabalham com surdos ou que tenham interesse
As línguas de sinais são, pois, tão naturais quanto às orais para todas as pessoas
ouvintes. E para os as pessoas surdas são mais acessíveis devido ao bloqueio oral
auditivo que apresentam, porém não são menos complexas por isso.
facilmente para ativar seu potencial lingüístico e relacionar-se com os outros como
deverá propiciar condições para que o aluno reflita com gestos sinais, marcas,
desenhos e escrita. Desse modo, o texto oral e escrito será o centro do trabalho no
de ser entendida. Por isso a questão dos surdos preocupa tanto, principalmente no
que registre as idéias e emoções que expressam pelos gestos das línguas de sinais.
A LIBRAS, sendo uma linguagem, possui organização interna que define seu
formação de identidade
4.6 BILINGÜISMO
Hoje, há escolas no Brasil que, mesmo ainda sem uma proposta bilíngüe, têm
se tornado fator de integração da cultura surda brasileira porque as crianças, jovens
e adultos se comunicam em Libras, e muitos professores destas escolas já sabem
ou estão aprendendo esta língua com instrutores surdos.
Por outro lado, várias escolas, em cidades ou estados que não possuem
associação de surdos, trabalham ainda somente com uma metodologia oralista e as
crianças surdas destas escolas desenvolvem um dialeto entre elas para uma
comunicação mínima, mas estas ficam totalmente desintegradas da Cultura Surda
brasileira e a maioria não tem um bom rendimento escolar.
Como em outros países, os surdos vêm lutando para terem escolas para
surdos porque acreditam que através de um ensino que atenda eficazmente suas
necessidades lingüísticas e culturais, eles poderão se integrar e estar em condições
de igualdade com os ouvintes quando disputarem, em concurso, uma vaga para
universidades ou empregos.
Uma política educacional que leve em conta a realidade e tradição dos surdos
no Brasil poderá reverter o atual quadro de insatisfação, em relação à qualidade da
educação para surdos, que prevalece nas comunidades surdas.
Segundo Stumpf (2002) a escrita de sinais está para os surdos, como uma
cultura. Uma escrita própria sempre fez falta para os surdos, vivendo com isso uma
grande limitação, uma vez que a LIBRAS, sua língua materna, foi reconhecida
acabar com essa ilusão de deficiência verbal e oferecer uma relação mais adequada
uma pessoa não significa torná-la normal. Significa dar a ela o direito de ser
Foi a partir dos anos 60 que o movimento pela integração social começou a
com dificuldades, onde cada deficiente auditivo, termo utilizado em leis, deve ser
Initiative 1985), que tinha como objetivo colocar o maior número de pessoas
O ser humano pensa que as dificuldades existentes não têm mais jeito de
bases teóricas e seus serviços são destinados aos alunos com necessidades
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Segundo Borja (1994, p.80). “Acredita-se que o desafio que nos está sendo
legitima com a autoridade necessária para que ela seja útil e igualmente proveitosa
para todos”.
a situação.
da aprendizagem da vida;
ajuda médica;
decisão.
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educação precoce;
pré – escolar;
1ª à 8ª séries;
profissionalização.
Como, no presente, este não é o caso, uma vez que a grande maioria dos
surdos não ingressa nas universidades e o único meio de apresentar alguma
possibilidade para que aqueles que têm aspiração a uma carreira que requeira o
desenvolvimento de habilidades intelectuais e técnicas no sistema educacional
superior, seria uma adaptação na aplicação de provas e no processo de avaliação
do vestibular das universidades brasileiras.
Neste sentido, Souza e Silva (2005) afirmam que é preciso que haja um
compromisso ético do professor ao tentar responder adequadamente às diferentes
situações que surgirão, na maioria das vezes, de forma imprevisível. É necessário
entendimento diante de situações que estão fora do seu próprio contexto de vida, de
forma a enfrentar adequadamente o ocorrido, fazendo deste uma oportunidade de
aprendizagem.
5. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
JOVER, Ana. Inclusão: qualidade para todos. Revista Escola, São Paulo, n.123,
p.11 – 15. Jun.1999.
SASSAKI, Romeu K. Como chamar as pessoas que tem deficiência? In: Vida
independente: história, movimento, liderança, conceito, filosofia e
fundamentos. São Paulo: RNR, 2005, p.12-16.
WERNECK, Claudia. Ninguém mais vai ser bonzinho na sociedade inclusiva. Rio de
Janeiro: WVA, 1997.