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FACULDADE BRASILEIRA MULTIVIX VITÓRIA

Franco Pessini

Atividade de Psicologia do Desenvolvimento

Vitória
2016
Franco Pessini

Estilos Parentais

"Estudo sobre os Estilos Parentais e sua


relação com o desenvolvimento do Apego.",
para a disciplina de Desenvolvimento
Humano do Curso de Psicologia da
Faculdade Brasileira Multivix Vitória, como
requisito para obtenção de nota.

Professora: Grace Rangel Felizardo Lorencini


Matéria: Desenvolvimento Humano
Turma: Turma PSI01NA

Vitória
2016
Sumário

Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3

Importância dos Estilos Parentais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4

Descrição dos Estilos Parentais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5

Exemplificação dos Estilos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7

Implicações no comportamento da criança . . . . . . . . . . . . . . . . . 9

Tipos de Apego desenvolvidos por cada Estilo . . . . . . . . . . . . . . 10

Referências . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
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Introdução

O objetivo deste trabalho consiste em fazer um estudo sobre a importância


dos estilos Parentais, descrevendo-os, analisando suas implicações no
comportamento da criança e relacionando os possíveis tipos de Apego
desenvolvidos por cada Estilo.
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Importância dos Estilos Parentais:

Os Estilos Parentais são de grande importância para o desenvolvimento


humano. A educação familiar que as crianças recebem é determinante para o que
elas se tornarão quando adultas, por isso, é muito importante que se saiba a melhor
maneira de educar e se relacionar com os filhos, tendo como base a influência dos
pais em aspectos comportamentais, emocionais e intelectuais dos filhos.
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Descrição dos Estilos Parentais:

Considerando os Estilos Parentais definidos por Diana Baumrind (1971,


1996b; Baumrind e Black, 1967) podemos dividi-los em quatro grupos: autoritário,
democrático, permissivo e negligente. Esses grupos definem um conjunto de
atitudes e práticas que estão ligadas às questões de poder, hierarquia, apoio
emocional e estímulo à autonomia que os pais têm com seus filhos, refletindo os
valores que os pais consideram importantes e tentam transmitir aos filhos.
O estilo autoritário é quando os pais tentam controlar e moldar o
comportamento da criança de forma rígida e autoritária, não se preocupando em
explicar ou discutir o porquê das normas impostas e ameaçando ou punindo a
criança de forma rigorosa quando ela não cumpre com as regras estabelecidas.
Essa autoridade exigente, intolerante e pouco compreensiva resulta na
submissividade e conformismo dos filhos, fazendo com que a criança apresente
problemas de comportamento, podendo demonstrar hostilidade e agressividade
contra figuras de autoridade.
O estilo democrático é caracterizado por pais tolerantes, ainda que exista
uma exigência por parte dos educadores, mas com uma reciprocidade entre pais e
filhos. Há uma maior interação entre pais e filhos, incentivando a autonomia e
ouvindo as opiniões, o que possibilita uma negociação dos compromissos. Os limites
são bem definidos e os pais deixa bem claro até onde os filhos podem ir. A disciplina
é induzida de forma gradual e a comunicação é clara e aberta, baseada no respeito
mútuo. Os filhos de pais democráticos têm sido associados a aspectos positivos,
como a assertividade, maturidade, responsabilidade social, conduta independente e
empreendedora, alto índice de competência psicológica e baixo índice de disfunção
comportamental.
O estilo permissivo é aquele que indica o pouco controle dos pais sobre o
comportamento dos filhos, sendo pouco exigentes na aplicação de normas ou
regras. Os pais são bastantes compreensivos, tolerantes e afetuosos. Não
conseguem estabelecer limites e preferem evitar os castigos. Mesmo que a criança
se comporte de maneira inadequada, os pais agem de forma permissiva, não
exigindo um comportamento maduro. Essa falta de direcionamento no
comportamento da criança pode estar relacionada com o envolvimento com drogas
no futuro, pois não aprenderam regras e limites.
O estilo negligente é caracterizado por pais pouco presentes na vida dos
filhos. Pais negligentes não são nem afetivos nem exigentes, procuram manter seus
filhos à distância, respondendo somente às suas necessidades básicas.
Demonstram pouco envolvimento nas solicitações da criança, respondendo aos
pedidos de forma evasiva e não supervisionando o comportamento das mesmas. Os
filhos de pais negligentes podem ter um desenvolvimento atrasado, apresentar
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problemas afetivos e comportamentais. Este estilo parental pode estar relacionado


com o uso de drogas ilícitas e álcool, com o início precoce da vida sexual, baixo
desempenho acadêmico e baixas habilidades sociais.
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Exemplificação dos Estilos:

Autoritário

O pai de João ameaça lhe dar uma surra caso seu filho não esteja entre os
melhores alunos de sua turma. João não consegue manter um bom desempenho em
Português e acaba sofrendo punições físicas severas. Seu pai ainda lhe diz: “com
essas notas horríveis, jamais se tornará um bom advogado, como eu me tornei”.
O pai de João revela um comportamento autoritário, por que impõe, por meio
de ameaças e agressões, um desejo seu sobre seu filho, sem que aja qualquer tipo
de conversa ou negociação com o mesmo.

Democrático

Todo dia primeiro do mês, Maria recebe uma mesada dos pais. Hoje, dia
primeiro de março, Maria acorda cedo e vai correndo até seu pai para receber a
mesada. O pai de Maria ao vê-la com as mãos estendidas responde: “minha filha,
você tem se comportado muito bem ultimamente. Seu quarto está uma bagunça e
sua mãe me disse que você não tem colocado os sacos de lixo na rua. Mas como
você tem ido bem na escola eu vou te dar metade de sua mesada”. Maria não fica
feliz com a mesada mas entende o porquê de receber menos.
Os pais de Maria adotam um comportamento tolerante e aberto a
negociações, procurando sempre conversar e esclarecer o porquê de determinados
limites e obrigações.

Permissivo

A mãe de Pedro precisa ir ao salão de beleza, e como não pode deixar seu
filho sozinho em casa, ela vai de carro e leva a criança junto. No carro, Pedro se
recusa a ficar na “cadeirinha” e sua mãe com medo de chateá-lo, permite que ele
fique livre no banco de trás e diz: “Pedro, como o salão é aqui pertinho, hoje a
mamãe vai deixar”. No salão de beleza, Pedro se diverte rasgando as revistas e
fazendo a maior bagunça, enquanto sua mãe, sem obter resultado lhe pede para
parar.
A mãe de Pedro age de forma permissiva mesmo em uma situação que
oferece risco ao seu filho pelo fato de estar com medo de chateá-lo. Seu estilo
permissivo acaba gerando dificuldade no controle e na imposição de limites de seu
filho.
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Negligente

Laís fica sob os cuidados de seu pai enquanto sua mãe trabalha no período
noturno. Toda a noite o pai de Laís sai para beber em um bar que fica em frente a
sua casa e deixa Laís livre para brincar na rua do bairro. Tarde da noite, Laís vai até
o bar para procurar seu pai, ao encontra-lo, Laís interrompe sua conversa com os
amigos do bar, puxando sua camisa e dizendo que está com fome. Seu pai, para se
livrar da situação e retomar sua conversa, entrega à sua filha o resto de batatas fritas
que estava sobre a mesa e imediatamente reinicia seu papo com os colegas.
O pai de Laís mesmo com a responsabilidade de tomar conta da filha, não se
mantem presente. Até mesmo quando a filha diz que está com fome, o pai, tenta
resolver o problema de forma rápida para poder afastar a filha e continuar o que
estava fazendo.
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Implicações no comportamento da criança:

Apesar de não existirem modelos prontos de educação, pois, cada pessoa é


única e a forma como devemos lidar com ela também é única, hoje sabemos o que
pode beneficiar ou prejudicar o desenvolvimento de uma criança. Pais que
apresentam comportamentos arbitrários e inconsistentes de negação e rejeição aos
seus filhos podem fazer com que as crianças desenvolvam comportamentos de
frustação, desconfiança, agressividade e ansiedade excessiva, colocando em risco o
desenvolvimento afetivo e possibilitando uma maior dificuldade de relacionamento
com a família e as outras crianças. Os pais que desenvolvem práticas para resolver
problemas de família com conversa calma, pacífica, levam a criança a desenvolver o
respeito e a crença de que os problemas familiares podem ser resolvidos através de
meios que não sejam aversivos. O estilo que o educador utilizar pode desenvolver
tato comportamentos pró-sociais quanto comportamentos antissociais.

Tipos de Apego desenvolvidos por cada Estilo:


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A forma como o cuidador se comporta com a criança tem forte influência no


tipo de vínculo que se forma entre eles. O estilo parental adotado pelos pais vai
determinar o tipo de apego desenvolvido pelo filho.
Crianças com pais democráticos costumam ser muito próximos. O filho,
quando separado de sua mãe, vai imediatamente procura-la, quando está chateado
pode ser consolado facilmente pela mãe e sentem confortáveis para explorar novos
territórios. O estilo parental democrático tem grades chances de desenvolver um
apego seguro, permitindo que a criança se torne mais confiante e responsável.
Crianças com pais autoritários tendem a apresentar um comportamento
evitativo ou ambivalente, onde elas não procuram suas mães para o conforto ou
quando procuram, não são consoladas podendo até se mostrarem com raiva de suas
mães. Crianças que desenvolvem esse tipo de apego podem apresentar um
comportamento submisso e dependente ou frio e rebelde, quando adultos.
Filhos com pais permissivos costumam apresentar um comportamento infantil
para sua idade, dificuldade de se adequar às regras e falta de confiança.
Crianças com pais negligentes, assim como filhos de pais autoritários, tendem
a ter comportamentos que demonstram uma combinação de apego evitativo e
ambivalente.

Referências
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PAPALIA, Diane. Desenvolvimento Humano. Tradução por Cristina Monteiro e Mauro


Campos Silva. 12ª edição. São Paulo: AMGH Editora, 2013.

Dobrianskyj, W.; Müller, P.; Viezzer. Identificação de Estilos Parentais: O Ponto de


Vista dos Pais e dos Filhos. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/prc/v17n3/a05v17n3.pdf>. Acesso em 29 de maio. 2016

Pereira, T.; Melo, L. Relações entre estilos parentais e valores humanos: um estudo
exploratório com estudantes universitários. Disponível em:
<http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-
03942005000200005>. Acesso em 29 de maio. 2016

Carvalho, S.; Farate; Soares; Duarte. Predição do apego de crianças em função do


estilo educativo materno e do tipo de família. Disponível em:
< http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-
79722013000100018>. Acesso em 29 de maio. 2016

Alvarenga, P. (2001). Práticas educativas parentais como forma de prevenção de


problemas de comportamento. Em H. J. Guilhardi (Org.), Sobre comportamento e
cognição (Vol. 8, pp. 52-57). Santo André, SP: ESETec

MUNCHING, P. V; Katz B. Na real, a culpa é dos seus pais, Ed. Academia de


inteligência, 2008. São Paulo. p. 25.

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