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As cinco Solas

Antes de pensarmos diretamente no significado das 5 solas, devemos voltar um pouco na história e notar a
Reforma protestante do sec. XIV. Temos pelo menos duas personagens importantes que forma de grande
influência para os reformadores do século XV, sendo reconhecidos hoje como os precursores da reforma.
John Wicliffe (1330 – 1384) – ele foi professor da Universidade de Oxford, se opôs a vários desvios da Igreja
Católica Apostólica Romana (ICAR), como por exemplo, defendendo a tese de que deveria haver uma
separação entre o poder eclesiástico e o poder temporal, sendo que a igreja deveria se ater a questões
espirituais, ao passo que o estado representado pelo rei deveria exercer então poder temporal, defendia a ideia
de que autoridade do rei derivava também de Deus. Mas uma de suas principais teses era a de que a Bíblia
tem autoridade sobre a tradição, devendo ser ela a base para toda a doutrina da igreja e assim a única regra
para a pratica da fé cristã. Cristo e não o papa é o cabeça da igreja.
Jan Huss (1369 – 1415) – Natural da Boêmia, hoje situada na República Checa, foi professor na Universidade
de Praga, também sendo ordenado padre em 1400. Estudou profundamente os escritos de Wicliffe e aderiu às
suas ideias, as quais defendia publicamente através de seus sermões. A princípio foi apoiado pelo rei de
Boêmia Venceslau IV, o qual o nomeou como Reitor da Universidade de Praga. A reação católica foi um
interdito que bania as cerimonias religiosas de Praga enquanto Huss estivesse ali. Também em 1412 ele foi
excomungado por pregar contra a venda de indulgências. Sendo convocado para o concilio de Constança em
1414 para o qual recebeu do rei Sigismundo de Luxemburgo um salvo conduto, acabou mesmo assim sendo
preso por sete meses e em 1415 foi condenado por heresia e queimado vivo por não abandonar as suas
convicções.
Em 1517 temos então Lutero afixando suas 95 teses na porta da capela onde servia pároco em Witenberg,
estas teses eram proposições que declaravam suas discordâncias de doutrinas e ensinos da Igreja Católica, tais
como a inerência papal, a equiparação da autoridade da tradição à autoridade das Escrituras, a venda de
indigências e etc. Este evento é conhecido então como o início da Reforma protestante do século XIV. Lutero
recebeu apoio de pessoas tanto dentro como fora do clero. De fora do clero temos o príncipe Frederico III da
Saxônia, Também conhecido como Frederico o Sábio, o qual protegeu Lutero durante a dieta de Worms em
1521, pretendo Lutero em seu castelo para protege-lo da Igreja Católica que pretendia meta-lo como havia
feito com Jan Huss. De dentro do clero temos os outros reformadores João Calvino em Genebra, Ulrico
Zuínglio ou em Alemão Ulrich Zwingli na Suíça também promoveram a separação de suas comunidades e
também de seus países da ICAR. Estes reformadores nunca se associaram nem trabalharam juntos ainda que
houve certo movimento no início com este propósito.
As cinco solas então servem como resumo das doutrinas enfatizadas e propagadas pelos reformadores. Não
foram eles próprios que as agruparam como as temos hoje, mas elas podem ser percebidas em seus escritos.
Também é a partir delas que outras igrejas e denominações surgem nos séculos XVII e XVIII. E assim elas
servem para identificar aqueles que defendem um ensino verdadeiramente cristão de outros ensinos que ainda
que reivindiquem serem cristãos não o são.
Nós batista1 (principalmente Batistas Regulares) em tese não somos reformados, pois deste nossa origem no
século XVII não defendemos todas as doutrinas das igrejas reformadas (Presbiterianas, Congregacionais e
Anglicanas, entre outras). Os ensinos onde muitos batistas diferem dos reformados são, batismo, método de
interpretação bíblica, aliancismo x dispensacionalismo, etc.
Contudo os principais pontos doutrinários destacados pela reforma protestante que hoje são conhecidos como
as cinco “solas”, são defendidos por todos aqueles que mais do que se filiarem a um movimento social aceitam

1
Hoje temos igrejas batistas reformadas e muitas igrejas batista inclusive na convenção batista brasileira que assumem muitos
dos ensinos reformados.
a Revelação de Deus como sendo inspirada e única regra de fé e prática, e ao Deus desta revelação como seu
único deus e Senhor.
Podemos chamar estes pontos de cinco pilares da fé cristã, vamos notar cada um destes pilares e ao avalia-los
gostaríamos de enfatizar que uma igreja verdadeiramente evangélica, uma igreja autenticamente cristã deve
abraça-los, defende-los e propaga-los como sã doutrina e marca distintiva da mesma. São eles:
Sola Fides – Somente a Fé. Romanos 1.17; Efésios 2.8,9.
Vida Eterna é relacionamento com Deus e para retornarmos a este relacionamento precisamos ser salvos dos
nossos pecados. Foi justamente por isso que Cristo morreu (João 3.16), para que aquele que crê, tenha vida
eterna. Em Romanos 1.17 temos que a justiça de Deus é aplica ao homem por meio da fé, a ideia de fé em fé,
nos faz lembrar de que esta fé tem como objeto o conhecimento que temos do evangelho, o qual revela esta
justiça. E quanto mais conhecemos do evangelho mais fé temos. Mas o que é principal aqui é que o justo vive
pela fé. É a fé no evangelho que traz sobre o homem a justiça de Deus.
Em Efésios 2.8,9 somos ensinados que o que torna a salvação efetiva a nós é a graça e o instrumento da graça
é a fé. E como é a graça que traz a salvação, não podemos depender das obras, pois uma anula a outra. Se há
obras não a graça, mas merecimento. Se há graça não há obras, mas fé. E isto para que toda a glória pela nossa
salvação seja dada somente ao deus salvador.
Sola Gratia – Somente a graça. João 3.16; Tito 3.5,6.
A graça nos lembra que não podemos fazer nada para nossa própria salvação, mas Deus fez por nós, nos dando
aquele a quem não merecíamos. Cristo fez o que seria impossível a nós, uma vez que estamos mortos em
nossos delitos e pecados (Efésios 2.1). Deus então nos deu seu único filho como propiciação pelos nossos
pecados (1João 2.1). No evangelho somos lembrados pelo apóstolo do amor que o que motivou Deus a agir
por aqueles que eram seus inimigos foi o seu grande amor por nós, e que Jesus Cristo o unigênito Filho de
Deus e sua obra vicária na Cruz do calvário é a base do nosso perdão. Deus não se torna injusto ao perdoar
pecadores, por que Cristo graciosamente sofreu a pena que a justiça de Deus exigia, a morte.
Mais uma vez em Tito nossa atenção se volta para o fato de que não são as nossas obras meritórias que nos
conquista salvação, mas sim a misericórdia divina que através de Cristo nos trouxe a regeneração e a renovação
do Espirito Santo.

Solus Christus – Somente a Escritura. Atos 4.12; João 14.6


A venda de indulgencias2 foi o estopim que explodiu o barriu de pólvoras chamado Lutero3. Este pilar afirma
que somente Cristo pode conceder perdão e salvação, ninguém mais o pode. Em Atos 4.12 lemos que somente
em Jesus há salvação, ninguém mais entre os homens pode ser identificado como o salvador. Nem o Papa,
nem os pastores, nem mesmo os “santos”, inclusive Maria pode conceder perdão. Somente o Filho de Deus o
qual foi morto e ressuscitado é que pode conceder salvação aos homens. Estes era o ensino não somente de
Lutero, mas conforme Lucas registrou no texto Sagrado era o ensino que Pedro aprendeu como próprio Senhor
Jesus.
Em João 14.6, Jesus afirma que somente ele é o caminho que liga o home a Deus a fonte da vida. Jesus é o
único caminho, a única verdade e avida verdadeira. Não encontraremos salvação em nenhuma outra pessoa.

2
Venda de documentos assinados e autorizados pelo Papa, para perdoar pecados e diminuir o tempo de um crente católico no
purgatório. No século XVI com a reforma da capela de São Pedro no Vaticano a prática foi intensificada.
3
Lutero disse que as indulgências não removiam a culpa e que o papa poderia remitir somente as penalidades que ele
próprio tinha imposto sobre a Terra e que ele não tinha nenhuma jurisdição sobre o purgatório. Ele negou que os
santos tivessem crédito excedente acumulado. Ele sustentou que as indulgências produziam um falso senso de
segurança e, assim, eram definitivamente prejudiciais (Uma História do Cristianismo, 2016).
Sola Escriptura – Somente a Escritura. João 5.39; 2 Timóteo 3.16
Uma das doutrinas fundamentais batista é que a Bíblia é nossa única regra de fé e de prática, e isto porque
cremos que ela é a única revelação escrita de Deus para o seu povo. Conforme a própria Bíblia Deus se revela
por meio das coisas criadas (Romanos 1.20), por meio do Filho o verbo vivo (João 1.1) e por meio da Palavra
escrita (João 5.39). Hoje só podemos conhecer o Deus criador do universo e seu Filho o Senhor Jesus Cristo
pelas Sagradas Escrituras. O próprio evangelho que produz a fé para a salvação nos é anunciado pela Bíblia
Sagrada (Romanos 10.16).
O texto de 2 Timóteo 3.16 nos ensina que a Palavra inspirada de Deus é útil para nosso crescimento cristão.
Não podemos crescer espiritualmente se não conhecermos a Palavra de Deus.
Soli Deo Gloria – Somente a Glória de Deus. Isaias 43.7; Romanos 11.36.
O ensino bíblico é que o ser humano foi criado para a glória de Deus, e não somente ele, mas tudo o que foi
criado o foi para a glória de Deus. No texto de Isaias 43.7 lemos que o próprio Deus declara que ele criou o
homem ao qual ele chama pelo seu nome para a sua própria gloria. A ideia principal é que o homem deve
retornar esta gloria a Deus, tanto por seu próprio reconhecimento (adoração/louvor), quanto por suas ações as
quais devem revelar o caráter do criador.
Tudo o que existe deve glorificar ao criador de todo o universo. Este é o santo dever da criação. Pois todos
somos dele, e por meio dele, e para ele, assim que toda a glória seja dada a Ele para todo o sempre.

Bibliografia.
JUNIOR, Paschoal Piragine. As 5 solas da reforma protestante. Culto da Reforma -499 anos – 301/20/2016.
Disponível em: < https://www.pibcuritiba.org.br/wp-content/uploads/2016/10/As-5-solas-da-reforma-
protestante.pdf >. Acessado em: 04/11/2017.
Uma História do Cristianismo 1500 a.D. a 1975 a.D., 1a. ed, vol. 2, 2 vols., Uma História do Cristianismo.
São Paulo -SP: Hagnos, 2006.

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