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Tema:
Poluição Industrial e Potencial Poluidor
João Pessoa - PB
Novembro 2012
2
AGRADECIMENTOS
João Pessoa - PB
Outubro 2012
3
DEDICATÓRIA
4
RESUMO
Este estudo teve como objetivo central investigar e discutir o impacto dos
lançamentos de efluentes domésticos e principalmente industriais, em corpos hídricos
da bacia do rio Gramame, no Estado da Paraíba. Para um estudo mais detalhado
limitou-se a analisar a sub-bacia do riacho Mussuré, que está inserida na bacia em
estudo. Ao longo de sua extensão, o riacho Mussuré recebe lançamento de esgotos
domésticos e efluentes industriais, já que atravessa o Distrito Industrial da cidade de
João Pessoa. A metodologia do trabalho desenvolvido consistiu em estimar
quantitativamente o lançamento de poluentes pelas indústrias e pela população. Para
tal estimativa utilizou-se o Cadastro Industrial da Federação das Indústrias do Estado
da Paraíba (FIEP) e padrões de valores proposto por Von Sperling (2005). As indústrias
foram classificadas a partir da norma MN-050 proposta pela Fundação Estadual de
Engenharia do Meio Ambiente (FEEMA, 2010). Concluiu-se que 44,87% das indústrias
apresentam potencial baixo e 35,98% tem um potencial poluidor alto. Este é um fato
preocupante para a poluição dos corpos hídricos da bacia do rio Gramame, em
especial o reservatório Gramame/Mamuaba.
5
ABSTRACT
This study aimed to investigate central and discuss the impact of releases of
mainly industrial and domestic effluents in water bodies Gramame river basin in the
state of Paraíba. For a more detailed study was limited to analyzing the sub-basin of
the creek Mussuré, which is embedded in the basin under study. Throughout its
length, the creek receives Mussuré of domestic sewage and industrial effluents, since
crosses the Industrial District of the city of João Pessoa. The methodology of the work
was to estimate quantitatively the release of pollutants from industries and the public.
For this estimate we used the Industrial Register of the Federação das Indústrias do
Estado da Paraíba (FIEP), patterns of values proposed by Von Sperling (2005), and
classifying the industries from the MN-050 standard proposed by the Fundação
Estadual de Engenharia do Meio Ambiente (FEEMA, 2010). It was concluded that
44.87% of industries have low potential and 35.98% have a high pollution potential.
This is a worrying fact for the pollution of water bodies Gramame river basin,
particularly the reservoir Gramame / Mamuaba.
6
SIGLAS
7
LISTA DE FIGURAS
8
LISTA DE GRÁFICOS
9
LISTA DE QUADROS
10
LISTA DE TABELAS
11
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 14
2 OBJETIVOS ......................................................................................................... 16
2.1 Objetivo geral .............................................................................................. 16
2.2 Objetivos específicos ................................................................................... 16
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .............................................................................. 17
3.1 Poluição de corpos hídricos.......................................................................... 17
3.1.1 Poluição Química ......................................................................................... 17
3.1.2 Poluição Física .............................................................................................. 17
3.1.3 Poluição biológica ........................................................................................ 18
3.2 Fontes Poluidoras ........................................................................................ 18
3.3 Caracterização das fontes poluidoras ........................................................... 19
3.3.1 Esgoto doméstico ......................................................................................... 19
3.3.2 Depósitos de lixo .......................................................................................... 23
3.3.3 Agricultura.................................................................................................... 23
3.3.4 Indústrias...................................................................................................... 23
3.4 Fatores que afetam o comportamento dos poluentes .................................. 25
4 IMPORTÂNCIA E CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO ................................... 27
4.1 Bacia do Rio Gramame ................................................................................. 27
4.1.1 Importância da bacia do Gramame ............................................................. 28
4.2 Riacho Mussuré ........................................................................................... 30
4.3 Distrito Industrial de João Pessoa ................................................................ 31
5 METODOLOGIA .................................................................................................. 32
5.1 Estimativa da DBO ....................................................................................... 32
5.1.1 Vazão do Esgoto doméstico ......................................................................... 32
5.1.2 Vazão do esgoto industrial........................................................................... 33
5.1.3 Carga e Concentração de DBO ..................................................................... 36
5.1.4 Equivalente populacional ............................................................................. 36
5.1.5 DBO industrial de João Pessoa ..................................................................... 36
5.1.6 Medição da vazão em loco e obtenção de parâmetros do riacho Mussuré. 38
5.2 Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente (FEEMA) .................... 39
5.2.1 Quanto ao porte das indústrias ................................................................... 39
5.2.2 Quanto à tipologia e o potencial poluidor ................................................... 41
6 RESULTADOS ...................................................................................................... 44
12
6.1 Estimativa da DBO ....................................................................................... 44
6.2 Classificação das fontes poluidoras (FEEMA) ................................................ 47
6.3 Análise cruzadas .......................................................................................... 50
7 COMPARAÇÃO DE METODOLOGIAS .................................................................... 52
8 CONCLUSÃO ....................................................................................................... 54
9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................... 55
13
1 INTRODUÇÃO
14
encontrado antes do lançamento de efluentes é realizada por mecanismos
essencialmente naturais. Claro que existe um limite de lançamento de poluentes que
cada corpo hídrico pode receber, variando conforme as características de cada um.
A bacia do rio Gramame (Paraíba, Brasil) abriga o Pólo Industrial da cidade de
João Pessoa que é responsável pelo lançamento de efluentes com diversos tipos de
substâncias poluidoras. O riacho Mussuré atravessa o Distrito Industrial desaguando
no rio Mumbaba, que é um dos efluentes do rio Gramame, a jusante do reservatório
de Gramame/Mumbaba. Este reservatório é maior responsável pelo abastecimento de
água das cidades de João Pessoa, Bayeux, Santa Rita (apenas o distrito de Várzea Nova)
e Cabedelo. Além dos efluentes industriais, a inadequada coleta, transporte,
tratamento e destino final de esgotos domésticos e resíduos sólidos aumentam a
parcela de poluição nos corpos hídricos.
O grande volume de efluentes lançados diretamente no riacho Mussuré
prejudica sua assimilação afetando o processo de autodepuração, fazendo com que ele
não se recupere totalmente da carga poluidora recebida. Outro agravante é a questão
da chuva, pois ela ajuda na diluição da poluição. Nesta região as chuvas se concentram
praticamente em seis meses do ano. (CIÊNCIA HOJE, Vol.39. Purificar o Mussuré,
2007).
Os efeitos desta carga poluidora no referido Riacho podem ser percebidos, de
forma subjetiva, em praticamente todo o seu curso. Portanto, é evidente a
importância de uma investigação sobre os impactos destes efluentes na qualidade da
água do riacho Mussuré.
15
2 OBJETIVOS
16
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
17
3.1.3 Poluição biológica
A água pode ser infectada por organismos patogênicos, existentes nos esgotos.
Assim, ela pode conter:
Bactérias: provocam infecções intestinais, epidérmicas e endêmicas (febre
tifóide, cólera, shigelose, salmonelose, leptospirose);
Vírus: provocam hepatites e infecções nos olhos;
Protozoários: responsáveis pelas amebíases e giardíases;
Vermes: esquistossomose e outras infestações.
18
A poluição difusa: se dá quando os poluentes atingem os corpos d’água de
modo aleatório, não havendo possibilidade de estabelecer qualquer padrão de
lançamento, seja em termos de quantidade, freqüência ou composição. Exemplos
típicos de poluição difusa são os lançamentos das drenagens urbanas, escoamento de
água de chuva sobre campos agrícolas e acidentes com produtos químicos ou
combustíveis. As fontes mistas: são aquelas que englobam características de cada uma
das fontes anteriormente descritas (Mierzwa, 2001).
Características Físicas:
- Temperatura:
Ligeiramente superior a da água de abastecimento;
Variação conforme as estações do ano (mais estável que a temperatura do ar);
Influência da atividade microbiana;
Influência da solubilidade dos gases;
Influência da viscosidade do líquido.
- Cor:
Esgoto fresco: ligeiramente cinza;
Esgoto séptico: cinza escuro ou preto.
19
- Odor:
Características Químicas:
- Sólidos totais:
Suspensão: fração dos sólidos orgânicos e inorgânicos que são filtráveis (não
dissolvidos). Divididos em Fixos e Voláteis.
Dissolvido: fração dos sólidos orgânicos e inorgânicos que não são filtráveis. Divididos
em Fixos e Voláteis.
Sedimentáveis: fração dos sólidos orgânicos e inorgânicos que sedimentam em 1 hora
no cone Imhoff.
A Figura 1 mostra a divisão dos sólidos totais contidos numa amostra de água.
21
- Nitrogênio Total:
O nitrogênio total inclui o nitrogênio orgânico, amônia, nitrito e nitrato. É um nutriente
indispensável para o desenvolvimento dos microrganismos no tratamento biológico. O
nitrogênio orgânico e a amônia compreendem o denominado Nitrogênio Total Kjeldahl
(VON SPERLING, M,2005).
Compostos orgânicos decomposição bacteriana NH3(amônia)
Nitrogenados
NH3 + O2 nitrificação bacteriana NO3- (nitrato)
- Fósforo:
O fósforo total existe na forma orgânica e inorgânica. É um nutriente indispensável no
tratamento biológico.
- Ph:
Indicador de características ácidas ou básicas do esgoto. Uma solução é neutra em pH
7. Os processos de oxidação biológica normalmente tendem a reduzir o pH.
- Alcalinidade:
Indicador da capacidade tampão do meio (resistência as variações do pH). Devido à
presença de bicarbonato, carbonato e íon hidroxila (OH-).
- Cloretos:
Provenientes da água de abastecimento e dos dejetos humanos.
- Óleos e graxas:
Fração da matéria orgânica solúvel em hexanos. Nos esgotos domésticos, as fontes são
óleos gorduras utilizadas nas comidas.
Características Biológicas:
Bactérias;
Fungos;
Protozoários;
Vírus;
Helmintos;
22
3.3.2 Depósitos de lixo
Os depósitos de lixo contêm resíduos sólidos de atividades domésticas,
hospitalares, industriais e agrícolas. A composição do lixo depende de fatores como
nível educacional, poder aquisitivo, hábitos e costumes da população.
Entre os principais impactos nos sistemas hídricos está o acúmulo deste
material sólido em galerias e dutos, impedindo o escoamento do esgoto pluvial e
cloacal. Pode-se ainda citar que a decomposição do lixo, produz um líquido altamente
poluído e contaminado denominado chorume. Em caso de má disposição dos rejeitos,
o chorume atinge os mananciais subterrâneos e superficiais. Este líquido contém
concentração de material orgânico equivalente a uma escala de 30 a 100 vezes o
esgoto sanitário, além de microrganismos patogênicos e metais pesados (Benetti e
Bidone, 1995).
3.3.3 Agricultura
Os principais poluentes da atividade agrícola são os defensivos e fertilizantes.
Os defensivos químicos empregados no controle de pragas são pouco específicos,
destruindo indiferentemente espécies nocivas e úteis. Existem praguicidas
extremamente tóxicos, mas instáveis. Eles podem causar danos imediatos, mas não
causam poluição em longo prazo. Um dos problemas do uso dos praguicidas é o
acúmulo ao longo das cadeias alimentares. Os inseticidas quando usados de forma
indevida, acumulam-se no solo, os animais se alimentam da vegetação prosseguindo o
ciclo de contaminação. Com as chuvas, os produtos químicos usados na composição
dos pesticidas infiltram no solo contaminando os lençóis freáticos e acabam
escorrendo para os rios continuando a contaminação.
3.3.4 Indústrias
As águas residuárias industriais apresentam uma grande variação tanto na sua
composição como na sua vazão, refletindo seus processos de produção. Originam-se
em três pontos:
Águas sanitárias: efluentes de banheiro e cozinhas;
Águas de refrigeração: água utilizada para resfriamento;
Águas de processos: águas que têm contato direto com a matéria-prima do
produto processado.
23
As características das águas sanitárias são as mesmas dos esgotos domésticos.
Já as águas de resfriamento possuem dois impactos importantes que devem ser
destacados. O primeiro é a poluição térmica, pois para os seres vivos, os efeitos da
temperatura dizem respeito à aceleração do metabolismo, ou seja, das atividades
químicas que ocorrem nas células. Em segundo lugar é que as águas de refrigeração
são fontes potenciais de cromo, as quais são responsáveis por parte das altas
concentrações de cromo nos corpos hídricos. As águas do processo industrial têm
características próprias do produto que está sendo manufaturado.
Em termos do processo biológico dos tratamentos dos despejos industriais,
assumem importância os aspectos:
Biodegradabilidade:
Capacidade dos despejos de serem estabilizados por processos bioquímicos,
através de microrganismos.
Tratabilidade:
Facilidade dos despejos de serem estabilizados por processos biológicos
convencionais.
Concentração de matéria orgânica – DBO dos despejos, a qual pode ser:
- Mais elevada do que os esgotos domésticos (despejos predominantemente
orgânicos, tratáveis por processos biológicos).
- Inferior aos esgotos domésticos (despejos não predominantemente orgânicos, em
que é menor a necessidade de remoção da DBO, mas em que o caráter poluidor pode
ser expresso em termos de outros parâmetros de qualidade).
Disponibilidade de nutrientes:
O tratamento biológico exige um equilíbrio harmônico entre os nutrientes
C:N:P. Tal equilíbrio é normalmente encontrado em esgotos domésticos.
Toxidez:
Determinados despejos industriais possuem constituintes tóxicos ou inibidores,
que podem afetar ou inviabilizar o tratamento biológico.
É considerada uma prática que surte bons resultados a integração dos despejos
industriais com os esgotos domésticos, na rede pública de esgotamento sanitário, para
posterior tratamento conjunto na estação. Para que tal prática seja eficaz, é necessário
24
que sejam previamente removidos dos despejos industriais os contaminantes que
possam causar um dos seguintes problemas:
- Toxidez ao tratamento biológico;
- Toxidez ao tratamento do lodo e à sua disposição final;
- Riscos à segurança, problemas na operacionalidade da rede coletora e interceptação;
- Presença de contaminante no efluente do tratamento biológico, devido ao fato do
mesmo não ser removido pelo tratamento.
25
Temperatura:
Influencia vários processos que ocorrem nos corpos d´água (cinética das
reações químicas, atividade microbiológica e características físicas do meio).
Ação microbiológica:
Contaminantes biodegradáveis têm a sua concentração reduzida pela ação de
microrganismos presentes no meio aquático. O processo de redução da concentração
de contaminantes por microrganismos é conhecido como autodepuração, e contempla
as seguintes etapas: a) decomposição da matéria orgânica, que é quantificada por
meio da Demanda Bioquímica Oxigênio (DBO); b) recuperação do oxigênio dissolvido
ou reaeração. O processo de autodepuração depende do potencial poluidor do
despejo, concentração do oxigênio dissolvido na água, características hidrodinâmicas
do corpo e da temperatura.
26
4 IMPORTÂNCIA E CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO
27
plantio da cana-de-açúcar e os elevados índices de assoreamento do rio principal,
devido às atividades industriais.
28
Abastecimento Urbano:
O abastecimento urbano da bacia hidrográfica do rio Gramame atende aos
municípios de: João Pessoa com 683.280 habitantes, Bayeux com 96.124 habitantes,
Cabedelo com 53.017 habitantes, Pedras de Fogo com 26.282 habitantes e o Conde
com 20.864 habitantes e ao distrito de Várzea Nova pertence ao município de Santa
Rita com uma população estimada de 12.403 habitantes. (IBGE, 2006-2007).
Atualmente a demanda de João Pessoa é de 2.165,10 l/s atendidas através dos
mananciais Gramame-Mamuaba, Marés (não está inserido na bacia do Gramame e sim
na bacia do rio Paraíba) e poços. A cidade de Bayeux e o distrito de Várzea Nova são
atendidos com 180,20 l/s e 32,80 l/s, respectivamente, com águas vindas de Marés e
Mumbaba. A demanda da cidade de Pedras de Fogo é de 17,80 l/s sendo captadas em
uma barragem de nível no Alto Gramame. A cidade de Cabedelo tem uma demanda de
140,20 l/s atendida diretamente do Gramame-Mamuaba. A cidade do Conde tem
demanda de 23,20 l/s atendida por poços, dentro da bacia hidrográfica a montante das
barragens. As demandas para abastecimento urbano foram determinadas através de
dados disponíveis em planilhas de controle interno utilizadas pela CAGEPA no ano de
2007 (FONSECA, F, 2008).
Irrigação:
A área onde se localiza a bacia do rio Gramame, possui uma intensa irrigação,
com variados tipos de cultivos (predominantemente inhame, feijão, batata-doce,
abacaxi, cana-de-açúcar e capim). O de maior destaque e consumo de água é o cultivo
de cana-de-açúcar pela fazenda GIASA, que atua desde 1971 no setor sucroalcooleiro e
produz cerca de 90 milhões de litros de álcool por ano. A demanda se acentua nos
meses entre agosto e fevereiro, que é período de crescimento vegetativo da cana.
Indústria:
Segundo a Companhia da Industrialização do Estado da Paraíba (CINEP), o
Distrito Industrial da cidade de João Pessoa conta, atualmente, com 155 empresas,
estando 83 em funcionamento. Essas indústrias são de pequeno, médio e grande
porte, de diversos gêneros, sendo os principais: indústrias de alimentos e bebidas,
metalúrgicas, indústrias de reciclagem, fabricação de móveis, tubos PVC, pré-
moldados, produtos elétricos, indústrias têxteis, de calçados, produtos plásticos,
tintas, gráficas, industrialização de algas marinhas, borracha, papel, adesivos, espuma,
29
produtos cerâmicos, beneficiamento de granito e bentonita. Aproximadamente 4700
pessoas estão diretamente empregadas no Distrito Industrial de João Pessoa
(SCIENTEC, 2000).
O abastecimento de água é de responsabilidade da CAGEPA, utilizando-se a
rede da cidade. Algumas indústrias auxiliam o abastecimento com água proveniente de
poços particulares ou retira diretamente do rio.
30
4.3 Distrito Industrial de João Pessoa
Como todos os Estados nordestinos, a Paraíba recebeu, na década de 60, os
incentivos fiscais e creditícios, oriundos dos planos de desenvolvimento da
Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE). Foram criados Distritos
Industriais nas principais cidades (João Pessoa, Campina Grande, Guarabira, Sousa,
Cajazeiras, Santa Rita, Patos), porém não se pode afirmar que tal fato provocou
transformações no quadro industrial do Estado. Muitas indústrias, que se
aproveitaram dessa política, estabelecendo-se aqui, eram desvinculadas da realidade
paraibana, e terminando os incentivos, fecharam suas portas.
O Distrito Industrial de João Pessoa está localizado às margens da BR 101, entre
os quilômetros 85 e 92, no sentido João Pessoa – Recife, estando aproximadamente 6
km do centro da capital paraibana e contando com uma área de 646 ha.
O serviço de energia elétrica utilizado pelo Distrito Industrial faz parte do
sistema através da concessionária ENERGISA, com tensão de fornecimento 13,8kV,
tensão de saída 220/380V e freqüência de 60Hz. O Distrito também dispõe de
abastecimento de gás natural e o abastecimento de água é efetuado pela CAGEPA.
O Bairro das Indústrias, onde se localiza o Distrito Industrial tem uma densa
área residencial que é atendida pelo serviço de transporte coletivo, mas deixa a
desejar com a questão de coleta de lixo e esgotamento sanitário. Apenas parte da
população tem acesso a esses dois últimos serviços.
A área do Distrito industrial é cortada pelo riacho Mussuré, passando este a ser
o principal receptor de cargas poluidoras provenientes das indústrias. Os efluentes
lançados pelas indústrias são de sua total responsabilidade, estes devem possuir um
tratamento adequado para poder ser lançado no corpo hídrico, neste caso o riacho
Mussuré.
Como a fiscalização é falha, o lançamento dos efluentes industriais, em sua
grande maioria, não possui nenhum tratamento, o que fica impossibilitado um estudo
mais profundo ligando o tipo da indústria e a composição de seus rejeitos.
31
5 METODOLOGIA
P qm R
Qméd (2)
86400 (l / s )
P = população.
R = coeficiente de retorno
O consumo de água e geração de esgotos em uma localidade varia ao longo do
dia (variações horárias), ao longo da semana (variações diárias) e ao longo do ano
(variações sazonais). Para computar essa diferença de vazão de esgoto, utilizam-se os
coeficientes abaixo:
K1 = 1,2 (coeficiente do dia de maior consumo).
K2 = 1,5 (coeficiente da hora de maior consumo).
K3 = 0,5 (coeficiente da hora de menor consumo).
Qmax Qmed K1 K 2 (3)
Qmim Qmed K 3 (4)
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Tabela 2 – Principais parâmetros de importância nos efluentes industriais, em
função do ramo de atividade da indústria.
Óleos
DBO
Ramo Tipo SS e Fenóis Ph CN- Metais
DQO
graxas
Usinas de açúcar e álcool X X X X
Conservas carne/peixe X X X
Produtos Laticínios X X X X
Alimentícios Matadouros e frigoríficos X X X
Conservas de frutas e vegt. X X X
Moagem de grãos X X
Refrigerantes X X X X
Bebidas
Cervejaria X X X X
Algodão X X
Lã X X X
Têxtil
Sintéticos X X
Tingimento X X X X
Curtimento vegetal X X X X X
Couro e peles
Curtimento ao cromo X X X X X
Process. Da poupa
Papel celulose X X X X
Fabric de papel e papelão X X X X
Vidros e espelhos X X X X
Produtos
Fibra de vidro X X X X
minerais não
metálicos Cimento X X X
Cerâmica X X X
Artefatos de borrachas X X X X
Borrachas
Pneus e câmaras X X X X
Produtos químicos (vários) X X X X
Lab fotográfico X
Produtos
Tintas e corantes X
químicos
Inseticidas X X
Desinfetantes X X
Plásticos Plásticos e resinas X X X X X
Perfum. E sabão Cosmét, deterg e sabão X X X
Produção de peças
Mecânica
metálicas X X
Produção de ferro gusa X X X X X X X
Metalúrgica Siderúrgicas X X X X X
Tratamento de superfícies X X X X X X
Mineração Atividades extrativas X X
Combustíveis e
Derivados de
lubrificantes X X X X
petróleo
Usinas de asfalto X X
Artig. Elétrico Artigos elétricos X X
Madeira Serrarias, compensados X
Serv. Pessoais Lavanderias X X X
FONTE: (Von Sperling, 2005).
34
Tabela 3 - Vazão específica média de algumas indústrias.
35
5.1.3 Carga e Concentração de DBO
A carga corresponde à quantidade de poluente (massa) por unidade de tempo,
a unidade mais usual é kg/d, sendo determinada pela Equação 5.
população (hab) c arg a per capita ( g / hab.dia)
c arg a (kg / d ) (5)
1000 ( g / kg)
36
Tabela 4 – Características das águas residuais das indústrias.
Unidade de Carga específica de DBO
Gênero Tipo
produção (kg/unid)
Conserva (Frutas e
1 ton 30
Legumes)
Doces 1 ton 2-8
Açúcar de cana 1 ton açúcar 2,5
Alimentícia Laticinio sem quejaria 1000 l leite 1-4
Laticinio com quejaria 1000 l leite 5 - 40
Margarina 1 ton 30
Matadouro 1 boi / 2 porcos 4 - 10
Produção de levedura 1 ton 1100
Destilação de álcool 1 ton 220
Cervejaria 1 m³ 8 -20
Bebidas
Refrigerantes 1 m³ 3-6
Vinho 1 m³ 0,25
Algodão 1 ton 150
Lã 1 ton 300
Rayon 1 ton 30
Nylon 1 ton 45
Têxtil
Polyester 1 ton 185
Lavanderia de lã 1 ton 100 - 250
Tinturaria 1 ton 100 - 200
Alvejamento de tecido 1 ton 16
Curtume 1 ton de pele 20 - 150
Couro e Curtume
Sapatos 1000 pares 15
Fab. De polpa sulfatada 1 ton 30
Polpa e Papel Fabricação de papek 1 ton 10
Polpa de papel integrados 1 ton 60 - 500
Tinta 1 empregado 1
Sabão 1 ton 50
Indústria Química
Refinaria de petróleo 1 barril 0,05
PVC 1 ton 10
Indústria Não- Vidro e subprodutos 1 ton -
Metálica Cimento 1 ton -
Fundiçao 1 ton gusa 0,6 - 1,6
Siderúrgica Laminção 1 ton 0,4 - 2,7
NOTA: dados não preenchidos (-) podem significar dados não significativos ou dados não obtidos.
FONTE: (Von Sperling, 2005).
Para exemplificar o modo de cálculo que será utilizado para obter o valor total
de DBO (quando não se tem dados totais das indústrias o resultado é apenas uma
aproximação) lançada pelas indústrias, escolheu-se uma das indústrias disponível no
cadastro da FIEP, onde estas seguem uma numeração (1 ao 87).
37
Para demonstração utilizou-se a indústria de número 76, que é classificada
como Têxtil (quanto a sua tipologia). A sua produção é basicamente fios de algodão,
incluindo tecelagem, chegando a 66 toneladas por mês. Para calcular a DBO lançada
mensalmente por essa indústria utilizam-se os parâmetros dispostos na Tabela 4, que
sugere que uma indústria têxtil de algodão lança 150 kg de DBO por tonelada de fios
de algodão produzido. Os cálculos necessários estão representados abaixo:
Indústria Têxtil n º 76
Pr odução 66 Ton ao mês
Valor Tabelado 150 kg para produzir 1 Ton
DBO Indústria 76 66 * 150 9900 kg / mês 330 kg / dia
38
No momento das coletas foram realizadas as determinações de OD e
temperatura, utilizando um oxímetro de campo tendo acoplado um sensor de
temperatura da marca Lutron. Já no laboratório foram determinados os seguintes
parâmetros da qualidade da água: pH, cor, condutividade, turbidez, Sólidos Dissolvidos
Totais (STD), Dureza Total, Alcalinidade Total, Cloretos, Odor, Sabor, Acidez, Demanda
Química de Oxigênio (DQO), Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO), Nitrito (NO 2),
Nitrato (NO3), Fosfato (PO4), Sulfato (SO4) e Amônia (NH4). Para tanto foram coletadas
alíquotas de 2.000 ml em frascos PET, previamente lavados e condicionados para a
coleta. As análises referentes a esses parâmetros seguiram os métodos recomendados
no APHA (1998) (LIRA, 2010).
39
Tabela 5 - Parâmetros para Avaliação de Potencial Poluidor.
PARÂMETROS PARA AVALIAÇÃO
ÁREA EMPREGADOS
Área total construída (m2) (A) Pesos (PA) Número de empregados (E) Pesos (PE)
A < 200 0,25 E < 10 0,25
200 < A ≤ 500 0,5 10 < E ≤ 50 0,5
500 < A ≤ 2000 1 50 < E ≤ 100 1
2000 < A ≤ 10000 2 100 < E ≤ 500 2
10000 < A ≤ 40000 3 500 < E ≤ 5000 3
A > 40000 4 E > 5000 4
Este método de classificação do porte das indústrias não é bem aceito, pois
leva em consideração apenas dois parâmetros (área e número de trabalhadores). Se
uma indústria tem alta tecnologia, terá uma grande produtividade em pequenas áreas
com poucos trabalhadores e não necessariamente será de micro ou mínimo porte.
No cadastro das indústrias da FIEP é dada a informação do número de
empregados de cada empresa, mas nada é declarado sobre a área ocupada por cada
uma delas. Para aplicar o método proposto pela norma NA-051.R56 foi necessário o
número de empregados e área que a indústria ocupa. Como não se tem o dado da área
ocupada foi necessário fazer algumas modificações para aplicar o método. Não será
mais necessário fazer a média aritmética proposta, procurou-se apenas encontrar o
peso correspondente para o número de trabalhadores de cada empresa e comparar
40
com o valor de M, na Tabela 6. Podendo assim classificar as indústrias em micro,
mínimo, pequeno, médio, grade e excepcional. A Tabela 7 mostra o número de
indústria de cada porte encontrada a partir da norma NA-051.R56 modificada.
Tabela 7 - Classificação das indústrias quanto ao porte seguindo norma NA-051.R56.
PORTE Nº DE INDUSTRIAS %
Micro 22 26,19
Mínino 37 44,05
Pequeno 12 14,29
Médio 11 13,10
Grande 2 2,38
Excepcional 0 0,00
Para compor a tabela final com as tipologias, potencial poluidor e porte, será
utilizada a classificação proposta pelo cadastro da FIEP (e não a obtida pela norma NA-
051.R56, já que não tem-se dados suficientes para seguir corretamente a norma). Esta
divide as indústrias em: micro, pequeno médio e grade. A metodologia considerada
para a esta classificação (FIEP) não é informada, mesmo com essa omissão esta
classificação será a utilizada.
41
Tabela 8 - Classificação proposta pela norma MN-50-R5.
CÓDIGO
GRUPOS DE ATIVIDADES
(Gênero)
00 Extração de minerais
02 Agricultura, extração de vegetais e silvicultura
03 Pecuária e criação de outros animais
10 Produtos de minerais não metálicos
11 Metalúrgica
12 Mecânica
13 Material elétrico e de comunicações
14 Material de transporte
15 Madeira
16 Mobiliário
17 Papel e papelão
18 Borracha
19 Couros, peles e produtos similares
20 Química
21 Produtos farmacêuticos e veterinários
22 Perfumaria, sabões e velas
23 Produtos de matérias plásticas
24 Têxtil
25 Vestuário, calçados e artefatos de tecidos
26 Produtos alimentares
27 Bebidas
28 Fumo
29 Editorial e gráfica
30 Diversos
31 Unidades auxiliares de apoio industrial e serviços de natureza industrial
33 Construção civil
34 Álcool e açúcar
35 Serviços industriais de utilidade pública
47 Transporte rodoviário, hidroviário e especial
51 Serviços de alojamento, alimentação, pessoais e de higiene pessoal e saúde
55 Serviços auxiliares diversos
FONTE: (FEEMA norma MN-50-R5).
42
Quadro 1 - Modelo para exemplificação a classificação da norma MN-050.R5.
43
6 RESULTADOS
44
Figura 6 - Trechos do riacho Mussuré.
45
2010). Considerando que cada habitante consome diariamente 100 litros de água e
que o coeficiente de retorno (R) é de 0,8. Obteve-se uma vazão de 8,07 l/s.
Com o dado da vazão, calculou-se a carga e a concentração de DBO (pelas
respectivas equações 5 e 6) dos efluentes domésticos lançados no riacho Mussuré. A
Tabela 12 mostra os resultados de carga e concentração.
Tabela 12 - Carga e Concentração de DBO de efluentes domésticos.
EFLUENTES DOMÉSTICOS
Carga de DBO kg/dia Concentração de DBO mg/L
470,45 675,00
46
6.2 Classificação das fontes poluidoras (FEEMA)
Com base no cadastro das indústrias da FIEP tem-se 87 empresas no Distrito
Industrial em funcionamento, sendo que 4 delas estão com informações sobre
produção e tipologia indisponível. O Gráfico 1 mostra as indústrias instaladas no
Distrito, separadas por tipologia.
Gráfico 1 - Número de Indústria por tipologia.
Produtos minerais não metálicos
Tipologia das Indústrias
Metalúrgia
14 Mobiliário
Borracha
12
Produtos e matériais plásticas
10
Têxtil
8 Vestuário,calçadose artefato de
tecido
Produtos alimentares
6
Bebidas
4
Editorial e gráfica
2 reciclagem
0 outros
47
Tabela 14 - Classificação das indústrias quanto a norma MN 050.R5.
NUMERAÇÃO DAS POTENCIAL
PORTE GÊNERO GRUPO SUBGRUPO POTENCIAL POLUIDOR GERAL
INDÚSTRIAS (*) POLUIDOR
18 99 99 A
1 Média A
23 91 99 B
10 61 10 A
2 Micro A
33 11 99 -
3 Pequena 24 31 99 B B
26 98 10 M
4 Micro M
27 43 99 B
5 Pequena 29 22 99 B B
6 Micro 16 12 99 B B
7 - - - - - -
8¹ Micro - - - - -
9 Média 27 41 99 B B
16 21 10 B
10 Micro A
11 06 99 A
11 Micro 27 41 99 B B
26 2 99 M
12 Pequena M
27 41 99 B
10 61 10 A
13 Micro A
33 11 99 -
14 Micro 16 41 99 I I
00 25 99 A
15 Média A
10 61 10 A
16 Média 10 41 99 B B
16 21 10 B
17 Pequena A
11 06 99 A
18 Grande 29 22 99 B B
19 Pequena 29 12 50 B B
18 99 99 B
20 Micro M
23 81 99 M
21 Micro 11 06 99 A A
22 Pequena 11 06 99 A A
18 99 99 B
23 Pequena B
23 91 99 B
18 99 99 B
24 Pequena B
23 91 99 B
25 Média 20 11 10 A A
26 Pequena 27 41 99 B B
27 Pequena 16 12 99 B B
10 52 99 A
28 Micro A
33 11 99 -
29 Pequena 21 11 99 M M
10 52 99 A
30 Pequena A
33 11 99 -
10 52 99 A
31 Pequena A
33 11 99 -
32 Média 33 11 99 - -
33 Micro RECICLAGEM
34 Micro 11 6 99 A A
18 99 99 B
35 Micro M
23 81 99 M
36 Grande 10 41 99 B B
37 Pequena 33 11 99 - -
18 99 99 B
38 Micro M
23 81 99 M
39 Micro 17 42 99 I I
40 Pequena 11 6 99 A A
41 Pequena 29 22 99 B B
26 5 10 M
42 Pequena M
27 41 99 B
43 Pequena 11 74 99 B B
48
44 Pequena 16 12 99 B B
18 99 99 B B
45 Micro
23 51 99 B
46 Grande 25 11 99 I I
47 Pequena 27 43 99 B B
48 Micro 11 53 10 B B
49 Pequena 11 06 99 A A
50 Micro 11 53 10 B B
51 Pequena 11 53 10 B B
52 Pequena 00 11 99 A A
53 Pequena 11 53 10 A A
54 Média 24 31 99 B B
55 Micro 23 51 99 B B
56 Grande 24 21 50 B B
57 Micro 26 14 99 B B
18 99 99 A
58 Micro A
23 91 99 B
59 Pequena RECICLAGEM
18 99 99 A
60 Micro A
23 91 99 B
18 99 99 A
61 Micro A
23 91 99 B
62 Pequena 23 31 10 B B
63 Micro RECICLAGEM
18 99 99 A
64 Pequena A
23 91 99 B
65 Pequena 23 91 99 B B
66 Pequena 25 31 10 I I
67 Pequena 13 29 99 M M
68 Grande 24 21 50 B B
69 Micro 11 6 99 A A
70 Média 10 11 99 A A
71 Pequena 25 31 10 I I
72 Média 25 31 10 I I
73 Micro 23 91 99 B B
74 Micro 23 91 99 B B
75 ² Média - - - - -
76 Pequena 24 21 75 B B
27 41 99 B
77 Grande B
27 31 99 B
18 99 99 A
78 Pequena A
23 51 99 B
18 99 99 A
79 Micro A
23 91 99 B
18 99 99 A
80 Média A
23 91 99 B
81 Média 23 51 99 B B
18 99 99 A
82 Pequena A
23 51 99 B
83 Pequena 26 9 99 M M
26 12 50 B
84 Média B
27 43 99 B
85 Pequena 17 21 10 A A
86 Micro 24 21 50 B B
87 Pequena - - - - -
(*) Segue a numeração do cadastrodo FIEP
¹ A indústria se localiza no centro
² A indústria se localiza na Zona Rural do Conde
Fonte: elaboração própria, a partir dos dados apresentados na norma MN-050.R1.
OBS: Para as empresas que possuem mais de um código de tipologia (por realizarem diferentes atividades
na mesma unidade fabril) adotou-se o potencial poluidor geral mais alto para a empresa.
49
Então, 35,9% das indústrias apresentam potencial poluidor alto, 11,54% do
total tem o potencial poluidor médio, 44,87% das indústrias possuem o potencial
poluidor baixo e 7,7% tem potencial poluidor insignificante.
As indústrias com a tipologia de reciclagem não possuem uma classificação para
o potencial poluidor na norma MN 050.R5, então se limitou a colocar apenas a
tipologia e porte.
14
12
10 GRANDE
8 MÉDIA
Nº de indústrias
PEQUENA
6
MICRO
4
0
Têxtil
Química
Borracha
Extração de
Metalúrgia
Bebidas
farmacêutico e
Mobiliário
alimentares
Construção civil
Editorial e gráfica
Produtos minerais
Papel e papelão
minerais
Vestuário,calçadose
matériais plásticas
Produtos
artefato de tecido
não metálicos
Produtos
Produtos e
50
Gráfico 3 - Análise cruzada entre potencial poluidor e tipologia das indústrias.
14
12
10
ALTA
8 MÉDIA
6 BAIXO
INSIGNIFICANTE
4
Têxtil
Química
Borracha
Extração de
Metalúrgia
Bebidas
farmacêutico e
Mobiliário
alimentares
Construção civil
Editorial e gráfica
Produtos minerais
Papel e papelão
minerais
Vestuário,calçadose
matériais plásticas
Produtos
artefato de tecido
não metálicos
Produtos
Produtos e
51
7 COMPARAÇÃO DE METODOLOGIAS
52
Gráfico 4 - Comparação das Metodologias.
Comparação de M etodologia
INSIGNIFICANTE
3
BAIXO
MÉDIO
2
ALTO
0
CARREFOUR PONTE EXUTÓRIO
53
8 CONCLUSÃO
54
9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
55
ONU. Organização das Nações Unidas. Declaração da “ONU Água” para o Dia Mundial
da Água 2010, Nações Unidas no Brasil (ONUBR). Disponível em:
http://www.onu.org.br/a-onu-em-acao/a-onu-em-acao/a-onu-e-a-agua/. Acesso em:
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___O uso de agrotóxicos nas áreas irrigadas da bacia do rio Gramame no estado da
Paraíba. 21º Congresso Brasileiro de Engenharia Sanitária e Ambiental. Disponível em:
http://www.bvsde.paho.org/bvsaidis/brasil21/vi-083.pdf. Acesso em: 09 de Junho,
2012.
56
57