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Os aminoglicosídeos são bactericidas que atuam inibindo a síntese

proteica de diversos microrganismos, em especial as bactérias aeróbicas


gram-negativas, porém vale ressaltar que tais fármacos são muito mal
absorvidos pelo trato digestivo, em que é necessário serem administrados
por via intravenosa ou intramuscular. Esses medicamentos são indicados
para o tratamento de sepses e prevenção de infecções pós-operatórias,
contudo ao escolher essas drogas é preciso estar ciente que uma das
principais características que devem ser levadas em consideração são os
seus efeitos colaterais, dentre os quais se destaca a nefrotoxicidade, que
aparece em 10% a 20% dos pacientes tratados com aminoglicosídeos. É
preciso considerar que por serem moléculas polarizadas, esses fármacos
demoram a ser excretados, causando o acúmulo nas células renais e
consequentemente a nefrotoxicidade. No entanto, na tentativa de manter
a eficácia bactericida e evitar a nefrotoxicidade, dois regimes terapêuticos
são sugeridos: dose única ou múltiplas doses diárias. Embora, o regime de
múltiplas doses seja o tradicionalmente adotado, por características
intrínsecas dos aminoglicosídeos, o regime de dose única diária se
apresenta superior em vários aspectos e por isso é mais útil em diversas
situações tais como em pacientes adultos com a função renal normal.
Todavia, em neonatos ainda existem dúvidas de qual seria o melhor
regime de tratamento e qual traria menos nefrotoxicidade. Este trabalho,
portanto, procurou relatar o que as pesquisas mais recentes trazem sobre
os regimes terapêuticos de aminoglicosídeos a serem utilizados em recém
nascidos, bem como buscando na farmacocinética e na farmacodinâmica,
uma explicação para o regime de dosagem ideal, levando em consideração
a nefrotoxicidade e eficácia dos métodos aplicados. Para cumprir tais
objetivos realizou-se uma pesquisa em artigos científicos no banco de
dados PubMed, publicados na língua inglesa, no período de 2010 a 2017,
que relatassem sobre a relação entre a nefrotoxicidade em neonatos
tratados com aminoglicosídeos e a eficiência dos regimes terapêuticos
utilizados nesses tratamentos, além da consulta a livros didáticos de
farmacologia. A pesquisa trouxe como resultado a demonstração de que
os neonatos compõem um subgrupo da população, na qual pode ser
difícil a definição de um método padrão de dosagem de antimicrobianos.
Então, a partir de diversas pesquisas acerca da farmacocinética e
farmacodinâmica dos aminoglicosídeos, bem como por intermédio de
testes em grande número de recém nascidos foi observado que a
utilização dessa classe de antimicrobianos, em especial a gentamicina,
nos mesmo, com doses de tempo estendido (48, 36 e 24 horas) atingiram
o nível terapêutico desejado e na grande maioria dos casos não houve
problemas com a toxicidade dos medicamentos. Porém, a utilização de
doses múltiplas diárias mostrou não atingir o nível terapêutico desejado
em alguns dos casos, tendo sido necessário um reajuste na dose após um
determinado período de uso para manter a eficácia do
tratamento, entretanto foi constatado que em função da diferença de
perfis, dos neonatos em países em desenvolvimento, pode afetar a
forma como deve ser feito o tratamento, sendo necessário que esses
países realizem pesquisas e tenham como base, estudos sobre a
farmacocinética e farmacodinâmica dos antimicrobianos em recém
nascidos de seu território para determinar o regime terapêutico mais
apropriado. Com o estudo realizado foi possível, através da análise de
testes realizados em neonatos nos artigos pesquisados, constatar que a
administração de aminoglicosídeos em intervalos estendidos, tendo
como principal representante nos testes a gentamicina, é mais eficiente
em tratamentos de recém-nascidos e que a nefrotoxicidade foi
percebida em muito poucos casos, porém, devido a diferença de perfil
entre os recém-nascidos de diversos países, é necessário que cada país
pesquise a respeito antes de definir um regime padrão de dosagem.+++

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