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Rede Metrológica RS

CERTIFICAÇÃO DE PRODUTOS
GUIA PRÁTICO

Porto Alegre
2000
2000 Rede Metrológica RS
É vedada a reprodução total ou parcial deste volume, por quaisquer meios, sem autorização
expressa da Rede de Metrológica RS.

1ª Edição: 5.000 exemplares


Esta obra é resultado do convênio CT 1014/0-98 e aditivo CT 1014/1-98 firmado
entre o SEBRAE - Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Rio
Grande do Sul, a FIERGS - Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do
Sul, a Rede Metrológica RS e do Projeto CNPq/RHAE nº 610138/99-5: Capacitação
e Fortalecimento da Rede Metrológica RS.

Grupo de bolsistas CNPq/RHAE responsáveis pela elaboração deste guia:


Engenheiro Günther Gaulke Júnior
Adriana Lacerda Antunes
Roberto Carvalhal Sica

Coordenador do Comitê Executivo da Rede Metrológica RS: Engenheiro Paulo


Fernando Presser

Supervisão: Engenheiro João Carlos Guimarães Lerch

Coordenação do Projeto CNPq/RHAE: Professor João Alziro Herz da Jornada, Ph.D.

Coordenação do Projeto de Certificação de Produtos: Engenheiro Álvaro Medeiros


de Farias Theisen, M.Sc.

Colaboradores:
Engenheiro Antônio Carlos A. Guimarães - Resp. pelas Atividades de Certificação CE na
DNV Brasil
Engenheiro Péricles Arilho - Gerente de Marketing e Vendas da UL Brasil
Engenheiro Vainer Grizante - Gerente Técnico da União Certificadora

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PREFÁCIO

A partir dos anos 90 o Brasil se viu frente a um súbito e intenso


desafio para a competitividade internacional de seus produtos e
serviços.
Dois importantes fatos, um interno e outro externo,
combinaram-se para criar esta ameaça/oportunidade à indústria
brasileira. Internamente o Brasil abriu sua economia, reduzindo
drasticamente antigas e tradicionais barreiras protecionistas.
Externamente, o colapso da União Soviética livrou o mundo da
Guerra Fria incentivando uma globalização sem precedentes nas
atividades industriais e comerciais.
Apesar deste novo cenário ser particularmente favorável às
grandes empresas dos países desenvolvidos, que têm marcos bem
conhecidos e reputação de confiabilidade reconhecidas
mundialmente, as pequenas empresas têm também boas
oportunidades: foram aperfeiçoados mecanismos formais de
reconhecimento, que se bem utilizados podem ser extremamente
úteis à competitividade das pequenas e médias empresas, em países
periféricos como o Brasil. Esta obra trata exatamente deste
assunto: A Certificação de Produtos – como assunto dinâmico e
altamente atual, cujo domínio representa não apenas a
sobrevivência das empresas brasileiras, principalmente pequenas e
médias, mas, o que é mais importante, significa uma oportunidade
ímpar de crescimento e expansão no ambiente de negócios da
atualidade.
Esta obra é atual, oportuna e necessária. Seu estilo simples,
prático e direto faz dela uma leitura obrigatória para todas as
empresas, principalmente as pequenas e médias, que necessitam
sobreviver e expandir neste mundo altamente competitivo e
globalizado.
João Alziro Herz da Jornada
Diretor de Metrologia Científica e Industrial do INMETRO

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SUMÁRIO

PREFÁCIO..........................................................................................................3

2. INTRODUÇÃO...............................................................................................6

3. AVALIAÇÃO E GARANTIA DA CONFORMIDADE.............................8

4. ORGANIZAÇÔES ATUANTES NA AVALIAÇÃO DA


CONFORMIDADE...........................................................................................13
LABORATÓRIOS....................................................................................14
REDE BRASILEIRA DE CALIBRAÇÃO - RBC.......................................14
REDE BRASILEIRA DE LABORATÓRIOS DE ENSAIO - RBLE..........14
REDE METROLÓGICA RS......................................................................15
ORGANISMOS DE CERTIFICAÇÃO DE PRODUTOS - OCP................15
LISTA DE ORGANISMOS CERTIFICADORES DE PRODUTOS .........15
5. NORMALIZAÇÃO .....................................................................................27
DEFINIÇÃO.............................................................................................27
OBJETIVOS DA NORMALIZAÇÃO.......................................................27
FATORES QUE IMPULSIONAM A NORMALIZAÇÃO.........................28
ALGUNS CONCEITOS............................................................................28
NÍVEIS DE NORMALIZAÇÃO...............................................................29
PROCESSO DE ELABORAÇÃO DE NORMAS BRASILEIRAS.............33
TIPOS DE NORMAS TÉCNICAS............................................................34
6. CERTIFICAÇÃO DE PRODUTOS NO BRASIL....................................36
BENEFÍCIOS DA CERTIFICAÇÃO........................................................36
MODELOS DE CERTIFICAÇÃO............................................................36
CERTIFICAÇÃO VOLUNTÁRIA............................................................38
CERTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA..........................................................40
FISCALIZAÇÃO......................................................................................41
COMO CERTIFICAR UM PRODUTO.....................................................46
FASES DE UM PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO ................................49
CUSTOS ASSOCIADOS AO PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO.............51
FORMAS DE APOIO ÀS ATIVIDADES DE CERTIFICAÇÃO
DISPONÍVEIS NO RS..............................................................................52
4
PROGRAMA RUMO À ISO 9000.............................................................52
..................................................................................................................52
BÔNUS METROLOGIA ..........................................................................53
7. OUTRAS AÇÕES EM AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE NA
INDÚSTRIA......................................................................................................55
AVALIAÇÃO DE CONFORMIDADE SETORIAL..................................55
CERTIFICAÇÃO DE SISTEMA EVOLUTIVO NA CONSTRUÇÃO
CIVIL.......................................................................................................55
AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE DE ALIMENTOS........................55
8. CERTIFICAÇÕES E DECLARAÇÕES NECESSÁRIAS PARA
EXPORTAR......................................................................................................62
MARCAÇÃO CE ....................................................................................62
MARCA UL ............................................................................................70
CERTIFICAÇÃO ARGENTINA PARA EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS 78
9. ACORDOS DE RECONHECIMENTO.....................................................84

10. ANEXOS .....................................................................................................86


ANEXO A – MARCAS DE CONFORMIDADE ESTRANGEIRAS..........87
MARCA DE CONFORMIDADE DO ORGANISMO ESPANHOL DE CERTIFICAÇÃO...................88
ANEXO B – APROVAÇÃO DE MODELO E VERIFICAÇÕES EM
INSTRUMENTOS DE MEDIR E MEDIDAS MATERIALIZADAS.........90
11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................94

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2. INTRODUÇÃO

O mercado tem exigido das organizações produtos e serviços com


qualidade cada vez maior, por preços cada vez menores.
Uma alternativa para enfrentar essas pressões pode ser a certificação,
uma das modalidades de avaliação da conformidade, ferramenta capaz
de aumentar a competitividade das organizações.

A avaliação da conformidade teve impulso inicial no Brasil pelas


avaliações de sistemas de gestão da qualidade por segunda parte,
modalidade conhecida como qualificação de fornecedores, ainda muito
utilizada para tomada de decisão sobre grandes contratos de
fornecimento.
Da necessidade de racionalizar os gastos com múltiplas avaliações da
conformidade, aumentar a confiabilidade no processo e a
independência nos julgamentos, difundiram-se no Brasil nos anos 90,
com a abertura econômica, as certificações por terceira parte com base
nas normas ISO 9000, verdadeiro símbolo da globalização.
A tendência nacional é a difusão da cultura da certificação de produtos,
impulsionada pelas pressões que vêm do mercado consumidor ou pela
necessidade do Estado garantir saúde e segurança ao cidadão,
proteção ao meio ambiente e prevenção de práticas lesivas ao
comércio.
O presente trabalho foi planejado para orientar pessoas ligadas à
indústria, sobre as ações que vêm sendo desenvolvidas relacionadas ao
tema certificação de produtos, com detalhamento das atividades
realizadas no país e apresentando algumas atividades de avaliação da
conformidade requeridas para exportação de produtos para outros
países.

6
Figura 2.1: Algumas Marcas de Conformidade Mundiais

7
3. AVALIAÇÃO E GARANTIA DA CONFORMIDADE

A Avaliação da Conformidade é um exame sistemático do grau de


atendimento por parte de um produto, processo ou serviço aos
requisitos especificados.
É um poderoso instrumento para o desenvolvimento industrial e
proteção ao consumidor e pode ser realizada através de auditorias,
ensaios ou inspeções.

Auditoria é o exame sistemático e independente para determinar se as


atividades da qualidade e os resultados a ela relacionados se adequam
a disposições planejadas e se estas são efetivamente implementadas e
apropriadas para atingir os objetivos.

Exemplo: auditorias de sistemas de gestão da qualidade realizadas com


base nas normas ISO 9000.

Ensaio é a operação técnica que consiste na determinação de uma ou


mais características de um dado produto, processo ou serviço, de
acordo com um procedimento especificado.

Exemplo: Ensaio de resistência à chama para fios e cabos elétricos


executado segundo a NBR 6244:1980.

Inspeção é a avaliação da conformidade pela observação e


julgamento, acompanhada, conforme apropriado, por medições, ensaios
ou uso de calibres.

Exemplos: Inspeção em construções, elevadores, vasos de pressão,


tubulações e extintores de incêndio visando minimizar a probabilidade
de riscos de acidentes e os potenciais danos ao homem e ao meio
ambiente.

8
Figura : Atividades de inspeção (refazer a figura)

A Garantia da Conformidade é a atividade que resulta em uma


declaração proporcionando confiança que um produto, processo ou
serviço atende aos requisitos especificados.
Nada mais é do que a comprovação da conformidade realizada através
de certificação, declaração do fornecedor ou processo de qualificação
de fornecedores.

Certificação é o procedimento pelo qual uma terceira parte dá garantia


escrita de que um produto, processo ou serviço está em conformidade
com os requisitos especificados.

Exemplo: Certificação compulsória de fios e cabos até 750 V, instituída


através da Portaria do INMETRO nº 032, de 10 de março de 1999, e
que referencia a norma técnica NBR 6148 como o padrão a ser
atendido.

As atividades de certificação no Brasil situam-se dentro de três grandes


áreas:
• Certificação de Produtos / Serviços (ex.: Brinquedos e Retífica de
Motores);
• Certificação de Sistemas de Gestão (ex.: ISO 9000 e ISO14000);
• Certificação de Pessoal (ex.: Certificação de Auditores de Sistema
de Gestão da Qualidade e Qualificação de Supervisores de
Soldagem e de Soldadores).

A Marca de Conformidade é a marca registrada, aposta ou emitida de


acordo com as regras de um sistema de certificação, indicando
confiança de que o correspondente produto, processo ou serviço está
em conformidade com uma norma específica ou outro documento
normativo.
No anexo B são apresentadas algumas marcas de conformidade
estrangeiras.
9
O Certificado de Conformidade é o documento emitido de acordo
com as regras de um sistema de certificação, indicando que existe um
nível adequado de confiança de que um produto, processo ou serviço,
devidamente identificado, está em conformidade com uma norma
específica ou outro documento normativo.

Figura : Modelo de um Certificado de Conformidade de Produto

Declaração do fornecedor é uma garantia escrita, dada pelo


fornecedor, de que um produto, processo ou serviço está em
conformidade com os requisitos especificados. Em geral, pode estar na
forma de um documento, de um rótulo ou de outro meio equivalente.

O ISO/IEC GUIA 22 apresenta os procedimentos recomendados para


elaboração da declaração de fornecedor.
A declaração do fornecedor deve indicar:
• Nome e endereço do fornecedor;
• Identificação do produto, processo ou serviço;
• Norma técnica relevante (título, número e data da emissão ou
revisão);
• Data da emissão da declaração;
• Assinatura e função do responsável;
10
• Nota esclarecendo que a declaração emitida é única e exclusiva
responsabilidade do fabricante.

Exemplo: Declaração compulsória para fornecedores de isqueiros,


recentemente instituída no âmbito do SINMETRO.

Qualificação de fornecedor é o ato em que o fornecedor é avaliado


segundos os critérios do comprador (segunda parte), de modo a
verificar se o produto, processo, serviço está em conformidade com
uma norma ou outro documento normativo especificado.

QUEM AVALIA A CONFORMIDADE

PRIMEIRA PARTE
Na avaliação da conformidade de produtos, processos ou serviços por
primeira parte, o próprio fornecedor realiza a avaliação da
conformidade em relação a requisitos especificados.

SEGUNDA PARTE
Na avaliação de produtos, processos ou serviços por segunda parte,
modalidade conhecida como qualificação de fornecedores, o
comprador avalia a conformidade do objeto do fornecimento para fins
de tomada de decisão sobre o fechamento de determinado contrato.

TERCEIRA PARTE
Na avaliação da conformidade de produtos, processos ou serviços por
terceira parte, um organismo reconhecido como independente das
partes envolvidas (fornecedor e comprador) avalia a conformidade em
relação a requisitos especificados.

Existem ainda as práticas de etiquetagem de produtos para veiculação


de informações técnicas aos consumidores, que não devem ser
entendidas como modalidade de avaliação da conformidade, uma vez
que não consideram uma norma para fins de aprovação dos resultados.

Etiquetagem é prática de verificação de dados técnicos de desempenho


de um produto, em especial aqueles relacionados à eficiência do
mesmo, que são divulgados através de uma etiqueta informativa.

Exemplo: O Programa Brasileiro de Etiquetagem, que vem sendo


conduzido pelo INMETRO e que conta com a participação de
associações representativas de fabricantes de eletrodomésticos, como
11
a ABINEE e a ELETROS, além de outros órgãos governamentais como
a PETROBRÁS (Cepel e Procel). Tem como principais objetivos a
diminuição do consumo de energia elétrica em aparelhos
eletrodomésticos da chamada linha branca, o estabelecimento de
requisitos de segurança e de ações para a definição de índices mínimos
de eficiência energética.

Figura: Exemplos de etiquetas do Programa Brasileiro de Etiquetagem

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4. ORGANIZAÇÔES ATUANTES NA AVALIAÇÃO DA
CONFORMIDADE

Um sistema brasileiro para avaliação da conformidade surgiu em 1973,


quando foram instituídos o Sistema Nacional de Metrologia,
Normalização e Qualidade Industrial (SINMETRO) e o Conselho
Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial
(CONMETRO), de forma a criar uma infra-estrutura de serviços
tecnológicos capaz de avaliar e certificar, a qualidade de produtos,
serviços, sistemas e pessoal.
O Sistema Brasileiro de Certificação (SBC) é o sistema reconhecido
pelo país que possui regras próprias e procedimentos de gestão para
realizar a avaliação da conformidade, aprovados pelo CONMETRO.
O órgão executivo do SINMETRO, o Instituto Nacional de Metrologia,
Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO), tem por competência
executar a política de metrologia legal, científica e industrial e de
avaliação da conformidade de produtos, serviços e processos.
O SINMETRO foi criado para aproveitar todo potencial público e
privado nacional que esteja envolvido em suas áreas de abrangência.
Nesse sentido, as entidades que exercem atividades relacionadas à
metrologia, normalização e qualidade industrial são integrantes do
Sistema.

Credenciamento é o procedimento pelo qual um organismo autorizado


reconhece formalmente que outro organismo ou pessoa é competente
para desenvolver tarefas específicas.

O INMETRO credencia as seguintes entidades:


• Organismos de Certificação de Pessoal;
• Organismos de Certificação de Produto;
• Organismos de Certificação de Sistemas de Gestão Ambiental;
• Organismos de Certificação de Sistemas da Qualidade;
• Organismos de Inspeção;
• Organismos de Treinamento;
• Laboratórios de Calibração;
• Laboratórios de Ensaio.

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A atuação dos organismos credenciados pelo INMETRO é muitas vezes
inter-relacionada. Para que seja viável a atuação dos organismos
certificadores de produtos, por exemplo, necessitam existir laboratórios
de ensaios e organismos de treinamento de auditores credenciados.

LABORATÓRIOS

REDE BRASILEIRA DE CALIBRAÇÃO - RBC

Criada em 1980 e constituída por laboratórios credenciados pelo


INMETRO, a RBC congrega competências técnicas e capacitações
vinculadas a indústrias, universidades e institutos tecnológicos,
habilitados para a realização de serviços de calibração.
Calibração é o conjunto de operações que estabelece a relação entre
os valores indicados por um instrumento de medição e os valores
correspondentes de um padrão.
O credenciamento dos laboratórios de calibração é a confirmação da
capacidade técnica e operacional do laboratório. A concessão do
credenciamento atribuído pelo INMETRO efetua-se em conformidade
com os procedimentos internacionais que constam nos requisitos da
norma ISO/IEC 17025.
A RBC utiliza padrões metrológicos rastreáveis às referências
metrológicas mundiais, estabelecendo vínculo com as unidades do
Sistema Internacional de Unidades e constituindo a base técnica
imprescindível ao livre comércio entre as áreas econômicas
preconizado nos mercados globalizados.

REDE BRASILEIRA DE LABORATÓRIOS DE ENSAIO - RBLE

A RBLE é um conjunto de laboratórios credenciados pelo INMETRO


para a execução dos serviços de ensaio, aberto a qualquer laboratório,
nacional ou estrangeiro, que atenda aos critérios do INMETRO. Seus
objetivos são:
• Aperfeiçoar os métodos de ensaio e gerenciamento dos laboratórios
que prestam serviços no Brasil;
• Identificar e reconhecer oficialmente laboratórios no Brasil;
• Promover a aceitação dos dados de ensaio de laboratórios
credenciados, tanto nacional quanto internacionalmente;
• Facilitar o comércio interno e externo;
• Utilizar de modo racional a capacitação laboratorial do país;
• Aperfeiçoar a imagem dos laboratórios realmente capacitados.

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REDE METROLÓGICA RS

No Estado do Rio Grande do Sul, a comunidade industrial dispõe da


REDE METROLÓGICA RS, organização não governamental, sem fins
lucrativos, que disponibiliza uma rede laboratórios filiados de calibração
e ensaios, avaliados periodicamente segundo critérios rigorosos que
comprovem a qualificação dos seus serviços, por técnicos da
organização.
A Rede Metrológica RS atua em cooperação com o INMETRO e tem
como um de seus objetivos principais apoiar o credenciamento de seus
laboratórios filiados às redes RBC e RBLE.
A seriedade e consistência do trabalho desenvolvido pela Rede está
sedimentada no seu compromisso público com a qualidade. O Sistema
de Gestão da Qualidade da Rede Metrológica RS é oficialmente
reconhecido pela Certificação ISO 9002 concedida pela Det Norske
Veritas, para o escopo de “Avaliação de Laboratórios de Calibração e
Ensaios”, e pelo reconhecimento que recebeu da General Motors
Internacional para avaliar laboratórios pela ISO GUIA 25.

ORGANISMOS DE CERTIFICAÇÃO DE PRODUTOS - OCP

São organismos que efetuam a certificação da conformidade de


produtos nas áreas voluntária e compulsória, com base em
regulamentos técnicos ou normas brasileiras, regionais ou
internacionais.
Qualquer organismo público, privado ou misto, sem fins lucrativos, de
terceira parte, pode ser credenciado como organismo de certificação,
desde que atenda aos princípios e políticas do SBC e aos critérios,
regulamentos e procedimentos estabelecidos pelo INMETRO.
Todos organismos de certificação credenciados pelo INMETRO podem
fazer acordos de reconhecimento de suas atividades nas áreas
voluntária e compulsória com organismos de outros sistemas
estrangeiros, por meio de convênios, associações e subcontratações,
para que suas certificações sejam aceitas mutuamente, desde que haja
garantia de que tais certificações sejam realizadas segundo regras
equivalentes às utilizadas no SBC.
É vedada a participação dos organismos certificadores em atividades
de consultoria, de acordo com as normas e guias ABNT ISO/IEC e as
recomendações dos foros internacionais.

LISTA DE ORGANISMOS CERTIFICADORES DE PRODUTOS


- Fonte: site do INMETRO – www.inmetro.gov.br, dados de 07/07/2000 -
15
OCP 0001
FCAV – Fundação Carlos Alberto Vanzolini
Av. Prof. Almeida Prado, 531 – 1º Andar – Cidade Universitária
CEP 05508-900 – São Paulo / SP
Tel: (11) 814-7366 R:383 / 384
Fax: (11) 814-7496 / 814-7372
Home page: www.vanzolini.org.br
e-mail: certprod@vanzolini.org.br
Escopos de Credenciamento:
• Extintores de incêndio com carga d’água;
• Extintores de incêndio com carga de gás carbônico (fabricação);
• Extintores de incêndio com carga de pó químico (fabricação);
• Extintores de incêndio com carga para espuma mecânica
(fabricação);
• Extintores de incêndio portátil de hidrocarbonetos halogenados
(fabricação);
• Inspeção, manutenção e recarga de extintores de incêndio;
• Pneus novos de motocicletas, motonetas e ciclomotor, segundo o
regulamento técnico;
• Pneus para automóveis, camionetas de uso misto e seus rebocados
leves, camionetas, micro-ônibus, ônibus, caminhões e seus
rebocados;
• Queimadores de mesa, cobertos e descobertos, de fogões, fogões
de mesa, fornos para uso doméstico e similares a gás.
Mantém Acordos de Reconhecimento Mútuo com os Organismos:
IRAM (Argentina), INCOTEC (Colômbia) e outros organismos para
marcação CE, como o IMQ (Itália).

OCP 0002
IBQN – Instituto Brasileiro de Qualidade Nuclear
Av. General Justo, 365 – 4º Andar
CEP 20021-130 – Rio de Janeiro / RJ
Tel: (21) 282-1351
Fax: (11) 262-2658
Home page: www.ibqn.com.br
e-mail: ibqn@ibqn.com.br
Escopos de Credenciamento:
• Distribuidoras de GLP e de oficinas de requalificação de recipientes
transportáveis de aço para GLP;
• Equipamentos eletromédicos;
• Extintores de incêndio com carga d’água;
• Extintores de incêndio com carga de gás carbônico (fabricação);
16
• Extintores de incêndio com carga de pó químico (fabricação);
• Extintores de incêndio com carga para espuma mecânica
(fabricação);
• Extintores de incêndio portátil de hidrocarbonetos halogenados
(fabricação);
• Inspeção, manutenção e recarga de extintores de incêndio;
• Mangueiras de PVC para GLP;
• Recipientes transportáveis de aço para GLP;
• Reguladores de pressão para GLP.

OCP 0003
IFBQ – Instituto Falcão Bauer da Qualidade
Rua Aquinos – 111 – Água Branca
CEP 050036-070 – São Paulo / SP
Tel: (11) 861-0833 / 861-1729
Fax: (11) 861-0170
Home page: www.falcaobauer.com.br
e-mail: ifbq@ifbauer.org.br
Escopos de Credenciamento:
• Capacete de proteção para ocupantes de motocicletas e similares;
• Mangueira de PVC para GLP;
• Panela de pressão;
• Pneus novos de motocicletas, motonetas e ciclomotores;
• Pneus para automóveis, camionetas de uso misto e seus rebocados
leves, camionetas, micro-ônibus, ônibus, caminhões e seus
rebocados;
• Preservativo masculino de látex;
• Rodas de ligas leves para automóveis – verificação da durabilidade
e resistência;
• Rodas para automóveis – verificação da durabilidade e resistência;
• Rodas para caminhão – verificação da durabilidade e resistência;
• Segurança de brinquedos;
• Segurança de mamadeiras.

OCP 0004
UCIEE – União Certificadora
Alameda Santos, 1827 – 13º Andar
CEP 01419-002 – São Paulo / SP
Tel: (11) 253-9000
Fax: (11) 253-9879
17
Home page: www.uciee.org
e-mail: uciee@ibm.net
Escopos de Credenciamento:
• Aparelhos de alta fidelidade;
• Aparelhos de iluminação;
• Aparelhos e componentes eletrônicos;
• Aparelhos e dispositivos de baixa tensão;
• Condensadores e filtros;
• Contatores e disjuntores elétricos;
• Dispositivos de sistemas de alarme;
• Distribuidoras de GLP e de oficinas de requalificação de recipientes
transportáveis de aço para GLP;
• Equipamentos elétricos para atmosferas explosivas;
• Equipamentos eletromédicos;
• Etiquetagem de performance de produtos eletro-eletrônicos;
• Ferramentas Portáteis;
• Fios e cabos até 750 V;
• Informática;
• Instrumentos;
• Mangueiras de PVC para GLP;
• Rádio-interferência e compatibilidade eletromagnética;
• Reguladores de pressão para GLP;
• Telecomunicações (equipamentos disponíveis no comércio
varejista).
Mantém Acordos de Reconhecimento Mútuo com os Organismos:
UNIT (Uruguai), IRAM (Argentina), UL (EUA) , TÜV BAYERN
(Alemanha), VDE (Alemanha), KEMA (Holanda), FIMKO (Finlândia),
IMQ (Itália), CSQ (Itália), MET (EUA), ITS (EUA), CSA (Canadá), LCIE
(França) e LATU (Uruguai).

OCP 0005
ABNT–Associação Brasileira de Normas Técnicas
Av. Treze de Maio, 13 – 28º Andar
CEP 20003-900 – Rio de Janeiro / RJ
Tel: (21) 210-3122
Fax: (21) 240-8249
Home page: www.abnt.org.br
e-mail: dtc@abnt.org.br
Escopos de Credenciamento:
• Arame galvanizado para alma de condutores de alumínio;
• Barras e fios de aço;
• Barras redondas (aço mecânico);
18
• Distribuidoras de GLP;
• Extintores de incêndio com carga d’água (fabricação);
• Extintores de incêndio com carga de gás carbônico (fabricação);
• Extintores de incêndio com carga de pó químico (fabricação);
• Extintores de incêndio com carga p/ espuma mecânica (fabricação)
• Extintores de incêndio portáteis de hidrocarbonetos halogenados
(fabricação);
• Grampo pesado para cabo de aço;
• Inspeção, manutenção e recarga em extintores de incêndio;
• Laço de cabo de aço;
• Manilha para movimentação de carga;
• Oficinas de requalificação de recipientes transportáveis de aço para
GLP;
• Perfil de aço tipo I, perfil de aço tipo U, cantoneira de aço (abas
iguais);
• Sapatilha para cabo de aço;
• Soquete para cabo de aço.

OCP 0006
IQB–Instituto da Qualidade do Brinquedo e de Artigos Infantis
Av. Pedroso de Morais, 2219 – Pinheiro
CEP 05419-001 – São Paulo / SP
Tel: (11) 816-4755
Fax: (11) 816-6354
Home page: não disponível
e-mail: iqb@osite.com.br
Escopos de Credenciamento:
• Segurança de artigos para festa;
• Segurança de berços infantis;
• Segurança de brinquedos;
• Segurança de cadeiras altas.
Mantém Acordo de Reconhecimento Mútuo com o Organismo:
IRAM (Argentina).

OCP 0007
CEPEL–Centro de Pesquisa de Energia Elétrica
Av. Olinda, s/nº – Adrianópolis – Nova Iguaçu
CEP 26053-121 – Rio de Janeiro / RJ
Tel: (21) 667-2111 ramal 162
Fax: (21) 667-8630
Home page: www.cepel.br
e-mail: burd@cepel.br
19
Escopos de Credenciamento:
• Equipamentos de iluminação e seus componentes;
• Equipamentos elétricos de baixa e média tensão;
• Equipamentos elétricos para atmosferas explosivas;
• Equipamentos eletrodomésticos;
• Equipamentos eletromédicos;
• Equipamentos eletrônicos (compatibilidade eletromagnética);
• Fios e cabos até 750 V;
• Fusíveis e disjuntores de média e baixa tensão;
• Interruptores, plugues e tomadas.

OCP 0008
INOR–Instituto de Normalização na Segurança, Qualidade,
Produtividade, Avaliações e Juízo Arbitral
Av. Rio Branco, 322 – Grupo123 – Centro
CEP 01205-000 – São Paulo / SP
Tel: (11) 224-9248 / 221-2633
Fax: (11) 222-7772
Home page: não disponível
e-mail: inor@uol.com.br
Escopos de Credenciamento:
• Adaptação de eixo veicular auxiliar em caminhões;
• Capacete de proteção para ocupantes de motocicletas e similares;
• Eixo veicular auxiliar para caminhão (fabricação);
• Embalagem plásticas de até 5 litros, destinadas ao envasilhamento
de álcool;
• Fósforos de segurança;
• Inspeção, manutenção e recarga em extintores de incêndio;
• Queimadores de mesa, cobertos e descobertos de fogões; fogões
de mesa; fornos de uso domésticos e similares a gás.

OCP 0009
IQA–Instituto da Qualidade Automotiva
Alameda dos Aicás, 95 – Indianápolis
CEP 04086-000 – São Paulo / SP
Tel: (11) 5051-8971
Fax: (11) 5051-8971
Home page: www.iqa.org.br
e-mail: webmaster@iqa.org
Escopos de Credenciamento:
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Produtos:
• Adaptação de eixo veicular auxiliar para caminhões;
• Aditivos para arrefecimento de motor endotérmico, tipos A e B,
concentrados;
• Capacete de proteção para ocupantes de motocicletas e
similares;
• Catalisadores automotivos;
• Eixo veicular auxiliar para caminhões (fabricação);
• Faróis;
• Lanternas;
• Líquido para freios (tipo 2,3,4 e 5);
• Pneus novos de motocicletas, motonetas e ciclomotores;
• Pneus para automóveis, camionetas de uso misto e seus
rebocados leves, camionetas, micro-ônibus, ônibus, caminhões e
seus rebocados;
• Retrorefletores;
• Rodas de ligas leves para automóveis - verificação da
durabilidade e resistência;
• Rodas para automóveis - verificação da durabilidade e
resistência;
• Rodas para caminhão - verificação da durabilidade e
resistência;
• Sistemas de freios;
• Veículo porta conteiner - fabricação e adaptação.
Serviços:
• Retífica de motores;
• Serviços para centros de reparação de veículos automotores:
- Oficinas de reparação / manutenção de sistema de freios;
- Centro de reparação em funilaria e pintura de veículos
automotores;
- Centro de reparação em suspensão de veículos automotores;
- Centro de reparação em sistema de direção de veículos
automotores;
- Centro de reparação em sistema de escapamento de veículos
automotores.
Mantém Acordos de Reconhecimento Mútuo com os Organismos:
TÜV SÜDDEUTSCHLAND (Alemanha) e UTAC (França).

OCP 0010
CCB – Centro Cerâmico do Brasil
Rua Machado Bitencourt, 205/86 – 8º Andar – Vila Clementino
CEP 04044-000 – São Paulo / SP
21
Tel: (11) 575-2899 / 5080-3733
Fax: (11) 575-5479
Home page: www.ccb.org.br
e-mail: ccb@ccb.org.br
Escopos de Credenciamento:
• Revestimentos Cerâmicos.

OCP 0011
IEE – Instituto de Eletrotécnica e Energia
Av. Prof. Luciano Gualberto, 1289 – Butantã
CEP 05508-900 –São Paulo / SP
Tel: (11) 818-4921 ramal 310/312
Fax: (11) 212-9983 / 210-7750
Home page: www.iee.usp.br
e-mail: certusp@iee.usp.br
Escopos de Credenciamento:
• Equipamentos elétricos para atmosferas explosivas;
• Equipamentos eletromédicos.
Mantém Acordos de Reconhecimento Mútuo com os Organismos:
CSA (Canadá) e KEMA (Holanda).

OCP 0012
FBTS – Fundação Brasileira de Tecnologia da Soldagem
Rua São Francisco Xavier, 601 – 2º Andar – Maracanã
CEP 20550-011– Rio de Janeiro / RJ
Tel: (21) 567-0811
Fax: (21) 567-0811
Home page: www.fbts.com.br
e-mail: fbts@ibm.net
Escopos de Credenciamento:
• Consumíveis de soldagem (eletrodos revestidos, arames sólidos e
tubulares, varetas e fluxos utilizados em diversos processos de
soldagem, alumínio e ligas de alumínio, cobre e ligas de cobre,
níquel e ligas de níquel, titânio e ligas titânio e ferro fundido).
OCP 0013
PUC – Pontifícia Universidade Católica – NPT/SP (Núcleo de
Pesquisa Tecnológica)
Rua Marquês de Paranaguá, 111 – Consolidação
CEP 01303-050 – São Paulo / SP
Tel: (11) 256-1622 ramal 226
Fax: (11) 256-1622 ramal 228
Home page: não disponível
e-mail: occ@pucsp.br
22
Escopos de Credenciamento:
• Adaptação de eixo veicular auxiliar para caminhões;
• Capacete de proteção para ocupantes de motocicletas e similares;
• Carroçaria de ônibus urbano;
• Dispositivo de fixação de conteiner – fabricação;
• Eixo veicular auxiliar para caminhões – fabricação;
• Inspeção, manutenção e recarga de extintores de incêndio;
• Veículo porta-conteiner – adaptação;
• Veículo porta-conteiner – fabricação.

OCP 0014
ITQC – Instituto Brasileiro de Tecnologia e Qualidade da
Construção
Rua General Jardim, 633 – conj 71/72 – 7º Andar – Vila Buarque
CEP 01223-011 – São Paulo / SP
Tel: (11) 258-4396
Fax: (11) 258-4396
Home page: www.itqc.org.br
e-mail: itqc@itqc.org.br
Escopos de Credenciamento:
• Bloco vazado de concreto, com função estrutural;
• Bloco vazado de concreto, sem função estrutural.

OCP 0015
ICQ BRASIL – Instituto de Certificação Qualidade Brasil
Av. Anhangüera, 5440 – 1º Andar – Centro
CEP 74043-010 –Goiânia / GO
Tel: (62) 212-7644
Home page: não disponível
e-mail: icq@icqbrasil.com.br
Escopos de Credenciamento:
• Inspeção, manutenção e recarga de extintores de incêndio.

OCP 0016
BRTÜV – Avaliações da Qualidade Ltda. S/C
Av. Nilo Peçanha,11– Grupo 505
CEP 20020-100 – Rio de Janeiro / RJ
Tel: (21) 532-2113
Fax: (21) 532-2113
Home page: www.brtuv.com.br
e-mail: produtos@brtuv.com.br
Escopos de Credenciamento:
23
• Distribuidoras de GLP e de oficinas de requalificação de recipientes
transportáveis de aço para GLP;
• Equipamentos eletromédicos;
• Extintores de incêndio com carga d'água (fabricação);
• Extintores de incêndio com carga de gás carbônico (fabricação);
• Extintores de incêndio com carga de pó químico (fabricação);
• Extintores de incêndio com carga p/ espuma mecânica (fabricação);
• Extintores de incêndio portátil de hidrocarbonetos halogenados
(fabricação);
• Inspeção, manutenção e recarga de extintores de incêndio;
• Mangueira de PVC para GLP;
• Mangueiras de borracha para GLP, gás natural e gás de nafta;
• Recipientes transportáveis de aço para GLP;
• Reguladores de pressão para GLP.

OCP 0017
DNV – Det Norske Veritas Certificadora Ltda.
Rua Sete de Setembro, 55 – 15º Andar – Centro
CEP 20020-004 – Rio de Janeiro / RJ
Tel: (21) 509-7232
Fax: (21) 507-5012
Home page: www.dnv.com.br
e-mail: certificacao.brasil@dnv.com
Escopos de Credenciamento:
• Inspeção, manutenção e recarga de extintores de incêndio;
• Extintor de incêndio com carga de pó químico (fabricação);
• Extintor de incêndio com carga d'água (fabricação);
• Extintor de incêndio com carga de gás carbônico (fabricação);
• Extintor de incêndio com carga p/ espuma mecânica (fabricação);
• Extintor de incêndio portátil de hidrocarbonetos halogenados
(fabricação);
• Recipientes transportáveis de aço para GLP;
• Empresa distribuidora de GLP;
• Oficinas de requalificação de recipientes transportáveis de aço para
GLP.
Observação: A DNV do Brasil atua também com a marcação CE.

OCP 0018
BVQI – BVQI do Brasil Sociedade Verificadora Ltda.
Rua São Bento, 09 – 11º Andar - Centro
CEP 20090-010 – Rio de Janeiro / RJ
Tel: (21) 263-6008
24
Fax: (21) 263-6511
Home page: www.bvqi.com
e-mail: wellington.fonseca@br.bureauveritas.com
Escopos de Credenciamento:
• Barra de fios de aço para armadura de concreto armado;
• Fios e cabos elétricos para tensões até 750V.

OCP 0019
IBC – Instituto Brasileiro de Certificação.
Rua Visconde de Inhaúma, 134/515 – Centro
CEP 20091-000 – Rio de Janeiro / RJ
Tel: (21) 233-6219
Fax: (21) 233-6219
Home page: não disponível
e-mail: não disponível
Escopos de Credenciamento:
Segurança de brinquedos.

OCP 0020
ACTA – Supervisão Técnica Independente
A. Franklin Roosvelt, 194/ 401 – Centro
CEP 20021-130 – Rio de Janeiro / RJ
Tel: (21) 262-3589
Fax: (21) 544-9174
Home page: não disponível
e-mail: acta.trp@terra.com.br
Escopos de Credenciamento:
• Empresa distribuidora de gás liqüefeito de petróleo;
• Extintor de incêndio com carga de pó químico (fabricação);
• Extintores de incêndio com carga d’água (fabricação);
• Extintores de incêndio com carga de gás carbônico (fabricação);
• Extintores de incêndio com carga p/ espuma mecânica (fabricação);
• Extintores de incêndio portátil de hidrocarbonetos halogenados
(fabricação);
• Inspeção, manutenção e recarga de extintores de incêndio;
• Oficinas de requalificação de recipientes transportáveis de aço para
gás liqüefeito de petróleo (GLP);
• Recipientes transportáveis de aço para gás liqüefeito de petróleo
(GLP).

OCP 0021
MVM – Certificadora
Rua do Imperador Pedro II, 307/1102 A – Santo Antônio
25
CEP 50010-240 – Recife / PE
Tel: (81) 424-1165
Fax: (81) 424-1165
Home page: não disponível
e-mail: mvm@certificadora.com.br
Escopos de Credenciamento:
• Inspeção, manutenção e recarga de extintores de incêndio;
• Manutenção de 3º nível (vistoria em extintores de incêndio).

Maiores informações sobre OCPs e seus escopos de credenciamento


podem ser obtidas com o INMETRO/DQUAL:
Rua Santa Alexandrina, 416 – Rio Comprido
Rio de Janeiro – RJ- Brasil – CEP 20261-232
Tel.: (0xx21) 563-2874 / 563-2875 / 563-2876 / 563-2877 /
563-2878 / 563-2879

26
5. NORMALIZAÇÃO

Normalização em sentido genérico é a maneira de organizar as


atividades pela criação e utilização de regras ou normas, visando
contribuir para o desenvolvimento econômico e social.

DEFINIÇÃO

Normalização é o processo de estabelecer e aplicar regras a fim de


abordar ordenadamente uma atividade específica, para o benefício e
com a participação de todos os interessados, e, em particular, de
promover a otimização da economia, levando em consideração as
condições funcionais e as exigências de segurança.

OBJETIVOS DA NORMALIZAÇÃO

• Comunicação: proporciona meios mais eficientes para a troca de


informação entre clientes e fornecedores, com vistas a garantir a
confiabilidade nas relações comerciais;
• Simplificação: permite a redução da variedade de procedimentos e
tipos de produtos;
• Proteção ao consumidor: assegura a proteção do consumidor na
medida em que contém requisitos que permitem a possibilidade de
aferir a qualidade dos produtos e serviços;
• Segurança: a proteção da vida humana, da saúde e do meio
ambiente é garantida pela verificação da conformidade de produtos
e serviços de acordo com os requisitos da norma;
• Economia: com a sistemização e ordenação das atividades
produtivas é evidenciada a necessidade da redução de custos de
produtos e serviços, com a conseqüente economia para clientes e
fornecedores;
• Eliminação das barreiras comerciais: com a normalização
procuramos evitar a diversidade de regulamentos, muitas vezes
conflitantes, elaborados para produtos e serviços, pelos diferentes
países.

27
FATORES QUE IMPULSIONAM A NORMALIZAÇÃO

O papel que a normalização vem desempenhando atualmente é


fundamental para o êxito das empresas brasileiras, tanto no mercado
nacional quanto no internacional, em função dos seguintes fatores:
• A formação de blocos econômicos, como o dos países da
Comunidade Econômica Européia, dos Tigres Asiáticos, do
Mercosul e do Nafta;
• A elevada competitividade nos mercados nacionais, abertos à
concorrência externa;
• A exigência de normalização para produtos e serviços explicitados
no Código de Defesa do Consumidor;
• A exigência da utilização de Normas Brasileiras, explicitadas na Lei
das Licitações;
• O aumento da consciência do consumidor que passa a exigir
produtos certificados e o incremento na quantidade de itens da lista
daqueles que têm a certificação compulsoriamente instituída.

ALGUNS CONCEITOS

Documento Normativo é aquele que estabelece regras, diretrizes ou


características para atividades ou seus resultados. Ele engloba
documentos como Normas e Regulamentos.
Além dos documentos técnicos, leis, portarias e regulamentos
nacionais, estaduais ou municipais compõem o conjunto de documentos
normativos.

Norma é o documento estabelecido por consenso e aprovado por um


organismo reconhecido, que fornece, para uso comum e repetitivo,
regras, diretrizes ou características para atividades ou seus resultados,
visando à obtenção de um grau ótimo de ordenação em um dado
contexto.
Consenso é o processo pelo qual um texto é submetido a apreciação,
comentários e aprovação de uma comunidade, técnica ou não, a fim de
que se obtenha um texto o mais próximo possível da realidade da
aplicação. Tem o objetivo de atender aos interesses e às necessidades
da comunidade. O consenso supõe a vontade de todos entrar em um
acordo e cumpri-lo. Não é uma votação apenas, mas um compromisso
de interesse mútuo.

Norma Brasileira é a norma elaborada segundo procedimentos


definidos pela ABNT – Fórum Nacional de Normalização.
28
As Normas Brasileiras resultam de um processo de consenso no
sistema, que abrange o governo, o setor produtivo, o comércio e os
consumidores.
As Normas Brasileiras são identificadas pela ABNT com a sigla NBR e
são reconhecidas no território nacional.

Exemplo:
NBR 5123
Relé fotoelétrico e tomada para iluminação – especificação e método
de ensaio.

No caso de adoção de Normas Internacionais ( ISO ou IEC) ou


Regionais (Mercosul ou COPANT) como Normas Brasileiras, a
designação da norma inclui a sigla do organismo de origem. Ex.: NBR
ISO 9001

Regulamento Técnico é o documento que contém regras de caráter


obrigatório e que é adotado por uma autoridade, o qual estabelece
requisitos técnicos, seja diretamente, seja pela referência ou
incorporação do conteúdo de uma norma, de uma especificação técnica
ou de um código de prática.

Em geral, regulamentos técnicos visam assegurar aspectos relativos à


saúde, segurança, meio ambiente e proteção do consumidor, sendo
utilizados para a instituição da certificação compulsória de produtos..

Exemplo:
RTQ - 009
PRESERVATIVO MASCULINO DE BORRACHA
Regulamento que especifica requisitos para preservativos masculino
confeccionados em látex de borracha natural.

NÍVEIS DE NORMALIZAÇÃO

A normalização é executada em diferentes níveis de complexidade,


começando no individual e alcançando o nível internacional.
Para fins de certificação compulsória de produtos, o fabricante deve
priorizar normas nacionais, regionais e internacionais, nesta ordem.

29
Normas Internacionais (ISO, IEC)

Normas Regionais (Mercosul, CEN)

Normas Nacionais (ABNT, BSI, AFNOR, DIN)

Normas de Associação (SAE, ASME, ASTM)

Normas de Empresa (Petrobrás)

Figura 5.1: Pirâmide de Normalização

Nível internacional - Normas resultantes da cooperação e de acordos


entre grande número de nações independentes, com interesses comuns
e visando ao emprego mundial.
Exemplos:

Normas da Organização Internacional para


Padronização - ISO – www.iso.ch

Normas da Comissão Eletrotécnica Internacional - IEC –


www.iec.ch
Nível regional - Normas que representam os interesses que beneficiam
várias nações independentes, de um mesmo continente ou por uma
associação regional de normas.
Exemplos:

30
Normas do Comitê Europeu de Normalização - CEN –
www.cenorm.be

Normas da Comissão Pan-


Americana de Normas Técnicas – COPANT – www.copant.org

Normas do Comitê Mercosul de Normalização – CMN –


www.cmn.org.br

Nível nacional - Normas editadas por uma organização nacional de


normas, reconhecida como autoridade para torná-las públicas, após a
verificação da existência de consenso entre os interesses do governo,
das indústrias, dos consumidores e da comunidade científica de um
país.
Exemplos:

Normas da Associação Brasileira de Norma Técnicas –


ABNT – www.abnt.org.br

Normas do Instituto Argentino de Normalização – IRAM –


www.iram.com.ar

31
Normas da Associação Francesa de Normalização –
AFNOR – www.afnor.fr

Normas do Instituto de Normalização Britânico –


BSI – www.bsi.org.uk

Normas do Instituto de Normalização Nacional


Americano – ANSI – www.ansi.org

Normas da Associação Alemã de Normas Técnicas – DIN –


www.din.de

Normas do Comitê de Normalização Industrial Japonês -


JISC – www.jisc.org

Nível de Associação - Normas publicadas por uma associação de


entidades de um mesmo ramo, que fixam parâmetros a serem
atendidos por todos os associados.
Exemplo:

Normas da Sociedade Americana para Ensaios e


Materiais - ASTM – www.astm.org

32
Nível de Empresa - Normas preparadas e editadas por uma empresa
ou grupo de empresas, com a finalidade de orientar as compras, a
fabricação, as vendas e outras operações.

Exemplo:

Normas Petrobrás – Petróleo Brasileiro S/A –


www.petrobras.com.br

Normas UL – Underwriters Laboratories – www.ul.com

PROCESSO DE ELABORAÇÃO DE NORMAS BRASILEIRAS

A ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas – é uma entidade


privada, sem fins lucrativos, reconhecida como Foro Nacional de
Normalização do SINMETRO, a qual compete coordenar, orientar e
supervisionar o processo de elaboração de Normas Brasileiras, bem
como numerar e editar as referidas normas.
O Sistema Brasileiro prevê a elaboração de normas técnicas em dois
foros distintos, coordenados pela ABNT:

CB – Comitê Brasileiro: órgão da ABNT responsável pela coordenação


e planejamento das atividades de normalização em uma área ou setor
específico. Dentro do seu campo de atuação é responsável, ainda, pela
integração da ABNT com o sistema de normalização internacional.
ONS – Organismo de Normalização Setorial: organismo público,
privado ou misto, sem fins lucrativos, que tem atividade reconhecida no
campo da normalização em um dado domínio setorial. É credenciado
pela ABNT, segundo critérios aprovados pelo CONMETRO.

O processo de normalização é iniciado após a identificação pela ABNT,


organização ou empresa, junto ao mercado ou entidades nacionais e
internacionais, da necessidade de uma norma para produtos ou
serviços que atenda aos interesses do País.
33
As Comissões de Estudo dos CB ou ONS analisam e debatem as
propostas de projetos de norma. Obtido o consenso, o projeto é
submetido à consulta pública. Após a avaliação dos comentários, o
texto pode passar à condição de Norma Brasileira.
Para garantir a representatividade, as Comissões de Estudo são
compostas por representantes voluntários dos produtores,
consumidores, governo, órgãos de defesa do consumidor, entidades de
classe, entidades técnicas e científicas, entre outras.
Para participar dos Comitês da ABNT é preciso associar-se, solicitando
o formulário à Divisão de Associados.
Existem as seguintes categorias de associados:
• Sócio Mantenedor: com direito a inscrição em 5 Comitês;
• Sócio Coletivo: com direito a inscrição em 3 Comitês;
• Sócio Individual: com direito a inscrição em 2 Comitês.
Cada associado paga uma anuidade e, caso deseje se inscrever em
mais Comitês Brasileiros, paga uma taxa adicional.
O Associado tem direito a participar das Comissões de Estudo da
ABNT, e pode ainda, votar e ser eleito para a Presidência dos Comitês
Brasileiros, Conselho Deliberativo, Diretoria e todos os órgãos da
entidade.

TIPOS DE NORMAS TÉCNICAS

Normas de Classificação
Normas de Procedimento
Normas de Padronização
Normas de Simbologia
Normas de Terminologia
Normas de Especificação*
Normas de Método de Ensaio*

*De especial interesse para a certificação de produtos são as normas de


especificação, que relacionam características físicas do produto, e de
método de ensaio, que determinam a performance que o produto deve
oferecer.

INFORMAÇÕES SOBRE NORMAS TÉCNICAS

Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT

Rio de Janeiro
Av. Treze de maio, 13 – 27º andar
CEP 20031-900 – Rio de Janeiro / RJ
34
Tel.: (0xx21) 210-3122
Fax: (0xx21) 532-2143

Rio Grande do Sul


Rua Siqueira Campos, 1184 / conj. 905/906
CEP 90010-001 – Porto Alegre / RS
Tel.: (0xx51) 226-2537 / 224-2601
Fax: (0xx51) 226-2537

A aquisição e pesquisa sobre normas técnicas via internet pode ser feita
pelos endereços www.abnt.org.br ou www.target.com.br.

35
6. CERTIFICAÇÃO DE PRODUTOS NO BRASIL

A certificação de produtos no Brasil é um movimento que está se


estruturando operacionalmente pela atuação de OCPs em setores
específicos. O setor de brinquedos, por exemplo, tem a certificação
compulsória instituída para todo o setor. Nos setores de equipamentos
eletro-eletrônicos e da construção civil a certificação vem abrangendo
um número cada vez maior de produtos. Já em outros, como o de
alimentos, ainda nada se fez em termos de certificação da
conformidade de produtos.

BENEFÍCIOS DA CERTIFICAÇÃO

A atividade de certificação resulta em claros benefícios para a


sociedade, como:
• para os consumidores: auxilia na identificação de produtos que
atendem à normas específicas, estabelecendo por conseqüência,
parâmetros para decisão de compra complementares ao custo;
• para os fornecedores: demonstra de forma independente a
qualidade de produtos e serviços perante os diversos mercados,
aumentando a sua competitividade e possibilitando a utilização de
novas estratégias de marketing. Adicionalmente, permite às
empresas exportadoras superar barreiras técnicas em outros
mercados;
• para o governo: facilita o controle dos produtos e serviços no
mercado e simplifica as compras públicas.

MODELOS DE CERTIFICAÇÃO

A ISO, organização internacional de normalização, possui em sua


estrutura um Comitê de Avaliação de Conformidade - CASCO. Esse
comitê publicou a relação dos oito modelos mais empregados no
mundo na certificação da conformidade, que foram adotados pelo
CONMETRO para fins de certificação compulsóriaatravés da Resolução
nº 02/97, e que também são utilizados na certificação voluntária,. São
eles:
36
Modelo nº 1 – Ensaio de Tipo.

É o modelo no qual uma amostra do produto é ensaiada utilizando-se


métodos de ensaios estabelecidos, com a finalidade de verificar sua
conformidade a uma especificação.
É importante saber que o certificado se refere unicamente à amostra
ensaiada, o que deve ser claramente evidenciado.

Modelo nº 2 – Ensaio de Tipo seguido de verificação através de ensaio,


em amostras retiradas no comércio.

Este modelo é baseado no ensaio de tipo e acompanhamento para


verificar se a produção contínua mantêm a conformidade.
O ensaio de amostras coletadas no comércio permite a verificação
sistemática da conformidade do produto cujo tipo foi considerado
“conforme”.
Este modelo pode dar lugar à marcação do produto, sendo distinta do
modelo número 5 e permitida divulgação na lista de produtos
certificados.

Modelo nº 3 – Ensaio de Tipo seguido de verificação através de ensaios


em amostras retiradas no fabricante e seu respectivo exame em
comparação com o projeto originalmente aceito.

Este modelo é baseado no ensaio de tipo seguido de um controle que


verifica se a produção subseqüente mantêm-se conforme o projeto
originalmente aceito.
Implica no controle regular das amostras do mesmo modelo que
sofreram o ensaio de tipo, selecionadas na produção do fabricante,
antes de sua expedição.
Este modelo pode dar lugar à marcação do produto, sendo distinta da
especificada para o modelo nº5 e permitida divulgação na lista dos
produtos certificados.

Modelo nº 4 – Ensaios de Tipo seguido de verificação de ensaio em


amostras retiradas no comércio e /ou fabricante.

Este modelo combina os modelos 2 e 3 coletando amostras para ensaio


tanto no comércio, como na própria fábrica.
Este modelo pode dar lugar à marcação, sendo distinta da especificada
para o modelo nº 5 e permitida a divulgação na lista de produtos
certificados.
37
Modelo nº 5 – Ensaio de Tipo, avaliação e aprovação do Sistema de
Controle da Qualidade do fabricante, acompanhamento através de
auditorias no fabricante e ensaio em amostras retiradas no comércio e
no fabricante.

Modelo baseado no ensaio de tipo somado ao acompanhamento de


avaliação e aprovação das medidas tomadas pelo fabricante para
controlar a qualidade da produção, seguido de acompanhamento
periódico, por meio de auditorias, do sistema da qualidade, e de ensaios
de verificação em amostras coletadas no comércio e na fábrica.
De uma maneira geral, este modelo permite a marcação no produto e a
divulgação na lista de produtos certificados.

Modelo nº 6 – Avaliação e aprovação do Sistema da Qualidade do


Fabricante.

Este modelo baseia-se na avaliação da capacidade de uma empresa


para produzir bens e / ou serviços, em conformidade com as normas ou
especificações técnicas, incluindo seus métodos de fabricação,
organização, instalações e equipamentos para ensaios de rotina.
A certificação de Sistema da Qualidade implementada no Brasil é
baseada neste modelo e as normas adotadas para avaliação de
sistemas da qualidade são as da série NBR ISO 9000.

Modelo nº 7 – Ensaio de Lote.

Neste modelo, submete-se uma amostra tomada de um lote do produto


a um ensaio, emitindo-se a partir dos resultados um juízo sobre sua
conformidade com uma dada especificação técnica.

Modelo nº 8 – Ensaio 100%.

É um modelo pelo qual cada unidade do produto é submetida a um


ensaio para verificar sua conformidade com normas ou especificações
técnicas.
Este modelo dá lugar à marcação do produto e à divulgação na lista dos
produtos certificados.

CERTIFICAÇÃO VOLUNTÁRIA

A certificação voluntária é decisão exclusiva do solicitante e tem como


objetivo garantir a conformidade a normas técnicas brasileiras,
regionais ou internacionais.
38
As entidades integrantes do Sistema Brasileiro de Certificação
promovem a certificação voluntária no país e encorajam os fabricantes
a procurar os Organismos Certificadores Credenciados ao INMETRO.
Cada vez mais são exigidas pelo cliente garantias de segurança,
proteção à saúde e ao meio ambiente, quevem, muitas das vezes, sob
a forma de certificação compulsória. Além disso, são exigidas, ainda,
garantias quanto ao desempenho, durabilidade e atendimento aos
requisitos do cliente, campo legítimo da certificação voluntária.
A certificação voluntária é um campo em franca expansão no Brasil e
no mundo, impulsionado pela necessidade de comprovação do
fornecimento de um produto que atenda a requisitos especificados. O
fabricante que, por iniciativa própria, comprova a qualidade do seu
produto, cria, então, um fator diferencial em relação aos seus
concorrentes.

A certificação voluntária de produtos realizada por um Organismo


Certificador de Produtos credenciado pelo INMETRO dá direito ao uso
da marca de conformidade do respectivo organismo, que vem
acompanhada pelo logo do INMETRO para indicar a condição de
credenciamento.Caso contrário, quando realizada por organismo não
credenciado, somente dá direito ao uso da marca de conformidade do
organismo certificador. Ambas as modalidades somente são viáveis
quando da existência de uma norma técnica aplicável e de laboratórios
de qualificados para a realização de ensaios.

TABELA 6.1: ALGUNS PRODUTOS / SERVIÇOS COM CERTIFICAÇÃO


VOLUNTÁRIA CREDENCIADOS PELO INMETRO

01 Aditivos para arrefecimento de motor endotérmico, tipo A e B, concentrados


39
02 Aparelhos de alta fidelidade
03 Arame galvanizado para alma de condutores de alumínio
04 Artigos para festas – segurança
05 Barras redondas (aço mecânico)
06 Berços infantis – segurança
07 Bloco vazado de concreto, com função estrutural
08 Cadeiras altas – segurança
09 Catalisadores automotivos
10 Condensadores e filtros
11 Consumíveis de soldagem (eletrodos revestidos, arames sólidos e tubulares,
varetas e fluxos utilizados em soldagem, alumínio, cobre, níquel, titânio e
ferro fundido)
12 Contatores e disjuntores elétricos
13 Dispositivos de Sistemas de Arame
14 Eletrodomésticos
15 Equipamentos de iluminação e seus componentes
16 Equipamentos elétricos de baixa e média tensão
17 Equipamentos eletrônicos (quanto à compatibilidade eletromagnética)
18 Etiquetagem de performance de produtos eletro-eletrônicos
19 Faróis
20 Grampo pesado para cabo de aço
21 Interruptores, plugues e tomadas
22 Laço de cabo de aço
23 Lanternas
24 Líquido para freios (tipo 2, 3, 4 e 5)
25 Mangueira de borracha para GLP, Gás Natural e Gás de Nafta
26 Manilha para movimentação de carga
27 Panela de pressão
28 Perfil de aço tipo I, perfil de aço tipo U, cantoneira de aço (abas iguais)
29 Queimadores da mesa, cobertos e descobertos, de fogões, fogões de mesa,
fornos de uso doméstico e similares a gás
30 Retrorefletores
31 Revestimentos cerâmicos
32 Rodas para automóveis, caminhões e de liga leve – verificação da
durabilidade e resistência
33 Serviço de reparação de veículos automotores: funilaria e pintura, freio,
suspensão, escapamento e sistema de direção
34 Soquete e sapatilha para cabo de aço
35 Sistemas de freios
Fonte: Programa de Ação do SBC para o Ano 2000 (Abril/2000)

CERTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA

A certificação compulsória dá prioridade a aspectos relacionados com


segurança, prevenção de práticas enganosas ao comércio, proteção da

40
vida e saúde humana, animal e vegetal, com o meio ambiente e temas
correlatos.
Deve ser executada com base na norma ou regulamento técnico
indicado no documento que a criou e complementada por regra
específica de certificação.
Para efeito de aplicação de normas técnicas na certificação
compulsória, deve-se adotar o critério de níveis de normalização, que
requer observância a seguinte ordem de precedência: normas
brasileiras, regionais e internacionais.
Produtos de origem estrangeira devem ser submetidos ao mesmo
tratamento que o similar nacional.
Pode ser aceita a participação de organismos estrangeiros na
certificação compulsória, desde que haja equivalência ou acordo de
reconhecimento recíproco entre o sistema que o credenciou e o sistema
de credenciamento administrado pelo INMETRO.
Para que um produto / serviço seja certificado compulsoriamente no
âmbito do SBC, todas as etapas do processo de implantação do modelo
de certificação devem ser atendidas. São elas:
• demanda de certificação;
• estruturação da sub-comissão técnica;
• elaboração de regras específicas;
• elaboração da norma ou regulamento técnico;
• credenciamento do organismo de certificação de produto;
• credenciamento dos laboratórios para ensaios;
• treinamento da fiscalização;
• emissão da portaria implantando o modelo.

FISCALIZAÇÃO

O INMETRO, na qualidade de Órgão Executivo Central do SINMETRO


e as entidades de direito público por ele credenciadas (os Institutos
Estaduais de Pesos e Medidas) exercem, em todo Território nacional, a
fiscalização do cumprimento das disposições contidas na Portaria
INMETRO nº 243, de 09 de novembro de 1993.
Segundo o referido documento, os produtos / serviços sujeitos
compulsoriamente à Certificação da Conformidade, produzidos no
Brasil ou importados, somente poderão ser expostos, oferecidos à
venda ou serem comercializados quando ostentarem o símbolo de
identificação da Certificação de Conformidade reconhecido pelo SBC.
41
Aos agentes incumbidos da fiscalização é assegurado o livre acesso
aos locais ou dependências onde se exponham à venda, comercializem
ou armazenem os produtos objetos da referida portaria, excluídos os
estabelecimentos fabris.
Aos infratores são aplicadas isolada ou cumulativamente as
penalidades cominadas no Artigo 9º da Lei nº 5966, de 11 de dezembro
de 1973, a seguir transcritas:
a) advertência;
b) multa de até o máximo de sessenta vezes o valor do salário
mínimo vigente no Distrito Federal, duplicada em caso de
reincidência;
c) interdição;
d) apreensão;
e) inutilização.

42
TABELA 6.2: PRODUTOS COM CERTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA
PRODUTOS COM CERTIFICAÇÃO
N° Produto ou Serviço COMPULSÓRIA
Orgão Regulador Doc. Legal e Data do DOU Orgão Fiscal Doc.
Data Normativo
1 Preservativo Masculino Secretaria de Portaria 049 de 12/06/1995 Min.da Saúde RTQ - 9
Vigilância Sanitátia 08/06/1995 IPEM
2 Embalagem Plástica para INMETRO Portaria 101 de 16/09/1999 IPEM NBR 5991
Álcool 10/09/1999
3 Segurança do Brinquedo INMETRO Portaria 193 de 11/10/1994 IPEM NBR 11786
19/09/1994
Portaria 127 de 01/09/1995
25/08/1995
Portaria 177 de 02/12/1998
30/11/1998
4 Pneus Novos de INMETRO Portaria 005 de 19/01/2000 IPEM RTQ 041
Automóveis, Caminhões e 14/01/2000
Ônibus
5 Pneus Novos de INMETRO Portaria 056 de 26/04/1999 IPEM RT, anexo à
Motocicletas, Motonetas e 20/04/1999 Portaria 056
Ciclomotor
6 Mamadeira INMETRO Portaria 086 de 22/07/1999 IPEM NBR 13793
08/06/1999
7 Barras e Fios de Aço INMETRO Portaria 046 de 09/04/1999 IPEM NBR 7480
29/03/1999
8 Configuração de Motores - CONAMA Resolução 018 17/06/1986 IBAMA/ NBR 6601 e
Emissão Veicular de 06/05/1986 INMETRO NBR 7024
9 Fusível tipo CONMETRO Resolução 015 21/10/1988 IPEM NBR 5113 e
Rolha Cartucho de 12/10/1988 NBR 6253
10 Fios e Cabos INMETRO Portaria 032 17/03/1999 IPEM NBR 6148
Isolados até 750V 10/03/1999
11 Equipamento Elétrico INMETRO Portaria 121 de 01/08/1996 IPEM NBR 9518,
Atmosféras Explosicas
para 24/07/1996 NBR 5363,
NBR 8447 e
NBR 9883
12 Equipamentos Ministério Portaria MS 28/02/1997 Ministério da IEC 60601-1
Eletromédicos da Saúde 2043 de Saúde
12/12/1994, -
Portaria MS IPEM
2663 de
22/12/1995 e
Portaria 155 de
27/02/1997
13 Cabos e Cordões INMETRO Portaria 31 de 17/03/1999 IPEM NBR 13249
Flexíveis 10/03/1999
14 Filtro tipo prensa para INMETRO Portaria 103 de 22/06/1998 IPEM Anexo à
óleo diesel 16/06/1998 Portaria 121
de 24/07/96

43
PRODUTOS COM CERTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA
N° Produto ou Serviço Orgão Regulador Doc. Legal e Data do DOU Orgão Fiscal Doc.
Data Normativo
15 Mangueira de PVC INMETRO Portaria 129 de 03/12/1999 IPEM NBR 8613
para GLP 03/12/1999
16 Regulador de pressão INMETRO Portaria 09 de 21/01/1999 IPEM NBR 8473
para GLP 18/01/1999
17 Recipiente de Aço para DNC Portaria 009 de 06/05/1993 IPEM NBR 8460
GLP (boijão de gás) 04/05/1993
CONMETRO Resolução 017 05/12/1984
de 30/10/1984
18 Requalificação de INMETRO Portaria 167 de 31/10/1996 IPEM NBR 8865
botijões de gás 25/10/1996 NBR 8866
19 Capecete de proteção CONTRAN Resolução 20 de 18/02/1998 IPEM NBR 7471,
para ocupantes de 17/02/1998 NBR 7472 e
motocicletas e similares INMETRO Portaria 178 de 22/11/1996 DETRAN NBR 7473
20/11/1996
INMETRO Portaria 26 de 08/03/1999
01/03/1999
INMETRO Portaria 95 de 06/08/1999
03/08/1999
20 Vidros de Segurança CONTRAN Resolução 784 21/07/1994 DETRAN NBR 9491
dos Veículos de 12/07/1994
21 Ônibus Urbano - CONMETRO Resolução 001 05/02/1993 DETRAN RTQ S/N°
Carroçarias de 26/01/1993
22 Eixo Veicular Auxiliar - INMETRO Regulamento Não Publicado DETRAN NBR 6743,
Fabricação Específico 1995 NBR 6744 e
NBR 6745
23 Eixo Veicular Auxiliar - CONTRAN Resolução 776 31/12/1993 DETRAN NBR 6743b
Adapatação de 06/12/1993 e NBR 6749
INMETRO Regulamento Não Publicada
Específico de 94
24 Dispositivo de Fixação de INMETRO Regulamento Não Publicado DETRAN NBR 8571 e
Conteiner - Fabricação Específico de 95 NBR 9500
25 Veículo (Rodoviário) CONTRAN Resolução 725 31/12/1998 DETRAN NBR 7475
Porta Conteiner - de 29/11/1988 NBR 7476
fabricação e adaptação INMETRO Resolução Não Publicao
Específico de 94
26 Extintor de Incêdio - INMETRO Portaria 111 de 29/09/1999 IPEM NBR 10721,
Fabricação 28/09/1999 NBR 11715,
NBR 11716,
NBR11751 e
NBR 11762
27 Extintor de Incêdio - INMETRO Portaria 111 de 29/09/1999 IPEM NBR 12962
Inspeção, Manutenção 28/09/1999
e Recarga
28 Fósforo INMETRO Portaria 118 de 03/07/1998 IPEM NBR 13725
29/06/1998

Fonte: INMETRO/DQUAL (20/03/2000)

O documento “Programa de Ação do SBC para o Ano 2000”, publicado


pelo INMETRO no mês de abril/2000, estabeleceu os setores / produtos
que serão priorizados a curto prazo (cuja certificação será iniciada ou
continuada no ano 2000) integrar a carteira de certificação
compulsória.
A relação de produtos encontra-se nas tabelas a seguir:

44
TABELA 6.3: PRODUTOS / SERVIÇOS CUJA CERTIFICAÇÃO SERÁ
INICIADA OU CONTINUADA NO ANO 2000
SOLICITAÇÕES ELABORAÇÃO DO MODELO DE CERTIFICAÇÃO DE PRODUTOS PRIORIDADE
Setor Família Produto/ Subcomissão Regra Norma ou OCP Laboratório Treinamento de Portaria
Serviço Técnica Específica Reg. Téc. Fiscalização
peuricultura chupeta 1
      
elétrico disjuntor termo-magnético 2
      
elétrico plugue 3
      
elétrico tomada 4
      
elétrico interruptor 5
      
saúde seringa e agulha 6
hipodérmica       
elétrico estabilizador de tensão 7
      
elétrico reator eletromagnético e 8
eletrônico       
epi equipamento de proteção 9
individual       
automotivo kit GMV/conv. de motor 10
      
saúde implante ortopédico 11
      
tele- equipamentos terminais de CPCT´s, modems, 12
comunicação acesso ao STFC terminais (uso público,       
com., resid.)
serviço instalação do kit GMV 13
      
const. civil mangueira de incêndio 14
      
serviço instalação elétrica predial Não se 15
    aplica  
const. civil detetor de fumaça 16
      
const. civil sprinkler 17
      
elétrico para-raio de energia de 18
baixa tensão e protetores       
contra surtos atmosféricos

- Atividade concluída  - Atividade em andamento ou não iniciada  - Depende do produto

TABELA 6.4: DEMAIS PRODUTOS / SERVIÇOS QUE DEVERÃO


INTEGRAR A CARTEIRA DE CERTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA
SOLICITAÇÕES ELABORAÇÃO DO MODELO DE CERTIFICAÇÃO DE PRODUTOS PRIORIDADE
Setor Família Produto/ Subcomissão Regra Norma ou OCP Laboratório Treinamento de Portaria
Serviço Técnica Específica Reg. Téc. Fiscalização
elétrico adaptador 1
      
saúde instrumental cirúrgico 2
      
elétrico chave do tipo faca, com ou 3
sem fusível       
serviço instalação predial de gás Não se 4
    aplica  
tele- equipamentos que fazem uso transceptores em geral 5
comunicação de espectro radioelétrico(cat II)       
tele-
comunicação
produtos e equipamnetos,a
critério da Anatel (cat III)
CPAT´s, energia, cabos
       6

automotivo cinto de segurança 7


      
elétrico fusível 8
      
elétrico bebedouro 9
      
elétrico variador de luminosidade 10
      
serviço instalação elétrica para Não se 11
atmosferas explosivas     aplica  
elétrico caixa de distribuição 12
      
elétrico filtro de linha 13
      
elétrico lustre e luminária 14
      
elétrico extensão 15
      
saúde bolsa plástica para 16
sangue humano       
serviço distribuição de energia 17
      
elétrico bloco autônomo de 18
iluminação       
elétrico chuveiro elétrico 19
      
elétrico ventilador de teto 20
      
elétrico transformador de distribuição 21
      
elétrico isoladores de rede 22
      
elétrico pára-raio de linha 23
      
- Atividade concluída  - Atividade em andamento ou não iniciada  - Depende do produto

45
COMO CERTIFICAR UM PRODUTO

Inicialmente o fabricante necessita verificar se o produto objeto da


certificação pertence ao grupo que tem a certificação compulsoriamente
instituída, por força de um documento legal tipo Portaria ou Resolução,
de um órgão que tenha competência na área, como o INMETRO,
ANATEL, CONAMA, CONTRAN, Secretaria de Vigilância Sanitária, etc.
(Ver relação na tabela 6.2). Esses documentos referenciam Normas
e/ou Regulamentos Técnicos, que são detalhados através de Regras
Específicas de Certificação, redigidas por Comissões Técnicas
formadas por especialistas no assunto.
As Regras Específicas de Certificação são documentos que definem a
forma pela qual os organismos certificadores de produtos devem
operacionalizar a avaliação da conformidade com relação aos requisitos
das normas e dos regulamentos técnicos aplicáveis.

Maiores informações podem ser obtidas através de consulta aos


organismos que realizam certificação de produtos ou com o
INMETRO/DQUAL:
Rua Santa Alexandrina, 416 – Rio Comprido
Rio de Janeiro – RJ- Brasil – CEP 20261-232
Tel.: (0xx21) 563-2874 / 563-2875 / 563-2876 / 563-2877 /
563-2878 / 563-2879

Dica: Após a identificação das Normas e Regulamentos Técnicos que o


produto deve atender, recomenda-se que o fabricante realize os ensaios
de adequação, cuja finalidade é verificar se o produto atende aos
documentos normativos. Os ensaios de adequação servirão para uma
avaliação preliminar antes de contatar-se um organismo de certificação
que fará, dentre outros procedimentos, a amostragem conforme os
requisitos do documento normativo e da Regra Específica de
Certificação.

46
TABELA 6.5: ALGUMAS REGRAS ESPECÍFICAS DE CERTIFICAÇÃO
Produto / Serviço Regra Modelos de Manutenção da Licença para
Específica de Certificaçã uso da Marca de Conformidade
Certificação o Freq. Mínima Freq.Mínima de
disponíveis de Auditorias Ensaios
(Auditorias / (Ensaios / n° de
n° de meses) meses)
Produtos de fibrocimento que NIE-DINQP- 5 2/12 2/12
contenham amianto 012 Rev. n°
00
Empresas Requalificadoras de NIE-DINQP- 5 2/12 ________
recipientes transp. de aço para GLP 016 Rev. n°
00
Empresas distribuidoras de GLP NIE-DINQP- 5 Na base: 2/36 _________
017 Rev. n° Na
00 Matriz:1/12
Eixo veicular auxiliar para caminhões NIE-DINQP- 4 Sem 1/12
018 Rev. n° auditorias
00 5 1/12 1/12
Adaptação de eixo veicular auxiliar NIE-DINQP- 5 1/12 1/24
em caminhões 019 Rev. n° (adaptadora)
00 1/12(autorizada
s)
Reguladores de baixa pressão para NIE-DINQP- 5 1/12 1/12
GLP 022
Rev. n° 01
Cilindro de aço sem costura para gás NIE-DINQP- 4 Sem 1/12
metano veicular 038 Rev. n° auditorias
00 5 1/12 1/12
Mangueiras de borracha para NIE-DINQP- 5 1/12 1/12
condução de gases GLP / GN / GNF 039 Rev. n°
00

47
Pneus novos de motocicleta, motoneta NIE-DINQP- 5 1/24 1/24
e ciclomotor 089 Rev. n°
01
Fósforos de segurança NIE-DINQP- 4 _______ 1/12
094 Rev. n° 7 _______ ________
01
Equipamentos elétricos para NIE-DINQP- 1 ______ _______
atmosferas explosivas 096 Rev. n° 5 1/12 1/12
01 7 ________ ________
Cabos e cordões flexiveis para NIE-DINQP- 5 1/6 1/6
tensões até 750V 099 Rev. n° 7 _________ __________
00
Fios e cabos elétricos para tensões até NIE-DINQP- 5 1/6 1/6
750V 100 Rev. n° 7 _________ __________
01
Disjuntores NIE-DINQP- 5 1/6 1/6
104 Rev. n° 7 ______ _______
01
Recipientes transportáveis de aço para NIE-DINQP- 5 1/12 1/12
GLP 105 Rev. n°
01
Barras e fios de aço para armaduras NIE-DINQP- 5 2/12 1/6
de concreto armado 107 Rev. n°
01
Mamadeiras NIE-DINQP- 4 ______ 1/12
108 Rev. n° 5 1/12 1/12
01 7 ______ _______
Mangueiras de PVC para instalação NIE-DINQP- 5 1/12 1/12
de GLP 110 Rev. n°
00

48
O fabricante que tenha decidido certificar seu produto necessita
contatar um organismo certificador credenciado e efetuar a escolha do
modelo de certificação adequado as suas pretensões, entre os
permitidos pela regra específica de certiifcação.
Em linhas gerais um processo de certificação de produtos ocorre em
cinco fases.

FASES DE UM PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO

FASE I
O fabricante manifesta seu interesse na certificação enviando um
formulário de solicitação preenchido, que servirá como documento
referência para elaboração da proposta de orçamento. O fornecimento
da totalidade das informações requisitadas sobre a empresa, o produto,
o processo, as normas técnicas aplicáveis e o modelo de certificação
pretendido é fundamental.

FASE II
O organismo certificador procede a análise da solicitação de licença
para uso da Marca e/ou do Certificado de Conformidade, avalia
internamente a viabilidade da certificação e fornece um orçamento ao
solicitante.
O fabricante analisa a proposta de certificação recebida e opta por
prosseguir no processo de certificação ou não.

FASE III
É a fase do processo de certificação onde podem existir pequenas
variações na sistemática adotada por cada organismo certificador, uma
vez que dispõem de certa flexibilidade para realizar aquilo que está
estabelecido nas regras específicas de Certificação.
Nas regras específicas é que são especificados quais modelos serão
disponibilizados pelos OCPs para concessão de licença de uso da
Marca de Conformidade no produto (ver tabela 6.5).
Para certificar um produto pelo modelo nº 05 do ISO/CASCO, o mais
amplo entre todos, o fornecedor necessitará submeter-se a uma
auditoria inicial da fábrica por terceira parte, através de verificações dos
controles de fabricação dos produtos que constam na solicitação de
certificação. Estas verificações normalmente abrangem, no mínimo, os
seguintes pontos:
a) controle de processo dos produtos;
b) calibração dos equipamentos utilizados no processo produtivo;
c) inspeção de processo e inspeção final;
d) registros da qualidade referentes aos ensaios de rotina;
49
e) meios utilizados no tratamento de não-conformidades de
produtos.
Todas as verificações citadas são realizadas com base nos itens 4.8 a
4.16 da norma NBR ISO 9002 ou NBR ISO 9001.
Para efeito de certificação de alguns produtos, a apresentação de
Certificado de Sistema da Qualidade tendo como referência a NBR ISO
9002 ou a NBR ISO 9001, com escopo que abranja a produção do
produto em questão, pode, a critério do OCP, isentar o fabricante de
nova avaliação de seu Sistema de Gestão da Qualidade, enquanto o
certificado tiver validade.

O fabricante deve, ainda, permitir a coleta de amostras na fábrica para


a realização dos ensaios de tipo, que ocorre de acordo com o
procedimento de amostragem contido no documento normativo
aplicável. Nas regras específicas de determinados produtos existe a
previsão para coleta de provas, contraprovas e testemunhas, sendo que
as duas últimas apenas são utilizadas nos casos em que forem
detectadas não-conformidades nas amostras inicialmente ensaiadas.

Os ensaios são realizados em laboratórios de terceira parte credenciados ao


INMETRO, escolhidos de comum acordo com o fornecedor. Caso isso não seja
possível, ou haja impossibilidade técnica, o OCP segue as orientações da NIE-
DINQP-067, que estabelece a seguinte ordem de prioridade para seleção de
laboratórios:
1. Laboratórios de terceira parte credenciados pelo INMETRO
(pertencentes à RBLE), ou outros laboratórios credenciados por
organismos nacionais com os quais o INMETRO mantém acordo de
reconhecimento mútuo;
2. Laboratório que não seja de terceira parte, credenciado;
3. Laboratório de terceira parte, avaliado pelo OCP;
4. Laboratório que não seja de terceira parte, avaliado pelo OCP.

Os relatórios gerados são encaminhados à Comissão de Certificação do


OCP, a qual tem legitimidade para deliberar sobre o assunto.

FASE IV
A Comissão de Certificação delibera sobre a indicação ou não do
produto, para a concessão do certificado de conformidade, com base
nas evidências levantadas através dos ensaios e auditorias.
No caso de aprovação da solicitação pela Comissão de Certificação, o
OCP emite o Certificado de Conformidade e um contrato para uso da
Marca de Conformidade. Caso contrário, o organismo certificador prevê
uma reavaliação em prazo suficiente para sanar as não-conformidades
encontradas.
50
A licença para o uso da Marca de Conformidade somente é concedida
após a assinatura do contrato entre o OCP e o fornecedor..

Figura 6.2: Identificação da Certificação

FASE V
Durante a vigência do contrato de concessão do certificado de
conformidade, o organismo certificador realiza o acompanhamento da
manutenção das condições que proporcionaram a certificação através
de ensaios e auditorias realizadas dentro de prazos máximos, que estão
estabelecidos por produto nas respectivas regras específicas de
certificação (ver tabela 6.5).

TABELA 6.6: FASES DA CERTIFICAÇÃO


FASE I Solicitação da Certificação
FASE II Análise do Processo
FASE III Auditoria, Coleta de Amostras, Ensaios e Emissão de Relatórios
FASE IV Concessão do Certificado
FASE V Acompanhamento

CUSTOS ASSOCIADOS AO PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO

51
Os custos para a certificação vão depender do tipo de produto, do
modelo de certificação escolhido, do porte da empresa e incluem:
• custo para análise do processo;
• custo de auditorias (remuneração do(s) auditor(es), alimentação,
transporte, estada);
• custo de coleta e transporte de amostras;
• custo de ensaios;
• custo de acompanhamento periódico, que compreende:
• Auditorias;
• Ensaios;
• Gerenciamento do processo de certificação.

FORMAS DE APOIO ÀS ATIVIDADES DE CERTIFICAÇÃO


DISPONÍVEIS NO RS

A Certificação é uma ferramenta eficaz para o desenvolvimento


empresarial e para a proteção do consumidor. Sabendo disso, algumas
entidades disponibilizam no Estado do Rio Grande do Sul serviços que
vêm a fomentar as atividades de certificação, são elas:

PROGRAMA RUMO À ISO 9000

O programa Rumo à ISO 9000 é um produto do SEBRAE/RS que visa


fortalecer as micro e pequenas empresas gaúchas, dando auxílio na
implementação de Sistemas da Qualidade que atendam aos requisitos
das normas série NBR ISO 9000 para que, caso haja interesse da
empresa, seja realizada uma certificação por uma entidade de terceira
parte.
O SEBRAE/RS desenvolve uma metodologia para grupos de até dez
empresas que compartilham as etapas de treinamento, reunindo-se
periodicamente para troca de experiências, acompanhamento dos
processos alcançados e do grau de realização do cronograma previsto.
O programa divide-se em quatro fases: sensibilização, preparação,
capacitação e auto-implementação.
As etapas envolvem seminários, cursos, consultoria, auditorias internas
e reuniões de grupos, que possibilitam a auto-implementação do
Sistema da Qualidade por parte da empresa.

Informações sobre o programa Rumo à ISO 9000 podem ser obtidas no


SEBRAE/RS:
52
Rua Sete de Setembro, 555 – Centro
Porto Alegre – RS – Brasil – CEP 90010-190
Tel.:(0xx51) 216-5006
Fax: (0xx51) 211-1591;

ou no BALCÃO SEBRAE/RS mais próximo, que pode ser identificado


através do site no endereço www.sebrae-rs.com.br.

BÔNUS METROLOGIA

O Projeto Bônus Metrologia do SEBRAE/RS tem por finalidade


estabelecer mecanismos que propiciem às micro, pequenas e médias
empresas o acesso aos serviços disponíveis nos laboratórios filiados à
Rede Metrológica RS. São oferecidos serviços de:
• Calibração de instrumentos de medição;
• Análises físico-químicas em produtos ou materiais;
• Testes de desempenho de produtos ou materiais;
• Ensaios diversos.
Podem utilizar o Bônus Metrologia, todas as micro, pequenas e médias
empresas industriais, comerciais, rurais e prestadoras de serviço, além
de empresas informais em fase de formalização e empresas em
processo de incubação, desde que enquadradas nos seguintes critérios:

Valor em R$ Participação do SEBRAE/RS Participação da Empresa


Micro/Pequena Média Micro/Pequena Média
0 a 400 50% 30% 50% 70%
Acima de 401 R$ 200,00 R$ 120,00 Restante do valor

PORTE NÚMERO DE EMPREGADOS


SETOR INDÚSTRIA COMÉRCIO/SERVIÇOS RURAL
MICRO até 19 até 9 -
PEQUENA de 20 à 99 de 10 à 49 até 50 ha
MÉDIA de 100 à 499 de 50 à 249 de 51 à 250 ha

Desta forma, o SEBRAE/RS estabelece o atendimento às empresas,


encaminhando-as aos laboratórios filiados à Rede Metrológica e,
indiretamente, às Universidades, Entidades de Ensino, Institutos de
Pesquisa e outras instituições.
Maiores informações sobre o Bônus Metrologia também podem ser
obtidas na Rede Metrológica RS:
Av. Assis Brasil, 8787
53
CEP 91140-001 – Porto Alegre – RS
Tel.: (0xx51) 347-8745
Fax: (0xx51) 347-8745
www.redemetrologica.com.br
e-mail: redemetrologica@fiergs.org.br

54
7. OUTRAS AÇÕES EM AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE NA
INDÚSTRIA

AVALIAÇÃO DE CONFORMIDADE SETORIAL

A avaliação da conformidade setorial de produtos é realizada também


por iniciativas de primeira parte.
Algumas alternativas que vêm sendo desenvolvidas:
• Selo ABCP – para cimento – www.abcp.org.br;
• Selo Pró-espuma – para colchões;
• Selo ABIC – para café – www.abic.com.br.

CERTIFICAÇÃO DE SISTEMA EVOLUTIVO NA CONSTRUÇÃO


CIVIL

Metodologia organizada por níveis de certificação, na qual as


organizações do setor da construção civil têm a oportunidade de
avançar entre os níveis com o objetivo de atingir a Certificação ISO
9000 para Sistemas de Gestão da Qualidade ou a Certificação Modelo
nº 5 da ISO/CASCO para produtos. Esta é a metodologia adotada pelo
Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade na Construção
Habitacional (PBQP-H), desenvolvido pelo governo federal, e Qualihab,
desenvolvido pelo governo do Estado de São Paulo.

PBQP-H - www.pbqp-h.gov.br
QUALIHAB - www.qualihab.sp.gov.br

AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE DE ALIMENTOS

No Brasil ainda não temos um sistema de certificação de alimentos


estruturado segundo os modelos indicados pelo Comitê de Avaliação da
Conformidade da ISO - ISO/CASCO - que seja reconhecido como
oficial pelo Sistema Brasileiro de Certificação.
55
Alternativamente, temos as atividades de registro e inspeção de
alimentos realizadas por órgãos governamentais oficiais, com as quais
se busca a avaliação da conformidade dos alimentos autorizada pelo
Código de Defesa do Consumidor - CDC, Lei Federal nº 8078/1991, em
seu Art. 18, § 6º:
.....são alimentos impróprios ao uso e consumo:
• Os produtos cujos prazos de validade estejam vencidos;
• Os produtos deteriorados, alterados, adulterados, avariados,
falsificados, corrompidos, fraudados, nocivos à vida ou à saúde,
perigosos ou, ainda, aqueles em desacordo com as normas
regulamentares de fabricação, distribuição ou apresentação;
• Os produtos que, por qualquer motivo, se revelem inadequados
ao fim a que se destinam.
No CDC são estabelecidas sanções administrativas ou penas (multa,
proibição de fabricação do produto, cassação do registro, entre outras)
para o fornecedor que não obedecer ao que está determinado.

O registro junto à autoridade competente é etapa prévia e obrigatória


para a comercialização da maioria dos alimentos, onde ocorre o
reconhecimento da adequação do produto à legislação vigente,
formalizado por meio de publicação no Diário Oficial da União.
Inspeção é o procedimento de fiscalização efetuado pela autoridade
competente na unidade fabril, para verificar o cumprimento da
legislação vigente.
Os alimentos são regulados pela Agência Nacional de Vigilância
Sanitária – ANVS (órgão do Ministério da Saúde) e pela Secretaria de
Defesa Agropecuária –SDA (órgão do Ministério da Agricultura e do
Abastecimento – MAA).

REGISTRO E INSPEÇÃO DE ALIMENTOS PELA ANVS

A Resolução nº 23 da ANVS, de 15 de março de 2000, é o documento


que dispõe sobre os procedimentos básicos para registro de alimentos
(exceto os importados).
Para os efeitos desta Resolução, considera-se:
Matéria-prima alimentar é toda a substância em estado bruto, que
para ser utilizada como alimento precise sofrer tratamento e/ou
transformação de natureza física, química ou biológica;
Alimento “in natura” é todo alimento de origem vegetal ou animal,
para cujo consumo imediato se exija apenas a remoção da parte não
comestível e os tratamentos indicados para a sua perfeita higienização
e conservação;

56
Produto alimentício é todo alimento derivado de matéria-prima
alimentar ou de “alimento in natura”, adicionado, ou não, de outras
substâncias permitidas, obtido por processo tecnológico adequado;
Ingrediente é qualquer substância, incluídos os aditivos alimentares,
empregada na fabricação ou preparação de um alimento e que
permanece no produto final, ainda que de forma modificada;
Aditivo alimentar é qualquer ingrediente adicionado intencionalmente
aos alimentos, sem propósito de nutrir, com objetivo de modificar as
características físicas, químicas, biológicas ou sensoriais.
Coadjuvante de tecnologia é toda substância, excluindo os
equipamentos e os utensílios utilizados na elaboração e/ou conservação
de um produto, e que não se consome por si só como ingrediente
alimentar e que se emprega intencionalmente na elaboração de
matérias-primas, alimentos, ou seus ingredientes, para obter uma
finalidade tecnológica durante o tratamento ou elaboração.

Os produtos a serem registrados no âmbito do Ministério da Saúde


devem atender aos Padrões de Identidade e Qualidade (PIQ) ou
Regulamentos Técnicos (RT) aprovados pelo Ministério da Saúde.
Os PIQs abrangem, basicamente: a denominação, composição,
características microbiológicas, sensoriais, microscópicas,
físico-químicas, limites de contaminantes químicos, aditivos
intencionais, referências toxicológicas e dizeres de rotulagem.
A empresa interessada em registrar um produto sem PIQ ou RT deve
apresentar uma proposta juntamente com as referências internacionais,
na seguinte ordem de prioridade: Codex Alimentarius, Comunidade
Européia (CE) e Code of Federal Regulations – Food & Drug
Administration (EUA); bem como, legislação sobre o assunto em outros
países ou atender às exigências das diretrizes de avaliação de risco e
segurança estabelecidas em regulamento técnico específico. A proposta
de PIQ ou RT inicia como consulta pública para posteriormente ser
oficializada através de Portaria do Ministério da Saúde.

Alguns alimentos são dispensados do registro junto à ANVS, no entanto,


as empresas deverão informar o início da fabricação à autoridade
sanitária do Estado, do Distrito Federal ou do Município e submeter-se a
inspeção da unidade fabril pela autoridade sanitária. São eles: 1)
açúcares; 2) alimentos e bebidas com informação nutricional
complementar; 3) alimentos congelados; 4) amidos e féculas; 5)
aditivos aromatizantes / aromas; 6) balas, bombons e similares; 7)
biscoitos; 8) cafés; 9) cereais e derivados; 10) chás; 11) colorífico; 12)
cremes vegetais; 13) compostos de erva-mate; 14) condimentos
preparados; 15) conservas vegetais (exceto palmito); 16) doces; 17)
embalagem; 18) erva-mate; 19) especiarias / temperos; 20) farinhas;
57
21) farinhas de trigo e/ou milho fortificadas com ferro; 22) frutas
(dessecadas e/ou liofilizadas); 23) frutas em conserva; 24) gelados
comestíveis; 25) geléia de mocotó; 26) geléias (frutas); 27) massas; 28)
pós ou misturas para o preparo de alimentos e bebidas; 29) óleos e
gorduras vegetais; 30) pães; 31) pastas e patês vegetais; 32) polpa de
frutas; 33) polpa de vegetais; 34) preparação e produtos para tempero a
base de sal; 35) produtos de cacau / chocolate; 36) produtos de coco;
37) produtos de confeitaria; 38) produtos de frutas, cereais e
leguminosas para uso em iogurte e similares; 39) produtos de soja; 40)
produtos de tomate; 41) salgadinhos; 42) sementes oleaginosas; 43)
sobremesas e pós para sobremesa; 44) sopas desidratadas; 45)
vegetais (desidratados e/ou liofilizados).

Outros também estão dispensados da obrigatoriedade de registro e,


adicionalmente, dispensados da necessidade de informar o início da
fabricação à autoridade sanitária do Estado, do Distrito Federal ou do
Município. São eles: 1) as matérias-primas alimentares e os alimentos
“in natura”; 2) os aditivos alimentares (intencionais) inscritos na
Farmacopéia Brasileira, os utilizados de acordo com as Boas Práticas
de Fabricação e aqueles dispensados pelo órgão competente do
Ministério da Saúde; 3) os produtos alimentícios elaborados conforme
PID, usados como ingredientes alimentares, destinados ao emprego na
preparação de alimentos industrializados, em estabelecimentos
devidamente licenciados, desde que incluídos na legislação brasileira
de alimentos; 4) os produtos de panificação, de pastifício, de pastelaria,
de confeitaria, de rotisseria e de sorveteria, quando exclusivamente
destinados à venda direta ao consumidor, efetuada em balcão do
próprio produtor, mesmo quando acondicionadas em recipientes ou
embalagens com a finalidade de facilitar sua comercialização.

Os seguintes produtos devem obrigatoriamente ser registrados junto à


ANVS: 1) aditivos (formulados); 2) aditivos substância única; 3)
adoçantes; 4) água mineral; 5) água natural; 6) águas purificadas
adicionadas de sais; 7) alimentos adicionados de nutrientes essenciais;
8) alimentos com alegação de propriedades funcionais e/ou de saúde;
9) alimentos infantis; 10) alimentos para controle de peso; 11) alimentos
para dietas com restrição de nutrientes; 12) alimentos para dietas com
ingestão controlada de açúcares; 13)alimentos para dietas enterais; 14)
alimentos para gestantes e nutrizes; 15) alimentos para idosos; 16)
alimentos para praticantes de atividade física; 17) alimentos de origem
animal*; 18) bebidas não alcóolicas*; 19) coadjuvantes de tecnologia;
20) composto líquido pronto para consumo; 20) embalagens recicladas;
21) gelo; 22) novos alimentos e/ou novos ingredientes; 23) sal; 24) sal
58
hipossódico / sucedâneos de sal; 25) suplemento vitamínico e/ou
mineral; 26) vegetais em conserva (palmito).
(* No caso de alimentos de competência do Ministério da Saúde)

A solicitação de Registro deve ser efetuada pela empresa interessada


junto ao órgão de vigilância sanitária onde uma das unidades fabris da
empresa esteja localizada, apresentando a seguinte documentação:
• Formulários de petição 1 e 2 (3 vias);
• Comprovante de pagamento da taxa de fiscalização de vigilância
sanitária;
• Cópia do Alvará Sanitário (licença de funcionamento);
• Dizeres de rotulagem ou modelo de rótulo (3 vias);
• Ficha de cadastro de empresa;
• Laudo de análise (relatório de ensaio) ou documentos exigidos pelo
regulamento técnico específico.

A Resolução da ANVS nº 229, de 24 de junho de 1999, estabelece que


a Rede Brasileira de Laboratórios em Saúde – REBLAS, que presta
serviços laboratoriais relativos a produtos sujeitos ao regime de
Vigilância Sanitária (ex.: ensaios em produtos alimentícios), é composta
pelos laboratórios vinculados a órgãos e entidades governamentais, ou
a entidades privadas, devidamente credenciados ao INMETRO (ou que
estiverem participando do programa de credenciamento coordenado
pelo INMETRO), autorizados pela ANVS, com a coordenação do
Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde – INCQS.

O Registro de Alimento é válido por cinco anos, devendo o fabricante


solicitar a revalidação a cada cinco anos, no prazo de até sessenta dias
antes da data de vencimento.

Os formulários estão disponíveis nos órgãos de vigilância sanitária e no


site da ANVS- www.anvisa.gov.br.

O Alvará Sanitário é um pré-requisito para o Registro de alimentos onde


todo o processador de produtos alimentícios deve ser licenciado pela
autoridade sanitária, que expedirá o respectivo anualmente um alvará,
que trata das boas práticas de fabricação (instalações, equipamentos,
ambiente, pessoal, etc), condicionado a uma inspeção para verificar as
condições de produção da empresa. Já o registro trata especificamente
do produto alimentício (formulação, rotulagem, aditivos, embalagem,
etc).
O fabricante deve implementar as Boas Práticas de Fabricação
conforme determina a legislação vigente e apresentar o Manual de
59
Boas Práticas de Fabricação às autoridades sanitárias, no momento da
inspeção ou quando solicitado.
Entre suas principais responsabilidade, o fabricante deve adotar na
cadeia produtiva uma metodologia que assegure o controle de pontos
críticos que possam acarretar riscos à saúde do consumidor.

DIVISÃO DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA – RIO GRANDE DO SUL


Av. Júlio de Castilhos, 596 / 6º andar
CEP 90030-130 - Porto Alegre / RS
Tel.: (51) 227-3933 / 227-2742

AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE DE ALIMENTOS PELA


SECRETARIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA

As atividades de avaliação da conformidade de alimentos no âmbito do


Ministério da Agricultura e do Abastecimento, para produtos de origem
animal e vegetal, são reguladas e supervisionadas pela Secretaria de
Defesa Agropecuária – SDA – e executadas junto às Delegacias
Regionais da Agricultura dos Estados e pelos Departamentos de
Inspeção de Produtos de Origem Animal (DIPOA) e de Defesa e
Inspeção Vegetal, com sede em Brasília.

Produtos de origem animal devem ser registrados no Serviço de


Inspeção Federal (SIF), ganhando a fábrica um código. Produtos
formulados devem ser registrados diretamente no DIPOA, em Brasília.
Quando não formulados, devem ser registrados junto à Delegacia
Regional da Agricultura dos Estados.

As bebidas e os cereais são de competência do Departamento de


Defesa e Inspeção Vegetal. Tanto a classificação dos cereais, quanto o
registro de bebidas são solicitados pelas Delegacias Estaduais da
Agricultura.

Maiores informações podem ser obtidas no site www.agricultura.com.br.

Delegacia da Agricultura no Estado do Rio Grande do Sul


Av. José Loureiro da Silva, 515
CEP 90010-221 – Porto Alegre / RS
Tel.: (0xx51) 228-8345 / 228-6914 / 228-7310

Secretaria de Defesa Agropecuária


Esplanada dos Ministérios, Bloco D, Anexo B, 4º Andar
CEP 70043-900 – Brasília / DF
60
Tel.: (0xx61) 228-9771 / 218-2315 – Fax: (0xx61) 224-3995

Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal


Tel.: (0xx61) 218-2684

Departamento de Defesa e Inspeção Vegetal


Tel.: (0xx61) 218-2675

61
8. CERTIFICAÇÕES E DECLARAÇÕES NECESSÁRIAS PARA
EXPORTAR

Fornecedores que têm o objetivo de comercializar seus produtos no


mercado internacional muitas vezes têm a necessidade de certificá-los
ou declará-los como conformes com os sistemas regulamentadores
e/ou com os requisitos de mercado do país de destino.
Esse quadro poderia ser diferente caso o SBC fosse reconhecido nos
países de destino, através da formalização de Acordos de
Reconhecimento Mútuo (MRA) com outros Sistemas de Certificação.
Vejamos algumas informações sobre as atividades de certificação na
Área Econômica Européia, Estados Unidos e Argentina.

MARCAÇÃO CE

INTRODUÇÃO
Para que determinados produtos possam circular livremente nos países
que integram a Comunidade Européia alguns requisitos essenciais de
proteção à saúde e segurança dos usuários (consumidores e
trabalhadores) têm que ser atendidos. Os produtos que atendem a estes
requisitos têm que ostentar a Marca CE. Sem isto a sua circulação é
terminantemente proibida. Este quadro poderia ser diferente caso o
Sistema Brasileiro de Certificação fosse reconhecido nos países de
destino, que se dá através dos Memorandos de Entendimento. Em
contra partida, se o produto ostenta a Marca CE não pode ser impedido
de circular por qualquer Autoridade de nenhum dos Países Membros.
Este procedimento foi adotado por todos os países da Área Econômica
Européia e, por sua confiabilidade, por outros Países não Membros,
como alguns do Leste Europeu, Austrália, Nova Zelândia, Índia, etc.

A Área Econômica Européia é composta por quinze Países Membros da


Comunidade Européia (Áustria, Bélgica, Dinamarca, Finlândia, França,
Alemanha, Grécia, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Holanda, Portugal,
Espanha, Suécia e Reino Unido) e mais Noruega, Islândia e
Liechtenstein.

62
Os produtos comercializados na União Européia podem ser
enquadrados em quatro grupos:

1. Aqueles que estão cobertos por Diretivas Européias


Devem cumprir exigências essenciais bem como procedimentos e
condições para demonstrar a conformidade do produto a estas
exigências. Devem ser identificados com a marca CE e os estados
membros designam organismos nacionais competentes, chamados de
Organismos Notificados, para verificar se todos os requisitos da Diretiva
aplicável formam atendidos, incluindo os ensaios/exames técnicos
necessários. Caso tudo esteja conforme à Diretiva (em alguns casos é
necessário o atendimento à mais de uma Diretiva), o Organismo
Notificado concede os certificados para uso da marca, ficando também
responsável pelas verificações periódicas, depois de emitido os
certificados.

2. Aqueles que estão cobertos por regulamentos nacionais ainda não


harmonizados pela Comunidade Européia
Devem ser seguidos os regulamentos nacionais, que às vezes
requerem ensaios acompanhados por organismos nacionais
competentes.

3. Sistemas voluntários de certificação e ensaios


Não existe nenhuma regulamentação nacional, nem comunitária, porém
o mercado demanda a certificação, por um organismo reconhecido por
sua tradição.

4. Produtos que não exigem nenhuma certificação


Apesar de toda regulamentação, na Comunidade Européia existe um
grande número de produtos que não demandam qualquer tipo de
certificação para entrada nos países da União Européia.

O QUE É A MARCA CE
Quando um produto ostenta a Marca CE as Autoridades Competentes
de todos os Países Membros da Área Econômica Européia assumem
que todos os requisitos essenciais da Diretiva aplicável foram
atendidos.
Caso tenha sido publicada uma Diretiva aplicável e o produto não
ostente a Marca CE sua circulação é interditada.
Embora permita a entrada do produto no mercado Europeu, a Marca CE
não é uma marca de certificação de terceira parte, nem uma garantia
da qualidade. É a garantia de que os requisitos essenciais para garantia
da saúde e segurança do usuário foram atendidos.
63
Os principais objetivos da Marca CE são:
• indicar a conformidade de um produto com os requisitos das
diretivas aplicáveis;
• permitir o comércio do produto na União Européia;
• permitir a retirada de produtos não-conformes do comércio.

DIRETIVAS E NORMAS HARMONIZADAS


A conformidade de produtos requer um entendimento dos objetivos e da
metodologia necessária para alcançar a conformidade.

As Diretivas são publicadas no Diário Oficial da Comunidade Européia


que indicam o conjunto de ações que o fabricante deve tomar para
obtenção da Marca CE, quais os requisitos essenciais a serem
atendidos, quais os produtos que estão ou não estão sujeitos àquela
Diretiva, se a sua certificação é compulsória ou não e padrões para
notificação de um Organismo.

Em última análise, as Diretivas têm força de lei internacional.

A completa conformidade aos requisitos essenciais é condição


fundamental, mas não única, para a obtenção da Marca CE e o
fabricante, ou seu representante, responsável pela circulação do
produto na AEE e lá estabelecido, deve comprová-la às Autoridades
Competentes ou ao Organismo Notificado.
Um dos métodos, mais seguro e rápido, de se fazer a comprovação é
utilizando-se Normas Harmonizadas.
As normas harmonizadas são reconhecidas por todos os países e têm
como objetivo verificar se todos os requisitos essenciais foram
atendidos.
Um produto é encaminhado a um laboratório reconhecido, ensaiado e
inspecionado de acordo com a norma harmonizada aplicável, e
indicada pelo fabricante, ou pelo seu representante.
O laboratório emite um relatório de ensaios com base nas normas
fazendo que, com isto, o Organismo Notificado e as Autoridades
Competentes pressuponham que todos os requisitos essenciais estão
atendidos.

O Organismo Notificado é aquele indicado pelas Autoridades


Competentes dos Países Membros para verificar a conformidade às
Diretivas.
Cada País Membro tem que indicar, ao menos, um Organismo.

Há três áreas principais tratadas nas diretivas:


64
• Os critérios para notificação dos Organismos responsáveis por:
• Acreditação;
• Ensaios;
• Certificação.
• As ações e responsabilidades dos fabricantes;
• Os requisitos para garantir a segurança e confiabilidade dos
produtos.

Existem três tipos diferentes de diretivas relacionadas a produtos.


• Diretivas Básicas: são diretivas aplicáveis para todos os fabricantes
de produtos e fazem referência a comercialização,
compulsoriedade e garantias. Algumas Diretivas básicas que são
aplicáveis a maioria dos produtos e fornecedores são:
• Diretiva de segurança para produtos em geral – 92/59/EEC;
• Diretiva sobre responsabilidade por produtos – 85/374/EEC;
• Regras para a marcação CE e procedimentos para avaliação de
conformidade – 93/465/EEC;
• Alteração da marcação CE – 93/68/EEC.

• Diretivas Genéricas: são diretivas que fazem referência a grupos de


produtos segundo alguma característica que tenham em comum;
por exemplo, produtos que operam entre um certo limite voltagem
ou produtos que podem gerar a emissão de rádio-freqüência. Essas
diretivas são aplicáveis quando não existe uma diretiva específica
para o produto.
• Diretivas Específicas: são diretivas aplicáveis a um produtos
específico. Produtos nas áreas de telecomunicações e médica,
além de produtos considerados de alto risco seguem esse tipo de
diretiva. Esse tipo de diretiva está acima das outras, tendo sempre
prioridade.

TABELA 8.1: EXEMPLOS DE ALGUMAS DIRETIVAS


Assunto Identificação da Prazo para
65
Diretiva marcação CE
compulsória
Dispositivos médicos para 90/385/EEC 1/1995
implante
Caldeiras 92/42/EEC 1/1998
Materiais de construção 89/106/EC incerto
Compatibilidade eletromagnética 89/336/EEC 1/1996
Explosivos 93/15/EEC 1/2003
Utensílios a gás 90/396/EEC 1/1996
Equipamentos pressurizados 97/23/EC 5/2002
gerais
Segurança elétrica de baixa 73/23/EEC 1/1997
voltagem*
Máquinas 98/37/EC 1/1995
Dispositivos médicos 93/42/EEC 6/1998
Equipamentos para pesagem não 90/384/EEC 1/1993
automáticos
Elevadores de passageiros 95/16/EEC 7/1999

Equipamentos de proteção 89/686/EEC 7/1995


pessoal
Artefatos de recreação 94/25/EEC 6/1998
Vasos de pressão simples 87/404/EEC 7/1992
Equipamentos de 91/263/EEC 11/1992
telecomunicações
Brinquedos 88/378/EEC 1/1990
*Para produtos que operem com 50-1000 VAC ou 75-1500 VDC

PASSOS PARA A CONFORMIDADE EUROPÉIA


1. Identificar todas as diretivas e normas aplicáveis;
2. Certificar-se de que tudo está de acordo com os requisitos
essenciais das diretivas e normas harmonizadas;
3. Preparar o “arquivo técnico”;
4. Preparar e assinar a declaração de conformidade;
5. Testar o produto de acordo com normas harmonizadas, se for o
caso;
6. Contratar um Organismo Notificado, se for o caso;
7. Verificação pelo Organismo Notificado, se for o caso;
8. Afixar a marca CE no produto.

É de responsabilidade do fabricante a classificação do produto,


identificação da diretiva e das normas aplicáveis, atendimento aos
requisitos essenciais, elaboração de arquivo técnico, emissão da
66
declaração de conformidade, nomeação do representante situado na
AEE, contratação do Organismo Notificado, informar ao Organismo
Notificado e/ou às Autoridades Competentes quando ocorrer qualquer
não-conformidade com o produto ou alteração no seu sistema de
produção ou da qualidade e no produto e aposição da Marca CE.

É de responsabilidade do Organismo Notificado a verificação do


arquivo técnico, verificação de que os requisitos essenciais estão
atendidos, verificação de que todos os itens da diretiva foram atendidos
e a emissão do certificado.

AVALIAÇÃO DA CONFORMIDADE
Esse tipo de avaliação é uma revisão sistemática que visa determinar a
conformidade de um produto a requisitos específicos.
Uma avaliação obrigatória de acordo com todos os requisitos aplicáveis
deve ser procedida e documentada em um arquivo técnico do
fabricante, independentemente do fato da certificação ser compulsória
ou não, antes do produto receber a marca CE e ser colocado no
mercado, posto em serviço ou disponibilizado de qualquer outra forma.

ARQUIVOS TÉCNICOS
O arquivo técnico é um requisito das diretivas básicas e existe para que
seja documentada a avaliação de conformidade e o projeto do produto.
O arquivo técnico deve ser desenvolvido pelo fabricante ou por um
representante autorizado e conter a documentação do projeto,
sistemática de produção, resultado de ensaios e informações
operacionais, para mostrar a conformidade com as diretivas.
Os componentes do Arquivo Técnico são, no mínimo:
• Declaração de Conformidade (e/ou certificado, no caso
de produtos regulamentados);
• Nome e endereço do fabricante e identificação do
produto;
• Nome e endereço do representante europeu, se
aplicável;
• Lista de normas harmonizadas que são seguidas;
• Descrição do produto;
• Instruções operacionais;
• Relatórios de ensaios;
• Detalhes do projeto, lista de componentes, circuitos e
diagramas.

Existe um tipo especial de arquivo técnico para produtos


regulamentados, máquinas de alto risco e ocasionalmente para
67
compatibilidade eletromagnética (equipamentos de grande porte),
conhecido como TCF (Technical Construction File), que deve ser
emitido por um Organismo Notificado.

TABELA 8.2: PROCEDIMENTOS PARA AVALIAÇÃO DA


CONFORMIDADE EUROPÉIA
Certificação
Auto-declaração Certificação Voluntária
Compulsória
(
Avaliação Avaliação executada por Avaliação executada
executada pelo Organismo Notificado ². por Organismo
fabricante1. Notificado3.
Arquivo Técnico Arquivo Técnico preparado Arquivo Técnico
preparado pelo pelo fabricante (segurança)
fabricante acompanhado de relatório ou
emitido por Organismo TCF (EMC)
Notificado. acompanhado de
relatório emitido por
Organismo Notificado.
O fabricante O fabricante emite a O fabricante emite a
emite a Declaração de Declaração de
Declaração de Conformidade Conformidade para o
Conformidade e tipo aprovado e afixa
e afixa a Marca CE a marca CE
afixa a Marca CE
Embarcar o produto para Europa
1. Avaliação do produto pelo fabricante com respeito a conformidade com as normas
harmonizadas européias ou outros meios que atendam aos requisitos essenciais.

2. Avaliação por Organismo Notificado baseada nas normas harmonizadas européias ou


outro critério, aplicável quando nenhuma norma harmonizada ou outra equivalente
nacional existe ou no caso de inovação, outra especificação pode ser aceitável para o
referido organismo.

3. Avaliação e aprovação, por Organismo Notificado, do arquivo técnico baseado em


normas harmonizadas e/ou outro critério onde as normas são apenas aplicadas em parte.

AFIXANDO A MARCA CE NO PRODUTO


É de responsabilidade do fabricante encontrar os requisitos essenciais
das Diretivas aplicáveis antes de afixar a marca CE no produto. A
marcação CE deve aparecer, se possível no produto, ou então na
68
embalagem. A marca CE não evita que sejam tomadas medidas
cabíveis em caso de não-conformidades no produtos.

A marcação no produto deve consistir das iniciais “CE”, na seguinte


forma (segundo orientações publicadas no Jornal Oficial da
Comunidade Européia):
• Caso sejam reduzidas ou aumentadas, as proporções
devem ser respeitadas;
• A dimensão vertical da marca não deve ser menor que
5 mm.

Figura 8.1: Logo da Marca CE a ser afixado no produto


(fonte: www.us.tuv.com)

Fonte : Site da TÜV North America - www.us.tuv.com


: DNV do Brasil / CMC – www.dnv.com.br

69
MARCA UL

O QUE É A UL E O QUE FAZ?


UL é um laboratório independente, sem fins lucrativos, estabelecido
para examinar materiais, aparelhos, produtos, equipamentos,
construções, métodos e sistemas a fim de determinar se constituem
qualquer risco de vida ou contra a propriedade alheia. UL possui quatro
laboratórios de teste nos Estados Unidos, subsidiárias em Formosa,
Hong Kong e Japão e representantes de campo através do mundo,
inclusive no Brasil.

No Estado de São Paulo localiza-se o escritório da UL do Brasil:


Rua Fidêncio Ramos, 195 – 5º andar
Vila Olímpia – São Paulo/SP
CEP 04551-010 – Brasil
Tel.: (0xx11) 3049-8300
Fax.:(0xx11) 3049-8252

Os representantes de campo visitam fabricantes, ajudando a confirmar


que produtos identificados com a Marca UL, estejam de acordo com os
apropriados requisitos de segurança estabelecidos pela UL.
A Marca Registrada UL em um produto é o meio utilizado pelo
fabricante, vendedor ou importador para comprovar que amostras do
mesmo foram examinadas para determinar conformidade com os
Padrões de Segurança aplicáveis. Várias autoridades governamentais
nos EUA exigem a Marca UL, como parte dos requisitos de segurança
locais.

QUEM PODE SUBMETER UM PRODUTO?


Geralmente, os produtos são submetidos à UL pelos fabricantes ou
equipes de desenvolvimento do projeto, ou respectivos agentes
autorizados, representantes, distribuidores e outros.
Ao submeter um produto à UL, o candidato poderá designar o nome da
companhia (nome do fabricante, do agente ou do distribuidor
autorizado) que deverá ser utilizado nos catálogos de produtos
publicados pela UL. O nome selecionado deverá constar do produto se
o mesmo for aprovado pela UL e levar a Marca UL.

QUANDO O PRODUTO DEVE SER SUBMETIDO?


O ideal é submeter o produto o mais cedo possível durante o estágio de
desenvolvimento do mesmo. Muitas vezes, engenheiros da UL podem
efetuar testes preliminares de avaliação. Esses testes ajudam a
70
identificar problemas e determinar modificações antes que a companhia
aplique grandes somas na aquisição de componentes e ferramental
para fabricação do produto. Isso pode significar uma grande economia
para o fabricante. Uma avaliação preliminar pode ser realizada em um
poucos dias em um dos laboratórios UL nos EUA, em uma das
subsidiárias ou até mesmo na própria fábrica do produto.

COMO O PRODUTO É SUBMETIDO À UL?


Para submeter um produto à certificação UL, o passo mais importante
é enviar uma correspondência a um dos representantes da UL, que
deverá incluir:
• descrição do produto e uso pretendido para o mesmo, relacionando
os modelos, tipos e variações do produto a ser examinado,
similaridades e diferenças entre os mesmos;
• relação de todos os componentes e materiais utilizados no produto,
inclusive nome dos fabricantes, código de catálogo, especificações,
etc... e mencionar se já são reconhecidos ou listados pela UL.
Incluir o nome genérico, fabricante e qualquer designação do tipo
de qualquer material polimérico (material termoplástico, por
exemplo), explicando sua utilização no produto;
• esquemas de fiação ilustrando qualquer circuito elétrico ou
eletrônico, desenho do projeto e/ou fotos do produto, se achar que
os mesmos poderão ajudar melhorando o entendimento do
desenho, construção e operação;
• todos os manuais de instruções, dicas de segurança ou instruções
para instalação que se pretende fornecer com o produto, inclusive
quaisquer dizeres ou avisos que serão impressos na embalagem de
despacho;
• identificação de qualquer material, componentes ou providências
alternativas que se pretenda utilizar no futuro, reduzindo testes,
tempo e custos, quando, mais tarde, tais alternativas forem
empregadas;
• nome do representante autorizado encarregado de receber todas as
comunicações da UL, inclusive o relatório e faturas finais;
• nome e endereço de cada indústria onde o produto será fabricado;
• nome e endereço da companhia que deverão ser publicados no
catálogo de produtos apropriado da UL;
• observação se o projeto, novo ou revisado, compartilha do mesmo
tipo de construção ou características de desempenho encontrados
em tipos ou modelos previamente testados pela UL.

Com objetivo de economizar tempo e gastos, e desde que atenda a


certos requisitos, é possível que apresente dados obtidos por testes
71
realizados por sua própria conta para consideração durante o período
de exames da UL.

- O processo de registro -
Após receber a correspondência, a UL envia um formulário de registro e
outros materiais, contendo instruções detalhadas sobre como preparar a
proposta. Ao mesmo tempo, informa sobre a seção de engenharia que
procederá a avaliação do produto, bem como, o endereço do laboratório
onde deverão ser realizados os testes.
Após receber a informação técnica necessária, a UL envia os
formulários oficiais de registro, para colher a assinatura do proponente.
Os formulários deverão ser assinados e enviados de volta à UL
acompanhados do respectivo pagamento (depósito preliminar), de
preferência ordem de pagamento em dólares dos EUA.

- Amostras do produto -
Serão exigidas amostras do produto na mesma ocasião em que forem
enviados os formulários oficiais devidamente assinados. Informações a
respeito da quantidade de amostras necessárias serão fornecidas pelos
engenheiros da UL. Não devem ser enviados formulários, depósito
preliminar ou qualquer outro documento, dentro embalagem da(s)
amostra(s), a fim de evitar que sejam descartados por acidente.
Após o recebimento dos formulários de registro, depósito, amostras e
qualquer outra documentação requisitada, a UL notifica por escrito a
respeito da data prevista para conclusão dos testes.
Em seguida, deverão ocorrer testes para averiguar se o produto está de
acordo com os padrões de segurança previstos pela UL. Após a
conclusão dos mesmos, a UL informa se o produto foi aprovado ou não
para usar a marcação no produto. Independentemente do resultado, um
relatório detalhado é enviado.

SE O RESULTADO FOR POSITIVO...


Caso o produto esteja de acordo com os padrões estabelecidos pela UL,
uma carta de confirmação é enviada. Logo após, um relatório oficial
contendo os resultados finais e outros documentos pertinentes será
também enviada. Depois que um representante de campo da UL
verificar e aprovar o primeiro lote de produção dos artigos que levarão a
Marca UL, os produtos podem ser despachados da fábrica.

SE O RESULTADO FOR NEGATIVO...


Caso o produto não esteja de acordo com os padrões da UL, um
relatório detalhado explicando os resultados negativos obtidos durante a
72
fase de teste é enviado. Nessa ocasião, o fabricante tem a oportunidade
de providenciar as modificações necessárias para aprovação do
produto. Após efetuar as modificações, um novo contato com a UL é
necessário, a fim de programar uma nova série de testes.

73
Figura 8.2: Passos para obtenção da marca UL
MARCAS UL:

74
UL Listing Mark: marca de conformidade que indica que o produto
completo (com todos os seus componentes) está em conformidade com
os requisitos especificados para o mesmo nos EUA, no que diz respeito
à segurança. Entre as marcas de conformidade da UL, essa é a mais
comum.

C-UL Listing Mark: aplicada para produtos comercializados no Canadá,


por existirem algumas diferenças entre os requisitos do Canadá e dos
Estados Unidos. Indica que o produto completo está em conformidade
com os requisitos especificados (canadenses), quanto à segurança.

C-UL US Listing Mark: criada em 1998, esta marca atesta a conformidade do


produto tanto aos requisitos americanos quanto aos requisitos canadenses.
Essa marca é opcional, tendo os fabricantes a opção de continuar usando as
marcas para os EUA e para o Canadá separadamente.

Classification Mark: marca de conformidade para produtos que tenham


propriedades específicas como, por exemplo, uma condição especial ou
limitada para o uso.

marca de conformidade para produtos


C-UL Classification Mark:
comercializados no Canadá, que tenham propriedades específicas.
75
C-UL US Classification Mark: criada em 1998, esta marca de conformidade é
aplicável a produtos que tenham propriedades específicas e é válida tanto no
Canadá quanto nos Estado Unidos.

Recognized Component Mark: marca que indica a conformidade aos requisitos


especificados nos EUA apenas para o componente marcado.

Canadian Recognized Component Mark: marca que indica a conformidade aos


requisitos especificados no Canadá apenas para o componente marcado.

Recognized Component Mark for Canada and the United States: criada em
1998, esta marca indica a conformidade apenas para o componente marcado
com os requisitos especificados nos Estados Unidos e no Canadá.

International “emc-Mark”: marca de conformidade para produtos que atendem


requisitos de compatibilidade eletromagnética da Europa, Estados Unidos,
Japão e Austrália. Essa certificação é compulsória para muitos produtos nos
Estados Unidos.

76
Food Service Product Certification Mark: marca de conformidade que faz
referência a normas internacionais específicas aplicáveis a sanitização. Os
equipamentos que têm essa marca são comumente encontrados em
estabelecimentos comerciais alimentícios e serviços institucionais alimentícios.

Field Evaluated Product Mark: marca que demonstra a conformidade


com os requisitos de segurança aplicáveis, e indica que a avaliação foi
realizada em campo, ou seja, fora dos laboratórios da UL.

Marine Mark: marca de conformidade específica para produtos


náuticos. A avaliação desses produtos segue os padrões de segurança
específicos (Marine Safety Standards) da UL e outras normas e códigos
aplicáveis.

77
UL do Brasil, Ltda.
Rua Fidêncio Ramos, 195 – 5º andar
Vila Olímpia – São Paulo/SP
CEP: 04551-010 Brasil
Fone: 55-11-3049-8300
Fax: 55-11-3049-8252

Fontes: Catálogo de serviços da UL do Brasil


Site da UL no endereço www.ul.com

CERTIFICAÇÃO ARGENTINA PARA EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS

Estabelecida em 16 de fevereiro de 1998, a Resolução 92 da Secretaria


de Indústria, Comércio e Minerais Argentina institui que todos os
equipamentos elétricos de baixa tensão (aqueles que operam com
tensão de até 1000V em corrente alternada e até 1500V em corrente
contínua) devem cumprir os requisitos de segurança elétrica fixados
pelas normas IRAM ou IEC e que os fabricantes/importadores
argentinos necessitam comprovar a conformidade pelos seguintes
meios:

I - Declaração juramentada de cumprimento dos requisitos essenciais


de segurança, acompanhada por relatórios de ensaio;

II - Certificação de conformidade de tipo com requisitos essenciais de


segurança;

III – Certificação de produto por marca de conformidade com os


requisitos essenciais de segurança.

78
TABELA 8.3: CRONOGRAMA PARA A CERTIFICAÇÃO ARGENTINA
DE ELETRO-ELETRÔNICOS
MATERIAIS PARA APARELHOS APARELHOS
DATA INSTALAÇÕES ELETRODOMÉSTICOS ELETRÔNICOS
ELÉTRICAS
18/02/1998 Seguem vigentes as Resoluções anteriores à Resolução 92/98

18/08/1998 I ou III I ou III


I ou III
18/07/1999
II ou III II ou III
18/09/1999
II ou III
18/07/2000
18/09/2000

III

Encorajamos os fabricantes a buscarem informações atualizadas sobre


a vigência das etapas acima apresentadas, uma vez que a SICyM
Argentina freqüentemente emite Disposições introduzindo alterações.

Para os efeitos desta Resolução, apresenta-se um rol não exaustivo


para classificação dos materiais e equipamentos, extraído da
Disposição nº 1009 da SICyM Argentina de 19 de agosto de 1998:

a) Materiais Elétricos:
• Cabos para instalações fixas interiores;
• Cabos com envoltura de proteção;
• Canos, dutos, canaletas e todos outros sistemas de
canalização de uso doméstico e similares;
• Interruptores elétricos manuais para instalações
domésticas, similares e acessórios;
• Dispositivos de controle e comando de uso doméstico;
• Plugues, tomadas e similares;
• Disjuntores domésticos e similares;
• Interruptores automáticos de corrente diferencial para
usos domésticos e similares;
• Chaves e interruptores em série com fusíveis de até 63
A de corrente nominal;
• Fusíveis de até 63 A de corrente nominal, para uso por
pessoas não qualificadas;
79
• Painéis elétricos modulares de até 63 A de corrente
nominal;
• Fitas isolantes;
• Braçadeiras de uso elétrico;
• Materiais para aterramento;
• Capacitores para melhoramento do fator de potência;
• Medidores de potência elétrica.

b) Equipamentos eletrodomésticos:
• Equipamentos elétricos de uso doméstico;
• Equipamentos elétricos que possam ser uma fonte de perigo para
pessoas não qualificadas, como os destinados a operar em lugares
públicos e no comércio;
• Luminárias de quaisquer tipos;
• Ferramentas portáteis com motor de até 20 A de corrente nominal;
• Suporte para lâmpadas;
• Lâmpadas incandescentes de descarga;
• Equipamentos complementares de iluminação não eletrônicos.

c) Equipamentos Eletrônicos:
• Equipamentos eletrônicos de uso doméstico e similares;
• Equipamentos de informática destinados ao uso doméstico e
similares;
• Equipamento eletrônico de oficinas, comércio e lugares públicos;
• Equipamentos complementares de iluminação eletrônicos.

REQUISITOS ESSENCIAIS DE SEGURANÇA

1. Condições gerais

As características fundamentais para a utilização, com segurança, de


equipamento elétrico devem aparecer, se possível, sobre o mesmo ou
então em um manual que o acompanhe. Em ambos os casos o texto
deve ser escrito em espanhol;
• O país de origem, a razão social do fabricante, seu endereço, a
razão social, o endereço do importador e do distribuidor, além do
modelo do produto deverão aparecer no mesmo. Não sendo
possível, pelo menos devem ser apresentados a marca comercial
registrada e o modelo no produto, o restante em anexo;

80
• O equipamento elétrico e as partes que o constituem devem ser
fabricadas de modo que permitam uma conexão segura e
adequada;
O equipamento elétrico deve ser projetado e fabricado de modo a
garantir a proteção contra perigos tratados a seguir.

1. Proteção contra perigos originados no próprio equipamento


elétrico

São previstas medidas de caráter técnico, a fim de que:


- As pessoas e os animais domésticos fiquem adequadamente
protegidos contra o risco de ferimentos e outros danos que possam
sofrer por contatos diretos ou indiretos;
- Os equipamentos não produzam temperaturas, arcos ou radiações
perigosas;
- Se proteja convenientemente as pessoas, animais domésticos e
bens contra os perigos de natureza elétrica causados por
equipamentos elétricos.

1. Proteção contra os perigos causados por de influência externa


ao equipamento elétrico

São previstas medidas de ordem técnica a fim de que:


• Os equipamentos elétricos correspondam às exigências mecânicas
previstas, com o objetivo de proteger as pessoas, os animais
domésticos e os bens materiais;
• Os equipamentos elétricos resistam às influências não-mecânicas
em condições ambientais previstas, com o objetivo de proteger as
pessoas, os animais domésticos e os bens materiais;
• Os equipamentos elétricos não ponham em risco as pessoas, os
animais domésticos e os bens materiais em condições previstas de
sobrecarga.

Alguns ensaios de características básicas de segurança estabelecidos


pela Disposição nº 736/99 da SICyM Argentina:

Para materiais elétricos:


• Marcação;
• Resistência ao calor e fogo;
• Acessibilidade das partes de baixa tensão;
• Rigidez dielétrica.

Para equipamentos eletrodomésticos e eletrônicos:


81
• Marcação e instruções de uso em espanhol;
• Acessibilidade das partes de baixa tensão;
• Corrente de fuga e tensão resistida na temperatura de
funcionamento;
• Dispositivos de fio terra;
• Sistenas de vinculación, parafusos e conexões;
• Resistência ao calor, ao fogo e a transmissão elétrica.

COMO OBTER A CERTIFICAÇÂO

Para que um produto elétrico de baixa tensão possa ser comercializado,


a partir de entrada em vigência da Resolução 92/98 da SICyM
Argentina, passou a ser obrigatório a apresentação de uma certificação
de produto perante a Direção Nacional de Comércio Interior desse país.
A certificação deve ser realizada por um organismo de certificação de
produtos acreditado pelo O.A.A. (www.oaa.org.br) e seguir o modelo de
certificação do ISO/IEC Guide 28.

Para realizar a certificação de produtos segundo a Resolução 92/98,


estão autorizados pela SICyM Argentina os seguintes organismos:

• IRAM – Instituto Argentino de Normalizacion


Av. Peru, 552/56
Buenos Aires – Argentina
www.iram.com.ar
e-mail: iram4@sminter.com.ar

• INTI – Instituto Nacional de Tecnologia Industrial


Leandro N. Alem, 1067
Buenos Aires - Argentina
www.inti.gov.ar
e-mail: promo@inti.gov.br

Os fabricantes brasileiros que certificarem seus produtos junto a


organismos certificadores nacionais, que mantenham Memorandos de
Entendimento com organismos argentinos em áreas equivalentes,
poderão solicitar a Marca de Conformidade Argentina utilizando os
resultados das atividades de certificação desenvolvidas pelo organismo
82
certificador brasileiro, como a União Certificadora, no caso de produtos
elétricos.

83
9. ACORDOS DE RECONHECIMENTO

Acordo de reconhecimento é o acordo fundamentado na aceitação, por


uma das partes, dos resultados apresentados por outra, com base na
implementação de um ou mais elementos funcionais determinados de
um sistema de avaliação de conformidade.

Alternativas que possibilitem o reconhecimento internacional são


extremamente positivas para as organizações, pelos resultados que
geram, como redução no número de auditorias de terceira parte, gasto
com ensaios e inspeções, quantidade de pessoal envolvido, etc.

Memorando de entendimento (Memorandum of Understanding – MoU)


são acordos que estabelecem objetivos comuns para os signatários, em
seus campos de atividades.

MODALIDADES

Acordo unilateral é o acordo de reconhecimento estabelecendo que os


resultados apresentados por uma das partes sejam aceitos por uma
outra parte.

A B
Acordo Unilateral
Acordo bilateral é o acordo de reconhecimento estabelecendo a aceitação
mútua dos resultados apresentados por cada uma das duas partes.

84
A B
Acordo Bilateral
Alguns organismos certificadores nacionais mantêm acordos de
reconhecimento bilateral com organismos estrangeiros, que estão
apresentados na lista de organismos certificadores de produtos
constante neste guia.

Acordo multilateral de reconhecimento (MRA) é o acordo que


estabelece a aceitação mútua dos resultados obtidos por mais de duas
partes. Exemplos:

A C
Acordo Multilateral
Os acordos de reconhecimento mútuo têm como finalidade estabelecer
padrões objetivos de avaliação da conformidade, visando à
equivalência da operação dos programas de avaliação da conformidade
dos organismos envolvidos.
A sistemática pela qual são conduzidas as avaliações dos acordos de
reconhecimento mútuo é a avaliação pelos pares, responsável por
reduzir significativamente o número de avaliações necessárias.
Por intermédio destes acordos é possível evitar também que produtos
testados em laboratórios credenciados tenham que ser novamente
submetidos a ensaios nos seus mercados destino.

85
10. ANEXOS

ANEXO A – MARCAS DE CONFORMIDADE ESTRANGEIRAS


ANEXO B – APROVAÇÃO DE MODELO E VERIFICAÇÕES EM
INSTRUMENTOS DE MEDIR E MEDIDAS MATERIALIXADAS

86
ANEXO A – MARCAS DE CONFORMIDADE ESTRANGEIRAS
TABELA 10.1: ALGUMAS MARCAS DE CONFORMIDADE
ESTRANGEIRAS

Marca de conformidade para equipamentos


LCIE - L'Expertise Electrique eletro-eletrônicos concedida pelo organismo francês.
www.lcie.fr
Marca de conformidade italiana para produtos dos
IMQ setores eletrotécnico e de gases.
www.imq.it
Marca de conformidade requerida para exportar a
GOST maioria dos produtos para a Rússia.
www.gost.ru
Marca de conformidade exigida compulsoriamente
T-MARK no Japão.

Marca de conformidade voluntária concedida pelo


S-MARK organismo japonês JET.

CCIB - China Commodity Marca de conformidade chinesa compulsoriamente


Inspection Bureau exigida para equipamentos médicos,
www.ccib-china.com para processamento de dados e eletro-domésticos.
CCEE - China Commission for Marca de conformidade chinesa compulsoriamente
Conformity Certification of exigida para produtos como refrigeradores,
Electrical Equipment televisores e aparelhos de ar-condicionado.
Marca de conformidade exigida pelo governo
NOM - Normas Oficiales mexicano para produtos que tem seus requisitos
Mexicanas técnicos especificados nas normas NOM.
Marca de conformidade para produtos emitida pelo
SICAL organismo chileno.

UNIT - Instituto Uruguayo de Marca de conformidade para produtos emitida pelo


Normas técnicas organismo uruguaio.
www.unit.org.uy
LATU - Laboratório Tecnológico Marca de conformidade para produtos emitida pelo
del Uruguay organismo uruguaio.
www.latu.org.uy
Marca de conformidade requerida para equipamentos
IRAM eletro-eletrônicos de baixa tensão comercializados
www.iram.com.ar na Argentina.
Marca de conformidade compulsoriamente exigida
INMETRO para alguns produtos no Brasil.
www.inmetro.gov.br

87
AFNOR – Association Française de Normalisation
www.afnor.fr
Marca de conformidade francesa de certificação

AENOR – Asociación Española de Normalización y Certificación


www.aenor.es
Marca de conformidade do organismo espanhol de certificação

88
BSI – British Standards Institution
www.bsi.org.uk
Marca de conformidade concedida pelo organismo que possui
credenciamento em vários países

Standards Australia
www.standards.com.au
Marca de conformidade australiana de certificação de produtos

89
ANEXO B – APROVAÇÃO DE MODELO E VERIFICAÇÕES EM
INSTRUMENTOS DE MEDIR E MEDIDAS MATERIALIZADAS

A seguir apresentamos a avaliação da conformidade por aprovação de


modelo e verificações em instrumentos de medir e medidas
materializadas, dada a relevância que essas atividades, de
competência da Diretoria de Metrologia Legal do INMETRO, têm junto à
comunidade industrial.
Através da Resolução CONMETRO nº 11 de 12 de outubro de 1988,
ficou estabelecido que os instrumentos de medir e as medidas
materializadas que tenham sido objeto de atos normativos quando
forem oferecidos à venda; quando forem empregados em atividades
econômicas; quando forem utilizados na concretização ou na definição
do objeto de atos em negócios jurídicos de natureza comercial, civil,
trabalhista, fiscal, parafiscal, administrativa e processual e, quando
forem empregados em quaisquer outras medições que interessem a
incolumidade das pessoas, deverão, obrigatoriamente:
a) corresponder ao modelo aprovado pelo INMETRO;
b) ser aprovados em verificação inicial;
c) ser verificados periodicamente.

RELAÇÃO DOS INSTRUMENTOS DE MEDIÇÃO E MEDIDAS


MATERIALIZADAS SUBMETIDOS À APROVAÇÃO DE MODELO E
OS RESPECTIVOS DOCUMENTOS REGULAMENTADORES

 Balanças - Portaria INMETRO nº 236/94;


 Pesos - Portaria INMETRO nº 233/94;
 Medidores de Velocidade para Veículos Automotivos - Portaria
INMETRO nº 115/98;
 Taxímetros - Portaria INMETRO nº 120/95;
 Termômetros Clínicos - Portaria INMETRO nº 234/94;
 Esfigmomanômetros Mecânicos do Tipo Aneróide - Portaria
INMETRO nº 24/96;
 Medidores de Gás Domiciliar - Portaria INMETRO nº 31/97;
 Sistema de Medição Utilizados na Comercialização de Gás
Combustível Comprimido - Portaria INMETRO nº 32/97;
 Medidores de Gás Tipo Turbina e Tipo Rotativo - Portaria
INMETRO nº 114/97;
 Sistema de Medição Mássica de Quantidade de Líquidos - Portaria
INMETRO nº 113/97;
90
 Cronotacógrafos - Portarias INMETRO nº 01/99 e nº 83/99;
 Bombas Medidoras de Combustíveis Líquidos - Portaria INMETRO
nº 23/85;
 Instrumentos Medidores de Comprimento - Portaria INMETRO nº
99/99;
 Medidas de Comprimento (trenas, metro) - Portaria INMETRO nº
145/99;
 Densímetros e termômetros para Derivados de Petróleo - Portarias
INPM nº 09/67e INPM nº 34/62;
 Densímetro e termômetros para Álcool - Portarias INMETRO nº
74/88 e MIC nº 192/66;
 Hidrômetros Taquimétricos (medidores de Água Fria) - Portaria
INMETRO nº 29/94;
 Medidores de Energia Elétrica (somente aprovação de modelos) -
Portarias INMETRO nº 148/85 e nº149/85;
 Sistema de Medição de Líquidos Criogênicos - Portaria INMETRO
nº 58/97.

SOLICITAÇÃO

A solicitação de aprovação de modelo ou modificação de modelo


aprovado ou adaptação de acessórios ou equipamentos deve ser
constituída dos documentos relacionados a seguir (extraído da norma nº
NIE-DIMEL-013 / rev. 00):

Requerimento:
A solicitação deve ser endereçada ao Diretor de Metrologia Legal do
INMETRO contendo basicamente as seguintes informações:
 Identificação do requerente especificando: razão social,
CGC, inscrição estadual e municipal, nome da pessoa
responsável para contatos;
 Identificação do modelo, incluindo:
a) designação do instrumento de medição ou medida
materializada, equipamento e/ou acessório;
b) designação dos modelos, marcas de fabricação, classes
de exatidão e características metrológicas principais
(limites superior e inferior da faixa de indicação e valor
da divisão);
c) emprego e finalidade de utilização.
91
Endereço:
Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial
Diretoria de Metrologia Legal - DIMEL
Divisão de Medidas Materializadas e Instrumentos de Medição - DIMIM
Av. Nossa Senhora das Graças, 50 - Xerém
CEP 25250-020 - Duque de Caxias / RJ
e-mail: dimel@inmetro.gov.br
home page: http://www.inmetro.gov.br
Telefone: (0xx)21 679-1407
Fax: (0xx)21 679-1761

Memorial Descritivo:
Descrição detalhada do modelo do instrumento de medição ou medida
materializada, do equipamento ou do acessório, apresentando,
conforme o caso, informações quanto aos seguintes tópicos:
 Processo de medição, contendo todos os dados que possibilitem o
perfeito entendimento do equipamento, medida materializada ou
instrumento de medição e de como este último, passo a passo,
processa as grandezas medidas até a sua indicação;
 Condições de instalação necessárias ao perfeito funcionamento do
modelo;
 Características construtivas, contendo os dados relativos à forma,
material e dimensões das partes essenciais do modelo tais como:
transdutor, elementos de transmissão (alavancas, eixos, coxins,
cutelos ou circuitos eletrônicos dos módulos), elementos
indicadores, elementos operacionais (teclas, chaves);
 Características metrológicas inerentes ao instrumento de medição
ou medida materializada, como por exemplo: classe de exatidão,
valor de divisão de verificação, cargas máxima e mínima de uma
balança, vazões máxima e mínima de uma bomba medidora,
valor de divisão de indicação, amplitude de atuação da tara,
amplitude de uma escala, valor nominal de uma medida de
capacidade ou de um peso, cargas por ciclo de operação de uma
dosadora;
 Condições de utilização, tais como: período de pré-aquecimento,
faixa de tensão elétrica de alimentação, faixas de temperatura e de
umidade relativa, pressão de funcionamento;
 Dispositivos suplementares e complementares tais como:
dispositivo de trava, dispositivo de nivelamento, dispositivo

92
impressor, dispositivo totalizador, dispositivo de iluminação, códigos
das mensagens fornecidas;
 Manual de operação do instrumento de medição, medida
materializada ou equipamento contendo todos os dados que
possibilitem um perfeito entendimento para completa operação do
instrumento. No caso de modificação do modelo aprovado devem
ser descritos, além da própria alteração, todos os tópicos atingidos
pela mesma.

Desenhos:
Para oficialização da aprovação do modelo, devem ser fornecidos
desenhos em papel vegetal, no formato A4, confeccionados à nanquim,
ou, em caso de impressão em computador, em “laser film” ou “vegetal
laser” e apresentados de forma a identificar o instrumento de medição,
a medida materializada, o equipamento ou o acessório como um todo
(perspectiva), os dispositivos indicadores, mostradores, teclados, o
esquema de instalação e os pontos de selagem.

APRESENTAÇÃO DE PROTÓTIPOS/AMOSTRAS

Um ou mais protótipos/amostras do instrumento de medição ou medida


materilaizada devem, a critério do respectivo regulamento técnico, ser
remetidos ao INMETRO para a realização de ensaios.

APROVAÇÃO DO MODELO

A aprovação de um modelo de intrumento de medicão, medida


materializada ou acessório ocorre através da publicação de portaria
INMETRO no Diário Oficial da União.

VERIFICAÇÕES

Após a aprovação do modelo do instrumento de medição ou de medida


materializada, o fabricante ainda não está autorizado a comercializá-lo,
uma vez que necessita submeter seu produto a uma verificação inicial
pelo INMETRO, como especificado no regulamento técnico aplicável.
Os instrumentos de medição e medidas materializadas devem ser
submetidos à verificações periódicas.

93
11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Comer é questão de vida ou de morte; Banas Qualidade; jun 1999.

CNI; Avaliação de Conformidade; Brasília; 2000.

CNI; Normas Técnicas; Brasília; 2000.

Figueiredo, Reinaldo Balbino; Arkader, Rosalvo; Certificação de


Conformidade de Produtos e Serviços; Revista do INMETRO; v. 2; nº 4;
out/dez 1993.

INMETRO/DINQP; Nota Técnica 01/97: Certificação Compulsória de


Produtos; Jornal do SBC; dez 1997.

INMETRO/CONMETRO/CBC; Programa de Ação do SBC para o ano


2000; abr 2000.

Meira, Rogério Campos; Garantia da Qualidade e Certificação; Série


Entendendo a Qualidade – Volume 2; SEBRAE/RS; Porto Alegre; 1998

Meira, Rogério Campos; Certificação de Produtos e Sistema da


Qualidade; Porto Alegre; dez 1995

Theisen, Álvaro Medeiros de Farias; Fundamentos da Metrologia


Industrial: aplicação ao processo de certificação ISO 9000; Porto
Alegre; 1997

UL; Catálogo de Serviços da UL do Brasil; São Paulo

LEGISLAÇÃO

ANVS; Resolução nº 23: de 15 de março de 2000

ANVS; Resolução nº 229: de 14 de junho de 1999

INMETRO/DINQP; Portaria nº 67: Critério para Utilização de


Laboratórios de Ensaios; Jornal do SBC; maio 1998
94
INMETRO; Portaria nº 243 de 09 de novembro de 1993; Diário Oficial
da União de 16 de novembro de 1993

CONMETRO; Resolução nº 02 de 11 de dezembro de 1997

CONMETRO; Resolução nº 02 de 27 de dezembro de 1991

CONMETRO; Resolução nº 11 de 12 de outubro de 1988

CONMETRO; Resolução nº 06 de 16 de outubro de 1978

Lei Federal nº 5.966, de 11 de dezembro de 1973; Diário Oficial da


União

Secretaria da Indústria, Comércio e Minerais Argentina; Resolução nº


92/98, de 16 de fevereiro de 1998

NORMAS

ABNT ISO/IEC Guia 2:1998 - Normalização e atividades relacionadas:


vocabuçário geralABNT ISO/IEC Guia 22: 1993 – Informações sobre a
declaração de conformidade com normas ou outras especificações
técnicas emitidas pelo fabricante

ABNT ISO/IEC Guia 23: 1993 – métodos de indicação da conformidade


com normas para sistemas de certificação por terceira parte
ABNT ISO/IEC Guia 28:1993 – Regras gerais para um modelo de
sistema de certiifcação de produtos por terceira parte

ABNT ISO/IEC Guia 39: 1993 – requisitos gerais para aceitação de


organismos de inspeção

ABNT ISO/IEC Guia 60: 1995 – código de boas práticas para avaliação
da conformidade

ABNT ISO/IEC Guia 65:1997 - Requisitos gerais para organismos que


operam sistemas de certificação de produtos

SITES NA INTERNET

FIERGS - Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do


Sul - www.fiergs.org.br

95
INMETRO - Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e
Qualidade Industrial - www.inmetro.gov.br

REDE METROLÓGICA RS - www.redemetrologica.com.br

SEBRAE/RS - Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do


Rio Grande do Sul - www.sebrae-rs.com.br

Prezado Leitor:

Esta obra não é definitiva. Ela tem imperfeições e gostaríamos muito de


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