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DOCUMENTO REFERENCIAL

DO PÓLO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO


ALTO PIRANHAS NA PARAÍBA

Coordenação Geral
Francisco Mavignier Cavalcante França (Ambiente de Políticas)

Coordenação do Workshop
Tarcízio Santos Murta (Ambiente de Políticas)
Ildemar Vieira (Ambiente de Políticas)
João Catamigaôr Cirilo (Gerente da Agência de Patos)

Equipe de Elaboração
Antônio Pereira Neto (Ambiente de Políticas)
Ricardo Lima de Medeiros Marques (Consultor - IICA)

Colaboração Técnica
Antonio Renan Moreira Lima (Ambiente de Políticas)
Carlos Antônio Geminiano da Costa (Etene)
Francisco Raimundo Evangelista (Etene)
Francisco Roberto Macedo Sousa
José Ivan Caetano Fernandes(Ambiente de Implementação)
Maurício Teixeira Rodrigues (Etene)
DOCUMENTO REFERENCIAL DO PÓLO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO ALTO PIRANHAS

ÍNDICE

1. APRESENTAÇÃO.................................................................................................... 3

2. INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 5

2.1. ESTRUTURA DO DOCUMENTO ....................................................................... 5

2.2. CARACTERÍSTICAS GERAIS DA REGIÃO SEMI-ÁRIDA.................................. 8

2.3. CARACTERÍSTICAS GERAIS DO PÓLO ALTO PIRANHAS ........................... 10

3. DIAGNÓSTICO DOS FATORES ALAVANCADORES E RESTRITIVOS.......... 15

3.1. DISCUSSÃO SOBRE OS TEMAS ESPECÍFICOS ........................................... 15

3.2. FATORES ALAVANCADORES E RESTRITIVOS ............................................ 19

3.2.1. INFRA-ESTRUTURA.................................................................................. 19

3.2.2. MEIO AMBIENTE....................................................................................... 20

3.2.3. PESQUISA E DESENVOLVIMENTO E ASSISTÊNCIA TÉCNICA ............. 21

3.2.4. CAPACITAÇÃO, GESTÃO E ORGANIZAÇÃO DOS PRODUTORES ........ 22

3.2.5. PRODUÇÃO E MERCADO DE INSUMOS................................................ 23

3.2.6. PROMOÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO ....................................................... 23

3.2.7. AGROINDÚSTRIA ..................................................................................... 25

4. AÇÕES PROPOSTAS............................................................................................ 26

4.1. INFRA-ESTRUTURA........................................................................................ 26

4.2. PESQUISA E DESENVOLVIMENTO E ASSISTÊNCIA TÉCNICA ................ 26

4.3. MEIO AMBIENTE ............................................................................................. 27

4.4. CAPACITAÇÃO, GESTÃO E ORGANIZAÇÃO DOS PRODUTORES .............. 28

4.5. PRODUÇÃO E MERCADO DE INSUMOS ....................................................... 28

4.6. PROMOÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO.............................................................. 28

4.7. AGROINDÚSTRIA............................................................................................ 29

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................... 30

ANEXOS .................................................................................................................... 31
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1. APRESENTAÇÃO

O Banco do Nordeste, em sua missão de promover o desenvolvimento


sustentável da região Nordeste, elegeu como uma das suas macroestratégias a
potencialização do desenvolvimento de setores dinâmicos da economia
regional, dentre os quais se destaca a cadeia agroalimentar, com foco nos
pólos agroindustriais.
Não obstante as vantagens comparativas, os investimentos já realizados e os
significativos avanços alcançados em alguns desses setores, persistem, ainda,
vários fatores restritivos impedindo que suas potencialidades sejam
plenamente exploradas.
A adoção dessa estratégia objetiva dar sustentabilidade e competitividade às
atividades econômicas, gerando maiores e mais rápidos retornos econômicos e
sociais aos investimentos públicos e privados alocados, contribuindo, assim,
para a redução das desigualdades inter-regionais, interiorização com
desconcentração industrial e, em conseqüência, promoção do bem-estar
econômico e social das populações envolvidas.
Assim, o Banco do Nordeste selecionou áreas dinâmicas da região, a serem
prospectadas durante o biênio 1997/98. O Pólo Alto Piranhas representa uma
dessas áreas.
Localizado na região semi-árida do Estado da Paraíba, este Pólo afigura-se
uma das áreas de grande potencial de desenvolvimento da irrigação e do
complexo agroindustrial. O Pólo detém recursos naturais e vantagens
comparativas significativas para seu crescimento e dinamização de toda a área
sob sua influência, pelo que tem atraído o interesse crescente dos governos
federal, estadual, municipal e de investidores privados dos vários elos da
cadeia produtiva.
Nesse contexto, surge o presente documento, a partir do qual o Banco do
Nordeste, em parceria com segmentos do Governo, da iniciativa privada e da
sociedade civil organizada, desenvolverá ações que visam eliminar ou reduzir
significativamente os elementos restritivos à expansão da base econômica
produtiva local e regional, tendo como objetivo geral o desenvolvimento
sustentável do Pólo Alto Piranhas.
Como resultados esperados deste trabalho, podem-se destacar:
• aumento da renda da população e conseqüente elevação do nível de
bem-estar;
• aumento significativo da área irrigada;
• redução da taxa de analfabetismo;
• implantação de infra-estrutura econômica e social suficiente para dar
sustentação ao dinamismo econômico do Pólo;
• integração horizontal e vertical das unidades produtivas;
• implantação de um complexo agroeconômico tracionado pelos setores
DOCUMENTO REFERENCIAL DO PÓLO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO ALTO PIRANHAS 4

da fruticultura, olericultura e cotonicultura.


• inserção do Pólo nos mercados consumidores nacional e internacional;
• projetos e empreendimentos sustentáveis nos aspectos: econômico,
social, ambiental e político, no horizonte de tempo adequado.
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2. INTRODUÇÃO

2.1. ESTRUTURA DO DOCUMENTO

Entendendo o planejamento integrado como um processo dinâmico para o


alcance do desenvolvimento sustentável, o Banco do Nordeste elaborou um
plano de trabalho constituído de seis fases:
1. Conhecimento da realidade do Pólo, a partir de sua presença física por
meio de suas agências e dos agentes de desenvolvimento e de estudos
técnicos realizados pelo Banco na própria área (BNB/Etene), por intermédio
dos quais foram:
a) detectadas e catalogadas as potencialidades naturais e econômicas da
região bem como os fatores de competitividade;
b) identificados os pontos que se apresentam como obstáculos à
potencialização das atividades de toda a cadeia agroalimentar nas
dimensões econômica, social, política e ambiental;
c) identificados os atores locais e exógenos que serão os executores das
ações e mecanismos que dinamizarão o desenvolvimento do Pólo.
2. Ampliação e atualização dos estudos técnicos com a realização de um
“workshop” na cidade de Sousa-PB, ocorrido nos dias 3 e 4 de novembro de
1997, contando com a participação das lideranças dos produtores e de
suas organizações, de técnicos do Banco, do Governo do Estado da
Paraíba, do Ministério do Planejamento e Orçamento e de outras
instituições ligadas ao agribusiness * nacional, especialmente da região
Nordeste. O workshop foi precedido de levantamento de dados e
sensibilização dos potenciais participantes e teve a seguinte estrutura:
• palestras sobre a importância e necessidade de se trabalhar com
prioridade em pólos de desenvolvimento integrado;
• a importância da agricultura irrigada para o semi-árido nordestino;
• o enfoque do agribusiness na agricultura irrigada e as tendências
mundiais para as frutas e hortaliças;
• palestra sobre o Pólo Alto Piranhas;
• relato de experiências e sugestões de empresários/produtores/políticos
locais;
• visitas a empreendimentos localizados no Pólo;
• formação de grupos temáticos para colher os fatores alavancadores e
restritivos ao desenvolvimento mais acelerado do Pólo assim como
sugestões de solução e encaminhamento (órgão responsável);

* “Agribusiness” - Negócio agropecuário que corresponde à soma total de operações de


produção e distribuição de suprimentos(insumos), operações de produção nas unidades rurais
e o armazenamento, processamento e distribuição dos produtos e itens produzidos por ele.
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• discussão e consenso, em plenário, dos resultados colhidos nos grupos


temáticos .
3. Consolidação dos dados e informações coletadas no evento e
sistematização dos resultados das discussões dos temas selecionados,
originando este documento.
4. Realização, prevista para o início de 1998, de outros eventos no Pólo, os
quais têm como objetivo a apresentação do presente documento às
lideranças econômicas, políticas e sociais. Nesta oportunidade serão,
também, firmados os compromissos do apoio governamental bem como do
engajamento da sociedade e dos agentes produtivos atuantes nos
municípios do Pólo.
5. Criação da Gerência do Pólo (empreendimento integrado), do Conselho de
Articulação e da Equipe Executiva Local.
6. Execução dos trabalhos pela sociedade local, pelas instituições públicas
envolvidas e pelos agentes produtivos sob a gerência do Banco do
Nordeste.
Os estudos técnicos do Banco e o “workshop” sobre o desenvolvimento do
Pólo Alto Piranhas proporcionaram a base para a elaboração deste documento,
tendo-se buscado o aspecto multidisciplinar de conhecimento por meio da
participação de pouco mais de 100 lideranças das seguintes instituições:
• Banco do Nordeste.
• Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social(BNDES).
• Instituto Brasileiro do Meio Ambiente(Ibama).
• Serviço de Apoio às Micros e Pequenas Empresas(Sebrae).
• Sine.
• Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária(Embrapa).
• Escola Técnica Federal da Paraíba.
• Universidade Federal da Paraíba.
• Programa das Nações Unidas Para o Desenvolvimento.
• Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado da Paraíba.
• Sec. de Recursos Hídricos do Ministério do Meio Ambiente.
• Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs).
• Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado da Paraíba.
• Secretaria Extraordinária do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e
Minerais da Paraíba.
• Prefeitura Municipal de Sousa (PB).
• Prefeitura Municipal de Cajazeiras (PB).
• Prefeitura Municipal de São José do Rio do Peixe (PB).
• Prefeitura Municipal de Pombal.
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• Lideranças políticas (vereadores e deputados).


• Agentes produtivos da área comercial.
• Produtores rurais isolados (7 representantes).
• Agroindústrias.
• Associações e cooperativos (19 representantes).
• Organizações Não-Governamentais.
• Sindicato patronal de Sousa.
• Sindicatos dos trabalhadores rurais.
• Federação da Agricultura do Estado da Paraíba.
No encontro de trabalho foram abordados diversos aspectos da realidade do
Pólo, levantando-se fatores alavancadores e restritivos que afetam sua
sustentabilidade, identificando também as possíveis contribuições de cada
agente para a consecução dos objetivos propostos.
Para a sistematização dos temas tratados e discutidos, o público-alvo do
encontro foi dividido em equipes multidisciplinares e multiinstitucionais que
abordaram temas referentes à infra-estrutura; meio ambiente; pesquisa e
desenvolvimento; capacitação e organização; produção e mercado de insumos;
promoção e comercialização e agroindústria.
A promoção do encontro de trabalho em Sousa e, em continuidade, o
desenvolvimento de ações para implementação das sugestões contidas neste
documento, refletem a decisão do Banco do Nordeste de propor, de forma ágil
e efetiva, soluções para os problemas regionais em articulação com a
sociedade civil organizada.
Nesse sentido, cabe registrar a valiosa contribuição dos participantes do
primeiro “workshop” do Alto Piranhas, responsáveis diretos pelo sucesso dos
trabalhos.
Para os desdobramentos deste documento referencial faz-se também
imprescindível o trabalho conjunto do Banco e de todos os parceiros envolvidos
no processo de desenvolvimento sustentado do Nordeste e, em particular, da
área de influência do Alto Piranhas, uma vez que, para superar os obstáculos
ao desenvolvimento, exigem-se diferentes competências e recursos.
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2.2. CARACTERÍSTICAS GERAIS DA REGIÃO SEMI-ÁRIDA

A zona semi-árida se insere no Nordeste brasileiro, que está situado na parte


mais oriental do continente sul-americano. Com uma população de
aproximadamente 17,0 milhões de habitantes, o semi-árido apresenta como
características naturais definidoras: pluviosidade baixa e irregular, com média
em torno de 750 mm/ano, concentrada em uma única estação de 3 a 5 meses;
ocorrência de períodos agudos de estiagem, quando a precipitação
pluviométrica cai para, aproximadamente, 450 - 500mm por ano em algumas
zonas; temperaturas altas, com taxas elevadas de evapotranspiração e balanço
hídrico negativo, durante parte do ano; insolação muito forte (2800
horas/ano), aliada à baixa umidade relativa; solos oriundos de rochas
cristalinas, predominantemente rasos, pouco permeáveis, sujeitos à erosão e
de razoável fertilidade natural; predominância da vegetação de caatinga, que
abrange cerca de 1,0 milhão de km2 e com sucessão de vegetação indicativa
de processo de degradação ambiental.
Integram esta zona cerca de 900 municípios do Nordeste que correspondem
a mais de 50% da área territorial da Região. Nesses municípios predomina a
exploração agrícola de sequeiro de alto risco, instável e de baixa produtividade.
Semelhante ao espaço nordestino onde existe um quadro heterogêneo com
uma variedade de sub-regiões distintas, no sertão semi-árido o quadro geral
também não se apresenta homogêneo; existem diversas subáreas naturais,
onde mudam os solos, a vegetação e até o clima, influindo nas atividades
econômicas locais.
Segundo DUQUE(1980), a zona definida como semi-árida divide-se nas áreas
naturais chamadas de: Caatinga, Sertão, Seridó, Carrasco, Cariris Velhos,
Curimataú e parte Norte do Estado de Minas Gerais. O Pólo Alto Piranhas se
insere na área natural denominada de Sertão.
Afora essas zonas naturais, o semi-árido possui ainda outras que são
consideradas enclaves, por apresentarem características especiais, formadas
por solos sedimentares ou cristalinos profundos, relevo plano e suave
ondulado, com excelentes características para a agricultura. Estas áreas são:
a) de vales de rios intermitentes perenizados por água de açude como os
rios Acaraú, Curu, Jaguaribe e Piranhas-Açu;
b) de vales de rios perenes como o rio Parnaíba/Gurguéia e o rio São
Francisco;
c) de serras úmidas como a Ibiapaba, Araripe, Baturité, Chapada
Diamantina e Borborema; e
d) áreas secas de solos férteis como Irecê, serra do Apodi e serra do Mel.
Em algumas dessas áreas encontram-se localizados os pólos agroindustriais
do semi-árido. Nesses subespaços existem áreas potencialmente aproveitáveis
com bom suprimento de recursos hídricos (água armazenada por barragem,
água no subsolo, rio perene ou perenizado, etc.) e solos profundos, bem
drenados, que podem ser explorados com tecnologia de irrigação.
DOCUMENTO REFERENCIAL DO PÓLO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO ALTO PIRANHAS 9

FIGURA 1
LOCALIZAÇÃO DO PÓLO ALTO PIRANHAS NO SEMI-ÁRIDO
NORDESTINO

Pólo Alto
PI
Piranhas

MA CE

RN

PB

PE

AL

SE
BA

MG

Em face das poucas alternativas de exploração competitiva no semi-árido,


essas áreas devem ser utilizadas por uma agricultura mais tecnificada,
baseada, sobretudo, na horticultura(fruticultura e olericultura) tropical, de modo
a maximizar os recursos de solo e água, com vistas à obtenção de altas
produtividades, economicidade das explorações e estabilidade dos
empreendimentos.
DOCUMENTO REFERENCIAL DO PÓLO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO ALTO PIRANHAS 10

Tendo por base a disponibilidade de recursos naturais, a infra-estrutura de


irrigação existente, a boa malha viária e a tradição do pólo em agricultura
irrigada, a região semi-árida do Alto Piranhas do Estado da Paraíba tende, no
contexto da economia regional, a cumprir as funções econômicas básicas, a
saber:
a) zona de fruticultura e olericultura irrigada, com potencial para
diversificação em larga escala de produtos de alta qualidade voltados
para os mercados interno e externo;
b) complexo agroindustrial processador de frutas, hortaliças e matérias-
primas industriais;
c) pólo de desenvolvimento integrado mais importante do semi-árido
estadual.
A exploração racional de todas as potencialidades da região semi-árida do Alto
Piranhas com a agricultura irrigada com fruticultura e olericultura, a existência
de mão-de-obra abundante, a capacidade empreendedora dos produtores, a
mobilização associativa das comunidades, o forte apoio político e a farta
disponibilidade de recursos naturais são fatores de atração de agroindústrias,
favorecendo o estabelecimento das cadeias de produção de frutas, hortaliças,
fibras e, em menor escala, grãos e produtos originários da pecuária como
carnes e lácteos.

2.3. CARACTERÍSTICAS GERAIS DO PÓLO ALTO PIRANHAS

O Pólo Alto Piranhas é composto pelos municípios de Sousa, Aparecida,


Marizópolis, São Francisco, Vieirópolis, Cajazeirinhas, Pombal, São Bento do
Pombal, São Domingos do Pombal, Condado, São João do Rio do Peixe e
Cajazeiras. (Vide Anexo 1.) Esses municípios são os que mais atendem aos
requisitos necessários a execução da primeira etapa do Plano. Tais municípios
localizam-se no extremo oeste do Estado da Paraíba.
Os principais dados sócio-econômicos do Pólo de Desenvolvimento Integrado
Alto Piranhas são apresentados no Anexo 2.
Em face das poucas alternativas de exploração competitiva no semi-árido,
essas áreas devem ser utilizadas por uma agricultura mais tecnificada,
baseada, sobretudo, na horticultura (fruticultura e olericultura) tropical, de
modo a maximizar os recursos de solo e água, com vistas à obtenção de altas
produtividades, economicidade das explorações e estabilidade dos
empreendimentos.
Seguindo sua vocação, o Pólo vem-se caracterizando como uma área de
produção intensiva de frutas e olerícolas irrigadas, predominando a cultura do
coco e as hortaliças. Foi nessa região que se desenvolveu uma variedade de
coco de excelente qualidade. Hoje é uma das maiores produtoras desse fruto
no Brasil, destacando-se, também, como centro produtor de mudas.
O rio Piranhas e o rio do Peixe cortam as terras da região formando uma
imensa bacia com terras da melhor qualidade para a agricultura, o que as
tornam uma das mais promissoras para a exploração da agricultura irrigada na
Paraíba. As várzeas de Sousa, como são conhecidas, são terras formadas por
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FIGURA 2

EM AÇÃO

PÓLO ALTO PIRANHAS

Sousa
São Francisco
Vieirópolis São Domingos
de Pombal
São João
Pombal
do Rio
do Peixe
Condado

São Bento
Aparecida de Pombal
Cajazeirinhas
Cajazeiras
Marizópolis

PARAIBA
DOCUMENTO REFERENCIAL DO PÓLO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO ALTO PIRANHAS 12

solos profundos de topografia plana, sujeitas à elevada insolação, baixa


umidade atmosférica e ausência de fortes ventos. Foi pensando em aproveitar
esse imenso potencial que o Governo da Paraíba, com apoio do Governo
Federal, resolveu construir obras de infra-estrutura hídrica destinadas a levar
água do açude Coremas/Mãe D´água, através de canais, túneis e sifões, numa
extensão de 57 km, até as várzeas de Sousa. Essa vazão transposta de 4.000
litros por segundo é suficiente para irrigar até 5.000 ha.
FIGURA 3

Estrategicamente podem-se sugerir as orientações, a seguir, para a área


irrigável do Pólo:
a) implantação de fruticultura, horticultura e cotonicultura orientadas para a
agroexportação e agroindústria;
b) fomento às mudanças na estrutura fundiária atual mediante a aquisição
de terras, para melhor aproveitamento da área;
c) introdução de modelos empresariais de gestão, visando a exploração
agrícola com alta tecnologia e integração com a agroindústria;
d) preferência pela instalação de pequenos, médios e grandes
empreendimentos com forte conteúdo empresarial e alicerçado no
enfoque da parceria.
DOCUMENTO REFERENCIAL DO PÓLO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO ALTO PIRANHAS 13

FIGURA 4
Pólo do Alto Piranhas x Principais Mercados

EUROPA
ESTADOS
UNIDOS

ÁSIA
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Conta ainda a região com o Perímetro Irrigado de São Gonçalo, onde está
instalado o Instituto de Pesquisas Agrárias(Iajat) e a Escola Federal de
Formação de Técnicos Agrícolas, sem dúvida, grandes alavancas para o
desenvolvimento do Pólo.
Situado num raio de 450 km da capital do Estado, João Pessoa, o Pólo está
interligado por estradas pavimentadas, de boa qualidade, a todas as cidades
do Nordeste e, por via férrea, às cidades de Fortaleza, Campina Grande e ao
porto de Cabedelo, que responde por grande parte do escoamento da
produção dos estados da Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte.
As potencialidades do Pólo Alto Piranhas podem ser ainda evidenciadas pelos
seguintes fatores:
a) proximidade dos principais mercados consumidores do Nordeste e do
exterior;
b) disposição e vontade política do governos federal e estadual de investir
no setor de infra-estrutura da região;
c) eqüidistância dos principais portos do Nordeste;
d) inserção da região em área contemplada com recursos do FINOR e do
FNE;
e) disponibilidade de terras irrigadas para serem ocupadas por agricultores
profissionalizados e empresários;
f) tecnologia disponível para exploração da produção de frutas e
hortaliças;
g) mão-de-obra disponível e com razoável conhecimento das lides
agrícolas;
h) topografia plana possibilitando a exploração da agricultura mecanizada e
o emprego de alta tecnologia;
i) inúmeras organizações de pequenos produtores rurais;
j) investimentos realizados pela iniciativa privada na produção de frutas;
l) vocação do Brasil para ser supridor mundial de frutas tropicais;
m) ampla possibilidade de cultivos de espécies de frutas e hortaliças;
O Pólo Alto Piranhas está eqüidistante dos Pólos Petrolina/Juazeiro,
Moçoró/Assu e Baixo Jaguaribe que, no futuro próximo, integrará o grande eixo
da irrigação no semi-árido do Nordeste.
Apesar das potencialidades identificadas, a região apresenta pontos de
estrangulamento de caráter geral. Nos capítulos seguintes deste documento,
serão analisados, com maior profundidade, os fatores alavancadores e
restritivos do Pólo Alto Piranhas e as ações recomendadas pelas equipes
multidisciplinares para potencializar seu desenvolvimento.
DOCUMENTO REFERENCIAL DO PÓLO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO ALTO PIRANHAS 15

3. DIAGNÓSTICO DOS FATORES ALAVANCADORES E


RESTRITIVOS

3.1. DISCUSSÃO SOBRE OS TEMAS ESPECÍFICOS

INFRA-ESTRUTURA

O grande problema enfrentado pelo Pólo Alto Piranhas refere-se à questão das
estradas vicinais. Os outros problemas são a insuficiência do aeroporto de
Sousa e dos sistemas de energia elétrica e telefonia dos municípios. O
problema das estradas se agrava no período das chuvas, uma vez que o solo
da região é muito argiloso e inviabiliza qualquer atividade quando está
molhado, dada a grande pegajosidade da argila, dificultando os trabalhos
agrícolas e o transporte da produção.
Apesar da proximidade do açude Coremas, o Pólo tem problemas de
abastecimento dágua quando ocorre uma estiagem acima do período normal.
Existem ainda problemas relacionados com armazenagem, packing houses,
câmaras frias, qualidade de vida e progresso social, como escolas,
abastecimento dágua, esgotamento sanitário e tratamentos de resíduos
líquidos e sólidos.
O Pólo Alto Piranhas tem como uma de suas vantagens a proximidade dos
grandes centros consumidores do Nordeste e a sua ligação através de
estradas pavimentadas e via férrea. A infra-estrutura urbana também é
razoavelmente boa, uma vez que possui três grandes centros, próximos um do
outro (Cajazeiras, Sousa e Pombal), com os serviços básicos disponíveis.
Apesar de as condições de alguns eixos infra-estruturais serem relativamente
boas, existe uma série de marcos críticos que impedem o desenvolvimento
completo do Pólo e requerem investimentos maciços como forma de viabilizar
a produção e a comercialização.
Os municípios do Pólo apresentam ainda sérias deficiências no que concerne à
infra-estrutura urbana nas áreas de saúde, educação, saneamento básico, etc.
e serviços na área rural como energia e telefonia.

MEIO AMBIENTE

O Pólo Alto Piranhas está numa fase muito incipiente de estruturação. Por isso
ainda não apresenta grandes problemas de ordem ambiental. No entanto,
requer certa atenção em face da implantação do projeto de irrigação de Sousa
e de projetos privados que vão intensificar a ação do homem na exploração
econômica dos recursos naturais. A referida ação pode provocar algumas
modificações no meio ambiente, especialmente quanto à poluição ambiental
que pode ser causada pelo uso indiscriminado de agrotóxicos, pelo
desmatamento sem critérios, pela salinização dos solos, pelo sobreuso das
águas e possibilidade de uma urbanização desenfreada.
DOCUMENTO REFERENCIAL DO PÓLO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO ALTO PIRANHAS 16

A ação do homem também traz aspectos positivos, transformando solos


anteriormente considerados como marginais ou improdutivos em solos
economicamente aproveitáveis; introduzindo tecnologias modernas, gerando
altas produções com elevado nível de produtividade; criando grande
quantidade de empregos diretos e indiretos; possibilitando a implantação de
agroindústrias; diversificando e dinamizando centros urbanos; gerando toda
uma gama de serviços correlatos e, principalmente, elevando a renda “per
capita”.
Para evitar ações maléficas ao meio ambiente, é necessário que a sociedade
crie salvaguardas que impeçam, ou pelo menos minimizem, as conseqüências
danosas da ação do homem. Neste sentido, as ações a serem empreendidas
no Pólo terão como pano de fundo as orientações e deliberações emanadas do
Protocolo Verde1 que tem como um dos signatários o Banco do Nordeste.

PESQUISA E DESENVOLVIMENTO E ASSISTÊNCIA TÉCNICA

A situação da Pesquisa e Desenvolvimento na região do Pólo Alto Piranhas


encontra-se um pouco melhor em virtude da existência da estação de pesquisa
de São Gonçalo. No entanto, sabe-se que, de uma forma geral, os recursos
materiais e humanos, além de poucos, estão distribuídos de forma dispersa,
sem a capacitação condizente com a complexidade das atribuições a que estão
sujeitos e sem recursos materiais necessários para desenvolverem um bom
trabalho.
Mesmo contando com um centro de pesquisa na Região, ainda existem
reclamações quanto ao tipo de pesquisa realizada. Diversos produtores se
queixam da falta de sintonia entre o que os técnicos pesquisam e o que as
classes trabalhadoras e empresariais demandam. Como não existem
variedades testadas, os produtores importam mudas de outras regiões e
plantam com riscos enormes de inadaptação e, portanto, com sérios riscos de
inviabilizar o investimento.
Países que desenvolveram programas de irrigação sem o respaldo científico e
tecnológico apresentam atualmente grandes problemas tecnológicos, como no
mínimo, a salinização dos solos e das águas.
Na hora da implantação de estruturas físicas, com obras de engenharia, não
faltam recursos. Quando se trata da produção, que exige tecnologia e
treinamento, grandes barreiras são postas de forma que os projetos começam
a se tornarem inviáveis.
A assistência técnica pública é extremamente precária, por falta de definição de
prioridades, por manipulação política, por ausência de programas de
treinamento e capacitação e por falta de renovação de pessoal. (Souza, 1994.)

1
Protocolo Verde é um grupo composto por integrantes do Ministério do Meio Ambiente (MMA),
Ministério da Fazenda (MF), Ministério do Planejamento (MPO), Ministério da Agricultura (MA),
Banco Central e os bancos oficiais (BNDES, Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Caixa
Econômica Federal e Basa), para apresentar diretrizes, estratégias, recomendações e
mecanismos operacionais com o objetivo de inserir a variável ambiental no processo de
concessão e gestão do crédito e dos benefícios fiscais às atividades produtivas.
DOCUMENTO REFERENCIAL DO PÓLO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO ALTO PIRANHAS 17

Além do mais, a demanda por assistência técnica, é muitas vezes, maior que a
capacidade de atendimento da Emater. Por mais que melhorem as condições
da empresa, a dinâmica da irrigação é tão grande que somente o incentivo a
implantação de empresas privadas de assistência técnica vai suprir as
necessidades desses serviços.

CAPACITAÇÃO, GESTÃO E ORGANIZAÇÃO DOS PRODUTORES

A agricultura irrigada e, principalmente, a agricultura irrigada com fruticultura


requer um nível de especialização bastante elevado. Os complexos processos
de produção e comercialização necessitam de profissionais especializados no
campo da assistência técnica e de produtores bastante capacitados. A prática
da agricultura irrigada com pessoas inabilitadas compromete o uso dos
recursos de solo, água e a própria vida dos trabalhadores e produtores rurais.
No caso do Pólo Alto Piranhas, existem escolas técnicas agrícolas que têm
dado grande contribuição na especialização da mão-de-obra rural,
notadamente técnicos de nível médio.
Quanto à gestão e à organização, o Pólo ainda tem muito a evoluir como todos
os demais, apesar das experiências de longos anos. Os modelos de gestão e
organização implantados, baseados em cooperativas e associações, têm
claudicado por falta de prática de treinamento constante de mão-de-obra, nos
aspectos técnicos e gerenciais, e de uma definição clara de competências
entre os diversos atores.

PRODUÇÃO E MERCADO DE INSUMOS

A região de Sousa e Pombal apresenta elevado nível de produção,


principalmente de coco, hortaliças e grãos. Além disso, a região ainda
apresenta uma razoável bacia leiteira que abastece grande parte da população
local e comercializa o restante com indústrias de laticínios de Campina Grande
e João Pessoa. No passado recente, foi um dos mais importantes pólos de
produção e industrialização de algodão do Nordeste. Presentemente, como
uma das metas do Plano é o soerguimento da cotonicultura do Pólo em bases
mais modernas, sobretudo com a exploração do algodão irrigado e a
modernização do parque têxtil da região.
A implantação do Perímetro Irrigado de Sousa vai trazer grande impulso a essa
região com a incorporação de mais 5.000 ha na produção hortícola (frutícola,
olerícola e cotonícola). Espera-se com isso implantar uma agricultura de
padrão tecnológico superior, de forma a aumentar a produção e,
consequentemente, a renda do produtor. Ao mesmo tempo, haverá uma
articulação interinstitucional e empresarial de forma a se estabelecerem os
canais de comercialização, inclusive atraindo agroindústrias para beneficiar a
produção.
Com relação ao mercado de insumos, máquinas e equipamentos que ainda é
incipiente no Pólo, não se reveste de obstáculo ao desenvolvimento acelerado
do Pólo tendo em vista a boa malha viária, a proximidade de grandes centros
DOCUMENTO REFERENCIAL DO PÓLO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO ALTO PIRANHAS 18

econômicos e perfil empreendedor dos empresários e comerciantes radicados


nos municípios do Pólo.

PROMOÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO

Dois itens da maior importância em qualquer empreendimento se referem às


questões relacionadas com a promoção e a comercialização. Este ponto é o
calcanhar de Aquiles da produção irrigada. Embora todos os estudos indiquem
que, na questão da demanda, o mercado é franco para quase todos os
produtos, o fato de os produtores plantarem sem a identificação antecipada de
mercado provoca problemas futuros na fase de comercialização.
A questão é que os produtores tem de se organizarem entre si e com atores
dos demais elos da cadeia produtiva e comercial para acessar esses mercados
de forma contínua e segura.
Uma das ferramentas que mais ajudam na identificação de mercado é o uso do
“marketing”, com a divulgação de nossos produtos. Com essa ferramenta se
abrem grandes perspectivas de comércio. Os especialistas em fruticultura têm
afirmado que existe, no mercado internacional, uma tendência de
comercialização para as frutas exóticas como graviola, goiaba, cajá, dentre
outras. Pode-se, portanto, incrementar o “marketing” desses produtos no
mercado internacional e abrir um grande nicho de comércio.
A questão do mercado não deve ser encarada como uma coisa estática, mas
sim como algo extremamente dinâmico, que muda constantemente. Pensando
assim, não se deve ter em mente realizar estudos de mercado estáticos. Deve-
se montar uma estrutura mínima de técnicos, produtores, empresários que
realizem estudos constantes das tendências de mercado e desenvolvam
políticas de “marketing”, monitorando os elos das cadeias comerciais. Com
esse objetivo, procurar-se-á identificar os diversos fluxos comerciais dos vários
produtos, suas interligações e interseções, de forma que, ao se abrirem as
alternativas de comercialização, haverá chance da obtenção de preços mais
remuneradores para o negócio da irrigação.

AGROINDÚSTRIA

O problema da agroindústria no Pólo Alto Piranhas é muito parecido, de forma


geral, com aqueles da agroindústria no semi-árido. Os incentivos fiscais
proporcionaram a implantação de agroindústrias, mas não houve um preparo
dos setores produtivos para uma atividade de relacionamento complexo como
é o aproveitamento agroindustrial de produtos agrícolas. É preciso deixar claro
que a modernização do setor não se deve restringir à incorporação de
máquinas e/ou à utilização de insumos modernos. A modernidade desejada
deve-se embasar em um relacionamento produção/processamento construtivo,
onde produtores e agroindustriais se considerem parceiros cujo objetivo final e
comum é atender às exigências do consumidor.
Na realidade, o que está ocorrendo com as agroindústrias paradas no Nordeste
é uma profunda dissociação entre produtor e processador das matérias-primas.
DOCUMENTO REFERENCIAL DO PÓLO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO ALTO PIRANHAS 19

No caso particular do Pólo Alto Piranhas, a realidade é um pouco diferente


tendo em vista que seu expressivo parque agroindustrial é têxtil e está
atualmente com grande ociosidade em razão da falta de oferta de algodão.
O relacionamento agroindústria/produtor rural só será permanente se for
reexaminado, de modo a viabilizar mutuamente esses segmentos, permitindo-
lhes aproveitar-se das economias de escala e escopo proporcionadas pelos
processos de integração e verticalização. Ações predatórias hoje
predominantes só têm contribuído para o enfraquecimento do “agribusiness”
como um todo.
Uma das questões que devem ficar muito claras na mente dos diversos
agentes do Pólo é que a viabilização da agricultura irrigada está, de uma forma
geral, associada à implantação de agroindústrias próximas às áreas produtoras
de matéria-prima.
Com a implantação de agroindústrias, abre-se um mercado adicional para os
produtos oriundos da irrigação, maximizando-se a renda do produtor pela
agregação de valor aos produtos, criando-se empregos estáveis, além de
interiorizar o desenvolvimento.

3.2. FATORES ALAVANCADORES E RESTRITIVOS

3.2.1. INFRA-ESTRUTURA

Alavancadores:

a) ligação rodoviária e ferroviária com as principais capitais do Nordeste;


b) açudes com disponibilidade de água suficiente para dar início a um
processo agressivo de aumento da área irrigada;
c) solos de alto potencial de utilização agrícola com irrigação;
d) projeto de irrigação em implantação, com sistemas de irrigação
modernos e com disponibilidade de área para expansão;
e) agroindústrias implantadas, sobretudo têxteis, e em implantação, que
dão a Região uma grande capacidade de potencialização da sua
produção agropecuária;
f) disposição política dos representantes da Região para imprimir ações
visando a realização de projetos de infra-estrutura;
g) disponibilidade de energia elétrica fornecida pela SAELPB, com
capacidade de atender toda demanda;
h) grande parte da área do Pólo já está interligada por telefonia celular.
DOCUMENTO REFERENCIAL DO PÓLO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO ALTO PIRANHAS 20

Restritivos:

a) estradas – sistema viário deficiente; não existem estradas vicinais


suficientes e adequadas às exigências do Pólo;

b) ferrovia – reativar a malha ferroviária;

c) aeroporto – a capacidade operacional do aeroporto local é insuficiente e


incompatível com o afluxo real e potencial de passageiros e de cargas;

d) energia elétrica rural – a energia ainda não cobre todo Pólo;

e) educação – rede de ensino básico insuficiente no campo;

f) saúde – deficiente rede de saúde pública; sistema de saneamento e


abastecimento dágua;

g) recursos hídricos - insuficiência no volume, fluxo e capacidade de


armazenagem de água;

h) armazenamento e comercialização – inexistência de armazéns e centros


de comercialização;

i) pesquisa – a oferta de resultados de pesquisa básica e tecnológica


situa-se muito aquém das necessidades do Pólo além de não estarem
no compasso da modernidade exigida.

3.2.2. MEIO AMBIENTE

Alavancadores:

a) projeto de irrigação de Sousa (Sousa/Açude Coremas/Mãe d’Água) em


início de implantação já dentro da legislação ambiental;
b) linhas de crédito para projetos ambientais;
c) existência de fontes alternativas de energia;
d) desenvolvimento urbano com oferta mais equânime dos serviços sociais.

Restritivos:

a) ausência de consciência ambiental por parte da população;

b) poluição – aumento de resíduos rurais, urbanos e industriais sem


reciclagem ou sem armazenamento adequado;
DOCUMENTO REFERENCIAL DO PÓLO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO ALTO PIRANHAS 21

c) uso freqüente da prática de queimadas, acabando com a microfauna do


solo e poluindo a atmosfera;

d) uso indiscriminado de agrotóxicos;

e) desmatamento desordenado, principalmente nas margens dos


mananciais;

f) início do processo de salinização dos solos irrigados;

g) indícios de poluição no rio do Peixe;

h) ausência de usinas para aproveitamento do lixo urbano.

3.2.3. PESQUISA E DESENVOLVIMENTO E ASSISTÊNCIA TÉCNICA

Alavancadores:

a) existência do Instituto de Pesquisas Agrárias(Iajat) e da Escola Federal


de Formação de Técnicos Agrícolas;
b) algumas variedades de fruteiras e de hortaliças já testadas para o solo e
clima da região;
c) perímetro irrigado em implantação capaz de viabilizar o desenvolvimento
de pesquisas e se tornar fonte geradora de novas tecnologias;
d) condições climáticas favoráveis ao desenvolvimento de pesquisas na
área de fruticultura e olericultura;
e) existência de escritórios de assistência técnica da Emater, empresas
particulares e órgãos de treinamento e capacitação como o Sebrae,
Senar, Projeto Banco do Nordeste/Pnud e diversos programas de
treinamento de mão-de-obra.

Restritivos:

a) ainda é baixa a oferta de resultados de pesquisas para as necessidades


do Pólo;

b) falta de controle fitossanitário na cultura do coco e nas mudas da


banana;

c) os resultados de pesquisas não atendem a contento(quantidade e


qualidade) às demandas do mercado;

d) inexistem campos experimentais de maior dimensão;


DOCUMENTO REFERENCIAL DO PÓLO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO ALTO PIRANHAS 22

e) falta de treinamentos específicos para os pesquisadores e


extensionistas;

f) falta de avaliação agroeconômica da pesquisa na fruticultura;

g) uso indiscriminado de culturas consorciadas;

h) falta de intercâmbio entre os órgãos de pesquisa.

3.2.4. CAPACITAÇÃO, GESTÃO E ORGANIZAÇÃO DOS PRODUTORES

Alavancadores:

a) existência de escolas agrotécnicas no Pólo e no Estado;


b) existência de inúmeras cooperativas e associações de pequenos
produtores;
c) existência de outras instituições com condições de capacitar os
produtores;
d) potencial político da Região para catalisar ações para o seu
desenvolvimento;
e) existência de infra-estruturas físicas para treinamentos;
f) preocupação e interesse das lideranças do Pólo com o tema;

Restritivos:

a) baixo conhecimento das técnicas de gestão de cooperativas e


associações;
b) recursos escassos para manutenção das escolas agrotécnicas;
c) reduzido número de empresas de assistência técnica, capacitação em
gestão e treinamento técnico atuando no Pólo;
d) burocratização dos recursos para capacitação;
e) inexistência de um fórum permanente de discussão dos problemas do
Pólo;
f) falta de incentivo do governo para o setor primário;
g) ausência de uma política educacional voltada para o setor primário.
DOCUMENTO REFERENCIAL DO PÓLO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO ALTO PIRANHAS 23

3.2.5. PRODUÇÃO E MERCADO DE INSUMOS

Alavancadores:

a) fatores edafoclimáticos favoráveis: clima, solo e água;


b) expansão da área irrigada, especialmente no Projeto Sousa;
c) algumas tecnologias de produção adaptadas e em uso: cultivares,
técnicas de cultivo; uso de irrigação e de defensivos e manejo do solo;
d) disponibilidade de crédito de longo prazo na rede oficial;
e) razoável mercado de insumos, máquinas e equipamentos para apoio à
produção.

Restritivos:

a) uso inadequado da água no processo de irrigação;

b) fragilidade das barreiras fitossanitárias;

c) oferta insuficiente e má qualidade de sementes e mudas na área do


Pólo.

3.2.6. PROMOÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO

Alavancadores:

a) experiência em irrigação a partir do Perímetro Irrigado de São Gonçalo;


b) proximidade dos portos de Cabedelo, Pecém e Suape;
c) banco genético de coco anão verde;
d) existência de emissoras de rádio, jornais etc.;
e) aeroporto de médio porte;
f) malha rodoviária federal e estadual em bom estado de conservação;
g) estrutura educacional de bom nível (universidade e escolas técnicas);
h) nova estrutura de irrigação – Projeto Sousa;
i) mercado exterior com grande potencial de expansão para frutas
tropicais, ainda a ser conquistado;
j) lançamento do Programa de Apoio à Fruticultura Irrigada do Nordeste
pelo Ministério da Agricultura; a fruticultura nordestina é uma das cinco
DOCUMENTO REFERENCIAL DO PÓLO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO ALTO PIRANHAS 24

prioridades daquele Ministério;


l) disponibilidade de mecanismos alternativos de mercado para
comercialização, como o sistema de comercialização de ativos
agropecuários em bolsas de mercadorias - Convênio do Banco do
Nordeste com as bolsas regionais para o mercado à vista;
m)existência de sistemas avançados de informação de preços e mercado,
inclusive em “real time”, a exemplo do Agrocast (Agência Estado) e do
Sistema de Informações de Preço Para Gerenciamento do Mercado
Agropecuário do Nordeste (Sigman), desenvolvido pelo Banco do
Nordeste.

Restritivos:

a) falta divulgação da qualidade dos produtos irrigados do Nordeste;

b) ausência de programas educativos e orientação técnica destinada à


promoção direcionada para a população;

c) desconhecimento do preço correto do produto que chega ao


consumidor final;

d) críticas dos consumidores quanto à qualidade do produto;

e) desconhecimento do mercado aliado à ausência de planejamento da


produção;

f) ausência de capacitação técnico-gerencial em todos os níveis;

g) falta agregar valor ao produto (seleção, embalagem, beneficiamento,


transporte);

h) desconhecimento dos canais de distribuição;

i) falta de conhecimentos contábeis para elaboração da planilha de custo


e benefício;

j) comercialização feita, predominantemente, com o atravessador


descompromissado;

l) infra-estrutura inadequada de armazenamento e transporte de frios;

m) desativação da linha férrea.


DOCUMENTO REFERENCIAL DO PÓLO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO ALTO PIRANHAS 25

3.2.7. AGROINDÚSTRIA

Alavancadores:

a) existência de mercado consumidor interno e externo para produtos


processados;
b) facilidade de escoamento da produção para os centros consumidores;
c) existência de técnicos e mão-de-obra especializada que pode atender
à demanda de um parque agroindustrial emergente;
d) existência de linhas de crédito de longo prazo para todos os ramos e
modalidades agroindustriais;
e) existência de um parque têxtil com grande ociosidade;
f) experiências na seleção, no beneficiamento e na comercialização de
abacaxi por ser o estado maior produtor do País.

Restritivos:

a) inexistência de controle de qualidade de produtos finais;


b) falta de tecnologia de ponta para produzir produtos competitivos;
c) meios inadequados de armazenamento e transportes;
d) gerenciamento inadequado por falta de treinamento;
e) baixo poder aquisitivo do consumidor local;
f) política de juros altos praticada pelo governo;
g) falta de conscientização para o cooperativismo/associativismo;
h) potencial de industrialização da água de coco ainda não utilizado na
região;
i) crédito de difícil acesso em razão do forte endividamento, da
insuficiências de garantias e do elevado risco dos agentes produtivos
em face do quadro econômico nacional;
j) existência de agroindústrias desativadas;
l) ausência de um centro moderno de desenvolvimento de tecnologia
agroindustrial;
m)falta de pessoal qualificado em gestão empresarial;
n) relações conflituosas entre produtores e agroindústrias.
DOCUMENTO REFERENCIAL DO PÓLO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO ALTO PIRANHAS 26

4. AÇÕES PROPOSTAS

Como resultado das discussões nas comissões de trabalho, foi sugerida a


formação de grupos interinstitucionais, com vistas a desenvolver as seguintes
ações, para potencializar os fatores alavancadores e minimizar os restritivos:

4.1. INFRA-ESTRUTURA

a) educação básica - projeto de expansão do ensino


profissionalizante(Proep) e reestruturação e aproveitamento das escolas
rurais com adequação da grade curricular;
b) energia - melhoria da potência no sistema elétrico;
c) energia - financiamento de equipamentos para aproveitamento racional da
energia;
d) energia - implantação de fontes de energia alternativas;
e) construção dos açudes já projetados nos municípios do Pólo;
f) expansão do canal adutor até São Gonçalo e ligação com São Domingos;
g) transposição das águas do rio São Francisco;
h) abastecimento dágua de todas as cidades do Pólo;
i) construção de poços profundos nas áreas potenciais para irrigação;
j) mudança no sistema de irrigação dos projetos São Gonçalo/Condado;
l) implantação do Projeto de Irrigação de Sousa;
m) reestruturação do laboratório de água e solo de São Gonçalo;
n) construção de estradas vicinais e coletoras;
o) pavimentação/construção da estrada Sousa–Moçoró;
p) construção de casas populares;
q) melhoria dos atuais e construção de novos hotéis;
r) construção de centros de comercialização e armazéns frigoríficos;
s) ampliação do aeroporto de Sousa;
t) recuperação da malha viária existente;
u) melhoraria dos meios de comunicação disponíveis.

4.2. P&D E ASSISTÊNCIA TÉCNICA

a) elaborar e disseminar registro de viveiristas do Nordeste;

b) criar banco de gemoplasma para os cultivares mais demandados;


DOCUMENTO REFERENCIAL DO PÓLO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO ALTO PIRANHAS 27

c) intensificar a fiscalização dos viveiristas para manutenção da qualidade


das mudas;

d) criar campos de demonstração;

e) treinar os produtores em manejo integrado de pragas (MIP), para


diminuir o uso de agrotóxicos;

f) promover cursos de reciclagem de produtores;

g) divulgar os resultados das pesquisas com avaliação agroeconômica;

h) usar a prática do consórcio de culturas e o plantio direto;

i) fazer levantamento do mercado antes de realizar o plantio, para


conhecer a preferência do consumidor;

j) promover visitas técnicas a centros de excelência da região Nordeste


objetivando conhecer novas tecnologias e formar parcerias.

4.3. MEIO AMBIENTE

a) criar programa formal ou informal de educação ambiental;

b) introduzir conteúdos programáticos de educação ambiental nos cursos


de capacitação;

c) instalar lagoas de estabilização/estação de tratamento/equipamentos


antipoluentes;

d) proibir o uso de queimadas, introduzindo o emprego de alternativas já


existentes;

e) promover campanha educativa para uso de produtos naturais e insumos


orgânicos;

f) monitorar os níveis de contaminação da água;

g) fiscalizar a aplicação das leis existentes de controle ambiental;

h) criar projeto de reposição da cobertura vegetal;

i) incentivar o uso correto do manejo da cobertura vegetal;

j) aprofundar os estudos sobre o sistema de irrigação e drenagem no Pólo;

l) intensificar as ações de recuperação dos solos em processo de


salinização;

m) criar campanha educativa “SOS RIO DO PEIXE”;

n) implantar usinas de lixo.


DOCUMENTO REFERENCIAL DO PÓLO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO ALTO PIRANHAS 28

4.4. CAPACITAÇÃO, GESTÃO E ORGANIZAÇÃO DOS PRODUTORES

a) reestruturação da gestão das associações e cooperativas com


acompanhamento técnico, com vistas ao seu fortalecimento;

b) manutenção e fortalecimento das escolas agrotécnicas, com introdução


de novas tecnologias educacionais e estágios práticos em agricultura
irrigada;

c) desburocratização dos recursos destinados à capacitação;

d) luta para obter incentivos financeiros e institucionais do governo


destinados ao setor primário;

e) capacitação dos produtores no manuseio adequado do solo argiloso


(massapê).

4.5. PRODUÇÃO E MERCADO DE INSUMOS

a) seleção de culturas adaptadas ao solo da Região;

b) rigoroso controle e uso racional da água;

c) instalação de barreiras fitossanitárias nas principais vias de acesso ao


Pólo e manter fiscalização constante;

d) construção de subestações a fim de disponibilizar energia rural para


produção;

e) instalação de viveiros de mudas e desenvolvimento de biotecnologia;

f) assinatura de protocolos que assegurem recursos necessários à


produção;

g) manutenção de controle rigoroso dos produtos a serem comercializados


com utilização de receituário agronômico;

h) incentivo à criação de empresas especializadas em embalagens de


produtos “in natura”;

i) incentivo à produção e venda de sementes e mudas selecionadas e


certificadas para facilitar a padronização dos produtos;

4.6. PROMOÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO

a) promover campanhas de divulgação pela mídia da qualidade dos


produtos;
DOCUMENTO REFERENCIAL DO PÓLO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO ALTO PIRANHAS 29

b) criar empresas especializadas em “marketing” rural para funcionar


dentro do Pólo;
c) criar sistema de informação e acompanhamento contínuo de preços;
d) direcionar a orientação técnica à melhoria da qualidade do produto;
e) criar um sistema de produção programada ao nível de mercado
consumidor;
f) criar sistema de padronização e classificação de produtos;
g) levantar todos os possíveis canais de distribuição(bolsas, escritórios,
central de processamento etc.);
h) promover campanhas de “marketing” para incrementar o “agribusiness”;
i) promover o Pólo com vistas a atrair investidores de maior nível tecno-
gerencial e capacidade financeira para atuarem também como
empresas-âncoras e gerarem efeito-demonstração

4.7. AGROINDÚSTRIA

a) beneficiar os produtos de forma a agregar valor;


b) construir e manter estradas vicinais até as pequenas agroindústrias de
maneira a facilitar o escoamento da produção;
c) formar e fortalecer parcerias e assinar protocolos de intenção com os
órgãos técnicos do Pólo;
d) organizar os agentes produtivos na busca de apoio político;
e) estruturar o distrito industrial de Sousa;
f) fazer levantamento detalhado do parque industrial existente;
g) reativar os projetos agroindustriais;
h) incentivar a criação de agroindústrias nas cooperativas;
DOCUMENTO REFERENCIAL DO PÓLO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO ALTO PIRANHAS 30

5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BNDES. Complexo Agroalimentar. Rio de Janeiro, 1994. 26p.

SOUZA, H. R. Agricultura Irrigada e Desenvolvimento Sustentável no


Nordeste do Brasil. Projeto Áridas, SEPLAN/PR, 1994.

PAVAN, R. Segurança Alimentar e Agribusiness, 1993.

SEMARH, GOVERNO DO ESTADO DA PARAÍBA. Estudos de


Aproveitamento Hidro-agrícola das Várzeas de Sousa(Estudos
Preliminares), 1997.

BNB.ETENE. Estudos sobre agroindústria no Nordeste:


caracterização e hierarquização dos pólos agroindustriais. Fortaleza,
1992.

.......................... Estudos sobre agroindústria no Nordeste: análise


macroestatístico da agroindústria. Fortaleza, 1992.

.......................... Estudos sobre agroindústria no Nordeste: a


agroindústria de produtos alimentares. Fortaleza, 1991.

........................... Estudos sobre agroindústria no Nordeste:


retrospecto e perspectiva da população e renda do Nordeste.
Fortaleza, 1992.

........................... Estudos sobre agroindústria no Nordeste: situação


atual e perspectiva da produção irrigada. Fortaleza, 1990.

.......................... Estudos sobre agroindústria no Nordeste: as


cooperativas e associações de irrigantes no contexto da
agroindústria. Fortaleza, 1991.

CODEVASF. Estudo de mercado para banana, manga e uva


produzidos no vale do rio São Francisco. Brasília, 1995.

DUQUE, G. O Nordeste e as lavouras xerófilas. ESAM, 1980.


DOCUMENTO REFERENCIAL DO PÓLO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO ALTO PIRANHAS 31

ANEXOS
DOCUMENTO REFERENCIAL DO PÓLO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO ALTO PIRANHAS 32

ANEXO 1

METODOLOGIA DE SELEÇÃO DOS MUNICÍPIOS DOS PÓLOS


DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO
DOCUMENTO REFERENCIAL DO PÓLO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO ALTO PIRANHAS 33

ANEXO 1

METODOLOGIA DE SELEÇÃO DOS MUNICÍPIOS DOS PÓLOS


DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO
,

Resumidamente, o método consiste em classificar os municípios segundo cada


um dos indicadores escolhidos, somando-se as diversas posições
(classificação ordinal) alcançadas por cada um deles, para a obtenção de um
resultado final ("score"). Esse somatório é então ordenado, constituindo o
"ranking" dos municípios, que podem então ser agrupados de acordo com a
sua dispersão em torno da média (medida em termos de desvio-padrão,
quartis, quintis etc.)
Foram escolhidos, para cada um dos municípios candidatos a integrar o Pólo,
cinco variáveis que, em conjunto, representariam o seu processo de
dinamização econômica. São elas:

a) número de hectares irrigados pelo setor público;


b) quantidade de “megawatts” consumidos na área rural;
c) valor bruto da produção agropecuária;
d) valor bruto da produção agropecuária por quilômetro quadrado;
e) valor financiado pelo Programa de Irrigação do Fundo Constitucional de
Financiamento do Nordeste (FNE-Proir).

Para as primeiras quatro variáveis, utilizaram-se os valores do último ano


disponível, enquanto os financiamentos foram considerandos no período 1990-
97.
Em seguida, a pontuação média dos municípios permitiu que se calculasse a
pontuação média dos pólos. Aqueles municípios cuja pontuação situou-se igual
ou acima da média geral do pólo foram os selecionados para entrar na primeira
fase.
Além desses critérios, foram utilizadas ainda as seguintes convenções:

1) Os municípios desmembrados dos municípios selecionados também foram


incluídos.
Justificativa: Os municípios desmembrados faziam parte da área do
município-origem selecionado e não existem dados atualizados disponíveis
para analisar esses novos municípios.
2) Procurou-se, à medida do possível, constituir pólos com áreas contíguas,
haja vista as importantes vantagens proporcionadas por essa característica,
tanto como elemento facilitador da integração dos agentes produtivos, como
viabilizadora das necessárias articulações institucionais.
DOCUMENTO REFERENCIAL DO PÓLO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO ALTO PIRANHAS 34

3) Alguns municípios, embora tenham atingido a média, não foram


selecionados por fazerem parte de outro pólo de desenvolvimento ou não
serem contíguos;
Justificativa: Alguns pólos apresentam uma área distante da área
atualmente mais dinâmica, composta por outros municípios que, num
segundo momento, poderão formar um novo pólo de desenvolvimento.
4) Alguns municípios, embora não tenham atingido a média, foram
selecionados por estarem incluídos na área dinâmica do Pólo.
Justificativa: Na maior parte são municípios que possuem um considerável
potencial de desenvolvimento, além de estarem geograficamente
encravados no Pólo, de forma que sua exclusão tornaria descontígua a área
escolhida.
5) Aqueles municípios contíguos aos pólos, com área de irrigação expressiva
em início de operação, foram considerados como municípios do Pólo,
mesmo ficando abaixo da média geral.

"Ranking" Geral dos Municípios do Pólo Alto Piranhas


Irrig. FINANC.
Energia ÍNDICES
Municípios Pública VBP VBP/Km2 PROIR, Médias
Rural GERAIS
P =2 P =2
Sousa 6 7 8 8 10 7,8 1,0000
Pombal 2 6 7 7 16 7,6 0,9744
Condado 2 5 5 5 14 6,2 0,7949
Cajazeiras 2 1 6 4 12 5,0 0,6410
Desterro 2 4 3 6 4 3,8 0,4872
S.J. do Rio do Peixe 2 2 4 3 8 3,8 0,4872
Malta 2 3 2 2 2 2,2 0,2821
S.J. de Espinharas 2 1 1 1 6 2,2 0,2821

Média Geral = 39,0/8 = 4,87


Municípios acima da média : Sousa, Pombal, Condado e Cajazeiras.
Municípios do Pólo: Sousa, Aparecida, Marizópolis, São Francisco, Vieirópolis,
Pombal, Cajazeirinhas, São Bento, São Domingos do Pombal, Condado, São
João do Rio do Peixe e Cajazeiras.
Municípios que entraram no Pólo porque se desmembraram de municípios
acima da média(convenção 1): Marizópolis, São Francisco, Vieirópolis,
Aparecida, Cajazeirinhas, São Bento do Pombal, São Domingos do Pombal.
Município que entrou no Pólo por ter área irrigada em início de
operação(convenção 5): São João do Rio do Peixe.
Obs.: Foram criados os seguintes municípios:
De Sousa foram criados os municípios de Aparecida, Marizópolis, São
Francisco, Vieirópolis;
De São João do Rio do Peixe foi criado o município de Poço de José de Moura;
De Pombal foram criados os municípios: Cajazeirinhas, São Bento do Pombal,
São Domingos do Pombal;
De Desterro foi criado o município de Cacimbas;
De Desterro de Malta foi criado o município de Vista Serrana.
DOCUMENTO REFERENCIAL DO PÓLO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO ALTO PIRANHAS 35

ANEXO 2

DADOS SÓCIO-ECONÔMICOS DOS MUNICÍPIOS DO PÓLO


ALTO PIRANHAS
DOCUMENTO REFERENCIAL DO PÓLO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO ALTO PIRANHAS 36

ANEXO 2
DADOS SÓCIO-ECONÔMICOS DOS MUNICÍPIOS DO PÓLO
ALTO PIRANHAS

INDICADORES SÓCIO-ECONÔMICOS DO MUNICÍPIO DE CAJAZEIRAS-PB

ESPECIFICAÇÃO ANO UNIDADE QUANTIDADE

Área Terrestre - km2 569,9


Distância da Capital km 461
Pluviosidade Média 1994 mm 758,9

População Masculina 1996 hab. 24.275


População Feminina 1996 hab. 27.121
População Urbana 1996 hab. 40.119
População Rural 1996 hab. 11.277
População Total 1996 hab. 51.396

Unidades de Ensino (Escolas) 1994 unid. 261


Número de Salas de Aula 1994 unid. 406
Alunos Matric. Pré-Escolar 1994 unid. 3.928
Alunos Matric. 1° Grau 1994 unid. 10.647
Alunos Matric. 2° Grau 1994 unid. 2.168

Unidades de Saúde 1992 unid. 35


Número de Leitos 1992 unid. 140
Número de Médicos unid. -
Nascidos Vivos unid. -
Taxa Mort. Infantil (1000 vivos) unid. -

Ligações de Água 1994 unid. 7.613

Consumidores Residenciais 1994 unid. 9.776


Consumidores Industriais 1994 unid. 38
Consumidores Comerciais 1994 unid. 1.055
Consumidores Rurais 1994 unid. 297
Consumo de Iluminação Pública 1994 unid. 7
Total de Consumidores 1994 unid. 11.300
Consumo Residencial 1994 MWh 8.440
Consumo Industrial 1994 MWh 681
Consumo Comercial 1994 MWh 3.098
Consumo Rural 1994 MWh 1.761
Consumo de Iluminação Pública 1994 MWh 2.856
Outros Consumos 1994 MWh 1
Consumo Total 1994 MWh 19.406

Produção de Carvão Vegetal 1992 t 40


Produção de Lenha 1992 m³ 12.935
Produção de Madeira em Toras 1992 m³ -
Valor da Produção de Carvão Vegetal 1992(1) R$ 563
Valor da Produção de Lenha 1992(1) R$ 10.646
DOCUMENTO REFERENCIAL DO PÓLO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO ALTO PIRANHAS 37

Valor da Produção de Mad. em Toras 1992(1) R$ -

Arrecadação do IPI 1994 R$ 495.471


Arrecadação do ICMS 1994 R$ 1.911.483
Receita Municipal 1994 R$ -
Fundo Particip. dos Municípios 1994 R$ 137.255.384

PRINCIPAIS PRODUTOS AGRÍCOLAS DE CAJAZEIRAS EM 1993

ÁREA ÁREA PREÇO


QUAN- RENDI-
PRODUTOS PLANTADA PLANTADA (mil cruzeiros
TIDADE MENTO
(Hectares) (Hectares) reais)

BANANA (mil cachos) 50 50 50 1.000 6.640


TOMATE (t) 9 9 270 30.000 6.170
MANGA (mil frutos) 10 10 600 60.000 1.908
ALGODÃO HERBÁCEO (t) 121 121 29 239 1.224
BATATA-DOCE (t) 5 5 50 10.000 815
CANA-DE-AÇÚCAR (t) 10 10 100 10.000 693
MANDIOCA (t) 4 4 16 4.000 320
LIMÃO (mil frutos) 1 1 130 130.000 286
GOIABA (mil frutos) 5 5 100 20.000 250
COCO-DA-BAÍA (mil frutos ) 13 13 17 1.307 154
CASTANHA DE CAJU (t) 7 7 1 142 65
Fonte: Anuário Estatístico da Paraíba-95 - IDEME
DOCUMENTO REFERENCIAL DO PÓLO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO ALTO PIRANHAS 38

INDICADORES SÓCIO-ECONÔMICOS DO MUNICÍPIO DE CONDADO-PB

ESPECIFICAÇÃO ANO UNIDADE QUANTIDADE

Área Terrestre - km2 378


Distância da Capital km 342
Pluviosidade Média 1994 mm 827

População Masculina 1996 hab. 3.629


População Feminina 1996 hab. 3.626
População Urbana 1996 hab. 4.029
População Rural 1996 hab. 3.226
População Total 1996 hab. 7.255

Unidades de Ensino (Escolas) 1994 unid. 72


Número de Salas de Aula 1994 unid. 137
Alunos Matric. Pré-Escolar 1994 unid. 771
Alunos Matric. 1° Grau 1994 unid. 1.483
Alunos Matric. 2° Grau 1994 unid. 51

Unidades de Saúde 1992 unid. -


Número de Leitos 1992 unid. -
Número de Médicos unid. -
Nascidos Vivos unid. -
Taxa Mort. Infantil (1000 vivos) unid. -

Ligações de Água 1994 unid. 870

Consumidores Residenciais 1994 unid. 957


Consumidores Industriais 1994 unid. 2
Consumidores Comerciais 1994 unid. 69
Consumidores Rurais 1994 unid. 74
Consumo de Iluminação Pública 1994 unid. 2
Total de Consumidores 1994 unid. 1.124
Consumo Residencial 1994 MWh 495
Consumo Industrial 1994 MWh 3
Consumo Comercial 1994 MWh 44
Consumo Rural 1994 MWh 132
Consumo de Iluminação Pública 1994 MWh 342
Outros Consumos 1994 MWh -
Consumo Total 1994 MWh 1.357

Produção de Carvão Vegetal 1992 t 150


Produção de Lenha 1992 m³ 89.210
Produção de Madeira em Toras 1992 m³
Valor da Prod. de Carvão Vegetal 1992(1) R$ 12.284
Valor da Produção de Lenha 1992(1) R$ 97.895
Valor da Prod. de Mad. em Toras 1992(1) R$ -
DOCUMENTO REFERENCIAL DO PÓLO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO ALTO PIRANHAS 39

Arrecadação do IPI 1994 R$ 397


Arrecadação do ICMS 1994 R$ 24.678
Receita Municipal 1994 R$ 596.630
Fundo Particip. dos Municípios 1994 R$ 499.243

PRINCIPAIS PRODUTOS AGRÍCOLAS DE CONDADO EM 1993


ÁREA ÁREA PREÇO
QUANTI- RENDI-
PRODUTOS PLANTADA COLHIDA (mil cruzeiros
DADE MENTO
(Hectares) (Hectares) reais)
TOMATE(t) 8 8 200 25.000 6.000
MANGA (mil frutos) 4 4 224 56.000 2.240
MELANCIA (mil frutos) 12 12 24 2.000 1.968
BANANA (mil cachos) 7 7 14 2.000 1.596
MILHO(GRÃO) (t) 49 49 47 959 1.175
FEIJÃO(EM GRÃO) (t) 12 12 12 1.000 960
ALGODÃO HERBÁCEO(t) 5 5 9 1.800 720
GOIABA (mil frutos) 7 7 70 10.000 630
MELÃO (mil frutos) 5 5 40 8.000 480
LIMÃO (mil frutos) 1 1 140 140.000 210
COCO-DA-BAÍA (mil frutas ) 2 2 4 2.000 92
Fonte: Anuário Estatístico da Paraíba-95 - IDEME
DOCUMENTO REFERENCIAL DO PÓLO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO ALTO PIRANHAS 40

INDICADORES SÓCIO-ECONÔMICOS DO MUNICÍIPIO DE POMBAL-PB

ESPECIFICAÇÃO ANO UNIDADE QUANTIDADE

Área Terrestre - km2 1.338,7


Distância da Capital km 370,7
Pluviosidade Média 1994 mm 909,9

População Masculina 1996 hab. 18.898


População Feminina 1996 hab. 20.424
População Urbana 1996 hab. 25.255
População Rural 1996 hab. 14.067
População Total 1996 hab. 39.322

Unidades de Ensino (Escolas) 1994 unid. 199


Número de Salas de Aula 1994 unid. 356
Alunos Matric. Pré-Escolar 1994 unid. 2.418
Alunos Matric. 1° Grau 1994 unid. 6.815
Alunos Matric. 2° Grau 1994 unid. 709

Unidades de Saúde 1992 unid. 13


Número de Leitos 1992 unid. 142

Ligações de Água 1994 unid. 5.286

Consumidores Residenciais 1994 unid. 4.972


Consumidores Industriais 1994 unid. 54
Consumidores Comerciais 1994 unid. 558
Consumidores Rurais 1994 unid. 264
Consumidores de Iluminação Pública 1994 unid. 1
Total de Consumidores 1994 unid. 5.903
Consumo Residencial 1994 MWh 4.378
Consumo Industrial 1994 MWh 224
Consumo Comercial 1994 MWh 1.252
Consumo Rural 1994 MWh 1.341
Consumo de Iluminação Pública 1994 MWh 915
Outros Consumos 1994 MWh -
Consumo Total 1994 MWh 9.118

Produção de Carvão Vegetal 1992 t 455


Produção de Lenha 1992 m³ 210.477
Produção de Madeira em Toras 1992 m³ -
Valor da Prod. de Carvão Vegetal 1992(1) R$ 271.045
Valor da Produção de Lenha 1992(1) R$ 1.683.816
Valor da Prod. de Mad. em Toras 1992(1) R$ -

Arrecadação do IPI 1994 R$ 2.182,03


Arrecadação do ICMS 1994 R$ 135.503,01
Receita Municipal 1994 R$ 2.350.042,64
DOCUMENTO REFERENCIAL DO PÓLO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO ALTO PIRANHAS 41

Fundo Particip. dos Municípios 1994 R$ 1.372.917,85

PRINCIPAIS PRODUTOS AGRÍCOLAS DE POMBAL EM 1993

ÁREA ÁREA PREÇO


QUANTI- RENDI-
PRODUTOS PLANTADA COLHIDA (mil cruzeiros
DADE MENTO
(hectares) (hectares) reais)
ARROZ(EM CASCA) (t) 300 300 1.500 5.000 37.500
BANANA (mil cachos) 150 150 300 2.000 37.500
CANA-DE-AÇÚCAR 205 205 4.920 24.000 30.799
TOMATE (t) 8 8 200 25.000 5.600
MANGA (mil frutos) 8 8 448 56.000 4.480
BATATA-DOCE (t) 10 10 60 6.000 2.160
GOIABA (mil frutos) 15 15 150 10.000 1.350
MELANCIA (mil frutos) 8 8 16 2.000 1.312
COCO-DA-BAÍA (mil frutos) 25 25 50 2.000 1.280
LIMÃO (mil frutos) 4 4 580 145.000 754
MELÃO (mil frutos) 3 3 24 8.000 300

Fonte: Anuário Estatístico da Paraíba-95 - IDEME


DOCUMENTO REFERENCIAL DO PÓLO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO ALTO PIRANHAS 42

INDICADORES SÓCIO-ECONÔMICOS DO MUNICIPIO DE SOUSA-PB

ESPECIFICAÇÃO ANO UNIDADE

Área Terrestre - km2 1.306,8


Distância da Capital km 427,1
Pluviosidade Média 1994 mm 1.075,8

População Masculina 1996 hab. 37.580


População Feminina 1996 hab. 40.331
População Urbana 1996 hab. 53.214
População Rural 1996 hab. 24.697
População Total 1996 hab. 77.911

Unidades de Ensino (Escolas) 1994 unid. 317


Número de Salas de Aula 1994 unid. 1.025
Alunos Matric. Pré-Escolar 1994 unid. 6.963
Alunos Matric. 1° Grau 1994 unid. 16.887
Alunos Matric. 2° Grau 1994 unid. 1.988

Unidades de Saúde 1992 unid. 41


Número de Leitos 1992 unid. 268

Ligações de Água 1994 unid. 10.087

Consumidores Residenciais 1994 unid. 10.115


Consumidores Industriais 1994 unid. 113
Consumidores Comerciais 1994 unid. 1.078
Consumidores Rurais 1994 unid. 161
Consumidores de Iluminação Pública 1994 unid. 2
Total de Consumidores 1994 unid. 11.576
Consumo Residencial 1994 MWh 8.615
Consumo Industrial 1994 MWh 2.162
Consumo Comercial 1994 MWh 3.542
Consumo Rural 1994 MWh 1.364
Consumo de Iluminação Pública 1994 MWh 2.090
Outros Consumos 1994 MWh 314
Consumo Total 1994 MWh 20.048

Produção de Carvão Vegetal 1992 t 86


Produção de Lenha 1992 m³ 100.289
Produção de Madeira em Toras 1992 m³ -
Valor da Prod. de Carvão Vegetal 1992(1) R$ 8.909
Valor da Produção de Lenha 1992(1) R$ 601.734
Valor da Prod. de Mad. em Toras 1992(1) R$ -

Arrecadação do IPI 1994 R$ 7.500,31


Arrecadação do ICMS 1994 R$ 465.766,96
Receita Municipal 1994 R$ 5.163.609,34
DOCUMENTO REFERENCIAL DO PÓLO DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO ALTO PIRANHAS 43

Fundo Particip. Dos Municípios 1994 R$ 1.872.160,67

Principais produtos agrícolas de Sousa em 1993

ÁREA ÁREA PREÇO


QUAN- RENDI-
PRODUTOS PLANTADA COLHIDA (mil cruzeiros
TIDADE MENTO
(hectares) (hectares) reais)
BANANA (mil cachos) 300 300 750 2.500 99.600
TOMATE (t) 100 100 3.000 30.000 68.550
ARROZ(EM CASCA) (t) 400 400 2.000 5.000 41.800
MANGA (mil frutos) 51 51 3.060 60.000 9.731
ALGODÃO HERBÁCEO (t) 600 600 216 360 9.113
COCO-DA-BAÍA (mil frutos) 225 225 450 2.000 4.068
BATATA-DOCE (t) 20 20 200 10.000 3.258
CANA-DE-AÇÚCAR (t) 30 30 300 10.000 2.079
GOIABA (mil frutos) 30 30 600 20.000 1.500
LIMÃO (mil frutos) 3 3 390 130.000 858
MANDIOCA (t) 4 4 18 4.500 360
Fonte: Anuário Estatístico da Paraíba-95 - Ideme

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