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DIREÇÃO

DEFENSIVA

Nome do Curso:
DIREÇÃO DEFENSIVA

Objetivo do Curso:

Ao final do curso espera-se que os condutores estejam aptos a:


Reconhecer as condições adversas e saber como agir em cada situação; apresentar um
comportamento mais cortês para com os demais integrantes do trânsito, tais como:
ciclistas, pedestres, motociclistas e demais motoristas.
Conhecer mais sobre as regras de circulação

Conteúdo Programático:

CONCEITOS
CONDIÇOES ADVERSAS
TIPOS DE COLISÕES
SINALIZAÇÃO DE TRÂNSITO
CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO

INTRODUÇÃO

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A sociedade brasileira depara-se com um grave problema: segundo as
estatísticas, o trânsito do Brasil é um grande dizimador de vidas. O trânsito faz
parte do nosso dia a dia e pelo modo de vivenciá-lo, pode transformar-se em
meio de vida ou de morte.

O motorista defensivo está determinado - sem ser tímido nem cauteloso em


excesso - a tomar qualquer precaução razoável destinada a prevenir acidentes
de trânsito, além e acima do que a lei exige.

A prática da Direção defensiva se evidencia através do comportamento do


condutor ao volante.

Respeitar as normas de trânsito, prevenir-se dos erros dos outros condutores,


estar atento aos pedestres, ciclistas e animais são atitudes que revelam um
comportamento seguro e responsável, característico de um condutor defensivo.

A responsabilidade de atuar em defesa da vida deve ser compartilhada por


pedestres, condutores e autoridades competentes.

O Código de Trânsito Brasileiro, instituído pela Lei 9503, de 23 de setembro de


1997, definiu as responsabilidades e competências nas diferentes esferas do
Governo a fim de garantir um trânsito-cidadão, resultante da participação
consciente de cada indivíduo para preservar a própria vida e a vida dos demais
usuários de nossas vias.

Tem como objetivo identificar situações e regras de trânsito relativas à


segurança.

O regulamento do CTB e no próprio CTB, contém as informações sobre as leis


de trânsito em nosso país; encontram-se inseridas regras de trânsito relativas à
segurança do trânsito e à direção defensiva.

ACIDENTE EVITÁVEL

Realmente o Brasil possui o maior índice de acidentes com veículos?

Como é do conhecimento de todos, o problema é dos piores. Realmente o


índice de acidentes envolvendo veículos é bem maior que o da maioria dos
outros países.

Trata-se de um sério problema que não pode ser ignorado, pois:

- Uma pessoa a cada 10 minutos, ou 130 por dia, morrem em acidente de


trânsito no Brasil.

- Em um ano, tais acidentes matam cerca de 50.000 pessoas.


População de uma cidade de porte médio.

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- Para cada duas pessoas, existe pelo menos uma que já foi envolvida em
acidentes de veículo.

Estudo do Acidente:

Estudo dos acidentes nos tem revelado como dirigir para ficar "VIVO". Isto é,
como dirigir para evitar acidentes, grandes e pequenos.

Os acidentes de trânsito não são problemas regionais, deste ou daquele grupo


de pessoas; não são, tampouco, de uma ou de outra classe sócio-econômica.
Eles afetam, também, tanto o rico quanto o pobre, tanto o profissional como o
amador.

Bem, já que os acidentes de trânsito são sempre “coisas ruins”, achamos que
acertamos “há algo que possa fazer a respeito e, esse algo, é dirigir com maior
segurança”.

Viagem Perfeita

Obviamente é aguda a necessidade de aperfeiçoamento dos motoristas em


geral, embora você se sinta incapaz de fazer algo para resolver globalmente o
problema. Você pode começar por analisar sua própria maneira de dirigir,
usando como padrão a "maneira perfeita de dirigir" ou desenvolver uma viagem
perfeita .

A viagem perfeita significa realizar um percurso sem acidentes, sem infrações,


sem abuso do veículo, sem atrasos e sem descortesia.

Prevenção Possível e Razoável

A maioria dos acidentes é evitável por um ou pelo outro, ambos os motoristas


envolvidos, mesmo que para isso seja necessário dar passagem a um motorista
que não esteja na preferência.
A noção de que a maioria dos acidentes pode ser evitada, torna importante a
distinção entre precauções possíveis e as razoáveis, a serem tomadas por um
motorista para evitar um desastre de trânsito.

Direção Defensiva: é dirigir de modo a evitar acidentes apesar das ações


incorretas dos outros e das condições adversas.

Um motorista na defensiva é aquele que dirige tomando em consideração a falta


de habilidade e de conhecimento do “outro motorista”, é o que reconhece não
possuir nenhum domínio sobre as condições de tempo e das vias públicas, e
que, portanto, desenvolve várias práticas defensivas evitando ou reduzindo a
possibilidade de ser envolvido em acidentes de trânsito.

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A direção consciente, a utilização da legislação, de conhecimentos técnicos e
de ações corretamente condicionadas, desenvolvem o hábito de dirigir na
defensiva, evitando acidentes.
Em resumo, o motorista defensivo dirige com educação, eficiência e segurança.

Os Cinco Elementos da Direção Defensiva

Dirigir na defensiva é principalmente uma questão de atitude; é determinação


de sua parte em fazer tudo que for razoavelmente possível para impedir de ser
envolvido em um acidente.

Muitas vezes, praticamos a "Direção Defensiva" sem que o percebamos. Não


importa onde, nem se empregamos esse nome ou não. A Direção Defensiva
necessária para evitar acidentes requer os seguintes itens:

a. Conhecimento

Você conhece as Regras e Regulamentos de Trânsito? Está ciente de como


ultrapassar, de como ceder passagem e de outras manobras a executar quando
dirige?
O fator Conhecimento é importante no que diz respeito não só as regras de
segurança, como também, conhecimento de física, matemática, mecânica de
veículos, etc.

b. Atenção

Envolve uma atitude de constante vigilância para o reconhecimento imediato de


fatores causadores de acidentes. Esse estado implica possuir-se capacidade de
distinguir os perigos. O condutor atencioso de veículo vê e percebe tudo que se
passa na frente de seu veículo e uma grande parte nos lados e atrás do mesmo.

c. Previsão

Consiste de uma habilidade consciente e treinada em se visualizar o


aparecimento e a formação de situações de trânsito o mais distante possível,
analisando-se como se desenvolverão e se tais desenvolvimentos poderão
afetar a situação do veículo que se dirige. O condutor defensivo deve ser capaz
de planejar suas ações ao volante, prevendo com antecedência o
comportamento dos outros condutores e as condições adversas que possam
causar acidentes.

d. Decisão

Implica no reconhecimento das alternativas que se apresentam em qualquer


situação de trânsito, bem como na habilidade de se fazer uma escolha
inteligente, a tempo de se evitar um acidente. Ela depende também de uma
série de elementos abstratos, como intuição e bom senso.

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e. Habilidade

Significa manusear os controles de um veículo ou executar com bastante perícia


e sucesso qualquer das manobras básicas de trânsito, tais como fazer curvas,
ultrapassar, fazer mudanças de velocidade, estacionar, etc.

As Seis Condições Adversas

Direção Defensiva é dirigir de modo que evite acidentes apesar das ações
incorretas de outros e das Condições Adversas, as quais são:

Luz

Natural – o grau de intensidade da luz do dia pode afetar a capacidade visual


do condutor.
Artificial – à noite a visibilidade menor e a reação torna-se mais lenta. O uso
indevido dos faróis pode provocar acidentes.
O condutor deve ajustar sua forma de dirigir à sua visibilidade, aumentando a
atenção.

É IMPORTANTE VER E SER VISTO

Tempo (condições climáticas)

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Cerração, neblina e nevoeiro – reduzir a velocidade, usar luz baixa, orientar-se
pelas faixas da pista, não ultrapassar, parar em lugar seguro.

Vento forte - reduzir a velocidade, abrir os vidros, segurar firmemente o volante.


Chuva - reduzir a velocidade, acender os faróis e lanternas, funcionar os
limpadores.

Via

Devemos ajustar-nos às condições da via, quanto ao tipo e condições da sua


pavimentação, contorno largura, acostamento, traçado, sinalização, com
especial atenção em trechos escorregadios, curvas acentuadas, buracos e
elevações.

Trânsito

O ser humano, a máquina e o meio ambiente são os elementos responsáveis


diretamente pelo trânsito.
Quando esses elementos não coexistem em harmonia, o sistema de trânsito tem
o seu equilíbrio quebrado: congestionamentos, conflitos e acidentes.
Cuidados redobrados em época de carnaval, festas de fim de ano e fins de
semana prolongados.

O bom motorista observa bem à frente, prevê situações de trânsito, evita


situações difíceis e é cauteloso.

Veículo

Deve ser mantido em condições de reagir instantânea e eficientemente a todos


os comandos.
Os defeitos mais comuns que podem causar acidentes ocorrem em:

Pneus Amortecedores, sistema de suspensão e direção


Buzina Freios
Espelhos Limpador de pára-brisa
Cinto de segurança Lâmpadas

Lembre-se que revisões periódicas mantêm seu veículo em boas


condições.

Motorista

O trânsito reflete o comportamento do ser humano nos diferentes papéis que ele
desempenha no equilíbrio do Sistema de Trânsito.
As condições físicas, mentais e emocionais do condutor afetam a maneira de
dirigir um veículo: fadiga, sono, visão e audição deficientes, uso de bebidas
alcoólicas, drogas e medicamentos, preocupações, medo, fome, raiva,
desconforto, dor, calor, insegurança. etc.

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Métodos Básicos de Prevenção

a. Preveja o perigo

Tente prever os fatos. "Nunca presuma que tudo está bem".

b. Descubra o que fazer

Cada situação exige uma defesa especial.


Aprenda-as bem e aplique-as se tiver necessidade

c. Aja a tempo

Após considerar os riscos e a defesa, entre em ação.


"Jamais espere pra ver".

As seis posições de colisão entre dois veículos

A maior causadora de fatalidade, ferimentos graves e danos materiais, é a


colisão entre dois carros.

Relativamente a outro carro, o seu veículo poderá estar em uma das seis
posições de colisão conforme a seguir:

a. Colisão com o veículo da frente

b. Colisão com o veículo de trás

c. Colisão em sentido contrário

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d. Colisão nos cruzamentos

e. Colisão ao ser ultrapassado

f. Colisão ao ultrapassar

COMO EVITAR COLISÃO COM O VEÍCULO DA FRENTE

Distância de Seguimento

É a distância entre o nosso veículo e o que está à nossa frente.

Para determinação prática da distância de seguimento segura, observa-se o


veículo à frente e marque um ponto de referência na estrada. Quando ele
passar pelo ponto marcado, comece a contar: "dois mil e um", "dois mil e dois",
pausadamente, o que representa dois segundos.

Se o veículo passar pelo mesmo ponto, antes de você terminar essas palavras,
significa que você está seguindo perto demais o veículo à sua frente.

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Outra regra prática para a distância de seguimento seguro, é o comprimento de
seu veículo para cada 16 km/h de velocidade.

Distância de parada

É aquela que o veículo percorre desde que o perigo é visto e acionado os


mecanismos de freio até parar.

A distância de parada varia de um para outro veículo e está condicionada ao


tipo de pavimentação da estrada, tipo do pneu, freio e a outros fatores.

A distância de reação é aquela que o veículo percorre até que o motorista tome
alguma atitude.

O tempo médio de reação, portanto, varia de pessoa para pessoa.

Uma pessoa no estado normal (físico e mental) leva 3/4 de segundo como
tempo médio para a reação.

A distância de frenagem é aquela que o veículo percorre depois de acionado o


mecanismo de freio até parar.

Portanto, a distância de parada é a soma da distância de reação mais a


distância de frenagem.

DP = DR + DF

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Quatro Pontos

Vejamos agora os quatro pontos para se evitar colisão com o veículo da frente.

Fique alerta

Observar os sinais do motorista da frente. São indicativos do que ele pretende


fazer

Domine a situação

Observe além do veículo da frente, a fim de ver as situações que possam forçar
o motorista do veículo da frente a fazer uma manobra brusca e, portanto,
transformar-se em uma ameaça para você.

Mantenha distância

Como medida de prevenção, mantenha distância de um veículo, usando a


técnica dos dois segundos.

Comece a parar mais cedo

Pare mais cedo, pisando no freio no instante que você observar a situação de
perigo: mais pise aos poucos, de modo que seu veículo não derrape ou pare
bruscamente, a ponto de ser abalroado por trás pelo veículo que o segue.

COMO EVITAR COLISÃO COM O VEÍCULO DE TRÁS

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É falso dizer que o motorista que bate na traseira de um carro está sempre
errado. Pensando assim você pode até morrer.

Você tem responsabilidade para com o condutor de trás; faça com que ele
perceba suas intenções, para poder agir corretamente.

Medidas para não ser atingido por trás:

a. Planeje seu trajeto com antecedência;

b. Sinalize suas intenções: com pisca-pisca, luzes de freio e sinais de braço


(manuais);

c. Pare de forma suave e gradativa. Será errado ter que frear bruscamente.

d. Livre-se dos veículos que o sigam muito próximo;

e. Facilite a ultrapassagem;

f. Não fique indeciso ao mudar a direção

COMO EVITAR COLISÃO FRONTAL

É a mais grave colisão em acidente de trânsito, em virtude da velocidade dos


dois veículos se somarem e o choque ser mais violento, pela parada imediata
de ambos os veículos.

Como ocorrem as colisões frontais

Podem ocorrer em três situações:

a. Numa estrada reta

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b. Numa curva
c. Num cruzamento, quando um dos carros dobra à esquerda.

Atravessar o centro da pista

a. O motorista pode estar momentaneamente distraído ou recuperando-se de


uma saída da estrada.
b. O motorista pode estar fazendo curva
c. Pode estar sonolento ou mesmo alcoolizado.

Atravessar deliberadamente

Muitas vezes a necessidade de atravessar a linha de centro deliberada e


conscientemente.

Qual será a nossa preocupação ou defesa contra essa situação?


Estar atento ao aparecimento de longas filas de veículos que se aproximam na
outra mão.
Estar preparado para reduzir a marcha ou parar, ainda que seja necessário sair
da pista de rolamento.

Forçado a cruzar a linha de centro da pista por outro veículo

Muitas vezes o veículo que se aproxima pela frente é forçado a cruzar a linha de
centro e invadir nossa mão de direção, como na situação seguinte, em que o
veículo deixou sua própria mão para desviar de um terceiro que lhe surgiu à
frente na direita.

Neste caso, sua defesa foi o fato de estar alerta e ver a situação desenvolver-
se. Conseqüentemente, houve possibilidade de redução e de parada a tempo.

Forçado por um pedestre, etc.

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Um pedestre, uma bicicleta, uma obstrução na estrada, poderá forçar o condutor
de veículo a cruzar a linha de centro da pista de rolamento.

A presença de qualquer desses obstáculos servirá de aviso ao motorista, que


deve observar cuidadosamente e deixar que o outro motorista aja livremente no
que for preciso.

Saída da pista e retornando em seguida:

Um veículo pode ter que cruzar a linha de centro, ao recuperar a direção


afetada pela saída das rodas direitas na pista.

Neste caso, as rodas da direita do veículo que vem ao encontro da carreta,


conforme mostra a figura acima, haviam caído, ou melhor, descido para o lado
direito do pavimento. Quando o motorista tentar voltar à pista de rolamento,
descobre que há um desnível e seus pneus, deslizando, não conseguem levar o
veículo para cima. Imprimindo instintivamente mais velocidade, o veículo
consegue subir, volta e salta para frente, na contramão e em direção à carreta.

Linha de Centro pouco visível

Com respeito ao mau tempo quando, por exemplo, uma chuva torrencial cobre
as marcas da linha de centro, tornando impossível divisá-la, lembremo-nos de
que em tais circunstâncias, o outro motorista também não pode vê-la.

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Daí, podemos reduzir a marcha, ligar os faróis ou sair da estrada e esperar que
o tempo melhore.

Cruzar a linha de centro sem razão

Um veículo, vindo em direção oposta, atravessa a linha de centro e continua


vindo em nosso encontro, aparentemente sem razão.

Que faremos nessa situação?

Numa situação como essa, os peritos em segurança condenam a saída para a


esquerda, pois, se o outro motorista estiver adormecido ou alcoolizado, poderá
acordar de repente e, compreendendo o que se passa, volta instintivamente
para a sua mão de direção e, então, teríamos a colisão.

A melhor maneira de agir seria, provavelmente, continuar encostando para a


direita e usar a ''buzina'' ou farol para tentar despertar o motorista.

Veículos que invadem a linha de centro ao dobrar num cruzamento

Veículos, no cruzamento, podem, às vezes, invadir a pista contrária e vir em


nossa direção.

Já observamos que muitos motoristas “abrem” muito ao dobrar para a direita.


Acontece que os condutores de veículos muito grandes são obrigados a fazer
isso, mas grande parte de outros condutores simplesmente não aprenderam a
fazer manobras corretamente, e como resultado, cerca de 40% de todos os
acidentes ocorrem nos cruzamentos.

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Colisão frontal com veículo que vem em sentido contrário, ao dobrar à
esquerda

Existe ainda outra situação que é parte desse problema e acontece quando
cruzamos a linha de centro ao dobrar para a esquerda.

Nesta situação o motorista defensivo deixa passar primeiro o trânsito que vem
em sentido oposto, e depois dobra à esquerda.

Força Centrífuga

No diagrama, o carro que está fazendo a curva para a direita: para onde a força
centrífuga o desvia?

A força centrífuga está representada pelo vetor "C", logo o veículo tenderá a
invadir a linha de centro e, conseqüentemente, causar uma colisão frontal.

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Para o motorista do carro que está fazendo a curva para o lado esquerdo, em
virtude da atuação da força centrífuga, tenderá a se deslocar para fora da pista
de rolamento. Para compensar este efeito, o motorista do veículo que está
fazendo a curva para o lado esquerdo, ao entrar na curva, deverá reduzir a
velocidade, colocar o veículo o mais próximo possível da linha de centro e
imprimir pressão no acelerador, gradativamente de acordo com o raio de
curvatura da pista.

Conseqüentemente, se um dos motoristas permitir que a força centrífuga o


carregue, através da linha de centro, e o motorista que vem em sentido oposto
também cruzar essa linha, para compensar a mesma força, isso poderá resultar
numa colisão frontal entre ambos.

Em resumo, o conhecimento do efeito da força centrífuga e da força motriz, ao


acelerar-se o veículo numa curva em tempo de reduzir a marcha, assim como a
perícia na execução de uma curva, são essenciais para se evitar acidentes.

O Cinto de Segurança

A Resolução nº. 14/98 do Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN tornou


obrigatório o uso de cinto de segurança, principalmente nas estradas.

Num acidente de trânsito, ocorrem duas colisões sucessivas: a primeira, do


veículo com o obstáculo e a segunda dos seus ocupantes no interior do veículo,
podendo ser no painel, pára-brisa, volante, etc.

Numa redução brusca da velocidade do veículo, as pessoas no seu interior


continuam na velocidade em que vinham, por frações de segundo. Daí a
segunda colisão.

A função básica do Cinto de Segurança é evitar essa segunda colisão,


mantendo o motorista e seus ocupantes seguros no banco.

A Ação do Cinto de Segurança pode ser resumida da seguinte forma:

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- Distribui o impacto pelos pontos mais fortes do corpo humano.
- Absorve, ele próprio, parte do impacto.
- Evita que pessoas sejam lançadas para fora do veículo.
- Impedem que os ocupantes do veículo choquem-se entre si.
- Protege contra impactos com o interior do veículo, principalmente a cabeça e o
rosto, que são as partes mais atingidas nas colisões ou até mesmo numa
necessidade de frenagem brusca.
- Ele pára as pessoas no interior do veículo tão logo o mesmo comece a parar
também.

São 3 (três) os tipos de cinto de segurança:

a. Cinto pélvico ou Subabdominal


b. Cinto torácico ou Diagonal
c. Cinto Conjugado ou Três Pontos

Cinto Pélvico ou Subabdominal

É o mais simples e foi o primeiro tipo a ser adotado nos veículos. Consiste de
uma faixa que passa horizontalmente sobre os quadris.

Vantagem:

- Impede que a pessoa seja projetada para fora do veículo.

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Cinto Torácico ou Diagonal

Atravessa transversalmente o tórax (tronco) da pessoa sobre dois pontos: um


dos ombros e um dos lados do quadril.

Vantagem:

- Impede o choque da cabeça com o interior do veículo


- Distribui melhor o impacto no corpo do que o Cinto Pélvico.

Cinto Conjugado ou Três Pontos

Fica preso ao veículo em três locais diferentes: dos dois lados do assento e no
alto, junto à coluna central do veículo.

Vantagem:

- Soma as vantagens dos dois anteriores.

COMO EVITAR COLISÕES NOS CRUZAMENTOS

Onde quer que você vá, há gente cruzando o seu caminho, colocando-o em
perigo. Um terço dos acidentes de trânsito ocorrem nos cruzamentos, sendo
que nos centros urbanos, a percentagem é de 40%.

Sempre que se aproximar de uma esquina, adote as seguintes medidas para


evitar seus erros e se envolver com erros dos outros.

a) Conheça seu roteiro e planeje-o com antecedência.


b) Desacelere nas esquinas e conte com os inesperados.
c) Mostre suas intenções através de posicionamento e sinalização.

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d) Siga com cuidado.

Às vezes os condutores de veículos fazem coisas inesperadas nas esquinas:


viram de repente, sinalizam errado, freiam bruscamente ou saem da sua mão de
direção.

Esteja sempre alerta. Saiba antes onde virar, colocando-se em posição e


reduzindo a aceleração aos poucos. Fique atento às placas em geral.

Lembre-se de que guinadas súbitas provocam engavetamentos. Placas e


semáforos regulam o trânsito - mas não podem prevenir acidentes. Obedeça,
mas esteja preparado para ceder se os outros não o fizerem.

Se dois carros chegam num cruzamento ao mesmo tempo, o da direita têm


preferência. Mas cuidado! Algum condutor pode esquecer e todos sairão
perdendo.

Ao se aproximar de um cruzamento, tire o pé do acelerador e ponha-o sobre o


freio, ganhando assim tempo de reação.

Num cruzamento é um local em que podemos fazer tais coisas:

a) seguir em frente
b) dobrar à direita
c) dobrar à esquerda

Dobrar à direita ou à esquerda é manobra básica do trânsito. Existe uma


maneira certa para cada dessas manobras num cruzamento.

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Dobrar à direita

Primeiro entre na posição apropriada de sua mão de direção, bem antes de


chegar ao cruzamento. A posição é a mais próxima do meio-fio.

Enquanto se aproxima o ponto de dobrar, reduza a marcha gradativamente e


sinalize sua intenção, por meio de setas ou sinal manual; pelo menos a uns 50
metros antes de chegar ao ponto de dobrar.

Quando dobrar, faça-o sem abrir a curva para a esquerda nem cruzar a linha de
centro da pista de rolamento. Vigie a possível aproximação de pequenos
veículos, bicicletas, motocicletas a se intrometerem entre o seu veículo e meio-
fio.

Dobrar à esquerda

Primeiramente, coloque-se na posição certa, na sua mão de direção, bem antes


de chegar ao cruzamento. A posição certa é o mais próximo possível da linha de
centro da pista; esse é o lugar onde você deve se encontrar ao chegar o
momento de entrar à esquerda, no cruzamento.

Logo após, reduza a velocidade gradativamente, à medida que se aproxima do


local, isso após ter demonstrado, sinalizando suas intenções aos que o seguem,
bem antes de chegar ao ponto de cruzamento.
Em seguida, esteja bem seguro de que o trânsito que vem em sentido contrário
já passou antes de você dobrar.

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E por último, entre na rua pela qual seguirá, junto à linha divisória da pista, e
retorne à direita, sinalizando.

A seguir, temos um método de quatro pontos para a "Segurança nos


Cruzamentos"

SAIBA - REDUZA - SINALIZE - SIGA

- Saiba das regras de trânsito (direito de preferência), mas não espere que
todos os outros motoristas as conheçam e a elas obedeçam. Esteja preparado
para ceder o "direito de passagem" ou "direito de preferência".

- Deve-se reduzir a marcha nos cruzamentos, gradativamente. Lembre-se de


que o cruzamento não é lugar para velocidade.

- Sinalize, indicando aos outros motoristas o que pretende fazer no cruzamento.


Coloque-se na posição certa, dentro de sua mão de direção e informe com
antecedência da sua intenção.

- Após ter feito essas coisas, SIGA. Atravesse o cruzamento sem hesitar e sem
excesso de precaução.

COMO SER ULTRAPASSADO E COMO ULTRAPASSAR

Ultrapassagem

Dois carros podem colidir quando:

a) Seu carro é alcançado e ultrapassado por outro.


b) Você mesmo vai ultrapassar.
c) Ambas as situações - passar e ser ultrapassado, são potencialmente
perigosas e podem resultar em colisões frontais, derrapagens laterais e saídas
de estrada.
Atenção nas ultrapassagens

Carros podem ultrapassá-lo de vários modos:


a) Em uma estrada reta - situação normal ultrapassagem.
b) Quando você está ultrapassando outro veículo.

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c) Quando você está estacionando ou vai sair do estacionamento.
d) Pela direita, o que estaria errado, mas isso não isentaria da responsabilidade
de evitar acidentes.

Pontos básicos a serem observados quando na ultrapassagem

a) Fique atrás - mantenha a distância de seguimento.


b) Olhe à frente.
c) Olhe para trás.
d) Sinal à esquerda.
e) Tome à esquerda.
f) Acelere.
g) Buzine e/ou lampeje os faróis.
h) Sinal à direita.
i) Tome a direita.
j) Reduza a marcha (velocidade).

Considerando bem esses pontos, observar-se-á que acabamos de pintar um


quadro de uma ultrapassagem perfeita. Proceda dessa forma toda vez que
necessite fazer uma ultrapassagem.

Atenção ao ser ultrapassado

Ao ser ultrapassado, existem certas coisas que pode fazer para evitar
acidentes.

1º) Ajude o outro motorista a passar. Verifique o tráfego no sentido contrário e


diminua a marcha para que ele possa retornar à faixa, à frente.

2º) Antes de mudar de faixa, olhe nos espelhos retrovisores e vire a cabeça
para enxergar onde os espelhos não alcançam (ponto cego). Use a sinaleira. Só
passe para outra quando estiver livre.

3º) Para virar a esquina, entre logo na faixa certa. Ao dobrar à direita, fique junto
da guia direita, impedindo que alguém o passe por aí. Antes, porém, use a
sinaleira.

4º) Ao sair do meio-fio onde estava estacionado, não o faça sem verificar a
corrente de trânsito. Use a sinaleira, espere a sua vez e só então saia, sem
demora.

A COLISÃO MISTERIOSA

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O acidente provocado por saída da estrada é responsável por grande número
de mortes. Nesse tipo de acidente, por alguma razão o motorista perde o
controle do veículo, e este sai da estrada, parando numa vala, numa árvore,
num muro ou em qualquer outro local.

Logo, uma colisão misteriosa é o desastre de trânsito envolvendo um


único veículo.

Controle do veículo

Carros em más condições de manutenção podem ocasionar acidentes


misteriosos. Nunca dirija com defeito nos freios, na direção e nos pneus. Em
caso de estouro de pneu, não freie, nem acelere. Segure firme na direção e
procure parar fora da pista.

Ocorrência devido a uma ou mais Condições adversas

Fique atento às seis condições adversas, pois também são situações potencias
que causam acidentes misteriosos.
Atenção visual e interna

Atenção visual só pode ser focalizada por pouco tempo sobre uma pequena
área, de cada vez. Mas nossa visão periférica permite vigiarmos uma área bem
grande.

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Essa visão periférica é uma espécie de dispositivo que a natureza nos dotou
para vermos a direção em que devemos tomar.

Atenção interna por vezes está focalizada não no mundo externo, mais no
nosso interior, no mundo de nossa mente. Nossos olhos estão abertos e
estamos olhando o caminho à frente, porém nossa mente esta visualizando
outros ambientes.

Efeitos de drogas

O uso de certos medicamentos ou drogas, indiscriminadamente, constitui sério


problema para o motorista, já que certas substâncias produzem efeitos
perigosos que incapacitam o individuo na sua tarefa de dirigir, sendo
responsáveis por inúmeros acidentes. É necessário que o motorista tenha
conhecimento disso, e o médico que receita essas substâncias esteja ciente da
profissão de seu cliente.

Beber e dirigir

O condutor, para praticar a direção defensiva, necessita ter todos os sentidos e


reflexos prontos para qualquer decisão ou reação. Muitas pessoas bebem e
dirigem logo depois."Se beber, não dirija" é a melhor regra. Segundo o CTB, a
concentração de 6 dg/l de álcool no sangue comprova que o condutor se acha
impedido de dirigir um veículo.

A sociedade é demasiadamente tolerante quanto à bebida. "Hospitalidade,


drinques e guiar em seguida são uma constante”. Cerca de 5% dos acidentes
fatais envolvem pessoas ignorantes dos fatores fisiológicos relativos ao álcool.

Ação, absorção e eliminação do álcool

O álcool ingerido é absorvido pelo sangue e levado ao cérebro, afetando suas


funções: prejudica o julgamento, dá uma falsa autoconfiança, reduz a visão e
audição, dificulta a concentração, a fala e o equilíbrio, ou seja, você fica alto.
Esta reação ocorre no fígado, pela sua transformação em aldeído acético, em
ácido acético e finalmente em água e dióxido de carbono. Ocorre em velocidade
constante e não pode ser apressada por exercício físico, café ou banho frio, que
apenas fazem de um bêbado sonolento um bêbado desperto.

COMO EVITAR OUTROS TIPOS DE COLISÕES

Os acidentes entre dois veículos e os misteriosos, em conjunto, são


responsáveis por grande maioria do número de vítimas do trânsito. As seguintes

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colisões, porém, apresentam também surpreendente número de mortes e
feridos graves.

Colisão com pedestre

O pedestre sempre perde. Para evitar tragédias, cuidado com os idosos,


crianças e bêbados. Pesquisa revelou que para 333 acidentes fatais com
pedestre, 45% destes estavam embriagados.

Melhor regra: esqueça seu direito de passagem e deixe-o passar sem


atropelar.

Colisão com objetos fixos

Colisões com paredes, pilares ou carros parados resultam em geral da falha de


julgamento e erro no cálculo dos golpes laterais, dianteiras, traseiras e as acima
do seu carro. São mais prováveis quando você está cansado ou sob efeito de
drogas ou bebidas alcoólicas.

Colisão com outros objetos

a) Colisão com trens.


b) Colisão com bicicleta.
c) Colisão com animais.
d) Colisão com motocicleta.

Marcha-à-ré

Acidentes em marcha-à-ré são evitáveis. Sendo manobra arriscada, deve ser


evitada, se possível.

O motorista defensivo nunca dobra uma esquina em ré, faz a volta na quadra.
Não sai em ré de estrada para carros ou vielas - prefira entrar de ré e sair de
frente, pois a entrada de ré na corrente de tráfego é mais problemática do que a
de frente.

As regras para a marcha-à-ré são as seguintes:

a) Procure obter uma imagem completa da situação ainda que seja necessário
sair do veículo para melhor verificação.
b) Execute essa manobra devagar.
c) Verifique ambos os lados, quando estiver realizando a marcha-à-ré.
d) Não confie, inteiramente, nos retrovisores - eles não nos dão idéia precisa de
distância.

SINALIZAÇÃO DE TRÂNSITO

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A sinalização é a linguagem do trânsito. Ela informa as regras de trânsito na via
através de formas, cores e símbolos, permitindo ao condutor adotar a conduta
mais segura.

Vertical

São as placas que estão na posição vertical. Classificam-se em:

Regulamentação - Limitações, proibições que governam o uso das vias, cuja


violação constitui uma infração.

Advertência - Indica aos condutores perigos que não lhe sejam perceptíveis.

Indicação - Identifica direções, logradouros e pontos de interesse.

Horizontal

São as marcações viárias. As principais são as marcas longitudinais (sinais no


solo).

Sinais sonoros

Um silvo breve - Atenção, siga!.


Dois silvos breves – Pare!
Três silvos breves - Acenda a lanterna !
Um silvo longo - Diminua a marcha!
Um silvo longo e um breve - Trânsito impedido em todas as direções.
Três silvos longo - Motoristas a postos.

Outros tipos de sinalização

- Gestos do agente de trânsito e condutor.


- Dispositivos de sinalização auxiliar.
- Luminosos.

Referências Bibliográficas:

-Shell Responde Publicação Número 22.


-Código de Trânsito Brasileiro
-Habilitação Para Dirigir – Manual do Candidato

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