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PROF.

MARCELO ROSENTHAL
LÍNGUA PORTUGUESA – Figuras e Funções de Linguagem

ESTILÍSTICA

1. FIGURAS DE SOM

Aliteração - Indica a repetição de fonemas (consoantes) idênticos ou semelhantes no início de palavras de uma frase ou
de versos de uma poesia.

Ex. "O rato roeu a roupa do rei de Roma."

Onomatopéia - figura que procura representar graficamente sons.

Ex: Zum-zum, trim, atchhhim...

2. FIGURAS DE CONSTRUÇÃO OU SINTAXE

Anacoluto - Consiste no aparecimento de um termo no início de um período que não terá ligação sintática com o restante
dos termos posteriores.

"Eles, o seu único desejo é exterminar-nos." (Garret)


"O Presidente, estes cidadãos não quiseram ouvir-nos."
“É pau...É pedra...É o fim do caminho...É um pedaço de toco...” (Tom Jobim)

Anáfora - Consiste na repetição de uma ou mais palavras no início de diferentes versos ou frases.

"Depois eu dou. Depois eu deixo. Depois eu levo. Depois eu conto." (F. Sabino)
Não sei, não vi, não quero saber.
Alguém falou, alguém gritou, alguém brigou.

Anástrofe ou inversão - Consiste na inversão da ordem direta da frase.

Ao Flu o Fla vencerá. (a ordem natural seria O Fla vencerá o Flu.)


Sabe mortos enterrar? (J.C. Melo Neto) (Sabe enterrar mortos?)

Obs. É um tipo de inversão mais brando que o HIPÉRBATO.

4- Assíndeto - Consiste na construção de seqüência de orações coordenadas aditivas; não apresentando, contudo,
conjunção.

“Vim, vi, venci.” (Julio César)


Ele lava, passa, prepara a comida, massageia os pés do marido...

5- Elipse - Consiste na omissão de um termo facilmente subentendido.

“Na terra, tanta guerra, tanto engano.” (Camões)


Na terra há tanta guerra, há tanto engano.
“Uma de suas funções, como membro da presidência da Câmara, era a de zelar pelos móveis e demais pertences.”
(Fernando Sabino) - ... era a (função) de zelar...

6- Hipálage - Consiste em atribuir a um ser ou coisa uma qualidade ou ação que logicamente pertence a outro ser que
também está expresso na mesma frase.

"O vôo negro dos urubus fazia... (G. Ramos) (Negro, na verdade, é qualificativo para "urubus").
O movimento pesado dos elefantes... (o movimento não é pesado, e sim os elefantes.)

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7- Hipérbato - Indica inversão de termos dentro de orações ou versos. Esta inversão é mais significativa do que na
anástrofe.

"Ouviram do Ipiranga as margens plácidas de um povo heróico brado retumbante..."


- As margens plácidas do Ipiranga ouviram o brado retumbante de um povo heróico.

"É esta de teu querido pai a mesma barba a mesma boca e testa. (T. A. Gonzaga)
- É esta a mesma barba, a mesma boca e testa de teu querido pai.

8- Pleonasmo ou Redundância - Emprego de palavras ou expressões de significado equivalente, com a finalidade de


reforçar uma idéia.

Vi com meus próprios olhos a terrível cena.


Perdoe-me pelo amor divino de Deus.

9- Polissíndeto - Consiste na repetição intencional de conjunções, ligando palavras ou orações de período.

Ele fala, e reclama, e bebe, e xinga...


Maria não lava, nem passa, nem trabalha, nem faz a comida.

10- Silepse - Também conhecida como concordância ideológica, esta figura ocorre quando a concordância se faz não
com a palavra expressa na frase, mas com a idéia que esta palavra sugere.

a) de gênero
Vossa Majestade é muito bondoso.
Sua Santidade estava abatido.

b) de número
Coisa curiosa é aquela gente. Divertem-se com tão pouco.
A banda Flor chegou ao sucesso depois de cinco anos. Já gravaram oito discos.

c) de pessoa
Os brasileiros somos muito desconfiados.

11- Zeugma - É a omissão de uma palavra já expressa anteriormente na oração. Trata-se de um caso especial de elipse.

Na França há tanta riqueza, no Brasil tanta pobreza. (...no Brasil há tanta pobreza.)
Eu fiz os salgados, Maria os doces. (...Maria fez os doces.)

12- Repetição ou reduplicação - Consiste na repetição proposital de palavras ou expressões, tanto na poesia quanto na
prosa.

“Cantei, Cantei, Cantei,


Como é cruel cantar assim...” (Chico Buarque)

3- FIGURAS DE PENSAMENTO

Antítese - Consiste na colocação, lado a lado, de termos opostos, mas que não causam idéias sem nexo.

"Cabelos longos, idéias curtas."


Uma exposição clara para uma idéia tão complicada.

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Eufemismo - Indica a atenuação ou suavização de idéias consideradas desagradáveis, cruéis ou ofensivas.


Ele entregou a alma a Deus. (Em vez de: Ele morreu.)
Ela sofre de doença ruim. (Em vez de: câncer)

Hipérbole - Consiste no exagero proposital das coisas.

Ele morreu de medo quando me viu.


Nós chegamos aqui há um século.

Ironia - Consiste em expressar o contrário do que se pensa, mas dando a entender o real pensamento. Normalmente, a
ironia adquire traços humorísticos.

Aqueles amorosos bandidos mataram a família inteira.


Os confiáveis deputados precisam receber o “mensalão”, pois seus salários são muitos baixos.

Paradoxo ou oxímoro - Trata-se de uma figura que relaciona duas palavras antônimas dando conceitos contraditórios.
“Aparentemente” a frase fica sem sentido.

Amor é fogo que não se vê


É ferida que dói e não se sente
É um contentamento descontente
É dor que desatina sem doer. (Camões)
Sinto-me solitário nesta multidão...

Prosopopéia, Personificação ou Animismo


Consiste em atribuir vida ou qualidades humanas a seres inanimados, irracionais, mortes ou abstratos.

“As rosas não falam...” (Cartola)


Uma talhada de melancia com seus alegres caroços. (C. Lispector)

4- FIGURAS DE PALAVRAS

Antonomásia – Indica a substituição de nome próprio por nome comum ou por expressão ligada ao termo substituído.

Rei do Futebol (em lugar de Pelé)


Cidade Maravilhosa (em vez de Rio de Janeiro)

Catacrese - É uma figura que consiste no uso impróprio de vocábulo por falta de outro mais específico para a designação
de um ser ou de uma ação.

O pé do vaso está quebrado. (Pé - parte que serve para sustentar o corpo humano).
Embarcou naquele avião gigantesco. (Embarcar significa entrar num navio).

Comparação ou símile - Como o próprio nome indica, formaliza-se uma idéia de comparação. Contudo, é fundamental
ressaltar que há a necessidade de um conectivo explicitando a comparação.

“Beijou sua mulher como se fosse a única.” (Chico Buarque)


Ele agiu feito os santos.

Metáfora - Atribuição a uma pessoa ou coisa uma qualidade que não lhe cabe logicamente. Essa transferência de
significado de um termo para outro baseia-se na semelhança de características que o emissor da mensagem encontra
entre os dois termos comparados. É uma comparação de ordem subjetiva, sem o conectivo que indica esta comparação.

Maria é uma flor.


Vê-se que Carlos é uma fera enjaulada.
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Metonímia - É a substituição de sentido de um termo por outro que com ele apresenta relação lógica e constante.

a) autor - obra
Ele nunca leu Machado de Assis. (Os livros de Machado de Assis)

b) conteúdo - continente
Comi dois pratos. (Não se comem os pratos. Come-se o conteúdo dos pratos.)

c) inventor - invento
Graham Bell permitiu que a humanidade se comunicasse melhor. (Na realidade, “o invento de Graham Bell, o telefone)

d) símbolo - coisa simbolizada


Nunca abandones a cruz. (cruz - símbolo da religião)

e) instrumento - pessoa que o utiliza


Ele é um grande raquete. (Ele é um grande jogador de tênis).

OBS. Existe um tipo especial de metonímia chamado sinédoque, que se baseia em outras relações.
a) parte - todo
Os seus olhos espertos indicavam a porta de entrada.

b) matéria - objeto
O cristal tinia sobre a mesa de jantar.

c) marca do produto substitui o produto.


O Ford quase nos atropelou.

Sinestesia - Consiste na fusão de sensações percebidas por diferentes órgãos do sentido.

Comia o sabor (gosto) vermelho (visão) da fruta.


Claro (visão) perfume (olfato) vagava pelo ar.

EXERCÍCIOS

1) (PUC-SP) - “O pavão é um arco-íris de plumas.”


e “... de tudo que ele suscita e esplende e estremece e delira...” enquanto procedimento estilístico, temos
respectivamente:

a) metáfora e polissíndeto;
b) comparação e repetição;
c) metonímia e aliteração;
d) hipérbole e anacoluto;
e) anáfora e metáfora.

2) (FUVEST-SP) – Identifique a figura de linguagem presente no verso em destaque.


“Quando a indesejada das gentes chegar
(Não sei se dura ou coroável),
Talvez eu tenha medo.
Talvez eu sorria e diga:
- Alô, iniludível.”

a) clímax;
b) eufemismo;

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c) sínquise;
d) catacrese;
e) pleonasmo.

3) (UM-SP) – Aponte a figura: “Naquela terrível luta, muitos adormeceram para sempre.”.

a) antítese;
b) eufemismo;
c) anacoluto;
d) prosopopéia;
e) pleonasmo.

4) (FMU-SP) – Em “Dizem que os cariocas somos pouco dados aos jardins públicos.”, há:

a) pleonasmo;
b) hipérbato de pessoa;
c) silepse de gênero;
d) silepse de pessoa;
e) silepse de número.

5) Qual é a figura de linguagem presente no seguinte fragmento “Uma pessoa de cabeça desarrumada é assim: defende
a pena de morte e o ensino gratuito nas universidades públicas. É a favor do aborto e se diz católico. Votou Lula em 2002
e José Serra em 2004. È contra as cotas nas universidades e milita numa Ong de defesa da Mata Atlântica.” ?

a) antítese;
b) metáfora;
c) paradoxo;
d) metonímia;
e) hipérbole.

6) TRE – NCE – “Que paz? Não foram esses mesmos adoráveis senhores que decapitaram ou mandaram decapitar
seus próprios companheiros de comunidade durante as recentes rebeliões?” - "Não foram esses mesmos adoráveis
senhores...”; neste segmento ocorre um exemplo de uma figura denominada:

a) metáfora;
b) metonímia;
c) ironia;
d) eufemismo;
e) hipérbole.

7) INPI – NCE - Embarcar, na sua origem, era empregado com referência a barco, mas no texto aparece com
referência a avião; o item abaixo em que a palavra sublinhada também mostra desvio do sentido original é:

a) O avião vai decolar com o porco a bordo;


b) O porco chegou a enterrar as patas na comida;
c) Os passageiros “humanos” estranharam o fato;
d) A poltrona ficou estragada por causa do peso do porco;
e) A investigação do incidente vai demorar.

8) IBGE – NCE - Em “Vossa Senhoria parece preocupado com o furto da máquina de escrever” há uma figura
conhecida por:

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a) metáfora;
b) silepse de gênero;
c) silepse de número;
d) silepse de pessoa;
e) catacrese.

A expressão surgiu em Minas Gerais, nos tempos do Brasil colonial e designa o sujeito sonso, fingido. Naquela época,
auge da mineração, eram elevadíssimos os impostos cobrados pelo rei de Portugal, nosso avozinho, tão bonzinho...

9 - CFC – NCE - “nosso avozinho, tão bonzinho”; no contexto em que aparecem, esses segmentos são exemplo de:

a) metáfora;
b) ironia;
c) hipérbole;
d) eufemismo;
e) comparação.

10) TJ-NCE - “Como pode ver na entrevista, ganhar dinheiro no Brasil é sopa.”. Nesta frase aparece uma figura
sintática e uma figura de palavra. Assinale a alternativa que identifique essas figuras:

a) hipérbato e metáfora;
b) silepse e metonímia;
c) elipse e metonínia;
d) elipse e metáfora;
e) anacoluto e catacrese.

11 (OFICIAL DE JUSTIÇÃ AVALIADOR – TJ - NCE - “E acoplado a ele vem a web, com sua cacofonia de
informações, excessivas e desencontradas...”; cacofonia (neste segmento usado figuradamente) é “qualquer efeito
desagradável ao ouvido em uma seqüência de palavras” (Michaelis – Moderno dicionário da língua portuguesa, SP,
Melhoramentos, 1998). O item abaixo que pode ser exemplo de cacofonia é:

a) A liberdade, como a concebo, não se confunde com o consumismo.


b) Uma das liberdades modernas é a de ir e vir.
c) A natureza humana se preocupa quando aparece algum perigo.
d) Quando não se pode desfrutar o luxo, começa-se a desdenhar dele.
e) A liberdade foi corrompida pela sociedade de consumo.

No ato de comunicação percebemos a existência de alguns elementos, são eles:

a) emissor: é aquele que envia a mensagem (pode ser uma única pessoa ou um grupo de pessoas).
b) receptor: é aquele a quem a mensagem é endereçada (um indivíduo ou um grupo), também conhecido como
destinatário.
c) canal de comunicação: é o meio pelo qual a mensagem é transmitida.
d) código: é o conjunto de signos e de regras de combinação desses signos utilizado para elaborar a mensagem: o
emissor codifica aquilo que o receptor irá descodificar.
e) contexto: é o objeto ou a situação a que a mensagem se refere.

Partindo desses seis elementos Roman Jakobson, lingüista russo, elaborou estudos acerca das funções da
linguagem, os quais são muito úteis para a análise e produção de textos. As seis funções são:

1. Função Referencial ou denotativa: também chamada de denotativa ou informativa, é quando o objetivo é passar
uma informação objetivas e impessoal no texto. É valorizado o objeto ou a situação de que se trata a mensagem sem
manifestações pessoais ou persuasivas.

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Ex. “ antes de começar o conserto de rachaduras da casa, certifique-se de possuir material adequados”.

2. Função expressiva ou emotiva: também chamada de emotiva, passa para o texto marcas de atitudes pessoais
como emoções, opiniões, avaliações. Na função expressiva, o emissor ou destinador é o produtor da mensagem. O
produtor mostra que está presente no texto mostrando aos olhos de todos seus pensamentos.
Ex. “ eu odeio tomar refrigerante quente”.

3. Função conativa ou apelativa: é quando a mensagem do texto busca seduzir, envolver o leitor levando-o a adotar
um determinado comportamento. Na função conativa a presença do receptor está marcada sempre por pronomes de
tratamento ou da segunda pessoa e pelo uso do imperativo e do vocativo.
Ex. “e vamos à previsão de mortos e feridos para essa semana”.

4. Função fática: é o canal por onde a mensagem caminha de quem a escreve para quem a recebe. Também designa
algumas formas que se usa para chamar atenção. Ex. “AUGHH!!! O que você estava fazendo?

5. Função metalingüística: é quando a linguagem fala de si própria. Predominam em análises literárias, interpretações
e críticas diversas.
Ex.”o que você quer dizer com isso?”.

6. Função poética: é usada para despertar a surpresa e prazer estético. É elaborada de forma imprevista e inovadora.
Ex.
“Não se perde um segundo
Segundo eu, a vida vem em primeiro
O tempo em segundo
E como só tem um mundo
É bom ir fundo
Senão você não chega nem em terceiro.”

Correlacione

1) Função Referencial
2) Função expressiva
3) Função conativa
4) Função fática
5) Função metalinguística
6) Função póética

( ) Fique antenado com seu tempo...

( ) - o aluno levou bomba.


- o que é levar bomba?
- levar bomba é ser reprovado.

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( ) João virá, né?

( ) Usina de Belo Monte tem atraso na licitação.

( ) “Berro pelo aterro, pelo desterro


Berro por seu berro, pelo seu erro”

( ) A dor tomou conta de todos quando Paulo Rossi fez o terceiro gol da Itália.

O princípio de que o Estado necessita de instrumentos para agir com rapidez em situações de emergência está
inscrito no arcabouço jurídico brasileiro desde a primeira Constituição, de 1824, dois anos após a Independência,
ainda no Império. A figura do decreto-lei, sempre à disposição do Poder Executivo, ficou marcada no regime militar,
quando a caneta dos generais foi acionada a torto e a direito, ao largo do Congresso, cujos poderes eram sufocados
pela ditadura. Com a redemocratização, sacramentada pela Constituição de 1988, sepultou-se o decreto-lei, mas não
o seu espírito, reencarnado
na medida provisória. Não se discute a importância de o Poder Executivo contar com dispositivos legais que permitam
ao governo baixar normas, sem o crivo imediato do Congresso, que preencham os requisitos da “relevância e
urgência”. O problema está na dosagem, que, se exagerada, como ocorre atualmente, sufoca o Poder Legislativo.
O Globo, 19/3/2008 ( com adaptações)

1) TJ-RJ-CESPE - A função da linguagem predominante no texto é

A) metalingüística.
B) poética.
C) expressiva.
D) apelativa.
E) referencial.

2- NCE - “Ó Mestre, fazei com que eu procure mais consolar que ser consolado, compreender que ser compreendido,
amar que ser amado...”; este trecho da Canção de São Francisco tem como função de linguagem predominante a:

(A) emotiva;
(B) metalingüística;
(C) fática;
(D) conativa;
(E) referencial.

1 Frente à tradição hindu que há 2.500 anos divide a sociedade indiana em mais de 2.000 castas, os 60 anos
dos ideais liberais de Gandhi e os 10 anos da legalização do casamento entre castas revelam-se impotentes para
transformar a organização hierárquica da sociedade. Em confronto direto com o costume milenar, o governo da Índia
oferece uma recompensa de R$ 2.400 para homens e mulheres de diferentes grupos sociais que formalizem sua
união.
7 O dinheiro equivale ao dobro da renda per capita anual do país. O governo justifica que a medida é um passo
para a reacomodação das desigualdades. Para grande parte da sociedade, é um passo no escuro.
10 O governo — que já enfrenta protesto contra cotas em universidades — vê-se, agora, diante de um desafio
maior. O esquema está sob ataque de todos os lados. Os conservadores alegam que a medida é gatilho para o caos
social. Os liberais sustentam que poucos vão receber a oferta porque o dinheiro vai desaparecer no bolso de
autoridades corruptas.
16 Indianos de castas mais baixas dizem que rejeitariam a recompensa, pois perderiam o acesso preferencial às
universidades, garantido pelas já controversas cotas. Hoje, o governo oferece 22,5% das vagas aos intocáveis, os
últimos na hierarquia hindu, mas pretende aumentá-las para 50%.
20 “Sei que esta não é a única maneira de pôr um fim à discriminação, mas é preciso começar de algum lugar”,
defende a ministra da Justiça Social. Para a socióloga Radhika

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Chopra, a oferta é uma forma de sinalizar que esses casamentos não devem ser condenados. “Com a medida, o
governo apóia os indivíduos que transgrediram barreiras
sociais e mostra que podem funcionar como exemplos”, acrescenta a socióloga.
Jornal do Brasil, 17/12/2006 (com adaptações).
_________
3) IRBr - No que se refere a funções da linguagem, predomina, no texto, a função

a) - fática, visto que o autor do texto busca, de forma sutil, convencer os leitores dos benefícios do projeto que visa
incentivar o casamento entre pessoas pertencentes a castas diferentes.
b) - referencial, dado que a ênfase recai nas informações a respeito de determinado assunto.
c) - emotiva, dado que são as falas das autoridades entrevistadas que direcionam a forma como as informações são
apresentadas.
d) - conativa, visto que as opiniões expressas estão devidamente referenciadas, não havendo, portanto, perda de
objetividade na transmissão das informações.
e) metalingüística, haja vista o foco em aspectos intertextuais, como demonstram as diversas vozes que
acompanham a informação divulgada.

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