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13/02/2018 Divina Comédia – Wikipédia, a enciclopédia livre

Divina Comédia
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A Divina Comédia [1] (em italiano: Divina Commedia,
originalmente Comedìa e, mais tarde, denominada Divina Divina Comédìa
Comédia por Giovanni Boccaccio)[2] é um poema de viés
épico e teológico da literatura italiana e da mundial, escrito Divina Comédia (PT)
por Dante Alighieri no século XIV e dividido em três partes: A Divina Comédia (BR)
o Inferno, o Purgatório e o Paraíso.

Índice
Contexto e sentido
Estrutura
Sinopse
Inferno
Purgatório
Paraíso
Referências
Agnolo Bronzino (1530): Dante olha em direção ao
Bibliografia Purgatório.
Ligações externas Autor(es) Dante Alighieri
Idioma Italiano
País República Florentina
Contexto e sentido
Género épico e teológico
Escrito originalmente em dialeto toscano, dialeto popular
Lançamento 1304 - 1321
semelhante ao italiano atual, e não em latim como fazia-se
comum à época, trata-se de um poema articulado por trilogias, entre elas as formadas por Razão - Humano - Fé, Onça
- Leão - Loba, Pai - - Espírito Santo; e com final feliz segundo sugerido pelo próprio nome: à época em que Dante
escreveu o poema os textos eram separados entre Comédia, obras dotadas de finais felizes, e Tragédias, com finais
contrastantes aos das Comédias[1].

Não há registo da data exata em que foi escrita, mas as opiniões mais reconhecidas asseguram que o Inferno pode ter
sido composto entre 1304 e 1307-1308, o Purgatório de 1307-1308 a 1313-1314 e, por último, o Paraíso, de 1313-1314 a
1321 (esta última data coincide com a morte de Dante[3]).

O poema - talvez o maior do Ocidente - descreve uma viagem onde se sucedem diversos acontecimentos.[4] Sua força
está na riqueza das alegorias, que tornam o relato atemporal.

Dante escreveu a "Comédia" - um poema de estrutura épica, com propósitos filosóficos - no seu dialeto local, o
florentino, que é uma variedade do toscano. O poeta demonstrou que o florentino (muito próximo do que hoje é
conhecido como língua italiana), uma língua vulgar (em oposição ao latim, que se considerava como a língua
apropriada para discursos mais sérios), era adequado para o mais elevado tipo de expressão, estabelecendo-o como
italiano padrão. De fato, é a matriz do italiano atual.

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Há quem veja esta obra como a Suma Teológica, de São Tomás de Aquino, em verso[5].

Grandes pintores de diferentes épocas criaram ilustrações para a Divina Comédia, destacando-se Botticelli, Gustave
Doré e Dalí[1].[6]

A Divina Comédia é a fonte original mais acessível para a cosmovisão medieval, que dividia o Universo em círculos
concêntricos. A obra moderna mais conhecida a respeito dessa cosmovisão é The Discarded Image, de C. S. Lewis,
ilustrada por Gustave Doré.

Explicações sobre o sentido do simbolismo na obra são complexas e muito debatidas, como é o caso de se saber
exatamente o significado da amada Beatriz: seria ela apenas um amor carnal, o estado, a igreja, o amor metafísico ou
outro? O próprio Dante confirma esta compelxidade afirmando que a obra possui quatro sentidos sobrepostos: literal,
moral, alegórico e místico.[7]

Estrutura
Cada uma das três partes do poema (Inferno, Purgatório e Paraíso) está dividida em 33 cantos, com mais um a título
de introdução, a obra soma 100 cantos, número que significaria a perfeição da perfeição. Além do próprio Dante, três
são os personagens principais: Virgílio, guia no inferno e purgatório, Beatriz guia no paraíso terrestre e São Bernardo,
guia nas esferas celestes. A obra soma também 14.233 versão em, a partir de então chamada, "tercetos dantescos".[8]

Sinopse
A Divina Comédia propõe que a Terra está no meio de uma sucessão de círculos
concêntricos que formam a Esfera armilar e o meridiano onde é Jerusalém hoje, seria o
lugar atingido por Lúcifer ao cair das esferas mais superiores e que fez da Terra Santa o
Portal do Inferno. Portanto o Inferno, responderia pela depressão do Mar Morto, onde
todas as águas convergem, e o Paraíso e o Purgatório seriam os segmentos dos círculos
concêntricos que juntos respondem pela mecânica celeste e os cenários comentados
por Dante, num poema envolvendo todos os personagens bíblicos do Antigo ao Novo
A exploração de Dante
Testamento, que são costumeiramente encontrados nas entranhas do Inferno sendo
do mundo espiritual
que os personagens principais da Divina Comédia são o próprio autor, Dante Alighieri, Afresco de Michelino
que realiza uma jornada espiritual pelos três reinos do além-túmulo, e seu guia e
mentor nessa empreitada, Virgílio - o próprio autor da Eneida.

Inferno
Dante e Virgílio chegam ao vestíbulo do Inferno (que tem nove círculos). Entre o
vestíbulo e o 1 °Círculo, está o rio Aqueronte, no qual se encontra Caronte, o barqueiro
que faz a travessia das almas. Porém Dante é muito pesado para fazer a travessia no
barco de Caronte, pelo fato de ser vivo. Porém, Virgílio adverte o mitológico barqueiro
de que a travessia do rio através de seu barco é mister devido a uma ordem celeste. É
através deste barco que Virgílio e Dante atravessam o rio.

O limbo é o local onde as almas que não puderam escolher a Cristo, mas escolheram a
virtude, vivem a vida que imaginaram ter após a morte. Não têm a esperança de ir ao
céu pois não tiveram fé em Cristo. Aqui também ficam os não batizados e aqueles que
Dante e Virgílio no nasceram antes de Cristo, como Virgílio. Na mitologia clássica, o Limbo não fica no
Inferno, por Bouguereau,
inferno, mas suspenso entre o céu e o mundo dos mortos. Na poesia de Dante não se
no Museu de Orsay
tem uma noção precisa de como se chega lá, pois o poeta desmaia no ante-inferno e
quando acorda já está no Limbo, o primeiro círculo infernal.

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No Limbo, Dante encontra Homero (século IX a.C. ou século VIII a.C.) a quem tradicionalmente se atribui a autoria
dos poemas épicos Ilíada, que narra a queda de Troia, e Odisseia, que narra o retorno de Ulisses da guerra de Troia e
suas viagens; Ovídio (43 a.C. a 17 d.C.) poeta romano autor de várias obras, entre as quais obras de mitologia como:
Metamorfoses; e Horácio (65 a.C. a 8 d.C.) poeta romano lírico e satírico, autor de várias obras primas da língua
latina, entre as quais Ars Poetica.

No segundo círculo começa o Inferno propriamente dito. Nesse círculo ficam os luxuriosos que sofrem com uma
tempestade de vento. Lá ele encontra Francesca de Rimini e seu amante, que é o seu cunhado.

No terceiro círculo os gulosos são flagelados por uma chuva putrefacta e são vigiados pelo mitológico cão de três
cabeças, Cérbero. No quarto círculo desfilam os avarentos empurrando pesos enormes[9]. No quinto círculo ficam os
iracundos, imersos em lama ardente do Pântano do Estige. Os insolentes soberbos também.

Para atravessar o pântano eles apanham boleia do demônio Etagias, este os deixa na porta da cidade de Dite. Essa
cidade tem muralhas de fogo e está na parte mais funda do Inferno, onde as culpas são muito mais fortes e as punições
também. Os demônios não querem que Dante nem Virgílio entrem, pois Dante não está morto. Então aparecem as três
Fúrias, e com elas aparece a Medusa, que petrifica quem a olhe. Um enviado celeste chega e abre as portas de Dite.

No sexto círculo, Dante e Virgílio recomeçam a viagem por dentro de Dite. Lá eles vêem nos túmulos de fogo os
hereges. Os hereges eram queimados em fogueiras quando estavam vivos. Em rios de fogo estão os assassinos, os
violentos com o próximo e ficam sendo atingidos por flechas dos centauros. Os violentos contra si mesmos são
transformados em árvores. Os esbanjadores são perseguidos e devorados por cadelas ferozes e famintas.

No sétimo círculo ficam os violentos com Deus e contra a natureza. Estão deitados e levam chuva de fogo e os outros
além da chuva de fogo ficam caminhando. Os usurários (agiotas) estão sentados e sofrem a chuva de fogo.

Saindo da cidade encontram um precipício que não conseguem cruzar, existe um monstro alado, que voa
vagarosamente e os leva até o o fundo do precipício e lá eles encontram o oitavo círculo. O oitavo círculo é dividido por
dez fossos que são ligados por pontes. Aqui as torturas só pioram e os pecados também. Nas saídas dos fossos há três
gigantes acorrentados.

No último círculo infernal (nono) não há fogo, e sim frio. Lá ficam os traidores. Os três maiores são Judas, Brutus e
Cássio Longino. Lúcifer está lá e devora os três. Então eles finalmente chegam ao centro da Terra e começam a subir
para a saída. Nesse túnel eles vislumbram quatro estrelas, o Cruzeiro do Sul (isso mostra que o paraíso fica ao sul do
Equador). Para chegar ao Paraíso é necessário antes passar pelo Purgatório.

Purgatório
Segundo Dante, o Purgatório é um espaço intermediário entre o Paraíso e o
Inferno, que se encontra na porção austral, do planeta onde existe uma única
ilha, Dante encontra nesta ilha uma montanha composta por círculos
ascendentes, reservado àqueles que se arrependeram em vida de seus pecados
e estão em processo de expiação dos mesmos. No Purgatório as almas assistem
às punições das outras almas que por pecarem mais "intensamente" foram
para o Inferno.
Purgatório,
No início da subida da montanha estão esperando arrependidos tardios, que por Gustave Doré
têm que aguardar a permissão para passarem pela Porta de São Pedro antes de
iniciarem sua ansiada subida. Cada um dos sete círculos correspondem a um
dos sete pecados capitais, na seguinte ordem: Orgulho, Inveja, Ira, Preguiça, Avareza junto ao Pródigo, Gula e Luxúria.
Os Avarentos e Pródigos estão juntos no mesmo círculo, pois são os dois extremos, onde o avarento supervaloriza o
dinheiro e o Pródigo o desperdiça.

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No fim do Purgatório, Dante se despede de Virgílio, pois este, por ter sido pagão, não pode ter acesso ao Paraíso. Lá
encontra Beatriz, sua amada quando estava na Terra. Esta o leva até o rio Lete. Quando Dante bebe a água do Lete,
esta apaga a sua memória, seus pecados, é como se Dante tivesse renascido. Existe uma lenda que diz que o Paraíso
fica entre o rio Tigre e o Eufrates. Quando Dante vê o rio, ele julga ser o Tigre, no atual Iraque. Finalmente, Dante
chega ao Paraíso.

Paraíso
Existem sete céus móveis, cada céu corresponde a um planeta, sendo o primeiro o
da Lua. Em cada um dos céus Dante é abençoado e depois vai ao encontro de
Deus.

O oitavo céu, ou o primeiro céu fixo, é onde as estrelas têm a configuração que
vemos no "nosso" céu. Depois vão para o segundo céu fixo, ou nono céu, que é o
céu Cristalino ou seja, não tem estrelas, é quase só luz, mas é material. O décimo
Dante e Beatriz, nas
céu é só luz, é o terceiro céu fixo, e é imaterial. No centro desse céu há uma rosa
margens do Letes,
branca, que é Deus rodeado por almas, espíritos bons (eleitos, bem aventurados,
por Cristóbal Rojas, 1889
santos, anjos). É uma rosa poética. No centro da rosa existe um triângulo, a
Santíssima Trindade. São Bernardo acompanha Dante a partir do terceiro céu.
Dante então vê Deus, pois São Bernardo intercede junto à Virgem Maria e esta concede sua visita.

Referências
4. «José Francisco Botelho - "Um Inferno cheio de
1. Dali, A Divina Comédia - Livreto promocional da esperança" » (http://educarparacrescer.abril.com.br/le
Exposição - Academia Mineira de Letras - 18 de julho itura/inferno-cheio-esperanca-634962.shtml) Educar
a 17 de agosto de 2014 para Crescer, 26/07/2011
2. A primeira edição que adicionou o novo título foi a 5. «A Monarquia Tradicional, por Victor Emanuel Vilela
publicação do humanista veneziano Lodovicco Dolce. Barbuy, em Cristianismo, Patriotismo e Nacionalismo,
V. Terpening, Ronnie H., Lodovico Dolce, 16 de Maio de 2010» (http://cristianismopatriotismoen
Renaissance Man of Letters. Toronto, Buffalo, acionalismo.blogspot.pt/2010/05/monarquia-tradicion
London: University of Toronto Press, 1997, p. 166. al.html)
(em inglês). Originalmente publicado em 1555 por
Gabriele Giolito de Ferrari. 6. Charles Allen Dinsmore, The Teachings of Dante,
Ayer Publishing, 1970, p. 38, ISBN 0-8369-5521-8.
3. «The Fordham Monthly» (http://books.google.com/bo
oks?id=-AQTAAAAIAAJ&q=%22the+Summa+in+vers 7. Donato 1981, p. XI.
e%22&dq=%22the+Summa+in+verse%22&cd=10) 8. Donato 1981, p. XVI.
Fordham University, Vol. XL, Dec. 1921, p. 76 9. Inferno canto 7 (http://www.worldofdante.org/comedy/
dante/inferno.xml/1.7)

Bibliografia
Alighieri, Dante (2006). La Divina commedia: testo critico della Società Dantesca Italiana (http://books.google.co
m.br/books?id=JCmyuYuXM-sC&pg=PA763&lpg=PA763&dq=Tu+lascerai+ogne+cosa+diletta+pi%C3%B9+caram
ente;+e+questo+%C3%A8+quello+strale&source=bl&ots=W534UOtfVJ&sig=q7OQKyS3iSr9ulg7s_8B6-cdAZw&hl
=en&sa=X&ei=DZDUUOu_DofG0AGWhoDIAg&sqi=2&ved=0CGoQ6AEwBw#v=onepage&q=Tu%20lascerai%20o
gne%20cosa%20diletta%20pi%C3%B9%20caramente%3B%20e%20questo%20%C3%A8%20quello%20strale&f
=false). Milão: Urico Hoepli. ISBN 978.88.203.02.09-8 Verifique |isbn= (ajuda). Consultado em 22 de dezembro
de 2012
Dante, Alighieri (1981). A Divina Comédia. São Paulo: Ed. Abril
Donato, Hernâni (1981). Prefácio para "A Divina Comédia". pp.VII-XVI. São Paulo: Ed. Abril
Petrocchi, G. (1966–1967). La Commedia secondo l'antica vulgata (em italiano). 4. Milão: Ed. Naz. della Società
Dantesca Italiana

Ligações externas

https://pt.wikipedia.org/wiki/Divina_Com%C3%A9dia 4/5
13/02/2018 Divina Comédia – Wikipédia, a enciclopédia livre

(em português) - Texto completo da tradução feita por José Pedro Xavier Pinheiro para o Português (http://www.d
ominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=2203)
(em português) - Premiado sítio dedicado à Comédia, por Helder L. S. da Rocha (http://www.stelle.com.br)

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