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DISSERTAÇÃO – TIPOS DE ARGUMENTOS

O posicionamento diante de um tema polêmico resulta sempre em


uma tese a ser defendida. É, pois, a função de todo texto
argumentativo: persuadir seu interlocutor de que a tese defendida é
a mais pertinente. A defesa é feita por meio de argumentos e da
relação lógica por eles estabelecida.

Tipos de Argumentos

1. Citações de Autoridade: São argumentos respaldados por


pessoas ou instituições reconhecidos pela sociedade. Os
argumentos de autoridade, em outras palavras, consistem em
citações que corroborem com a tese adotada no texto.

Exemplo:

"Na definição do escritor francês Victor Hugo (1802-1885), ele é


"pão maravilhoso que um deus divide e multiplica". Para James
Joyce (1882-1941), um dos maiores gênios da literatura moderna,
"tudo é certo neste mundo hediondo, exceto ele". Sob a ótica da
"dama do suspense" Agatha Christie (1890-1976), "diferente de
qualquer outra coisa no mundo (...), ele ousa todas as coisas e
extermina sem remorso tudo o que ficar em seu caminho". Na frase
do para-choque de caminhão, ele é simplesmente imortal. Não
importa o momento histórico, tampouco o prestígio literário de quem
o decanta, o amor de mãe é sempre celebrado como o mais
sublime dos sentimentos (...)"

Veja, 19 de maio, 2010.

2. Dados Concretos: São argumentos que buscam representar a


realidade fidedignamente. Eles buscam ilustrar a realidade de modo
irrefutável. Dados estatísticos, pesquisas científicas e ocorrências
históricas documentadas são exemplos de argumentos concretos.
Muitas vezes os Argumentos de Autoridade e Argumentos
Concretos se misturam. Quando isso ocorre, a argumentação torna-
se mais densa ainda.

Exemplo:
"A aplicação de castigo físico a mulheres de 'mau comportamento'
continua a ser vista como um dever e um direito da família. Uma
pesquisa feita em 2008 com 4700 afegãs mostrou que 87% já tinha
sido vítimas de espancamentos ou abusos sexuais e psicológicos –
em 82% dos casos, infligidos por aparentes."

Veja, 19 de maio, 2010.

3. Exemplificação: São argumentos criados a partir de exemplos.


Esses exemplos podem se originar de Citações de Autoridade ou
de Dados concretos. O importante é que tenham validade perante o
assunto, não reproduzindo senso comum e nem invenção.

Exemplo:

"... uma das mais formidáveis conseqüências morais do crescimento


econômico, e talvez, um de seus motores, é justamente a retirada
da carga de culpa dos ombros de quem se empenha em acumular
riqueza. O exemplo mais clássico disso vem da China, que, depois
de sobreviver por milênios no nível mínimo de subsistência, foi
tocada pela palavra de ordem 'enriquecer é glorioso, criada pelo
líder Deng Xiaoping, morto em, 1997."

Veja, 19 de maio, 2010

4. Refutação: São argumentos que se originam dos que sustentam


o ponto de vista oposto. A refutação pode acontecer por meio de
Citações de Autoridade, de Dados Concretos ou de
Exemplificações. O que importa é que ele refute diretamente a
sustentação do ponto de vista alheio, corroborando, assim, com a
tese pela qual o texto argumentativo se desenvolve.

Exemplo:

"'Não há razão alguma para uma pessoa possuir um computador


em sua casa.' Isso foi dito em 1977, por K. Olsen, fundador da
Digital. De fato, os computadores eram apenas máquinas de fazer
contas, pesadas e caras. Mas, com os avanços, passaram também
a guardar palavras. Aparece então a era dos bancos de dados..."

Veja, 19 de maio, 2010


5. Consenso: São argumentos estabelecidos pelo senso comum de
uma determinada cultura. São argumentos que, quando bem
selecionados, podem ser irrefutáveis, pois há algumas afirmações
que se tornam axiomas em determinadas sociedades. Ninguém, por
exemplo, questiona a importância da educação para o
desenvolvimento social.

Exemplo:

“Atualmente, considera-se a educação um dos setores mais


importantes para o desenvolvimento de uma nação. É através da
produção de conhecimentos que um país cresce, aumentando sua
renda e a qualidade de vida das pessoas. Embora o Brasil tenha
avançado neste campo nas últimas décadas, ainda há muito para
ser feito. A escola (Ensino Fundamental e Médio) ou a universidade
tornaram-se locais de grande importância para a ascensão social e
muitas famílias tem investido muito neste setor.”

6. Emoção: São argumentos pautados em dados concretos ou em


exemplificações que mexem com o emocional. Assim como o
consenso, dependem da cultura para terem validade. Argumentos
de cunho emocional não são bem vistos em textos mais sérios, mas
são excelentes recursos persuasivos.

Exemplo:

“Tenho certeza de que um mendigo morto na beira da praia


causaria menos comoção do que uma baleia. Nenhum Greenpeace
defensor de seres humanos se moveria. Nenhuma manchete seria
estampada. Uma ambulância talvez levasse horas para chegar, o
corpo coberto por um jornal, quem sabe uma vela acesa.”

Veja, 11 de abril de 2005

7. Raciocínio Lógico: Não constitui uma espécie propriamente dita


de argumentação. Diz respeito à forma como os argumentos são
relacionados no texto. Escolher argumentos válidos é um passo
importante para elaborar a argumentação, porém, não é suficiente.
É necessário estabelecer relações lógicas entre eles para que não
haja fuga do tema ou tautologias. Alguns exemplos de raciocínio
lógico:
· Prova concreta e Citação de Autoridades: Usa-se muitas vezes um
dado estatístico ou uma citação para comprovar verdades gerais;
mostrar suas causas ou consequências. Ainda se podem utilizar
dados históricos para ilustrar um fato geral ou fazer analogias.

· Exemplificação: Parte-se de uma exemplificação para se extrair


uma conclusão geral, a qual sustente uma asserção.

8. Competência lingüística: Também não está relacionado a uma


espécie propriamente dita de argumento. Refere-se ao registro
lingüístico utilizado para argumentação. Cada situação
argumentativa requer um registro lingüístico diferente, uma seleção
vocabular adequada e um estilo apropriado. A competência
lingüística é o modo de valorizar sua argumentação pelo uso do
português.

Exemplo:

“Não sou biólogo e tenho que puxar pela memória dos tempos de
colegial para recordar a diferença entre uma mitocôndria e uma
espermatogônia. Ainda lembro bastante para qualificar a canetada
de FHC de ‘defecatio máxima’ (este espaço é nobre demais para
que nele se escrevam palavras de baixo calão, como em latim tudo
é elevado...).”

Folha de São Paulo, 01 de outubro de 1995

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