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1 . CONTRIBUIÇÃO
A principal contribuição de Harrod é seu modelo de crescimento econômico (Modelo de
Harrod-Domar). No modelo, a mera reposição do capital não é uma condição suficiente
para o crescimento econômico; é preciso adições líquidas de capital. Introduziu o termo
taxa de crescimento natural, a taxa requerida para a manutenção do pleno emprego. Sua
conclusão, no modelo, é de que a taxa de crescimento natural, determinada pela força de
trabalho, não é necessariamente igual à taxa de crescimento real, determinada pela
poupança. Desta maneira, não há tendência inerente de se atingir o pleno emprego.
2. LINHA DE PENSAMENTO
Harrod é um keynesiano e contribuição decisivamente para o desenvolvimento das teorias
sobre
crescimento econômico.
3. INTRODUÇÃO
O Modelo Harrod de crescimento econômico apresenta uma grande simplicidade e, na
medida em que dá primazia à acumulação de capital e não garante qualquer equilíbrio
automático e necessário da economia através dos mecanismos de mercado, parece se
adequar melhor à explicação do processo de desenvolvimento econômico que outros
modelos mais complexos.
6. O MODELO HARROD-DOMAR
O modelo Harrod-Domar foi o primeiro modelo específico de crescimento a ser elaborado.
Sem dúvida, Ricardo, Marx e Schumpeter já haviam elaborado modelos de
desenvolvimento. E na obra de outros economistas já estavam contidos modelos de
desenvolvimento, mas nunca sob a forma explícita e precisa do modelo Harrod-Domar.
Mais importante que essa prioridade no tempo, porém, este modelo apresenta uma
característica que o torna notável: sua extrema simplicidade.
Está baseado em dois conceitos básicos: do lado da oferta agregada, na relação marginal
produto-capital, ?, ou seja, em quanto aumenta a produção ou a oferta global, quando,
através do investimento, aumenta de uma unidade o estoque de capital; e do lado da
demanda, no propensão marginal a poupar, s, ou seja, em quanto aumenta a poupança,
quando aumenta de uma unidade a renda ou demanda agregada.
Do lado da oferta tem-se a função de produção
Y = ? K (1)
?Y = ? ? K (2)
?Y = ? I (3)
sendo
Y = renda ou produto estoque de capital
K = estoque de capital
?K = I = investimento
? = relação produto-capital média e marginal.
Por outro lado, tem-se a demanda agregada, definida em termos keynesianos, a partir da
função consumo e de uma série de pressupostos simplificadores:
Y = C + I (4)
C = bY (5)
Pode-se, assim, definir a equação geral da demanda agregada (6) e da demanda agregada
incremental (7)
Y = (1/s) I (6)
?Y = (1/s) ? I (7)
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Sendo
C = consumo
b = propensão marginal e média a consumir
s = 1 – b = propensão marginal e média a poupar.
Dada a condição de equilíbrio entre a oferta e a procura agregada, correspondente à
igualdade ex-ante entre investimento e poupança, pode-se equalizar a oferta (2) e demanda
(6)
?I/I = ?s (8)
Por outro lado, isolando-se I em (3) e em (6), tem-se também que:
?Y/Y = ?s (9)
7. O MODELO DE CRESCIMENTO
O modelo de crescimento de Harrod-Domar considera que o desenvolvimento econômico é
um processo gradual e equilibrado. Embora apresente visão excessivamente mecânica, ele
destaca a importância de três variáveis básicas para o crescimento: a taxa de investimento, a
taxa de poupança e a relação produto-capital.
O modelo Harrod-Domar parte do princípio de que o investimento agregado apresenta dois
efeitos na economia:
b. O problema da estabilidade
Os desvios que surgem entre as taxas de crescimento efetiva e garantida podem ser cada vez
maiores, sem que mostrem uma tendência a desaparecer.
d. O papel da tecnologia
9. OBSERVAÇÔES
O modelo de Harrod nos diz (somente) que, em uma situação de pleno emprego, sempre
que a totalidade da poupança disponível seja absorvida o produto real estará crescendo com
uma taxa idêntica à expansão da capacidade produtiva.
Para HARROD: a acumulação de K existe porque as empresas realizam um permanente
esforço para ajustar seus respectivos estoques de capital ao nível da procura.
A taxa garantida (necessária) mantém o sistema estável.
PARADOXO: expansão dos investimentos cria insuficiência de capacidade produtiva e
vice-versa.
10.BIBLIOGRAFIA
Existe pouca chance das taxas serem iguais, em uma economia descentralizada, ou seja, o
crescimento equilibrado será difícil de acontecer.
Se Gn < Gw: os empresários não conseguem alcançar o equilíbrio desejado. Teria recessão.
Crescimento endógeno: os países com PIB maior cresceriam menos do que os com PIB
menor. Chega uma hora m que se equilibram. Convergem, mas apesar dos menores
crescerem mais eles nunca se igualam.
(O crescimento populacional, a tx de I e progresso técnico: fazem um país ser mais rico que
outro).
Estado estacionário: (n+d)k onde o crescimento passa a ser equilibrado. Antes dele tem mais
K empregado por trabalhador. Depois tem de menos, levando a demitir.
Economia Aberta: Imigração de mdo (os sindicatos não vão aceitar baixar os
salários); exportar capital (escassez relativa de mdo). O setor de subsistência pode se tornar
mais produtivo. Os trabalhadores do setor capitalista podem querer imitar o padrão de vida dos
capitalistas.
DERIVAÇÂO: K* = sy – dk
k = k/L