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1. Responsabilidade contratual.
Dispõe, a propósito, o art. 393 do CC: O devedor não responde pelos prejuízos
resultantes de caso fortuito ou força maior, se expressamente não se houver por eles
responsabilizado.
2. Mora.
Sob esse aspecto, considera-se em mora o devedor que não efetuar o pagamento e
o credor que não quiser recebê-lo no tempo, lugar e forma que a lei ou a convenção
estabelecer (CC, art. 394).
Como se observa, a mora tanto pode ser do devedor como do credor. No primeiro
caso, fala-se em mora solvendi; no segundo, em mora accipiendi.
a) CC, art. 395, caput. O devedor responde pelos prejuízos a que sua mora der
causa, mais juros, atualização dos valores monetários segundo índices oficiais
regularmente estabelecidos, e honorários de advogado;
b) CC, art. 395, parágrafo único. Se a prestação, devido à mora, se tornar inútil ao
credor, este poderá enjeitá-la, e exigir a satisfação das perdas e danos (hipótese em que
restará configurado o inadimplemento absoluto);
a) CC, art. 400, 1ª parte. A mora do credor subtrai o devedor isento de dolo à
responsabilidade pela conservação da coisa (logo, a configuração da mora accipiendi
faz com que o devedor não tenha qualquer responsabilidade caso o objeto do negócio
venha a perecer, a menos que tenha agido com dolo);
c) CC, art. 400, 3ª parte. A mora do credor sujeita-o a receber a coisa pela
estimação mais favorável ao devedor, se o seu valor oscilar entre o dia estabelecido para
o pagamento e o da sua efetivação.
Saliente-se, afinal, que seja qual for a espécie de mora, a lei contempla a
possibilidade de que o devedor ou o credor faltoso possam promover sua purgação,
remediando, assim, os efeitos nocivos dela decorrentes. Nesse sentido, estabelece o CC,
em seu art. 401, que purga-se a mora:
3. Cláusula penal.
No que pertine ao limite da cláusula penal, o art. 412 do CC entende que o valor
da cominação imposta não pode exceder o da obrigação principal; caso haja excesso, o
juiz decretará sua redução.