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Pr.

Abner Ferreira

Apóstolo Paulo
A história, epístolas e teologia do
arauto e filósofo do cristianismo

1ª Edição

Rio de Janeiro

Editora Betel

2012

-1-
APÓSTOLO PAULO
APÓSTOLO PAULO
A HISTÓRIA, EPÍSTOLAS E TEOLOGIA
DO ARAUTO E FILÓSOFO DO CRISTIANISMO
Copyright © Editora Betel

Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei dos Direitos
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reproduzida, sob quaisquer meios
(eletrônico, fotográfico e outros).
O conteúdo original da obra é de total e exclusiva
responsabilidade do autor.

Sobre o livro
Categoria: Educação Cristã
1ª Edição - Agosto 2012
Tiragem: 100.000 exemplares
Capa: Gabriel Joaquim
Editoração: Carlos Castelões
Revisão: Luiz Costa e Vania Lopes
Formato: 14 x 21 cm

ISBN: 978-85-85589-97-4

Editora Betel:
Rua Carvalho de Souza, 20 - Madureira - RJ
Site: www.editorabetel.com.br
Telefone: (0xx21) 3575-8900
Impresso no Brasil - Rio de Janeiro
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Sumário
Dedicatória....................................................................................... 5

Introdução ....................................................................................... 7

A escolha de Deus e a escolha dos homens ....................... 9

Saulo, de Tarso ............................................................................ 15

De Saulo a Paulo.......................................................................... 25

Paulo, o Apóstolo e seu evangelho ..................................... 35

Saindo da obscuridade............................................................. 51

Um vaso escolhido . ................................................................... 65

Uma vida de renúncias............................................................. 75

A escatologia de Paulo.............................................................. 93

Os últimos dias de Paulo e seu legado.............................109

Bibliografia .................................................................................123

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APÓSTOLO PAULO

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Dedicatória
Aos meus pais, Bispo Manoel Ferreira e Bispa Ire-
ne Ferreira, por me ensinarem o Evangelho de nosso Se-
nhor Jesus Cristo.

A minha esposa Pastora Marvi Ferreira por seu


amor e dedicação.

A minha família: Pr. Samuel Ferreira, Magner Fer-


reira, Vasti Ferreira e meu irmão primogênito, Wagner
Ferreira.

Aos meus professores, conselheiros e amigos,


Pastor e Teólogo João Kolenda Lemos e sua esposa,
Missionária Ruth Dóris Lemos (in memoriam), que,
com seu fôlego intelectual, influenciaram-me na for-
mação de minha identidade teológica.

A amada igreja em Madureira, coroa do meu mi-


nistério, razões da minha alegria e realizações minis-
teriais.

A Deus, Supremo Ser, razão da minha existência,


garantia da minha felicidade. Em tudo sou dependente
total DELE.

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APÓSTOLO PAULO

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Introdução
LE É SEM dúvida, o reflexo de como Deus é
surpreendente e poderoso para transformar.
De incansável perseguidor do povo de Deus,
ele se tornou um arauto dos mais conhecidos
através da história. Considerado como o maior
nome do Novo Testamento, ele mesmo se declara como:
“o maior de todos os pecadores”. Quem poderia dizer
que na vida daquele assassino em série estava contida
a maior revelação que Deus daria a humanidade? So-
mente Deus pode ver em um assassino uma biblioteca
de Sua grande revelação.
Paulo foi realmente transformado, e de maneira
incansável, dedicou toda sua nova vida em prol do reino
de Deus. Era intrépido, corajoso, e diante das lutas, das
dificuldades e dos perigos que se deparava, sabia reagir
com fé e intensa confiança naquele que o transportou
das trevas para o reino de Sua maravilhosa luz. Ele che-
gou a declarar que o verdadeiro viver era Cristo, e sua
maior preciosidade era cumprir com alegria a carreira
pela qual foi comissionado.
Paulo não somente teve um viver parecido com o
de Cristo, mas disse para que também o imitássemos
(1Co 11.1). Podemos afirmar com muita certeza que
Deus usou sua vida para trazer impacto e transformar
aquela geração em que viveu. Paulo não somente exer-
ceu influencia em seu mundo, mas até o dia de hoje
ainda é um exemplo para todos aqueles que desejam
aproximar-se de Deus. Ele Deixou marcas indeléveis na
humanidade e, assim como seu mestre, sua vida é um
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APÓSTOLO PAULO

espelho, e suas obras como uma raridade para as gera-


ções futuras.
Ele pôde dizer que trazia, em seu corpo, as marcas
de Cristo. Marcas de prisões, de sofrimentos, de perse-
guições, e marcas de glória. Paulo nos prova que é possí-
vel ser diferente e eficaz em um mundo onde o pecado e
a influência do maligno se propagam. Ele jamais temeu
a morte, sempre foi livre, embora estivesse encarcerado.
Ele estava preso, mas a Palavra de Deus, dizia ele, “não
estava algemada”. De homem sangrento e brutal, ele se
tornou a maior personalidade cristã de sua época.
Mas como um homem como Paulo se transformou
no maior líder cristão já conhecido? Só existe uma ex-
plicação para isso. Ele teve um encontro pessoal com Je-
sus, o único capaz de transformar coisas brutas em arte
admirável. Aquele Saulo do caminho de Damasco nun-
ca mais voltou, e nasceu Paulo, uma lenda viva, que até
hoje é tão vivo quanto em sua época. Por que Paulo é o
apóstolo da graça? Porque somente ele e mais ninguém,
sabia o que havia recebido de Deus.
Ele era a resposta viva para aqueles que dela ne-
cessivam. Ele era a carta lida, o perdão de Deus em for-
ma humana. Se Jesus o salvou, então havia solução e
transformação para pessoas de sua estirpe e pensamen-
to. Se Cristo pôde transformar um assassino sanguiná-
rio como Saulo em um Paulo misericordioso e santo, o
que não pode fazer por nós? Que esse livro toque pro-
fundamente sua vida, e faça de você uma pessoa grata e
cheia de misericórdia para com os demais.

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Capítulo 1

A escolha de Deus
e a escolha dos homens
“E apresentaram dois: José, chamado Barsabás, que
tinha por sobrenome o Justo, e Matias. E, orando, dis-
seram: Tu, Senhor, conhecedor dos corações de todos,
mostra qual destes dois tens escolhido, Para que tome
parte neste ministério e apostolado, de que Judas se des-
viou, para ir para o seu próprio lugar. E, lançando-lhes
sortes, caiu a sorte sobre Matias. E por voto comum foi
contado com os onze apóstolos. E, cumprindo-se o dia
de Pentecostes, estavam todos concordemente no mesmo
lugar; E de repente veio do céu um som, como de um ven-
to veemente e impetuoso, e encheu toda a casa em que
estavam assentados” (At 1.23- 26; At 2. 1,2).

MBORA FOSSEM OS sucessores de Jesus e fi-


éis cumpridores de Seu legado, como líderes
não estavam imunes aos erros. Eram doze os
discípulos de Jesus até a morte de Judas. Mas
após a morte do traídor, eles se viram tenta-
dos a recompor o mesmo número e, usando critérios
comuns até então, lançaram sortes e escolheram Matias,
que somente foi visto no dia da escolha a que se tornou
um personagem tão ausente quanto no dia em que foi
indicado.

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APÓSTOLO PAULO

Os discípulos foram muito precipitados para com-


por o grupo, visto que a única instrução que haviam
recebido era a de perseverar, até que o poder do alto
viesse sobre eles (Lc 24.49). Eles até receberam certa
advertência, mas não prestaram muita atenção a seu
conteúdo. Jesus lhes disse:

“Não vos pertence saber os tempos ou as estações


que o Pai estabeleceu pelo seu próprio poder. Mas re-
cebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre
vós; e ser-me-eis testemunhas, tanto em Jerusalém como
em toda a Judéia e Samaria, e até aos confins da terra”
(At 1.7,8).

Jesus está lhes dizendo que com a vinda do Espí-


rito Santo, os tempos seriam outros, e até mesmo suas
maneiras de pensar e viver. Observe que a decisão por
Matias aconteceu antes da descida do Espírito Santo e,
logo depois da vinda do Espírito, a igreja tomou uma
outra diretriz e apresentou uma outra face perante as
pessoas. Esses homens foram impactados e preenchi-
dos por uma verdade tão forte que deram a própria vida
pelo testemunho de Jesus Cristo.
Eles espalham o evangelho por toda sociedade.
Cristo se tornou notório, as sinagogas começam a esva-
ziar, a religião judaica começou a dissolver-se, os líderes
judeus se preocuparam, e entre eles surgiu um vingador,
um homem capaz de tudo para dar fim àquela seita. E a
Bíblia nos diz que:

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A escolha de Deus e a escolha dos homens

“Saulo, respirando ainda ameaças e mortes contra


os discípulos do Senhor, dirigiu-se ao sumo sacerdote.
E pediu-lhe cartas para Damasco, para as sinagogas,
a fim de que, se encontrasse alguns daquela seita, quer
homens quer mulheres, os conduzisse presos a Jerusalém”
(At 9. 1,2).

O retrato de Saulo de Tarso é brutal e sangrento,


ele pende mais para o lado terrorista do que religioso.
Observe esse relato de sua participação na morte de Es-
tevão, o mártir.

“E, expulsando-o da cidade, o apedrejavam. E as tes-


temunhas depuseram as suas capas aos pés de um jovem
chamado Saulo... E também Saulo consentiu na morte
dele. E fez-se naquele dia grande perseguição contra a
igreja que estava em Jerusalém; e todos foram dispersos
pelas terras da Judéia e de Samaria, exceto os apósto-
los” (At 7.58; 8.1).

Quem você escolheria. Matias ou Saulo?

Por unanimidade, certamente escolheríamos


Matias. Não há o que discutir. Afinal quem confiaria
nele a não ser Deus? Quem lhe daria uma oportunidade
a não ser Jesus Cristo? Creio que se Deus nos empres-
tasse seus olhos por alguns momentos, veríamos tantas
coisas erradas que concluiríamos estar muito longe da
verdade pela qual nos destinou.
O olhar humano, infelizmente, é pobre demais
diante de uma perspectiva divina. Deus escolheu o pior,
simplesmente para nos ensinar o que Paulo deixou re-
gistrado em 1 Coríntios 1. 26-29.

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APÓSTOLO PAULO

“Porque a loucura de Deus é mais sábia do que os


homens; e a fraqueza de Deus é mais forte do que os
homens. Porque, vede, irmãos, a vossa vocação, que não
são muitos os sábios segundo a carne, nem muitos os po-
derosos, nem muitos os nobres que são chamados. Mas
Deus escolheu as coisas loucas deste mundo para con-
fundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste
mundo para confundir as fortes; E Deus escolheu as coi-
sas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são,
para aniquilar as que são; Para que nenhuma carne se
glorie perante ele” (1 Co 1.25-29).

Gosto do termo usado por Paulo, com respeito às


escolhas de Deus. “Loucura”. Deus não pensa como nós
pensamos, não age como nós agimos. Ele tem pensa-
mentos altos e muito profundos, o que para nós é pura
loucura. Fico feliz que Deus tenha escolhido Saulo e fei-
to dele um Paulo, a quem amamos, e tanto admiramos
em nossos dias.
Isso prova que Deus transforma o vil pecador em
santo adorador, e, é capaz de transformar e realizar coi-
sas que, aos nossos olhos, são impossíveis e improváveis
de acontecer sob a ótica humana. Mostra-nos também
que eles tiveram boas intenções em compor um grupo,
mas sem saber ao certo o que Deus pretendia, quando
deixou aberta uma lacuna. É difícil ter que admitir isso,
mas Judas era tão bom naquilo que fazia que não po-
deria ser substituído apenas por alguém escolhido pela
sorte.

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A escolha de Deus e a escolha dos homens

Tome outro o seu bispado

“Homens irmãos, convinha que se cumprisse a Escri-


tura que o Espírito Santo predisse pela boca de Davi,
acerca de Judas, que foi o guia daqueles que prenderam
a Jesus... Porque no livro dos Salmos está escrito: Fique
deserta a sua habitação, E não haja quem nela habite,
Tome outro o seu bispado” (At 1.16, 20).

A Escritura nos afirma que já havia anteriormente


uma predição a respeito da vida de Judas, o qual seria
mais tarde substituído.

“Fique deserta a sua habitação, E não haja quem


nela habite, Tome outro o seu bispado” (At 1.20).

Judas era o homem certo, tanto que não havia


pessoa no seu nível, pelo menos Deus não levantou até
esse tempo, porque seus planos eram com alguém ines-
perado, alguém que conhecia tudo do outro lado, um
oponente poderoso, que precisava apenas reconhecer a
Cristo como Senhor, render-se a Ele, e estar disposto a
desprezar sua própria vida e conhecimentos para a ou-
sada tarefa de difundir o cristanismo àqueles que eram
considerados impuros e escória do mundo de então.
Escolhas. Todos nós as fazemos, todos nós erra-
mos e acertamos com elas. O que aprendemos com a
escolha de Paulo? Primeiro, se a necessidade da obra é
do Senhor, não precisamos preencher as lacunas que Ele
mesmo é quem deve preencher. Muitas vezes, no afã de
ajudar, poderemos levantar ditadores para a tarefa de
salvadores. Se Deus não deu ordem, por que a urgência?
Observe que eles primeiro apresentaram as pessoas que

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APÓSTOLO PAULO

selecionaram, e depois consultaram a Deus, quando pri-


meiro e deveriam ter consultado.

“E apresentaram dois: José, chamado Barsabás, que


tinha por sobrenome o Justo, e Matias. E, orando, disse-
ram: Tu, Senhor, conhecedor dos corações de todos, mos-
tra qual destes dois tens escolhido, Para que tome parte
neste ministério e apostolado, de que Judas se desviou,
para ir para o seu próprio lugar” (At 1. 23-25).

Por fim, as escolhas de Deus por mais insanas que


pareçam são sempre maravilhosas para o bem estar
de seu povo. Embora Saulo representasse inicialmente
uma ameaça, Jesus mostrou a todos o povos quem é o
Senhor, e como tem poder para salvar e transformar em
ferramenta, pessoas que para muitos só servem para o
fogo da perdição. Muitas vezes, uma lacuna não significa
desorganização, mas o espaço perfeito para a ferramen-
ta que o próprio Deus revelará a seu tempo.
Quem diria? Esse assassino em série não andou
com Jesus como os demais, e odiava tanto Ele quanto
quem o anunciava. Mas foi ele quem recebeu uma reve-
lação muito maior que aqueles que com Ele andavam.
Que triste não é? Podemos andar com Jesus e não ter
revelações. E foi esse mesmo Paulo que além de instruir
os demais, ainda os exortou.

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