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SENAI – “Serviço Nacional de Aprendizagem

Industrial”
Centro de Formação Profissional
“AFONSO GRECO”

DESENHO TÉCNICO

Praça Expedicionário Assunção, 168 – Bairro Centro


Nova Lima – MG – CEP: 34.000-000
Telefone: (31) 3541-2666
Presidente da FIEMG
Olavo Machado

Gestor do SENAI
Petrônio Machado Zica

Diretor Regional do SENAI e


Superintendente de Conhecimento e Tecnologia
Lúcio Sampaio

Gerente de Educação e Tecnologia


Edmar Fernando de Alcântara
SÚMULA

Apresentação 04
Comandos elétricos / introdução 05
Tipos de alimentação 05
Dimensionamento dos condutores 08
Proteção elétrica 11
Comandos e acionamentos 19
Circuitos clássicos 21
Elaboração de esquemas de comandos 25
Caracterização de componentes 27
Considerações a respeito da composição de esquemas 30
Componentes para entradas de sinais 32
Interruptor 32
Botoeira 33
Chaves de fim de curso de contato 36
Chaves de fim de curso sem contato 38
Sensores e Sentilenas 40
Equipamentos para o processamento de sinais 41
Contator 42
Relés 44
Relés de remanência 50
Relés de impulso de corrente 50
Relés de tempo 51
Relés contadores 54
Componentes para saída de sinais 55
Indicadores visuais 55
Indicadores acústicos 56
Especificações de segurança e proteção 57
Normas VDE 0113 e DIN 57113 61
Côres para indicação de condição de serviço 63
Partida direta 66
Partida direta com reversão 74
Partida compensada 85
Partida Estrela Triângulo com Reversão 95
Partida Seqüencial de Motores 104
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Apresentação

“Muda a forma de trabalhar, agir, sentir, pensar na chamada sociedade do


conhecimento”.
Peter Drucker

O ingresso na sociedade da informação exige mudanças profundas em todos os


perfis profissionais, especialmente naqueles diretamente envolvidos na produção,
coleta, disseminação e uso da informação.

O SENAI, maior rede privada de educação profissional do país,sabe disso , e


,consciente do seu papel formativo , educa o trabalhador sob a égide do conceito
da competência: “formar o profissional com responsabilidade no processo produtivo,
com iniciativa na resolução de problemas, com conhecimentos técnicos aprofundados,
flexibilidade e criatividade, empreendedorismo e consciência da necessidade de
educação continuada.”

Vivemos numa sociedade da informação. O conhecimento , na sua área


tecnológica, amplia-se e se multiplica a cada dia. Uma constante atualização se
faz necessária. Para o SENAI, cuidar do seu acervo bibliográfico, da sua infovia,
da conexão de suas escolas à rede mundial de informações – internet - é tão
importante quanto zelar pela produção de material didático.

Isto porque, nos embates diários,instrutores e alunos , nas diversas oficinas e


laboratórios do SENAI, fazem com que as informações, contidas nos materiais
didáticos, tomem sentido e se concretizem em múltiplos conhecimentos.

O SENAI deseja , por meio dos diversos materiais didáticos, aguçar a sua
curiosidade, responder às suas demandas de informações e construir links entre
os diversos conhecimentos, tão importantes para sua formação continuada !

Gerência de Educação e Tecnologia

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1. Comandos Elétricos
Poder projetar (ou reparar) sistemas de distribuição de energia elétrica dentro de

uma planta industrial é, sem dúvida um grande diferencial de mercado de trabalho.

Quando digo “projetar” significa: dimensionar condutores, desenvolver sistema de

proteção eficazes, dispositivos de comandos e circuitos clássicos de acionamento

de motores.

TIPOS DE ALIMENTAÇÃO

A energia elétrica, para chegar ao consumidor final, passa por três etapas: geração,
transmissão e distribuição. A etapa de transmissão é aquela onde a energia atinge a
maior amplitude. Dependendo de cada região, ela pode variar de 69 kV até 750 kV
(750.000 V). Uma vez que as linhas transmissoras aproximam-se dos centros de
consumo, entretanto, ela é reduzida ("abaixada"). Dentro dos centros consumidores a
etapa transmissora, então, transforma-se em distribuidora que, no Brasil, geralmente é
feita em 13,8 kV.

Essa tensão está disponível nos postes de energia, e ainda é classificada como "alta
tensão". Novamente ela é reduzida antes da entrada do consumidor, e passa a ser de
"baixa tensão". Para as indústrias ela continua trifásica, e sua amplitude pode variar de
208V a 630V. Para as residências convencionais ela é monofásica, normalmente em
220V (fase, neutro, fase).

A figura 1 mostra um diagrama simplificado do esquema de distribuição.

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A figura 2 ilustra o secundário do transformador, tanto para circuitos industriais como


residenciais. Alguns consumidores, por serem muito grandes e de alta demanda,
"coletam" a energia diretamente na linha de alta tensão. Nesse caso, dentro da própria
planta, existe um transformador abaixador. Esse transformador fica dentro de uma
cabine primária, cuja tensão de entrada é 13,8 kV, e a saída de acordo com a
necessidade (380V, por exemplo). Por outro lado, empresas e indústrias de pequeno
porte já se abastecem da energia em baixa tensão, onde a origem é o transformador
externo (poste da rede pública).

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De um modo ou de outro, o fator mais importante a ser observado pelo projetista é


contemplar seu projeto com uma chave seccionadora de entrada. A figura 3 apresenta o
diagrama unifilar mostrando essa técnica, tanto para consumidores de alta quanto de
baixa tensão.

A chave seccionadora tem duas principais funções: proteção e medição. Imaginem que
tenhamos que encontrar um curto-circuito interno e, para isso, necessitemos realizar
uma série de medições a frio (sem tensão). Isso só será possível se tivermos uma chave
seccionadora que poderá desligar (isolar) a planta da sua rede pública. Além disso, caso
haja um problema grave nas instalações (um incêndio, por exemplo) poderemos desligar
a energia através dela.

CUIDADO COM O “ERRO CONCEITUAL”

A chave seccionadora é uma chave de alta potência (grande tensão e corrente de


trabalho), porém, quando aplicada em instalações industriais, geralmente não apresenta
um grande números de manobras como característica. Isso significa que essa chave
somente deve ser atuada em duas condições: proteção ou medição. Não se deve utilizá-
la para desligar a energia de uma indústria no final do expediente, por exemplo. Caso
essa seja uma prática desejada, deveremos desligar cada disjuntor individualmente.

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Além de aumentar-se a vida útil da chave, com essa técnica, evitamos os picos de
corrente no desligamento, que podem ser até perigosos ao operador devido ao arco-
voltaico formado.

DIMENSIONAMENTO DOS CONDUTORES

O tipo de carga que abordaremos neste artigo é a indutiva, mais precisamente os


motores.

A razão disso é óbvia, pois os motores (além de serem os equipamentos em maior


número em uma instalação industrial) são o tipo de carga mais crítica. Sabendo como
trabalhar com eles, todas as demais (resistivas, lâmpadas, etc.) podem ser analisadas
sem tantos pontos críticos.

Outro aspecto importante a ser analisado antes do dimensionamento é a normalização.


Todas as tabelas, fórmulas e dispositivos deste artigo têm como base a norma NBR
5410/97. Essa norma estabelece todos os padrões a serem seguidos em "instalações
elétricas de baixa tensão".

O dimensionamento dos condutores deve contemplar a capacidade de corrente em


função da máxima queda de tensão permitida.

Já a corrente considerada, é a nominal do motor.

Para dimensionarmos o condutor necessitamos saber apenas a sua demanda total de


corrente. Uma vez determinada, basta consultarmos a tabela relativa. As duas fórmulas
básicas para calcular-se a demanda de corrente são:

l= Pmec (redes trifásicas)


n √3 .V Cos
ou
l= Pmec (redes monofásicas)
n . V . Cos

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Onde:
Pmec = potência do motor, convertida em watts
n = rendimento do motor
V = tensão da rede
CosØ = fator de potência do motor.

Com exceção da tensão da rede de alimentação, todos os demais dados são constantes
e devem ser fornecidos pelo fabricante. Normalmente, eles estão disponíveis em
"plaquetas" fixadas no próprio motor.
Alguns motores possuem o que chamamos de "FS" (fator de serviço) maior do que 1. O
fator de serviço é um parâmetro que trata da capacidade de suportar sobrecargas contí-
nuas. Essa característica melhora o desempenho do motor em condições desfavoráveis,
porém, caso ela seja maior do que 1, deve ser considerada nos cálculos de corrente.
It ≥ FS . l
Onde:
It = corrente total
FS = fator de serviço
l - corrente de cálculo pelas fórmulas anteriores.

Quando temos um fator de serviço igual a 1 (FS = 1) significa que o motor não foi
projetado para funcionar continuamente acima de sua potência nominal.

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A seguir temos duas tabelas (1 e 2) sendo a primeira delas para o limite de temperatura
para os isolantes dos cabos, e a segunda para a bitola dos fios segundo a corrente em
condição "B1".

A NBR 5410 classifica as instalações em nove tipos: B1, B2, E,F, G, A1, A2, C e D.
Neste artigo abordaremos apenas o mais comum deles, isto é, o "B1". Caso o leitor
queira conhecer essa classificação aconselhamos a consulta dessa norma (aliás, essa
consulta é interessante ao profissional da eletroeletrônica, independentemente da
natureza da dúvida). Quanto ao nosso caso, B1 significa condutores isolados ou cabos
unipolares em: eletroduto aparente de seção circular sobre parede ou espaçado dela,
eletroduto de seção não circular sobre parede, eletroduto de seção circular embutido em
alvenaria, eletrocalha sobre parede em percurso horizontal ou vertical, canaleta fechada
encaixada no piso ou no solo, eletrocalha ou perfilado suspenso, eletroduto de seção
circular contido em canaleta ventilada no piso ou no solo.
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Como regra prática a queda de tensão na partida do motor não deve ultrapassar 7% da
tensão nominal. Além disso, a NBR 5410 impõe (independente de cálculo) que a seção

mínima para os cabos de alimentação seja igual a 2,5 mm2 (condutores de cobre).

Vejamos um exemplo prático de dimensionamento: dimensionar os cabos de cobre


(PVC/70°C) para alimentar um motor trifásico de 20 CV; 380 V.
Dados:
n = 0,89
CosØ = 0,86
FS= 1,15
1 CV = 736 W
(conversão
l = 20x736 CV para W) = 29,2 A

0,86 x √31 x 380 x 0,89

Como o fator de serviço é igual a 1,15, teremos:


l ≥ 1,15x29,2=33,6A

Consultando a tabela 2, o valor mais próximo a 33,6 A é 36 A, portanto, a bitola será de

6 mm2.

PROTEÇÃO ELÉTRICA

A NBR 5410/97 prescreve que todo circuito deve ser protegido por dispositivos que
interrompam a corrente elétrica em caso de curto-circuito ou sobrecarga.

a) Curto-circuito:

O curto-circuito é uma "ligação" acidental de condutores sob tensão. No sistema trifásico


ele pode ocorrer entre fases, ou entre uma fase e terra (ou neutro).

Em qualquer dessas situações a tensão entre os condutores em "curto" cai a níveis


próximos a zero volts, em compensação a corrente elétrica cresce rapidamente tendendo
ao infinito. Caso não haja proteção, os condutores da instalação sofrerão degradação
(queima).

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b) Sobrecarga:

A sobrecarga difere do curto-circuito pelas amplitudes das grandezas no fenómeno. A


sobrecarga resulta em uma sobrecorrente, que não tende ao infinito, porém, assume
valores acima da corrente nominal da carga. A tensão de alimentação, na sobrecarga,
não cai a zero como no curto-circuito. Ela pode até sofrer uma queda devido a
sobrecorrente, mas raramente diminui mais de 20% da tensão nominal. A sobrecarga
pode ser momentânea ou permanente.

A proteção indicada para o curto-circuito é o fusível. Para o caso de motores eles devem
ser do tipo "g". Esse tipo de fusível possui um retardo, que impede sua queima na partida
do motor.
As formas construtivas mais comuns dos fusíveis aplicados aos motores são as dos tipos
D e NH. O tipo D pode ser utilizado para uso industrial ou residencial, e o tipo NH apenas
industrial. A figura 4 exibe um exemplo de cada um deles.

Os fusíveis tipo "g" são caracterizados por: corrente nominal (corrente de trabalho normal
que deve circular pelo fusível por tempo indeterminado sem que haja interrupção);
tensão máxima de operação; e capacidade de interrupção (máxima corrente pela qual o
fusível pode garantir a interrupção, geralmente, a unidade é o kA - quiloampère).

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Como todo componente elétrico, o comportamento do fusível é expresso através de uma


curva característica (figura 5). Notem que essa curva mostra a interrupção em função do
tempo.

Para dimensionar os fusíveis necessitamos de duas constantes: K. e Ip/ln. A constante K


pode ser obtida através da tabela 3, a seguir, e trata-se do fator que determina a
corrente nominal do fusível.

Tabelas 3
Irb(A) K
Irb < 40 0,5
40 < Irb < 500 0,4
Irb > 500 0,3

O fator Irb é a corrente de rotor bloqueado, determinado segundo a tabela anterior.

A razão Ip / In é a razão entre a corrente de pico e a nominal. No caso de motores,


vamos estabelecê-la em 8,3 (valor mais comum).

A capacidade do fusível será dada por: In = Irb . K

Para concretizar todos esses conceitos, vamos a um exemplo prático de


dimensionamento.

Especificar um fusível NH para proteção contra curto-circuito nas seguintes condições:


In = 30 A
Ip/In =8,3

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Como Ip/ln é igual a 8,3, teremos:


lp= 8,3 x In
(corrente de rotor bloqueado)
Ip = Irb = 8,3 x 30 = 249 A

Consultando a tabela 3, temos que 249 está entre 40 e 500 (40 < Irb < 500), portanto K =
0,4.
In (fusível) = 0,4 x 249 = 99,6 A

O valor imediatamente superior (comercial) a 99,6 A é 100 A. Utiliza-se, então, um NH de


100 A.

Agora que já sabemos como dimensionar os fusíveis para a proteção contra curto-
circuito, vamos analisar as proteções contra sobre-carga.

CUIDADO!!!

Muito cuidado com a substituição de fusíveis, principalmente o tipo D. O fusível D


(diazed) é um fusível comum, e de resposta lenta, feito para a proteção de motores e
outras cargas elétricas. Existe, entretanto, outro tipo de fusível, de aparência mecânica
igual à do diazed. Esse fusível é o silized. Ele é um dispositivo de proteção tipo "rápido",
e serve para proteger circuitos eletrônicos.

Eu já presenciei máquinas que foram literalmente "torradas" porque o pessoal da


manutenção não observou esse detalhe, e trocou um silized por diazed.

Antes da troca, verifique as inscrições do invólucro para reconhecê-los.

A proteção contra sobrecarga utilizada em motores é o relê térmico.

O princípio de funcionamento desse dispositivo está baseado na ação da dilatação


térmica diferencial de uma haste bimetálica.

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A figura 6 mostra o esquema de funcionamento. Uma haste é composta pela união de


dois metais distintos. Como os metais são diferentes, os coeficientes de dilatação
também são. Quando há uma sobrecorrente, a haste aquece, porém, devido aos
diferentes coeficientes de dilatação, um metal dilata mais do que o outro. A haste, então,
sofre uma "curvatura" abrindo os contatos e interrompendo o circuito.

Normalmente os contatos do relé térmico não estão ligados diretamente ao motor, mas
sim à bobina de comando de contato de acionamento.

O relé térmico possui um ajuste para sua atuação (figura 7). Portanto, "dimensionar" o
relê térmico, na realidade, significa determinar seu tipo e seu ponto ideal de ajuste em
função da carga.

A corrente de ajuste é dada pelo produto do fator de serviço do motor pela corrente
nominal.
l ajuste = FS x In

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A tabela 4, abaixo, determina as faixas de ajuste.

Tabela 4 – Relés térmicos e faixas de ajuste.

RELÉ Faixa de Fusível Máximo –


Ajuste (A) D ou NH (A)
0,28 – 0,4 2
0,4 – 0,6 2
0,56 – 0,8 2
RW 27.1 0,8 – 1,2 4
1,2 – 1,8 6
1,8 – 2,8 6
2,8 – 4,0 10
4–6 16
0,28 – 0,4 2
0,4 – 0,6 2
0,56 – 0,8 2
0,8 – 1,2 4
1,2 – 1,8 6
1,8 – 2,8 6
RW 27.2 2,8 – 4,0 10
4–6 16
5,6 – 8 20
8 – 12 25
11 – 17 35
15 – 23 50
22 – 32 63
22 – 32 63
RW 67 30 – 46 100
42 – 62 125
42 – 62 125
56 – 80 160
RW 207 80 – 120 200
120 – 180 300

Consideremos agora outro exemplo prático. Determinar o relê térmico e seu ajuste para
o motor do exemplo anterior.
In = 30 A
FS=1,15
l ajuste =1,15 x 30 = 34,5 A

Portanto, de acordo com a tabela 4, estamos na faixa de 30 a 46 A . Devemos, então,


utilizar o relê RW 67 (ajustado para 34,5 A).

Fácil, não é?

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Lembre-se de que um bom projeto deve contemplar três dispositivos entre o motor e a
rede elétrica: chave seccionadora (manutenção/medição/proteção), fusível (proteção
contra curto-circuito), e relê térmico (proteção sobre sobrecarga), conforme ilustra a
figura 8.

A figura 9 exibe a curva característica de desarme de um relé térmico.

Na figura 10 podemos observar o diagrama genérico de ligação de um relê térmico.


Notem que o contato interrompe a corrente do contator K de acionamento e não as fases
de alimentação.

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c) Outras proteções:

Além dos fusíveis e relês térmicos, temos outras duas proteções muito comuns no
ambiente industrial: relés de falta de fase, e termistor.

O relé de falta de fase é um dispositivo que "desarma" o contator de comando caso


alguma das fases caia (figura 11). É bom lembrar que um motor trifásico continua
operando na ausência de uma fase, porém, após algum tempo de funcionamento sua
queima é quase certa. O relé de falta de fase impede esse fenômeno.

O termistor é uma proteção interna ao motor. Geralmente o termistor utilizado é o PTC


(Positive Temperature Coefficient), ou seja, são dispositivos que aumentam a resistência
segundo a temperatura. Assim como os relés térmicos, o termistor atua no comando do
contator. Normalmente esses dispositivos são instalados nas "cabeças" de bobinas e,
para motores grandes, podemos encontrar mais de um (três por exemplo, ligados em
série) vide figura 12.

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COMANDOS E ACIONAMENTOS

Antes de "discorrermos" sobre os circuitos clássicos de comandos elétricos, vamos


analisar um pouco seus componentes fundamentais.

a) Contator:

O contator é um dispositivo projetado para realizar manobras em circuitos elétricos sob


carga. Entende-se por manobra o estabelecimento da condução ou a interrupção da cor-
rente elétrica para a carga, em condições normais de funcionamento. A figura 13 ilustra
um perfil simplificado de um contator. Notem que os contatos A1 e A2 são da bobina de
comando. Essa bobina, através da ação da força magnética, atrai o núcleo que fecha os
contatos. Uma vez interrompida a corrente de excitação, uma mola interna desloca os
contatos de volta à sua posição original. Os contatos 1, 2 e 5 têm origem na "montante"
(linha de alimentação), e os contatos 2, 4 e 6 vão para a "jusante" (carga).

As bobinas dos contatores podem estar disponíveis em corrente alternada (12, 24, 110,
127, 220, 380 e 440 V), ou contínua (12, 24, 48, 110, 125 e 220 V).

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Quanto a capacidade de corrente do contator, temos quatro categorias:AC1, AC2, AC3,


E AC4. A tabela 5, a seguir, detalha cada uma delas.

Tabela 5 – Categoria de empregos de contatores de força


Serviço Normal Serviço Ocasional
Categoria Ligar Desligar Ligar Desligar
AC1 1.IN 1.IN 1,5.lN 1,5.lN
AC2 2,5 . IN 1.IN 4.IN 4.IN
AC3 6. IN 1.IN 10.IN 8.IN
AC4 6. IN 6.IN 12.IN 10.IN

A figura 14 traz a simbologia de um contator e sua respectiva numeração.

b) Botoeiras:
A botoeira é um elemento mais simples de comando. Seu funcionamento pode ser visto
na figura 15. Uma vez acionada mecanicamente seu contato NA (normalmente aberto)
fecha-se, e seu contato NF (normalmente fechado) abre-se. Assim como no contator,
uma mola interna é responsável por deslocar os contatos de volta à posição original,
assim que o acionamento mecânico for retirado.

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Segundo o mesmo princípio de funcionamento, temos outros dispositivos que são


comuns a instalações industriais, tais como: pressostato (interruptor de pressão
ambiental), termostato (interruptor ou "chave" térmica), e chave fim-de-curso (interruptor
que monitora o início ou fim de deslocamento de partes móveis).
Os símbolos desses componentes podem ser vistos na figura 16.

CIRCUITOS CLÁSSICOS

Para poder analisar um circuito elétrico industrial, o técnico deve Ter em mente um
conceito fundamental: tratar o circuito em duas partes separadas (circuito de comando, e
circuito de força). O circuito de comando mostra a "lógica" com que o circuito de força
deve operar. O circuito de força, por sua vez, e como o próprio nome diz, estabelece ou
não a energia para a carga.
Vamos a um exemplo prático.
A figura 17 mostra um dos circuitos mais elementares: a partida direta de motores. À
esquerda podemos ver o circuito de força, onde temos 3 fusíveis (um para cada fase),
um contator tripolar (que liga ou desliga o motor), o relê térmico, e o motor de indução
trifásico.

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Nesse exemplo o único componente de manobra é o contator k1. Imaginem ainda que
desejamos ligar esse motor através de um botão (botoeira), e desligá-lo através de outro
botão. Ora, o circuito de comando direto mostra exatamente isso. As linhas da esquerda
e da direita estabelecem os limites do circuito de comando. Caso esse contator tivesse a
bobina alimentada por 24 Vcc (por exemplo), a linha da esquerda seria +24 Vcc e a da
direita 0 V (ou terra).

Notem que temos os contatos do relé térmico (proteção) em série com uma botoeira de
desligamento (tipo NF), uma botoeira de "liga" (NA) e, finalmente, a bobina do contator.
Em paralelo com a botoeira "liga" temos um contato k1 , esse contato é chamado auxiliar
ou "de selo".

O contato de selo serve para manter o contator fechado na ausência da atuação da


chave liga, após o sistema ter sido acionado. Em outras palavras, quando acionamos L o
contator "entra" e o contato de selo também. Como ele está em paralelo com a chave
liga (L), mesmo após tiramos o "dedo", o sistema continuará ligado. Para desligar, basta
pressionarmos a chave desliga (D) que, por ser normalmente fechada (uma vez
acionada), interromperá o processo.

Agora que já sabemos os conceitos gerais, vejamos as três configurações mais comuns
na indústria: partida automática Y/∆, chave compensadora e reversão.

a) Circuito de partida automática Y/∆:

Uma das necessidades da indústria é proporcionar a partida suave aos motores de


grande porte (acima de 10 CV). Uma das técnicas utilizadas é a partida automática Y/∆.

Para mudar o "fechamento" das bobinas internas de um motor Y para ∆, vamos utilizar
dois recursos: intertravamento de contatores e relé de tempo.

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O intertravamento de contatores é uma técnica onde a "entrada" de um contator significa,


necessariamente, a saída de outro. Notem pela figura 18 que, caso k1 entre sem que K2
saia, haverá curto-circuito entre as fases de alimentação. O intertravamento é realizado
através do contato auxiliar (ou de selo) de cada contator, de modo a interromper cada
respectivo comando segundo a lógica de operação.

O relé de tempo, na essência, é um "contator temporizado". Uma vez energizado,


segundo seu ajuste, permite que determinada manobra ocorra de acordo com o tempo
desejado. Esse tempo, no caso de partida de motores, dependerá de cada motor. Na
prática, ele pode variar de 100 ms (motores "pequenos") até vários segundos.

Ainda com base na figura 18, poderemos notar que quando os contatores k2 e K3
"entrarem" (estiverem energizados), temos a ligação estrela (Y). Nesse instante K2 deve
estar desenergizando-se. Após o tempo "programado" (ajustado), K3 deve "sair" e,
então, Kg é energizado, estabelecendo a ligação triângulo (∆).

No motor desse exemplo, a ligação estrela é feita através do curto-circuito dos terminais
4 - 5 - 6 , e a ligação triângulo através das conexões 1 - 6, 2 - 4, e 3 - 5.

b) Reversão automática:

Um dos circuitos mais simples em comandos elétricos é a reversão automática do


sentido de rotação de motores trifásicos.

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Para inverter o sentido de "giro" de um motor AC trifásico, basta invertermos as fases R


e T da sua alimentação. A figura 19 mostra o diagrama de força e de comando desse
sistema. Com dois contatores (k1 e K2) intertravados, podemos inverter as fases R e T
nos bornes do motor.

Quando k1 está energizado, K2 está aberto, e a fase R está conectada ao borne U do


motor, S em V, e T em W. Quando K2 entra, k1 sai e a fase R muda para W, e T para U,
revertendo o sentido de rotação.

c) Chave compensadora:

Outro modo de proporcionar uma redução do pico de corrente gerado pela partida de
motores, é a partida através da chave compensadora. O "coração" desse circuito é um
autotransformador que, através de um "tap" (derivação) dispõe uma tensão reduzida de
65% da nominal. Através de três contatores (k 1, K2, e K3) ligamos o motor (instante da
partida), nesse tap. Como a tensão está reduzida, sua partida torna-se mais suave. Uma
vez vencida a inércia, o motor é ligado diretamente à rede elétrica, funcionando com

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100% da tensão. Conforme vemos na figura 20, na partida, K2 e K3 estão energizados e


k1 desenergizado. Assim temos K3 fazendo o fechamento do autotransformador, e K2
conectando-o a rede. Após algum tempo, K2 e K3 são desenergizados, desligando o
autotrafo, e k1 entra. Nesse momento, 100% da tensão passa a alimentar o motor.

O circuito pode ser equipado com um relé de tempo, de modo que as manobras entre
contatores sejam feitas automaticamente.

Elaboração de Esquemas de Comando


A fim de atender as múltiplas exigências de técnica de comandos elëtricos, são

necessários diversos tipos de execução de.esquemas.

Os principais termos e diretrizes estão relacionados na norma DIN 40 719.

Tipos de esquemas

Pode-se efetuar uma subdivisão em:


Esquemas que mostram principalmente o funcionamento e a circulação de corrente.

Esquema de supervisão:
Mostra, em forma bastante simplificada e na maioria das vezes em representação
unipolar, as principais partes da instalação. Em via de regra são representados apenas
os circuitos principais. Serve como base para a elaboração de problemas. Como
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símbolos, utilizam-se representações simbólicas abreviadas, segundo DIN 40 708 - 40


718.

Esquema de funcionamento:

Representa-se no esquema do funcionamento o circuito em todos os detalhes, portanto,


circuitos principais e de comando, equipamentos, condutores etc.
Característica para o esquema de funcionamento e a representação dos elementos
individuais em configuração completa, um equipamento é por exemplo desenhado como
unidade, com sistema de acionamento e contatos, (Figura 01), sendo entretanto
dispostos no esquema independentemente de sua posição real, portanto sem considerar
a sua posição física.

Figura 01

Através deste tipo de representação transmite-se uma supervisão bastante boa sobre os
equipamentos utilizados.

A facilidade de supervisão do esquema global entretanto não é muito adequada em


virtude das diversas linhas que se cruzam.

Diagrama de circulação de corrente:

Também no diagrama de circulação de corrente representa-se o circuito em todos os


seus detalhes.

Contrariamente ao esquema de funcionamento, entretanto, representa-se neste caso os


equipamentos sem considerar a sua constituição mecânica, permanecendo
desconsiderada obviamente também a posição física.

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A instalação global e decomposta em trajetos individuais de corrente. Convém


representar os condutores, dentro do possível, de modo retilíneo e sem
cruzamentos.

A fim de efetuar o relacionamento entre componentes individuais dos equipamentos


representados separadamente, utilizam-se letras designativas e números de ordem,
como se mostrara mais adiante.

Uma outra característica é a representação separada do circuito principal e do comando.


A vantagem do diagrama de circulação de corrente é a sua facilidade de supervisão em
relação ao funcionamento do circuito e a construção simples e clara dos diferentes
trajetos de corrente, os quais também facilitam mais tarde uma eventual procura dos
defeitos.

A desvantagem principal e que os componentes individuais dos equipamentos podem ser


representados de maneira dispersa sobre todo o esquema e que, com isto, há grande
dificuldade de reconhecer um equipamento como unidade.

Isto entretanto pode ser evitado, desenhando-se novamente os equipamentos como


unidades em separado.

Como as vantagens deste tipo de representação predominam nitidamente, utiliza-se na


maioria das vezes, na prática,diagramas de circulação de corrente, eventualmente
complementados por diagramas de construção.

Caracterização de componentes

Com vistas a uma melhor diferenciação de equipamentos individuais e componentes,


introduzem-se letras de caracterização e números de ordem.

As letras de caracterização representam o tipo de equipamento, enquanto que os


números de ordem seguindo a letra de caracterização possibilitam a numeração corrente
de equipamentos iguais.

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Formando-se ainda grupos no interior de um circuito maior, coloca-se um número de


ordem, como numero de grupo, antes da letra de caracterização considerada.

Letras de caracterização dos diversos tipos de equipamento:

Letra Componente Exemplos

a Chave Seccionadora, disjuntor, chave comutadora de motor,


disjuntor de potência, chave automática, chave protetora de
motor, demarradores
b Chaves auxiliares Chave de comando, botão de comando, tecla, chave
seletora, chave mestra automática de instalação,
dispositivos de conexão
c Contactores Contactores de potência
d Contactores Contactores auxiliares, relés auxiliares e de tempo, chaves
auxiliares auxiliares de distância
e Instalações de Fusíveis, disparadores com medida, relés de proteção,
segurança sentinelas, chaves de força centrífuga
f Transformadores de Transformadores de medição resistores “ shunt” e de mais
medição dispositivos auxiliares para equipamentos de medida e relés
como elementos térmicos e de resistência para medição de
temperatura
g Aparelhos de Medidores de tensão e de corrente, medidores de potência,
medição e de fator de potência, medidores de rotações e freqüência,
contadores etc.
h Indicadores óticos e Indicadores luminosos e através de ponteiros, dispositivos
acústicos contadores, campainhas, buzinas, sirenes
k Condensadores e Condensadores de todos os tipos, bobinas de reatância e de
reatores filtro
m Máquinas e Geradores, motores, conversores, transformadores
transformadores
n Retificadores e Retificadores e conversores de corrente, acumuladores de
baterias elementos galvânicos
r Resistores e Resistores série, resistores de proteção, resistores de
reguladores de arranque, de campo e de frenagem
ação rápida

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Contatores Auxiliares

Contatos normalmente abertos: são designados através dos algarismos finais 3 e 4. O


algarismo anterior indica o número do contato.

(Exemplo 13 e 14 primeiro contato normalmente aberto, 23 e 24 segundo contato


normalmente aberto, etc.)

Contatos normalmente fechados: recebem os algarismos finais 1 e 2, indicando o


algarismo anterior preposto a numeração concorrente.

(Exemplo 41 e 42 quarto contato normalmente fechado, 51 e 52 quinto contato


normalmente fechado, etc.)

A figura 3 mostra um exemplo para um contator auxiliar com três contatos normalmente
abertos e 2 normalmente fechados.

Figura 3
Contatores de potência:

Neste caso os bornes são numerados de modo corrente. (Figura 4)

Figura 4
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Considerações a respeito da composição de esquemas

 Em geral a instalação deve ser representada em estado desligado, livre de


corrente, representando-se os equipamentos em sua posição de repouso.

 Desejando-se ressaltar a importância de um condutor, pode-se efetuar isto


através de linhas correspondentemente reforçadas.

 Os símbolos podem ser desenhados em qualquer posição, devendo-se observar


apenas a facilidade de supervisão.

Em diagramas de circulação de corrente, deve-se ainda considerar o seguinte:

1. - Efetuar a disposição dos trajetos de corrente verticalmente, entre as barras


coletivas dispostas horizontalmente.

2. - Por via de regra convêm dispor os equipamentos e elementos de comutação


apenas sobre as linhas verticais dos trajetos de corrente.

3. - O fluxo de corrente deve, se possível, transcorrer de cima para baixo.

4. - Cruzamentos de condutores devem ser evitados na medida do possível.

5. - Os equipamentos são sempre desenhados no estado livre de corrente e não


acionados. Divergindo-se desta situação, deve-se indicar este fato claramente,
por exemplo: por seta.

6. - Convêm observar, na simbologia, que o acionamento se verifica sempre da


esquerda para a direita. Devido a isto, resulta a disposição do tipo de
acionamento no lado esquerdo.

7. - Equipamentos comandados como bobinas, lâmpadas, indicadores e outros,


devem estar conectados sempre diretamente a uma das barras coletivase, em
caso de circuitos aterrados, ao polo aterrado. Não deve haver contatos nesta
ligação.

8. - Para a representação facilmente supervisionável de equipamentos


individuais, pode-se desenhar o respectivo símbolo completo sob o diagrama
de circulação de corrente.

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9. - Contatos e equipamentos são designados através de letras características e


numerados de maneira corrente.

10. - Circuitos de comando e circuitos principais devem ser desenhados


separadamente. O circuito de comando deve, para isto, ser disposto sob o
circuito principal, na medida do possível.

A Figura 5 mostra um exemplo para um diagrama de circulação de corrente. Através de


um motor elëtrico m1 aciona-se a bobina de um cabo de elevação. As posições finais são
verificadas pelas chaves fim de curso b3 e b4. O movimento descendente é acionado
através de um botão b1. O movimento ascendente por um botão b2. Desejando-se que
a instalação pare numa
posição intermediária,
este sinal e introduzido
através de um segundo
botão b0.

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Componentes para a entrada de sinais

Esta relação pretende dar uma supervisão sobre os módulos de entrada de sinais mais
importantes para comandos elétricos.
Conta-se para este grupo de equipamentos todos os tipos de comutadores que tomam
um sinal sem contato fïsico, ou que são acionados manual ou mecanicamente.
É sua atribuição, converter uma informação ou uma ordem em um sinal correspondente a
respectiva forma de energia e entregá-los ao processamento de sinais.
Em geral são considerados dois grupos principais:

1 – Componentes que recebem ordens ou informações manuais:


Interruptor:

Elemento de comutação acionado


manualmente com pelo menos 2 posições de
comutação, que permanece em cada uma das
posições após o acionamento, por exemplo:
- Comutador
- Chave seletora

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Botoeira:
Elemento de comutação acionado manualmente com
reposição automática após a retirada da força de
acionamento, com uma posição de repouso, por exemplo:
- Botão aparente tipo cogumelo
- Pedal
- Botão manual
- Botão travável (bloqueio contra uso indevido)

Nesta outra figura, os dois elementos, tanto o fechador, como o abridor, estão
conjugados num único corpo. Esta construção permite sua utilização, de uma ligação
externa, sejam unidos um dos bornes do abridor, com um dos bornes do fechador,
constituindo desta maneira, um contato comum a ambos.

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Pressionando – se o botão, o contato de abridor interrompe a ligação entre os bornes


correspondentes; ao mesmo tempo, o contato fechador estabelece uma conexão entre os
bornes respectivos. Ao liberar-se o botão, tem-se novamente a situação inicial.

A utilização dos comutadores é necessária, nos casos de acionamento simultâneo de


equipamentos, ou quando um acionamento permanente é necessário por motivos de
segurança.

Os fabricantes destes elementos oferecem em versões bem diferentes com diversos


contatos, por exemplo, 2 fechadores e 2 abridores, ou 3 fechadores e 1 abridor, etc. Por
vezes, estes elementos também são equipados com uma lâmpada de sinalização.

Interruptores

Nestes elementos, tem- se o bloqueio mecânico no primeiro acionamento. No segundo, o


bloqueio é eliminado e o interruptor retorna a posição inicial.

A figura seguinte, mostra uma solução construtiva para um interruptor.

Os botões e interruptores normalmente são identificados conforme norma DIN 43605, e


possuem uma certa disposição para montagem.

Convenções:

I – ligado - (barra)
0 - Desligado - (círculo)

Também poderá ser utilizado os sinais “Lig / Desl”, marcadas ao lado do próprio
elemento.

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Posições de montagem:

Quando os botões estiverem dispostos um ao lado do outro, o botão de desligamento


será o do lado esquerdo.

Quando os botões estiverem um acima do outro, o botão de desligamento será o de


baixo.

A marcação colorida dos botões não é indispensável. Se porém for utilizada, o botão de
desligamento geralmente é vermelho.

Símbolos para os elementos de contato (manuais) DIN 40713

Interruptor de contato fechador


Acionamento manual geral

Interruptor de contato fechador


Acionamento manual por apertar

Interruptor de posicionamento com abridor


Acionamento manual por puxar

Interruptor de posicionamento com fechador


Acionamento manual por virar

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Chave bloqueável:

Elemento de comutação com reposição interna, liberando-se entretanto a força de


reposição apenas em caso de desbloqueio. Equipamentos que transmitem informações
da instalação ao comando (posições e estados de elementos de trabalho).

Chaves fim de curso com dispositivo apalpador:

A chave fim de curso é acionada com a


mesma velocidade, com a qual também se
verifica a sequência de trabalho.
Em caso de velocidades demasiadamente
pequenas, ocorrem dificuldades devido à
comutação lenta (formação de arcos).

Por meio destes detetores de limite


detectam – se certas posições finais de
partes de máquinas ou de outras unidade de trabalho.

Ao escolher tais elementos de introdução de sinais, têm – se em mira a carga mecânica,


a segurança de acionamento e a precisão do ponto de comando.

Normalmente os elementos fim de curso têm um fechador e um abridor sendo possível


uma outra combinação de interruptores na execução standard.

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Os detectores de limite distinguem – se também segundo o acionamento dos contatos


que poderão ser proporcionais ou de ação rápida. No proporcional, abrem – se ou
fecham – se os contatos à mesma velocidade com que se efetua o acionamento.

No tipo de ação rápida, a velocidade de acionamento não têm importância, pois a um


certo ponto do percurso de acionamento, o contato é instantaneamente comandado.

O acionamento do detetor de limite pode efetuar- se através de uma peça fixa, por
exemplo, tucho ou rolete. As instruções do fabricante devem ser observadas para a
montagem e o acionamento dos detetores. O ângulo e o trajeto de acionamento devem
ser mantidos constantes.

Símbolos para elementos detetores mecânicos

Detetor de limite com fechador


Acionamento por rolete

Detetor de limite com fechador


Acionamento por rolete escamoteável

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Possibilidades de acionamento:
- Came
- Rolete rígido
- Rolete dobrável (acionamento em apenas uma direção, conhecido também
como rolete escamoteável)
- Alavanca tipo forquilha

Chaves fim de curso com resposta instantânea:


O funcionamento e o acionamento são como os da chave fim de curso com dispositivo
apalpador, entretanto o tempo de comutação é mantido constante por um dispositivo de
impulso que e acionado em uma determinada posição.

Chaves fim de curso sem contato:

Em termos de funcionamento, possuem as mesmas atribuições das demais chaves fim


de curso. Como vantagem cita-se a
desnecessidade de força de
acionamento e que se pode obter
altas freqüências de comutação, por
exemplo:

- Barreiras fotoelétricas
- Chave de aproximação (eletrônica)
- Chave magnética

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1-) Contato “Reed” ( Acionamento magnético)

Estes elementos são especialmente vantajosos quando se necessita alto número de


ciclos, quando não há espaço suficiente para a montagem de chaves fim de curso
convencionais, ou quando são solicitados sob condições ambientais adversas ( poeira,
umidade, etc.). Construtivamente tratam – se de dois contatos colocados no interior de
uma ampola de vidro preenchida com gás inerte. Esta ampola é colocada num invólucro
que posteriormente é preenchido com resina sintética, servindo assim de base para o
conjunto.
Ao aproximar – se um ímã permanente deste invólucro, o campo magnético atravessa a
ampola, fazendo com que as duas lâminas em seu interior se juntem, estabelecendo um
contato elétrico. Removendo – se o ímã, o contato é imediatamente desfeito.

A figura ilustra este tipo de detetor, utilizado com fim de curso, por exemplo em um
cilindro pneumático ou hidráulico. Neste caso o êmbolo do cilindro, possui um anel
magnético que ao passar sobre o detetor, provoca seu acionamento. Desta maneira, o
fim de curso pode ser instalado no corpo do cilindro, deixando sua haste completamente
livre para o trabalho que realiza.

2 - ) Detetor de limite indutivo ( sensor )

Os sensores indutivos reagem a proximadade de materiais metálicos, pois estes


materiais provocam uma variação no campo magnético criado pelo próprio sensor, esta
variação é processada e transformada, em um sinal de saída.

3 - ) Detetor de limite capacitivo ( sensor )

Os sensores capacitivos reagem a todos os materiais ( mesmo que não sejam


metálicos ). O princípio de funcionamento é a alteração do dielétrico entre as armaduras
de um compensador, pela proximidade do material. Podem igualmente detectar líquidos
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ou granulados; isto significa que estão sujeitos a perturbações tais como: poeira,
cavacos, respingos, etc.

Dados técnicos

Distância máxima de 15 mm 15 mm 15 mm 15 mm
detecção
Tensão 24 V ± 15 % 80 – 250 V 30 – 90 V 80 – 250 V
Ondulação residual máx. 5 % - - -
Corrente de carga máx. 200 mA máx. 200 mA máx. 200 mA máx. 200 mA
Tensão residual < 1,5 V < 7,5 V~ < 2,7 V~ < 7,5 V~
Consumo 15 mA 5 mA 5 mA 5 mA
Freq. de comut. máx. 100 Hz máx. 10 Hz máx. 10 Hz máx. 10 Hz
Faixa de temper. 0 – 60 ºC 0 – 60 ºC 0 – 60 ºC 0 – 60 ºC
Aumento de temper. máx. 15 % máx. 15 % máx. 15 % máx. 15 %
Proteção IP 67 IP 67 IP 67 IP 67

Uma outra execução dos elementos de comando são as chamadas sentinelas.

São utilizadas para supervisionar determinadas grandezas e processos, por exemplo,


grandezas físicas como temperatura, claridade, etc, emitindo um sinal na ultrapassagem
de um valor-limite e assim acionando um processo de comutação.

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Por exemplo:

- Sentinela de temperatura
- Sentinela de pressão
- Sentinela do número de rotações, etc.

2 – Equipamentos para o processamento de sinais

São contados para este grupo principalmente os elementos de comutação acionados


elétricamente, sendo portanto comandáveis indiretamente, como contatores, relês e seus
diversos derivados.

Contator:
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Equipamento de comutação acionado eletromagnéticamente e que possui condições de


suportar alto número de ligações, podendo, em dependência da sua construção, ser
acionado por corrente alternada ou corrente contínua.

Divisão segundo o campo de aplicação dos contatores:

Contator de potência:

Contator para a comutação de potências elevadas com câmaras de extinção de arco.


É utilizado especialemente como elemento de comando, portanto, para o comando de
elementos de trabalho como:
Motores elêtricos
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Eletroímãs, etc.
Muitas vezes estes contactores de potência estão equipados adicionalmente com
contatos auxiliares, para fins de comando.

Contator auxiliar (contator de comando):


Contator para a comutação de circuitos auxiliares. Estes contactores estão equipados
apenas com contatos auxiliares, isto é, com comutadores que servem para fins de
bloqueio, informação e comando.

Não possuem, na maioria dos casos, câmaras de extinção de arco específicas e podem
estar equipados com até 10 contatos (valor de retenção até aproximadamente 10 VA).

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Contator de remanência:

Contator com bloqueio ou trava magnética. O estado de comutação alcançado ë mantido


mesmo em caso de falta de abastecimento de energia. O bloqueio pode ser levantado
apenas por magnetização em sentido contrario.

Relés:

Elementos de comutação comparáveis em termos de funcionamento aos contatores


auxiliares. Sua construção é, na maioria dos casos, menor, sendo equipa dos com
contatos tipo mola. Para potências de comutação muito pequenas, com interrupção
simples (valor de retenção ate aproximadamente 2 VA).

Ao ser conectada uma tensão na bobina, flui através desta uma corrente, produzindo um
campo magnético; em conseqüência, a armadura é atraída pelo núcleo da bobina, dado

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o efeito de ímã que se produz neste. Por outro lado, a armadura está acoplada
mecanicamente a determinados grupos de contatos que abrem ou fecham, quando dá
atração da armadura pelo núcleo.

Enquanto a bobina permanece energizada, os contatos mantém sua posição de


acionamento. Ao ser desconectada a tensão, cessa o campo magnético que atraía a
armadura; esta então retorna a sua posição inicial por efeito de uma mola.

Para uma representação simplificada de relés, são utilizados símbolos:

Retângulo representa a bobina, cujos terminais de ligação são designados com A1, A2.
Ao lado estão representados os contatos que poderão ser fechadores, abridores ou
comutadores, conforme o tipo de relé. Nesse caso, o relé possui dois fechadores e dois
abridores, indicados claramente pelo símbolo; além disso, existe também a desgnação
numérica:
13 23 31 41
14 24 32 42

O primeiro algarismo forma a numeração seqüencial dos contatos. O segundo algarismo


identifica a natureza do contato; ou seja , 3 e 4 indica que se trata de um fechador, e 1 e
2 de um abridor.

O relé possui várias propriedades positivas que são desejadas na prática, por esta razão
ele continuará ocupando seu lugar de elemento de processamento na elétrica; tais
vantagens são:

 Fácil adaptação a diversas tensões de operação.


 Ampla independência térmica em relação ao meio ambiente. À temperaturas desde –
40º até 80ºc, os relés trabalham com toda segurança.
 Alta resistência entre contatos desligados.

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 Podem ser comandados entre vários circuitos de corrente, independentes, de maneira


simultânea.
 Existe a separação galvânica entre o circuito principal.

Porém sendo o relé um elemento eletromecânico, apresenta algumas desvantagens:

 Desgastes dos contatos, por centelhamento e também por oxidação.


 Ocupam muito espaço, quando comparados com os transistores.
 Seu acionamento produz ruído.
 Velocidade limitada das manobras, 3 – 17 ms.
 Influências externas nos contatos, como poeira, etc.

Para escolha de relés, devem ser utilizados folhas de dados dos fabricantes, nos quais
estão indicados especificações como: número de contatos, natureza dos contatos,
tensão nominal da bobina, corrente máxima suportável pelos contatos, números de
manobras, etc.
Existem na prática, relés de corrente contínua e corrente alternada; suas características,
vantagens e desvantagens serão vistas a seguir.

Imãs de corrente contínua (Relés de corrente contínua)


O núcleo de imã de corrente contínua é sempre de ferro doce, maciço;
conseqüentemente está garantida uma constituição simples e robusta. As perdas de calor
produzidas durante o funcionamento dependem apenas da resistência ohmica da bobina
e da corrente. Além disso, em virtude d núcleo maciço de ferro, condutibilidade existente
não provoca aquecimento.

Ligação do imã de corrente contínua


Após ser liado o imã de corrente contínua, a corrente elétrica na bobina I, sobe
lentamente. Ao constituir-se o campo magnético, é gerada, pela indução, uma tensão
inversa a tensão aplicada na bobina; isto explica a atração suave e amortecida do imã de
corrente contínua.

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Desligamento do imã de corrente contínua

No desligamento de um eletroimã de corrente contínua, o campo magnético desaparece;


neste instante se produz uma tensão induzida que é múltiplo da tensão nominal da
bobina. Portanto, devido a esta elevada tensão induzida, pode existir perigo para a
isolação da bobina; além, pelo efeito do arco voltáico (centelhamento) que se produz,
pode ocorrer erosão dos contatos.

Para evitar estes inconvenientes, pode ser colocado uma “supressão de arco”. Tais
circuitos tem por tarefa, oferecer um caminho para a descarga da tensão induzida no
momento do desligamento; porém todas as providências para a supressão de arco, têm
por conseqüência um prolongamento do tempo de desativação do relé.

Circuito para a supressão de arco

Em paralelo com o interruptor S é conectada uma resistência R.O valor da resistência R


deve ser determinado de tal maneira a não provocar a ligação da bobina L quando o
interruptor estiver desligado.

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Neste circuito uma resistência R e um condensador C estão ligados em série; esta


associação é ligada em paralelo com a bobina. A vantagem desta ligação é que, caso
existam vários contatos que ligam a bobina, não é necessário um circuito supressor para
cada contato; porém traz como vantagem um retardo na desativação.

Neste tipo de supressão, um diodo é ligado em paralelo com a bobina, fazendo o mesmo
efeito que o circuito anterior; porém deve ser observado que o diodo deverá estar
inversamente polarizado quando se liga a bobina, ou seja a corrente que flui na bobina
deverá estar no sentido do bloqueio do diodo.

O seguinte quadro resume as vantagens e desvantagens dos relés de corrente contínua:

Vantagens:

 Ligações suaves
 Facilidade de ligação
 pequena – potência – de ligação
 Pequena potência para segurar
 Vida útil prolongada ( aproximadamente 100 x 106 ligações)
 Sem ruídos

Desvantagens:

 Exige supressor de faíscas


 Elevada carga nos contatos
 Exige retificador quando ligados a corrente alternada.
 Tempos de manobra mais prolongados.

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Ìmãs de corrente alternada ( Relés de corrente alternada)

Neste tipo de ímã, a armadura e o núcleo, são formados por chapas laminadas (
sobreposição em forma de camadas, de várias chapas finas). Esta construção é utilizada,
afim de se reduzir as perdas que ocorrem no ferro devido as correntes de Foucaut e
histerese. Mesmo assim, durante o funcionamento se produz um forte aquecimento.

Ligação do ímã de corrente alternada

Ao ser ligado um ímã de corrente alternada, estabelece – se uma intensa corrente I que
diminui conforme o aumento da impedância da bobina. Em virtude da elevada corrente no
instante da ligação, a força de atração também é grande; consequentemente, os tempos
de manobra são relativamente pequenos. O entreferro entre a armadura e o núcleo tem
grande influência na grandeza da corrente I. È conveniente portanto que o entreferro seja
o menor possível.

O quadro seguinte resume as vantagens e desvantagens dos relés de corrente alternada:

Vantagens:
 Tempos curtos de manobra
 Grande força de atração
 Não necessita se supressão de arco
 Não necessita retificador

Desvantagens:
 Grande solicitação mecânica
 Forte aquecimento se houver entreferro
 Grande absorção de corrente
 Curta vida útil
 Zumbido
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Relés de remanência:

(Funcionamento como o dos contatores de remanência)


O bloqueio sucede magnéticamente. Os elementos de sinal mantêm o estado ocupado
mesmo após o desaparecimento da excitação, até a ocorrência do sinal contrário.

Trata- se de um relé especialmente construído para produzir um elevado magnetismo


residual, isto é, após Ter sido comandado, mantém a armadura atraída. Também no caso
de queda de energia, ele mantém a posição de ligação. Para que o relé seja desativado,
é necessário um impulso contrário de corrente.

Dados técnicos:

Duração do impulso: Min. 30 mS para magnetizar


Min. 25 mS para desmagnetizar
Limite de temperatura do núcleo: Máx. 80 ºc

Relés de impulso de corrente:

Componentes de comutação com apenas uma entrada e duas posições de comutação


estáveis, nas quais, a cada entrada, a outra posição de comutação é ocupada,
alternadamente.

Neste tipo de relé, ao ser ligada a bobina, a armadura leva os contatos à uma
determinada posição. Ao ser desligada a bobina, esta posição é mantida graças a um
travamento mecânico. Um segundo impulso de corrente na bobina, leva os contatos à
outra posição, que também é mantida quando cessa o impulso.

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Este relé pode ser utilizado por exemplo, em instalações elétricas prediais, quando há a
necessidade de comando de iluminação de vários lugares diferentes, como escadas; ou
então em comandos que exijam divisões de impulsos, já que este relé tem um
comportamento de divisor binário, isto é, a cada dois impulsos dados na bobina, os
contatos executam apenas um ciclo.

Relés de tempo:

Dependendo da execução em questão (retardo de fechamento ou de abertura), o


processo de comutação se verifica com retardo após a chegada do sinal de entrada e
instantâneamente na retirada do mesmo, ou instantâneamente na chegada do sinal e
com retardo na retirada no mesmo.
O retardo pode-se verificar por meios mecânicos (dispositivo de tempo ou motor
síncrono), pneumáticos (efeito de estrangulamento), eletrônicos
(elementos RC) ou
térmicos (bimetal).

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A figura seguinte mostra o comportamento de um relé com retardamento da ligação.

Ao ser ligado o contato s, é conectada a tensão entre os bornes A1 e A2 e em


conseqüência inicia – se a contagem do tempo ajustado. Uma vez atingindo este tempo a
armadura é atraída, acionado o contato em ligação os bornes 15 e 18. Ao lado pode ser
observado o diagrama de comutação para os sinais de entrada e saída.

Nesta outra figura, é explicado como de produz este retardo de tempo.

Ao fechar o contato S, a corrente flui através da resistência ajustável R1. Esta corrente
não tomará o caminho para a bobina mas sim para o condensador C, através do contato
abridor de K1; o condensador irá se carregar, e quando for atingida a tensão de operação
de K1, este será acionado. O tempo em questão será então o tempo que leva o
condensador para se carregar, que dependerá do valor de R1 e de C (constante RC).
Quando o relé k1 é acionado, o contato fechador coloca agora o condensador C em
ligação com a resistência R2, que provoca a sua descarga; o relé continuará ligado até
que contato S seja desligado, quando então o circuito voltará ao estado inicial.

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No relé temporizador com retardo no desligamento, surge de imediato um sinal de saída,


ao ser fechado contato S. Somente quando for desligado este contato, é que se dará
início a contagem de tempo, após o qual será desligado o sinal de saída.

O funcionamento deste temporizador pode ser observado na figura seguinte:

Ao ser ligado o contato S, o relé K1 é imediatamente acionado, ligando o contato


fechador, que coloca o condensador C em série com R1 e ambos em paralelo com a
bobina de K1. Nota – se que o condensador C já se encontrava carregado por estar
conectado à tensão através de R2 e do abridor de K1. Ao ser efetuada a comutação de
K1 o condensador continuará carregado, até que o contato S desligue, quando então
iniciará sua descarga através de R1 e da bobina de K1.Quando a tensão cair abaixo do
valor de manutenção de K1acionado, este se desligará, suprimindo o sinal de saída e
retornando o circuito ao estado inicial. O tempo em questão neste caso será o de
descarga de C.

Relés de contatos deslizantes:

Equipamento de comutação para a conversão de sinais de duração indefinida em sinais


de comportamento temporizado definido.

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Esta conversão pode ocorrer no instante de conexão (relé de contato deslizante de


conexão) ou na desconexão (relé de contato deslizante de desconexão) ou também em
ambas as comutações.

Relés oscilantes:

Elemento de comutação com alternações rítmicas das posições de comando.

Relés contadores:

Elemento de comutação que recebe sinais de um pulsador e de acordo com o número de


pulsos ajustado, aciona um elemento de trabalho ou de comando.

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Componentes para a saída de sinais

Como elementos de comando utilizam-se em comandos puramente elétricos na maioria


das vezes contatores de potência, enquanto que comandos eletropneumáticos e
eletrohidráulicos operam com válvulas magnéticas.

Elementos de trabalho elétricos entre outros são

- Motores
- Eletroímãs de elevação
- Acoplamentos
- Válvulas
- Equipamentos térmicos

Outros componentes

A este grupo pertencem, entre outros conversores, amplificadores, disparos, indicadores.

Dispositivo de disparo:

Analogamente as sentinelas aciona-se um processo de comutação, na ultrapassagem de


um valor limite. Em especial, utiliza-se esta designação para equipamentos que
respondem a corrente, tensão, frequência etc.
- Disparo de sobrecorrente/relé de sobrecorrente
- Relé de mínima tensão/relé de tensão

Indicadores:

Para a indicação de estados da instalação utilizam-se indicadores.

Indicadores visuais:

Equipamentos de indicação óticos:


 Lâmpadas de sinalização
 Contadores com indicação
 Reles de sinalização
 Indicadores eletrônicos (Indicadores digitais eletrônicos
etc.)

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Indicadores acústicos:

Equipamentos acústicos
 Buzinas
 Sirenes
 Campainhas

Especificações de segurança e proteção

Para a segurança na eletrotécnica foram estabelecidas certas normas e


especificações pela VDE ( Associação de eletrotécnicos) sendo estas subdivididas
em:

 Normas
Além de especificações VDE, existem ainda:
 Regras
 Instruções
Publicações IEC ( especificações internacionais)
Regras: São
Diretivas VDI especificações desejáveis, isto com
(Idênticas às especificaçõesVDE, é, algumas
exigências para uma
informações boa
especiais
a confiabilidade
mais) de funcionamento de sistemas.

Instruções: São especificações facultativas, não incluindo informações técnicas de


segurança.

As especificações VDE, mais importantes são:

Cadernos de carga ( normas de meios de proteção com regulamentos sobre o emprego


VDE 0100: Medidas de proteção contra tensões de contato altas.
do equipamento elétrico)
VDE: 0113: Especificações para o equipamento elétrico de máquinas de usinagem e
Regras de segurança das associações profissionais.
tratamento, com tensões nominais até 1000V.
VIN 40050: Tipos de proteção de meios elétricos de produção.
Além de especificações VDE, existem ainda:

Publicações IEC ( especificações internacionais)


Diretivas VDI (Idênticas às especificaçõesVDE, com algumas informações especiais
a mais)
Cadernos de carga ( normas de meios de proteção com regulamentos sobre o
emprego do equipamento elétrico)
Regras de segurança das associações profissionais.
No projeto de máquinas e dispositivos que trabalham com elementos elétricos, as
exigências mínimas de segurança devem ser observadas.
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VDE 0100 – Medidas de proteção contra tensões altas de contato

Partes de sistemas elétricos que em funcionamento estão sob tensão geralmente são
protegidas contra contato através de isolamentos. Se este isolamento for danificado,
poderão surgir tensões de contato perigosas em corpos metálicos.

Tensões de contato superiores a 65v são perigosas para o homem ( para animais,
acima de 24v).

Conforme as especificações VDE são prescritas, para sistemas que trabalham com
tensões superiores a 65v, as seguintes medidas de proteção:

Isolamento de proteção

Neste tipo de proteção, todas as partes nos quais o homem pode tocar, são isoladas.
Este isolamento é obtido através de revestimento dos elementos com material sintético
resistente a choques, assim como as partes elétricas são montadas de modo a manter
um afastamento do seu invólucro metálico.

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Proteção através de tensões reduzidas

Neste caso, as tensões são reduzidas a um valor de aproximadamente42v ( em


brinquedos, 24v), que desta maneira não oferecem riscos a pessoas. Esta tensão
reduzida é conseguida por meio de transformadores redutores ou então através de
elementos galvânicos ( baterias).

Em muitos comandos elétricos e eletrônicos, as tensões utilizadas são de 24v. Apesar


disso, o tipo de proteção aqui analisado, não se refere a estes comandos, pois partes da
máquina muitas vezes possuem uma ligação elétrica com esta tensão de 24v; ligação
esta necessária para que não surjam comandos errados, enquanto que outras partes
estão ligadas com condutor de proteção na rede de 220/380v. A separação galvânica
necessária nestes casos, entre os lados de baixa e alta tensão, não é efetuada.

Separação de proteção

Um transformador de separação é intercalado entre a rede e o consumidor ( no máximo


380v de tensão nominal).

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No lado de saída do transformador, não há tensão ligada à terra. Esta proteção é


somente eficaz, enquanto não há contato à terra unilateral no lado de saída. Pode-se
ligar a um transformador de separação, somente um consumidor com, no máximo, 16A
de corrente nominal.

Colocação à zero

A colocação à zero exige um ponto estrela ligado ao terra da rede, e um condutor de


proteção ligado neste. Se surgir uma tensão de contato na carcaça de um aparelho
elétrico, obtém- se um curto- circuito e os elementos antepostos de proteção ( fusíveis ou
disjuntores) são acionados.

Ligação de proteção à terra


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A ligação de proteção à terra, torna uma tensão de contato, um curto- circuito à terra. A
corrente que passa pelo fio terra, causa a reação dos elementos de proteção.

Sistema de linhas de proteção

Todas as partes do sistema que podem Ter uma tensão de contato, são interligadas
através de condutores de proteção e ligados à terra. O sistema de linhas de proteção é
admissível somente em instalações limitadas.

Circuito de proteção contra falhas


de tensão

Com este circuito de proteção, o


consumidor é desligado dentro de 0,1s
da rede, em todos os pólos, quando
ocorrer uma tensão de contato.
A falha de qualquer tensão é verificada
por um interruptor de falta de fase que
é ligado entre o consumidor a proteger
e o fio terra.
Circuito de proteção contra falhas
de corrente
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Com este circuito, o consumidor é desligado da rede em todos os pólos dentro de 0,2s,
quando ocorrer uma tensão de contato. O circuito de proteção contra falha de corrente é
uma medida de proteção relativamente segura e muitas vezes também é usado para
comandos.

Normas VDE 0113 e DIN 57113

São especificações para o equipamento elétrico de máquinas de usinagem e tratamento,


com uma tensão nominal de até 1000v. Estas normas são complexas e valem para o
equipamento elétrico de todas as máquinas individuais fixas e móveis e para máquinas
em linhas de produção e sistemas transportadores. Serão mencionados os itens mais
importantes para a construção de comandos.

Equipamentos de desligamento de emergência e chave geral

Em caso de perigo, deve ser possível que a máquina seja imediatamente parada e
separada da rede.

Deve ser observado o seguinte:


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1. Uma iluminação talvez necessária não deve ser desligada quando acionada a
emergência.
2. Peças magneticamente fixadas não devem ser soltas quando acionada a emergência.
3. Dispositivos auxiliares e de frenagem que efetuem, por exemplo uma parada rápida
da máquina, não devem se tornar ineficazes.
4. Movimentos de retorno devem ser iniciados pelo acionamento do dispositivo de
desligamento de emergência quando isto for necessário; porém devem ser iniciados
somente quando não houver perigo para pessoas.
5. A unidade de comando para desligamento de emergência deve possuir, para
acionamento manual, um botão em forma de cogumelo, um acionamento indireto
através de uma corda de puxar ou um pedal é admissível. Se houver vários lugares
de trabalho ou operação, cada um deve ser equipado com uma unidade de comando
para desligamento de emergência.
6. A cor característica do elemento de acionamento para desligamento de emergência é
o vermelho. A superfície abaixo do elemento de acionamento manual deve ser
provida com a cor contraste amarelo.
7. Toda máquina deve Ter uma chave geral, por meio da qual se pode desligar todo
equipamento elétrico durante o trabalho de limpeza, manutenção e conserto, e
durante maiores períodos de parada. Esta chave deve ser de acionamento manual
possuindo apenas um dispositivo de desligamento e ligação, marcado com 0 e 1
provido com encosto de proteção. Na posição de desligamento, a chave deve ser
travável de tal maneira que uma ligação manual ou remota não seja possível. Com
várias alimentações as chaves gerais devem ser bloqueáveis de maneira que não
surja perigo nenhum.

Unidade de comando, instrução de aviso

Unidades de comandos são por exemplo:


 Detetores de limites, interruptores fim de curso, sensores com conversores,
eletro-válvulas.
Unidades de instrução são:
 Botões de introdução, botões de acionamento manual.
Unidades de aviso são:
 Lâmpadas indicadoras, elementos indicadores de acionamento eletromecânico.

Em geral recomenda-se para estas unidades:


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 Montagem de acesso fácil num lugar seco e limpo, protegido contra a penetração
de umidade, poeira, óleo, meios de refrigeração, aparas, danificação mecânica e
térmica.
 Já na construção de máquinas e equipamentos de produção devem-se considerar
também as características qualitativas dos elementos. Detetores de limite e
interruptores fim de curso que servem para segurança devem ser abridores,
aumentando-se a segurança em caso de ruptura do fio ou curto-circuito no
comando. Detetores de limites e interruptores fim de curso devem arranjados de
tal maneira que em caso de passagem defeituosa não sejam danificados.
Este é um ítem que muitas vezes não é considerado pelo construtor de máquinas,
(especialmente quando não há um teste de tipos). Detetores de limites devem ser
colocados de maneira que não se possam depositar neles sujeiras ou aparas, não
pertubando-se a seqüência do comando.

Cores para indicação de condições de serviço


Cor Condições de serviço Exemplos de aplicação
Indicação que a máquina foi para por um
elemento de proteção (por ex.: devido à
Vermelho Condições anormais sobrecarga, passagem ou devido a um outro
erro).
Exortação de parar a máquina (por ex.:
devido à sobre-carga).
Um valor (corrente, temperatura0 está se
Amarelo Atenção ou cuidado aproximando a seu limite admissível. Sinal
para ciclo automático.
Verde Máquina pronta para por Máquina pronta para por em funcionamento:
em funcionamento todos os necessários equipamentos auxiliares
funcionam. As 9várias) unidades encontram-
se na posição inicial e a pressão hidráulica ou
a tensão de um transformador tem os valores
prescritos, etc.
O ciclo do trabalho acabou e a máquina está
pronta para uma nova partida.
Branco Os circuitos estão sob Chave geral em posição “liga”.
tensão normal no serviço Seleção da velocidade ou do sentido de
rotação.
Acionamentos individuais e equipamentos
auxiliares estão em funcionamento.
A máquina trabalha.
Azul Todas as funções às
quais não se refere uma
das cores acima
mencionadas.

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Cores para os botões

Cor Comando Condições de serviço visada

Parada de um ou vários motores.


Parada de unidades de máquina.
Parada dos dispositivos fixadores
Vermelho Parada, deslig. magnéticos. Parada do ciclo ( se o
operador apertar o botão durante
um ciclo, a máquina para, depois
de terminado o ciclo decorrente).

Parada em caso de perigo( por


Deslig. de Emerg. exemplo: desligamento em caso de
superaquecimento perigoso).

Circuitos de comando sob tensão(


pronto para funcionamento).
Verde ou Preto Partida, lig. Arranque de um ou vários motores
para funções auxiliares. Partida de
unidades da máquina. Por em
funcionamento, dispositivos
fixadores magnéticos.

Início de um retorno fora de Retorno de unidades de máquinas


uma sequência funcional para o ponto inicial do ciclo, se este
Amarelo normal, ou partida de um ainda não estiver acabado. A
movimento para eliminar atuação do botão amarelo pode por
condições perigosas. fora de serviço outras funções
antes selecionadas.

Comando de funções auxiliares não


Toda função para a qual não diretamente relacionadas aos ciclos
Branco vale uma das cores a cima. de trabalho. Desbloqueamento
(Zerar) de relés de proteção.

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Utilização recomendada de cores para botões iluminados

Cor e tipo de Significação do botão Função do botão Exemplos de


aplicação iluminado aplicação e
observações
Vermelho Parada ( não
desligamento de
emergência).
Amarelo0 Atenção ou cuidado Começo de uma Um valor ( corrente,
ação por meio da temperatura)
qual devem ser aproxima-se a seu
evitadas limite admissível A
condições que atuação do botão
se tornem amarelo pode por
perigosas. fora de serviço,
outras funções
antes selecionadas.
Verde Liberação da partida Partida da  Para serviço
acende-se o botão máquina ou normal
unidade.  Partida de um
ou vários
motores para
acionamentos
auxiliares.
 Partida de
unidades de
máquinas.
 Acionamento de
mandris porta-
ferramenta ou
placas de
fixação
magnéticas
Azul – Indicação Toda significação não Toda função não Comando de
abrangida nas cores abrangida nas funções auxiliares.
acima mencionadas. cores acima
mencionadas.
Branco ( claro) Confirmação permanente Fechamento de Toda pré- seleção
Confirmação de que um circuito está um circuito ou ou todo processo de
sob tenção ou uma arranque ou pré- partida.
função ou um seleção.
movimento foi
iniciado ou selecionado

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PARTIDA DIRETA

Vamos começar estudando o ESQUEMA MULTIFILAR de um motor trifásico comandado


por chave magnética de partida direta ( fig. 68).

Vamos ao estudo, cuidadosamente detalhado

1. CIRCUITO PRINCIPAL

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O circuito principal também é conhecido por circuito de força, pois através do mesmo,
circula a corrente absorvida pela carga ( fig. 69).

Observe e analise:
Caso os contatos principais tenham sido fechados manualmente, o motor ficará
energizado através das três fases.

A corrente absorvida pelo motor passa através dos elementos bimetálicos.

2. CIRCUITO DE COMANDO

O circuito de comando serve para comandar a chave magnética. Por esta razão, também
é chamado de circuito auxiliar. A seguir, vejamos a função de cada componente de
comando.

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Somente com botoeira fechadora

Quando a botoeira (b1) for pressionada a bobina é energizada ( Fases RT) e, fecham-se
os contatos do contator.

Observe que o contador desliga-se no momento em que a botoeira deixar de ser


pressionada pois a mesma possui contato normalmente aberto (NA) (fig. 70).

 Como neste circulo, aparece somente a botoeira fechadora, o contator liga-se, mas
não permanece ligado.

Acrescido de contato de retenção

Observe inicialmente que neste esquema o contato auxiliar ( NA) está conectado em
paralelo com a botoeira fechadora. Quando a botoeira (b1) for pressionada, a bobina é
energizada. Além dos três contatos principais, fecha-se também o contato auxiliar. No
momento em que a botoeira deixar de ser pressionada, a bobina continuará energizada
através do contato auxiliar que está em paralelo com a botoeira. Por esta razão, este
contato auxiliar é chamado de contato de retenção (Fig. 71).

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Como neste circulo, aparece a botoeira fechadora e o contato de retenção, o contator


liga-se e permanece ligado.

Desligamento do contator

Para desligar o contator utiliza-se a botoeira abridora (b0) está conectada em série com a
bobina. Quando esta botoeira for pressionada, interrompe-se a corrente da bobina e
desliga-se o contator.

Relé térmico – o interruptor do


relé térmico (e), também está
conectado em série com a bobina.
Havendo sobrecarga no motor, os
elementos bimetálicos desligam o
interruptor do relé térmico, o que
provocará o desligamento do
contator (Fig. 72).

ESQUEMA FUNCIONAL

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O esquema funcional é empregado para facilitar a interpretação do circuito. Neste tipo de


esquema os elementos são dispostos em linha, na ordem em que entram no circuito, sem
a preocupação de demonstrar seu posicionamento real.

ESQUEMA FUNCIONAL DE MOTOR TRIFÁSICO COMANDADO POR CHAVE


MAGNÉTICA DE PARTIDA DIRETA.

CIRCUITO PRINCIPAL CIRCUITO DE COMANDO

Com relação ao funcionamento do circuito de comando, deve-se observar o seguinte:

Para desligar a chave magnética, deve-se pressionar b1, que energizará a bobina C1 .
O contator mantém-se ligado pelo contato de retenção C1.
O desligamento é feito pressionando-se b0.

Vamos revisar nossos conhecimentos?


EXERCÍCIOS

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Responda no caderno de Exercícios/ Testes


9- Leia atentamente a relação de denominações dos componentes do esquema
multifilar de um motor trifásico comandado por chave magnética de partida direta e
observe o esquema cujos componentes estão indicados por letras. A seguir, de acordo
com o esquema, escreva para cada letra o nome do respectivo componente.

DENOMINAÇÕES

 Contatos principais
 Bobina
 Botoeira abridora
 Contato de retenção
 Fusível de comando
 Chave seccionadora
 Interruptor do relé térmico
 Motor trifásico
 Botoeira fechadora
 Elemento
bimetálico

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LETRAS DENOMINAÇÕES
a
b
c
d
e
f
g
h
i
j

10 - Leia a relação numerada de funções dos diversos elementos do circuito de comando


de um esquema funcional de motor trifásico comandado por chave magnética de partida
direta e, observe atentamente o esquema funcional com seus elementos indicados. No
quadro a seguir, numere cada elemento de acordo com a função correspondente.

Nº FUNÇÃO
1 Retém o contator ligado
2 Desliga o contator em caso de
sobrecarga
3 Fases que alimentam o circuito
4 Liga o circuito
5 Gera o magnetismo
6 Desliga o circuito
7 Protege o circuito em caso de curto-
circuito
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ELEMENTOS Nº
FUNÇÂO
a R–T
b e1 / e1
c b0
d b1
e Contato C1
f e2
g Bobina C1

Prossigamos estudando agora, o ESQUEMA UNIFILAR de um motor trifásico comandado


por chave magnética de partida direta .

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REPRESENTAÇÃO MULTIFILAR DO CIRCUITO ELÉTRICO DA CHAVE MAGNÉTICA


COM REVERSÃO SIMPLES POR BOTOEIRA COM TRAVAMENTO ELÉTRICO.

Observamos, a seguir, a representação esquemática destes circuitos (fig.47e 48)

CIRCUITO DE FORÇA CIRCUITO DE COMANDO

FUNCIONAMENTO

 LIGAR: Estando sob tensão os bornes RTS e pulsando a botoeira b1, a bobina do
contator C1 será alimentada provocando o fechamento dos contatos principais, do
contato auxiliar de C1 (NF) em série com o contator C1 o motor começa, então, a girar
em sentido de rotação.

Quando em funcionamento o circuito elétrico ficará assim (Fig.49e 50)


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CIRCUITO DE FORÇA CIRCUITO DE COMANDO

Deve-se observar nestes circuitos que após deixarmos de pressionar a botoeira b1 e,


esta, voltar a posição de repouso (NA), o circuito alimentado pelo contato C1, denominado
de “ contato de retenção”.

Vamos observar também que o contato de C1 (NF) em série com a bobina do contador C2
está aberto, impedindo assim, o funcionamento deste contator, pois está travado
eletricamente. Para inverter o sentido de rotação, deve-se pulsar a botoeira bo (NF)
desligando primeiramente o contator C1.

Após pulsar-se a botoeira b2, é eliminada a bobina do contator C2 . Assim, fecham-se os


contatos principais e o contato auxiliar C2 (NA) e, abre-se o contato auxiliar C2 (NF) em
série com o contator C1. O motor começa a girar em sentido contrário à rotação anterior.

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Vejamos como fica o circuito quando em funcionamento (Fig. 51 e 52).

CIRCUITO DE FORÇA CIRCUITO DE COMANDO

Você pode observar aqui, que ao deixarmos de pressionar a botoeira b2, esta voltará ao
repouso (NA), mas o circuito continuará alimentado, através do contato de retenção de C2
(NA). O contato de C2 (NF) em série com a bobina do contator C1, impede eletricamente
a sua ligação.

 INTERROMPER: Para desligar o circuito, em qualquer um dos sentidos, pulsa-se a


botoeira b0, interrompendo, com isso, o circuito de alimentação da bobina e
consequentemente, a abertura dos contatos no circuito de força, determinando,
assim, o desligamento do motor.

 ATENÇÃO: Vejamos como está nossa aprendizagem!

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EXERCÍCIO

 Responda no Caderno de Exercícios/ Testes

16- Observe atentamente, os desenhos dos circuitos de força e de comando de uma


chave magnética com reversão simples por botoeira com travamento elétrico, contendo, a
numeração dos elementos componentes do circuito.
A segui, escreva os números dos elementos que correspondem às seqüências
operacionais para funcionamento à direita e a esquerda.

CIRCUITO DE FORÇA CIRCUITO DE COMANDO

a- ROTAÇÃO À DIREITA

 Pulsar b1
 Alimenta a bobina do contator c1.
 Fecham-se os contatos principais de c1.
 O motor gira para a direita.
 C1 é retido pelo seu auxiliar NA (C1).
 O auxiliar NF (C1) bloqueia o contator C2.

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b- ROTAÇÃO À ESQUERDA

 Pulsar b0.
 Pulsar b2.
 Alimenta a bobina do contator C2.
 Os contatos principais de C2 fecham.
 O motor passa à girar à esquerda.
 O contato auxiliar de C2 (NA) faz a retenção
 O contato auxiliar de C2 (NF) bloqueia C1.
VAMOS EM FRENTE!

2- REPRESENTAÇÃO MULTIFILAR DO CIRCUITO ELÉTRICO DE CHAVE


MAGNÉTICA COM REVERSÃO INSTANTÂNEA POR BOTOEIRA, COM TRAVAMENTO
ELÉTRICO.

Observamos, a seguir, a representação esquemática destes circuitos ( fig. 53 e 54).

CIRCUITO DE FORÇA CIRCUITO DE COMANDO

FUNCIONAMENTO

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 LIGAR: Estando sob tensão os bornes RST, pulsando a botoeira b1 (NA), a bobina do
contator C1 será energizada. Assim fecham-se os contatos principais, o contato
auxiliar de C1 (NA) e , abre-se o contato de C1 (NF) em série com a bobina do
contator C1. Então o motor começa a girar em um sentido de rotação.

Quando em funcionamento, o circuito fica assim (Fig. 55 e 56)

Você pode observar que ao pulsarmos a botoeira b1, ao mesmo tempo que um contato se
fecha (NA) alimentando o circuito do contator C1, o outro contato(NF) se abre, impedindo
a ligação simultânea dos contatores. No momento da ligação temos o travamento
elétrico, através da botoeira. Quando em funcionamento, o travamento continua, através
do contato de C1 (NF) em série com a bobina do contator C2.

Para inverter o sentido de rotação de motor, não precisamos pulsar a botoeira bo (NF)
para desligar o circuito, basta pulsarmos a botoeira b2 e a reversão será instantânea, se
não vejamos:

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FUNCIONAMENTO DO CIRCUITO:

Ao acionar-se a botoeira by, a bobina do contator C3 se energiza, fazendo com que esta
feche os seus contatos NA e abra os seus contatos NF.

Ao se efetuar esta função, o contator C3, faz com que entre em funcionamento o contator
C1, através do seu contato NA em série com a bobina do contator C1, abrindo também, o
seu contato de proteção em série com a bobina do contator C2 ficando, o circuito de
comando, assim configurado:

Energizada a
bobina do contator

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C1, fecha o seu contato de retenção, que a manterá operada, após a desenergização da
bobina do contator C3. Durante esta operação, também fecha o seu contato de
travamento em série com a bobina do contator C2. Desta forma, o circuito ficará assim
configurado.

A operação do contator C3 e C1, através dos seus contatos principais, ocasionará a


partida do motor com ligação em estrela, pois os terminais 1, 2, e 3 do motor serão
alimentados através do contator C1.O contator C3, por sua vez, fechará, em ponte, os
terminais 4, 5 e 6 do motor. O circuito de força, ficará assim configurado.

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Ao deixarmos de pressionar a botoeira by, a bobina do contator C3, desenergiza-se,


fazendo com que este, coloque todos os seus contatos em posição de repouso.
Nesta etapa de funcionamento do circuito, só ficará energizada a bobina do contator C1,
através do seu contato de retenção, ficando assim configurado, o circuito de força e de
comando.

Uma vez feito isto, pressiona-se a botoeira bΔ , energizando a bobina do contator C2.
Este contator, ao ser energizado, fechará o seu contato de retenção, o seu contato NA
em série com o sinalizador 11 e abrir-se-á o seu contato de travamento, em série com a
bobina do contator C3.Desta forma, o circuito de comando ficará assim configurado:

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A operação do contator
C2, através dos seus
contatos principais,
ocasionará a
alimentação dos
terminais 4, 5 e 6 do
motor, de tal forma que
a sequência das fases
nos forneça uma
correta combinação
em triângulo. Esta
combinação deve ser
feita de tal maneira
que se tenha os
terminais 1 e 6 ligados
a fase R, os terminais
2 e 4 a fase S e, os
terminais 3 e 5 a fase
T, ficando o circuito de força assim configurado.

Caso o motor sofra uma sobrecarga, abre-se o contato NF do relé de sobrecarga e fecha-
se o seu contato NA, pelo efeito da corrente elétrica nos elementos térmicos do relé. Isto,
desativará todo o circuito do motor, e energizará o sinalizado 12.
Embora este circuito possa ser utilizado com eficiência no comando de chaves
magnéticas para a partida estrela- triângulo, este não apresenta uma segurança tão
eficaz, como é o caso dos circuitos com temporizadores, que serão analisados nos
módulos seguintes.
Quando se utiliza este circuito, o eletricista deverá instruir o operador da máquina para
observar os seguintes cuidados na manobra do circuito:
 Na partida do motor, a botoeira by , deve ser pressionada, até que o motor atinja uma
velocidade próxima a sua velocidade nominal, para então ser pressionada.
 Sempre que for pressionada a botoeira by, mesmo que não seja pressionada, a
botoeira bΔ para colocar o motor em regime de trabalho, deve ser pressionada a
botoeira b0 para que o motor não permaneça energizado através do contator C1.

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O circuito de comando da chave magnética para a partida estrela- triângulo de motor


trifásico, pode apresentar –se com outras formas de ligação com o pode ser observado
no esquema abaixo.

 Na partida do motor, quando se emprega este circuito de comando, a botoeira deve


ser pressionada até que o motor atinja uma velocidade próxima a sua velocidade
nominal.

REPRESENTAÇÃO SIMBÓLICA UNIFILAR

Este tipo de representação é


muito empregado na instalação
de chaves magnéticas, pois nos
mostra a localização dos
componentes no circuito e o
número de condutores
necessários à sua ligação.

CIRCUITO UNIFILAR

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EXERCÍCIOS

 Responda no caderno de Exercícios / Testes

10- Observe atentamente a representação simbólica funcional incompleta, do circuito


elétrico de força e de comando de uma chave magnética, para partida estrela- triângulo
de motor trifásico. A seguir, complete os respectivos esquemas.

a)

b)

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11- Observe atentamente a


representação esquemática unifilar,
incompleta, dos componentes do
circuito elétrico de uma chave
magnética, para partida estrela-
triângulo de motor trifásico. A
seguir, complete o respectivo
esquema.

Vejamos, a seguir, a representação esquemática do circuito de força da chave magnética


para partida compensada de motor trifásico:

CIRCUITO DE FORÇA

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Para uma melhor compreensão do circuito de força descrevemos a seqüência


operacional do mesmo, tanto no regime de partida como no regime de trabalho.

REGIME DE PARTIDA

Para o motor trifásico entrar em regime de partida, é necessário que os contatores C 3 e


C2 entrem em operação. O contator C3 fechará o autotransformador em estrela e através
do contator C2, o autotransformador será energizado. O motor trifásico partirá, recebendo
um percentual da tensão através da derivação do autotransformador. No regime de
partida, o contator C1 não pode entrar em operação, pois ocasionaria um curto- circuito
no autotransformador.
Durante o período de partida, o circuito de força deverá estar operado da seguinte
maneira:

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REGIME DE TRABALHO

Para que o motor trifásico entre em regime de trabalho é necessário que os contatores C3
e C2 sejam retirados de operação e que a seguir entre em operação somente o contator
C1. Através do contator C1, o motor trifásico receberá a tensão nominal da rede,
necessária para o regime de trabalho. Durante o regime de trabalho o circuito de força,
deverá estar operado da seguinte maneira:

È necessário que tanto no regime de partida como em regime de trabalho, o motor


trifásico receba a mesma seqüência de fases. Quando não for dada a devida atenção a
esta condição, poderá ocorrer que, na partida, o motor gire em um sentido de rotação e,
quando passar para o regime de trabalho, inverta o seu sentido de rotação.

 Pronto para o próximo exercício? Se você achar conveniente volte e dê mais uma
olhadinha.

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EXERCÍCIO

6) Examine atentamente os símbolos dos componentes do circuito de força que estão


representados no esquema. A seguir, complete o mesmo, de forma que fique
representado o circuito de força da instalação de motor trifásico comandando por chave
magnética com partida compensada.

7) Leia, com atenção, as descrições referentes a sequência operacional dos contatores


de uma chave magnética para partida compensada. A seguir, escreva ao lado do regime
de partida e do regime de funcionamento, o número da descrição correspondente.

DESCRIÇÕES

1- Os contatores C3 e C2, devem estar fora de operação e o C1 alimentando o motor


trifásico.
2- O contator C1, não poderá entrar em operação, pois o contator C3 e C2 estão
operados.

a- Sequência operacional dos contatores, no regime de partida


b- Sequência operacional dos contatores no regime de funcionamento.

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Passemos agora para:

Circuito de comando: indica o caminho percorrido pela corrente elétrica, para colocar em
operação , o circuito de força. Este circuito mostra, também os bloqueios elétricos que
servem para evitar que um determinado contator entre em operação, fora de seqüência
prevista e ainda, como o circuito será desenergizado.
Vejamos a representação esquemática do circuito de comando da chave magnética
para partida compensada de motor trifásico.

CIRCUITO DE COMANDO

A seguir, estudaremos a seqüência operacional do circuito de comando, também no


regime de partida e de trabalho.

REGIME DE PARTIDA

O circuito de comando entra em operação no momento que for pressionada a botoeira b1.
O primeiro contator a ser operador é contator C3 ( que conecta o auto transformador em
estrela). Com a entrada do contator C3 , através de um contato NA do mesmo, entrará em

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operação o contator C2 (que energiza o auto transformador) e o temporizador motorizado


d1. Os contatores C3 e C2 e o temporizador motorizado são retidos em operação, através
de um contato NA do contator C2 . Durante o período de partida, o circuito de comando
fica energizado e bloqueado, da seguinte maneira: O contator C1 fica bloqueado através
de um contato NF de C3, mesmo havendo condições de operação, através do contato NA
do contator C2 que está em série com o contator C1.

REGIME DE FUNCIONAMENTO

Vencido o tempo de ajuste de temporizador motorizado, este abre seu contato que está
em série com o contator C3, desarmando-o Com saída de operação do contator C3 , este
fecha o contato NF que está em série com o contator C1, operando-o .

Ao entrar o contator C1, este abre o contato NF que está em série com o contatorC2,
retirando-o de operação. Com saída do contator C2, abre o contato NA que retém o
temporizador motorizado retirando-o do circuito. A retenção do contator C1 é feita através
de um dos seus contatos NA. Durante o período de trabalho, o circuito de comando fica

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energizado e bloqueio da seguinte maneira: Os contatores C2 e C3, ficam bloqueados


através dos contatos NF do contator C1.

DESLIGAMENTO

Para desligar esta chave magnética, em condições normais, basta apertar a botoeira bo
que está em série com as bobinas de todos os contatores.

Em casos de sobrecarga, o relé térmico atua automaticamente, desligando a chave


magnética, pois esta proteção, também está em série com as bobinas de todos os
contatores.

EXERCÍCIOS
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8) Observe a representação esquemática do circuito de comando de uma chave


compensadora. A seguir, nos círculos, com letras e números, identifique cada contato
auxiliar do esquema de acordo com o componente a que pertençam.

9) Observe atentamente a representação esquemática funcional do circuito de comando


apresentada no exercício nº 8 e, leia as descrições referentes as funções dos contatos
auxiliares daquele circuito. A seguir, relacione, numerando nos quadros, as descrições
que correspondem as funções dos contatos.

DESCRIÇÕES

1- O contato NA retém o contator C3 em operação e o contato NF bloqueia o contator C1


.

2- Através de um contato NA, retém em operação os contatos C2 e C3 e também o


temporizador motorizado. O outro contato NA, mesmo estando fixado neste momento,
não energiza o contator C1, que está bloqueado.
3- Retira de operação o contator C3, uma vez vencido o tempo de partida.

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4- Durante o regime de trabalho, o seu contato NA, retém o contator C1 operado. Um dos
contatos NF, bloqueia o contator C2 e o outro, bloqueia o contator C3.

 a – Função do contato do temporizador motorizado d1.


 b- Função dos contatos auxiliares do contator C1 .
 c - Função dos contatos auxiliares do contator C2.
 d - Função dos contatos auxiliares do contator C3.

A seguir, vejamos: ESQUEMA UNIFILAR. Indica os componentes que devem ser


instalados, a localização dos mesmos e a quantidades de condutores. Este tipo de
esquema é utilizado durante o processo de instalação da chave magnética.
O esquema unifilar da chave magnética para partida compensada doe motor trifásico, fica
assim representado:

Após o estudo das simbologias, passaremos a estudar agora as REPRESENTAÇÕES


SIMBÓLICAS DOS CIRCUITOS FUNCIONAL E UNIFILAR da chave magnética com
reversão, para partida estrela- triângulo de motor trifásico. Também estudaremos o
funcionamento de cada circuito separadamente.

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1- CIRCUITO DE FORÇA DA CHAVE MAGNÉTICA COM REVERSÃO PARA


PARTIDA ESTRELA -TRIÂNGULO DE MOTOR TRIFÁSICO.

a) CIRCUITO ELÉTRICO FUNCIONAL

b) FUNCIONAMENTO DO CIRCUITO

Quando colocamos a chave magnética com reversão, para partida estrela-triângulo de


motor trifásico, em funcionamento, devemos, antes selecionar o sentido de rotação em
que desejamos realizar a operação da chave. Determinando o sentido de rotação,
acionamos a botoeira que inicia a operação de comando. Neste momento, entra em
operação o contator C4 , que liga o motor em estrela. Após, quase instantaneamente,
entra em operação o contator C1, ou contator C2 , dependendo do sentido de rotação.

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Neste estágio de operação, o motor entra em funcionamento, estando ligado em estrela


e, portanto em regime de partida. O circuito elétrico, neste momento fica assim:

Passamos alguns segundos, tempo necessário para o motor atingir uma velocidade
próxima da nominal, o temporizador dispara, desoperando o contator C4, desconectando
o circuito estrela.
Imediatamente,
opera o contator
C3, que por sua
vez, conecta o
motor em
triângulo, portanto
o motor passa ao
regime de trabalho
e, no mesmo
sentido de rotação
da partida.
Nestas condições,
o circuito elétrico
fica assim
representado:

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c) INTERRUPÇÃO:

Estando o motor em regime de trabalho e, terminado o período de utilização do


equipamento, este deve ser desligado para não consumir energia ou para iniciar um novo
ciclo de operação. Para desligar o circuito, devemos pressionar a botoeira de parada.
Com isto, desarmaremos os contatores C1 ou C2 e, ainda, o contator C3. O circuito é
então, interrompido, fazendo o motor parar.

OBSERVAÇÃO

A sequência operacional, nos dois sentidos de rotação são semelhantes. A única


diferença é que num sentido de rotação é acionado o contator C1 e, no outro, o contator
C2, permanecendo os outros componentes, operando nos dois sentidos de rotação:

VAMOS VERIFICAR NOSSA APRENDIZAGEM?

EXERCÍCIO

Responda no Caderno de Exercícios/ Testes

7) Leia atentamente a relação, contendo de forma desordenada, a sequência operacional


de funcionamento do circuito de força da chave magnética, com reversão para partida
estrela- triângulo de motor trifásico. A seguir, escreva no diagrama, a sequência
operacional correta, para funcionamento do motor trifásico.

SEQUÊNCIA OPERACIONAL

- Conecta o motor em triângulo.


- Opera o contator C4.
- Determina o sentido de rotação
- Opera o contator C3.
- O motor funciona em regime de partida.
- Opera o contator C2.
- O motor funciona em regime de trabalho.
- O temporizador dispara.
- O motor para.
- O contator C4 desarma.
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- Aciona a botoeira de partida.


- Conecta o motor em estrela.
- Aciona a botoeira de parada.

DIAGRAMA DE FUNCIONAMENTO DA CHAVE MAGNÉTICA COM PARTIDA


ESTRELA- TRIÂNGULO DE MOTOR TRIFÁSICO.

PARTIDA TRABALHO INTERRUPÇÃO

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2) CIRCUITO DE COMANDO DA CHAVE MAGNÉTICA COM REVERSÃO PARA


PARTIDA ESTRELA- TRIÂNGULO DE MOTOR TRIFÁSICO.

a) CIRCUITO ELÉTRICO FUNCIONAL

OBSERVAÇÃO

Convém lembrar a você que o circuito de comando apresentado, é apenas um dos muitos
tipos de circuitos de comando, que poderão ser idealizados.

b) FUNCIONAMENTO

Estando os bornes R - S energizados com 220v - 60Hz, o transformador de comando


rebaixa a tensão para 24v – 60Hz. Quando pulsamos a botoeira b1, o contator C4 é
alimentado conectando o motor em estrela. O contato auxiliar de C4 fecha-se,
alimentando o contator auxiliar d2 e o contator C1. Neste momento, também ocorre o
bloqueio do contator C3, através do contato abridor de C4. Ao deixarmos de pressionar a
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botoeira b1, os contatoresC1, C4, e d2, são alimentados através do contato fechador d2.
Ocorre então, o travamento do contator auxiliar d3 e do contator C2, através dos contatos
auxiliares abridores d2 e C1. Neste estágio o motor está em regime de partida, ou seja, em
estrela, ficando o circuito assim representado:

Durante o período de partida, estando temporizador térmico, que está acoplado ao


contator C4 estará aquecendo elemento bimetálico, e após o tampo ajustado, ocorre o
disparo do temporizador e abre o contato d1, desarmando o contator C4, fechando assim,
o contato auxiliar de C4. Isto vai proporcionar a alimentação do contator C3, que conecta o
motor em triângulo. Neste momento o motor passa a funcionar em regime de trabalho.

O contator C4 é bloqueado através de um contato abridor de C3, evitando, desta forma


que, acidental ou propositadamente o motor venha a ser ligado em estrela, quando
estiver à plena carga.
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Neste estágio, este circuito fica assim representado:

Para inverter o sentido de rotação, pressionamos diretamente a botoeira b2, desligando o


circuito dos contatores, que proporcionavam o sentido de rotação anterior. Com isto,
inicia- se um novo ciclo de operação com a ligação estrela até triângulo, mas com sentido
de rotação inverso ao anterior.

Atenção: Podemos também inverter o sentido de rotação, desligando o circuito através da


botoeira b0 e após pressionado a botoeira b2, que inicia o ciclo descrito anteriormente.

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 No regime de partida o circuito fica assim representado:

 No regime de trabalho o circuito fica assim representado:

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Em prosseguimento = REPRESENTAÇÃO ESQUEMÁTICA DOS CIRCUITOS DE


CHAVES MAGNÉTICAS PARA PARTIDAS CONSECUTIVAS DE MOTORES TRIFÍCOS.

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COMANDO SEQUÊNCIAL DE MOTORES TRIFÁSICOS COM PARTIDA DIRETA

Circuito de força

No circuito de força, cada motor recebe um comando simples e a ordem de partida deve
ser: m1, m2, m3 e m4.

OBSERVAÇÃO

Este circuito de força com partida direta dos motores trifásicos, pode receber uma série
de comandos.
Apresentamos – lhes os mais usuais:
 Com permanência dos motores ( através de botoeira).
 Com permanência dos motores (através dos temporizadores).
 Sem permanência dos motores ( através de temporizadores).

EXERCÍCIO

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Responda no Caderno de Exercício /Testes

5) Observe atentamente os símbolos dos componentes do circuito de força. Utilizados


nas chaves magnéticas. A seguir, complete o esquema, de maneira que fique
representado o circuito de força de uma chave magnética, para partida direta e
consecutiva de quatro motores trifásicos.

A seguir, ao estudo dos circuitos de comando, começando pelo:

1- CIRCUITO DE COMANDO COM PERMANÊNCIA DOS MOTORES (através de


botoeira)

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SEQUÊNCIA OPERACIONAL

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1º MOTOR

O circuito, somente entra em operação quando for pressionada a botoeira b1, pois as
demais ( b2, b3, b4 ) estão bloqueados através de um contato NA do contatorC1. Este
contator permanece retido através do contato NA que está em paralelo com a botoeira b 1.
Nesta situação, o primeiro motor é energizado através dos contatos principais do contator
C1. Os bloqueio servem para evitar a entrada de qualquer um dos outros motores, através
de uma manobra acidental, por parte do operador.

2º MOTOR

Vencido o tempo necessário, o operador pressiona a botoeira b2, que neste momento,
está energizada através do contato de bloqueio NA do contator C1. Com este
procedimento o contator C2 é operado e fica retido pelo contato NA que está em paralelo
com b2. O segundo motor fica energizado através dos contatos principais do contator C2.

3º MOTOR

Com a entrada do contator C2, a botoeira b3, fica energizada. Vencido o tempo necessário
do segundo motor, o operador pressiona a botoeira b3, colocando o terceiro motor em
operação.

4º MOTOR

vencido o tempo necessário para o terceiro motor, o operador pressiona a botoeira b 4,


que de maneira idêntica, coloca em funcionamento o quarto motor.

DESLIGAMENTO DO CIRCUITO

Todo o circuito será desligado automaticamente, em caso de sobrecarga de qualquer


motor, pois todos os relés térmicos estão ligados em série.
O desligamento, em condições normais, é feito, pressionando- se a botoeira b0.

EXERCÍCIOS

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Responda no Caderno de Exercícios/ Testes

6) Observe atentamente o circuito incompleto, do comando de uma chave magnética


para partida direta e consecutiva de quatro motores trifásicos. A seguir, complete o
esquema de maneira que ao acionar as botoeiras, os motores fiquem retidos em
funcionamento.

7) Observe o esquema do exercício número 6 e a seguir faça um “ x “ ao lado da


alternativa que completa corretamente a frase.

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a) O contator C1 permanece retido em operação através do contato:

NA de C1 NF de C1 NA de C2

b) A operação de sobrecarga é feita através dos relés térmicos:

e5, e6, e e8 e6, e7, e e8 e5, e6, e7 e e8

c) O desligamento manual do circuito é feito através de:

e1 b0 b1

d) Com o circuito desoperado, pressionando a botoeira b2, o segundo motor não entra
em operação, pois o contator C2, é alimentado através de um contato:

NA de C2 NF de C1 NA de C1

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2- CIRCUITO DE COMANDO COM PERMANÊNCIA DOS MOTORES (através de


temporizadores motorizados)

SEQUÊNCIAL OPERACIONAL

1º MOTOR

O circuito entra em operação, no momento em que for pressionada a botoeira b1 . neste


momento, o contator C1 e o temporizador d1, entram em operação e ficam retidos através
do contato NA do contator C1 em paralelo com a botoeira b1. Nesta situação, o primeiro
motor é energizado através dos contatos principais do contator C1.

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2º MOTOR

Vencido o tempo programado no temporizador d1, este fecha o contato que está em série
com a bobina do contator C2 e o temporizador d2. C2 e d2 ficam retidos através do contato
NA de C2, que está em paralelo com o contato de d1. Com a entrada de C2, abre o contato
NF que está em série com o temporizador d1, retirando-o de operação. Nesta situação, o
segundo motor é energizado através dos contatos principais do contator C2 .

3º MOTOR

Vencido o tempo programado no temporizador d2, este fecha o contato que está em série
com a bobina C3, operando o contator C3 e o temporizador d3. C3 e d3 ficam retidos
através do contato NA de C3, que está em paralelo com o contato de d2 . Com a entrada
de C3 , abre o contato NF que está em série com o temporizador d2, retirando-o de
operação. Nesta situação, o 3º motor é energizado através dos contatos principais do
contator C3.

4º MOTOR

Vencido o tempo programado no temporizador d3, este fecha o contato que está em série
com a bobina C4, operando o contator C4, ficando retido através do contator NA de C4, que
está em paralelo com o contato de d3. Com a entrada de C4, abre o contato NF que está
em série com o temporizador d3, retirando-o de operação. Nesta situação o quarto motor
é energizado através dos contatos principais do contator C4.

DESLGAMENTO DO CIRCUITO

Todo o circuito será desligado automaticamente em caso de sobrecarga de qualquer


motor, pois todos os relés térmicos estão ligados em série. O desligamento em condições
normais, é feito pressionando-se a botoeira b0 .

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EXERCÍCIO
Responda no Caderno de Exercício/ Testes

8) Observe atentamente o circuito incompleto do comando de uma chave magnética para


partida direta e consecutiva de quatro motores trifásicos, comandos por temporizadores.
A seguir, complete o esquema, de maneira que os motores permaneçam em
funcionamento.

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3- CIRCUITO DE COMANDO SEM PERMANÊNCIA DOS MOTORES TRIFÁSICOS


(através de temporizadores motorizados).

SEQUÊNCIA OPERACIONAL

1º MOTOR
O circuito entra em operação, no momento que for pressionada a botoeira b1. Neste
momento, o contator C1 e o temporizador d1, entram em operação e ficam retidos através
do contato NA do contator C1 em paralelo com a botoeira b1. Nesta situação, o primeiro
motor é energizado através dos contatos principais do contator C1.
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2º MOTOR
Vencido o tempo programado no temporizador d1, este fecha o contato que está em série
com o contator C2, operando o contator C2 e o temporizador d2. No momento que o
contator C2 entra em operação, desliga o contator C1 através do contato NF que está em
série com o contator C1, desenergizando o primeiro motor. O contator C2 e o temporizador
d2, ficam retidos através do contato NA de C2 que está em paralelo com o contato d1.
Nesta situação somente o segundo motor permanece em funcionamento.

3º MOTOR
Vencido o tempo programado no temporizador d2, este fecha o contato que está em série
com o contator C3, operando o contator C3 e o temporizador d3. No momento que o
contator C3, entra em operação, desliga o contator C2 , através do contato NF que está em
série com o contator C2, desenergizando o segundo motor. O contator C3 e o
temporizador d3, ficam retidos através do contato NA de C3 que está em paralelo com o
contato d2.
Nesta situação, somente o terceiro motor permanece em funcionamento.

4º MOTOR
Vencido o tempo programado no temporizador d3, este fecha o contato que está em série
com o contator C4, operando-o . No momento em que este contator operar, desliga o
contator C3, através do contato NF que está em série com o contator C3, desenergizando
o terceiro motor. O contator C4 fica retido, através do contato NA de C4 que está em
paralelo com o contato d3 . Nesta situação somente o quarto motor permanece
funcionado.

DESLIGAMENTO DO MOTOR

O desligamento deste circuito é feito de maneira idêntica aos demais comandos


seqüenciais, já apresentados.

COMANDO SEQUENCIAL DE MOTORES TRIFÁSICOS COM PARTIDA COMPENSADA

Trataremos agora dos circuitos para comando seqüencial de motores trifásicos com
partida compensada. Estes circuitos são utilizados para comando de motores de
potências elevadas, com o propósito de reduzir-se a corrente de partida.

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1- COMANDO SEQÜÊNCIAL DE MOTORES TRIFÁSICOS COM PARTIDA


COMPENSADA.
a) CIRCUITO DE FORÇA

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SEQUENCIA OPERACIONAL

1ºMOTOR

Para o primeiro motor entrar em funcionamento, é necessário que durante, o regime de


partida, os contatores C1, C2 e C4, estejam operados e, para entrar em regime de trabalho,
os contatores C1, C2 e C4, devem estar fora de operação e, somente o contator C3 deverá
estar operado.

Os contatores cumprem as seguintes funções:

REGIME DE PARTIDA:
C1 – Liga o autotransformador em estrela.
C2 – Liga o autotransformador na rede elétrica.
C4 – Alimenta o motor com um percentual da tensão nominal.

REGIME DE TRABALHO

C3 – Alimenta o motor com tensão nominal.

2º - MOTOR

O segundo motor entra em funcionamento através dos contatores C1, C2 ,C6 no regime
de partida e o contator C5 no regime de trabalho desempenhando as seguintes funções:

REGIME DE PARTIDA :

C1 – Liga o autotransformador em estrela.


C2 – liga o autotransformador na rede elétrica.
C6 – Alimenta o motor com um percentual da tensão nominal.

REGIME DE TRABALHO

C5 – Alimenta o motor com tensão nominal.

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3º MOTOR

O terceiro motor entra em funcionamento, através dos condutores C1, C2, C8 no regime
de partida e o contator C7, no regime de trabalho desempenhando as seguintes funções:

REGIME DE PARTIDA:

C1 – Liga o autotransformador em estrela.


C2 – Liga o autotransformador na rede elétrica .
C3 – Alimenta o motor com um percentual da tensão nominal.

REGIME DE TRABALHO

C7 – Alimenta o motor com tensão nominal.

4º MOTOR

O quarto motor entra em funcionamento, através dos contatores C1, C2, C10 no regime de
partida e o contator C9, no regime de trabalho, desempenhando as seguintes funções:

REGIME DE PARTIDA:

C1- Liga o autotransformador em estrela


C2- Liga o autotransformador na rede elétrica.
C10 - Alimenta o motor com um percentual de tensão nominal.

REGIME DE TRABALHO

C9 - Alimenta o motor com tensão nominal

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EXERCÍCIOS

Responda no Caderno de Exercícios / Testes

9 - Observe atentamente o circuito de força incompleto. A seguir, complete o esquema,


de maneira que fique representado o circuito de força de uma chave magnética para a
partida compensada e consecutiva de quatro motores trifásicos.

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10 – observe o esquema do exercício número 9 e, a seguir, assinale x a alternativa que


completa corretamente a frase.

a) o auto transformador reduz a tensão para a partida dos motores:

m1, m2 e m4 m2, m3 e m4 m1, m2, m3 e m4

b) Os contatores C1 e C2, são operados para a partida dos seguintes motores:

m1, m2, m3 e m4 m1, m2 somente m1

c) O segundo motor recebe tensão reduzida através do contator:

C3 C6 C2

d) O terceiro motor para entrar em regime de partida e, em regime de trabalho, depende


dos seguintes contatores:

C2, C4, C5 e C6 C1, C2, C6, e C7 C1, C2, C8 e C7

e) O contator C2 cumpre a seguinte função no circuito:

Comandar a Ligar o autotransformador Alimentar o primeiro


alimentação do em estrela motor
autotransformador

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COMANDO SEQUÊNCIAL DE MOTORES TRIFÁSICOS COM PARTIDA COMPENSADA

CIRCUITO DE COMANDO COM PERMANÊNCIA DOS MOTORES ( através de


temporizadores pneumáticos).

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SEQUÊNCIA OPERACIONAL

1º MOTOR

O circuito de comando entra em funcionamento, no momento em que a botoeira b1 for


pressionada. Neste momento, o contator C1 entra em operação e permanece retido
através do contato NA de C1, que está em paralelo com b1. O contator C2, entra em
operação através do outro contato NA de C1, que está em série com C2. Com a entrada
de C2 em operação, através de um contato NA de C2 colocará o contator C4 e o
temporizador d1 em operação. Nesta situação o primeiro motor, está em regime de
partida ( contadores operados: C1, C2 e C4). Vencido o tempo programado no
temporizador d1, este abrirá o seu contato NF, desoperando o contator C4.
Consequentemente, fecha o seu contato NA, colocando em operação o contator C3, que
fica retido através do seu contato NA em paralelo com d1. Nesta situação, o primeiro
motor está em regime de trabalho ( contator C3).

OBSERVAÇÃO

Os contatores C1 e C2, ( comando do autotransformador) permanecerão operados, para


propiciarem a partida com tensão reduzida dos demais motores.

2º MOTOR

Com a entrada em operação do contator C3, através do seu contato NA, coloca em
operação o contator C6 e o temporizador d2. Nesta situação o segundo motor entra em
regime de partida ( contatores operados: C1, C2 e C6 e também o contator C3 do regime
de trabalho do primeiro motor). O contato NF de C6, em série com o temporizador d1,
abre, desativando-o . vencido o tempo programado no temporizador d2, este abrirá seu
contato NF, desoperando o contatorC6 e fecha o seu contato NA, colocando em operação
o contatorC5 que fica retido através de seu contato NA em paralelo com d2. Nesta
situação o motor está em regime de trabalho ( contator C5).

3º MOTOR

Com a entrada em operação do contator C5, através do seu contato NA, coloca em
operação o contator C8 e o temporizador d3. Nesta situação, o terceiro motor entra em
regime de partida ( contatores operados: C1, C2 e C8 e também o C3 do regime de
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trabalho do primeiro motor e o C5 do regime de trabalho do segundo motor. O contato NF


de C8, em série com o temporizador d2, abre, desativando-o Vencido o tempo
programado no temporizador d3, este abrirá o seu contato NF, desoperando o contator
C8. Desta forma, fecha-se o contato NA, colocando em operação o contator C7 que fica
retido através de seu contato NA em paralelo com d3.

Nesta situação o terceiro motor está em regime de trabalho ( contator C7).

4º MOTOR

Com a entrada em operação o contator C7, através do seu contato NA, coloca em
operação o contator C10 e o temporizador d4. Nesta situação o quarto motor entra em
regime de partida ( contatores operados: C1, C2 e C10 e também os contatores C3, C5, e
C7 do regime de trabalho) mantendo em funcionamento, respectivamente, o primeiro,
segundo e terceiro motor. O contato NF de C10 em série com o temporizador d3, abre,
desativando-o. Vencido o tempo programado no temporizador d4,este abrirá seu contato
NF, desoperando o contatorC10 e fecha seu contato NA, colocando em operação o
contator C9 que fica retido através do seu contato NA em paralelo com d4. Nesta situação
o quarto motor está em regime de trabalho ( contator C9).

OBSERVAÇÃO

- No momento em que o contator C9 entrar em operação, através de seu contato NF,


retira de operação os contatores C1 e C2 que comandam o autotransformador.
- Mesmo saindo de operação os contatores C1 e C2, os contatores C3, C5, C7,e C9,
continuam retidos em operação através dos seus contatos de retenção.

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EXERCÍCIOS

Responda no Caderno de Exercícios/ Testes

11- Observe atentamente o circuito de comando incompleto. A seguir, complete o


esquema, de maneira que fique representado o circuito de comando de uma chave
magnética para partida compensada e consecutiva, com permanência dos motores,
através de temporizadores pneumáticos.

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Referências Bibliográficas

www.weg.com.br (produto)
www.siemens.com.br (produto)
www.sp.senai.br (cursos e treinamentos)

Livro Motor de indução


Guilherme Filippo Filho
Editora Erica

Apostila de Eletro pneumática – FESTO/SENAI - 1979

Apostilas SENAI/MG

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