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DIFRAÇÃO DE RAIOS X:
IDENTIFICAÇÃO DE ARGILOMINERAIS.
Tubarão
2016
CLAUDIA CARLA CARVALHO
BRUNO LOPES
GABRIEL DELLA
GUSTAVO TRICHES
LUIZ HENRIQUE TEIXEIRA
DIFRAÇÃO DE RAIOS X:
IDENTIFICAÇÃO DE ARGILOMINERAIS.
Tubarão
2016
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
1 INTRODUÇÃO................................................................................................................... 4
2 DIFRAÇÃO DE RAIO-X................................................................................................... 5
3 ARGILOMINERAIS .......................................................................................................... 6
4 ARGILOMINERAIS EM FLUIDOS DE PERFURAÇÃO ............................................ 8
5 CALCULOS NA DETERMINAÇÃO DE ARGILOMINERAIS POR DIFRAÇÃO
DE RAIO X E ESTRUTURA DOS ARGILOMINERAIS. .................................................. 9
6 CONCLUSÃO ................................................................................................................... 23
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 24
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1 INTRODUÇÃO
2 DIFRAÇÃO DE RAIO-X
3 ARGILOMINERAIS
Argilas são silicatos hidratados que possuem textura e granulometria muito fina
(inferior a 2 micrometros, segundo Mello, 2011). Em contato com água podem desenvolver
plasticidade e como as micas, são parte dos fitossilicatos. A maioria das argilas apresenta-se
com hábitos lamelar ou tubular devido que são constituídas por íons.
A estrutura desses materiais é composta por redes planas sobrepostas onde possuem
espessuras definidas na ordem de angstrons. Esta espessura pode variar, contraindo ou
expandindo-se em função de determinadas condições.
Na determinação das argilas, vários elementos são levados em conta, segue-se cinco
deles segundo Neves, 1968:
a) Habitus;
b) Número de camadas componentes do pacote unitário;
c) Possibilidade de substituições iônicas dentro das camadas;
d) A variabilidade e estabilidade do espaço interfoliar, e
e) A homogeneidade ou heterogeneidade de constituição, pacote a pacote.
Exceto o item c) mencionado acima, o restante pode ser determinado por
difratometria de raios x.
O item d), é de grande ajuda nos ensaios para a determinação das argilas, visto a
simplicidade desta variabilidade. Geralmente, a argila pode ser submetida a aquecimento ou
atmosfera de etileno-glicol dependendo do que se precisa identificar. No primeiro caso, o
aquecimento faz com que a distância interplanar retraia; logo, no segundo, o etileno glicol faz
com ela se expanda. Mesmo assim, sabe-se que existem materiais argilosos aos quais não
variam suas distancias interplanares com estes métodos, o que também auxilia nos ensaios.
Como exemplos práticos disto, pode-se mencionar a ilita e a clorita que não variam
suas distancias interplanares nem com aquecimento e nem com etileno glicol. Vermiculita não
varia com etileno-glicol, porem contrai com aquecimento; já a montmorilonita-12 expande com
etileno glicol e retrai-se com aquecimento (Albers, 2002). Segue abaixo um difratograma que
ilustra claramente as características de retração e expansão da montmorilonita-12:
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Uma das maiores preocupações dos profissionais da área de perfuração diz respeito
aos problemas encontrados quando se perfura uma camada espessa de formação argilosa,
geralmente denominada de folhelho. O folhelho é uma rocha sedimentar, naturalmente
estratificada, composta por grãos muito finos de quartzo, feldspato, calcita e quantidades
apreciáveis de argilas. O teor de material argiloso presente nos folhelhos, em geral ultrapassa a
sessenta por cento e se apresenta sob a forma de uma mistura complexa e variada de
argilominerais, com predominância de ilita, esmectita, argila de camada mista, clorita e
caulinita, nesta ordem.
Alguns tipos de folhelhos possuem uma elevada capacidade de interagir com água.
Portanto os cascalhos perfurados dessas formações podem, por dispersão, incorporarem-se ao
fluido de perfuração, alterando de modo drástico as suas propriedades. A estabilidade das
paredes do poço durante a perfuração depende, em grande parte, das interações entre o fluido
de perfuração e a rocha exposta. Portanto, a exposição das formações argilosas, durante um
tempo muito longo, pode causar problemas sérios como: enceramento da broca, formação de
anéis de obstrução no espaço anular, fechamento e/ou desmoronamento do poço, prisão da
coluna de perfuração, alargamento do poço e deposição de cascalhos no fundo do poço. A
utilização de um fluido apropriado para perfurar formações argilosas pode evitar os problemas
citados.
As Funções dos fluidos são remover os detritos gerados pela broca, resfriar e limpar
a broca e estabilizar as paredes do poço evitando seu desmoronamento. O fluido mais utilizado
é de água acompanhado de bentonita por ser considerável mais viável financeiramente e mais
seguros ambientalmente do que, por exemplo, os fluídos a base de óleo.
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No fim do século XIX, o físico alemão Max Von Laue verificou que ao incidir
elétrons sobre uma placa metálica com altas velocidades, cerca de 1/10 da velocidade da luz,
esses elétrons ejetavam radicação (luz), chamando-os de raios X, pois percebeu que esses raios
atravessavam materiais de baixa densidade.
Hoje se sabe que os raios X são ondas eletromagnéticas com comprimento de onda
menor que a da luz vizível (400-700 nm) e por isso, demorou a ser entendido que existia em
fenômeno ondulatório, um caráter eletromagnético.
Então, como um espalhador de raios X, exemplifica-se aqui por uma ampola está
praticamente no vácuo, que, portanto, tem velocidade quase nula. Contudo, um circuito
próximo ao cátodo da ampola faz com que haja liberação de elétrons no deste em direção ao
ânodo da ampola. Os elétrons liberados ganham velocidade devido a uma diferença de potencial
(d.d.p.) de um segundo circuito conectado a ampola, que possui dezenas de quilo elétron volt
(keV).
Assim, o elétron que foi acelerado favorecido pela d.d.p. desacelera rapidamente no
anteparo (ánodo), isto é chamado de radiação de frenagem (bremsstrahlung), uma vez que ao
desacelerar emite luz (radiação), ou seja, raios X.
Desse modo, o comprimento de onda dos raios X é da ordem de 0,1 nm é muito
pequena, por isso pode-se identificar certos cristais em relação as suas distâncias interatômicas,
visto que para a interferência e a difração serem eficazes, é necessário incidir o feixe da onda
eletromagnética à uma distância ou tamanho da fenda que seja da ordem do comprimento de
onda dos raios-X.
Max Von Laue, em 1912, descobriu a natureza ondulatória de uma rede de difração
como sendo centros espalhadores da luz, através da reflexão das ondas.
Dessa maneira, a caraterística citada acima pode ser explicada através da Derivação
da Lei de Bragg (nl = 2 d sen q), em que os raios dos feixes incidentes (em fases e paralelos)
atingem a camada superior com um determinado ângulo de incidência e reflete com o mesmo
ângulo de incidência (Fig. 1).
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O feixe na figura (1) que atinge a segunda camada (layer) deve viajar a distância
extra AB + BC para que ele possa continuar em fase e paralelo com o feixe da camada acima,
da mesma forma que seguem as camadas adjacentes e abaixo. Contudo, a distância extra deve
ser um múltiplo inteiro (n) do comprimento de onda (l), como mostra a equação (1) abaixo:
𝑛𝑙 = 𝐴𝐵 + 𝐵𝐶 (1)
Fonte:
Ainda sobre os argilominerais, eles são formados por folhas de tetraedros de silício
e oxigênio e folhas de octaedros de alumínio e oxidrilas, ambas em arranjo hexagonal, em que
os átomos de oxigênio ficam dispostos em volta dos átomos de silício, com ligação covalente,
e o mesmo acontecendo com as oxidrilas e os átomos de alumínio.
À vista disso, no caso dos tetraedros, o Si, pode ser substituído isoformicamente
por Al3+, Fe2+, Fe3+, Ti4+, Cr3+, Mn2+, Zn2+, Li+, Mg2+.
Dessa forma, segue a geometria dos argilominerais (fig.NNNNN, (fig.NNNNN),
(fig.NNNNN) (fig.NNNNN), (fig.NNNNN):
por duas folhas. No empilhamento das folhas, as ligações são feitas pelos oxigênios dos vértices
dos tetraedros.
Desse modo, ocorrem também camadas formadas por três folhas, sendo as folhas
de octaedros intercaladas entre duas folhas de tetraedros, em que nas estruturas 1:1, as camadas
são unidas por pontes de hidrogênio ou oxidrilas. Nas estruturas 2:1, as camadas são unidas por
cátions, que se dispõem entre as camadas.
Ademais, a classificação estrutural dos argilominerais, pertencentem ao grupo dos
filossilicatos e divididos em minerais de estruturas 1:1, 2:1, 2:1:1, são:
Os minerais de estrutura 1:1, são: Caulinita, diqnita, narsita, haloisita. Minerais de
estrutura 2:1, são: grupo da ilita, grupo davermiculita, grupo da esmectita, montmorilonita,
nontronita, saponita, hectorita, sauconita e volconscoita. E os minerais de estruturas 2:1:1, são:
grupo da clorita com várias espécies; argilominerais pertencentes ao grupo dos minerais de
camadas mistas ou interestratificados.
Com relação a estrutura, segue duas figuras (Fig. YYYYYY) e (Fig. BBBB),
mostrando a estrutura 1:1 e 2:1, respectivamente:
como mostra o comportamento controlado por forças elétricas na Fig. LLLLL, e por sua vez
a dfração na Figura OOOOO:
6 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
NEVES, Luís Eduardo. Estudo prático de argilas por difratometria de raios-x. Boletim
Técnico da Petrobras, Rio de Janeiro, v. 1, n. 11, p.123-135, mar. 1968. Disponível em:
<http://vdpf.petrobras.com.br/vdpf/PDFHighlightServlet.svlt?acao=pdf&codigoArtigo=5876#
xml=http://vdpf.petrobras.com.br/vdpf/PDFHighlightServlet.svlt?acao=xml&codigoArtigo=5
876>. Acesso em: 02 dez. 2016
MELLO, Ivani Souza et al. Revisão sobre argilominerais e suas modificações estruturais com
ênfase em aplicações tecnológicas e adsorção: Uma pesquisa inovadora em
universidades. Alta Floresta: Revista de Ciências Agro-Ambientais, Cuiabá, v. 9, n. 1,
p.141-152, 2011. Disponível em:
<http://www.unemat.br/revistas/rcaa/docs/vol9/artigo13_v9_n1_2011.pdf>. Acesso em: 02
dez. 2016.
Amorim, L. V.; Farias, K. V.; Silva, A. R. O.; Pereira, M. S.; Lira, H. L.; Ferreira, H. C. 2007.
Desenvolvimento de formulações de fluidos base água para perfurações de poços de petróleo
– estudo preliminar. 4º PDPETRO, Campinas, SP.