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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE – UNINORTE

Laureate International Universities®


ESCOLA DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLOGIAS
CURSO DE ENGENHARIA AMBIENTAL

VALTERMIR MESQUITA PEREIRA

USO DE LEGUMINOSAS COMO ALTERNATIVA PARA ADUBAÇÃO


VERDE E COBERTURA DE SOLOS DEGRADADOS
AMBIENTALMENTE

MANAUS – AM
2016
VALTERMIR MESQUITA PEREIRA

USO DE LEGUMINOSAS COMO ALTERNATIVA PARA ADUBAÇÃO


VERDE E COBERTURA DE SOLOS DEGRADADOS
AMBIENTALMENTE

Trabalho de conclusão de curso – TCC apresentado ao


Centro Universitário do Norte – UNINORTE como
requisito para obtenção do grau de bacharel em
engenharia Ambiental.

Orientadores: Dr. Aprígio Mota Morais


Coorientador: Dr. Luiz Augusto G. de Souza

MANAUS - AM
2016
P436u PEREIRA, Valtermir Mesquita

Uso de leguminosas como alternativa para adubação verde e cobertura de solos


degradados ambientalmente - Valtermir Mesquita Pereira - Manaus, Centro
Universitário do Norte – UNINORTE/Laureate, 2016.

32f.

Trabalho de Conclusão de Curso – TCC apresentado ao Centro Universtário do


Norte – UNINORTE/Laureate como pré-requisito para obtenção do grau de
bacharel em Engenharia Ambiental.

Orientador: Dr. Aprígio Mota Morais


Coorientador: Dr. Luiz Augusto Gomes de Souza

1. Biodiversidade. 2. Leguminosas Herbáceas. 3. Nitrogênio. 4. Nodulação.

CDU 628
VALTERMIR MESQUITA PEREIRA

USO DE LEGUMINOSAS COMO ALTERNATIVA PARA ADUBAÇÃO


VERDE E COBERTURA DE SOLOS DEGRADADOS
AMBIENTALMENTE

Trabalho de conclusão de curso – TCC apresentado ao


Centro Universitário do Norte - UNINORTE como
requisito para obtenção do grau de bacharel em
Engenharia Ambiental

Apresentado e aprovado pela banca avaliadora em 7 de dezembro de 2016, atendendo às


normas da legislação vigente do Centro Universitário do Norte – UNINORTE/Laureate e da
coordenação do Curso de engenharia Ambiental.

Profª. Ma. Káren Lorena Lôbo Prado


Coordenadora do Curso de Engenharia Ambiental

BANCA AVALIADORA

Prof. Dr. Bruno Machado Leão


Presidente
(UNINORTE)

Profª. Dra. Josephina Barata da Veiga


Membro
(UNINORTE)

Prof. Me. Jhassen Antonio Silva de Siqueira


Membro
(UFAM)
DEDICATÓRIA

Aminha família, em especial, à memória


de minha irmã Vanessa Mesquita Pereira.

Dedico
AGRADECIMENTOS

A Deus, pelo dom da vida, sabedoria e oportunidade, por me permitir essa almejada
conquista.
A meu pai Valdemir Rodrigues Pereira e a minha mãe Edite Mesquita Pereira pelo
apoio incondicional, dedicação, confiança, paciência, compromisso, fidelidade e
principalmente, amor e carinho;
Aos meus irmãos (Francisco Valter, Viviane, Vanderson, Paulo, Valéria e Valbert)
Mesquita Pereira por não medirem esforços e sempre apoiarem nesta caminhada;
Ao meu filho Thallis Dias Pereira pela alegria e motivação que me impulsionam e não
permitem-me desistir;
Aos meus sobrinhos, Alleph, Safira, Isabelle e Guilherme pala alegria proporcionada e
pela motivação nas horas de cansaço;
Ao meu amigo-irmão Jorge Luiz Peixoto por estar sempre ao meu lado, apoiando-me
em todas as decisões tomadas;
Aos orientadores deste trabalho, Dr Luiz Augusto Gomes de Souza e Dr. Aprígio
Mota Morais, por acreditarem e dedicarem tempo, apoio, confiança e oportunidade.
A todos os professores que fizeram parte dessa longa jornada, compartilhando seus
conhecimentos e experiências;
Aos amigos que sempre estiveram ao meu lado, em momentos de alegrias, assim como
nas adversidades;
Aos colegas de turma, por compartilharem dessa caminhada, pelas discussões
favoráveis e contrárias, em busca de nosso aperfeiçoamento intelectual;
À equipe do Laboratório de Microbiologia do Solo do INPA: Adilson, Manoel,
Paulino e Marcelo pelo apoio, trabalho, dedicação e companheirismo.
Ao INPA pela infraestrutura cedida e ao CNPq pela bolsa concedida;
A todos que direta e indiretamente contribuíram para esta realização.

Pelo apoio, força, motivação, convivência, paciência, experiência, oportunidade,


confiança, companheirismo, trabalho, segurança, dedicação e carinho.

Muito Obrigado!
A realização desse trabalho é o fruto de
muito empenho e dedicação!
RESUMO

O uso intensivo e inadequado dos solos pelos cultivos e criações, acelera-se sua degradação,
sendo necessária a adoção de práticas agroecológicas conservacionistas para sua manutenção.
Ao longo dos anos, o conhecimento tradicional sobre as plantas conhecidas como
leguminosas integraram muitas das espécies na recuperação de solos pela sua habilidade da
fixação biológica de nitrogênio. Objetivou-se avaliar a nodulação natural das leguminosas
herbáceas mata-cabrito (Clitoria laurifolia) e feijão-brabo (Vigna linearis) em solos da
Amazônia. Os solos testados foram: Latossolo - coletados em áreas de floresta natural,
agrícola e sob pastagem; Argissolo - de áreas quintais florestais e agrícola e Glei pouco
Húmico - da várzea do rio Solimões. Cada espécie constituiu um experimento. O
delineamento experimental foi o inteiramente casualizado, com seis tratamentos (os solos) e
oito repetições cada. Verificou-se que as duas espécies apresentaram diferenças de adaptação
em suas características de crescimento, desenvolvimento e nodulação em solos da Amazônia.
Aos 85 e 105 dias após o transplantio, as plantas apresentaram 100 % de sobrevivência e a
nodulação natural foi constatada em 62,5 e 87,5 % das mudas de mata-cabrito e de feijão-
brabo, respectivamente. O feijão-brabo destacou-se na velocidade de crescimento, produção
de biomassa e nodulação natural comparado ao mata-cabrito. Para ambas as espécies uma
menor presença de rizóbios compatíveis para os processos de fixação de N2 foi demonstrada
em solo Latossolo Amarelo coletado sob área de pastagem, sugerindo, nestas condições, a
necessidade de inoculação com estirpes selecionadas.

Palavras chaves: Biodiversidade, Leguminosas Herbáceas, Nitrogênio, Nodulação.


LISTA DE FIGURAS

Figura 1. Medidas da evolução do comprimento do caule (cm) de plantas de (a) mata-cabrito


(Clitoria laurifólia) e (b) feijão-brabo (Vigna linearis) em seis tipos de solos da
Amazônia ..................................................................................................................... 22
Figura 2. Medidas da evolução do diâmetro do colo (mm) em plantas de (a) mata-cabrito e de
(b) feijão-brabo (Vigna linearis), em seis tipos de solos da Amazônia ....................... 23
Figura 3. Médias do número de nódulos (a), em plantas de mata-cabrito (Clitoria laurifolia) e
(b) em plantas de feijão-brabo (Vigna linearis), em seis tipos de solos da
Amazônia ..................................................................................................................... 26
Figura 4. Médias da biomassa dos nódulos secos (a) em plantas de mata-cabrito (Clitoria
laurifolia) peso específico de nódulos (b) em plantas de feijão-brabo (Vigna linearis),
em seis tipos de solos da Amazônia..............................................................................27
LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Localização, coordenadas geográficas dos pontos e data de coleta dos solos ......... 19
Tabela 2. Características químicas de seis tipos de solos coletados em área de várzea e de terra
firme na Amazônia ......................................................................................................... 21
Tabela 3. Médias da biomassa da parte aérea, raízes, caule, folhas e total, após a secagem em
mudas de feijão-brabo (Vigna linearis) e mata-cabrito (Clitoria laurifolia)
desenvolvidas em seis tipos de solos da Amazônia Central, aos 85 e 105 dias,
respectivamente, após o transplantio...............................................................................25
LISTA DE ABREVIAÇÕES

INPA – Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia. ........................................................... 15


SIBCS – Sistema Brasileiro de Classificação de solos ............................................................ 15
A – agrícola .............................................................................................................................. 19
DIC – delineamento inteiramente casualizado. ....................................................................... 19
F – floresta. .............................................................................................................................. 19
GPH – Glei Pouco Húmico. .................................................................................................... 19
LMS – Laboratório de Microbiologia do Solo ........................................................................ 19
P – pastagem. ........................................................................................................................... 19
S - sistema agroflorestal. .......................................................................................................... 19
ANOVA – Análise de variância. ............................................................................................. 20
ESTAT – programa estatístico. ............................................................................................... 20
UNESP – Universidade do Estado de São Paulo. ................................................................... 20
Al – Alumínio .......................................................................................................................... 21
Ca – Cálcio. ............................................................................................................................. 21
Fe – Ferro ................................................................................................................................. 21
K – Potassio ............................................................................................................................. 21
Mg – Magnesio ........................................................................................................................ 21
Mn – Manganês ....................................................................................................................... 21
P – Fósforo ............................................................................................................................... 21
pH - potencial hidrogeniônico. ................................................................................................ 21
Zn – Zinco ............................................................................................................................... 21
SAFs – Sistema agroflorestais ................................................................................................. 22
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 13

2. OBJETIVOS ......................................................................................................................... 18

2.1. Geral ............................................................................................................................................18

2.2. Específicos ..................................................................................................................................18

3. MATERIAL E MÉTODOS .................................................................................................. 19

3.1 Localização e delineamento experimental....................................................................................19

3.2. Análise estatística experimental ..................................................................................................20

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ......................................................................................... 21

5. CONCLUSÕES .................................................................................................................... 29

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................................... 30


13

INTRODUÇÃO

A intensificação das atividades antrópicas na Amazônia tem ocorrido de forma rápida,


acelerando-se os processos de degradação dos recursos naturais, acentuando a infertilidade
dos solos (SILVA et al., 1994), sabe-se que a maioria dos solos amazônicos são de baixa
fertilidade natural (VALE JUNIOR et al., 2011). No que diz respeito as suas propriedades
físicas, são tidas como boas, sendo que estas informações são baseadas apenas em descrições
visuais de campo que carecem de valores reais. Nos últimos anos é crescente a preocupação
com o desflorestamento e a degradação dos solos na Amazônia brasileira (BATISTELLA &
MORAN, 2005). O manejo inadequado do solo pode levar à degradação por erosão e perdas
de nutrientes (LU et al., 2004).
Agentes como o desmatamento para agricultura e construções de extensos campos de
pastagens, ocupação ilegal (invasões), uso intensivo de agrotóxicos para controle de pragas
nas lavouras e fertilizantes industrializados para aumento da produtividade, entre outros
precursores de impactos ambientais, desencadeiam o equilíbrio do sistema natural
(MARTINS & ZANON, 2007). Entre os impactos decorrentes do desmatamento incluem a
perda de oportunidades para o uso sustentável da floresta, incluindo a produção de
mercadorias tradicionais tanto por manejo florestal para madeira como por extração de
produtos não-madeireiros (FEARNSIDE, 2006).
Atividade pioneira no processo de ocupação da Amazônia, à pecuária, nas ultimas
décadas, vem ocupando segmentos significativos da floresta (FREIXO et al., 2002. São
muitos os fatores que levam a degradação do solo, com destaque a sua baixa fertilidade
natural, utilização de germoplasma impróprio às condições ecológicas e a adoção de práticas
de manejo inadequado, culminando na completa degradação do ambiente (TOWNSEND et
al., 2010). A compactação através do pisada dos animais reduzem consideravelmente o vigor
e a produtividade das plantas forrageiras, e favorece o surgimento de plantas invasoras, as
grandes áreas desflorestadas para formação de pastagens ou lavouras podem gerar declínio
nos estoques de carbono e nitrogênio de origem orgânica (LEITE et al., 2003).
A agricultura representa papel significativo nas reações ocorridas no meio ambiente
amazônico, uma vez que o uso inadequado do solo para cultivos, sem respeito à sua aptidão
agrícola e limitações, tem acelerado os processos de degradação de sua capacidade produtiva,
alterando, consequentemente, suas características naturais (BALSAN, 2006). Dentre esses
processos, destacam-se a erosão e a perda da fertilidade dos solos; a destruição florestal; a
14

dilapidação do patrimônio genético e da biodiversidade; a contaminação dos solos, da água,


dos animais silvestres, do homem do campo e dos alimentos (EHLERS 1999).
Tais processos resultam em impactos que muitas vezes comprometem a eficiência dos
recursos naturais essenciais, sendo frequente a necessidade de intervenções por meio de
práticas conservacionistas para manutenção do seu potencial produtivo. Nesse sentido, a
cobertura do solo e a adubação verde tornam-se fundamentais nos processos regenerativos dos
solos impactados pela ação antropogênica (SOUZA et al., 2007).
A cobertura tem a finalidade de cobrir o solo, protegendo-o contra os processos
degradantes como a erosão e a lixiviação de nutrientes. Os benefícios obtidos com as plantas
de cobertura do solo apontados por AMBROSANO et al. (2005) como o aumento na
capacidade de infiltração e retenção de água no solo, diminuição do escorrimento superficial;
proteção contra a erosão, evitando a desagregação e o selamento superficial; redução da
radiação solar direta, favorecendo macro e microrganismos; promoção da reciclagem de
nutrientes no perfil do solo, devido ao crescimento em profundidade das raízes,
principalmente das leguminosas, diminuição da competição de plantas daninhas, devido a
efeitos de supressão e alelopatia (RIBAS et al., 2003).
A adubação verde promove proteção, melhoria e manutenção da qualidade do solo,
além de aumentos consideráveis dos teores de matéria orgânica e nutrientes, beneficiando os
agroecossistemas (LEITE et al., 2010). Entre as características desejáveis para a seleção de
espécies para adubação verde, destacam-se a produção de matéria seca, capacidade de
incrementar nutrientes pela simbiose com microrganismos, cobertura do solo e reciclagem de
macronutrientes (CHAVES & CALEGARI, 2001). Embora se considere como adubação
verde a adição de biomassa ao solo, através da inserção de material orgânico verde, faz-se
necessário o cultivo de várias espécies vegetais, naturais ou cultivadas para esse incremento
(CALEGARi et al. 1993)
Entre as várias espécies de famílias botânicas que podem ser cultivadas como adubos
verdes e cobertura do solo destacam-se aquelas da família Fabaceae, com alto potencial de
plantas recuperadoras do solo (LORENZI et al., 1984).. As leguminosas, além de
proporcionarem benefícios semelhantes aos de outras espécies, apresentam a capacidade de
acumular nitrogênio pela fixação biológica (SILVA et al., 2009). No entanto, para viabilizar o
uso de plantas condicionadoras de solo, é necessário associar propriedades agronômicas com
as condições edafoclimáticas (RIBAS et al., 2003), além dos sistemas de manejo
(incorporação e plantio direto) e de cultivo (rotação, sucessão e consórcio), visando melhorar
15

o aproveitamento do potencial das espécies vegetais utilizadas (CARVALHO & AMABILE,


2006).
Diversas pesquisas no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia - INPA possuem
como enfoque a fixação biológica de nitrogênio em inúmeras espécies de leguminosas da
Amazônia, mas até o momento a principal prioridade de pesquisas foi dada para as espécies
arbóreas amazônicas. Há necessidade de obter maiores informações sobre a habilidade
nodulífera de espécies nativas arbustivas e herbáceas em solos locais da região para obter
informações sobre sua necessidade de uso de inoculante microbiano específico para garantir
os benefícios da fixação biológica de nitrogênio. Este trabalho de pesquisa se justifica pela
necessidade de maiores informações sobre a nodulação natural de mata-cabrito (Clitoria
laurifolia) e feijão-brabo (Vigna linearis), adaptadas a condições edafoclimáticas locais e que
apresentam potencial de uso como plantas que incrementam o aporte de nitrogênio e cobertura
em solos impactados e contribuam com a melhoria das condições físicas, químicas e
biológicas, aumentando assim, sua fertilidade (DEMÉTRIO et al., 1998).
O solo é um componente ambiental complexo e suas variações, no que se refere às
propriedades físicas, químicas e biológicas são definidoras de padrões ecológicos e do próprio
uso da terra, cujo potencial, a humanidade busca aproveitar para erguer as bases da
sobrevivência (MOREIRA & VASCONCELOS, 2007). Na Amazônia, a diversidade de solos
é um reflexo dos fatores de formação como relevo, geologia, clima, bióticos e feições da
paisagem (VALE JÚNIOR, et al., 2011) .
Dentre as classes de solos dominantes no estado do Amazonas, os Argissolo
compreendem praticamente 45% da área do estado. Os Latossolo representam 26% da área,
sendo predominantemente Latossolo Amarelos, cuja ocorrência se concentra próximo à região
central do estado, nas áreas de terra firme. O Gleissolo predomina nas planícies de inundações
e perfazem 9% dos solos do Amazonas, sendo em sua quase totalidade férteis quando ocorrem
nas margens dos rios de águas barrentas (Solimões, Madeira, Purus, Juruá, dentre outros)
(COELHO et al., 2005).
Os solos Argissolos são definidos pelo Sistema Brasileiro de Classificação de Solos -
SiBCS (EMBRAPA, 2006) pela presença de horizonte diagnóstico B textural, apresentando
acúmulo de argila em profundidade devido à mobilização e perda de argila da parte mais
superficial. Apresentam baixa fertilidade natural e acidez elevada. Os solos dessa classe
tendem a ser mais suscetíveis aos processos erosivos devido à relação textural que
apresentam, o que implica em diferenças de infiltração dos horizontes superficiais e
16

subsuperficiais. No entanto, os de texturas mais leves ou textura média são mais porosos,
possuindo boa permeabilidade, sendo, portanto, menos suscetíveis à erosão.
Os Latossolos são definidos pelo SiBCS (EMBRAPA, 2006) pela presença de
horizonte diagnóstico latossólico e características gerais como: argilas com predominância de
óxidos de ferro, alumínio, silício e titânio, argilas de baixa atividade (baixa CTC), fortemente
ácidos e baixa saturação de bases. Apresenta normalmente baixa fertilidade, exceto quando
originados de rochas mais ricas em minerais essenciais às plantas, acidez e teor de alumínio
elevados. Devido às boas condições físicas e aos relevos mais suaves, apresentam alto
potencial para o uso agrícola. Suas limitações estão mais relacionadas à baixa fertilidade
verificada na maioria destes solos, a baixa retenção de umidade, quando de texturas mais
grosseiras e em climas mais secos. Devido sua característica plana, seu uso para pastos
(pecuária) é muito utilizado.
Os solos Gleissolos são definidos pelo SiBCS (EMBRAPA, 2006) como solos
hidromórficos, constituídos por material mineral, que apresentam horizonte glei, que pode ser
um horizonte subsuperficial (C, B ou E) ou superficial A. O horizonte superficial apresenta
cores desde cinzentas até pretas, espessura normalmente entre 10 e 50 cm e teores médios a
altos de carbono orgânico. O processo de gleização implica na manifestação de cores
acinzentadas, azuladas ou esverdeadas, devido à redução e solubilização do ferro, permitindo
a expressão das cores neutras dos minerais de argila, ou ainda a precipitação de compostos
ferrosos. Podem apresentar horizonte sulfúrico, cálcico, propriedade solódica, sódica, caráter
sálico. Apresenta baixa (distróficos) fertilidade natural, podendo também apresentar
problemas com acidez (pH muito baixo) e teores elevados de alumínio, de sódio (salinos) e de
enxofre (tiomórficos). Com relação às características físicas, são solos mal ou muito mal
drenados, em condições naturais.
Fabaceae ou Leguminoseae (dependendo do sistema de classificação utilizado) possui
distribuição cosmopolita, incluindo cerca de 650 gêneros e aproximadamente 18 mil espécies,
representando uma das maiores famílias de Angiospermas e também uma das principais, do
ponto de vista econômico. No Brasil, ocorrem cerca de 200 gêneros e 1.500 espécies. Tem
como característica a presença de frutos em forma de vagem. O hábito é bastante variável em
Fabaceae, apresentando desde minúsculas ervas, arbustos, trepadeiras até gigantescas árvores.
Vegetam em diferentes ambientes: campos, matas, desertos, neves, brejos, etc. O sistema
radicular embrionário adquire, geralmente, grande desenvolvimento; predomina uma raiz
pivotante que pode penetrar vários metros de profundidade no solo (alfafa). (SOUZA, et al.,
2007). As raízes de quase todas as leguminosas possuem nodosidades, apresentando simbiose
17

com bactérias dos gêneros Bradirhizobium e Rhizobium, que têm a capacidade de, por
quimiossíntese, fixar o nitrogênio atmosférico. As nodosidades são mais frequentes nas
leguminosas da subfamília Papilionoideae (Faboideae). (LEWIS et al., 2005)
A espécie Mata-cabrito (Clitoria laurifólia Poir.) é uma leguminosa subarbustiva,
nativa, não endêmica pertencente à família Fabaceae, subfamília Faboideae (SOUZA &
LORENZI, 2005). Ocorre em solos arenosos de restinga, geralmente muito perturbados
(LEWIS 1987), e possui características ecofisiológicas que favorecem seu estabelecimento em
áreas degradadas, como a autocoria, a rusticidade e a propagação vegetativa através de
estolões (RODRIGUES et al. 2007). Além disso, abriga nódulos de bactérias nitrificantes em
suas raízes, o que pode auxiliar no enriquecimento de solos empobrecidos através da fixação
de nitrogênio (JOLY 1991, FARIA & LIMA 1998).
A espécie feijão-brabo (Vigna linearis (Kunth.) Marechal) é uma leguminosa
herbácea, rasteira, perene, nativa, inflorescência do tipo racemo, flor aglomerada no ápice, de
cor roxo-escura e folhas trifoliadas. Desenvolve-se, na maioria dos solos, porém, não tolera os
úmidos, com drenagem comprometida e tem boa tolerância à seca e ao pisoteio. Seu hábito de
crescimento é trepador, facilitando sua convivência com as gramíneas (VILELA, 2000),
principalmente com as cespitosas (touceiras). A variedade se tornou uma leguminosa das mais
populares dos trópicos. Apresenta alta resistência à seca, e tem um rendimento de forragem
bastante bom (VILELA, 2000). Muito utilizado para pastejo, apetecível tanto para os ovinos
como para os bovinos. É considerada uma planta promíscua, pois nodula com bactérias de
vários gêneros, o que facilita a fixação de nitrogênio (MOREIRA & SIQUEIRA, 2006), Esta
leguminosa também é descrita com a sinonímia de Macroptilium atropurpureum (DC) Urban.
Este trabalho se justifica pela necessidade de maiores informações sobre o desenvolvimento,
crescimento e a nodulação natural de Mata-cabrito (Clitoria laurifolia) e feijão-brabo
(Vigna linearis), adaptadas a condições edafoclimáticas locais e que apresentam potencial de
uso para adubação verde como plantas que incrementam o aporte de nitrogênio e cobertura do
solo e contribuam com a melhoria das condições físicas, químicas e biológicas
dos solos de baixa fertilidade da Amazônia.
18

2. OBJETIVOS

2.1. Geral

Avaliar a nodulação natural de espécies de leguminosas herbáceas adaptadas a


condições edafoclimáticas da Amazônia, com potencial de uso para adubação verde e/ou
cobertura do solo.

2.2. Específicos

 Avaliar a capacidade de estabelecimento, crescimento e desenvolvimento de


espécies de leguminosas com potencial para cobertura do solo e adubação
verde em áreas impactadas pela ação antrópica na Amazônia.
 Analisar a habilidade da nodulação natural em leguminosas com potencial para
manejo como plantas de cobertura do solo/adubação verde.
 Fornecer alternativas de espécies de leguminosas para uso em cobertura do
solo e/ou adubação verde em solos da Amazônia.
19

3. MATERIAL E MÉTODOS

3.1 Localização e delineamento experimental

Foram conduzidos dois experimentos em vasos de um litro (1 L), nas dependências do


Laboratório de Microbiologia do Solo – LMS do Instituto Nacional de Pesquisas da
Amazônia - INPA, no Campus III, em Manaus, AM. Os trabalhos foram desenvolvidos entre
os meses de setembro de 2015 e março de 2016. As espécies pesquisadas foram: mata-cabrito
(Clitoria laurifolia Poir.) e feijão-brabo (Vigna linearis (Kunth.) Marechal), coletadas
respectivamente na foz do rio Uaupés em São Gabriel da Cachoeira, AM e nas margens do rio
Mearim, município de Arari, MA. Cada espécie constituiu um experimento. O delineamento
experimental adotado para esta pesquisa foi o inteiramente casualizado (DIC), constituído por
seis tratamentos (os solos) e 8 repetições, totalizando 48 unidades experimentais para cada
espécie.
Para prospecção da eficiência de populações nativas de rizóbios foram pesquisados
três classes de solos sob diferentes condições: - da terra firme o Latossolo Amarelo coletado
em área agrícola, de floresta natural e de pastagem e o Argissolo Vermelho Amarelo coletado
de área agrícola e com sistemas agroflorestais - e um solo do ambiente da várzea do rio
Solimões: Glei Pouco Húmico, obtido em área agrícola (Tabela 1). Foram feitas
determinações das características químicas dos solos, no Laboratório Temático de Solos e
Plantas do INPA, empregando a metodologia descrita pela EMBRAPA (2009).

Tabela 1. Localização, coordenadas geográficas dos pontos e data de coleta dos solos.

Solos *1 Local de coleta Coordenadas Data


Comunidade Jandira, S 02° 45' 26''
GPH A 21/08/2015
Iranduba - AM W 60° 09' 06''
S 02° 48' 10''
Latossolo F
BR 174, km 21, Ramal do W 60 02' 07''
S 02° 45' 27''
Latossolo A Pau do Rosa, em áreas de 12/08/2015
W 60° 09' 06''
agricultura familiar
S 02° 44' 40''
Latossolo P
W 60 09' 20''
S 04° 01' 10''
Argissolo S Estação experimental de
W 57 09' 37'' 18/08/2015
Horticultura do INPA,
Argissolo A Manaus - AM S 04° 01' 01''
W 57° 09' 03''
*1
GPH - Gley Pouco Húmico; A – área agrícola; F – área de floresta; P – área de pastagem; S – área com
sistemas agroflorestais.
20

Após a coleta os solos foram destorroados e passados em peneira de aço com


espessura de 2 cm e em seguida foram distribuídos em recipientes constituídos por vasos
plásticos drenados, com capacidade de 1 kg de solo.
O transplantio das mudas de mata-cabrito e feijão-brabo foi feito quando elas
apresentavam em média 13,8 e 7,7 cm de altura, respectivamente, as plântulas das duas
espécies foram monitoradas em seu crescimento, desenvolvimento e nodulação até a colheita,
realizando-se a medidas do comprimento da rama (feita com trena metálica) e do diâmetro do
colo (feita com paquímetro digital) ao primeiro, a cada trinta e ao penúltimo dia, antecedendo
a colheita Na casa de vegetação, a irrigação das mudas foi efetuada uma vez ao dia,
removendo-se manualmente as plantas invasoras colonizando o solo. As plantas de mata-
cabrito e feijão brabo foram avaliadas aos 105 e 85 dias, respectivamente. Nesta ocasião
foram tomadas medidas de crescimento em comprimento do caule e diâmetro do colo das
mudas, bem como da biomassa das folhas, caule, raízes e total após a secagem em estufa a
105ºC por 72 h e, para avaliação da nodulação natural foram consideradas a frequência da
nodulação, o número de nódulos, a biomassa dos nódulos após secagem e o peso específico
dos nódulos.

3.2. Análise estatística experimental

A análise dos dados foi efetuada de acordo com a estatística experimental, realizada
através do software computacional ESTAT (UNESP, versão 2010), aplicando-se a ANOVA.
O teste F foi aplicado para o calculo das médias amostrais e pelo modelo de Tukey a 5 % de
probabilidade foram comparadas as médias de tratamentos. Os dados da nodulação, para
efeito de análise foram transformados em √(x + 0,01).
21

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

A pesquisa da biodiversidade vegetal da Amazônia ainda está em fase inicial, com a


identificação taxonômica de muitas novas espécies, e demanda atenção tecnológica
especialmente nas características de multiplicação daquelas mais prioritárias. Nas etapas
subsequentes de domesticação também é importante pesquisar suas necessidades nutricionais.
Concordando com o conhecimento já acumulado sobre os solos tropicais, constatou-se que os
solos selecionados para a pesquisa com de mudas de feijão brabo e mata-cabrito foram
classificados como fortemente ácidos e as informações sobre suas características químicas
estão apresentadas na Tabela 2.

Tabela 2. Características químicas de seis tipos de solos coletados em área de várzea e de terra
firme na Amazônia Central.

pH Ca Mg Al K P Fe Zn Mn
Solos*1 -1 -1
(H2O) ------------- cmolc kg ------------- ------------- mg kg -------------
GPH A 4,58 9,42 2,48 0,53 0,33 256,07 129,5 9,4 128,9
Latossolo F 4,22 1,26 0,61 1,10 0,13 9,42 50,9 4,3 4,9
Latossolo A 4,28 0,95 0,54 1,15 0,10 33,38 32,4 5,5 7,9
Latossolo P 5,00 3,31 1,95 0,20 0,23 77,30 96,5 12,6 17,5
Argissolo S 4,70 0,94 0,28 0,40 0,05 46,16 20,8 3,1 5,9
Argissolo A 4,76 1,03 0,31 0,33 0,07 60,31 17,0 3,3 5,5
*1
GPH - Glei Pouco Húmico; A – área agrícola; F – área de floresta; P – área de pastagem; S – área com
sistemas agroflorestais.

Foram verificadas variações importantes na disponibilidade de nutrientes entre os


solos avaliados, destacando-se os solos Glei de área agrícola e o Latossolo de pastagem que
apresentaram níveis medianos ou elevados de cálcio, magnésio, potássio, fósforo, ferro e
manganês. Os solos Latossolo sob floresta natural ou com uso agrícola e Argissolo de SAFs
ou com uso agrícola apresentaram deficiência de cálcio, magnésio, potássio, ferro e
manganês, entretanto para todas as classes e condições de solo avaliadas foram verificados
teores suficientes ou elevados de zinco.
Nas características químicas dos solos pesquisados foram também observadas
variações nos teores de fósforo onde a classe dos Argissolo apresentava alta disponibilidade
ao passo que no Latossolo de uso agrícola os níveis deste elemento bem como os de Ferro
eram medianos. Considerando-se que os teores de alumínio no solo podem limitar o
desenvolvimento vegetal, foi verificado que nos solos Latossolo com cobertura de floresta ou
agrícola havia teores elevados de Al3+, e estes eram medianos nos solos glei e Argissolo de
22

SAFs e não detectável nos demais solos. As características químicas dos solos podem afetar a
leguminosa cultivada, o rizóbios ou ambos, e precisam ser consideradas nas pesquisas sobre a
nodulação natural das espécies nativas cultivadas (HALLYDAY, 1984).
Aos 105 e 85 dias após o transplantio, as mudas das duas espécies apresentavam 100%
de sobrevivência e as medidas da evolução do seu crescimento em comprimento do caule
estão disponibilizadas na Figura 1.

(a) (b)

Figura 1. Medidas da evolução do comprimento do caule (cm) de plantas de (a) mata-cabrito


(Clitoria laurifólia) e (b) feijão-brabo (Vigna linearis) em seis tipos de solos da
Amazônia Central.*1 (n = 8).
*1
GPH - Glei Pouco Húmico; A – área agrícola; F – área de floresta; P – área de pastagem; S – área com
sistemas agroflorestais; *2 - Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si no nível de 5 % de
probabilidade, empregando-se o teste de Tukey (P<0,05); ns – não significativo.

Considerando-se que o mata-cabrito é um semiarbusto, isto é, não ultrapassa 1 m de


comprimento em altura, na avaliação do incremento em comprimento do caule, esta pesquisa
observou que as plantas apresentaram crescimento médio de 72,1 cm sendo identificadas
diferenças significativas (P>0,01), para as condições de solo avaliadas (Figura 1a). O
crescimento mais elevado se deu as plantas desenvolvidas em solo Latossolo agrícola e o
menor em Argissolo agrícola, com valores de 83,6 e 58,3 cm mês-1, respectivamente. A
velocidade de crescimento em mata-cabrito, apesar da diferença apresentada aos 105 dias, se
manteve praticamente estável, no decorrer do período de observação, em todos os
tratamentos.
Em relação ao feijão-brabo que apresenta crescimento indeterminado, as plantas
apresentaram em média 161,3 cm, não diferindo significativamente nos solos em que se
desenvolveu (Figura 1b), embora a velocidade de crescimento em cada solo tenha variado. Foi
23

verificado que a taxa de crescimento mais elevada ocorreu em solo Latossolo coletado sob
floresta natural e a menor em solo Argissolo de área agrícola com valores respectivamente de
62,3 e 45,2 cm mês-1. A velocidade de crescimento para o feijão-brabo foi mais acentuada no
período entre 30 e 60 dias, em Glei pouco húmico e Latossolo de floresta e agrícola e entre 60
e 85 dias em Latossolo pastagem e Argissolo de área agrícola e de floresta.
Em seu estudo com leguminosas herbáceas, MOREIRA (1997) avaliou que à maioria
das espécies estudadas em seu trabalho apresentaram crescimento em altura semelhante em
todos os tratamentos, não apresentando, portanto, diferenças entre os tratamentos e espécies
estudadas. Concluindo que estas se adaptavam facilmente à variadas condições ambientais.
TEODORO et al., (2011) observou que o guandu-anão (Cajanus cajan) concentra seu
crescimento e desenvolvimento nos primeiros 60 dias, sendo seu crescimento reduzido a partir
desse período.
As medidas da evolução do crescimento em diâmetro do colo aos 105 e 85 dias após o
transplantio das plantas de mata-cabrito e feijão-brabo estão apresentadas na Figura 2. Para
esta variável, verificou-se que as plantas de mata-cabrito que cresceram nos solos Glei pouco
húmico e em Latossolo floresta e sob área agrícola apresentaram maior diâmetro do colo que
aquelas estabelecidas no solo Argissolo de sistemas agroflorestais e de área agrícola, com
velocidades que variam entre 0,2-0,4 mm mês-1, aos 105 dias após o tranplantio (P<0,01).
(Figura 2a).

(a) (b)

Figura 2. Medidas da evolução do diâmetro do colo (mm) em plantas de (a) mata-cabrito e de


(b) feijão-brabo (Vigna linearis), em seis tipos de solos da Amazônia Central.*1 (n = 8).
*1
GPH - Glei Pouco Húmico; A – área agrícola; F – área de floresta; P – área de pastagem; S – área com
sistemas agroflorestais; *2 - Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si no nível de 5 % de
probabilidade, empregando-se o teste de Tukey (P<0,05); ns – não significativo.
24

As mudas de feijão-brabo, estabelecidas em solos Latossolo floresta e sob área


agrícola apresentaram maior diâmetro do colo (P<0,01), que aquelas estabelecidas no solo
Argissolo de sistemas agroflorestais e de área agrícola, com velocidades de crescimento que
variaram de 0,4-0,6 mm mês para todos os solos aos 85 dias após o transplantio (Figura 2b)
Pode-se considerar que as diferenças observadas entre os solos para as características de
crescimento de feijão-brabo evidenciam a capacidade da espécie em se estabelecer em
condições variadas de solo o que precisa ser melhor demonstrado pelas variáveis de
desenvolvimento da planta.
O crescimento em diâmetro do colo observado por SOUZA et al., (2007) em mudas de
leguminosas estabelecidas em diferentes tipos de solos, diferiram significativamente (P<0,01)
entre todos os tratamentos aplicados. TEODORO et al., (2011) ao estudar leguminosas
herbáceas também constataram diferenças significativas entre as espécies analisadas em
diferentes condições de solo durante o período de observação.
As informações sobre o desenvolvimento em plantas de mata-cabrito e feijão-brabo,
relacionadas à parte aérea, raízes, caule, folhas e biomassa total nos diferentes tipos de solos
pesquisados, aos 105 e 85 dias após o transplantio, respectivamente, foram realizadas após a
secagem. Como pode ser verificado, as mudas de feijão-brabo que cresceram no solo
Latossolo amarelo coletado sob pastagem apresentaram maior acúmulo de biomassa da parte
aérea e do caule seco diferindo significativamente (P<0,05) daquelas que se estabeleceram em
solo Argissolo de área agrícola. Entretanto estas diferenças de desenvolvimento entre os solos
não foram significativas para o desenvolvimento das raízes, folhas e biomassa total das
plantas, consolidando as evidências de que esta é uma espécie adaptada a diferentes condições
de solo, o que justificaria novos experimentos para recomendação de uso da espécie na
recuperação de solos degradados.
Mesmo tendo sido evidenciado diferenças entre dois solos no desenvolvimento da
parte aérea e do caule estas não se consolidaram no desenvolvimento da planta como um todo,
o que pode ser verificado pela biomassa total seca. É possível que no Latossolo pastagem as
plantas de feijão-brabo tenham se favorecido dos maiores níveis de fertilidade deste solo,
conforme já apresentado na Tabela 2, comparado ao solo Argissolo coletado em área agrícola.
Comparativamente, as mudas de mata-cabrito apresentaram diferenças significativas (P<0,01)
em todos os solos em que se estabeleceram em relação à avaliação da parte aérea, raízes,
caule, folhas e biomassa total secas e estas informações estão apresentadas na Tabela 3.
25

Tabela 3. Médias da biomassa da parte aérea, raízes, caule, folhas e total, após a secagem em
mudas de feijão-brabo (Vigna linearis) e mata-cabrito (Clitoria laurifolia)
desenvolvidas em seis tipos de solos da Amazônia Central, aos 85 e 105 dias,
respectivamente, após o transplantio. *1 *2

Parte aérea Biomassa


Tipos de solos Raízes secas Caule seco Folhas secas
seca total seca
-------------------------------------- g ----------------------------------------------
Feijão-brabo (Vigna linearis)
GPH A 1,81 ab 0,09 a 0,89 ab 0,92 a 1,90 a
Latossolo F 1,71 ab 0,15 a 0,90 ab 0,81 a 1,86 a
Latossolo A 1,65 ab 0,19 a 0,85 ab 0,80 a 1,84 a
Latossolo P 2,03 a 0,08 a 1,12 a 0,90 a 2,11 a
Argiss. SAF 1,34 ab 0,13 a 0,69 ab 0,64 a 1,46 a
Argissolo A 1,03 b 0,14 a 0,53 b 0,50 a 1,18 a
Teste F 2,68* 1,93ns 3,18* 2,20ns 2,06ns
CV (%) 38,47 60,67 38,66 39,94 38,96
Média Geral 1,60 0,13 0,83 0,76 1,73
Mata-cabrito (Clitoria laurifolia)
GPH A 0,88 a 0,08 bc 0,55 a 0,33 a 0,93 ab
Latossolo F 0,57 bc 0,09 ab 0,35 cd 0,22 bc 0,67 c
Latossolo A 0,86 a 0,11 a 0,52 ab 0,33 a 0,97 a
Latossolo P 0,66 b 0,07 bc 0,42 bc 0,25 b 0,73 bc
Argiss. SAF 0,45 bc 0,05 bc 0,29 d 0,19 bc 0,54 cd
Argissolo A 0,41 c 0,04 c 0,26 d 0,17 c 0,46 d
Teste F 18,64** 10,20** 18,57** 13,41** 15,85**
CV (%) 19,58 28,75 19,72 23,02 20,18
Média Geral 0,64 0,07 0,40 0,25 0,72
*1
GPH - Glei Pouco Húmico; A – área agrícola; F – área de floresta; P – área de pastagem; S – área com
sistemas agroflorestais; *2 - Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si no nível de 5 % de
probabilidade, empregando-se o teste de Tukey (P<0,05); ns – não significativo.

SILVA et al., (2009) - observou para a biomassa vegetal que o comportamento das
espécies avaliadas foi diferenciado nos tratamentos adotados. SOUZA et al., (2007) observou
que as três espécies leucena (Leucaena leucocephala), palheteira (Clitoria fairchildiana) e
sabiá (Mimosa caesalpiniifolia) apresentaram maior biomassa vegetal nas plantas
desenvolvidas em solos de áreas degradadas, superando significativamente (P<0,01) nas
outras 11 condições de solos. O presente trabalho apresentou para o mata-cabrito relativa
superioridade em relação ao Latossolo de pastagem quanto ao Latossolo de floresta e os dois
Argissolo e para o feijão-brabo não apresentou diferenças, com ligeira superioridade em valor
absoluto.
Considerando a propriedade nodulífera e fixadora de N2 das leguminosas, os
resultados experimentais aqui obtidos evidenciaram que há diferenças na população
microbiana de rizóbios compatíveis com as espécies pesquisadas entre os solos estudados.
26

Assim, foram verificadas diferenças significativas (P<0,01) no número de nódulos formados


nos sistema radicular das plantas avaliadas nesta pesquisa. As mudas de mata-cabrito e feijão-
brabo apresentaram aos 105 e 85 dias após o transplantio 100 % de nodulação em
praticamente todos os tratamentos, exceto em Latossolo de pastagem que apresentaram
percentuais de 62,5 e 87,5 % respectivamente, de mudas noduladas, conforme pode ser
observado na Figura 3.

(a) (b)

Figura 3. Médias do número de nódulos (a), em plantas de mata-cabrito (Clitoria laurifolia) e


(b) em plantas de feijão-brabo (Vigna linearis), em seis tipos de solos da Amazônia
Central.*1 (n = 8).
*1
GPH - Glei Pouco Húmico; A – área agrícola; F – área de floresta; P – área de pastagem; S – área com
sistemas agroflorestais; *2 - Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si no nível de 5 % de
probabilidade, empregando-se o teste de Tukey (P<0,05); ns – não significativo.

É conhecido que plantas da tribo Phaseoleae onde todos os tipos de feijões estão
classificados são promíscuas quanto à nodulação, aceitando como hospedeiras, a infecção por
rizóbios de vários gêneros e grupos (ALLEN & ALLEN, 1981). O número de nódulos
estabelecidos em plantas de mata-cabrito em solos Glei pouco húmico, Latossolo agrícola e
Argissolo agrícola superaram significativamente (P<0,01) aqueles formados em Latossolo
pastagem, como é mostrado na Figura 3a. Os nódulos estabelecidos em plantas de feijão-
brabo, no solo de várzea superaram significativamente (P<0,01) aqueles formados nos solos
Latossolo agrícola e de pastagem, mas também no Argissolo coletado sob área agrícola,
conforme verificado na Figura 3b.
Resultado semelhante quanto a nodulação obtiveram BARBERI et al., (1998) ao
descreverem em seu trabalho que de modo geral, a maioria das espécies analisadas em dois
viveiros tiveram comportamento semelhante quanto à ocorrência ou não de nódulos. SILVA
et al., (2009) verificou que o feijão-caupi (Vigna unguiculata) apresentou nodulação natural
27

nos solos amostrados em todas as áreas, indicando a presença de bactérias nodulíferas


fixadoras de nitrogênio nativas capazes de nodular esta leguminosa, entretanto, em leucena
(Leucaena leucocephala) e em bordão-de-velho (Albizia sp.) não houve nodulação por
bactérias nativas nestas leguminosas em algumas áreas. As condições edáficas, tais como pH,
presença de Al3+ e menor disponibilidade de nutrientes, podem ter desfavorecido a nodulação
destas espécies, uma vez que não houve correção e fertilização do solo destas áreas
Os resultados quanto à biomassa dos nódulos secos para as duas espécies avaliadas
nesta pesquisa estão apresentadas na Figura 4. Foi constatado que nos solos Glei pouco
húmico, Latossolos agrícola e de florestas, assim como, em Argissolo agrícola, as plantas de
mata-cabrito apresentaram significativamente (P<0,01) maior biomassa nodular do que
aquelas estabelecidas em solo Latossolo pastagem. (Figura 4a).

(a) (b)

Figura 4. Médias da biomassa dos nódulos secos (a) em plantas de mata-cabrito (Clitoria
laurifolia) peso específico de nódulos (b) em plantas de feijão-brabo (Vigna
linearis), em seis tipos de solos da Amazônia Central.*1 *2 (n = 8).
*1
GPH - Glei Pouco Húmico; A – área agrícola; F – área de floresta; P – área de pastagem; S – área com
sistemas agroflorestais;*2 - Médias seguidas de mesma letra nas colunas não diferem entre si no nível de 5 % de
probabilidade, empregando-se o teste de Tukey (P<0,05); ns – não significativo.

Em relação à biomassa dos nódulos das plantas de feijão-brabo foi constatado que no
solo Glei pouco húmico as plantas apresentaram maior biomassa nodular que aquelas que
cresceram em solo Latossolo pastagem e nas duas amostragens feitas em Argissolo (Figura
4b).
Em seu trabalho com varias espécies de leguminosas no estado de Pernambuco,
SOUZA et al., (2007) avaliaram que algumas espécies se destacaram significativamente
(P<0,01) quanto a produção de biomassa nodular seca em relação as outras. Concluindo que
28

há compatibilidade dessas leguminosas com as estirpes presentes naqueles solos. Os


resultados observados por SILVA et al., (2009) para a biomassa vegetal mostram que o
comportamento das espécies foi diferenciado.
Essas diferentes respostas observadas para as variáveis de nodulação sugerem que em
algumas condições de solo haja necessidade de inoculação com rizóbios selecionados onde a
espécie for introduzida ou cultivada. Os menores indicadores de nodulação observados nos solos
Latossolo pastagem não reduzem os resultados observados quanto à plasticidade de crescimento e
desenvolvimento das plantas de mata-cabrito e feijão brabo nos solos pesquisados.
29

5. CONCLUSÕES

As leguminosas pesquisadas mata-cabrito (Clitoria laurifolia) e feijão-brabo (Vigna


linearis) apresentaram diferenças de adaptação em suas características de crescimento,
desenvolvimento e nodulação natural em solos da Amazônia, mesmo sendo verificado em solo
Latossolo coletado sob pastagem necessidade de inoculação com espécies selecionadas de estirpes
microbianas para infecção radicular para ambas as espécies.
O feijão-brabo demonstrou através de seu crescimento e nodulação natural que é uma
espécie de fácil adaptação a diferentes condições de tratamento, favorecendo a cobertura do solo
comparado ao mata-cabrito.
Embora, ambas as espécies tenham apresentado menor presença de rizóbios compatíveis
para os processos de fixação de N2, o resultado quanto ao desenvolvimento da biomassa total
credencia a utilização das espécies como plantas de cobertura de solos.
30

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