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Sumário
Apresentação
Considerações Finais
Referências
Ficha Técnica
Apresentação
Prezado(a) aluno(a), seja bem-vindo(a) ao curso de Formação Continuada
em Educação a Distância: tutoria e mediação pedagógica.
Fundamentos da EaD;
Referenciais de qualidade e equipes envolvidas;
Estamos iniciando o primeiro dos quatro livros. Nele estudaremos a definição de EaD, veremos um breve
histórico da EaD no Brasil e discutiremos a Legislação da EaD. Destacaremos, ainda, a educação a distância no
Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) e por fim, os tipos de oferta de EaD no IFSC.
Ressaltamos que durante todo o curso trabalharemos os conteúdos com foco na função da tutoria, suas
particularidades, sua forma de atuação e a legislação que direciona o desenvolvimento da função dentro do
contexto de cursos na modalidade a distância.
A seguir você pode acessar o primeiro tópico de estudo onde abordaremos o cenário e os fundamentos da
educação a distância, focando na situação atual da EaD e como os cursos são trabalhados.
A EaD oferta uma possibilidade de acesso a educação e tem grande abrangência em nosso país. Por meio dela,
é possível atender e qualificar profissionais nos locais mais longínquos dentro do mapa brasileiro. Devido a essa
perspectiva, o governo federal vem investindo em programas de EaD, gerando um histórico de crescimento da
modalidade, atendendo cidades menores que não possuem universidades, conforme se observa na matéria do
site Universia.
Educação a Distância (EAD) é a modalidade de ensino que mais cresce no Brasil. Segundo dados do
Ministério da Educação (MEC), das 3,3 milhões de matrículas no ensino superior, registradas entre os anos
de 2003 e 2013, um terço correspondia a cursos a distância, sendo a maioria na rede privada de ensino. De
49.911 alunos em 2003, o número saltou para 1.153.572, dez anos depois. Desse total, 86% correspondia a
instituições particulares de educação superior. Em 2014, segundo dados Associação Brasileira de
Educação a Distância (ABED), o total de matriculados já ultrapassava a marca de 3,8 milhões. (UNIVERSIA,
2016, p.1).
Percebe-se que a grande demanda para EaD está no perfil de estudantes adultos e profissionais
que procuram melhorar sua qualificação de formação e cursos de complementação. Temos um
panorama da modalidade apresentado pelo Site EaD Brasil em 2013 que permanece em 2017.
Nesta explanação inicial sobre EaD, é importante salientar a complexidade dos sistemas da educação a
distância. Saiba que para o desenvolvimento de cursos de forma efetiva e de qualidade, as instituições de ensino
precisam estar amplamente organizadas com equipes multidisciplinares, em que cada grupo tem sua função
específica. Dentro desse cenário, a função da tutoria tem fundamental importância para os processos educativos.
Por isto este curso tem em seu propósito a formação e capacitação de profissionais que consigam atuar dentro
deste sistema, dando diferencial e qualidade à educação.
Tendo conhecido um pouquinho do cenário da EaD, vamos agora passar ao entendimento efetivo da
modalidade. Então perguntamos: Mas o que é EaD?
A resposta para a pergunta e detalhamentos serão estudados nos próximos tópicos deste primeiro livro.
Ainda em definição da EaD, temos a citação oficial do Portal do MEC (2017, p.1) que cita: "Educação a distância
é a modalidade educacional na qual alunos e professores estão separados, física ou temporalmente e, por isso,
faz-se necessária a utilização de meios e tecnologias de informação e comunicação. Essa modalidade é
regulada por uma legislação específica e pode ser implantada na educação básica (educação de jovens e
adultos, educação profissional técnica de nível médio) e na educação superior."
Aretio (1994) diz que Ensino a Distância é um sistema tecnológico de comunicação bidirecional, que pode ser
massivo e que substitui a interação pessoal, na sala de aula, de professor e aluno, como meio preferencial de
ensino, pela ação sistemática e conjunta de diversos recursos didáticos e pelo apoio de uma organização e
tutoria que propiciam a aprendizagem independente e flexível dos alunos.
Na busca por atender novas demandas educacionais, a EaD vem se expandindo cada vez mais e em ritmo
acelerado, sendo impulsionada pelo avanço das Tecnologias de Comunicação e Informação (TICs) utilizadas na
educação e, mais especialmente, nesta modalidade educacional.
A Educação a Distância pode ser trabalhada nos mesmos níveis que a educação presencial: fundamental, médio,
superior e pós-graduação. Seu maior foco é na educação de adultos, principalmente estudantes que já têm
experiência consolidada de aprendizagem individual e de pesquisa, como acontece no ensino de graduação e
também no de pós-graduação (MORAN, 2002).
Em termos de estrutura organizacional, a Educação a Distância pode adotar diferentes modelos que, para os
autores Moore e Kearsley (2013), podem ser divididos em:
Instituições com finalidade única, nas quais a EaD é a única atividade e todo o corpo docente e os
colaboradores dessa instituição se dedicam exclusivamente a essa modalidade de educação. Trata-se
de um modelo sem muita aceitação no setor público e no qual se encontram mais exemplos em
iniciativas privadas. O Canadá tem um exemplo de uma instituição com finalidade única, a Athabasca
University (AU), que tem atualmente quatro campi, 750 cursos em mais de 90 programas de graduação e
pós-graduação.
Instituições com finalidade dupla, que são aquelas que agregam a educação a distância aos seus
campi previamente estabelecidos baseados no ensino presencial. Normalmente, nessas instituições, é
estabelecido um câmpus, um centro, um núcleo, uma diretoria ou mesmo um departamento de EaD e
essa unidade possuirá a equipe administrativa, de conteúdo, e especialistas cuja a finalidade é promover
a EaD. O corpo docente geralmente é formado pelos professores que já pertencem a instituição. Pode-
se dizer o IFSC se encaixa neste modelo, já que oferta inúmeros cursos presenciais, cursos todo na
modalidade EaD e ainda entre na possibilidade de cursos presenciais com 20% EaD, seguindo diretrizes
do MEC.
Universidade e consórcios virtuais, que geralmente é uma organização de múltiplas instituições que
se reúnem e formam parcerias para estender o alcance de cada uma. A UAB, por exemplo, é um tipo de
consórcio organizado pelo governo federal e as instituições de ensino superior públicas do país. Mais
detalhamento sobre este modelo, utilizado pela UAB pode ser visualizado no site do IFSC, Clique aqui e
confira!
Em todos esses modelos de EaD, é possível que sejam previstos nos cursos ou programas desta modalidade de
ensino, encontros presenciais com os estudantes. Quando isso acontece, tem-se o que conhecemos como
modalidade híbrida (porque faz uso do ensino presencial e a distância em um mesmo processo de ensino e
aprendizagem). O desenvolvimento deste tipo de EaD nas instituições pode tornar necessário uma estrutura de
suporte a esses momentos presenciais, sendo este, geralmente, um local de apoio aos estudantes, professores,
tutores e técnicos (SILVA et al, 2010), sendo espaço direto de atuação para os tutores. A partir dessa
necessidade, são criados o que intitulamos “polos de apoio presencial” ou “polos de EaD”, que são implantados
com o propósito de alcançar o estudante que não tem condições de frequentar regularmente o ensino presencial
ou que não tem acesso as instituições localizadas nos grandes centros.
O Decreto nº 5.622, de 19 de dezembro de 2005, em seu capítulo II, artigo 10, aponta esse como um local com
o propósito de centralizar as atividades propostas no desenvolvimento de um curso na modalidade a distância,
definindo-o como “a unidade operacional, no País ou no exterior, para o desenvolvimento descentralizado de
atividades pedagógicas e administrativas relativas aos cursos e programas ofertados a distância” (BRASIL,
2005).
Aprofunde seus estudos! Para saber mais sobre os polos de apoio presencial, acesse o artigo Capital
intelectual e polo de educação a distância: um estudo bibliométrico (2014), de Bruna Devens Fraga
et al.
Para dar continuidade aos nossos estudos dos fundamentos da EaD, consideramos relevante apresentar um
pouco da história dessa modalidade de educação em nosso país. Sobre esse tema trata o tópico a seguir.
Moodle EaD IFSC Livro - Fundamentos da EaD
no Brasil, a história da EaD data pelo menos de 1904, quando foram instaladas as chamadas escolas
internacionais, instituições privadas que ofereciam cursos por correspondência. No entanto, segundo Alves
(2001), em 1891, os jornais já trariam anúncios de ensino por correspondência […]. O marco da utilização da
EaD no país ocorreu com a utilização da radiodifusão com fins educativos em 1936, com a instalação por
Edgard Roquete-Pinto da Rádio-Escola Municipal […]. Já em 1939 foi criado o Instituto Universal Brasileiro,
que oferecia cursos técnico-profissionais por correspondência considerados os mais antigos e conhecidos
cursos a distância no país. Desde então, há registros de experiências periódicas, algumas mais abrangentes,
outras mais localizadas, algumas desenvolvidas e outras que ficaram só no projeto […].
Durante as diversas fases históricas da EaD, percebe-se que inicialmente os cursos eram desenvolvidos para
profissionalização. Já o desenvolvimento da EaD em nível superior é mais recente e começou a partir de
exemplos do exterior. De acordo com Barreto e Santos, em 1972, por meio de proposta, o conselheiro do
Conselho Federal de Educação (CFE), Newton Sucupira, deu início a esse processo na educação superior no
país, quando, após visita à The Open University, na Inglaterra, defendeu a criação de um sistema similar, pois,
em seu entendimento, amplia-se as oportunidades de acesso à educação superior (BARRETO, 2001).
Nos anos 1980 e 1990, várias iniciativas foram propostas na modalidade EaD para a educação
superior. Alterações importantes foram realizadas nas políticas para a educação superior no Brasil, sobretudo
após a aprovação da Constituição Federal (CF) de 1988 e, especialmente, após a aprovação da Lei de
Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), em 1996.
Essa lei, que entrou em vigor no dia 20 de dezembro de 1996, foi sancionada pelo presidente da
República da época, Fernando Henrique Cardoso, e, como o nome sugere, trata-se de um conjunto
de normas que visam a estabelecer as diretrizes e bases da educação nacional. Tais dispositivos
ratificam a educação como direito. É na LDB que temos, também, a explicitação das bases para a
educação superior e, no seu bojo, da EaD. Logo, é ela que normatiza, em nível federal, a Educação a
Distância.
É importante ressaltar que a educação superior a distância é marcada por processos de diferenciação e de
diversificação institucional, e também pelo uso sistemático de redes de comunicação interativas, como as redes
de computadores, a Internet e os sistemas de videoconferência, para a oferta de cursos nesta modalidade de
ensino. As Instituições de Ensino Superior (IES) passam a atuar como lócus de pesquisa sobre o uso das
Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) aliado a metodologias de ensino e aprendizagem e à
integração de tecnologia digital e interatividade completa em áudio e vídeo (SARTORI e ROESLER, 2005;
QUARTIERO, GOMES, CERNY, 2005; HACK, 2011).
Em forma de reflexo à implantação da educação superior no Brasil, surgem as primeiras articulações. Tem-se, no
ano 2000, a criação da Universidade Virtual Pública do Brasil (atualmente denominada Associação
Universidade em Rede - UniRede), um consórcio de instituições públicas de ensino superior que tem por
objetivo democratizar o acesso à educação de qualidade, por meio da oferta de cursos a distância.
Em 2005, o projeto Universidade Aberta do Brasil (UAB) ´é criado pelo Ministério da Educação e, em 8 de
junho de 2006, o Sistema UAB é instituído pelo Decreto nº 5.800, para o desenvolvimento da modalidade de
educação a distância, com a finalidade de expandir e interiorizar a oferta de cursos e programas de educação
superior no País. O Sistema UAB desenvolveu-se e ganhou força entre as universidades e instituições de ensino
de todo o país.
Já em 2007 foi idealizado o programa e-Tec Brasil, entrando em vigor em 2009 pela Resolução nº 36, de 13 de
julho de 2009, com alterações da Resolução nº 18, de 16 de junho de 2010, com objetivo de contribuir para a
democratização, expansão e interiorização da oferta de ensino técnico de nível médio a distância, público e
gratuito, especialmente para o interior do País e para a periferia das áreas metropolitanas e de grandes centros
urbanos. Os cursos são ministrados por instituições públicas. O Ministério da Educação é responsável pela
assistência financeira na elaboração dos cursos. A estados, Distrito Federal e municípios cabe providenciar
estrutura, equipamentos, recursos humanos, manutenção das atividades e demais itens necessários para a
instituição dos cursos.
Em 2010, foi criado pelo Ministério da Saúde o Sistema Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS), para
atender às necessidades de capacitação e educação permanente dos profissionais da saúde que atuam no
SUS. O Sistema é composto por três elementos: a Rede colaborativa de instituições de ensino superior, que
atualmente conta com 35 instituições de ensino superior; o Acervo de Recursos Educacionais em
Saúde (ARES) e a Plataforma Arouca. Um dos objetivos da UNA-SUS é a educação permanente, visando à
resolução de problemas presentes no dia a dia dos profissionais de saúde que atuam no SUS, sendo
considerado uma política pública educacional e da área da saúde. Para isso, os cursos oferecidos pela Rede têm
enfoque prático e dinâmico, utilizando casos clínicos comuns. Todos os cursos são inteiramente gratuitos e a
modalidade de educação a distância foi escolhida para facilitar o acesso dos profissionais da saúde aos cursos,
que possuem diversos níveis de capacitação acadêmica.
Todos os programas apresentados são considerados políticas públicas e são financiados pelo Ministério da
Educação, sendo realizados em parceria com as Instituições de Ensino.
Agora que você conhece um pouco mais o histórico da modalidade em nosso país, é fundamental conhecer um
pouco da legislação da EaD no Brasil. Esse será o assunto do próximo tópico de estudo. Acesse a confira!
Moodle EaD IFSC Livro - Fundamentos da EaD
A legislação brasileira que ampara a educação a distância passa por diversas leis,
decretos, portarias e resoluções, que têm como função a definição de todo o
detalhamento e regras de aplicação da modalidade. Considerando toda a legislação
existente, pode-se dizer que temos muitas linhas de texto para registrar as
especificidades e garantir a qualidade dessa modalidade de ensino.
Nesta oportunidade, nosso foco é dar uma base sobre as regras e diretrizes de
desenvolvimento de cursos EaD. Dessa forma, vamos expor um resumo sobre as
diretrizes para ocorrências e direcionamentos para aplicação da modalidade.
Faremos a explanação das diretrizes de forma resumida e indicando os links para sua origem. Sugerimos que
você acesse-os e leia-os para entender as organização da EaD e aprofundar seus conhecimentos.
Dentro da legislação educacional no Brasil, os primeiros passos que dão base legal para a modalidade de
educação a distância são dados por meio da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - Lei nº.
9.394/1996. Essa lei direciona o funcionamento da EaD, apresentando características, abrangência, necessidade
de credenciamento, oferta, avaliação, entre outros itens importantes. Acessando o link disponibilizado você pode
visualizar as definições para o funcionamento da EaD.
Decreto Nº. 5.622, de 19 de dezembro de 2005, que regulamenta o art. 80 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro
de 1996 (LDB). Apresenta critérios para realização da EaD, indicando nível de ensino em que pode ser
implementada, bem como indicações para a aplicação de avaliações e realização de cursos por meio de
programas de pós-graduação a distância.
Decreto N.º 5.773, de 09 de maio de 2006, dispõe sobre o exercício das funções de regulação, supervisão e
avaliação de instituições de educação superior e cursos superiores de graduação e sequenciais no sistema
federal de ensino.
Decreto N.º 6.303, de 12 de dezembro de 2007, altera dispositivos dos Decretos nº 5.622, de 19 de dezembro de
2005, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, e nº 5.773, de 9 de maio de 2006. Entre as
mudanças estabelecidas estão diretivas sobre a regulação, credenciamento, regras de avaliação, supervisão e
avaliação de instituições de educação superior e cursos superiores de graduação e sequenciais no sistema
federal de ensino.
Além de decretos, existem portarias e resoluções que ajudam a direcionar e dar diretrizes para o
desenvolvimento da modalidade. Como por exemplo a Resolução Nº 1, de 11 de março de 2016, do Conselho
Nacional de Educação (CNE), que apresenta as Diretrizes e Normas Nacionais para a oferta de Programas e
Cursos de Educação Superior na Modalidade a Distância. Trata-se de um documento atual e relevante para o
cenário atual do desenvolvimento da EaD no país e, de modo particular, porque nele temos institucionalizado,
oficialmente, a figura do tutor como um profissional da Educação.
Temos ainda duas ultimas atualizações do MEC para o desenvolvimento de cursos na modalidade EaD. Uma
delas a Portaria Nº 1.134, de 10 de outubro de 2016, que direcionamento para o funcionamento e
credenciamento. Por fim, a criação do Decreto Nº 9.057, de 25 de maio de 2017, que traz uma mudança nas
permissões de realização de cursos na modalidade EaD. Possibilita o credenciamento de instituições de ensino
superior (IES) para cursos de educação a distância (EaD) sem o credenciamento para cursos presenciais. Com
isso, as instituições poderão oferecer exclusivamente cursos EaD, na graduação e na pós-graduação lato sensu,
ou atuar também na modalidade presencial.
Com a apresentação da resolução que oficializa o papel da tutoria nos sistemas de EaD, encerramos a
explanação da legislação e passamos ao próximo tópico, que tratará da Educação a Distância no IFSC.
Há 108 anos, o Instituto Federal de Santa Catarina, instituição de ensino público em Santa Catarina, vinculada
ao Ministério da Educação, coloca em prática sua missão de desenvolver e difundir conhecimento científico e
tecnológico, formando indivíduos capacitados para o exercício da cidadania e da profissão. Criado em
Florianópolis por meio do Decreto nº 7.566, de 23 de setembro de 1909, como Escola de Aprendizes Artífices
de Santa Catarina, o objetivo da instituição era proporcionar formação profissional aos filhos de classes
socioeconômicas menos favorecidas.
Atualmente, o IFSC possui 22 câmpus, além do Centro de Referência em Formação e EaD (Cerfead), e oferece
cursos em diferentes níveis e modalidades, tais como qualificação ou formação inicial e continuada, educação
de jovens e adultos, ensino médio integrado ao técnico, técnico concomitante ao ensino médio, técnico pós-
ensino médio (subsequente), bacharelado, licenciatura, superior de tecnologia, pós-graduação lato sensu e
mestrado.
A história da Educação a Distância no IFSC inicia em 1999, quando o Câmpus São José ofereceu o primeiro
Curso Básico em Refrigeração a distância. Hoje, a EaD no IFSC conta com a parceria de 36 polos de apoio
presencial, mantidos ou por municípios ou pelo governo estadual em diversas regiões de Santa Catarina e ainda
em São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul.
A EaD no IFSC, até 2013, contava com um Departamento de EaD subordinado à Pró-Reitoria de Ensino. Com os
esforços dos servidores envolvidos nessa modalidade e da instituição para construir um modelo de educação a
distância, surgiu a ideia de criar um Centro de Referência em Formação e EaD (Cerfead), ao qual o
Departamento de EaD está vinculado atualmente. Em fevereiro de 2014, o Conselho Superior determinou a
criação desse centro e dos Núcleos de Ensino a Distância - os NEaDs - em cada câmpus do IFSC, com base
nas determinações da CAPES para habilitação de polos.
O Cerfead é uma diretoria vinculada à Pró-Reitoria de Ensino do IFSC e atua na implementação e consolidação
da Política de Formação da Instituição. Sua finalidade compreende:
a formação e qualificação dos servidores do IFSC para o exercício de suas atividades, conforme as
finalidades previstas na lei de criação dos IFs;
a formação dos servidores da rede pública de ensino para atender as diretrizes estabelecidas em lei;
a ampliação e a consolidação da oferta formativa dos câmpus do IFSC por meio da EaD, utilizando-se de
metodologias inovadoras e sempre articuladas aos objetivos e metas institucionais.
Assim, o Cerfead concentra seus esforços nos eixos Formação de Formadores, Gestão Pública e Apoio à
Institucionalização da modalidade EaD, como instrumento para a ampla socialização do conhecimento e o
desenvolvimento do indivíduo em seu contexto social.
O IFSC atua na EaD através de programas de fomento e com ofertas próprias, como você poderá ver a seguir.
Moodle EaD IFSC Livro - Fundamentos da EaD
Rede e-Tec Brasil: o programa visa à oferta de educação profissional e tecnológica a distância e tem o
propósito de ampliar e democratizar o acesso a cursos técnicos de nível médio, públicos e gratuitos, em
regime de colaboração entre União, estados, Distrito Federal e municípios. Dentro do IFSC está se
desenvolvendo cursos do Pronatec.
Sistema Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS): foi criado pelo Ministério da Saúde, em 2010, para
atender às necessidades de capacitação e educação permanente dos profissionais da saúde que atuam
no SUS. Dentro do IFSC os esforços estão voltados a propostas de cursos que estão sendo
implementadas e para aplicações de projetos futuros.
Oferta própria
Os câmpus do IFSC podem ofertar cursos próprios, sem vinculação a nenhum programa de fomento. Nesse
caso, o Cerfead - Centro de Referência em Formação e EaD - pode colaborar com o apoio pedagógico e
operacional para o planejamento e produção do projeto pedagógico do curso ofertado na modalidade EaD.
O Cerfead, considerando suas equipes pedagógica e de materiais didáticos especializadas em EaD, pode
contribuir para a escolha do desenho pedagógico, da metodologia e das interfaces educacionais a serem
adotadas pelo câmpus, prestando orientação sobre esses elementos para oferta de um curso em EaD. Além
disso, o Centro de Referência possui oferta própria, com cursos de formação continuada de curta duração,
especialização e mestrado, nas áreas de Formação de Formadores, Gestão Pública e Educação a Distância -
como é o exemplo deste nosso curso.
Com a apresentação das formas de oferta, encerramos o conteúdo previsto para este primeiro livro de estudo. A
seguir, temos o fechamento do conteúdo apresentado e encerramos o primeiro estudo.
Moodle EaD IFSC Livro - Fundamentos da EaD
Considerações Finais
Encerramos aqui este primeiro livro digital, que teve como objetivo promover a discussão acerca das
especificidades da EaD, incluindo o IFSC neste contexto. Além da explanação sobe o cenário e fundamento,
trabalhamos a definição da EaD, discutimos a história da EaD no Brasil, destacamos a legislação que dá
embasamento para o funcionamento da EaD no Brasil. Vimos também os tipos de EaD e apresentamos como
ela é desenvolvida e ofertada no IFSC e no Cerfead.
Apresentamos ainda, algumas sugestões de leitura que podem aprofundar seus conhecimentos sobre o tema.
Não deixe de ler e refletir!
Bom estudo!!
Moodle EaD IFSC Livro - Fundamentos da EaD
Referências
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Moodle EaD IFSC Livro - Fundamentos da EaD
Ficha Técnica
Este material foi elaborado pelos professores e pela equipe pedagógica e de materiais didáticos do Cerfead.
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