Vous êtes sur la page 1sur 144

CURSO INTEGRADO

1º ANO

Turmas: 1A ELT / 1B ELT

APOSTILA DE MEDIDAS
APOSTILA DE MONTAGEM
APOSTILA DE PAINEL

ALUNO: _______________________________________________ TURMA: _______


Tel. de contato em caso de perda da apostila: _______________

CEFET-RJ: Av. Maracanã, 229 – bloco B / 3º andar Rio de Janeiro - RJ 20271-110 / Brasil
Telefone: 2566 3153 / 2566 3197
e-mail: coordelt@gmail.com
Equipe de Professores 2016_1

Adriano Martins Moutinho


Alberto Jorge Silva de Lima
André de Souza Mendes
Aridio Schiappacassa de Paiva
Carlos Alberto Gouvêa Coelho
Edgar Monteiro da Silva
Eduardo Henrique Gregory Pacheco Dantas
José Bastos
José Carlos Andrades
José Fernandes Pereira
José Mauro Kocher
Juan Guillermo Lazo Lazo
Mauro da Silva Alvarez
Milton Simas Gonçalves Torres
Paulo César Bittencourt
Paulo José Monteiro da Cunha
Péricles Freire dos Santos
Rui Márcio Carneiro Arruda

Coordenador do Curso: José Fernandes Pereira


Coordenador de Laboratório: Péricles Freire dos Santos
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório CURSO INTEGRADO 1º ANO

1
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório CURSO INTEGRADO 1º ANO

PREFÁCIO

Bem-vindos a mais um ano de desenvolvimento e ensino tecnológico na área de


eletrônica!

Esta apostila é o resultado da elaboração de roteiros de práticas desenvolvidas


pelos professores do curso ao longo dos últimos anos. Seu objetivo é auxiliar nas
atividades práticas de laboratório do ensino de eletrônica do CTE (Curso Técnico de
Eletrônica) do CEFET/RJ, complementando o ensino das aulas teóricas.

O seu bom uso pelo aluno para preparação das atividades práticas, bem como
para as subsequentes avaliações, consiste em: uma leitura prévia, registro dos
resultados nos locais indicados (e/ou uso de um caderno), além de anotações
adicionais que cada um julgar ser necessário. Isso implica um uso essencial da apostila
durantes as aulas, caso deseje um bom rendimento.

Contudo, não constitui o único meio de auxílio nas atividades práticas do curso
nem tão pouco um trilho a ser seguido sem possiblidade de alteração de rumo. Trata-
se de um orientador de atividades.

Por tratar-se de um instrumento de auxílio nas práticas, a sua constante


atualização é parte do processo de ensino da eletrônica e toda sugestão ou crítica é
bem-vinda.

Esta apostila pode ser copiada e usada livremente, resguardado seu direito
autoral e a propriedade do CEFET/RJ que deve ser sempre mencionada.

Aprecie sem moderação!

Equipe de Eletrônica

2
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório CURSO INTEGRADO 1º ANO

Sumário
APOSTILA DE MEDIDAS 4
1ª PRÁTICA 5
Resistores Fixos e Variáveis: códigos de leitura de valores 5
2ª PRÁTICA 15
Medidas de resistência elétrica e de tensão com multímetros analógico e digital 15
3ª PRÁTICA 20
Medida de resistência elétrica e comprovação de Lei de Ohm 20
4ª PRÁTICA 23
Circuito série de corrente contínua e LED – Diodo Emissor de Luz 23
5ª PRÁTICA 27
Diodo Semicondutor 27
6ª PRÁTICA 30
Osciloscópio Analógico 30
7ª E 8ª PRÁTICAS 39
Retificação com Diodo de Junção e Filtro Capacitivo 39

APOSTILA DE MONT AGEM 51


1ª PRÁTICA 52
Normas e procedimentos básicos , ferramentas e materiais 52
2ª PRÁTICA 57
Montagem de ponteiras de prova 57
3ª PRÁTICA 68
Montagem de Redutor de Potência para ferro de soldar 68
4ª PRÁTICA 70
Montagem de alarme sonoro com o CI NE 555 e microswitch 70
5ª PRÁTICA 74
Montagem de um cabo coaxial 74

APOSTILA DE PAINEL 82
1º PAINEL DE ESTUDO 83
Protoboad, Medidas de Resistência e Tensão 83
2º PAINEL DE ESTUDO 92
Medida de resistência elétrica e comprovação de Lei de Ohm 92
3º PAINEL DE ESTUDO 95
Pilhas e Baterias 95
4º PAINEL DE ESTUDO 103
Uso do Osciloscópio e do Gerador de Sinais 103
5º PAINEL DE ESTUDO 107
Componentes Eletrônicos - Capacitores 107
6º PAINEL DE ESTUDO 114
Componentes Eletrônicos – 114
Indutores, Transformadores e Transdutores Eletroacústicos 114
7º PAINEL DE ESTUDO 123
Circuitos Elétricos, fios, cabos, proteções e chaveamentos 123

3
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS

APOSTILA DE MEDIDAS

4
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS

1ª PRÁTICA
Resistores Fixos e Variáveis: códigos de leitura de
valores

OBJETIVOS
 Identificar os diversos tipos de resistores;
 Decodificar os resistores fixos, utilizando a codificação correspondente;
 Medir resistores com o multímetro digital;
 Justificar as discrepâncias nas medidas realizadas.

INTRODUÇÃO
Resistor é um dispositivo cuja finalidade principal é introduzir uma resistência
elétrica em um circuito eletro-eletrônico. Todo resistor tem como principal característica
o valor nominal, dada em ohm, cujo símbolo é a letra grega Ω (ômega). De acordo com
a Associação Brasileira de Normas Técnicas - A.B.N.T - o símbolo do resistor é o que
segue:

Fig. 1.0 – Resistor Fixo - Simbologia

São fabricados resistores desde alguns décimos de ohms até alguns milhões
de ohms. Em sua fabricação, os valores nominais dos resistores sofrem desvios
para mais ou para menos, denominados de tolerância nominal. As tolerâncias mais
comuns são 5% e 10%. Os resistores com tolerância inferiores a 5% (ex. 1%, 2%),
são chamados de resistores de precisão.

Quando um resistor é atravessado por uma corrente elétrica, ele se aquece e


dissipa uma certa quantidade de energia. Esse aquecimento pode danificar o
resistor, a menos que possa dissipar para o ambiente essa energia térmica. Desse
modo, o resistor deve ter um tamanho tal que todo o calor gerado seja rapidamente
transferido ao meio ambiente, ficando o resistor a uma temperatura inferior à de
destruição. O fabricante do resistor indica, através da potência nominal e de seu
tamanho, o calor suportado e dissipado por ele, cuja unidade é o watt (símbolo: W).

Para a leitura do valor nominal e da tolerância, utiliza-se uma codificação


universal. Os resistores axiais que não são de precisão apresentam quatro ou cinco
faixas coloridas no corpo, seguindo a codificação. A cor da primeira faixa
corresponde ao primeiro algarismo significativo. A cor da segunda corresponde ao
segundo algarismo significativo. A cor da terceira faixa corresponde ao multiplicador.
A cor da quarta corresponde à sua tolerância. Essa última faixa fica mais afastada
do extremo do componente, enquanto a primeira fica próxima.

5
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS

Fig. 1.1 – Aspecto de um resistor Fig.1.2 – Imagens de resistores

O seu tamanho, associado à sua tecnologia de fabricação, corresponde a sua


potência nominal.

Os resistores de precisão possuem cinco faixas coloridas em seu corpo,


sendo que a primeira, a segunda e a terceira faixa correspondem, respectivamente,
ao primeiro, ao segundo e ao terceiro algarismo significativo; a quarta faixa de cor
corresponde ao multiplicador e a quinta corresponde à tolerância. Neste caso, a
tabela também vale, desde que se inclua mais uma faixa (3º dígito).

Tabela 1 - Código de cores para resistores fixos com quatro e cinco faixas:

Os resistores podem ser classificados de acordo com a variação de sua


resistência elétrica em:

-Resistores Fixos - o valor de sua resistência não pode ser modificado;


-Resistores Variáveis e Ajustáveis - o valor de sua resistência pode sofrer
modificações;
-Resistores Especiais - o valor de sua resistência varia de acordo com certas
grandezas físicas.

6
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS

Os fabricantes fornecem uma série de informações sobre as propriedades dos


resistores, que irão determinar o seu emprego. Destacamos abaixo as principais:
 Valor Nominal - É o valor declarado para o resistor. Expresso em OHMS ();
 Tolerância - Indica o desvio máximo do valor da resistência do resistor em relação
ao seu valor nominal. É expressa em porcentagem;
 Potência Nominal - Em um resistor, toda energia aplicada é transformada em calor.
Assim, potência nominal indica a potência contínua máxima em Watts que um
resistor pode dissipar.

A norma IEC63 determina as séries básicas de valores, tomadas como


referência para os resistores.

Tabela 2 – Valores comerciais de resistores fixos

E 03 E 06 E 12 E 24
10 10 10 10
11
12 12
13
15 15 15
16
18 18
20
22 22 22 22
24
27 27
30
33 33 33
36
39 39
43
47 47 47 47
51
56 56
62
68 68 68
75
82 82
91

 Se observarmos a Série E 12, poderemos deduzir alguns valores típicos, a saber:

 1; 10; 100; 1K; 10K; 100K; 1M; etc...
 1,2; 12; 120; 1,2K; 12K; 120K; 1,2M; etc...
 1,5; 15; 150; 1,5K; 15K; 150K; 1,5M; etc...

7
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS

TIPO BÁSICOS DE RESISTORES

1 - Resistores Fixos
Podem ser de fio, de carvão, de filme e em montagem em superfície.

1.1 - Resistores de Fio


Adequados para o uso em potências elevadas (1/2 W a 200 W) e em
baixas frequências. São constituídos enrolando-se um fio de liga metálica, de grande
resistividade, sobre um núcleo, e protegendo-o com um invólucro adequado. O fio
metálico, constituído de uma liga de níquel-cromo-ferro, é enrolado na forma de espiras
espaçadas sobre um núcleo. Esse núcleo é um tubo de metal cerâmico sendo a
porcelana esteatita a mais utilizada. O revestimento protetor é um esmalte vitrificado,
que se consegue adicionando pó de vidro ao esmalte e aquecendo a mistura a alta
temperatura. Nos extremos, fazendo contato com o enrolamento, são presos terminais
de ligação.

Fig.1.3 – Resistor de fio (com vista parcial interna)

1.2 - Resistores de Carvão Aglomerado


Utilizados em quase todos os circuitos, são fabricados para valores que vão
desde ohms a vários megaohms, e com potência de dissipação desde 1/8 W até 3 W.
A sua técnica de fabricação consiste em pressionar um finíssimo pó de carbono,
junto com um material aglomerado. A resistência do elemento é determinada pela
proporção de carbono para o material aglomerado.

Fig.1.4 – Resistor de carvão aglomerado (com vista parcial interna)

1.3 - Resistores de Filme


Utilizados em quase todos os circuitos, são fabricados para o uso em altas
freqüências. Todos os tipos possuem um corpo cilíndrico de cerâmica de alta
qualidade, sobre o qual é depositado um filme homogêneo, que pode ser:

A - Carbono puro, depositado pela pirólise de um hidrocarboneto gasoso;


B - Níquel depositado pelo processo "electroless" (para valores resistivos
menores que 10 ohms);
C - Níquel-Cromo, depositado por evaporação de ligas metálicas;
D - Vítreo-Metálico. Tampas de contato de uma liga metálica especial são
colocadas sob pressão nas extremidades do corpo do resistor e a elas são soldados
por fusão.

Para obtenção de toda gama de valores resistivos, é feito um sulco de


conformação helicoidal de filme em torno do bastão de cerâmica. Finalmente, o resistor

8
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS

é revestido por quatro ou mais camadas de verniz para proteção elétrica, mecânica e
climática.

(a) (b)
Fig. 1.5 a e b – Resistor de filme

1.4 - Resistores em Montagem em Superfície (SMD)


A tecnologia SMD é a técnica de fabricação atual de componentes que permite a
confecção de circuitos bastante reduzidos se comparados aos usuais (mesmo
integrados).
Podemos encontrá-la nos telefones celulares, em câmeras de vídeo,
equipamentos médicos, indústria automotiva e outros aparelhos de tamanho reduzido.

a) Resistor SMD - Detalhe b) Armazenamento de venda

Fig. 1.6 a e b – Resistor SMD

Fig. 1.7 – Foto de uma placa PCB com resistores e circuitos integrados (CIs) SMD

9
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS

Os resistores SMD têm 1/3 do tamanho dos resistores convencionais. São


soldados do lado de baixo da placa, pelo lado das trilhas, ocupando muito menos
espaço. Por serem extremamente pequenos, não utilizam o código de cores. Seu valor
é marcado no corpo através de três números, sendo o 3° algarismo correspondente ao
número de zeros.

Ex: 102 significa 1.000  = 1 k.

Códigos para Resistores SMD

Os valores são indicados por três ou quatro dígitos, sendo esta última notação mais
rara. O último dígito é a quantidade de zeros a acrescentar aos primeiros. Quando o
valor é menor que 10  há uma letra R no lugar da vírgula.

Alguns resistores de precisão mais novos, com 1% de tolerância, possuem um


código diferente do habitual. Têm dois dígitos que indicam o valor através de uma
tabela (a seguir) e uma letra que é a multiplicação: A = x1; B = x10; C = x100; D =
xl000; E = xl0000; F = x100000; X ou S = x0,1; Y ou R = x0,01. Veja nos quadros a
seguir o como se identificam os resistores neste caso.

10
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS

JUMPERS SMD

Os jumpers (ligações diretas - curtos) vêm com a indicação 000.

2 - Resistores Variáveis e Ajustáveis

Apesar de cada vez menos utilizados, os Resistores Variáveis são aqueles que
permitem uma variação contínua do seu valor, apresentando para isso três terminais.
Como exemplo, temos os potenciômetros.

Fig.1.10 – Imagens de potenciômetros

Resistores Ajustáveis são aqueles que permitem um ajuste eventual de seu


valor (sendo este uma vez encontrado, não será mais modificado). Como exemplo
temos o resistor com derivação móvel e os trimpots (trimming potentiometer).

Fig. 1.11 – Imagens de Trimpots

Os potenciômetros apresentam uma tira circular de composição de carvão


depositado (potenciômetro de até 1/2 W) chamada de pista, sobre a qual se move um
contato móvel do cursor, que é preso ao eixo. Os que apresentam potências superiores
têm a sua pista constituída de fio.

11
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS

Existem vários tipos de potenciômetros; os mais importantes são:

Simples – Possuem uma única pista.

Fig. 1.12 – Ilustração de um Potenciômetro Simples

Múltiplos - contam com mais de uma pista, com comando único (tandem) ou não.

Fig. 1.13 – Ilustração de um Potenciômetro Múltiplo

Deslizantes – possuem uma pista reta (em vez de circular).

Fig. 1.14 – Ilustração de um Potenciômetro Deslizante

Multivoltas – Usados em ajustes de precisão.

Fig.1.15 – Detalhe interno de um multivoltas Fig. 1.16 – Imagem de um trimpot multivoltas

Muitas vezes é utilizado o próprio eixo do potenciômetro para comandar uma


chave interruptora. Neste caso, são chamados de potenciômetros com chave.
Quanto à função-resposta, os potenciômetros podem ser lineares ou não-
lineares.
Os lineares apresentam uma largura de pista constante. Assim, para uma
mesma variação em graus do seu cursor, teremos a mesma variação do valor de
resistência.
Nos não-lineares, por não terem largura de pista constante, a variação de
resistência não é a mesma para certo deslocamento angular. Essa variação de
12
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS

resistência pode seguir diversas funções matemáticas, sendo a logarítmica a mais


comum. São normalmente empregados nos controles de volume de som.

Fig. 1.17 – Potenciômetro Linear Fig.1.18 – Potenciômetro Não-linear

Nos resistores com derivação móvel, o valor de sua resistência varia quando a
derivação é deslocada. Apresentam a mesma construção que o resistor de fio, com a
particularidade de que o recobrimento de esmalte vitrificado dispõe de uma abertura
para permitir a união do contato móvel deslizante com o fio. Geralmente é empregado
como divisor de tensão. Como nos trimpots, os ajustes são semipermanentes. Assim
sendo, apresentam uma fenda para esse ajuste. Seu valor nominal está entre 100
ohms e 3,3 megaohms.

Fig.1.19 – Ilustração de um Resistor de derivação móvel

De acordo com a Associação Brasileira de Normas Técnicas - A.B.N.T - o símbolo do


resistor variável é o que segue abaixo:

Fig. 1.20 – Resistor Variável - Simbologia

3 - Resistores Especiais

Os Resistores Especiais têm sua resistência influenciada por fatores externos.


Nesta categoria incluímos os termistores: o NTC (coeficiente negativo de temperatura),
aumenta sua resistência quando a temperatura diminui e vice-versa; já o PTC
(coeficiente de temperatura positiva) varia sua resistência no mesmo sentido da
temperatura.

Fig. 1.21 – Aspecto, símbolo e leitura do valor de termistores

13
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS

Incluímos nesta categoria também o VDR (resistor dependente da tensão) e o


LDR (resistor dependente da luz).

Fig.1.22 – Aspecto, símbolo e leitura do valor de VDRs

Fig. 1.23 – Aspecto e símbolo do LDR

PROCEDIMENTO

1. Observe detalhadamente o material fornecido.

2. Classifique, em tipo e aplicação, os resistores fornecidos.

RESISTOR TIPO APLICAÇÃO


01
02
03
04
05
06
07
08
09
10

3. Decodifique os resistores usando o seu código.

1ª Cor 2ª Cor 3ª Cor 4ª Cor 5ª Cor Valor Tolerância Potência


Nominal Nominal
R1
R2
R3
R4
R5

14
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS

2ª PRÁTICA
Medidas de resistência elétrica e de tensão com
multímetros analógico e digital

OBJETIVOS
 Medir resistores com o multímetro analógico e com o multímetro digital;
 Medir tensões contínuas com o multímetro analógico e com o multímetro digital.

INTRODUÇÃO
O multímetro é um aparelho eletrônico que possibilita medidas de tensão
alternada (VAC ou V~), tensão contínua (VDC ou V), resistência (R ou ), corrente
contínua (ADC ou A) e, em alguns casos, corrente alternada (A AC ou A~).

MULTÍMETRO ANALÓGICO
Temos, abaixo, o painel frontal do e, em seguida, a descrição de seus controles.

15
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS

DESCRIÇÃO DOS CONTROLES DO MULTÍMETRO ANALÓGICO

1. Escala de resistência ();


2. Escala de tensão e corrente DC;
3. Escala de tensão AC;
4. Escala de ganho de transistor (hFE);
5. Escala de decibéis (dB);
6. Escala para verificação das condições da bateria;
7. Parafuso de ajuste do "ZERO";
8. Terminal para encaixe do transistor;
9. Botão de ajuste de "ZERO ".
10.Terminal para medidas de resistência, tensão AC/DC, corrente DC (exceto para
corrente de 10 A e tensão de 1000 V DC). Conecte a ponta de prova vermelha neste
terminal ("VA");
11. Chave Seletora de Funções;
12. Terminal "COM". Conecte a ponta de prova preta;
13. Terminal para medir corrente de 10 A DC. Conecte a ponta de vermelha neste
terminal;

MATERIAL UTILIZADO
Resistores: R1 = 33 k ; R2 = 82 k; R3 = 270 k; R4 = 560 k; R5 = 2,2 M
Multímetro Analógico; Multímetro Digital; Pilhas e Fonte de Alimentação DC Ajustável.

PROCEDIMENTO 1
A) Inicialmente, utilizaremos o multímetro analógico como medidor de resistência
elétrica (função ohmímetro). Para esta utilização, seguiremos os procedimentos
abaixo:
1. Identifique os resistores utilizando o código de cores;
2. Conecte as pontas de prova nos terminais "COM" e "VA" do multímetro;
3. Selecione a chave seletora de funções para a escala de resistência apropriada,
de acordo com o valor do resistor a ser medido. Note que a chave multiplica (X1,
X100, X1 k) os valores marcados na escala de Ohms;
4. Encoste uma ponta de prova na outra e ajuste o botão "ajuste de Zero " até que
o ponteiro indique, na escala de resistência, valor igual a ZERO;
5. Apanhe uma resistência e conecte as pontas de prova em seus terminais;
6. Leia o valor indicado na escala de resistência; e
7. Multiplique o valor encontrado pela escala escolhida.

O valor encontrado equivale ao valor da resistência oferecida pelo resistor


escolhido. Anote na tabela apresentada na última página.

16
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS

Observações
1) Se não for possível o ajuste de "ZERO" nas escalas de resistência, a bateria do
multímetro está fraca e deve ser trocada.
2) Para medir resistência, o componente (resistor) tem de estar desligado de qualquer
circuito. Se ele estiver soldado em um circuito, será necessário desenergizar o
circuito e dessoldar um de seus terminais.
3) Não se deve tocar ambas as pontas de prova com os dedos ao fazer as medidas,
pois a resistência do corpo humano pode alterar o resultado.

B) Agora utilizaremos o multímetro analógico como medidor de tensão elétrica (função


voltímetro). Para esta utilização, seguiremos os procedimentos abaixo:
1. Identifique o valor nominal de tensão das pilhas;
2. Conecte as pontas de prova nos terminais "COM" e "VA" do multímetro;
3. Selecione a chave seletora de funções para a escala de tensão contínua
apropriada, de acordo com o valor da tensão a ser medida. Note que a posição da
chave indica o maior valor de tensão da escala;
4. Encontre, no mostrador, a escala correspondente à posição da chave; ela termina
com o mesmo valor da chave ou com um múltiplo ou submúltiplo dele;
5. Apanhe uma pilha e encoste as pontas de prova em seus terminais, observando
a polaridade (vermelho no positivo e preto no negativo; não inverta!);
6. Leia o valor indicado na escala de tensão; e
7. Faça a conversão do valor lido na escala graduada, de acordo com a relação
entre o máximo dessa escala e a posição da chave seletora.

Anote na tabela apresentada na última página. Repita para outra(s) pilha(s) e


para a fonte de tensão (saída DC).

! Dica :
Para converter o valor lido na escala graduada multiplique-o pela relação entre o
valor de fim de escala e o valor no qual se encontra a chave. Por exemplo, se você
colocar a chave em 100 V e o final da escala for 10 V, terá de multiplicar a leitura feita
nessa escala por 10.

17
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS

MULTÍMETRO DIGITAL

Descrição dos controles do multímetro digital.

1. Mostrador - onde o valor (magnitude) da grandeza é lido.


2. Chave rotativa - seleciona a grandeza que se quer medir e o fundo de escala
(alcance).
3. Terminal de entrada de "10 A" - usado junto com o “COM”, somente para o
alcance de 10 A, sendo ligada nele a ponta de prova positiva (vermelha).
4. Terminal de entrada "COM" - nele é ligada a ponta de prova preta, para
qualquer medição; se a grandeza medida for contínua, esta ponteira é ligada ao
negativo ( - ).
5. Terminal de entrada "V  A" - nele é ligada a ponta de prova vermelha, para
qualquer medição; se a grandeza medida for contínua, esta ponteira é ligada ao
positivo ( + ).
6. Interruptor de alimentação - liga e desliga o aparelho; deve ser sempre
desligado quando se termina o uso, para evitar o esgotamento da bateria interna.
7. Tampa da bateria - permite o acesso ao compartimento da bateria interna, para
sua troca.
8. Parafuso da caixa - permite o acesso ao interior do instrumento, para
manutenção.

PROCEDIMENTO 2

A) Nesta etapa utilizaremos o multímetro digital como medidor de resistência elétrica


(função ohmímetro). Para esta utilização, seguiremos os procedimentos abaixo:
1. Identifique os resistores utilizando o código de cores.
2. Conecte as pontas de prova nos terminais "COM" e "VA" do multímetro;
3. Selecione a chave seletora de funções para a escala de resistência apropriada,
de acordo com o valor do resistor a ser medido. Note que a chave indica o maior
valor que pode ser medido naquela escala;
4. Apanhe uma resistência e conecte as pontas de prova em seus terminais;
5. Leia o valor indicado diretamente no mostrador.
18
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS

O valor encontrado equivale ao valor da resistência oferecida pelo resistor


escolhido. Anote na tabela apresentada na última página.

B) Agora utilizaremos o multímetro digital como medidor de tensão elétrica (função


voltímetro). Para esta utilização, seguiremos os procedimentos abaixo:
1. Identifique o valor nominal de tensão das pilhas.
2. Conecte as pontas de prova nos terminais "COM" e "VA" do multímetro;
3. Selecione a chave seletora de funções para a escala de tensão contínua
apropriada, de acordo com o valor da tensão a ser medida. Note que a posição
da chave indica o maior valor de tensão da escala;
4. Apanhe uma pilha e conecte as pontas de prova em seus terminais, observando
a polaridade (vermelho no positivo e preto no negativo; se inverter, aparecerá
um sinal de menos no mostrador);
5. Leia o valor indicado diretamente no mostrador.

Anote na tabela apresentada na última página. Repita para outra(s) pilha(s) e para a
fonte de tensão DC.

Observações
1) O aparecimento do número 1 no canto esquerdo do mostrador do multímetro digital
indica que o valor a ser medido é maior que o limite da escala escolhida; aumente a
escala, até fazer uma leitura diferente. Isto vale para resistência, tensão e corrente.
Em alguns multímetros, essa indicação aparece com as letras OL, abreviatura de
overload (sobrecarga, em inglês).

2) Se você não sabe o valor da tensão (ou corrente) que vai medir, comece da maior
escala e não da menor. Para resistência, isso não importa.

TABELAS
Resistência Valor Real
Valor Nominal Multímetro Analógico Multímetro Digital
R1 =
R2 =
R3 =
R4 =
R5 =

Tensão Valor Real


Valor Nominal Multímetro Analógico Multímetro Digital
Pilha 1 =
Pilha 2 =
Fonte =

19
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS

3ª PRÁTICA
Medida de resistência elétrica e comprovação de Lei
de Ohm

OBJETIVOS
 Medir o valor dos resistores fornecidos;
 Montar o circuito proposto;
 Ajustar a fonte de tensão;
 Medir a tensão elétrica e a corrente elétrica no circuito;
 Comparar os valores medidos com os calculados pela Lei de Ohm

INTRODUÇÃO
A Lei de Ohm estabelece que a corrente elétrica, ao percorrer um resistor,
desenvolve sobre ele uma queda de tensão E, que é diretamente proporcional ao
valor do resistor:
E=IxR
I

No circuito ao lado, E é uma fonte de


tensão, R é um resistor e I é
corrente elétrica que circula no
E R circuito fechado.
O circuito é dito fechado quando a
fonte e a carga (no caso, o resistor)
estão interligadas.

Os fios (condutores) que interligam os componentes do circuito são


considerados, na maioria das vezes, como tendo resistência nula (igual a zero ohm).
Assim, o valor da tensão presente nos terminais da fonte (E) é o mesmo da tensão
presente nos terminais do resistor.

Tendo o valor de duas das grandezas indicadas, você pode obter o valor da
terceira. Portanto, além da equação já fornecida para a Lei de Ohm, também temos:

I = E e R = E
R I

Um recurso para memorizar as relações da Lei de


Ohm é o triângulo ao lado. Se você cobrir com o dedo a
grandeza que quer calcular, aparece a relação entre as E
demais.
Cubra E, e temos R x I; cubra I, e temos E/R; cubra R, e
temos E/I. R I

20
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS

MATERIAL UTILIZADO
 1 resistor de 4,7 k
 1 resistor de 15 k
 1 resistor de 33 k
 1 resistor de 47 k
 Protoboard
 Fonte de Alimentação DC Ajustável
 Multímetro

PROCEDIMENTOS
1. Meça o valor de cada resistor e anote. Isso é importante para o cálculo
correto das grandezas no circuito.

Valor nominal (lido) Valor real (medido)


4,7 k
15 k
33 k
47 k

2. Ajuste a fonte de tensão em 12 volts. Para isso, coloque o multímetro digital


na função VDC, fundo de escala em 20 V, em paralelo à fonte de tensão, ou
seja, ligue a ponteira preta ao terminal de massa (preto) da fonte e a ponteira
vermelha ao terminal +V (vermelho) da fonte.
Confira a polaridade do instrumento e se o potenciômetro da fonte está na
posição mínima (todo para a esquerda).
Ligue a fonte e gire o potenciômetro até ler no medidor o valor da tensão
desejada.

3. Monte o circuito, com um resistor de cada vez.

E R

21
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS

4. Aplique a tensão elétrica, ajustada, entre os extremos do resistor, conforme


indicado no circuito.

5. Meça a tensão elétrica sobre o resistor e anote no quadro adiante.

E R

6. Meça a intensidade da corrente elétrica no circuito, da seguinte maneira.


a) Ligue a ponta de prova vermelha do multímetro no terminal mA e a preta
em COM;
b) Na chave seletora, coloque na escala de 20 mA;
c) Desligue o terminal positivo da fonte do resistor;
d) Ligue o multímetro entre a fonte e o resistor e meça o valor da corrente,
anotando no quadro adiante. Se necessário, diminua a escala, para uma
leitura mais precisa.

E R

7. Repita os itens 1 a 6 para cada um dos resistores.

8. Complete a tabela, calculando o valor da intensidade da corrente, em cada


caso, usando para isso o valor real dos resistores. Compare os valores
calculados e os medidos.

Intensidade da Intensidade da
Resistores Tensão medida
corrente medida corrente calculada
R1 =

R2 =

R3 =

R4 =

22
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS

4ª PRÁTICA
Circuito série de corrente contínua e LED – Diodo
Emissor de Luz

OBJETIVOS
 Montar os circuitos propostos;
 Calcular as grandezas elétricas no circuito;
 Ajustar a fonte de tensão;
 Medir a resistência equivalente;
 Medir as correntes elétricas e tensões elétricas nos diversos pontos dos
circuitos;
 Comprovar as características de um circuito misto de corrente contínua;
 Identificar o efeito do circuito aberto e do curto-circuito na associação mista;
 Polarizar e acender um LED.

1ª Parte: CIRCUITO MISTO DE CORRENTE CONTÍNUA


INTRODUÇÃO
Um circuito misto é aquele que pode ser analisado como a reunião de
circuitos série e paralelo, daí ser também chamado de circuito série-paralelo. Assim,
a cada parte do circuito identificada como uma dessas duas associações (série ou
paralelo) devem ser aplicadas suas respectivas propriedades, já vistas na matéria de
Eletricidade.

Exemplo:

R1

E R2 R3

Os resistores R2 e R3 formam uma associação em paralelo. A resistência


equivalente dessa associação forma uma série com R1. Logo, a Req do circuito é R1
+ (R2 // R3).

APLICAÇÕES
Os equipamentos eletrônicos possuem, em seus circuitos, diversos resistores,
que formam circuitos dos diversos tipos: série, paralelo e misto. Para realizar
medições nesses circuitos é necessário identificar o tipo de associação, para
entender o funcionamento do aparelho e verificar se as medidas indicam
funcionamento correto.

23
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS

MATERIAL UTILIZADO
 1 resistor de 1 k  1 resistor de 15 k
 1 resistor de 33 k  1 resistor de 47 k
 1 resistor de 68 k
 Multímetro  Protoboard
 Fonte de Alimentação DC Ajustável

PROCEDIMENTOS
1. Monte o circuito abaixo, com R1 = 1 k, R2 = 15 k, R3 = 33 k, R4 = 47 k e
R5 = 68 k.
R2
R1
A B C

E R3 R4 R5

2. Sem aplicar a fonte E, calcule e meça a Req entre os terminais A e D.


Req = _______ (calculada) Req = _______ (medida)

3. Ajuste a fonte de tensão para 10 V e aplique entre os pontos A e D do


circuito, conforme indica o esquema.

4. Calcule e meça as tensões, completando o quadro abaixo.


V AB V BC V CD VTOTAL
Valor Calculado
Valor Medido

5. Calcule e meça as correntes, completando o quadro abaixo.

IR IR2 IR3 IR4 IR5 ITOTAL


Valor Calculado
Valor Medido

6. Retire o resistor R5 e meça ITOTAL, VTOTAL e VCD. O que significa a retirada


desse resistor?
ITOTAL = ________ VTOTAL = ________ VCD = ________

7. Retire o resistor R2, coloque um fio em seu lugar e meça ITOTAL, VTOTAL e VBC.
O que significa a substituição desse resistor pelo fio?
ITOTAL = ________ VTOTAL = ________ VBC = ________

8. Se o resistor R1 for retirado, o que ocorre no circuito?


24
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS

2ª Parte: LED – DIODO EMISSOR DE LUZ (Light Emitting Diode)

INTRODUÇÃO
LED é a sigla para Light Emitting Diode, em inglês, que significa Diodo Emissor de
Luz. Os diodos são componentes eletrônicos fabricados com materiais semicondutores.
Escolhendo o material adequado, é possível determinar a cor da luz emitida pelo LED
quando ele é ligado a uma fonte de energia.
Abaixo, vemos o símbolo do LED e seu aspecto físico, com a identificação dos
terminais.

A (anodo)

K (catodo)

Símbolo Aspecto e terminais

Note que o terminal do catodo é mais curto e, visto por baixo, há um corte no corpo
do LED ao seu lado. Não inverta os terminais, pois isso pode levar à queima do
componente.

A ligação do LED tem de ser feita sempre através de um resistor, para evitar sua
queima, a uma fonte de tensão contínua de baixo valor. O terminal chamado anodo vai
ao positivo da fonte, através do resistor, e o terminal chamado catodo vai ao negativo
da fonte.

ILED
EFONTE ELED

O resistor R pode ser calculado facilmente pelo circuito série. Ele será dado pela
equação 1:

R = EFONTE - ELED 1 na qual ELED = 2 V, ILED = 10 a 20 mA


ILED

MATERIAL UTILIZADO
 Resistores calculados
 Multímetro  Protoboard
 Fonte de Alimentação DC Ajustável

25
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS

PROCEDIMENTOS
1. Utilizando a equação 1, vista na página anterior, calcule o resistor a ser
colocado em série com o LED, nas seguintes situações:

a. EFONTE = 7 V, ILED = 10 mA R1 = ________


b. EFONTE = 12 V, ILED = 5 mA R2 = ________

2. Monte o circuito, com um dos resistores calculados de cada vez, e meça


as grandezas indicadas.

ILED ELED ER

R1 = ________

EFONTE = 7 V

R2 = ________

EFONTE = 12 V

3. Qual é a cor da luz emitida por esse LED? ________________

4. Qual resistor e tensão da fonte fizeram o LED acender com maior brilho?
Por que? __________________________________________________
__________________________________________________________

5. Substitua o LED por outro, de outra cor, e repita as medidas.

ILED ELED ER

R1 = ________

EFONTE = 7 V

R2 = ________

EFONTE = 12 V

6. Qual é a cor da luz emitida por esse outro LED? ________________

26
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS

5ª PRÁTICA
Diodo Semicondutor

OBJETIVOS
 Testar um diodo, usando o multímetro.
 Traçar a curva característica do diodo, a partir dos resultados de medidas.
 Analisar o funcionamento do diodo semicondutor.

INTRODUÇÃO

O diodo é um componente não-linear, pois a tensão sobre seus terminais não


é proporcional à corrente que circula por ele. A passagem da corrente depende da
polarização. Diodos como o retificador e o de sinal são utilizados com polarização
direta. Já o diodo zener trabalha polarizado inversamente, na região de ruptura.
O símbolo do diodo está representado a seguir, com a indicação de seus terminais:
Anodo (A) e Catodo (K).

A K

O aspecto do diodo semicondutor mais utilizado nas aplicações de baixa


potência é cilíndrico, como se vê abaixo, com uma marca na extremidade
correspondente ao catodo.

A K

Observe as duas situações de polarização de um diodo. No esquema à


esquerda, o diodo recebe tensão positiva em seu anodo e conduz, permitindo a
passagem da corrente elétrica, o que é indicado pelo amperímetro, cujo ponteiro se
desloca para a direita. Já no esquema à direita, o diodo recebe tensão positiva em
seu catodo e não conduz, não havendo passagem da corrente elétrica, o que é
indicado pelo amperímetro, cujo ponteiro permanece à esquerda (fica no ‘zero’).

Amperímetro Amperímetro
E E

R R

Polarização direta Polarização inversa

27
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS

MATERIAL UTILIZADO

 1 diodo semicondutor (1N4001 a 1N4007)


 1 resistor de 2,2 K
 Protoboard
 Fonte de alimentação DC ajustável

PROCEDIMENTO

1. Inicialmente, teste o diodo, usando o multímetro digital. Para isso:

1. Selecione a função Teste de Diodo, representada pelo símbolo do componente:


[ ].
2. Ligue a ponta de prova vermelha ao terminal V e a preta ao terminal COM.

3. Coloque a ponta vermelha no anodo e a preta no catodo. O display deve


indicar um valor entre .450 e .800, que corresponde à tensão de polarização
direta do diodo. Se a indicação for o número 1 à esquerda do display (que
indica sobrescala e, em alguns multímetros, pode ser OC, abreviatura de
Open Circuit), o diodo está aberto (defeituoso).

4. Coloque a ponta vermelha no catodo e a preta no anodo. O display deve


apresentar o número 1 à esquerda do display (que indica sobrescala e, em
alguns multímetros, pode ser OC, abreviatura de Open Circuit), pois nessa
condição (polarização inversa) não há corrente. Se a indicação for zero ou
algo diferente do que está indicado acima, o diodo está em curto (defeituoso).

5. Agora, você vai realizar medidas de tensão e corrente no diodo, como objetivo
de traçar sua curva característica tensão x corrente. Monte o circuito,
utilizando um diodo da série 1N4001 a 1N4007.

6. Utilizando a fonte de alimentação ajustável, aplique na entrada os valores de


Vi, constantes na tabela seguinte. Para cada valor de V i meça o valor
correspondente de tensão no diodo (Vo) e corrente através do diodo (Id),
preenchendo a tabela. Em seguida, determine o estado do diodo: ON =
conduzindo e OFF = cortado.

OBS.: Meça a tensão e a correspondente corrente no diodo, sempre aos pares.


Nunca meça todas as tensões e, depois, todas as correntes; isso é um erro
grave de medida, pois os valores não estarão diretamente relacionados, já
que a fonte não será ajustada exatamente na mesma tensão.

28
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS

Vi (V) Id (mA) Vo (V) Estado do diodo ( ON/OFF)


10
8
6
4
2
1
0,5
0
-0,5
-1
-2
-4
-6
-8
-10

OBS.: Para obter o valor de zero volt não utilize a fonte; desligue-a do circuito e faça
um curto-circuito entre os dois terminais de entrada usando um fio (jumper).
Não se esqueça de retirar o curto para fazer as demais medidas!

7. Trace a curva característica de tensão x corrente do diodo, usando o gráfico


abaixo. Para isso, marque os valores de tensão no diodo no eixo horizontal e
os de corrente no vertical, respeitando a polaridade. Depois, uma os pontos.
Se dispuser de papel milimetrado, use-o.

I (mA)

V (V)

8. Localize, no gráfico, a região de polarização direta e a região de polarização


inversa. Identifique a tensão de joelho (aquela em que o diodo começa a
conduzir) e dê o seu valor. A partir do gráfico, descreva o funcionamento do
diodo.

29
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS

6ª PRÁTICA
Osciloscópio Analógico

OBJETIVOS
 Ajustar os controles básicos (liga-desliga, brilho, foco e posição de feixe).
 Selecionar uma escala vertical e uma base de tempo coerentes com o sinal a ser
visualizado.
 Estabilizar a forma de onda na tela.
 Medir amplitudes e intervalos de tempo no sinal.
 Medir defasagem entre dois sinais.
.

INTRODUÇÃO
A principal função do Osciloscópio é mostrar formas de onda de tensão, sendo
também possível a medida de amplitude e tempo no sinal. Além disso, permite medir a
relação de fase (e de freqüência) entre dois sinais, observar curvas de resposta e até
imagens de TV.

Serão descritos a seguir os controles, as funções e a operação básica de um


osciloscópio analógico de dois canais (duplo-traço), cuja compreensão permitirá a
operação de modelos mais sofisticados, sem grande dificuldade, uma vez que os
recursos encontrados neste aparelho analisado certamente existirão nos modelos mais
complexos, com acréscimo de outros. Algumas das características descritas são
específicas deste modelo.

30
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS

Controles e funções do osciloscópio

Ajustes básicos
POWER – chave liga-desliga.

INTENSITY – controle da intensidade do brilho do traço. Deixe o traço com o mínimo


brilho necessário para uma boa visualização, pois isso melhora a definição da
imagem e preserva o equipamento.

FOCUS – ajuste de foco do traço. Deixe o traço o mais fino possível.

TRACE ROTATION – controle do alinhamento horizontal do traço. Faça este ajuste


se o traço não estiver perfeitamente horizontal, isto é, alinhado com a grade
impressa na tela. Como é um ajuste eventual, necessita de uma chave de fenda.

PROBE ADJUST – fornece uma onda quadrada de 0,5 Vpp, 1 kHz, que serve para
ajustar a resposta de freqüência da ponta de prova específica do osciloscópio (ponta
compensada). Se dispuser de uma, ligue a ponta de prova nesse terminal, coloque a
chave seletora que fica na ponta de prova na posição X10 e ajuste o parafuso que
existe no conector da ponta (usando uma chave plástica ou de outro material
isolante) até que a forma da onda seja perfeitamente quadrada.

Seção vertical
CH1 e CH2 – são os conectores (tipo BNC) de entrada dos canais 1 e 2 do
osciloscópio. Neles são ligadas as pontas de prova. Também podem funcionar como
entradas X e Y para varredura externa horizontal e vertical (ex.: nas figuras de
Lissajous). Suas características elétricas são: 1 M e 30 pF. Suportam uma tensão
de até 400 V de pico.

Acoplamento (AC/DC, GND) – seleção do acoplamento do sinal aplicado a cada


canal.
GND – coloca a entrada à massa para o alinhamento do traço. Nessa posição, as
pontas de prova não ficam em curto, mas nenhum sinal aparece na tela;
DC – a entrada do amplificador vertical fica com acoplamento direto (sem capacitor),
permitindo ver o nível médio do sinal (tensões contínuas - DC);
AC – é colocado um capacitor em série com a entrada para barrar o nível médio do
sinal (DC), se houver.

POSITION – ajusta a posição vertical do traço, de modo a facilitar a visualização ou


a leitura de valores no sinal.

VOLTS/DIV – chave seletora de ganho vertical com atenuador compensado,


calibrado em volts por divisão. Cada divisão da tela na direção vertical vale o que
está indicado nessa chave seletora (somente se a ponta de prova estiver em X1, o
ajuste variável no modo cal e a Ampliação – X5 MAG – estiver desativada).
31
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS

VARIABLE – controle que se encontra no centro da chave seletora de ganho


vertical, usado para ajuste variável do ganho. Ao iniciar o uso do osciloscópio, deve-
se verificar se esse controle se encontra na posição calibrada (CAL POSITION),
girando-o totalmente para a direita (sentido horário), até sentir o clique. Seu uso fora
da posição calibrada não permite fazer uma leitura de tensão no sinal, mas pode ser
útil para melhor visualização da forma de onda ou comparação de aspecto com outra
onda.

X 5 MAG – aumenta em cinco vezes o ganho vertical, em cada canal (magnified =


amplificado), o que exige que se divida por cinco a leitura da escala vertical. Permite
observar sinais de pequena amplitude. Em alguns aparelhos, este recurso limita a
resposta de freqüência nas escalas menores.

CH2 INVERT – inverte a fase do canal 2, sendo a sua principal aplicação a


subtração do canal 1 pelo canal 2 com a chave MODE em ADD.

MODE – seleciona o modo de exibição dos sinais aplicados às entradas verticais.


CH1 – seleciona somente o canal 1;
CH2 – seleciona somente o canal 2;
CHOP – chopper (chaveador, chaveado). Mostra o sinal do canal 1 e o sinal do
canal 2, simultaneamente na tela, sendo o traço chaveado rapidamente
entre um e outro. Esse modo só é usado em baixa velocidade de
varredura (ms), senão os sinais aparecem recortados pelo pulso de
chaveamento;
ALT – alternate (alternador, alternado). O sinal do canal 1 e o do canal 2 são
mostrados alternadamente, a cada varredura. Esse modo só é usado em
alta velocidade de varredura (s), senão os sinais aparecem piscando;
ADD – (soma). Mostra a soma do sinal do canal 1 com o do canal 2, ou sua
subtração, se o canal 2 estiver invertido.

Seção horizontal

POSITION – ajusta a posição vertical do traço, de modo a facilitar a visualização ou


a leitura de valores no sinal.

TIME/DIV – chave seletora da base de tempo, calibrada em s, ms e s por divisão


horizontal. Cada divisão da tela na direção horizontal vale o que está indicado nessa
chave seletora (somente se o ajuste variável estiver no modo cal e a Ampliação – X5
MAG – estiver desativada). A posição x-y ativa o modo x-y de varredura externa, no
qual o sinal aplicado à entrada CH1 aciona o traço horizontalmente e o sinal
aplicado à entrada CH2 aciona o traço verticalmente, permitindo comparação de
fase entre ambos (figuras de Lissajous).

32
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS

X 5 MAG – aumenta em 5 vezes a extensão do traço, reduzindo em 5 vezes o tempo


por divisão, o que exige que se divida por 5 a leitura da base de tempo. Permite
observar sinais curta duração.

TIME VARIABLE – ajuste variável do tempo por divisão horizontal. Esse controle se
encontra no centro da chave de base de tempo. Ao iniciar o uso do osciloscópio,
deve-se verificar se esse controle se encontra na posição calibrada (CAL
POSITION), girando-o totalmente para a direita (sentido horário), até sentir o clique.
Seu uso fora da posição calibrada não permite fazer uma leitura de tempo no sinal,
mas pode ser útil para melhor visualização da forma de onda ou comparação de
aspecto com outra onda.
Seção de sincronismo (trigger)

LEVEL – nível de trigger. Ajusta a tensão de disparo da varredura, estabilizando a


imagem na tela.

SWEEP MODE
NORM – nesse modo só existe varredura se ela estiver sincronizada. Na falta de
sincronismo, o sinal da tela apaga (fica esperando o pulso de trigger).
Essa condição permite que o traço apague quando não houver sinal
aplicado, preservando a tela.
AUTO – nesse modo, mesmo sem sinal, ou com sinal, mas sem sincronismo, ocorre
a varredura. O traço aparece sempre.
LOCK – apertando simultaneamente NORM e AUTO, o osciloscópio ajusta o nível
de trigger para o valor adequado à manutenção do sincronismo.
SINGLE – mostra uma única varredura, toda vez que o botão RESET é acionado.
SLOPE – serve para escolher a polaridade do sinal que irá sincronizar a varredura
(borda de subida ou borda de descida).

TRIGGER SOURCE – seleciona a fonte do sinal de trigger.


CH1 – captura o sincronismo no sinal do canal 1;
CH2 – captura o sincronismo no sinal do canal 2;
ALT – sincroniza a varredura pelo canal 1 ou pelo canal 2, no instante em que cada
um está sendo varrido no modo alternado. Seleciona-se apertando,
simultaneamente, CH1 e CH2;
LINE – captura o sincronismo no sinal da rede elétrica (60 Hz);
EXT – captura o sincronismo em um sinal externo aplicado ao conector EXT INPUT.

COUPLING – seleciona forma de acoplamento do sinal de sincronismo ao circuito de


trigger.
AC – acoplamento através de um capacitor; barra o nível médio do sinal de trigger,
sendo útil para sinais alternados de pequena amplitude superpostos a um nível
DC elevado.
DC – acoplamento direto; leva em consideração o nível médio do sinal de trigger.
33
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS

TV – seleciona os pulsos de sincronismo de um sinal de vídeo para o trigger;


dependendo da base de tempo, podem ser os pulsos verticais ou os
horizontais.
NORM – seleciona as transições do sinal (positivas ou negativas, dependendo da
opção SLOPE) para fazer o sincronismo.

EXT INPUT – entrada para sinal de sincronismo externo. Esse sinal deve ter, no
máximo, 400 Vpp, e sua freqüência ser um múltiplo ou submúltiplo
da freqüência do sinal que está sendo visualizado.

Ponta de prova
A ponta de prova específica para o osciloscópio possui uma chave seletora x1 – x10.
Além disso, possui um ajuste para compensar a capacitância de entrada do
osciloscópio, daí ser também denominada Ponta Compensada.

x1 - nesta posição, chamada de DIRETA, a ponta de prova não produz atenuação. A


resistência vista pelo circuito sob teste é de 1 M com capacitância total de 250
pF (capacitância de entrada de aproximadamente 30 pF mais a capacitância do
cabo);

x10 - nesta posição, chamada de ATENUADA, o sinal de entrada do osciloscópio é


atenuado de 10 vezes. Assim, escala de tensão é alterada, devendo-se fazer
o cálculo para obter a leitura correta de amplitude na forma de onda (a
indicação da chave seletora tem de ser multiplicada por 10). A resistência
vista pelo circuito sob teste é de 10 M com capacitância total de 25 pF,
aproximadamente. Com o ajuste de compensação, é possível minimizar a
capacitância total para esse valor, aumentando a resposta de freqüência do
osciloscópio.

34
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS

PROCEDIMENTOS

1. Ligue o osciloscópio, localizando o traço e ajustando o brilho e o foco.

2. Conecte o osciloscópio (CH1) ao gerador de sinais (Output 50 ) e ajuste


para senóíde com freqüência de 1 kHz.

3. Selecione a escala vertical e a base de tempo adequadas para observação do


sinal.

4. Ajuste o trigger, para uma perfeita estabilização.

5. Ajuste a posição, para permitir o posicionamento mais conveniente da onda


na tela.

6. Esboce a imagem, na reprodução de tela a seguir.

Escala vertical: _____ V/div

Escala horizontal: _____ ms/div

7. Meça a amplitude do sinal, em volts de pico e pico-a-pico.

VP = ________ VPP = ________

8. Meça o período do sinal. Anote. T = ________

9. Reajuste o gerador para fornecer 1 VP e meça o sinal também com o


multímetro (escala de tensão alternada), que fornece valor eficaz. Compare
os resultados e justifique a diferença entre os valores encontrados.

VP = ________ VEF = ________

Justificativa:
______________________________________________________________
______________________________________________________________

10. Reajuste a freqüência para 10 kHz e torne a medir o período. Anote:

T = ________

35
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS

11. Aplique à entrada 2 (CH2) o sinal proveniente do terminal PROBE ADJUST,


mantendo o sinal senoidal em CH1, com 500 Hz. Ajuste o osciloscópio para a
correta visualização de ambos. Esboce a imagem, na reprodução de tela
abaixo.

Escala vertical: _____ V/div

Escala horizontal: _____ ms/div

12. Meça o período dos sinais. Anote:

T1 = ________ T2 = ________

13. Selecione a função X-Y na chave da Base de Tempo do osciloscópio. Ligue


as entradas de ambos os canais (1 e 2) ao gerador, aplicando 1500 Hz.
Aperte a tecla GND do canal 1 e ajuste o ganho do canal 2 (chave V/div e o
ajuste fino no centro dela), bem como o controle de posição, de modo a obter
um traço com seis divisões. Retire o canal 1 de GND, ponha o canal 2 em
GND e repita os ajustes para o canal 1. Retire ambos de GND.

14. Monte o circuito abaixo e aplique o sinal de 1500 Hz à entrada.

R = 4,7 k

Entrada C = 22 nF Saída

36
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS

15. Acople o sinal aplicado ao circuito à entrada CH1 (X) do osciloscópio e o sinal
de saída do circuito à entrada CH2 (Y). Na tela deverá aparecer uma elipse.
Centralize-a.
OBS: Caso a forma de onda seja uma reta, ajuste a freqüência aplicada
até obter a elipse. Anote os valores indicados abaixo e calcule o ângulo de
fase entre os sinais, pela fórmula.

a
b

 = ângulo de fase = arco seno (b/a)  = ___________

A  distância entre o centro da elipse e a projeção, sobre o eixo vertical, do ponto em que
tangencia uma linha horizontal (a linha tracejada indica esse ponto).

B  distância entre o centro da elipse e o ponto em que corta o eixo vertical, no centro da
tela.

16. Torne a montar o circuito, agora na forma a seguir, e meça a defasagem entre
os sinais de entrada e saída, usando outro método, descrito no próximo item.

C = 22 nF

Entrada R = 4,7 k Saída

37
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS

17. No modo Dual (duplo traço) aplique o sinal de entrada de 1500 Hz ao canal 1
(CH1) do osciloscópio e o sinal de saída ao canal 2 (CH1) usando o canal 1 (CH
1) como Trigger source, de modo que apareçam duas senóides na tela
horizontalmente separadas, como ilustra a figura a seguir:

Obs.: Caso as ondas não apareçam separadas em 1500 HZ, ajuste a


freqüência aplicada para o mesmo valor que foi usado no item 15.

18. Meça duração de um ciclo da senóide em divisões horizontais e, depois, a


distância, também em divisões horizontais, entre o pico de uma senóide e o
correspondente da outra. Faça, então, o seguinte cálculo:

Período da senóide  360°


Distância entre picos  defasagem ()

Logo, Defasagem () = Distância entre picos x 360°


Período da senóide

Medidas:
Período da senóide = ______ divisões Distância entre picos = ______ divisões

Defasagem () = ____________

Obs. 1: Para saber se a saída está atrasada ou adiantada em relação à entrada,


identifique o sinal de entrada na tela e veja se o pico positivo da saída vem logo
antes (adiantado) ou logo depois (atrasado). Para assegurar a medida correta é
importante sincronizar o osciloscópio pelo canal 1 (sinal de entrada do circuito),
como dito anteriormente.

Obs. 2: Este método, ao contrário do anterior, se aplica também a outras formas


de onda além da senóide.

38
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS

7ª E 8ª PRÁTICAS
Retificação com Diodo de Junção e Filtro Capacitivo

OBJETIVOS
 Estudar os circuitos retificadores com diodo de junção, nas configurações de meia
onda, onda completa e ponte, através da montagem, da observação das formas
de onda e da medição de grandezas elétricas.
 Analisar a ação do filtro capacitivo, pelos mesmos métodos.

INTRODUÇÃO

A retificação consiste em transformar um sinal alternado em contínuo, entendendo o


contínuo como aquele em que a polaridade nunca se inverte, mas cujos valores
podem variar.

A retificação em meia-onda elimina um dos semiciclos do sinal alternado,


deixando somente os positivos ou somente os negativos, enquanto a retificação em
onda completa e a retificação em ponte invertem a polaridade de um dos semiciclos,
fazendo com que a corrente circule pela carga sempre em um único sentido,
qualquer que seja o semiciclo de entrada.

Retificador de
Meia-Onda

Retificador de
Onda Completa

A tensão alternada fornecida ao retificador pode ser diretamente obtida da


rede elétrica ou através de um transformador de potencial. O transformador é
especificado em termos de tensão eficaz. Assim, um transformador de 12 volts
produz uma senóide com aproximadamente 17 volts de pico, que se torna uma onda
pulsativa com um valor de pico um pouco menor, dependendo do tipo de retificador.
Nos tipos de meia onda e onda completa, a redução é de 0,6 a 1 V (queda em um
diodo), enquanto na ponte retificadora essa redução é de 1,2 a 2 V, correspondendo
à queda em dois diodos.

39
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS

E (V)

Valor de pico EMAX EEF = √2 EMAX = 0,707 EMAX


Valor Eficaz EEF
2
0 t (ms)
EMAX = √2 EEF = 1,414 EEF

Valor de pico -EMAX

Sem filtragem, a tensão média na carga é calculada multiplicando o valor de


pico por 0,318, na retificação em meia onda, e por 0,636, na retificação em onda
completa.
E (V)

Valor de pico EMAX

EMED = EMAX = 0,318 EMAX


Valor médio EMED π
0 t (ms)
Valor médio na retificação em meia-onda

E (V)

Valor de pico EMAX


EMED = 2 EMAX = 0,636 EMAX
Valor médio EMED π

0 t (ms)
Valor médio na retificação em onda completa

A tensão retificada apresenta-se na forma pulsativa, isto é, variando como


uma semi-senóide (apenas em um sentido), pois se origina na tensão alternada da
rede elétrica. Para a quase totalidade dos equipamentos, essa pulsação é imprópria,
interferindo em seu funcionamento. Assim, uma nova etapa tem de ser
acrescentada, que é a filtragem.

Filtro

Filtro

40
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS

O filtro capacitivo utiliza um capacitor em paralelo com a carga, que se


carrega até os picos do sinal retificado e fornece energia entre um pico e outro.
Quanto maior a capacitância e menor a corrente de carga, mais estável ficará a
tensão, reduzindo a ondulação.

Atenção: Com filtragem perfeita (quando a ondulação é desprezível), a tensão


média na carga é o próprio valor de pico após o retificador,. Se não puder ser
desprezada, a tensão de ondulação (Er, em volts) é dada por Er = ILmed / f x C, onde
ILmed é a corrente média na carga, em ampères, f é a freqüência da ondulação (60 Hz
para meia onda e 120 Hz para onda completa) e C é a capacitância de filtro, em
farads. A tensão média será, então, aproximadamente, o valor de pico menos a
metade da tensão de ondulação.

E (V) E (V)
EMED = EMAX EMAX Tensão
EMED de
EMIN ondulação

0 t (ms) 0 t (ms)

Tensão contínua constante (filtragem perfeita) Tensão contínua com ondulação

APLICAÇÃO
O principal emprego da retificação é fornecer a alimentação de energia a
equipamentos eletrônicos, a partir rede elétrica, pois tais equipamentos necessitam
de tensão contínua, mas a rede elétrica deve ser alternada, para facilitar a
transmissão e distribuição de energia.
A tensão contínua, obtida de um retificador, varia entre zero e o pico, positivo ou
negativo, conforme a polaridade escolhida. Isso é inaceitável para um equipamento
eletrônico, pois acarretaria variações indesejáveis e, nos instantes em que chegasse
a zero, simplesmente o equipamento não funcionaria. Então, o filtro também é
indispensável.
A retificação está presente tanto nas fontes de alimentação lineares (convencionais),
como nas chaveadas. A diferença mais sensível entre esses dois tipos de fontes é
que as lineares geralmente empregam um transformador de força, para baixar a
tensão diretamente da rede elétrica, que é grande e pesado, enquanto que nas
chaveadas os transformadores são pequenos e leves, por trabalharem em alta
freqüência, que é obtida após a retificação direta da rede elétrica.

Diagrama em blocos de uma fonte de alimentação linear (convencional)

41
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS

Diagrama em blocos de uma fonte de alimentação chaveada

MATERIAL
 Multímetro Digital
 Osciloscópio
 Fonte de Alimentação com saída AC ou transformador
 Protoboard
 4 diodos 1N4002 (até 1N4007)
 Capacitor eletrolítico entre 470 F e 1000 F, isolação mínima de 35 V
 Resistores de (aproximadamente) 680  e 1500 

PROCEDIMENTO
1. Com o multímetro digital, estando a chave seletora no posicionamento
adequado, faça o teste nos diodos fornecidos, identificando catodo e anodo,
bem como sua condição para uso (em curto, aberto, em fuga ou em perfeito
estado). Se houver algum diodo defeituoso, substitua-o, testando o novo,
também.

2. Monte o circuito Retificador em meia-onda, no proto-board, conforme o


esquema abaixo, empregando o maior valor de resistor de carga. Utilize o
transformador interno da fonte de alimentação da bancada, retirando a tensão
alternada entre um dos bornes de AC (lado esquerdo do painel, com os
símbolos e ) e a massa (borne localizado entre os bornes DC, com o
símbolo ). Caso não haja fonte com saída AC, será fornecido um
transformador.

Circuito do retificador em meia-onda

42
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS

Fonte de alimentação com saída AC

3. Observe, simultaneamente, as formas de onda no secundário do


transformador (antes do diodo) e no resistor de carga, Use acoplamento DC
no osciloscópio e faça o sincronismo com a rede elétrica (trigger line). Esboce
as formas de onda nos eixos a seguir, em coincidência no tempo (tal como
aparecem no osciloscópio), indicando seus valores máximo e mínimo de
tensão (picos) e período (tempo) de um ciclo.

Tensão no secundário
(antes do diodo)

Tensão na carga
(depois do diodo)

4. Meça a tensão eficaz (AC) antes do diodo e a contínua ou média (DC) sobre o
resistor de carga, com o multímetro. Compare os resultados com os
esperados pelas equações apresentadas na Introdução Teórica. Substitua RL
pelo resistor de menor valor e torne a medir a tensão na carga.

Grandeza Valor com RL = ____ Valor com RL = ____


Tensão de pico no secundário
Tensão eficaz no secundário
Tensão de pico na carga
Tensão média na carga

43
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS

5. Desligue a fonte, acrescente o capacitor de filtro (observe a polaridade dele)


em paralelo com RL (inicialmente o maior valor de resistência), religue a fonte
e repita os itens 3 e 4.

Circuito do retificador em meia-onda com filtro capacitivo

Tensão no secundário
(antes do diodo)

Tensão na carga
(depois do diodo)

Valor Valor
Grandeza
(com RL = _____) (com RL = _____)
Tensão de pico no secundário
Tensão eficaz no secundário
Tensão de pico na carga
Tensão média na carga

6. Agora você irá observar a forma de onda da tensão de ondulação (sobre a


carga), simultaneamente com a forma de onda no secundário do
transformador (antes do diodo). Para isso, use acoplamento AC no
osciloscópio e aumente o ganho do canal que está ligado à carga, até
visualizar a ondulação. Esboce sua forma e meça seu valor pico-a-pico, este
para os dois valores de RL.
44
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS

Tensão no secundário
(antes do diodo)

Tensão de ondulação na carga


(depois do diodo)

Valor pico-a-pico da tensão de ondulação para RL menor: __________

Valor pico-a-pico da tensão de ondulação para RL maior: __________

7. Monte o circuito Retificador em Onda Completa, no proto-board, conforme o


esquema abaixo, empregando o maior resistor. Utilize o transformador interno
da fonte de alimentação da bancada, retirando a tensão alternada nos dois
bornes de AC (extremos) e na massa (tomada central). Os bornes com os
símbolos e são ligados aos diodos e a massa da fonte (borne com o
símbolo ) é ligada à massa do circuito. Caso não haja fonte com saída AC,
será fornecido um transformador.

Importante: verifique cuidadosamente a ligação dos diodos, pois a inversão de


um deles provoca um curto-circuito no transformador!

Circuito do retificador em onda completa

8. Observe, simultaneamente, as formas de onda no secundário do


transformador (antes de cada diodo), em relação à massa, e no resistor de
carga, esboçando-as a seguir, com seus valores de pico. Use acoplamento
DC no osciloscópio e faça o sincronismo com a rede elétrica (trigger line).
Compare primeiro as ondas do secundário e, depois, cada uma com a saída.

45
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS

Tensão no secundário 1
(antes do diodo D1)

Tensão no secundário 2
(antes do diodo D2)
t

Tensão na carga
(depois dos diodos)

9. Meça a tensão eficaz (AC) antes dos diodos (em relação à massa) e a
contínua ou média (DC) sobre o resistor de carga, com o multímetro.
Compare os resultados com os esperados pelas equações apresentadas na
Introdução Teórica.

Grandeza Valor
Tensão de pico no secundário
Tensão eficaz no secundário
Tensão de pico na carga
Tensão média na carga

10. Acrescente o capacitor de filtro (observe a polaridade dele), em paralelo com


RL, e repita os itens 8 e 9, agora para os dois valores de RL. Basta observar a
forma de onda em um dos extremos do secundário, em relação à massa.

Circuito do retificador em onda completa com filtro capacitivo

46
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS

Tensão no secundário
(antes do diodo D1 ou D2)

Tensão na carga
(depois dos diodos)

Valor Valor
Grandeza
(com RL = _____) (com RL = _____)
Tensão de pico no secundário
Tensão eficaz no secundário
Tensão de pico na carga
Tensão média na carga

11. Agora você irá observar a forma de onda da tensão de ondulação (sobre a
carga), simultaneamente com a forma de onda no secundário do
transformador (antes dos diodos). Para isso, use acoplamento AC no
osciloscópio e aumente o ganho do canal que está ligado à carga, até
visualizar a ondulação. Esboce sua forma e meça seu valor pico-a-pico, para
os dois valores de RL.

Tensão no secundário
(antes do diodo D1 ou D2)

Tensão de ondulação na carga


(depois dos diodos)

Valor pico-a-pico da tensão de ondulação para RL menor: __________

Valor pico-a-pico da tensão de ondulação para RL maior: __________


47
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS

12. Monte o circuito Retificador em Ponte, no protoboard, conforme o esquema


abaixo, com o resistor de maior valor. Utilize o transformador interno da fonte
de alimentação da bancada, retirando a tensão alternada entre um dos dois
bornes de AC (extremos) e a massa da fonte (tomada central), ou use um
transformador fornecido.

Importante: a massa da fonte NÃO é a mesma do circuito. Ligue a fonte


(transformador) somente aos diodos (um borne entre D1 e D4 e o
outro entre D2 e D3).

Observe cuidadosamente a ligação dos diodos. A inversão de um ou mais


deles provocará um curto-circuito no transformador!

Circuito do retificador em ponte

13. Observe, separadamente, a forma de onda no secundário do transformador


(entre os terminais de ligação aos diodos) e a forma de onda no resistor de
carga (agora em relação à massa), esboçando-as abaixo, com seus valores
de pico, Use acoplamento DC no osciloscópio e faça o sincronismo com a
rede elétrica (trigger line).

Importante: neste circuito não se pode observar, ao mesmo tempo, entrada e saída,
pois não há terminal comum entre ambas e o osciloscópio as colocaria
em curto circuito, através da sua massa.

Tensão no secundário Tensão na carga

t t

48
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS

14. Meça a tensão eficaz (AC) antes dos diodos (entre os terminais de ligação) e
a contínua ou média (DC) sobre o resistor de carga (em relação à massa),
com o multímetro. Compare os resultados com os esperados pelas equações
apresentadas na Introdução Teórica.

Grandeza Valor
Tensão de pico no secundário
Tensão eficaz no secundário
Tensão de pico na carga
Tensão média na carga

15. Acrescente o capacitor de filtro (observe a polaridade dele), em paralelo com


RL, e repita os itens 13 e 14.

Circuito do retificador em ponte com filtro capacitivo

16. Agora você irá observar a forma de onda da tensão de ondulação (sobre a
carga), e a forma de onda no secundário do transformador (antes dos diodos),
separadamente. Para isso, use acoplamento AC no osciloscópio e aumente
o ganho do canal que está ligado à carga, até visualizar a ondulação. Esboce
sua forma e meça seu valor pico-a-pico, para os dois valores de RL.

Tensão no secundário

Tensão de ondulação na carga

49
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MEDIDAS

Valor pico-a-pico da tensão de ondulação para RL menor: __________

Valor pico-a-pico da tensão de ondulação para RL maior: __________

17. Preencha o quadro-resumo a seguir e compare os resultados.

Retificador Sem filtro Com filtro

Tensão eficaz no secundário = _______ Tensão eficaz no secundário = _______


Meia-Onda Tensão média na carga 1 = _________ Tensão média na carga 1 = _________
Tensão média na carga 2 = _________ Tensão média na carga 2 = _________

Onda Tensão eficaz no secundário = _______ Tensão eficaz no secundário = _______


Tensão média na carga 1 = _________ Tensão média na carga 1 = _________
Completa
Tensão média na carga 2 = _________

Tensão eficaz no secundário = _______ Tensão eficaz no secundário = _______


Ponte Tensão média na carga 1 = _________ Tensão média na carga 1 = _________
Tensão média na carga 2 = _________

Legenda: “Tensão média na carga 1” é aquela medida com o maior valor de RL e


“Tensão média na carga 2” é aquela medida com o menor valor de RL.

50
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MONTAGEM

APOSTILA DE MONTAGEM

51
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MONTAGEM

1ª PRÁTICA
Normas e procedimentos básicos , ferramentas e
materiais

OBJETIVOS
 Atuar adequadamente no setor de Montagem e no Laboratório de Eletrônica como
um todo, preservando a saúde e garantindo a segurança própria e dos demais.
 Adquirir as ferramentas e materiais necessários para as práticas de montagem.

NORMAS E PROCEDIMENTOS BÁSICOS


Conduta do aluno
1. Para ter acesso ao Laboratório de Eletrônica e nele permanecer, o usuário tem de
trajar o uniforme da escola ou indumentária compatível com as atividades a serem
desenvolvidas, sendo vedado o uso de shorts, bermudas, sandálias e chinelos.
2. Nos setores de Montagem e de Circuito Impresso é obrigatório o uso de
equipamento de proteção individual, incluindo o jaleco.
3. Para ter acesso aos setores de Montagem e de Circuito Impresso e participar das
atividades, o aluno tem de portar as ferramentas e os materiais especificados.
4. É vedado o fumo e o consumo de alimentos e bebidas no Laboratório, bem como
sentar no chão.
5. É dever do aluno a manutenção da limpeza, da arrumação e do silêncio.
6. Ao final da aula, os alunos têm de arrumar e conferir os materiais recebidos,
devolvendo-os ao professor, desligar todos os equipamentos e organizar o setor.

Avaliação e frequência do aluno


1. A presença é apurada ao início da aula, sendo admitida a entrada de alunos até o
limite de 10 minutos além do horário oficial de início. Chegando nesse intervalo, o
aluno recebe falta no primeiro tempo de aula e presença no seguinte; após o limite,
não será permitido o ingresso.
2. Na ausência do professor, os alunos estarão dispensados do primeiro tempo de aula
após os 20 minutos de tolerância, devendo retornar no início do tempo seguinte. Se
o professor ainda não houver chegado e não houver substituto, os alunos estarão
dispensados da aula e da frequência.
3. A avaliação no Laboratório é feita através da observação, pelo professor, do
desempenho do aluno em suas atividades e por meio de trabalhos e provas práticas,
individuais.
4. A cada bimestre o aluno recebe uma nota por setor, resultante da avaliação feita
pelo professor a partir das observações, trabalhos e provas, de acordo com o item
anterior. A nota da disciplina é a média aritmética entre as notas dos três setores,
sendo calculada bimestralmente e divulgada. Para efeitos de registro, entretanto, só
é fornecida a nota final, resultante da média aritmética entre os dois bimestres.
5. A segunda chamada de provas e trabalhos só será concedida aos pedidos efetuados
nos termos das normas gerais da escola, isto é, encaminhados no prazo de 48
horas, com justificativa devidamente comprovada e sujeita à apreciação do professor
e da coordenação. Nos casos de falta por motivo diferente de doença, gala, nojo e
52
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MONTAGEM

serviço militar é necessária, a critério da coordenação, para os menores de 18


anos, a presença do responsável, em horário determinado pela coordenação, para
fazer a justificativa.

6. Na observação do desempenho do aluno serão considerados os seguintes aspectos:


Participação - inclui a pontualidade, o cumprimento de metas (apresentação ou
entrega de trabalhos e a conclusão de tarefas nos prazos determinados, entre outras) e
o envolvimento nas atividades. A falta não justificada, que impede totalmente a
observação do desempenho, acarreta a redução do conceito geral do bimestre.
Conduta Técnica - inclui a observação das normas de segurança, o porte do material
individual adequado (tal como ferramentas, instrumental de desenho, o material para
montagem de circuitos, jaleco e apostila), o relacionamento interpessoal (urbanidade
no trato com colegas, professores e funcionários), o zelo com os instrumentos,
materiais e instalações e o uso correto da terminologia e vocabulário técnico.
Técnica de Montagem - inclui a demonstração da habilidade manual requerida para
uma dada tarefa, o adequado planejamento da montagem (layout), bem como a correta
conexão de componentes e cabos de teste, em montagens temporárias ou
permanentes.
Uso do Instrumental - inclui a escolha e o uso adequados de instrumentos,
ferramentas e materiais para uma dada tarefa, bem como a aplicação da técnica
adequada a cada medição.
Integração de Conhecimentos - inclui a capacidade de descrever o funcionamento
dos circuitos e sistemas, de interpretar e criticar os dados obtidos e de relacionar a
atividade prática com os conhecimentos teóricos.

53
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MONTAGEM

FERRAMENTAS E MATERIAIS NECESSÁRIOS PARA AS PRÁTICAS


DE LABORATÓRIO

ATENÇÃO: COMPRAR O MATERIAL SOMENTE APÓS A ORIENTAÇÃO


DO PROFESSOR, PARA EVITAR COMPRA EQUIVOCADA!

LISTA DE MATERIAL PERMANENTE


 Caderno exclusivo para as atividades de laboratório caso não imprima a apostila.
 Ferro de soldar com potência entre 40 W ou 60 W, preferencialmente da marca
Hikari (ou Toyo).
 Solda 60 Sn / 40 Pb, bitola de 0.75mm, ou 63 Sn / 37 Pb, e bitola de 0.5mm,
preferencialmente das marcas Cesbra ou Cobix.
 Alicate de corte tamanho pequeno total (0,5” a 1” ou 100 a 250 mm).
 Alicate de bico fino tamanho médio total (0,5” a 1” ou 100 a 250 mm).
 Chave de fenda pequena (1/8” x 3”).
 Chave de fenda média (3/16” x 4”).
 Chave Philips média (3/16” x 4”).
 Sugador de solda, com bico de silicone.
 Placa universal de circuito impresso tamanho 8 cm X 6 cm.
 Placa virgem de circuito impresso – uma face, tamanho de 20 cm X 20 cm.
 Caixa plástica, tipo maleta, para guardar as ferramentas (opcional).
 Suporte para ferro de solda.
 Esponja vegetal para limpeza da ponta do ferro de soldar.
 Pinça metálica
 Malha dessoldadora
 Óculos de segurança com lente transparente.
 Uma broca de aço rápido de 1,0 mm ou 1/32” de polegada.

ASPECTOS DAS FERRAMENTAS E MATERIAIS

Sugador de solda Tubo de solda Alicate de corte Alicate de bico


com ponta de
silicone

54
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MONTAGEM

Ferro de Solda

Esponja vegetal Maleta para ferramentas (opcional)

Chaves de fenda e Philips

Pinças (exemplos)

Malha dessoldadora

Placa universal

55
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MONTAGEM

Suporte para ferro de solda


(acompanha a esponja)

Óculos de Segurança

Placa virgem (20 cm X 20 cm)

Brocas

Obs: Imagem ilustrativa (fora de escala)

56
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MONTAGEM

2ª PRÁTICA
Montagem de ponteiras de prova

OBJETIVOS
 Utilizar corretamente as ferramentas necessárias à montagem de circuitos
eletrônicos.
 Desenvolver a habilidade de coordenação motora individual.
 Montar ponteiras de prova para futuras utilizações.

LISTA DE MATERIAL
 Uma garra jacaré vermelha
 Uma garra jacaré preta
 Um pino banana vermelho de 4mm
 Um pino banana preto de 4 mm
 Um metro de fio tipo TESTE na cor vermelha
 Um metro de fio tipo TESTE na cor preta

Pinos banana Garras jacaré

Fios encapados Fios parcialmente desencapados

57
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MONTAGEM

PROCEDIMENTOS
Montagem das ponteiras de prova

OBS: Todos os procedimentos devem ser executados após a orientação do


professor!

MONTAGEM DO PINO BANANA

1º passo: Remova cerca de 0,5 cm da proteção em cada uma das extremidades


dos fios teste. Para tal, segure o fio com o alicate de bico na medida
desejada e retire a proteção externa com o alicate de corte.

58
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MONTAGEM

2º Passo: Estanhe as extremidades dos fios com solda.

3º Passo: Tire a capa do pino banana.


Apóie o pino no alicate de bico.
Coloque solda no orifício na extremidade do pino banana.

4º Passo: Coloque a capa do pino banana no fio teste, antes de soldar o fio no pino.

59
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MONTAGEM

5º Passo: Solde a extremidade do fio na extremidade com solda do pino banana,


introduzindo a ponta estanhada do fio no pino aquecido.

60
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MONTAGEM

6º Passo: Coloque a capa no pino banana.

MONTAGEM DA GARRA JACARÉ

1º Passo: Prenda a garra jacaré no alicate de bico. Retire a capa da garra jacaré.

61
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MONTAGEM

2º Passo: Coloque a capa da garra jacaré no fio.

62
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MONTAGEM

3º Passo: Introduza a ponta do fio no orifício da garra jacaré e dobre com o alicate.

63
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MONTAGEM

4º Passo: Prenda o isolante plástico com as abas da garra jacaré, usando o alicate
de bico.

64
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MONTAGEM

5º Passo: Solde o fio na garra jacaré, assegurando que a superfície desta esteja limpa.

6º passo: Prenda a garra jacaré no alicate de bico e coloque a capa.

65
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MONTAGEM

Está pronta uma ponteira. Agora, repita o mesmo procedimento para a ponteira da
outra cor.

66
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MONTAGEM

! Dica: Para ajudar na montagem, pode-se usar um elástico comum de papelaria para
prender, sob pressão, o cabo do alicate de bico, ajudando na fixação do componente a
ser soldado:

67
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MONTAGEM

3ª PRÁTICA
Montagem de Redutor de Potência para ferro de
soldar

OBJETIVOS
 Manusear corretamente componentes eletrônicos e ferramentas.
 Desenvolver habilidade de montagem em terminais.

LISTA DE MATERIAL
 Uma caixa plástica de luz, de embutir, tamanho 4” x 4”, com placa (tampa) frontal
para interruptor e tomada. Pode ser utilizada a caixa 4” x 2” – porém ficará com
menos espaço para a montagem.
 Um interruptor de luz simples, de embutir.
 Uma tomada fêmea simples, de embutir.
 Um metro de fio paralelo flexível (1,5 mm²).
 Um plugue de dois pinos (tomada macho).
 Um diodo 1N4007.
 Um LED.
 Um resistor de 3,3 k / 1,5 W ou 3,3 k / 1 W.

DIAGRAMA ESQUEMÁTICO

Diodo 1N4007

K A

LED Tomada
Rede Plugue
macho 3,3 k A K
Elétrica Carga

(127 V) (Ferro)
Interruptor

Plugue macho Tomada

68
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MONTAGEM

PROCEDIMENTO
1. Seguindo a orientação no professor, faça um furo na placa frontal da caixa para
colocação do LED.
2. Ligue o plugue (tomada macho) ao fio paralelo.
3. Ligue o fio com o plugue ao interruptor e à tomada, como indicado na figura a
seguir.
4. Ligue o resistor, o diodo e o LED ao interruptor e à tomada, como indicado na
figura a seguir.
5. Confira as ligações.
6. Monte o conjunto na caixa plástica e coloque a tampa.
7. Teste o circuito com uma lâmpada, fornecida pelo professor. Para isso, ligue-a à
tomada de sua montagem e o plugue à rede elétrica; coloque o interruptor na
posição em que o LED acender e a lâmpada ficará com brilho menor; esta é a de
redução de potência; inverta o interruptor e a lâmpada ficará com brilho maior.
8. Agora você pode usar o seu ferro de soldar no lugar da lâmpada.

Caixa
Interruptor

Plugue LED

Furo pra o LED

K Diodo A

Resistor

Tomada Tampa 4X4

Fig. 1: Exemplo de montagem

69
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MONTAGEM

4ª PRÁTICA
Montagem de alarme sonoro com o CI NE 555 e
microswitch

OBJETIVOS
 Manusear corretamente componentes eletrônicos e ferramentas.
 Elaborar diagrama de montagem em placa universal de circuito impresso.
 Desenvolver habilidade de montagem em placa universal de circuito impresso.

MATERIAL
 Uma placa universal de circuito impresso tamanho 8 cm X 6 cm.
 Um circuito integrado (CI) NE 555.
 Um LED.
 Um resistor de 560 , ¼ W.
 Um resistor de 1 k, ¼ W.
 Um resistor de 6,8 k, ¼ W.
 Dois capacitores de 0,47 μF / 16 V.
 Um capacitor de 100 μF / 16 V.
 Uma bateria de 9 V.
 Um conector para bateria de 9 V.
 Um altofalante pequeno (tipo usado em rádio de pilha).
 Um microswitch (micro-chave) com alavanca e 3 terminais: Comum, N.A.
(normalmente aberto) e N.F (normalmente fechada).
 Um soquete de 8 pinos para circuito integrado (SUGERIDO)

DIAGRAMA ESQUEMÁTICO

70
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MONTAGEM

Funcionamento do circuito com o micro-switch


1- O circuito da figura acima, quando energizado, fica com o LED ligado indicando
alarme operacional, pois a Chave do Microswitch fica originalmente (sem atuação) na
posição normalmente fechado (N.F.).

2- Quando o microswitch é atuado – ACIONAMENTO DO ALARME - esta chave vai sai


da posição N.F. – abrindo a mesma – e vai para a posição Normalmente Aberta – N.A.
- fechando a mesma. Com isso temos a situação de alarme que o LED apaga e a
buzina é acionada.

3- Ainda temos uma indicação de falha na alimentação do alarme, pois quando o LED
apaga e a buzina não está atuada: ou a bateria descarregou ou ou uma fonte externa
da alimentação – usada para substituir a bateria - falhou.

ASPECTO E TERMINAIS DOS COMPONENTES

1- Circuito integrado NE 555

Pinagem (vista superior) Aspecto real do CI 555

2- LED

A (anodo)

K (catodo) Pinagem

Símbolo Aspecto real de um LED

71
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MONTAGEM

3- Capacitor eletrolítico

Eletrolíticos com terminais radiais Eletrolítico com terminais axiais


(em desuso)
4- Bateria de 9 V e conector

Bateria de 9 V Conector

5- Placa universal de circuito impresso (exemplos)

72
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MONTAGEM

6- Altofalante

7- Microswitch

Microswitch com chave N.A. / N.F.

8- Soquete de circuito integrado (Encapsulamento tipo DIP)

PROCEDIMENTO

1. Com base no diagrama esquemático, na disposição dos terminais e nas


dimensões dos componentes, esboce um diagrama de montagem (layout) na
placa universal de circuito impresso.
2. Submeta seu diagrama de montagem ao professor, para aprovação.
3. Após aprovado pelo professor, execute a montagem dos componentes na placa
universal de circuito impresso de acordo com seu diagrama.
4. Concluída a montagem, confira as ligações. Caso haja algum erro, refaça a
montagem do(s) componente(s).
5. Teste o circuito, seguindo a orientação do professor.

73
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MONTAGEM

5ª PRÁTICA
Montagem de um cabo coaxial

OBJETIVOS
 Manusear corretamente componentes eletrônicos e ferramentas.
 Desenvolver habilidade de montagem de cabos e conectores.

MATERIAL
 Um conector BNC de crimpar.
 Um metro e meio de cabo coaxial de 50 .
 Uma garra jacaré pequena com capa vermelha.
 Uma garra jacaré pequena com capa preta.
 Tubo termoretrátil [“espaguete” termoretrátil] fino – 3 mm (cerca de 15 cm).
 Tubo termoretrátil [“espaguete” termoretrátil] médio – 6 mm (cerca de 10 cm).
 Fio flexível (tipo “teste”) vermelho (cerca de 10 cm).
 Fio flexível (tipo “teste”) preto (cerca de 15 cm).

DIAGRAMA DE MONTAGEM

Garras jacaré cabo coaxial conector BNC

ASPECTO E INFORMAÇÔES SOBRE OS COMPONENTES

1- CONECTOR BNC
Conectares BNC são conectares utilizados nas terminações de cabos coaxiais. Tais
conectares podem ser de 50 ou 75 ohms. Devem ser adquiridos de acordo com o
tipo de cabo utilizado. Para osciloscópios e geradores de sinais utilizam-se cabos de
50 ohms como, por exemplo, o RG58 com 90% de malha.

Conector BNC de crimpar

74
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MONTAGEM

A expressão to crimp, em inglês significa amassar. Usualmente, o jargão técnico em


português emprega o termo “crimpar”, indicando que o conector será fixado ao cabo
coaxial com uso de um alicate adequado, o alicate crimpador. Para cada tipo de
conector há um alicate apropriado.

Tanto o pino interno quanto a luva externa devem ser crimpados.

conector BNC
luva externa
pino interno

Observe que o alicate apresenta furos adequados para crimpar a luva (maiores) e
para crimpar o pino (menor).

Para o pino

Para a luva

2- CABO COAXIAL

Consiste num fio de cobre, geralmente rígido, que forma o núcleo, envolto por
um material isolante que, por sua vez, é envolto em um condutor cilíndrico,
frequentemente na forma de uma malha entrelaçada, que o protege contra o fenómeno
da indução, causada por interferências elétricas ou magnéticas. O condutor externo é
coberto por uma capa plástica protetora.
Além de sua utilização em algumas redes locais de dados, é muito usado para
sinais de televisão, como por exemplo transmissão de TV a cabo. Muitas empresas
também o usam na construção de sistemas de segurança, sistemas de circuitos
televisivos fechados e outros.

75
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MONTAGEM

PROCEDIMENTO

1- Montagem do conector BNC


1º passo: Remova aproximadamente uns 15 mm da proteção externa do cabo.

2º passo: Remova completamente a malha externa.

3º passo: Remova o isolante do cabo interno, deixando uns 5 mm de isolante.

4º passo: Insira o pino central e crimpe com o alicate.

76
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MONTAGEM

5º passo: Insira a luva (ou anel) e o conector BNC no cabo coaxial.

6º passo: Force o conectar até que a extremidade entre completamente entre a


malha e o condutor interno.

7º passo: Com o auxílio de uma alicate empurre a luva (anel externo) sobre o
conjunto.

8º passo: Crimpe a luva (anel externo) com o alicate de crimpar.

Conector BNC montado

77
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MONTAGEM

2- Montagem das garras jacaré

9º passo: Remova aproximadamente uns 15 mm da proteção externa do cabo.

10º passo: Desmanche a malha que envolve o condutor central torcendo-a. Em


seguida prenda-a com uma garra jacaré, como na figura. A garra jacaré
tem a finalidade de evitar que o excesso de calor durante a soldagem
cause dano no isolador do condutor interno.

11º passo: Estanhe o restante da malha com um ferro de solda de pelo menos 30 W
e bem aquecido.

12º passo: Estanhe a extremidade do condutor interno.

78
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MONTAGEM

13º passo: Descasque o fio flexível preto e estanhe o condutor.

14º passo: Solde o condutor do fio preto na malha externa (observe a figura).

15º passo: Repita o processo para o cabo vermelho e solde-o ao condutor central.

16º passo: Corte e insira um pedaço de tubo termoretrátil (“espaguete”) fino no cabo
vermelho.

79
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MONTAGEM

17º passo: Aqueça o “espaguete” lateralmente, aproximando o ferro de soldar.

18º passo: Repita para o conector da malha externa.

19º passo: Insira o “espaguete” de 6 mm sobre a emenda.

20º passo: Aqueça o “espaguete” lateralmente, aproximando o ferro de soldar.

80
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO MONTAGEM

21º passo: Prenda a garra jacaré em uma chave de fenda ou em outro objeto,
descasque o fio cabinho e prenda-o na garra como na figura.

22º passo: Solde, procurando utilizar o mínimo de solda possível.

23º passo: Para colocar o revestimento na garra, prenda-a de forma que fique o mais
aberta possível e insira o revesimento.

OBS: Esta ponteira para osciloscópio tem seu uso restrito às baixas frequências!

81
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO PAINEL

APOSTILA DE PAINEL

82
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO PAINEL

1º PAINEL DE ESTUDO
Protoboad, Medidas de Resistência e Tensão

OBJETIVOS
 Identificar o funcionamento de um protoboard;
 Utilizar o protoboard para montagem;
 Montar os circuitos propostos;
 Medir resistores;
 Medir tensões contínuas.

INTRODUÇÃO - Protoboard

Protoboard (ou placa de ensaio) é um equipamento que possui um circuitos


elétricos de contatos, também chamado de matriz de contatos. É composto de uma
placa de material isolante com furos e conexões condutoras para montagem de
circuitos elétricos experimentais. É utilizado especialmente em laboratório para
montagem de circuitos eletrônicos pela facilidade de inserção e interligação elétrica de
componentes sem a necessidade de soldagem. As placas variam de 800 furos até
6000 furos, tendo conexões verticais e horizontais.

Na superfície de uma matriz de contato há uma base de plástico em que existem


centenas de orifícios onde são encaixados os componentes. Em sua parte inferior são
instalados contatos metálicos que interligam eletricamente os componentes inseridos
na placa.

Fig.3.38 - Vista superior de um protoboard Fig.3.39 - Detalhe superior e inferior sem


o material isolante

Fig. 3.40 – Detalhes da vista superior e inferior (sem isolante)

83
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO PAINEL

As ligações do protoboard, considerando a figura a seguir, são:

1. Todos os pontos das linhas externas (identificadas como X e Y na figura) estão


interligados, na sua respectiva linha (somente os da X e somente os da Y; X
não se liga com Y).

Essas linhas são usadas, geralmente, para ligar a alimentação e a massa


(ponto comum) dos circuitos.
Nota: Em alguns tipos de protoboard, como os da marca Minipa, apenas
metade dos pontos de cada uma dessas linhas é interligada. Ou
seja, a metade dos pontos da esquerda é interligada e a metade
dos pontos da direita é interligada, mas os da direita não se
interligam com os da esquerda. Em caso de dúvida, introduza um
pedaço de fio (jumper) em dois furos e, com o multímetro,
teste a continuidade entre eles (dará resistência próxima a zero se
estiverem ligados entre si, e infinita, se não estiverem).

2. Os cinco pontos das colunas internas (numeradas como 1 a 47 na figura)


estão interligados, na sua respectiva coluna (somente os da parte superior –
linhas A a E – e somente os da parte inferior – linhas F a J; a parte superior
não se liga com a parte inferior).
Essas colunas permitem, portanto, interligar até cinco terminais. Caso seja
necessário interligar mais terminais de componentes, então se utilizam as
linhas externas ou pontes de fio (jumpers) entre duas ou mais colunas
internas.

84
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO PAINEL

Os bornes coloridos que existem na maioria das bases em que são montadas
réguas do tipo protoboard servem para receber as pontas de prova que vêm da fonte
de alimentação. Assim, em vez de ligar essas pontas diretamente aos componentes no
protoboard, com garras jacaré, elas são ligadas, com pinos banana, aos bornes e
destes um fio (jumper) vai ao circuito, evitando curtos.

Na figura a seguir, o borne preto é destinado à massa do circuito (ponto comum,


por vezes também chamado de “terra”), o vermelho à tensão positiva e o verde à
negativa, caso o circuito necessite de alimentação simétrica. Se não necessitar, então
o borne preto é usado para a tensão negativa, que vai à massa.

Fig. 3.41– Placa base para protoboard com bornes Fig. 3.42 – Borne com a capa superior aberta,
exibindo o orifício para colocação do fio

ATIVIDADE

1. Esboce no layout A do protoboard a seguir, os seguintes circuitos:

a. Circuito de quatro resistores em série b. Circuito Misto

Layout A – Desenho superior de um protoboard

85
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO PAINEL

2. A seguir, vemos o símbolo do LED e seu aspecto físico, com a identificação


dos terminais:

Simbolo
A (anodo)

K (catodo)

Fig. 3.43– Imagem, com escala, de dois LEDs

Ainda, a seguir, temos a imagem do circuito montado em protoboard:

ILED
E FONTE E LED

Fig. 3.44 – Circuito com resistor e LED Fig.3.45 – Exemplo de montagem

Esboce um layout alternativo do circuito acima na figura de layout B a seguir:

Layout B – Desenho superior de um protoboard


86
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO PAINEL

INTRODUÇÃO - Medidas

a. MULTÍMETRO ANALÓGICO

O multímetro é um aparelho eletrônico que possibilita medidas de tensão


alternada (VAC ou V~), tensão contínua (VDC ou V), resistência (R ou ), corrente
contínua (ADC ou A) e, em alguns casos, corrente alternada (A AC ou A~).

Temos, abaixo, o painel frontal do e, em seguida, a descrição de seus controles.

DESCRIÇÃO DOS CONTROLES DO MULTÍMETRO ANALÓGICO

14.Escala de resistência ();


15.Escala de tensão e corrente DC;
16.Escala de tensão AC;
17.Escala de ganho de transistor (hFE);
18.Escala de decibéis (dB);
19.Escala para verificação das condições da bateria;
20.Parafuso de ajuste do "ZERO";
21.Terminal para encaixe do transistor;
22.Botão de ajuste de "ZERO ".

87
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO PAINEL

23.Terminal para medidas de resistência, tensão AC/DC, corrente DC (exceto para


corrente de 10 A e tensão de 1000 V DC). Conecte a ponta de prova vermelha neste
terminal ("VA");
24. Chave Seletora de Funções;
25. Terminal "COM". Conecte a ponta de prova preta;
26. Terminal para medir corrente de 10 A DC. Conecte a ponta de vermelha neste
terminal;

MATERIAL UTILIZADO
Resistores: R1 = 33 k ; R2 = 82 k; R3 = 270 k; R4 = 560 k; R5 = 2,2 M
Multímetro Analógico; Multímetro Digital; Pilhas e Fonte de Alimentação DC Ajustável.

PROCEDIMENTO 1
A) Inicialmente, utilizaremos o multímetro analógico como medidor de resistência
elétrica (função ohmímetro). Para esta utilização, seguiremos os procedimentos
abaixo:
1. Identifique os resistores utilizando o código de cores;
2. Conecte as pontas de prova nos terminais "COM" e "VA" do multímetro;
3. Selecione a chave seletora de funções para a escala de resistência apropriada,
de acordo com o valor do resistor a ser medido. Note que a chave multiplica (X1,
X100, X1 k) os valores marcados na escala de Ohms;
4. Encoste uma ponta de prova na outra e ajuste o botão "ajuste de Zero " até
que o ponteiro indique, na escala de resistência, valor igual a ZERO;
5. Apanhe uma resistência e conecte as pontas de prova em seus terminais;
6. Leia o valor indicado na escala de resistência; e
7. Multiplique o valor encontrado pela escala escolhida.

O valor encontrado equivale ao valor da resistência oferecida pelo resistor


escolhido. Anote na tabela apresentada na última página.

Observações
1) Se não for possível o ajuste de "ZERO" nas escalas de resistência, a bateria do
multímetro deve ser trocada.

2) Para medir resistência, o componente (resistor) tem de estar desligado de qualquer


circuito. Se ele estiver soldado em um circuito, será necessário desenergizar o
circuito e dessoldar um de seus terminais. Também não se deve segurar com os
dedos nos dois terminais do resistor, simultaneamente, ao medi-lo.

B) Agora utilizaremos o multímetro analógico como medidor de tensão elétrica (função


voltímetro). Para esta utilização, seguiremos os procedimentos abaixo:
1. Identifique o valor nominal de tensão das pilhas;
2. Conecte as pontas de prova nos terminais "COM" e "VA" do multímetro;

88
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO PAINEL

3. Selecione a chave seletora de funções para a escala de tensão contínua


apropriada, de acordo com o valor da tensão a ser medida. Note que a posição
da chave indica o maior valor de tensão da escala;
4. Encontre, no mostrador, a escala correspondente à posição da chave; ela
termina com o mesmo valor da chave ou com um múltiplo ou submúltiplo dele;
5. Apanhe uma pilha e conecte as pontas de prova em seus terminais, observando
a polaridade (vermelho no positivo e preto no negativo; não inverta!);
6. Leia o valor indicado na escala de tensão; e
7. Faça a conversão do valor lido na escala graduada, de acordo com a relação
entre o máximo dessa escala e a posição da chave seletora.

Anote na tabela apresentada na última página desta prática. Repita para outra(s)
pilha(s) e para a fonte de tensão (saída DC).

Observação
Para converter o valor lido na escala graduada multiplique-o pela relação entre o valor
de fim de escala e o valor no qual se encontra a chave. Por exemplo, se você colocar a
chave em 100 V e o final da escala for 10 V, terá de multiplicar a leitura feita nessa
escala por 10. Já o final da escala for 10 V e a chave estiver em 1 V, então a leitura
feita nessa escala tem de ser multiplicada por 0,1 (dividida por 10).

b. MULTÍMETRO DIGITAL

Descrição dos controles do multímetro digital.

1. Mostrador - onde o valor (magnitude) da grandeza é lido.


2. Chave rotativa - seleciona a grandeza que se quer medir e o fundo de escala
(alcance).
3. Terminal de entrada de "10 A" - usado junto com o “COM”, somente para o
alcance de 10 A, sendo ligada nele a ponta de prova positiva (vermelha).
4. Terminal de entrada "COM" - nele é ligada a ponta de prova preta, para
qualquer medição; se a grandeza medida for contínua, esta ponteira é ligada ao
negativo ( - ).
89
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO PAINEL

5. Terminal de entrada "V  A" - nele é ligada a ponta de prova vermelha, para
qualquer medição; se a grandeza medida for contínua, esta ponteira é ligada ao
positivo ( + ).
6. Interruptor de alimentação - liga e desliga o aparelho; deve ser sempre
desligado quando se termina o uso, para evitar o esgotamento da bateria
interna.
7. Tampa da bateria - permite o acesso ao compartimento da bateria interna, para
sua troca.
8. Parafuso da caixa - permite o acesso ao interior do instrumento, para
manutenção.

PROCEDIMENTO 2
A) Nesta etapa utilizaremos o multímetro digital como medidor de resistência elétrica
(função ohmímetro). Para esta utilização, seguiremos os procedimentos abaixo:
1. Identifique os resistores utilizando o código de cores.
2. Conecte as pontas de prova nos terminais "COM" e "VA" do multímetro;
3. Selecione a chave seletora de funções para a escala de resistência
apropriada, de acordo com o valor do resistor a ser medido. Note que a
chave indica o maior valor que pode ser medido naquela escala;
4. Apanhe uma resistência e conecte as pontas de prova em seus terminais;
5. Leia o valor indicado diretamente no mostrador.
O valor encontrado equivale ao valor da resistência oferecida pelo resistor
escolhido. Anote na tabela apresentada na última página.
B) Agora utilizaremos o multímetro digital como medidor de tensão elétrica (função
voltímetro). Para esta utilização, seguiremos os procedimentos abaixo:
1. Identifique o valor nominal de tensão das pilhas.
2. Conecte as pontas de prova nos terminais "COM" e "VA" do multímetro;
3. Selecione a chave seletora de funções para a escala de tensão contínua
apropriada, de acordo com o valor da tensão a ser medida. Note que a
posição da chave indica o maior valor de tensão da escala;
4. Apanhe uma pilha e conecte as pontas de prova em seus terminais,
observando a polaridade (vermelho no positivo e preto no negativo; se
inverter, aparecerá um sinal de menos no mostrador);
5. Leia o valor indicado diretamente no mostrador.

Anote na tabela apresentada na última página. Repita para outra(s) pilha(s) e para a
fonte de tensão DC.

Observações
1) O aparecimento do número 1 no canto esquerdo do mostrador do multímetro digital
indica que o valor a ser medido é maior que o limite da escala escolhida; aumente a
escala, até fazer uma leitura diferente. Isto vale para resistência, tensão e corrente.
Em alguns multímetros, essa indicação aparece com as letras OL, abreviatura de
overload (sobrecarga, em inglês).

2) Se você não sabe o valor da tensão (ou corrente) que vai medir, comece da maior
escala e não da menor, de modo a não danificar o instrumento. Para resistência,
isso não importa.
90
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO PAINEL

TABELAS

Resistência Valor Real


Valor Nominal Multímetro Analógico Multímetro Digital
R1 =
R2 =
R3 =
R4 =
R5 =

Tensão Valor Real


Valor Nominal Multímetro Analógico Multímetro Digital
Pilha 1 =
Pilha 2 =
Fonte =

91
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO PAINEL

2º PAINEL DE ESTUDO
Medida de resistência elétrica e comprovação de Lei
de Ohm

OBJETIVOS
 Medir o valor dos resistores fornecidos;
 Montar o circuito proposto;
 Ajustar a fonte de tensão;
 Medir a tensão elétrica e a corrente elétrica no circuito;
 Comparar os valores medidos com os calculados pela Lei de Ohm

INTRODUÇÃO
A Lei de Ohm estabelece que a corrente elétrica, ao percorrer um resistor,
desenvolve sobre ele uma queda de tensão E, que é diretamente proporcional ao
valor do resistor:
E=IxR
I

No circuito ao lado, E é uma fonte de


tensão, R é um resistor e I é
corrente elétrica que circula no
E R
circuito fechado.
O circuito é dito fechado quando a
fonte e a carga (no caso, o resistor)
estão interligadas.

Os fios (condutores) que interligam os componentes do circuito são


considerados, na maioria das vezes, como tendo resistência nula (igual a zero ohm).
Assim, o valor da tensão presente nos terminais da fonte (E) é o mesmo da tensão
presente nos terminais do resistor.

Tendo o valor de duas das grandezas indicadas, você pode obter o valor da
terceira. Portanto, além da equação já fornecida para a Lei de Ohm, também temos:

I = E e R = E
R I

Um recurso para memorizar as relações da Lei de


Ohm é o triângulo ao lado. Se você cobrir com o dedo a
grandeza que quer calcular, aparece a relação entre as E
demais.
Cubra E, e temos R x I; cubra I, e temos E/R; cubra R, e
temos E/I. R I

92
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO PAINEL

MATERIAL UTILIZADO
 1 resistor de 4,7 k
 1 resistor de 15 k
 1 resistor de 33 k
 1 resistor de 47 k
 Protoboard
 Fonte de Alimentação DC Ajustável
 Multímetro

PROCEDIMENTOS
1- Meça o valor de cada resistor e anote. Isso é importante para o cálculo correto
das grandezas no circuito.

Valor nominal (lido) Valor real (medido)


4,7 k
15 k
33 k
47 k

2- Ajuste a fonte de tensão em 12 volts. Para isso, coloque o multímetro digital na


função VDC, fundo de escala em 20 V, em paralelo à fonte de tensão, ou seja,
ligue a ponteira preta ao terminal de massa (preto) da fonte e a ponteira vermelha
ao terminal +V (vermelho) da fonte.
Confira a polaridade do instrumento e se o potenciômetro da fonte está na
posição mínima (todo para a esquerda).
Ligue a fonte e gire o potenciômetro até ler no medidor o valor da tensão
desejada.

3- Monte o circuito, com um resistor de cada vez.

E R

4- Aplique a tensão elétrica, ajustada, entre os extremos do resistor, conforme


indicado no circuito.
93
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO PAINEL

5- Meça a tensão elétrica sobre o resistor e anote no quadro adiante.

E R

6- Meça a intensidade da corrente elétrica no circuito, da seguinte maneira.


a) Ligue a ponta de prova vermelha do multímetro no terminal mA;
b) Na chave seletora, coloque na escala de 20 mA;
c) Desligue o terminal positivo da fonte do resistor;
d) Ligue o multímetro entre a fonte e o resistor e meça o valor da corrente,
anotando no quadro adiante. Se necessário, diminua a escala, para uma leitura
mais precisa.

E R

7- Repita os itens 1 a 6 para cada um dos resistores.

8- Complete a tabela, calculando o valor da intensidade da corrente, em cada caso,


usando para isso o valor real dos resistores. Compare os valores calculados e os
medidos.

Intensidade da Intensidade da
Resistor Tensão medida
corrente medida corrente calculada
R1 =

R2 =

R3 =

R4 =

94
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO PAINEL

3º PAINEL DE ESTUDO
Pilhas e Baterias

OBJETIVOS
 Enunciar os tipos de pilhas;
 Diferenciar pilhas e baterias;

INTRODUÇÃO
Pilhas são dispositivos que transformam energia química em energia elétrica, a
partir de reações que ocorrem entre seus componentes internos.
São constituídas de dois eletrodos, fabricados de materiais diferentes e um
eletrólito. A reação química entre os eletrodos e o eletrólito produz uma tensão elétrica.
Ao conjunto de pilhas conectadas eletricamente como uma unidade simples
denominamos de baterias.
As pilhas e baterias são classificadas em primárias e secundárias:
Primárias - Não podem ser carregadas;
Destacam-se: - Pilhas de Zinco-Carbono;
- Pilhas Alcalinas;
- Pilhas de óxido de Mercúrio;
- Pilhas de Prata;
- Pilhas de Lítio.
Secundárias - Podem ser carregadas e descarregadas várias vezes;
Destacam-se: - Pilhas de Níquel-Cádmio;
- Baterias de Chumbo-Ácido.

OBS: As baterias chumbo-ácido armazenam cargas elétricas quando estas lhe são
comunicadas por um gerador. Após a sua constrição não existe tensão elétrica em
seus terminais. Entretanto, fazendo-se passar corrente contínua através de seus
eletrodos, vai pouco a pouco acumulando carga sendo assim chamada de
acumuladores.

São também classificadas em secas e úmidas:


Úmidas - Devem ser operadas na posição vertical, pois possuem aberturas que
permitem o escapamento dos gases gerados durante o processo de carga e descarga.
Destacamos as baterias tipo chumbo-ácido.

Secas - O eletrólito é uma pasta ou gel. São semiseladas e podem ser usadas em
qualquer posição sem que ocorra vazamento do eletrólito.
Destacam-se: - Pilha de Zinco-Carbono;
- Pilha Alcalina;
- Pilha de Óxido de Mercúrio;
- Pilha de Prata;
- Pilha de Lítio;
- Pilha de Níquel-Cádmio.
95
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO PAINEL

Abaixo, temos os seus símbolos:

Fig.5.1 - Simbologia da Pilha Fig.5.2 – Simbologia da Bateria

PILHAS DE ZINCO-CARBONO
As pilha de Zinco-Carbono são as mais comuns e baratas das pilhas primárias.
Apresentam, em geral, a forma de um cilindro, cujo volume determina a quantidade de
energia que elas podem fornecer, pois cada material possui uma relação entre massa e
energia armazenada. O zinco é o eletrodo negativo e o dióxido de magnésio é o
eletrodo positivo. A haste de carbono faz o contato elétrico com o dióxido de magnésio
e conduz a corrente ao terminal positivo. Note que a haste de carbono não é envolvida
nas reações químicas que produzem tensão. O eletrolítico para o sistema químico é
uma solução de cloreto de amônia e cloreto de zinco.

Fig. 5.3 – Descrição física de uma pilha zinco-carbono

Apesar de ser a mais barata, apresenta certas desvantagens, como a queda


gradual de tensão no processo de descarga e quando submetida a uma baixa
temperatura apresenta redução no seu rendimento.

96
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO PAINEL

PILHAS ALCALINAS
As pilhas alcalinas utilizam os mesmos eletrodos que as pilhas de zinco-carbono
com exceção do eletrólito que nesta é uma solução de hidróxido de potássio. São de
dois tipos: primária e secundária. Apresentam uma duração sete vezes maior e uma
resistência interna mais baixa; em compensação, seu custo é mais elevado.
As pilhas alcalinas secundárias são mais baratas que as pilhas de níquel-
cádmio, têm a habilidade de reter a carga quando armazenadas e suportam ampla
variação de temperatura de operação. Em compensação, seu ciclo de vida útil é
dependente das condições de utilização: uma descarga além do limite de capacidade e
uma extensa sobrecarga diminuem o ciclo de vida.

PILHA DE ÓXIDO DE MERCÚRIO


As pilhas de óxido de mercúrio são formadas por um catodo de óxido de
mercúrio, por um anodo zinco e por um eletrólito de hidróxido de potássio.
Apresenta um revestimento externo de aço e aplicações de prata nos pólos para
facilitar o contato.
Podem ser encontradas em dois formatos diferentes: cilíndricas e em forma de
botão. Sua característica mais importante é a manutenção de uma tensão constante no
valor de 1,35 V ao longo de toda a vida útil da pilha.
Apresenta baixa resistência interna, ampla faixa de operação de temperatura e é
mecanicamente robusta.

Fig. 5.4 – Descrição física de uma pilha de óxido de mercúrio

PILHAS DE PRATA

As pilhas de prata, em seu formato, são muito parecidas com as pilhas de


mercúrio. São constituídas de um catodo de óxido de prata, de um anodo de zinco e de
um eletrólito com base em hidróxido potássico ou sódico. Apresentam uma tensão
constante de 1,55V ao longo de sua vida útil e menor capacidade de fornecimento de
energia, em relação às pilhas de mercúrio, por terem um volume menor.

97
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO PAINEL

Fig. 5.5 – Descrição física de uma pilha de óxido de prata

PILHAS DE LÍTIO

As pilhas de lítio apresentam a sua composição e a sua estrutura modificada


fundamentalmente pelo material utilizado como catodo. Um dos modelos mais comuns
é formado por um anodo de lítio e por um catodo gasoso à base de SOCl2 absorvido
em eletrólito inorgânico.
Outro modelo muito difundido é o que utiliza o lítio como material para o catodo
e o bióxido de manganês para o anodo.
É importante observar que as pilhas de lítio apresentam uma auto-descarga
quase imperceptível e sua tensão de 3,5V permanece constante em 90% de sua vida
útil. É a mais cara e sua faixa de operação de temperatura é de -50oC a 75oC.

Fig. 5.6 – Descrição física de uma pilha de lítio Fig. 5.7– Imagem de uma bateria de PC

OBS.: A carga acumulada de pilhas ou de uma bateria pode ser expressa na forma de
densidade de energia, definida em Watt-hora por quilo.

Assim, a densidade das pilhas de lítio chega a 266 Wh/kg, contra 133 Wh/kg das
pilhas de prata e 55 Wh/kg das pilhas de zinco-carbono. Portanto, são as que
apresentam maior vida útil e a maior tensão nominal.

98
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO PAINEL

PILHAS DE NÍQUEL-CÁDMIO

As pilhas de níquel-cádmio são hermeticamente seladas, podendo ser operadas


em qualquer posição.

Fig.5.8 – Estrutura interna de uma bateria de níquel-cádmio

Podem ser armazenadas durante um longo período de tempo, carregadas ou


não, a uma temperatura entre -40oC e 60oC. Apresentam uma baixa resistência interna,
podendo fornecer correntes elevadas com uma pequena queda de tensão.
Seu custo inicial é alto, mas apresentam baixo custo de operação.
Sem tratamentos abusivos, as pilhas de níquel-cádmio duram acima de 1000
ciclos. Um ciclo é igual a uma carga e descarga completa.
A operação em temperaturas elevadas encurta sua vida útil. Por outro lado,
descargas incompletas aumentam o número de ciclos e não afetam sua capacidade se
não houver sobrecargas. Assim, para assegurar um longo período de vida útil devemos
tomar algumas precauções como:
a) Nunca soldar diretamente os eletrodos de uma níquel-cádmio. Se for
necessário soldar, não usar solda de estanho e sim solda a ponto, micro-pontos;
b) Evitar o processo de carga em temperatura baixa. Antes de serem
recarregadas a sua temperatura deverá estar próxima de 21oC;
c) Nunca exceder as especificações de temperatura;
d) Evitar curtos e descargas rápidas ou drenos de altas correntes;
e) No processo de carga de certo número de pilhas, conectá-las em série, nunca
em paralelo;
f) Evitar a conexão de pilhas invertidas mesmo momentaneamente ou durante a
recarga.

99
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO PAINEL

Devemos tomar cuidados com as pilhas oxidadas, estufadas ou abertas, pois o


cádmio é tóxico e o eletrólito é altamente corrosivo.
Existem vários circuitos carregadores de pilhas de níquel-cádmio que usam
marcadores de tempo de descarga e indicadores de estados no início e no fim da
carga.

BATERIAS DE CHUMBO-ÁCIDO

As baterias chumbo-ácido são normalmente fabricadas com 3, 6 e 12 células


eletrolíticas, fornecendo desta forma 6, 12 e 24 Volts.
Cada célula é constituída por placas de peróxido de chumbo, ligadas ao eletrodo
positivo, e placas de chumbo metálico recobertas de chumbo esponjoso, ligadas ao
negativo. Estas placas positivas e negativas ficam separadas entre si por meio de
isolantes, ligadas em série e mergulhadas em uma solução eletrolítica de ácido
sulfúrico (H2SO4), dissolvido em água (H2O), na proporção de 40 partes de ácido
sulfúrico para 60 partes de água.

Fig. 5.9 – Estrutura interna de uma bateria de chumbo-ácido

Fig. 5.10 – Elementos de uma bateria de chumbo-ácido

100
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO PAINEL

A densidade desse eletrólito oscila entre 1,0 (densidade da água destilada) e


1,835 (densidade do ácido sulfúrico). Encontra-se combinado com o eletrodo de
chumbo, depositando neste uma camada branca de sulfato de chumbo.
Ao aplicarmos uma corrente elétrica nos eletrodos do acumulador, o sulfato de
chumbo depositado no catodo transforma-se em uma massa esponjosa de chumbo-
metálico, e o que está presente no anodo transforma-se em dióxido. A reação continua
até que a carga é removida. Nesse instante as cargas nas placas e as cargas dos íons
eletrólitos estão em estado de equilíbrio e a reação cessa.
Para uma bateria típica de automóvel a densidade específica do eletrólito é de
aproximadamente 1,26.
Se um acumulador estiver carregado e o ligarmos por meio de um fio condutor,
os elétrons que estão em excesso nas placas de chumbo se deslocarão para a placa
de dióxido de chumbo (eletrodo positivo) que está com deficiência de elétrons. Ocorre,
nesta útima a redução do chumbo e o eletrólito muda para água.
Se medirmos agora, a sua densidade será próxima de 1,19 o que indica o seu
estado de totalmente descarregada.
O densímetro é o instrumento mais prático para a determinação da densidade
do eletrólito de uma bateria. É constituído de um tubo de vidro com uma pêra de
borracha em uma das extremidades, um tubo de borracha na outra e um flutuador
graduado no seu interior, e permite recolher uma certa quantidade de líquido, suficiente
para fazer o flutuador conservar-se à superfície. A indicação da densidade do líquido é
fornecida pela graduação da escala. Essa mesma operação é repetida para cada
elemento que constitui a bateria.

Fig. 5.11 – Densímetro

Para se executar a carga de uma bateria chumbo-ácido, existem dois


procedimentos fundamentais: através de carga de corrente constante e através de
carga de tensão constante.
O sistema de carga de corrente constante consiste na aplicação de valor
determinado, que permanecerá invariável durante todo o processo. O processo é lento,
principalmente no início, uma vez que é preciso uma intensidade muito mais alta que a
fornecida pelo carregador.
Já o sistema de carga por tensão constante é mais rápido que o anterior, pois se
baseia na aplicação de uma diferença de potencial fixa nos eletrodos. Fornece uma
corrente inicial elevada, 5 a 10A, que diminui no decorrer da operação. Portanto, no
início de carga pode haver um superaquecimento devido ao excesso de corrente. A
tensão do carregador de bateria é ajustada para fornecer a corrente de carga desejada.
101
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO PAINEL

Uma taxa de carga muito rápida deve ser evitada, pois poderá sobreaquecer a
bateria, havendo uma conversão da água em gás hidrogênio e gás oxigênio.
Algumas das mais novas baterias chumbo-ácido são seladas e portanto nào há
previsão de colocação de água, só é necessário manter limpos os seus terminais.

Fig. 5.12 – Baterias de chumbo-ácido seladas

A capacidade de uma bateria logicamente irá diminuindo até o fim de sua vida
útil. Supondo-se não haver nenhum problema específico com a bateria, esta diminuição
será gradual. Deve-se considerar que uma bateria está próxima ao fim de sua vida útil
quando sua capacidade atingir valores inferiores de 80% do seu valor normal.

QUESTIONÁRIO

1. Cite dois tipos de pilhas primárias e dois tipos de pilhas secundárias.

2. Defina:
a. Eletrodo

b. Eletrólito

3. Cite três cuidados que devemos ter com as pilhas de níquel-cádmio.

4. Entre as pilhas estudadas, qual a pilha que oferece o melhor rendimento? E qual
oferece o pior rendimento?

5. Qual o possível problema de uma pilha de chumbo-ácido que apresenta um


consumo excessivo de água?

102
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO PAINEL

4º PAINEL DE ESTUDO
Uso do Osciloscópio e do Gerador de Sinais

OBJETIVOS
 Ajustar os controles básicos do Osciloscópio (liga-desliga, brilho, foco e posição
de feixe);
 Ajustar os controles básicos do Gerador de Sinais (forma de onda, freqüência e
amplitude);
 Aplicar um sinal proveniente do gerador de sinais ao osciloscópio;
 Selecionar escala vertical e base de tempo coerentes com o sinal a ser
visualizado no Osciloscópio;
 Estabilizar a forma de onda na tela do Osciloscópio;
 Medir amplitudes e intervalos de tempo no sinal, com uso do Osciloscópio.

INTRODUÇÃO
A principal função do Osciloscópio é mostrar formas de onda de tensão e medir
amplitude e tempo no sinal. É um instrumento importante para manutenção de
equipamentos e sistemas eletrônicos, de uso muito comum.
Durante o procedimento desta prática você irá descobrindo os controles, as
funções e a operação básica de um osciloscópio analógico, guiado, passo a passo, por
um roteiro objetivo.
Observe que os controles e terminais do osciloscópio estão identificados por
números, que serão indicados no procedimento.

Figura Ilustrativa do Osciloscópio

A principal função do Gerador de Sinais é produzir formas de onda de tensão, com


amplitude e freqüência determinadas pelo usuário.

103
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO PAINEL

Durante o procedimento você irá descobrindo os controles e a operação básica do


Gerador de Sinais.
Observe que os controles e terminais do gerador estão identificados por letras, que
serão indicadas no procedimento.

Figura ilustrativa do Gerador de Sinais

PROCEDIMENTOS

Importante: apresentamos a seguir um roteiro objetivo, para guiá-lo no uso destes


instrumentos. Você deve observar os efeitos de cada botão, controle e ajuste, para
entender o processo, em vez de decorá-lo.

Ajustes iniciais do Osciloscópio


1. Aperte o botão 2 e verifique se os botões ao lado dele, bem como o botão 3,
estão desapertados.
2. Aperte o botão 6 e verifique se os botões ao lado dele, bem como o botão 10,
estão desapertados.
3. Aperte os botões 8 e 9.
4. Gire os botões 11 e 12 totalmente para a direita, até travarem.
5. Ligue o Osciloscópio em 1 e gire o botão 4 totalmente para a direita. Se não
aparecer uma linha horizontal brilhante na tela, verifique se o botão 15 não se
encontra na posição XY (se estiver, mude) e, depois, gire os botões 5 e 6 até
a linha se encontrar no centro da tela. Gire, então, o botão 4 para a esquerda,
até a linha perder um pouco de brilho, e o botão 7 até a linha ficar o mais fina
possível.

Ajustes iniciais do Gerador de Sinais


6. Ligue o Gerador em A.
7. Aperte os botões B e C.
8. Gire o botão D totalmente para a esquerda e certifique-se de que os botões E
e F estão empurrados.
9. Ajuste o botão G até aparecer um valor próximo a 1000 no mostrador e ajuste
exatamente em 1000 no botão H.
10. Ajuste o botão F até a metade do seu curso.
104
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO PAINEL

Interligação dos instrumentos

11. Conecte um cabo blindado entre o terminal I do Gerador e o terminal 13 do


Osciloscópio. O conector na ponta desse cabo é do tipo BNC. Caso não haja
um cabo com um desses conectores em cada ponta, interligue dois cabos que
tenham BNC em uma das pontas e garras jacaré na outra, observando a
ligação de massa (garra preta) com massa.

Visualização do sinal no Osciloscópio

12. Ajuste o botão 14 até que o sinal ocupe a maior parte da tela, na direção
vertical, sem ultrapassar as marcas (quadrados).

13. Ajuste o botão 15 até que a tela mostre cerca de dois ciclos do sinal.

14. Se necessário, reajuste o brilho, o foco e a posição do traço.

15. Esboce a imagem, na reprodução de tela abaixo.

Escala vertical: _____ V/div

Escala horizontal: _____ ms/div

A escala vertical é indicada pela posição do botão 14 e a escala horizontal é


indicada pela posição do botão 15.

16. Meça a amplitude do sinal, em volts de pico e pico-a-pico. Anote.

VP = ________ VPP = ________

Para medir a amplitude pico-a-pico você deve contar o número de quadrados


(divisões) ocupados pelo sinal na tela, na direção vertical. A subdivisão de um
quadrado vale 0,2. Para calcular o valor em Volts é só multiplicar o número de
divisões e subdivisões pela escala de V/div (Volts por divisão) indicada no botão 14.
Já a amplitude de pico é aquela entre o meio da onda (zero) e um dos picos.

105
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO PAINEL

17. Meça o período do sinal. Anote.

T = ________

Para medir o período você deve contar o número de quadrados (divisões)


ocupados pelo sinal na tela, na direção horizontal, entre um pico do sinal e o
seguinte. A subdivisão de um quadrado vale 0,2. Para calcular o valor de tempo é só
multiplicar o número de divisões e subdivisões pela escala de s/div (segundos por
divisão) ou ms/div (milissegundos por divisão) ou, ainda, µs/div (microssegundos por
divisão) indicada no botão 15.

18. Reajuste o gerador para fornecer 3 VP, medindo esse valor no osciloscópio.

19. Reajuste a freqüência para 3 kHz e torne a medir o período. Anote.

T = ________

20. Esboce a imagem, na reprodução de tela abaixo.

Escala vertical: _____ V/div

Escala horizontal: _____ ms/div

Proposta: Utilizando um transdutor eletroacústico, ajuste a base de tempo e a


amplitude de forma que seja possível observar a representação elétrica do sinal de
áudio vocalizado através do transdutor.

106
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO PAINEL

5º PAINEL DE ESTUDO
Componentes Eletrônicos - Capacitores

OBJETIVOS
 Identificar diversos tipos de capacitores;
 Caracterizar os diversos tipos de capacitores.

INTRODUÇÃO
Um capacitor é formado por duas placas condutoras separadas por uma camada
de material isolante.
É um componente eletrônico usado para introduzir capacitância em um circuito,
de modo a se obter um dos seguintes efeitos:
-Bloqueio de corrente contínua;
-Acoplamento de um sinal de a um circuito ou sistema para outro;
-Passagem de corrente alternada (by pass);
-Filtragem de corrente alternada;
-Sintonia;
-Geração de formas de onda;
-Armazenamento de energia etc.

Fig. 6.1– Descrição genérica de um capacitor

A capacidade de armazenamento de energia é dada em FARADS, sendo que os


submúltiplos da unidade são os mais utilizados.

Tabela 6.2 - Mostra os submúltiplos mais usuais e a unidade.

Submúltiplo Valor em relação à unidade


uF 10-6 F ou 0,000001 F
nF 10-9 F ou 0,000000001 F
pF 10-12 F ou 0,000000000001 F

107
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO PAINEL

SIMBOLOGIA DOS CAPACITORES

FIXOS ELETROLÍTICOS

FIXOS DESPOLARIZADOS

VARÍÁVEIS

AJUSTÁVEIS

Outras simbologias encontradas em diagramas para capacitores eletrolíticos:

DIELÉTRICO
É o material isolante colocado entre duas placas de um capacitor. Dependendo
da aplicação, o dielétrico pode ser um dos relacionados a seguir, com suas respectivas
constantes dielétricas relativas (εr):

Tabela 6.2 - Dielétricos e constantes relativas

DIELÉTRICO εr
Vácuo 1
Ar 1,0006
Teflon 2
Poliestireno 2,5
Mylar 3
Papel, parafina 4
Mica 5
Oxido de Alumínio 7
Oxido de Tântalo 25
Cerâmica (baixo εr) 10
Cerâmica (alto εr) 100 a 10000

108
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO PAINEL

CARACTERIZAÇÃO DOS CAPACITORES

CAPACITORES FIXOS

1. CAPACITORES DE CERÂMICA

- O dielétrico é a cerâmica.
- Formatos: disco e tubulares.
- Os de formato tubular apresentam capacitâncias entre 0,5
pF e 10 nF.
- Tensões de isolamento de até 500 V.
- A tolerância normal vai dos 10% aos 50%.
- Tipos compensados em temperatura têm uma faixa de tolerância que vai de
desde 1% até 20%.
- São muito usados em circuitos miniaturizados por apresentarem alta
capacitância em relação ao tamanho.
- Muito usados em circuitos de alta frequência pela pequena indutância que
apresentam.
- Quando o valor não vem escrito no próprio corpo (em pF) , apresentam código
de pintas coloridas que definem, de acordo com o código de cores universal ,
o seu valor em pF.

No capacitor acima vemos a indicação 154. Ela significa: 15 x 104 pF ou


150 nF. Portanto, os dois dígitos da esquerda formam um valor de capacitância
em pF e o da direita é o expoente da potência de dez multiplicadora.

Fig. 6.4 – Imagem de um capacitor cerâmico SMD (3mm de comprimento)

2. CAPACITORES DE MICA

- O dielétrico é mica (um mineral).


- Tem formato plano devido à não flexibilidade da mica.
- Ideal para trabalho em circuitos de alta frequência.
- Valores de capacitância entre 1pF e 10 nF (10 kpF).
- Tensões típicas de isolamento de 350 V.
- Tolerância de ordem de 1% em capacitores de mica
prateada, muito utilizados em instrumentos de precisão.
- Utilizados em circuitos de sintonia de receptores e
transmissores e em instrumentos de precisão.
109
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO PAINEL

- Elevada estabilidade.
- Resistência de isolamento muito alta.
- Valor impresso no corpo, em pF ou código de cores.

3. CAPACITORES DE POLIESTIRENO

- O dielétrico é o poliestireno (derivado de petróleo).


- Formato tubular.
- Valores de capacitância de 10 pF a 10 nF.
- Tensões de isolamento entre 25 a 500 V.
- Utilizados em circuitos de alta frequência.
- Não apresentam estabilidade e precisão tão elevados
quanto os capacitores de mica.
- Tolerância entre 2,5% e 10%.

4. CAPACITORES DE POLIÉSTER

- O dielétrico é o poliéster (derivado do petróleo).


- Formato tubular.
- Valores de capacitância entre 10 nF e 470 nF.
- Tensão de trabalho entre 100 V e 400 V.
- Não são indicados para circuitos
de alta freqüência.
- Especificação feita no próprio corpo.

5. CAPACITORES DE POLIÉSTER METALIZADO

- Armaduras formadas de por finas camadas metálicas


depositadas de um lado e outro do poliéster.
- Valores de capacitância entre 1 nF e 2,2 F.
- Tensões de isolamento entre 100 e 600 V.
- Não são indicados para circuitos de alta frequência.
- Recomendados para desacoplamento de sinais de baixa
frequência, filtragem e acoplamento.
- Tolerância entre 5% e20%.

110
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO PAINEL

6. CAPACITORES ELETROLÍTICOS

- O dielétrico consiste, normalmente, numa fina camada de


óxido de alumínio formada sobre o metal de armadura.
- Como a película de óxido é muito fina, os capacitores
eletrolíticos podem apresentar capacitâncias elevadas.
- Para um mesmo tamanho de capacitor, quando a
capacitância aumenta, a tensão de isolamento diminui e
vice-versa.

-A polaridade dos terminais é marcada no corpo do


capacitor.
-Os eletrolíticos de alta tensão são usados em circuitos valvulados e fontes
chaveadas, entre outros, apresentando valores de capacitância entre 1F e
500F com tensões de isolamento de entre 100 e 500v.
-A tolerância dos eletrolíticos varia normalmente entre -20% e +50%.
-Apresentam correntes de fuga elevadas.
-Possuem durabilidade limitada.
-Sua capacitância diminui com o tempo de uso.
-São usados principalmente em filtragem de fonte de alimentação e
acoplamento e desacoplamento de em circuitos de áudio.
-Valores de capacitância e tensão de trabalho aparecem escritos no próprio
corpo do capacitor.

IMPORTANTE: Os eletrolíticos são polarizados, isto é, têm uma maneira certa de


serem ligados nos circuitos. A ligação incorreta inutiliza o capacitor e pode causar
explosão.

7. CAPACITORES DE TÂNTALO

- São capacitores polarizados da mesma maneira que


os eletrolíticos comuns.
- Dielétrico formado por óxido de tântalo.
- Apresentam grandes valores de capacitância para
um tamaho mínimo.
- Substituem os eletrolíticos em circuitos que exigem
uma miniaturização elevada.
-São mais caros que os eletrolíticos comuns.
-Valores de capacitância de 0,1 F a 50 F.
-Tensão de isolamento 3 a 40 V.
111
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO PAINEL

Fig.6.11 – Capacitor eletrolítico e capacitor de tântalo


SMD montados em uma placa de circuito
impresso

CAPACITORES VARIÁVEIS

- Consistem geralmente num conjunto de placas


móveis, ou rotor, e num conjunto de placas fixas, ou
estator. Fazendo girar as placas móveis em torno de
um eixo, elas se defrontarão com as placas fixas em
menor ou maior extensão, variando assim a
capacitância do conjunto. As capacitâncias obtidas
com elementos desse tipo são em geral pequenas.
Os valores disponíveis vão de uns poucos
picofarads até o máximo de 500 pF.
- Seu dielétrico em geral é o ar.
- São capacitores normalmente usados para variar a capacitância de circuitos
sintonizados, de modo a determinar a sua frequência de operação.
- Podem ser encontrados sozinhos, ou dois ou mais acoplados a um mesmo
eixo (associação em tandem).
- A tensão de trabalho do depende do espaçamento entre as placas.
- As perdas de energia são, em geral, bem menores que nos outros tipos de
capacitores.

CAPACITORES AJUSTÁVEIS

- São aqueles em que a capacitância pode ser


alterada, isto é, ajustada às necessidades do circuito.
- Dielétrico pode ser ar ou misto (ar e mica).
- Os de dielétrico misto são constituídos por lâminas
do metal isoladas por lâminas de mica. O
espaçamento entre as lâminas metálicas e, em
consequência, sua capacitância, pode ser ajustado
mediante um pequeno parafuso.
- Capacitores deste tipo, cujas capacitâncias variam normalmente 3 pF e 150 pF,
são denominados compensadores paralelos (trimmers), pois são colocados
em paralelo a capacitores maiores, a fim de ajustá-los ao valor conveniente .
112
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO PAINEL

PRÁTICA

1. Identifique no circuito apresentado pelo professor os diversos tipos de


capacitores.

2. Selecione um capacitor eletrolítico com valor em torno de 1000 µF e ligue à


escala de resistência mais alta do multímetro, com a polaridade correta (a ponta
vermelha no positivo do capacitor e a preta no negativo, se o multímetro for
digital, e o contrário, se o multímetro for analógico). Observe que a resistência vai
aumentando lentamente, o que indica a carga do capacitor. Desligue o capacitor
e volte a fazer a mesma medida após alguns segundos; a resistência deve
continuar alta, pois o capacitor não se descarregou. Agora, mantendo o capacitor
ligado ao multímetro, junte seus terminais. Isso irá descarrega-lo e o processo de
carga se repetirá.
Atenção: não toque com os dedos nas duas pontas de prova, nem nos dois
terminais do multímetro ao mesmo tempo, pois a resistência elétrica do seu corpo
altera o resultado.

3. Selecione um capacitor eletrolítico com valor de 100 µF ou menor e baixa tensão


de isolação. Ajuste uma fonte de alimentação para o valor da tensão de isolação
do capacitor e depois desligue-a. Conecte os terminais do capacitor com
polaridade invertida aos da fonte de alimentação, mantendo-a desligada. Ligue a
fonte e afaste-se. O capacitor deverá aquecer, estufar e, em alguns minutos,
explodir.

113
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO PAINEL

6º PAINEL DE ESTUDO
Componentes Eletrônicos –
Indutores, Transformadores e Transdutores
Eletroacústicos

OBJETIVOS
 Conhecer as características dos diversos tipos de indutores.
 Conhecer as características dos diversos tipos de transformadores.
 Conhecer as características de transdutores eletroacústicos
 Analisar o funcionamento de um microfone.
 Analisar o funcionamento de um alto-falante.
 Montar um intercomunicador.

INTRODUÇÃO

1. INDUTORES
São componentes reativos que apresentam o fenômeno da indutância. A
indutância é definida como a oposição que um circuito oferece à variação de corrente
(ou do campo magnético). Isto significa que se a corrente num circuito sofrer uma
variação para mais ou para menos, a indutância atuará no sentido inverso, tentando
manter o valor da corrente.
A passagem de corrente elétrica em um condutor produz campo eletromagnético
em torno dele. Se esse campo for variável, outro condutor que esteja no alcance do
campo desenvolve uma diferença de potencial entre seus extremos e, se fechar o
circuito, haverá circulação de corrente (alternada). Esse fenômeno é chamado de
Indução.

1.1 - BOBINAS DE CAMADA ÚNICA


Provavelmente, os indutores são os componentes que mais variam em projeto.
Superficialmente, eles consistem de fios enrolados em um isolante. Mas na prática,
eles variam desde bobinas pequenas de uns poucos micro-Henry (µH), operando em
muitas centenas de MHz, até grandes bobinas de umas poucas centenas de Henry,
operando em centenas de Hz. As bobinas pequenas de núcleo de ar preenchem muitas
funções, estando em uso comum como bobinas de sintonia de RF, bobinas de
acoplamento de estágios, para receptores, e bobinas de direção e de modulação para
transmissores, etc.
Geralmente, são usados fios de cobre até cerca de 50 MHz, embora acima
desta freqüência possam ser usados tubos de cobre (usualmente com placas de prata
para a alta condutividade de superfície) para evitar perdas no núcleo. Fios do tipo litz
produzem menor resistência de RF do que em cobre sólido de seções retas similares e
são mais efetivos em freqüências justamente abaixo de 2 MHz; acima desta freqüência
as correntes de RF fluem através da parte externa do grupo de fios.

114
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO PAINEL

As formas das bobinas variam enormemente, mas o valor máximo de indutância


para uma bobina de camada única de fios, com comprimento conhecido de fio, é dado
pela fórmula:

Assim como os resistores, os indutores mais novos (bobinas) para uso em


circuitos impressos possuem padronização de cores para expressar seus valores.

Tabela 7.1 – Código de cores para indutores

1.2 - BOBINAS MULTI-CAMADAS


A forma ótima das bobinas multicamadas, para um dado comprimento de fio,
parece ser a de que o diâmetro médio do enrolamento deve ser igual,
aproximadamente, a três vezes o enrolamento, com largura igual à altura do
enrolamento. À parte os solenóides de camada singela ou multicamadas, outros
métodos de enrolamento são adotados para a operação em alta freqüência, tais como
o método universal ou progressivo universal, onde o fio é oscilado de lado a lado,
enquanto a bobina é enrolada para reduzir sua capacitância própria.

115
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO PAINEL

1.3 - BLINDAGEM
Nas frequências de comunicação a blindagem é necessária para evitar
transferência indesejável de energia de RF. O cálculo do efeito da blindagem sobre os
indutores de núcleo de ar é extremamente complicado, mas geralmente, quanto maior
o suporte, menos a indutância é afetada. Uma regra simples é a de que o efeito da tela
sobre a indutância da bobina é uma função de , onde “d” é o diâmetro da tela
suporte.

Fig. 7.1 – Foto de uma bobina de FI Fig. 7.2 – Desenho interno dessa bobina

1.4 - NÚCLEOS FERROMAGNÉTICOS


Se for exigido um aumento substancial da indutância de uma bobina sem
aumentar o total de fio, torna-se então, necessário inserir um núcleo ferromagnético.
Este pode também facilitar o ajuste da indutância.
A propriedade do ferromagnetismo é confinada a somente uns poucos
elementos conhecidos. Os elementos mais importantes são o ferro, o níquel e o
cobalto, mas o manganês e o cromo também podem tornar-se ferromagnéticos quando
feitos em liga com alguns elementos não ferromagnéticos. O ferromagnetismo depende
da estrutura do cristal, estado da composição etc., e é afetado pela temperatura até
certo ponto, denominado ponto de Curie, a partir do qual virtualmente cessa a
propriedade ferromagnética.
Os pontos de Curie desses três elementos magnéticos são:
Níquel 358ºC
Ferro 770ºC
Cobalto 1120ºC

1.5 - NÚCLEOS DE FERRITE


Quando for exigido um material de núcleo que combine alta permeabilidade com
baixas perdas, em freqüências altas e médias, são usados ferrites. São compostos não
metálicos consistindo, principalmente, de óxido férrico em combinação com um ou dois
óxidos metálicos bivalentes. São duros, cerâmicas densas, e devido à sua alta
resistividade, podem ser usados sob a forma de núcleos sólidos homogêneos. As
matérias-primas processadas são trituradas até formarem um pó fino, após o que são
misturadas e pressionadas para formarem varetas ou tubos em altas temperaturas.
São de dois tipos estabilizados: ferrites, zinco-manganês e níquel-zinco, embora os
desenvolvimentos nas áreas de computação e microondas tenham levado a outros
ferrites tais como magnésio-manganês etc. São caracterizados por terem uma baixa
condutividade, alta permeabilidade inicial e razoáveis valores de saturação de indução.
São usados em bobinas de alta qualidade nas portadoras de telefonia, em
116
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO PAINEL

transformadores de banda larga, em bobinas de FI de alta frequência, em antenas, em


fontes chaveadas, em bobinas de deflexão e em transformadores de saída horizontal
de receptores de TV e monitores de vídeo com TRC (tubo de raios catódicos). Outros
tipos de indutores serão brevemente descritos a seguir.

1.6 - INDUTORES DE NÚCLEO DE FERRO


Os choques com núcleo de ferro e em baixa freqüência são largamente usados
para reduzir (planificar) a ondulação (ripple) em retificadores CA de fornecimento de
potência, como cargas de anodo de estágios de amplificadores a válvula com
acoplamento entre choque e capacitância e em outras aplicações CC. Os materiais de
núcleo mais comumente usados como choques de planificação são as laminações de
ferro-silício e de ferro-silício com grãos orientados (ambos: núcleos C e laminações).

1.7 - INDUTORES COM NÚCLEO POROSO


Estes são usados em frequências bem maiores de que os associados com os
indutores de núcleo de ferro. Eles têm uma baixa perda de núcleo (particularmente
devido às correntes parasitas) em qualquer frequência, e uma bem menor
permeabilidade. A construção de indutores com núcleo poroso segue a mesma prática
geral dos indutores com núcleo de ar. Como os núcleos porosos são usualmente
empregados em frequências intermediárias e acima, a capacitância das bobinas, as
perdas dielétricas e o efeito de superfície afetam o projeto do mesmo modo que
acontece com os indutores com núcleo de ar em HF (altas frequências). Geralmente,
as bobinas longas, isto é, de alta relação I / d, são usadas no projeto de bobinas com
núcleo poroso.

1.8 - INDUTORES COM NÚCLEO DE FERRITE

Empregam núcleos consistindo de um cilindro externo com


extremos fechados, com o percurso magnético sendo mais ou
menos completado por um núcleo cilíndrico central, de acordo com
sua posição. Os enrolamentos são colocados no espaço anular. É
introduzido um espaçamento de ar no núcleo central e escolhendo
um comprimento adequado para esse espaçamento, as
propriedades deste tipo de núcleo podem ser arranjadas de modo
a atenderem às exigências de projeto.

2. TRANSFORMADORES
O transformador é um dispositivo capaz de converter uma dada tensão
alternada, de valor e intensidade determinados, em outra tensão, alternada, de valor e
de intensidade de corrente diferentes, mantendo constante a potência (que é igual ao
produto da intensidade de corrente pela tensão).
O funcionamento baseia-se no princípio da indução eletromagnética. Segundo
estes princípios, o campo magnético variável, produzido por uma corrente alternada
que circula num condutor enrolado num núcleo de material magnetizável, gera uma

117
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO PAINEL

certa tensão em outro enrolamento condutor, independente do primeiro que esteja


enrolado no mesmo núcleo.
2.1 - TRANSFORMADORES DE POTÊNCIA

A função de um transformador de potência é


transformar uma tensão de entrada em uma tensão de
saída desejada, com as correntes atendendo às
exigências de potência, e isolar o equipamento da rede
elétrica.

As principais exigências para um bom transformador


de potência são:

a. Indutância primária tão elevada quanto possível, para reduzir a corrente sem
carga a um valor pequeno.
b. Um alto coeficiente de acoplamento entre os enrolamentos primário e
secundário, para assegurar uma boa regulagem de tensão com a carga.
c. Perdas de núcleo tão baixas quanto possível, causadas por uma escolha
adequada do material do núcleo e sua laminação.
d. Perdas nos enrolamentos tão baixas quanto possível, usando enrolamentos de
alta condutividade, com área de seção reta do fio adequada, e mantendo um
número pequeno de voltas do enrolamento primário.
e. Dimensões do transformador tão pequenas quanto possível. Em uma alta
temperatura, uso de materiais condutores e do núcleo com bom fator de espaço.
f. Eficiência alta devida às perdas.
g. Peso mínimo.
h. Confiabilidade elevada, escolhendo os materiais e o tipo de construção, usando
os adequados fatores de segurança, selagem adequada contra umidade e
construção metálica robusta.

Existem duas formas básicas de construção: o tipo de núcleo e o tipo de casca.


Pode ser usada uma construção aberta para ambos os tipos: as bobinas podem ser
protegidas por blindagem metálica e o núcleo pode ficar exposto: tanto o núcleo como
as bobinas devem ser protegidos desse modo - ou todo o conjunto pode ser totalmente
fechado.

3. RELÉS
O relé (do francês relais) é um interruptor eletromecânico. A movimentação
física deste interruptor ocorre quando a corrente elétrica percorre as espiras
da bobina do relé, criando assim um campo magnético que por sua vez atrai a
alavanca responsável pela mudança do estado dos contatos.
O relé é um dispositivo eletromecânico com inúmeras aplicações possíveis em
comutação de contatos elétricos, servindo para ligar ou desligar dispositivos. É normal
o relé estar ligado a dois circuitos elétricos. No caso do Relé eletromecânico, a
comutação é realizada alimentando-se a bobina do mesmo. Quando uma corrente
118
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO PAINEL

originada no primeiro circuito passa pela bobina, um campo eletromagnético é gerado,


acionando o relé e possibilitando o funcionamento do segundo circuito. Sendo assim,
uma das aplicabilidades do relé é utilizar-se de baixas correntes para o comando no
primeiro circuito, protegendo o operador das possíveis altas correntes que irão circular
no segundo circuito (contatos).

4. TRANSDUTORES ELETROACÚSTICOS
Transdutor é tudo aquilo capaz de transformar tipos de energia. O transdutor
eletroacústico transforma energia elétrica em energia mecânica e vice-versa. Como
exemplo, os microfones e alto falantes.
Sua utilização é bastante ampla, pois a eletrônica só pode processar a voz
humana ou qualquer som natural depois de transformado em sinal elétrico. Só assim a
voz pode ser amplificada e/ou transmitida.
Seu princípio básico de funcionamento é a reversibilidade do fenômeno
eletromagnético. Sempre que a corrente elétrica de intensidade variável percorre um
condutor, gera um campo magnético também variável.
Este fenômeno é aproveitado na confecção dos transdutores, como por
exemplo, os alto-falantes e microfones.
Fica claro que, nesses dispositivos, a resposta em frequência tem mais
importância. Os transdutores eletroacústicos devem ser capazes de captar e reproduzir
uma ampla faixa de frequências, das mais baixas (graves) às mais elevadas (agudos),
no caso específico de áudio, de 20 Hz a 20 kHz.
Os transdutores, no entanto, não apresentam uso apenas na faixa de áudio; sua
aplicação é bastante ampla, como exemplo em equipamento médico, científico, militar
etc.

ALTO-FALANTES
O alto-falante é um transdutor eletroacústico que transforma um sinal de
audiofrequência numa onda acústica.
Em um alto-falante existem dois campos
magnéticos: um fixo, do ímã natural, e outro variável,
fornecido pela corrente que atravessa uma bobina
solidária ao cone. A interação desses dois campos tem
como consequência uma força, que produz o
deslocamento do cone (que possui mobilidade) e, com
ele, de uma coluna de ar à sua frente, fazendo com que
119
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO PAINEL

o ouvido humano passe a receber o som, na forma de compressão e rarefação do ar


(ondas sonoras).

Fig. 7.6 – Vista em corte de um alto-falante

Um dado importante é a potência elétrica capaz de ser dissipada. No caso dos


alto-falantes, isso depende do peso do ímã e da bitola do fio da bobina. Essa potência
não deve, em nenhuma hipótese, ser ultrapassada, sob pena de derreter o esmalte que
isola o fio com o qual é feita a bobina e a conseqüente destruição do alto-falante.
É ainda importante destacar a função do cone, mais rígido ou mais macio, na
reprodução dos sons. Os cones mais rígidos se prestam melhor à resposta de
freqüências altas (agudos), e os mais macios à resposta de freqüências baixas
(graves). Para isso existem os alto-falantes conhecidos como woofer (para os graves),
mid-range (para a faixa média) e o tweeter (para os agudos), que, quando combinados,
são capazes de uma reprodução bastante fiel ao som original.
O tamanho dos alto-falantes está relacionado ao comprimento de onda do sinal
a ser reproduzido; os graves, de maior comprimento de onda, exigem cones de maior
diâmetro; os agudos, de menor comprimento de onda, exigem cones de menor
diâmetro. Logo, é possível reconhecer a faixa de frequências a que se destina o alto-
falante.
Os alto-falantes também sofreram grande evolução para os fones de ouvido. Os
constituídos de cobalto, por exemplo, são muito utilizados nos aparelhos tipo Ipod e
MP3 players, cuja qualidade sonora é indiscutível.

MICROFONES
O microfone é um transdutor eletroacústico que reponde às ondas acústicas
fornecendo sinais elétricos. Ou seja, transforma as variações de pressão do ar (ondas
sonoras) em variações de uma tensão ou de uma corrente elétrica, através de
diferentes técnicas.
No microfone dinâmico o processo é análogo, porém inverso, ao do alto-falante:
a vibração das moléculas de ar faz vibrar uma membrana que, solidária a uma bobina,
produzirá, por efeito eletromagnético, uma tensão que poderá, então, ser amplificada
eletronicamente e posteriormente reproduzida por um alto-falante.

Imã permanente
Bobina móvel

Membrana

Fig. 7.7 – Vista em corte simplificada de um microfone dinâmico


120
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO PAINEL

A tecnologia atual neste setor tem progredido bastante, no sentido de


apresentar sistemas melhores e mais eficientes, considerando suas especificações.
Podemos citar, exemplificando, os microfones piezelétricos, eletreto etc.

Fig. 7.8 – Cápsula de um eletreto Fig.7.9 – Diagrama interno da cápsula

PRÁTICA

MATERIAL UTILIZADO
 Microfones:
- um de eletreto ou
- qualquer microfone dinâmico que tenha em casa, como os utilizados em
gravador, telefone, radiocomunicador etc.

 Alto-falantes:
- um mid-range de 5 watts (BRAVOX - 6 ou equivalente);
- um tweeter com cone de papel.

 Capacitores bipolares:
- um de 4,7F, um de 5,6F e um de 47F.

PROCEDIMENTOS
1. Ligue o gerador de áudio ao mid-range, aplicando uma tensão de 2 Vef (Vef =
volts eficazes). Varie a frequência do gerador entre 10 Hz e 10 kHz. Observe
que, para as baixas frequências a excursão do cone é grande, e que para as
altas freqüências, a excursão do cone é menor. Explique.

2. Mostre o funcionamento do microfone, usando o osciloscópio para observar a


onda que ele produz. Se o microfone for dinâmico, ligue diretamente ao
osciloscópio. Se for o de eletreto, monte o circuito abaixo, pois esse tipo de
microfone necessita de polarização.

121
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO PAINEL

3. Monte o circuito abaixo:

C = 4,7 µF
Gerador
De Tweeter
Áudio

a) Aplique uma tensão de 1 Vef e meça a tensão sobre o tweeter, para as


frequências de 50 Hz, 500 Hz, 5 kHz, 10 kHz e 15 kHz.

b) Varie C de 4,7 µF para 5,6 µF. Observe a diferença no som e meça novamente
a tensão sobre o tweeter, para as mesmas frequências, explicando o que
ocorreu.

c) Varie C de 5,6 µF para 47 µF. Observe a diferença no som e meça novamente a


tensão sobre o tweeter, para as mesmas frequências, explicando o que ocorreu.

d) Verifique seu nível de audição. Qual a maior frequência que você ouve? Varie
até 22 kHz.

4. Utilize o alto falante como microfone e observe no osciloscópio a forma do sinal


elétrico.

122
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO PAINEL

7º PAINEL DE ESTUDO
Circuitos Elétricos, fios, cabos, proteções e
chaveamentos

OBJETIVOS
 Identificar alguns tipos de fios e cabos elétricos;
 Identificar alguns tipos de chaves;
 Identificar componentes de segurança de sobrecorrente;
 Identificar o funcionamento de um protoboard;
 Utilizar o protoboard para montagem;

INTRODUÇÃO
1. CIRCUITOS ELÉTRICOS
Materiais condutores são aqueles que permitem uma fácil circulação da corrente
elétrica, quando submetidos a uma diferença de potencial. Como exemplo de materiais
condutores temos o cobre, a prata e o ouro.
Os fios são elementos utilizados para a ligação entre pontos em um
circuito elétrico. São normalmente constituídos de cobre.
Os fios são de dois tipos: simples, formados por um único condutor e
cabos, constituídos por vários condutores, isolados ou não.
Os fios simples podem ser revestidos por um material isolante. São
habitualmente fabricados com cobre recozido, devido às excelentes qualidades
condutoras e à grande resistência mecânica, e são encontrados no mercado numa
grande variedade de tipos e com diferentes características.
Numa primeira classificação geral, temos dois tipos de fios simples:
a) Fios sem revestimento isolante;
b) Fios com revestimento isolante.

Os fios sem revestimento isolante ou desencapados são empregados


em ligações curtas em circuito impresso, podendo ser revestidos por um tubo isolante
que tem por finalidade evitar curto-circuitos. Também são usados como terminais de
muitos componentes eletrônicos e em casos onde seja necessário uma ligação rígida
que não deva ser submetida a vibrações ou flexões.
Em sua fabricação é utilizado o cobre recozido banhado por uma fina
camada de estanho, que evita a sua oxidação e facilita as operações de soldagem.
Essa camada de estanho dá aos fios de cobre uma coloração cinza-metálica.

A seguir temos o fio não isolado (nu ou desencapado) e três saltos (jumpers)
preparados para circuito impresso.

123
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO PAINEL

Fig. 2.1 – Jumpers

Temos no mercado diversos tipos de fios com revestimento isolante;


enfocaremos o fio esmaltado.

O fio esmaltado é empregado nos enrolamentos de motores,


transformadores, bobinas etc...

Fig. 2.2 – Fio esmaltado enrolado em um núcleo toroidal,


formando uma bobina

Na fabricação do fio esmaltado é utilizado o cobre com um revestimento isolante


de verniz. A soldagem deste tipo de fio requer a remoção do verniz do ponto a ser
soldado.

Os outros fios isolados são empregados em instalações elétricas em geral. Para


soldar esses fios é necessário desencapar as extremidades a serem soldadas,
removendo a cobertura tubular isolante, o suficiente para que ocorra a perda de
isolamento no ponto de união com o circuito.

Os cabos são formados por um grupo de fios de cobre enrolados em espiral,


onde o conjunto recebe o nome de feixe de condutores.

Designamos por cabinho, os cabos fabricados com fios estanhados e recobertos


por uma capa isolante. E, em comparação com os fios simples, oferecem vantagens
pois são mais flexíveis, facilitando a dobra e a soldagem.

Fig. 2.3 – Cabo paralelo Fig.2.4 – Cabos simples flexíveis Fig.2.5 – Cabo simples rígido

Temos diversos tipos de cabos no mercado, com aplicações específicas.

Cabo Blindado Coaxial - Utilizado em sistemas de alta freqüência, geralmente é


constituído por um condutor central revestido por uma espessa cobertura de polietileno

124
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO PAINEL

e, sobre essa cobertura, é colocado um segundo condutor, tecido em forma de malha.


Todo o conjunto é coberto por uma capa de plástico que o mantém isolado.

Fig.2.6 – Aspecto de um cabo coaxial com a ponta descascada

Destacamos quatro tipos diferentes de cabos coaxiais:


a) coaxial normal com malha aberta e fio central simples;
b) coaxial fino com malha e fios centrais estanhados;
c) coaxial simples;
d) coaxial com condutor de fios múltiplos e malha fechada.

A malha em volta do condutor confere características de blindagem eletrostática


ao mesmo, minimizando:
a) capacitância;
b) irradiação do sinal conduzido;
c) captação de sinais externos.

Aplicações:
a) Transporte de sinais de áudio (cabos mono e estéreo);
b) Transporte de sinais de RF.

PRÁTICA

PROCEDIMENTO

1. Observe detalhadamente o material fornecido.

2. Classifique, em tipos e aplicação, os condutores.

MATERIAL CONDUTOR TIPO APLICAÇÃO


1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
125
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO PAINEL

3. Prepare os condutores abaixo para a conexão desejada:

a. Fio esmaltado - conexão elétrica.

b. Fio simples - conexão elétrica (jumper) - desencapado.

c. Fio simples - conexão elétrica (encapado).

d. Cabo coaxial - conexão mecânica e elétrica.

QUESTIONÁRIO

1. Defina condutor e isolante. Cite exemplos.

2. Qual a relação entre a largura do filete de um circuito impresso e a corrente que


nele circula?

3. Especifique a bitola mínima de um condutor de cobre para instalação dos


aparelhos abaixo:

a. Ar condicionado de até 3/4 HP (20 A ao ligar):

b. Geladeira de 200 W:

c. Máquina de lavar de 500 W:

d. Ventilador de 70 W:

4. O que é curto-circuito?

5. Diga a aplicação dos materiais condutores relacionados abaixo em eletrônica:

a. cobre:

b. prata:

c. ouro:

126
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO PAINEL

2. INTERRUPTORES, DISJUNTORES E FUSÍVEIS


Há dispositivos, utilizados em eletricidade e eletrônica cuja finalidade básica é a
de ora permitir ora impedir um fluxo de corrente pelo circuito. Dessa forma, tais
dispositivos, chamados pelo nome genérico de seccionadores de circuitos, podem
estar em apenas dois estados possíveis durante seu funcionamento:
a. Circuito Fechado - O fluxo de corrente é estabelecido pela apresentação de
uma resistência desprezível (curto-circuito).
b. Circuito Aberto - O fluxo de corrente é impedido pelo estabelecimento de uma
resistência praticamente infinita.

Os seccionadores de circuito dividem-se em dois grupos:


Seccionadores de chaveamento - São as chaves (switches, em inglês) cuja
finalidade é ligar, desligar ou comutar as conexões de um circuito elétrico.
Seccionadores de proteção - São os disjuntores e os fusíveis, que são
dispositivos que se encontram normalmente fechados, em condições normais de
funcionamento do circuito, e abrem-se em condições de curtos-circuitos ou
sobrecargas, de forma a protegê-lo.

2.1 SECCIONADORES DE PROTEÇÃO


Os seccionadores de proteção desempenham duas funções básicas:
a) Função passiva - é o transporte de corrente durante condições normais do circuito.
b) Função ativa - é a interrupção de sobre-correntes durante acidentes.

Fusíveis e disjuntores protegem o circuito, a fonte ou ambos, da ação de uma


corrente excessiva. Essa corrente acima do valor nominal especificado para as
operações normais do circuito, resulta normalmente de um curto-circuito. Assim sendo,
antes dos fusíveis serem trocados, a causa de sua queima deve ser descoberta.

O disjuntor é uma chave que pode ser desligada, manualmente ou


automaticamente, ao ser percorrida por uma corrente excessiva, podendo ser religada
posteriormente.

Fig. 2.7 – Disjuntores padrão DIN Fig.2.8 – Disjuntores padrão Nema

Os disjuntores são seccionadores de proteção que apresentam as seguintes vantagens


em relação aos fusíveis:
1 - não se destroem na função ativa; simplesmente desligam o circuito, podendo ser
reativados com o passar do tempo;
127
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO PAINEL

2 - apresentam maior vida útil, principalmente se forem corretamente utilizados;


3 - os disjuntores termo-magnéticos podem ser religados por qualquer pessoa, sem
riscos de choque, bastando atuar na alavanca, rearmando-os.

Existem dois tipos de disjuntores de abertura mecânica: os térmicos e os


magnéticos.

Os disjuntores térmicos são os mais usados. Como aplicações típicas têm-se


os motores de pequena potência, circuitos residenciais e cargas de bateria. Podem ser
de rearme automático ou manual.
Nos sistemas em que as sobrecargas são auto-corrigidas usa-se o automático,
que rearma em poucos minutos após a abertura e o subsequente resfriamento.
Apresentam um longo tempo de retardo devido à sua constituição. Essa constituição
será estudada posteriormente na experiência sobre relés térmicos e magnéticos.
Os disjuntores de rearme manual têm um mecanismo que prende a lâmina
térmica uma vez que ela está aberta.
Os disjuntores térmicos podem ser de alavanca ou de botão (push-button, em
inglês).

Os disjuntores magnéticos apresentam aparência externa semelhante, mas


sua constituição interna é bastante diferente. Podem ser projetados para desde poucos
milissegundos até vários segundos.

Aproveitando-se as características de interrupção alta do mecanismo magnético


e a ação mais lenta do dispositivo térmico, constroem-se os disjuntores termo-
magnéticos que atuam bem tanto em variações súbitas de corrente (parte magnética)
quanto em pequena sobrecargas (parte térmica).

O fusível tem como elemento principal um condutor de baixo ponto de fusão


que se queima ao ser percorrido por uma corrente excessiva. A seguir temos algumas
imagens de diversos tipos de fusíveis:

1. Proteção de circuitos de alta corrente:

(a) (b) (c) (e)

Fig. 2.9 - (a) Tipo Faca (b) Tipo Diazed (c) Tipo Rosca (d) Tipo Cartucho de papel

128
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO PAINEL

2. Proteção de circuitos de baixa corrente:

(a) (b) (b) (c) (d)

Fig.2.10 - (a) Cartucho de vidro (b) SMD (c) Microfusível (d) Faca para automóveis

Ao comprar um fusível deve-se especificar o seu tipo, formato, tamanho, além


de outras três especificações que são:
a) limite de corrente;
b) limite de tensão;
c) tempo de ação.

A função passiva do fusível requer que ele seja capaz de conduzir correntes de
carga e mesmo sobrecargas esporádicas para uma duração de serviço de cerca de
vinte anos, sem qualquer mudança de estado que possa afetar sua operação elétrica.
Portanto o fusível deve ser compatível térmica e quimicamente com o meio ambiente,
para que não se deteriore.

Durante a função ativa o fusível deve queimar-se, interrompendo o circuito, pela


ação de uma sobrecorrente. A corrente nominal do fusível é especificada para
determinadas condições de circulação de ar e de temperatura. Como na prática essas
condições são diversas, é sempre conveniente que o fusível trabalhe abaixo do
especificado.

A tensão nominal do fusível especifica um valor máximo de tensão que deve


ficar sobre ele no instante da abertura. Isto é necessário devido à formação do arco
voltaico, que pode ser bastante perigosa, queimando o fusível e o porta-fusível. Em
circuitos de grande potência a manifestação do arco pode ser muito intensa,
ocasionando uma explosão e vários danos. Assim sendo, um seccionamento bem
executado implica que a formação do arco seja conveniente e completamente contida
dentro do cartucho do fusível. Chama-se a esta propriedade “capacidade de ruptura”.
Modernamente constroem-se eficientes fusíveis C.R.A. (Capacidade de Ruptura Alta).

Quanto ao tempo ou modo de ação, os fusíveis podem ser de três categorias:


a. ação rápida;
b. ação normal;
c. ação lenta.

O tempo que o fusível leva para se abrir está relacionado com o nível de
sobrecorrente que passa por ele.
Para elevadas sobrecargas, de dez vezes a corrente nominal ou mais, os
fusíveis abrem-se rapidamente (em aproximadamente 1 ms), independente de sua
categoria.
129
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO PAINEL

Para pequenas sobrecargas, entre 1,3 e 1,4 vezes a corrente nominal, as três
categorias respondem de modo semelhante, gastando de um a dois minutos para abrir.
Entre os dois extremos citados anteriormente é que as categorias se diferenciam
nitidamente. Com uma corrente cinco vezes maior que a nominal, por exemplo, os
tempos de abertura são os seguintes :
a. ação rápida - menos de 1 ms ;
b. ação normal - cerca de 10 ms ;
c. ação lenta - mais de 1 s.

Os fusíveis de ação rápida são comumente empregados na proteção de


instrumentos de medidas e aparelhagens eletrônicas em geral, sendo por isso
construídos para baixos valores de corrente, de cerca de 1 mA até 1 ou 2 A.
Os fusíveis de ação normal são normalmente empregados em instalações
residenciais e indústrias comuns.
Os fusíveis de ação lenta são usados em circuitos nos quais são esperadas
correntes de surto, de certa duração. Também são chamados de fusíveis de ação
retardada, por serem projetados para suportar uma determinada sobrecarga durante
algum tempo, sem se romperem. Casos típicos são os motores elétricos, empregados
em geladeiras, bombas d’água, ar-condicionado etc., que demandam mais corrente no
instante de partida. Essa corrente pode chegar a cinco vezes a nominal.
Durante sobrecargas severas e de longa duração no fusível lento, a solda e a
liga metálica se derretem, juntamente com a mola. Quando sujeitos a uma extrema
sobrecarga, a abertura deve ser rápida e o efeito do arco contido. Neste caso, apenas
a liga metálica de abre, e a mola é puxada para trás, abrindo uma grande distância.

FORMAS DOS FUSÍVEIS

Os fusíveis aparecem no mercado nos mais diversos formatos:


a) Fusível cartucho com corpo de vidro: larga aplicação em eletrônica;
b) Fusível cartucho com corpo de papelão: usado em instalações industriais;
c) Fusível cartucho com corpo de porcelana: usado em instalações industriais;
d) Fusível cartucho com fio externo: usado em automóveis.

Os fusíveis cartuchos destinam-se a conduzir correntes típicas de: 10, 15, 20,
25, 30, 35, 40, 60, 100, 150, 200, 250, 300, 400, 500 e 600 A, para circuitos de luz e
força. Para circuitos eletrônicos, valores típicos são: 100 mA, 200 mA, 250 mA, 500
mA, 1 A, 2 A e 5 A, podendo ser de tamanho pequeno ou grande.

e) Fusível do tipo rolha ou soquete: usado normalmente em distribuição de energia


elétrica em residências, chuveiros etc., normalmente associado a chaves do tipo faca.
É constituído por um corpo de porcelana que tem por fora uma manga rosqueada, de
latão. Na extremidade inferior, um disco de contato, também de latão, e, no seu interior,
o fio fusível que fecha o circuito entre a manga e o disco. São dimensionadas para as
seguintes correntes típicas: 10, 15, 20, 25 e 30 A.

f) Fusível miniatura: usado em placas de circuito impresso. A ligação à placa é feita


por condutores ou conexões de extremo. Esses metais de conexão são usualmente
cobre, latão, aço ou compostos.

g) Fusível tipo casulo (cápsula): Também conhecido por tipo rabicho, é soldado
diretamente aos circuitos, sem a necessidade de porta-fusível.
130
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO PAINEL

Os fusíveis fabricados segundo as normas americanas são para duas classes


de tensão de serviço: 250 V e 600 V; sendo os de 250 V os mais comumente
encontrados.
Muitas aplicações em potências altas requerem fusíveis do tipo baioneta C.R.A.
(Capacidade de Ruptura Alta)

Fig. 2.11 – Fusível tipo baioneta

Os elementos fusíveis neste caso estão contidos em tubos rígidos enchidos com
partículas exotérmicas apropriadas, condutoras de arco, usualmente fechados por
tampas de metal que também transportam os contatos condutores ou conexões de
extremo. Estes metais de conexão são usualmente de cobre, latão, aço ou compostos.

Os fusíveis para potências muito altas, de cartucho comum, trazem em seu


corpo aberturas para escape de gases em caso de curto-circuito. Isso é necessário
porque quando a fusão da liga é muito violenta, há a vaporização do metal, que se
gaseifica e pressiona o corpo do fusível como uma verdadeira bomba.

CUIDADOS NA SUBSTITUIÇÃO DE UM FUSÍVEL

1 - Os fusíveis que se abriram por envelhecimento, condições anômalas de


temperatura ou curto-circuito provocado acidentalmente, podem ser substituídos
diretamente por outros. Os que se queimarem como consequência de um curto-circuito,
só devem ser trocados após a identificação da causa que os queimou;
2 - Os fusíveis que se danificaram por envelhecimento normalmente podem ser
identificados visualmente, pois eles não queimaram, apenas partiram (não falta um
pedaço da liga fusível);
3 - Os fusíveis devem ser retirados do circuito para serem testados com o
ohmímetro;
4 - Para fusíveis de menos de 250 mA, deve ser usada a escala R x 1, pois
escalas maiores podem queimá-los;
5 - Não coloque fios no lugar dos fusíveis;
6 - Sempre substitua fusíveis pelo mesmo tipo e valores nominais especificados;
7 - Atarraxe o fusível fortemente à sua base para que não haja mau contato. Isto
ocorrendo se dá maior liberação do calor, podendo causar dano ao fusível.

131
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO PAINEL

Abaixo dois tipos comuns de porta-fusível:

Fig.2.12 – Porta fusível de rosca Fig.2.13 – Porta fusível de encaixe

FUSÍVEIS ESPECIAIS

1 - Ligações de fio – nos antigos televisores valvulados, os circuitos do filamento


das válvulas costumavam apresentar como fusível apenas um fio delgado e nu,
soldado entre dois batentes de uma tira de metal com bornes no chassi. Um fio calibre
24 AWG de duas polegadas de comprimento, por exemplo, pode suportar uma corrente
de 450 mA. No caso de queima é só substituí-lo por um igual.

2 - Fusistor – resistor de fio usado como limitador de surtos em fontes de


alimentação diretamente ligadas à rede (sem transformador). Seu valor é tipicamente
de 3 a 100 ohms, e queima usualmente com correntes superiores a 1 A. Em geral,
possui conectores de encaixar, de forma que possa ser facilmente substituído.

1. SECCIONADORES DE CHAVEAMENTO

Pode-se dividir os seccionadores de chaveamento, com relação à função que


executam, em 3 grupos principais:
a) Chaves separadoras – São aquelas que têm por finalidade separar um trecho para
manutenção. São usadas normalmente como "chave-geral" em indústrias e, embora
possam conduzir correntes elevadas devidas ao consumo das várias cargas ligadas a
ela, são projetadas para interromper correntes bem menores (por facilidades técnicas e
de custo). Assim, só devem ser desligadas com o circuito desenergizado ou sob pouca
carga (o que é conseguido com a utilização de várias chaves interruptoras
secundárias), sob pena de formação de arco voltaico e ocorrer a sua consequente
danificação.

b) Chaves interruptoras (ou simplesmente interruptores) – São aquelas que têm por
finalidade básica interromper ou não um trecho de circuito, podendo ser ligadas ou
desligadas na sua corrente nominal de trabalho.

Dentre elas, destacam-se aquelas que controlam a aplicação de energia de uma


fonte para uma determinada carga. Assim como uma torneira permite ou não o fluxo de
132
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO PAINEL

água, um interruptor elétrico permite acender ou apagar uma lâmpada, ligar ou desligar
um aparelho eletrônico etc.

Fig.2.14 – Circuito com interruptor Fig.2.15 – Esquema de ligação do interruptor

c) Chaves comutadoras - São aquelas que permitem selecionar uma dentre várias
seções de um circuito ou aparelho.
Um exemplo é o seletor de entradas de programa numa aparelhagem de som.

Fig. – Usando uma chave rotativa na seleção de vários dispositivos de entrada.

Com relação à construção, as chaves podem ser:


a. Mecânicas – São acionadas manualmente, sendo o contato fechado
simplesmente pela junção mecânica de dois condutores que se encontravam
separados. Estão sujeitas, portanto, a falhas devido ao desgaste, sujeira e
oxidação dos terminais do contato.
b. Eletromecânicas - Possuem contatos mecânicos, entretanto seu acionamento
não é manual. Este se dá pela ação de um campo magnético ou pela ação do
calor. Os relés representam estes tipos de chaves.
c. Eletrônicas - Se baseiam em componentes ou circuitos eletrônicos que passam
rapidamente de um estado de condução para um estado de não condução, sem
a utilização de contatos ou artes mecânicas. Dessa forma eliminam as
desvantagens apresentadas pelas chaves mecânicas. O seletor de entradas de
programas do equipamento de som citado anteriormente, normalmente é do tipo
eletrônico. Uma outra aplicação deste tipo de chave encontra-se nos circuitos
digitais. A escolha de dois estados, ligado ou desligado, é a base de
funcionamento dos circuitos lógicos dos computadores. Inicialmente tais
dispositivos baseavam-se em relés eletromecânicos, sendo bastante lentos.
Posteriormente passaram a utilizar válvulas e depois transistores, que operavam
em dois estados extremos: condução e não condução. Na atualidade, esses

133
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO PAINEL

dispositivos de chaveamento são integrados, sendo bastante compactos e


rápidos.

AÇÃO DAS CHAVES

1 - Chaves de contato momentâneo


Retornam à mesma posição quando liberadas pelo operador. Os contatos do
tipo basculante são comuns neste caso.
São de dois tipos:
- Normalmente aberta (N.A.)
- Normalmente fechada (N.F.)

Fig. 2.16 – Símbolos de chaves de contato momentâneo

Estes interruptores são de grande utilidade para introduzir dados e ordens em


uma série de equipamentos, formando usualmente teclados em vários circuitos digitais.

Fig. 2.17 – Micro pushbutton

2 - Chaves de contato permanente


O contato é mantido após o comando ter sido acionado, só sendo alterada a
situação depois do operador efetuar a operação contrária.

Modelos como estes podem ser empregados em eletrônica digital para definir
determinadas condições iniciais.

CLASSIFICAÇÃO DAS CHAVES QUANTO AO NÚMERO DE CONTATOS

A principal especificação de um interruptor ou comutadores refere-se à sua


quantidade de “pólos” e “posições” de cada pólo. Chama-se “pólos” aos contatos
móveis, que são comandados pelo movimento de uma alavanca ou de um cursor. Um
pólo é um contato comum que pode ser ligado a várias vias ou “posições”.

Fig.2.18 – Chave HH Fig. 2.19 – Chave HH Fig. 2.20– Chave HH com alavanca

134
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO PAINEL

As formas principais de acionamento em chaves interruptoras são:


a) Alavanca;
b) Pressão;
c) Cursor deslizante ou girante;
d) Toque.

Tais chaves raramente têm capacidade para mais de dois pólos.

Fig. 2.21– Símbolos de chaves de acordo com o número de pólos e posições

As posições podem ser do tipo ligado-desligado (“ON-OFF”) ou do tipo contatos


reversores (liga a uma via ou a outra).

Descrição Função
a) Um pólo, uma via Simples comutação
(SPST)
b) Dois pólos, uma via Dupla comutação
(DPST)
c) Um pólo, duas vias Reversão simples
(SPDT)
d) Dois pólos, duas vias Reversão dupla
(DPDT)

Fig.2.22 – Símbolos de chaves de acordo com o tipo de contato

O tracejado na simbologia indica que os contatos móveis são interligados


mecanicamente, mas são isoladas eletricamente.

Algumas chaves reversoras do tipo de cursor (comumente chamadas chaves H-


H) podem ser colocadas numa posição central e neutra, onde não é feita qualquer
ligação. Isto é bastante útil quando somente se deseja a ligação de uma única via, que
pode ser desligada ou transferida para uma outra.

Encontram-se no mercado mini-interruptores conhecidos pela denominação em


inglês de micro-switch. Funcionam através de uma lâmina com ação de mola, que se
move para cima ou baixo, geralmente por ação de um objeto móvel em uma máquina.
São muito usadas, por exemplo, em alarmes automotivos, sendo acionadas na
abertura de portas ou malas. Podem ser do tipo NA ou NF, ou podem apresentar
ambos os tipos no arranjo reversível.

Fig.2.23 – Aspecto e
símbolo de um micro-switch

135
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO PAINEL

Encontram-se também interruptores múltiplos, com vários pares de contatos


independentes, do tipo miniatura. São conhecidos pela denominação em inglês de dip-
switch e encontram larga aplicação nos circuitos digitais. A montagem pode ser feita
sobre o circuito impresso.

Fig. 2.24– Aspecto de dois dip-switch (contatos posicionados embaixo ou na lateral)

A tecla ou botão (push-button, em inglês) é um dos tipos mais comuns de


acionamento para interruptores e comutadores.

Os push-buttons, tanto de ação permanente (locking ou latching, em inglês)


como os de ação momentânea (nonlocking ou nonlatching, também em inglês), podem
ser simples ou múltiplos. Estes últimos constituem os teclados, que podem conter
teclas independentes ou de ação simultânea.

Algumas teclas incorporam um dispositivo luminoso para indicar sua ação.


Outras possuem um capuz (parte superior externa da chave) transparente, com uma
indicação escrita da função que a tecla desempenha. Há uma grande variedade de
teclas e capuzes, à escolha do usuário.

Abaixo está o esquema parcial de uma tecla snap-action (ação de mola), de


ação momentânea, montada sobre um circuito impresso:

Fig. 2.25 – Tecla snap-action

Neste tipo especial de tecla, todos os contatos necessários são colocados sobre
o circuito impresso, que serve como suporte. É sempre de contato momentâneo, com
um ou mais contatos que se movem simultaneamente ou não.
136
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO PAINEL

Um dos modelos mais comuns de teclado sobre circuito impresso é o chamado


“rã” ou “perereca”. É constituído de uma plaqueta base sobre a qual se encontra uma
série de pontos de contato fixos. Uma lâmina metálica flexível fica sobre cada um dos
contatos. O centro da lâmina fecha o contato, assim que recebe uma pressão,
curvando-se. Trata-se de um teclado muito sensível ao toque, sendo bastante
empregados em joysticks.

Além de teclas com um contato fixo e outro móvel, existem as teclas com dois
contatos móveis. Estes contatos são constituídos por segmentos curtos de material
condutor. Pressionando-se o comando, as duas lâminas se curvam juntas, e tocam-se
perpendicularmente, formando uma cruz.

Fig. 2.26 – Contatos de chaves

Como um contato desliza sobre o outro, garante-se grande eficácia na sua


limpeza, pois a fricção afasta eventuais partículas de poeira depositadas sobre eles e a
leve ação abrasiva rompe a película de óxido que geralmente as cobre.

As chaves rotativas, como o nome sugere, apresentam um cursor girante preso


mecanicamente ao(s) pólo(s), que vai fechando o contato deste(s) com as posições em
sequência. Podem ser simples, do tipo liga-desliga, ou complexas, desempenhando a
função de comutadores de vários pólos e várias posições. O giro do cursor pode ser
contínuo ou limitado até uma determinada posição.

Fig. 2.27 – Chave rotativa / 1pólo, 5 posições Fig. 2.28 – Chave rotativa / 3 pólos, 3 posições

Os contados podem estar dispostos em “pastilhas” ou em circuito impresso. Os


tipos mais complexos apresentam várias pastilhas. Cada pastilha ou placa de circuito
impresso é confeccionada com uma folha fina à base de resina fenólica; alguns tipos
mais recentes empregam material à base de fibra de vidro, o que provê uma base mais
resistente e estável. Tal material é mais satisfatório no que diz respeito à corrente de
fuga, em condições ambientais desfavoráveis. Os contatos usualmente são revestidos
com prata.

137
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO PAINEL

Um tipo comum de comutador rotativo é a “chave de onda”, empregado em


antigos seletores de canais, em várias funções de comutação em circuitos eletrônicos.
Várias combinações são possíveis: 1 pólo, 12 posições; 2 pólos, 6 posições; 3 pólos, 4
posições; 4 pólos, 3 posições; etc.

Os comutadores rotativos podem ser:


a) Com interrupção (“break before make”);
b) Sem interrupção (“make before break”).

Fig. 2.29 – Comutador rotativo sem interrupção Fig.2.30 – Comutador rotativo com interrupção

Fig. 2.31– Exemplo de chave-de-onda

CHAVES ROTATIVAS COMUTADORAS COM OU SEM INTERRUPÇÃO

O primeiro tipo (B.B.M.) inclui as chaves que interrompem a ligação com o


contato anterior, antes de completar a ligação com o contato seguinte. As do segundo
tipo (M.B.B.) são construídas de forma que o contato móvel toca o contato fixo seguinte
quando o contato anterior ainda se encontra ligado. A finalidade é proporcionar uma
transição mais suave, sem “cliques” e são muito úteis na seleção de escala de um
multímetro, evitando que uma corrente elevada passe pelo instrumento interno.

Uma outra espécie de comutador mecânico é o thumbwheel switch (literalmente


igual a “chave com roda acionada pelo polegar”).

Fig. 3.32– Exemplo de chave Thumbwheel

138
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO PAINEL

São constituídas por uma roda sobre a qual estão escritos dígitos. Quando a
roda é girada, cada dígito apresentado indica a ligação entre uma das várias vias e o
pólo comum (saída decimal). Outras saídas, como o código BCD, são possíveis. As
ligações são feitas através de contatos, do tipo para circuito impresso, localizadas na
parte traseira do módulo. Estes módulos podem ser ligados lado a lado, fornecendo
uma leitura do número da chave ou da posição selecionada.

OUTROS TIPOS DE CHAVES

A figura a seguir mostra outros tipos de interruptores, mais comumente


empregados em eletrotécnica:

Fig. 3.33– Interruptores para


iluminação

Fig. 3.34 – Chave-faca de um pólo (simples)

Fig. 3.35. – Chave-faca de três pólos


(tripla) com porta-fusível

O tipo mais simples é a “chave-faca”, que podem ser simples, duplas ou triplas,
com ou sem porta-fusíveis. As triplas com fusíveis de rosca são comumente utilizadas
em ligações residenciais trifásicas.
Na instalação das chaves-facas, deve-se tomar cuidado para que elas “abram
para baixo” de forma que com o desgaste das articulações, ou mesmo acidental, elas
tendam a abrir e não a fechar. Tal procedimento garante a segurança das instalações.
Pode-se classificar as chaves-faca como a seguir.

139
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO PAINEL

Chaves de Faca
- Simples - Com fusíveis
- Para baixa tensão - Para alta tensão
- De rolha - De cartucho
- Base de ardósia - Base de mármore
- Monopolar - Bipolar - Tripolar
- Para montagem em painel
- Abertura rápida - Abertura normal (lenta)
- Normal - Blindada

Os outros tipos de interruptores mostrados na figura são comumente


empregados para iluminação, ligando ou desligando uma ou mais lâmpadas, e podem
ser classificadas a seguir:

Interruptores
De embutir Comuns
De meio de fio Three-way
De sobrepor Four-way
Tipo pêra (pendente) De alavanca
Simples Rotativo
Duplos De tecla
Triplos Push-button

Na figura com interruptores da página anterior, vêem-se:


a) Chave de alavanca - utilizada para embutir na parede, em instalações residenciais
(chave de embutir), podendo ser simples, dupla ou tripla;
b) Chave do tipo botão (push-button) - em desuso;
c) Chave de alavanca de mecanismo suave - conhecida pelo nome de “silentoque”;
d) Chave-pêra - usada para ligações onde a chave fica pendente;
e) Chave de alavanca externa - usada para instalações em que os condutores não
estão embutidos na parede.

INTERRUPTORES DE ACIONAMENTO REMOTO (Three-way e Four-way)

Fig. 3.36 – Ligação de interruptores


Three-way

A figura acima mostra um comutador de duas vias, em um arranjo conhecido


pela denominação, em língua inglesa, three-way. As chaves permitem o controle
independente de uma carga, a partir de dois locais situados afastados um do

140
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO PAINEL

outro. Para controlar mais locais, deve-se utilizar para cada um deles um
interruptor four-way, além dos dois three-way em cada extremidade.

Fig. 3.37 – Ligação de interruptores para acionamento de três ou mais pontos

PRÁTICA

1 - Verifique com o ohmímetro as condições de comutação das chaves fornecidas:

1)___________________________________________________________________

2)____________________________________________________________________

3)____________________________________________________________________

2 - Teste as condições dos fusíveis fornecidos:

1)____________________________________________________________________

2)____________________________________________________________________

3)____________________________________________________________________

QUESTIONÁRIO

1 - Responda:

a) O que é uma chave de onda? Por que ela tem esse nome?
Resp.: _______________________________________________________________
_____________________________________________________________________

b) Cite aplicações para:

 Chave N.A.:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

141
CEFET/RJ – CTE - Curso Técnico de Eletrônica – Apostila de Laboratório – 1º ANO PAINEL

 Chave N.F.:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________

c) Sabendo que um televisor P&B tem potência máxima de 60 W, dimensione o fusível


apropriado para a sua fonte.

d) Como você acenderia uma lâmpada a partir de quatro lugares distintos?

Proposta de atividade:

Montagem de um Painel de Three-Way.

142

Vous aimerez peut-être aussi