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HABITAÇÃO

políticas, planos e instrumentos

Profª Drª Luciana de Oliveira Royer


AUP 276

FAUUSP

AUP276 – Planejamento Urbano: Introdução


2º Semestre - 2016
SUMÁRIO

• Características da urbanização no Brasil

• Déficit habitacional

• Breve histórico da política habitacional brasileira

• PNH e PLANHAB

• MCMV

• Desafios e possibilidades

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2º Semestre - 2016
Características da urbanização no Brasil

Características principais da formação das cidades brasileiras:

• urbanização excludente
• dissociação crônica entre política urbana e habitacional
• fragmentação do espaço urbano

• contínuo crescimento e adensamento da periferia das grandes


cidades

• aprofundamento da segregação e exclusão sócio-territorial

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2º Semestre - 2016
Características da urbanização no Brasil

• Caráter da miséria social e da violência que marca nossa


urbanização

• Industrialização com baixos salários, independente da formalidade


das relações de trabalho e emprego, gerou como “subproduto” as
cidades ilegais e precárias.

• Em 1940, o Brasil tinha 18,8 milhões de habitantes residindo em


cidades, enquanto que em 2000 esse número era de 138 milhões e
em 2010 aproximadamente 160 milhões

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2º Semestre - 2016
Características da urbanização no Brasil

Industrialização com baixos salários:

Em 1960, os 20% mais pobres detinham 3,5% da renda


nacional, enquanto que os 10% mais ricos, detinham
39,7%.

Em 1990, essa relação mudou para 2,3% da renda para


os 20% mais pobres e 49,7% para os 10% mais ricos
(IPEA, 1993).

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2º Semestre - 2016
Quadro da urbanização no Brasil

Moradias improvisadas embaixo de pontes e viadutos, ocupação de


morros, várzeas, mangues, igarapés, encostas, fundos de vale, beira de
córregos, rios e represas, poluição de recursos hídricos, poluição do ar,
impermeabilização da superfície do solo, desmatamento de áreas,
enchentes, desmoronamentos, incêndios em edificações deterioradas,
alta densidade habitacional, doenças de veiculação hídrica, doenças
respiratórias, violência urbana, compõem o que Maricato classifica como
a “tragédia urbana brasileira”.

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2º Semestre - 2016
AUP276 – Planejamento Urbano: Introdução
2º Semestre - 2016 Fonte: Karina Leitão e Glaydson Pereira
AUP276 – Planejamento Urbano: Introdução
Foto: João Whitaker
2º Semestre - 2016
AUP276http://www.diarioliberdade.org/archivos/Colaboradores_medios/ingrid/2012-
Fonte: – Planejamento Urbano: Introdução
2º Semestre - 2016
08/comunidade_da_paz_em_itaquera.jpg
AUP276 – Planejamento Urbano: Introdução Fonte: http://agenciat1.com.br/wp-
2º Semestre - 2016 content/uploads/2012/09/2556378-9302-rec.jpg
AUP276 – Planejamento Urbano: Introdução
Fonte: http://blogs.estadao.com.br/jt-
2º Semestre - 2016 cidades/files/2010/06/moinho.JPG
Características da urbanização no Brasil
Brasil: Evolução da Política
Habitacional

• Mercado restrito:
a equação salário/renda e preço da terra/moradia excluiu a população
de menor renda do mercado formal.

• Produção estatal:
não atingiu renda mais baixa e;
não garantiu acesso a terra urbanizada e adequada.

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2º Semestre - 2016
AUP276 – Planejamento Urbano: Introdução
2º Semestre - 2016 Fonte:http://oglobo.globo.com/fotos/2011/10/17/17_M
AUP276 – Planejamento Urbano: Introdução
2º Semestre - 2016
Foto: Luciana Ferrara
AUP276 – Planejamento Urbano: Introdução
2º Semestre - 2016 Foto: Luciana Ferrara
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2º Semestre - 2016
Déficit habitacional

O déficit habitacional é calculado como a soma de


quatro componentes:

• domicílios precários (soma dos domicílios improvisados e dos


rústicos)
• coabitação familiar (soma dos cômodos e das famílias conviventes
secundárias com intenção de constituir um domicílio exclusivo)
• ônus excessivo com aluguel urbano
• adensamento excessivo de domicílios alugados.

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2º Semestre - 2016
Déficit habitacional

Coabitação familiar (43,1%) Mais de 70% do déficit


5,1 milhões de unidades
habitacionais
Ônus excessivo com aluguel (30,6%)

Domicílios precários (19,4%)

Adensamento excessivo de domicílios 1,8 milhões de unidades


alugados (6,9%) habitacionais

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2º Semestre - 2016
Déficit habitacional

Déficit por reposição de estoque e déficit por incremento de estoque


• O conceito de déficit habitacional está ligado diretamente às
deficiências do estoque de moradias.

• Moradias sem condições de serem habitadas pela precariedade das


construções e que, por isso, devem ser repostas.

• Inclui ainda a necessidade de incremento do estoque:


– em função da coabitação familiar forçada (famílias que pretendem constituir um
domicílio unifamiliar),
– aluguel
– Casas e aptos com grande densidade. Inclui-se ainda nessa rubrica a moradia
em imóveis e locais com fins não residenciais.
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2º Semestre - 2016
Déficit habitacional

• Estados da região Norte, além de Maranhão e do Piauí tem forte


presença de domicílios precários. No Maranhão, 61,4% do déficit
são compostos pelos domicílios precários. No Rio de Janeiro, o
percentual de domicílios precários, de 4,7%, é o menor do país.

• Domicílios precários correspondem a menos de 10% do déficit


habitacional de regiões metropolitanas, e a quase 30% do déficit
nas áreas não metropolitanas.

• O ônus excessivo com aluguel é menos expressivo nas


localidades em que há alta presença de domicílios precários.

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2º Semestre - 2016
Déficit habitacional total por unidades da Federação - Brasil - 2010

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2º Semestre - 2016
Déficit habitacional relativo por unidades da Federação - Brasil - 2010

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2º Semestre - 2016
Composição do déficit habitacional por unidades da Federação - Brasil -
2010

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2º Semestre - 2016
Déficit habitacional

DÉFICIT HABITACIONAL POR COMPONENTE


ESPECIFICAÇÃO TOTAL EM RELAÇÃO AO DÉFICIT HABITACIONAL TOTAL %
Precários Coabitação Ônus Adensamento Precários Coabitação Ônus Adensamento
Região Norte 303.261 352.601 121.893 45.687 36,8 42,8 14,8 5,5
Região Nordeste 603.000 923.984 479.541 104.992 28,6 43,8 22,7 5
Região Sudeste 175.238 1.165.196 1.067.265 266.729 6,6 43,6 39,9 10
Região Sul 172.822 309.276 259.799 28.853 22,4 40,1 33,7 3,7
Região Centro-Oeste 89.114 240.255 195.906 35.279 15,9 42,9 34,9 6,3
Brasil 1.343.435 2.991.313 2.124.404 481.539 19,4 43,1 30,6 6,9
Reg Metropolitanas 335.999 1.556.451 1.222.685 301.233 9,8 45,6 35,8 8,8
São Paulo 98.905 646.219 569.802 180.616 6,6 43,2 38,1 12,1

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2º Semestre - 2016
Déficit habitacional

ESPECIFICAÇÃO CLASSES DE RENDIMENTO DOMICILIAR (SALÁRIOS MÍNIMOS) %


sem
0a3 3a5 5 a 10 10 ou mais Total
rendimento
Brasil 3,9 62,7 14,5 13,1 5,8 100,0
Regiões Metropolitanas 3,7 60,0 14,6 14,4 7,2 100,0
Demais áreas 4,2 66,0 14,3 11,4 4,1 100,0

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2º Semestre - 2016
Inadequação domiciliar

Inadequação domiciliar
São considerados inadequados os domicílios que não oferecem
condições satisfatórias de habitabilidade.

Calculada apenas para as áreas urbanas.

Formada por três componentes:


• Carência de infraestrutura urbana,
• Ausência de banheiro exclusivo
• Adensamento excessivo de domicílios próprios.

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2º Semestre - 2016
Cálculo do déficit habitacional

A carência de infraestrutura urbana é o componente da inadequação que


mais afeta os domicílios urbanos.

13 milhões de domicílios urbanos (26,4%) carecem de pelo menos um item


de infraestrutura básica: água, energia elétrica, esgotamento sanitário ou
coleta de lixo.

• Norte: 63,1% de seus domicílios são carentes de pelo menos um


componente da infraestrutura.
• Nordeste e Centro-Oeste: em torno de 43%
• Sul e Sudeste: 23,8% e 11,7% respectivamente.
• Estado de SP: 7,6% apresentam pelo menos uma carência.

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2º Semestre - 2016
Inadequação domiciliar

INADEQUAÇÃO DOMICILIAR
ADENSAMENTO
CARÊNCIA DE
AUSÊNCIA DE BANHEIRO EXCESSIVO EM
INFRAESTRUTURA (1)
DOMICÍLIOS PRÓPRIOS
Relativo aos Relativo aos Relativo aos
domicílios domicílios domicílios
Total Total Total
particulares particulares particulares
permanentes permanentes permanentes
Região Norte 1.900.799 63,1 290.710 9,6 241.601 8,0
Região Nordeste 4.856.713 43,4 538.819 4,8 397.067 3,5
Região Sudeste 2.763.175 11,7 92.728 0,4 766.201 3,3
Região Sul 1.814.615 23,8 53.539 0,7 106.875 1,4
Região Centro-Oeste 1.672.650 43,3 30.112 0,8 72.020 1,9
Brasil 13.007.952 26,4 1.005.909 2,0 1.583.763 3,2

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2º Semestre - 2016
Inadequação domiciliar

CARÊNCIA DE INFRAESTRUTURA
COMPONENTES NÚMERO DE SERVIÇOS
Abastecimento de Esgotamento Iluminação
Coleta de lixo 1 2 3 4
água sanitário elétrica
Região Norte 920.316 1.552.148 43.759 158.681 1.216.119 603.177 73.579 7.925
Região Nordeste 972.788 4.285.161 96.865 598.571 3.920.973 782.962 144.625 8.154
Região Sudeste 1.036.484 1.953.239 174.109 256.977 2.201.458 473.307 80.900 7.509
Região Sul 377.470 1.522.294 28.028 48.839 1.672.492 123.171 18.010 942
Região Centro-Oeste 354.775 1.539.676 17.126 53.986 1.406.716 240.215 24.459 1.259
Brasil 3.661.834 10.852.519 359.886 1.117.055 10.417.758 2.222.832 341.573 25.789

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2º Semestre - 2016
Produção Habitacional Antes do BNH

Fonte:
http://adbr001cdn.archdaily.net/wp-
Conjunto Residencial Prefeito content/uploads/2011/12/132283741
Mendes de Moraes (Pedregulho) - RJ 2_nabil_bonduki_7_c__pia.jpg
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2º Semestre - 2016
Produção Habitacional Antes do BNH em São Paulo
Edifício Japurá - SP

Fonte: http://www.arquivo.arq.br/edificio-japura

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2º Semestre - 2016
Fonte:
http://www.cultura.sp.gov.br/StaticFi
les/SEC/Condephaat/Bens%20Tomb
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VILA MARIA ZÉLIA 2º Semestre - 2016 ados/24268-1985-F.JPG
AUP276 – PlanejamentoFonte: http://www.saopauloantiga.com.br/wp-
Urbano: Introdução
VILA ECONOMIZADORA content/uploads/2014/07/vilaeconomisadora.jpg
2º Semestre - 2016
São Paulo, anos 50

Fonte:http://f.i.uol.com.br/fotografia/2012/01/18/1
16277-970x600-1.jpeg

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2º Semestre - 2016
Fonte:
http://fotografia.folha.uol.com.br/galerias/6165-
sao-paulo-na-decada-de-50#foto-116272

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10/28/2016 2º Semestre - 2016
Breve histórico da política habitacional brasileira

1960 - 70,1 milhões hab - 45,1% urbana

• 1964 - golpe militar - cerceamento dos direitos políticos


• Criação do Banco Nacional da Habitação – BNH e das companhias
municipais e estaduais de habitação (COHAB’s)
• Criação do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço - FGTS e do Sistema
Brasileiro de Poupança e Empréstimo SBPE
• Criação do Serviço Federal de Habitação e Urbanismo – SERFHAU
• Urbanização crescente e expansão das periferias loteamentos clandestinos e
auto-construção

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2º Semestre - 2016
BNH no distrito de Itaquera

Fonte: Cohab,
http://http://unuhospedagem.com.br/revista/rbeu
r/index.php/shcu/article/viewFile/1301/1275

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10/28/2016 2º Semestre - 2016
Breve histórico da política habitacional brasileira

1970 - 93,2 milhões hab - 55,9% urbana

• População urbana supera a rural


• 1973 - constituição das regiões metropolitanas
• 1979 – lei federal de parcelamento e uso do solo urbano (lei 6766/1979)
• Ampliação da ocupação das periferias urbanas
• Construção de conjuntos habitacionais periféricos
• Auto-construção nas periferias
• Movimentos organizados sobre a questão habitacional

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2º Semestre - 2016
Breve histórico da política habitacional brasileira

A opção por grandes conjuntos na periferia das cidades, gerou verdadeiros


bairros dormitórios e requereu elevados custos públicos para levar
infraestrutura urbana às franjas das cidades onde esses conjuntos eram
instalados.

Além da dispersão urbana promovida e desarticulada de preocupações


fundiárias, a adoção exaustiva de soluções uniformizadas, padronizadas e
indiferentes às diversidades regionais do país, gerou um parque
habitacional que apesar de expressivo, revelou-se de qualidade
questionável (BONDUKI, 2002).

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2º Semestre - 2016
AUP276 – Planejamento Urbano: Introdução
2º Semestre - 2016
Foto: CDHU
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2º Semestre - 2016
Fonte: Acervo
AUP276 – Planejamento Urbano: Introdução
2º Semestre - 2016
AUP276 – Planejamento Urbano: Introdução
2º Semestre - 2016
Fonte: Prof. Dr. Nabil Bonduki (aulas)
AUP276 – Planejamento Urbano: Introdução
2º Semestre - 2016
Foto: CDHU
Foto: CDHU

AUP276 – Planejamento Urbano: Introdução


2º Semestre - 2016
AUP276 – Planejamento Urbano: Introdução
2º Semestre - 2016
Fonte: Prof. Dr. Nabil Bonduki (aulas)
AUP276 – Planejamento Urbano: Introdução
2º Semestre - 2016
Foto: Pedro Arantes
AUP276 – Planejamento Urbano: Introdução
2º Semestre - 2016
Fonte: Prof. Dr. Nabil Bonduki (aulas)
AUP276 – Planejamento Urbano: Introdução
2º Semestre - 2016 Fonte: Prof. Dr. Nabil Bonduki (aulas)
Fonte: Elaboração própria. Dados Censo 2010 - IBGE

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2º Semestre - 2016
Breve histórico da política habitacional brasileira

1980 - 119,1 milhões hab - 67,6% urbana

• 1984 - movimento “Diretas Já”


• 1985 - fim do governo militar
• 1985 - Ministério do Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente
• 1987 - Ministério da Habitação, Urbanismo e Meio Ambiente
• 1988 – Ministério da Habitação e do Bem-Estar Social
• 1988 - Constituição Federal (Arts182 e 183)
• Emenda constitucional de iniciativa popular pela reforma urbana

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2º Semestre - 2016
Breve histórico da política habitacional brasileira

1980 - 119,1 milhões hab - 67,6% urbana

• Aumento da favelização

• Programas de construção de habitação popular e de urbanização de


favelas por mutirão auto-gestionários desenvolvidos por prefeituras

• Ocupações organizada de terrenos públicos e privados

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2º Semestre - 2016
Breve histórico da política habitacional brasileira

1990 - 146,8 milhões hab – 75,5% urbana


• 1990 - Criou-se o Ministério da Ação Social, vinculando a política
de habitação às políticas de ação social

• 1994 – Plano Real

• 1995 - Secretaria de Política Urbana, subordinada ao Ministério


do Planejamento e Orçamento, transformada em Secretaria
Especial de Desenvolvimento Urbano (SEDU), vinculada à
Presidência da República até 2002

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2º Semestre - 2016
Breve histórico da política habitacional brasileira

2000 - 169,7 milhões hab - 81,2% urbana

• 2001 – aprovação do Estatuto da Cidade (lei federal 10.257/2001)


• 2003 – criação do Ministério das Cidades
• 2005 – criação do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social
• I e II Conferências Nacional das Cidades (2003 e 2005)
• 2007 – PAC (Programa de Aceleração do Crescimento
• 2008 – PLANHAB (Plano Nacional de Habitação)
• 2009 – MCMV 1 (Programa Minha Casa Minha Vida)
• 2011 – MCMV 2

AUP276 – Planejamento Urbano: Introdução


2º Semestre - 2016
UNIÃO ESTADO SP MUNICIPIO

FNHIS
MINISTERIO CONCIDA SECRETARIA SECRETARIA
DES ESTADUAL DE FPHIS CMH
DAS CIDADES FGH
MUNICIPAL DE FMH
CCFNHIS HABITAÇÃO HABITAÇÃO

SECRETARIA
NACIONAL DE CDHU COHAB
HABITAÇÃO

Estrutura institucional atual da política habitacional


AUP276 – Planejamento Urbano: Introdução
2º Semestre - 2016
Política Nacional de Habitação

Sistema Nacional de Habitação

Sistema Financeiro Sistema de Financiamento


da Habitação - SFH Imobiliário - SFI

Sistema Nacional de Habitação Sistema Nacional


de Interesse Social de Mercado

FNHIS
Caderneta de Poupança
FGTS
Mercado de Capitais
Outros Fundos

AUP276 – Planejamento Urbano: Introdução


2º Semestre - 2016
Plano Nacional de Habitação
Formular uma estratégia para equacionar a médio e longo
prazo o atendimento às necessidades habitacionais do
Brasil, definindo:
• cenários
• metas físicas e financeiras;
• fontes de recursos e subsídios;
• modelagem de financiamento e subsídios
• propostas para a Cadeia Produtiva;
• propostas de Política Urbana relacionada com habitação
• proposta de arranjos institucionais;
• linhas programáticas;
• recomendações para alterações legais e novos estudos
HORIZONTE TEMPORAL DO PLANHAB
Ano –2023
AUP276 – 4 quadriênios
Planejamento Urbano: Introdução
Revisões a cada PPA – 2011,
2º Semestre - 2016 2015 e 2019
PNH e Planhab Implantação da Política Nacional de
• Ampliação das fontes de recursos e subsídios; Habitação

• Priorização das faixas de renda de até 5 salários mínimos, com


ênfase na população de até 3 salários;

• Criação do Sistema e do Fundo Nacional de Habitação de Interesse


Social;

• Adesão de Prefeituras e Governos de Estado ao SNHIS (exigência


de Fundo, Conselho Gestor do Fundo e Plano);

• PlanHab

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2º Semestre - 2016
PNH e Planhab

EIXOS ESTRATÉGICOS DO PLANHAB:


 Modelo de financiamento e subsídios
 Política urbana e fundiária
 Desenho institucional
 Cadeia produtiva da construção civil

A estratégia do PlanHab foi articulada em quatro eixos que precisam


ser implementados simultaneamente com iniciativas claras e bem
delimitadas, gerando resultados no curto, médio e longo prazo.

AUP276 – Planejamento Urbano: Introdução


2º Semestre - 2016
PNH e Planhab

Produtos habitacionais prioritários para atendimento segundo tipos de município

Municípios
Municípios
Regiões Metropolitanas, Capitais e com de 20 a
com até 20
Produto Municípios com + 100 mil habitantes 100 mil
mil habitantes
habitantes
ABD C E FGH IJK
Lote
Lote + Material (32m²) + Ass.
Técnica
Material (32m²) + Assessoria
Técnica
Unidade Casa (40 m²)
Pronta (auto-
gestão / Apartamento
empreiteira)* (51 m²)
Unidade em
Área
Consolidada
e/ou central

AUP276 – Planejamento Urbano: Introdução


2º Semestre - 2016
PNH e Planhab
Estratégias urbanas e fundiárias
PLANHAB: Estratégias urbanas e fundiárias
• Criar condicionalidades urbanas para o acesso aos recursos do SNHIS, buscando pressionar
os municípios e estados para adotarem medidas destinadas a reduzir o custo da terra e
combater a especulação, como os instrumentos do Estatuto da Cidade;
• Inclusão no Plano Municipal de Habitação do dimensionamento da quantidade de terra
necessária para atender a demanda habitacional, por faixa de renda e definição da
estratégia para obtê-la.
• Adoção de instrumentos de política fundiária (zoneamento de interesse social, % de
obrigatoriedade de terras para HIS em novos parcelamentos, IPTU progressivo para imóveis
ociosos) associadas a constituição de “reservas” fundiárias e estratégias de intervenção
no mercado de solos correspondentes ao dimensionamento incluído no Plano Municipal
de Habitação.
• Adoção de Planos de Expansão Urbana como condição para a extensão do perímetro urbano
dos municípios.
• Propor no processo de revisão da Lei 6766/79, em curso no Congresso Nacional, medidas para
ampliar o acesso e baratear a terra legalizada e urbanizada.

AUP276 – Planejamento Urbano: Introdução


2º Semestre - 2016
AUP276 – Planejamento Urbano: Introdução
2º Semestre - 2016
Fonte: http://territoriopoeticocidadetiradentes.wordpress.com/2010/07/23/ola-mundo/
PNH e Planhab
Conteúdo PLHIS – Plano Local de HIS
Diagnóstico Plano de ação

Contexto
• Inserção regional e características do município; • Diretrizes e objetivos
• Atores sociais e suas capacidades; • Provisão, adequação e urbanização:
• Condições institucionais e administrativas; linhas programáticas, programas e ações
• Marcos legais e regulatórios; • Linhas programáticas normativas e
• Oferta Habitacional. institucionais
• Prioridades de atendimento
Necessidades habitacionais • Metas, recursos e fontes de
• Precariedade habitacional; financiamento
• Déficit quantitativo e qualitativo; • Monitoramento, avaliação e revisão
• Demanda demográfica futura;
• Produção habitacional: alternativas, padrões e
custos;
• Quadro geral das necessidades habitacionais.

AUP276 – Planejamento Urbano: Introdução


2º Semestre - 2016
PNH e Planhab

PLANHAB: relação com PEHIS e PLHIS


Conteúdos e procedimentos para elaboração dos PLHIS e dos PEHIS estabelecidos na
publicação Guia de Adesão ao Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social – SNHIS,
produzida pela SNH e do MCidades e Manual do EAD PLHIS.

Conteúdo: Proposta Metodológica


Diagnóstico do setor habitacional
Plano de ação.

PLHIS/PEHIS: Deve ser articulado com o PlanHab


PLHIS: Deve ser articulado com o Plano Diretor

AUP276 – Planejamento Urbano: Introdução


2º Semestre - 2016
PNH e Planhab

PLANHAB: Dificuldades do PEHIS e PLHIS

• Conteúdo ambicioso

• Capacidade institucional dos municípios brasileiros é limitada e desigual;

• Falta de estrutura do setor habitacional – ação voltada para execução de obras;

• Pouco valorizado por tomadores de decisão (gestores e dirigentes do setor


habitacional e do governo) – “habitação é apenas construção de casas”

AUP276 – Planejamento Urbano: Introdução


2º Semestre - 2016
PNH e Planhab

PLANHAB: Dificuldades do PEHIS e PLHIS

Priorizar a elaboração do Diagnostico;


Priorizar a identificação e caracterização dos assentamentos;
Identificar as tipologias de intervenção

Identificar e mapear áreas adequadas para Habitação


(quantidade = atendimento do déficit acumulado e demanda demográfica futura)

Diferenciar o conteúdo do PLHIS em função do estágio de desenvolvimento institucional


de cada município e das especificidades locais e regionais.

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2º Semestre - 2016
PNH e Planhab

ZEIS – Zonas Especiais de Interesse Social

 Identificar e reservar a terra, onde serão construídas as novas HIS, com vistas a
estabelecer condições mais favoráveis para o acesso das famílias de baixa renda à
terra urbanizada e cumprimento da função social da propriedade.

 Avaliação dos Planos Diretores produzidos, coordenadas pelo sistema


CONFEA/CREAs e pelo IPPUR/UFRJ, em parceria com o Ministério das Cidades,
estima-se que cerca de 80% dos Planos Diretores contemplaram a criação de ZEIS,
depois de aprovado o Estatuto da Cidade.

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MCMV

MCMV 2 – ampliação do nº de unidades de 40% para 60% no atendimento


à FAIXA 1

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MCMV
Mais subsídio para baixa renda
Maior acesso a financiamento pelo FGTS
Redução do risco do financiamento
Redução do prêmio do seguro – MIP e DFI

* A cobertura do Fundo Garantidor é somente para operações de financiamento com


recursos FGTS **Para a FAIXA 1 – Recursos OGU e FAR, não há cobrança de seguro,
no entanto há coberturas de MIP e DFI
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MCMV

• http://www.usp.br/fau/depprojeto/labhab/biblioteca/t
extos/ferreira_2012_produzirhab_cidades.pdf

• http://www.labcidade.fau.usp.br/arquivos/relat%C3
%B3rio.pdf

• https://www.ufmg.br/online/arquivos/anexos/livro%2
0PDF.pdf

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Desafios e possibilidades

Política setorial de habitação e governança metropolitana


• Do mesmo modo que o mercado imobiliário não respeita os
limites entre os municípios na formação do preço das unidades
habitacionais, a gestão política do espaço demanda uma
intervenção a partir de outras estruturas de governança.

• Não há, portanto como compreender a dinâmica habitacional, de


mobilidade urbana, sem olhar para todo o conjunto da metrópole.

• Conflitos e problemas existentes nesse tecido urbano não tem


como serem equacionados e resolvidos no âmbito municipal.

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Desafios e possibilidades

Frágil articulação da política urbana e habitacional

Continuidade do processo de periferização da população de


menor renda e de construção de habitações em áreas
distantes ou com urbanização inadequadas ou ainda muito
distantes dos centros de trabalho

Aumento de investimento e atendimento para baixa renda

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Desafios e possibilidades

Consolidar o SNH
Garantir maior aderência dos investimentos ao déficit habitacional
Articular a política habitacional com a política urbano- fundiária

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Bibliografia

ABRUCIO, Fernando L.; SANO, Hinoboru; SYDOW, Cristina T. Radiografia do associativismo territorial brasileiro: tendências,
desafios e impactos sobre as regiões metropolitanas. In KLINK, Jeroen (Org.) Governança das metrópoles: conceitos,
experiências e perspectivas. São Paulo: Annablume, 2010.

BRASIL. Ministério das Cidades. “Plano Nacional de Habitação -2008-2023”

BRASIL- MINISTÉRIO DAS CIDADES / DENALDI, ROSANA. (org.). Curso à Distância: Planos Locais de Habitação de
Interesse Social. BRASIL- MCidades, 2009.

BRASIL. Ministério das Cidades. Secretaria Nacional de Habitação. Guia de adesão ao Sistema Nacional de Habitação de
Interesse Social - SNHIS. Brasília: 2008.

BRASIL. Ministério das Cidades. Secretaria Nacional de Habitação/ Centro de Estudos da Metrópole/ CEBRAP. Capacidades
administrativas, déficit e efetividade na política habitacional. Brasília: Ministério da Cidades, , 2007.

BRASIL. Assentamentos Precários no Brasil Urbano. Eduardo Marques (Coord.) e outros. Brasília: Ministério das Cidades/
Centro de Estudos da Metrópole/ CEBRAP, 2007.

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Bibliografia

DENALDI, Rosana e AKAISHI, Ana G. Curso sobre PLHIS ministrado junto ao governo do estado de Mato Grosso. 2012

FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO / MINISTÉRIO DAS CIDADES. “Déficit Habitacional no Brasil 2007”. Belo Horizonte:
Fundação João Pinheiro, 2009.

VAINER, Carlos. As escalas do poder e o poder das escalas? O que pode o poder local? Cadernos IPPUR:
Planejamento e Território: ensaios sobre a desigualdade, Rio de Janeiro, v.15, n.2/v.16, n.1, p.13-32,
ago./dez. 2001 – jan./jul. 2002.

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