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Nas reações múltiplas, do tipo paralelas, séries e mistas, escolhe-se o produto desejado e os demais
subprodutos como indesejados. Por exemplo, nas reações em paralelo do tipo AP e AR, escolhe-
se P como produto desejado e S como indesejado. Além disso, parte dos reagentes passa pelo reator
sem reagir, isto é, todos os casos com conversão inferior a 1. A quantidade de produto formado é
inferior a quantidade de produto esperado, se houvesse a transformação total do reagente em um
único produto.
Rendimento relativo
a 1
A
rnA 0 nA
onde 1 é o número de mols transformados de A em R, e n A é o número de mols transformados de A
no instante t.
Rendimento relativo
a 1
op
rn 0
Seletividade, S:
a1 1
S
a2 2
onde nA 0 nA é o número total de mols reagidos e n0 é o número total de mols alimentados. O
fator a relaciona as coeficientes estequiométricos da reação principal e 2 é o número de mols de A
transformados em produto indesejado, a1 é o coeficiente estequiométrico da 1ª reação e a2 é o
coeficiente estequiométrico da 2ª reação. Quanto maior o valor de S maior a seletividade da reação.
Nota-se que o rendimento relativo é sempre maior que o rendimento operacional. Se o reagente em
excesso for facilmente recuperável ou de custo desprezível é preferível empregar rendimento
operacional, caso contrário usa-se o relativo.
A seletividade é um critério muito importante no caso de reações múltiplas. No reator CSTR ideal
existe mistura perfeita, mas quanto ao rendimento e a seletividade, cabe lembrar, a mistura não
favorece certos tipos de reação onde o contato intensivo entre os reagente pode favorecer uma
reação secundária, paralela, que permita a formação de um produto indesejado. No PFR ideal a
mistura não é favorecida, e aí, nesse caso o PFR é mais favorável.
Finalizando, com base nesse tipo de raciocínio é sempre mais conveniente usar reatores do tipo CSTR
quando baixos valores de concentração são necessários na entrada do reator e PRF quando se quer
pequenas variações de concentração.
Deve-se ainda ressaltar que o rendimento e a seletividade são grandezas locais pata o PRF, pois a
concentração e a conversão variam com a posição, enquanto que no CSTR os valores de rendimento
e seletividade locais e globais são idênticos, pois a conversão varia com o tempo de reação.
O rendimento global em um PFR é dado por
C
1 Af
C A 0 CA CA 0
A A dC A
Reações paralelas
Seja o caso de reações em paralelo do tipo AP e AR, escolhe-se P como produto desejado e S
como indesejado.
k1
A Prp k 1C aA1
k2
A Srp k 2C aA2
rP t rP t rP
A
rA t rR rP t rR rP
k 1C aA1 1
A
k1C A k 2C A 1 k 2 Ca2a1
a1 a2
k A
1
O rendimento global em um PFR é dado por
C
1 Af
1
A
C A 0 CA CA 0 k 2 a2a1
dC A
1 C A
k1
Para o CSTR, entretanto o rendimento global é dado por:
1
A
k 2 a2a1
1 C A
k1
Se a1> a2 usa-se CA alta para a obtenção de altos rendimento e seletividade (reator PFR)
Se a1<a2, usa-se CA baixa para a obtenção de altos rendimento e seletividade (reator CSTR)
Efeito da temperatura:
k 10 eEa1 / RT C aA1 k 10 Ea1Ea2 / RT a1a2
S e CA
k 20 eEa2 / RT C aA2 k 20
Onde
20000
k 1 5,0x10 2 exp mol / s.m³.bar
RT
40000
k 2 6,5x10 3 exp mol / s.m³.bar
RT
20000
k 3 2,1x102 exp mol / s.m³.bar
RT
onde RT é dado em J/mol.
Em que temperatura o reator deve operar para que se obtenha 20% de seletividade para D. (um mol
de A reage através da reação 3 para cada 5 mols de A reagidos)