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Ondas e Electromagnetismo

O CAMPO MAGNÉTICO
LEI DE AMPERE

Célia T. de Sousa – Escola Superior de Biotecnologia da UCP – Ano lectivo 2017/2018


O campo magnético

Campos magnéticos Campos magnéticos criados


vs
criados por imanes. por cargas em movimento.
E
P
r
+q B
v

      

 Os campo magnéticos podem ser produzidos por materiais magnéticos (imanes) ou


por cargas em movimento;
 As linhas de força do campo magnético são fechadas, começam num polo e
terminam no outro;
 As linhas magnéticas nunca se cruzam;
 As linhas de força magnética existem através de todos os materiais na presença de
campo, quer magnéticos ou não-magnéticos.
O campo magnético

Campo Campo
Eléctrico magnético

Cargas em

   0
repouso 4  

Cargas em

         
movimento 4  
≪

Corrente   0;  
eléctrica  Lei de Ampére
Lei de Ampére

Lei de Ampere para o Campo Magnético


 Um fio rectilíneo percorrido por uma corrente I, dá origem a um
campo magnético B perpendicular, a uma distancia, r.

 
 
 Campo magnético:
2
µ0 = permeabilidade do vazio
I = Corrente eléctrica uT = vector tangente ao circulo de raio, r
Lei de Ampére

Lei de Ampere para o Campo Magnético

 Para calcular B em torno de da corrente I:  . !


 
 Força magnetomotriz, fmm    !    !  #  $2 %
" " 2

 Dado que L=2πr

 Lei de Ampére:   !   
µ0 = permeabilidade do vazio
I = Corrente eléctrica

A circulação do campo magnético ou fmm ao longo de uma linha fechada


é igual à corrente total no interior da trajectória.
Fluxo Magnético

O conjunto de todas as linhas de campo que


“saem” do pólo norte e “entram” no pólo sul de
um imã é denominado de Fluxo Magnético - φ

http://phet.colorado.edu/pt_BR/simulation/
faraday

A unidade do fluxo magnético no SI é o Weber (Wb). 1weber=1x108 linhas do


campo magnético.

A densidade de fluxo magnético é o fluxo magnético por unidade de área de


uma secção perpendicular ao sentido do fluxo. A equação para a densidade de
fluxo magnético é:
B- Wb/m2 - TESLA(T)
Fluxo Magnético

O fluxo do campo através de cada elemento


de superficie ΔA, é: r
∆Φm = E .n .∆ A
O fluxo do campo através de qualquer
superficie é dado pelo somatório de todos os
elemento de superficie ΔA. No limite, ΔA tende para
zero: r
Φ m = lim
∆A→ 0
∑ B .n ⋅∆ A
Então o fluxo do campo eléctrico atravez de uma superficie fechada é dado por:

Φm = ∫B n ⋅ dA
1) O círculo no integral indica que a integração é feita sobre uma superfície fechada.

2) A unidade de fluxo, em S.I., B- Wb/m2 - TESLA(T).


Fluxo Magnético

Lei de Gauss para o Campo Magnético

As linhas de força do campo magnético são


sempre fechadas.

∫B n ⋅ dA = 0

O fluxomagnético atravez de uma


superficie fechada é sempre nulo.
Exemplo 1

Campo magnético produzido por uma corrente


a
ao longo de um fio condutor cilíndrico muito
comprido.

  !  !  #   $2 % r
" " B
B
 
Se r>a: 2     
2

Se r<a ( se I estiver na superfície do cilindro):   0


*
Se r<a ( se I estiver uniformemente distribuída I´ ' *   '*
() )
no cilindro):
+, ' *  
2    ´= * 
)
2 &
Ondas e Electromagnetismo

O CAMPO
ELECTROMAGNÉTICO

Célia T. de Sousa – Escola Superior de Biotecnologia da UCP – Ano lectivo 2017/2018


Leis para o campo eléctrico e magnético

Campo Campo
Eléctrico magnético
Cargas em

   0
repouso 4  

Cargas em

         
movimento 4  
≪

Corrente eléctrica   0;         


 

Lei de Gauss       0

O campo eléctrico e magnético

Campos magnéticos Campos magnéticos criados


vs
criados por imanes. por cargas em movimento.
E
P
r
+q B
v

      

Corrente eléctrica
Campo eléctrico Campo magnético
E B
O campo electromagnético

Campo eléctrico Corrente eléctrica Campo magnético


E B

Campo
electromagnético
As ondas eletromagnéticas são campos eletromagnéticos propagantes.

Notem que os campos elétrico e magnético oscilam em direções perpendiculares


entre si e perpendiculares à direção de propagação da onda.
O campo electromagnético

Corrente eléctrica é capaz de


induzir um campo magnético:

     
O campo electromagnético

Campo magnéticos induzidos por correntes eléctricas.

Aplicações:
- Ressonância magnética nuclear
- Aceleradores de partículas
- Espectroscopias
- ….

Correntes eléctricas induzidas por Campo magnéticos?


Aplicações:
O campo electromagnético

Campo Correntes
magnéticos eléctricas
induzidos por induzidas por
correntes Campo
eléctricas magnéticos
Corrente eléctrica, I Fluxo constante de cargas Origem de correntes
eléctricas ao longo do eléctricas constantes
tempo

Campo magnético Origem de campos Fluxo de campo


magnéticos constantes magnético ao longo do
tempo
O campo electromagnético
Lei de Faraday-Henry

Lei da Indução de Faraday-Henry


"#$
fem=! (V)
"
A variação do fluxo magético induz uma
força electromotriz, ε (ou fem)

fem=∮  Φ& =∮ . S

"#$ 
fem=!    ! ) . *
" (
Movimento de condutores num campo magnético

Condutor em movimento dentro de um campo magnético

 Consideremos um condutor metálico, a mover-se com velocidade V,


perpendicular às linhas de um campo magnético B.

N
B

V
V

B
S
Vista de Cima
Movimento de condutores num campo magnético

Condutor em movimento dentro de um campo magnético

 Com o movimento do fio


condutor, cada elétrão
livre do mesmo fica
sujeito a uma força e
V
magnética, que pode ser FM
determinada pela regra
da mão direita para
cargas negativas.

B
Vista de Cima
Movimento de condutores num campo magnético

Condutor em movimento dentro de um campo magnético

• Devido ao deslocamento
do condutor, teremos
uma acumulação de
elétrões na parte
inferior do condutor, e
V
fazendo com que essa FM
extremidade adquira
um potencial elétrico
negativo.
B
Vista de Cima
Movimento de condutores num campo magnético

Condutor em movimento dentro de um campo magnético

• Devido a esse mesmo


deslocamento, teremos
uma falta de elétrões
(excesso de protões) na
parte superior do e
condutor, fazendo com V
que essa extremidade FM
adquira um potencial
elétrico positivo.
B
Vista de Cima
Movimento de condutores num campo magnético

Φ& =∮ . S=B.S=B l x
x

Φ&
+,-  !
l (
"
e
V fem=- .B l x)
"
FM "
fem=- .B l )=B l v
"

B
Vista de Cima
fem=-B l v
Movimento de condutores num campo magnético

Condutor em movimento dentro de um campo magnético

• Podemos então dizer que


devido ao movimento de
um condutor num campo
magnético uniforme foi
criada uma diferença de
potencial entre as e
V
extremidades do FM
condutor. Essa ddp é a
força eletromotriz
induzida (fem).
B
Vista de Cima
Bobina de rotação

+,-  / .   E 0 1
x E=vB
2  3,45 ,  =0

l fem=23,4θ v=ωr

fem=ωBS sen ωt

dΦ$
Φ& =∮ . S=B.S.cosωt +,-  ! ωBSsenωt
"
Exemplo 1

Calcule a fem induzida num circuito plano


composto por N voltas, com uma de área S,
colocado perpendicularmente a um campo
magnético uniforme que varia sinusoidalmente
com o tempo a uma frequência ω.

= senωt
Φ& =∮ . S=B.S.senωt, em cada espira
Φ& =NB.S.senωt, em N espiras
dΦ$
+,-  ! -N S ω B cosωt
"
Ondas e Electromagnetismo

O CAMPO
ELECTROMAGNÉTICO
LEIS DE MAXWELL

Célia T. de Sousa – Escola Superior de Biotecnologia da UCP – Ano lectivo 2017/2018


O campo eléctrico e magnético

Campos magnéticos criados por cargas em movimento.

E
P Campo Campo
r
+q B Eléctrico magnético
v Cargas em

   0
4   
repouso

Cargas em

         
movimento 4  

≪
O campo electromagnético

Campo eléctrico, E Corrente eléctrica Campo magnético, B

Campo electromagnético

Campo Eléctrico Campo magnético


Corrente eléctrica
  0;        

      0
Lei de Gauss

"#$
f.e.m.
fem=∮  fem=!
"

   ! ' . )
Lei de Faraday
&
Lei de Ampère-Maxwell

B variável no tempo
Lei da Indução de Faraday-Henry

"#$
fem=! fem=∮ 
"

   ! ' . )
&

B
B constante no
tempo,
Lei de Ampère:      Campo magnético
estático
Lei de Ampère-Maxwell

Lei de Ampère:     



*   *    )
& &
Se o campo magnético, B, variar no tempo:

Lei de Ampère-Maxwell

 Lei de Ampère-Maxwell relaciona o campo


      *    ) eléctrico gerado por uma corrente dependente
& do tempo com o campo magnético gerado.

A existência de um campo eléctrico dependente do tempo origina um campo magnético, tal que a
circulação do campo magnético ao longo de uma qualquer trajectória fechada, é proporcional á taxa
de variação temporal do fluxo eléctrico através de uma superfície limitada por essa trajectória.
Equações de Maxwell (forma integral)

 As quatro equações de Maxwell expressam, respectivamente, como é que cargas


eléctricas produzem campos eléctricos (Leis de Gauss), como é que a corrente eléctrica
produz campo magnético (Lei de Ampère), e como é que as variações de campo
magnético produzem campos eléctricos (Lei de indução de Faraday).
Lei de Faraday - Lenz

   ! ' . )
  
Lei de Gauss para o
&
campo eléctrico 
Lei de Ampère - Maxwell

   0 
Lei de Gauss para o
campo eléctrico       *    )
&

 Maxwell, em 1864, foi o primeiro a colocar todas as quatro equações juntas e perceber que era
necessário uma correcção na lei de Ampère: alterações no campo eléctrico atuam como correntes
eléctricas, produzindo campos magnéticos.
 Além disso, Maxwell mostrou que as quatro equações, com sua correcção, predizem ondas de
campos magnéticos e eléctricos oscilantes que se propagam no espaço vazio à velocidade da luz —
usando os dados disponíveis na época, Maxwell obteve a velocidade de 310.740.000 m/s .
Aplicações em circuitos eléctricos

1. Auto-indução

2. Oscilações eléctricas livres

3. Circuitos com corrente alternada


1. Auto-indução

Se considerarmos o seguinte circuito eléctrico percorrido por uma corrente I:

Segundo a Lei de Ampére podemos dizer que o fluxo do campo magnético na espira
devido à corrente que a percorre é dada por: +,  -,

O coeficiente, L, depende da forma geométrica do circuito e designa-se Auto-


indutância (Unidades: Wb A-1 = H – Henry)

Se a corrente variar ao longo do tempo, o fluxo magnético também varia e de acordo


com a lei de Faraday, induz-se uma fem no circuito, que neste caso que designa de
2+, 2,
auto-indução:
./0  1-  !  !-
23 23
2. Oscilações eléctricas livres

Três parâmetros que caracterizam o fluxo de cargas através de um circuito eléctrico:

1. Resistência, R 47  8 
2. Capacidade, C 49  /;
3. Auto-indutância, L 
45  !6
&
Se considerarmos um circuito RLC, onde se aplica uma
fem, a corrente eléctrica, I, começa por carregar o
condensador, origina um fluxo magnético variável na
bobine e uma queda de potencial através da resistência.

45  8 * ou 8  !6 !
; & ;
3. Circuitos com corrente alternada

Se considerarmos a variação em ordem ao tempo:


<
8 *  45 + 40 senωt
9
4  4 0 senωt
Sendo VL=-L(dI/dt):

8  !6
"> <
! + 4 0 senωt
~
" 9

   ?@ABC& ! DE

I0 = amplitude da corrente
ω = frequência
α = fase da corrente em relação à fem aplicada
1. Auto-indução: exemplo

a Determine a auto-indução de um circuito composto


por duas laminas cilíndricas coaxiais com raios a e b
sendo que o material entre elas é um dieléctrico com
b permeabilidade µ. Cada uma das laminas é
I
percorrida por uma corrente I com sentidos opostos
I tal como ilustrado na figura.
Φ>  ' )
G,
Segundo a Lei de Ampére : F 
HIJ ΦL  LI

T Q> Q>R T " Q>R T


Φ>  V )= VU S   V  A
S U  S U

#P QR T
ΦL  LI , L  = A
> S U
Exemplo2

A indutância de uma bobine compacta de 400


espiras é 8 mH. Calcule o fluxo magnético através
da bobine quando a corrente e 5 mA.

Para N espiras: N ΦL  LI

! 3 !3
6 8  10  5  10
ΦL  
X 400

! 7
ΦL  5  10 ^
Exemplo 3

Uma bobine circular com raio de 10 cm é formada por 30 espiras


de cobre enroladas muito próximas umas das outras. Um campo
magnético externo de 2.60 mT é aplicado perpendicularmente à
bobine.
(a) Se não houver corrente na bobina, qual é o
fluxo através dela?
(b) Quando a corrente na bobina é de 3.8 A. Qual é a indutância da
bobina?
Ondas e Electromagnetismo

ONDAS
ELECTROMAGNÉTICAS

Célia T. de Sousa – Escola Superior de Biotecnologia da UCP – Ano lectivo 2017/2018


Luz

 A luz é a energia transmitida pela


vibração de cargas eléctricas.
 Esta energia propaga-se sob a forma de
uma onda com componentes eléctrica e
magnética.

 A luz visível constituí apenas uma pequena fracção das ondas electromagnéticas,
que também podem ser ondas de radio, raios x, raios ultravioletas e
infravermelhos.
 Luz solar: atmosfera terrestre é transparente à luz visível, a uma parte da radiação
infravermelha e bastante opaca às ondas electromagnéticas UV e de alta frequência,
o que possibilita a vida na Terra.
O Arco-íris de Maxwell

James Clerk Maxwell:


- raios luminoso = ondas
eletromagnéticas
- óptica (luz visível) = ramo do
eletromagnetismo

Meados do séc. XIX:


- espectro = UV-Vis + IR
1831-1879
Heinrich Hertz:
- gerou ondas de rádio
- velocidade das ondas

Heinrich Hertz
Ondas Electromagnéticas – Classificação geral

• Ondas de rádio

• Microondas

• Infravermelhos

• Visível – “Luz”

• Ultravioleta

• Raios X

• Raios Gama
Ondas Electromagnéticas – Classificação detalhada

Comprimento de
onda e
frequência
Espectro Electromagnético

comp. de onda
(em metros)

longo curto
tam. de um
comp. de onda campo de bola de baseball célula bactéria vírus proteína molécula de água
futebol casa
nome comum
da onda infravermelho ultravioleta raios-x “duros”
ondas de rádio

visível
micro-ondas raios-x “moles” raios gama

fontes
rádio FM forno
cavidade radar elementos
rádio AM
micro-ondas pessoas lâmpadas ALS máq. de radiativos
rf raios-x
freqüência
(Hz)
energia de baixa alta
um fóton
(eV)

Não tem limites definidos, nem lacunas.


Sensibilidade do olho humano

adaptado
sensibilidade relativa à luz

adaptado
ao escuro

comprimento de onda (nm)

Diferente para ambientes iluminados e não-iluminados


Aplicações

 Ondas de rádio: - “cirurgia por radiofrequência”


ou “tratamentos estéticos por radiofrequência”
 Infravermelhos: pulsímetro, oximetro,
termogramas, etc
 Visível: endoscopoias, oftalmologia, etc
 Raios X: radiografias, TAC, diagnostico e
tratamento…
Movimento ondulatório: Ondas
Ondas

Onda:

"Perturbação do meio caracterizada


pelo transporte de energia e de
quantidade de movimento, sem o
transporte de matéria."
Ondas

Quanto à natureza, nós classificamos as ondas em:

Ondas mecânicas - oscilações de um meio elástico,


portanto necessitam de meio material para existir.

Ondas eletromagnéticas - produzidas pela vibração de


cargas elétricas (não necessita de meio material para se
propagar);
Ex.: a luz ou as ondas de rádio e TV, que podem propagar-
se no vácuo, ar, água etc.
Ondas
Tipos de onda
1. Ondas transversais: são aquelas em que a direção de propagação é
perpendicular à direção de vibração (ondas electromagneticas).
2. Ondas longitudinais: são aquelas em que a direção de propagação
coincide com a direção de vibração (ondas sonoras).

3. Ondas mistas: são aquelas em que as partículas do meio vibram


transversal e longitudinalmente ao mesmo tempo.
Ondas

Componentes de uma onda

As ondas podem ser caracterizadas por:


•Comprimento de onda
•Frequência
•Amplitude
•Velocidade de propagação
Ondas: descrição do movimento ondulatório

x0
X

Função que descreve a onda:        → 

Se a onda se propaga no tempo, então:


 (v=velocidade de fase, t=tempo)

Se a onda se move para a direita: ,     


,     
Se a onda se move para a esquerda: ,     
Ondas: descrição do movimento ondulatório

x0
X

Função sinusoidal que descreve a onda:  ,        

Onde a constante k é dada por: 



λ
 ,       
,       
λ

   
Onde ω é a frequência angular: λ
Equação geral do movimento ondulatório

x0
X

Equação do movimento ondulatório:


  
 

 
Solução da equação do movimento ondulatório:
,     
Ondas: descrição do movimento ondulatório

x0
X


Sendo ω é a frequência angular: 
λ
E sendo:   

Então: 
λ
f
Ondas
Polarização das Ondas
A polarização de uma onda que se propaga numa corda, ocorre quando ela
atravessa uma fenda após a qual só é possível oscilar num plano.

Após a fenda (F), a onda oscila num plano (bidimensional). Dizemos, então,
que a onda foi polarizada linearmente.
Só é possível polarizar ondas transversais; as longitudinais não sofrem
polarização.

Estas ondas também podem ser polarizadas circulrmente, movendo em


circulo em torno do seu próprio eixo.
O que é que se propaga no movimento ondulatório?

Não é a matéria que se propaga, mas sim o seu


estado de movimento ou condição dinâmica:

No movimento ondulatório propaga-se


ou transfere-se energia ou momento

A intensidade (I) de uma onda é definida pela


energia (E) que flui por unidade de tempo
através de uma área (A) perpendicular à
direcção de propagação da onda:

 ! (ms-1)(Jm-3)

"!
 #  !#
"
Ondas – Efeito de Doppler

O que é que acontece se as ondas são emitidas por um


objecto que está em movimento com relação ao
observador? – Efeito de Doppler -

Presente hoje na medicina, nas comunicações, na astronomia, nos transportes entre


outras; o efeito Doppler é utilizado para medir a velocidade de objectos através de
ondas que são emitidas por aparelhos baseados em radiofrequência ou lasers como,
por exemplo, os radares.
Ondas – Efeito de Doppler

Equação de Doppler:
Ondas electromagnéticas planas

O campo eléctrico e magnético são perpendiculares e


propagam-se numa direcção perpendicular a ambos.

Se Ex=0, Ey=E, Ez=0 e Bx=0, By=o, Bz=B, os campos


eléctricos e magnéticos satisfazem a equação de onda:

 $ 

$  % 

%
 
   

Onde B e E se propagam na direcção do eixo dos XX.


Ondas electromagnéticas planas

A velocidade de propagação das ondas


electromagnéticas é dada por:

& &
 * &/ =3x108m/s
'( &/ ' (

Os campos eléctricos e magnéticos podem ser


expressos por:

,      E    * B    *

Se considerarmos as ondas harmónicas com


frequência f=ω/2π e comprimento de onda: λ=2π/k:

E $   * e B %   * sendo: $  *%


Ondas electromagnéticas: Energia e Momento

Densidade de energia do campo eléctrico (Ee) e magnético (Em):

'  & 
$  $ $+  %
 (
/
Sabendo que B=E/c e que c=1/(' ( & , então:
& &  = & $ ' 
$+  % = $  $ =$
( ( * ( * 

Assim, a densidade de energia eléctrica e magnética de uma


onda são iguais e portanto a densidade de energia de uma onda
é dada por:
$  $ $+  ' $
Ondas electromagnéticas: Propagação na matéria

Propagação de ondas electromagnéticas na matéria: Dispersão

Então velocidade de propagação, v, é sempre menor que c. Se o meio for


isotrópico, a velocidade de propagação das ondas é dada por:
&

'( &/
O índice de refracção, n, de uma substancia é dado pelo quociente
entre a velocidade da luz no vazio e numa determinada substancia:
* & '(
 n '( &/   ',(, - ',
 '( &/ '(
Espectro Electromagnético

comp. de onda
(em metros)

longo curto
tam. de um
comp. de onda campo de bola de baseball célula bactéria vírus proteína molécula de água
futebol casa
nome comum
da onda infravermelho ultravioleta raios-x “duros”
ondas de rádio

visível
micro-ondas raios-x “moles” raios gama

fontes
rádio FM forno
cavidade radar elementos
rádio AM
micro-ondas pessoas lâmpadas ALS máq. de radiativos
rf raios-x
freqüência
(Hz)
energia de baixa alta
um fóton
(eV)

Onde se aplicão todas as leis fisicas do


electromagnetismo e das ondas electromgnéticas.
Ondas e Electromagnetismo

Fim.
Ondas e Electromagnetismo

Célia T. de Sousa – Escola Superior de Biotecnologia da UCP – Ano lectivo 2017/2018


Porque é que…

FELICIDADE E CARGA ELÉCTRICA…

 Muitas vezes quando estamos num “bom dia”,


dizemos que estamos cheios de “energia positiva”,
ou quando um determinado sitio nos faz sentir bem,
dizemos que está “carregado positivamente”.

Será que são as cargas positivas que nos fazem


felizes ou serão as cargas negativas?
Balança de torção de Coulomb

 Balança de torção de Coulomb


https://www.youtube.com/watch?v=w-24eIwtSbk
Versão Inglês:
https://www.youtube.com/watch?v=FYSTGX-F1GM

TPC (0.2 valores na nota de frequência)):


 https://www.youtube.com/watch?v=B5LVoU_a08c
- Explicar a experiencia e demonstrar os cálculos.
- Entregar na próxima aula.
  9  10
(8.987 10 

  8.854  10  

Porque é que…

FELICIDADE E CARGA NEGATIVA…

 Crê-se que ao entrar numa atmosfera carregada


negativamente , tal como é o caso de um SPA, um duche
quente se experimenta uma sensação de bem estar. As
partículas do vapor de água estão carregadas
negativamente.
 Estar electrizado negativamente torna-nos felizes, estar
carregado positivamente faz-nos sentir ansiosos.

Pierce and Whitson, Atmospheric electricity in a typical American bathroom,


Weather, 21, 449, 1966.
Cobine, Other electrostatic effects and applications, Wiley, 1973, p.441-455.
Ondas e Electromagnetismo

CAMPO ELÉCTRICO

Célia T. de Sousa – Escola Superior de Biotecnologia da UCP – Ano lectivo 2017/2018


Revisão: Lei de Coulomb

A interacção electrostática entre duas partículas carregadas é


dada pela Lei de Coulomb.

´ 1
F    
4

R = distancia entre as duas cargas
Ke = constante
ε0 = permitividade do vácuo

A interacção eléctrica entre duas partículas carregadas, em repouso ou em


movimento relativo muito lento, é proporcional às suas cargas e ao
inverso do quadrado da distância entre elas e tem a direcção da linha que
une as duas cargas.
Campo eléctrico

 Campo eléctrico: espaço onde uma carga eléctrica está


sobre acção de uma força eléctrica.
q2

F2 F

q1 q
F1

Uma carga, q, numa região onde estão outras cargas, q1 e q2, está sobre
acção das forças F1 e F2

Campo eléctrico produzido pelas cargas q1 e q2


Intensidade do campo eléctrico

 Intensidade do campo eléctrico: num determinado


ponto é igual à força eléctrica por unidade de carga.

E ou F

E = Intensidade do campo eléctrico E = NC-1 = m.Kg.s-2C-1
q = Carga
F= Força eléctrica exercida por uma carga

Cada carga cria um campo eléctrico em todo o espaço.


O campo eléctrico de uma carga exerce uma força sobre outra carga.
O campo eléctrico é um vector.
Intensidade do campo eléctrico

Campos eléctricos na natureza E (N/C)


Cabos eléctricos domésticos 10-2
Ondas de rádio 10-1
Atmosfera 102
Luz Solar 103
Trovoada (relâmpago) 104
Tubo de Raios X 106
Superfície de um núcleo de Uranio 2 x 1021

Electrão num átomo de hidrogénio?


  1,6x10−19)
F  = 9x109 x = 8,2 x 10-8 N

 0,53x10−10)2

8,2 x 10−8
E  = 1,6x10−19 = 5,13 x 1011 N/C
Linhas do campo eléctrico

http://www.youtube.com/watch?v=ytMZiKyCsQo

http://www.youtube.com/watch?v=XDJu_XVBQPo
Linhas do campo eléctrico

 Carga Pontual

+q

-q
Linhas de campo eléctrico ou
linhas de força eléctrica – dado que
mostram a direcção da força exercida
sobre uma carga positiva.

Densidade de campo magnético:


Numero de linhas por unidade de área.
Numero de linhas diminui com o
aumento de r (A=4πr2)
Linhas do campo eléctrico

 Dipolos

+q +q

+q -q
Linhas do campo eléctrico

 Dipolos

+2q -q
Linhas do campo eléctrico: regras

 As linhas de campo eléctrico começam nas cargas


positivas e terminam nas cargas negativas (ou no
infinito);
 Se as cargas forem iguais, as linhas de carga devem ser
simétricas.
 O numero de linhas que entram e saem das cargas tem
que ser proporcional à carga.
 A densidade de linhas é proporcional ao valor do campo
eléctrico nesse ponto.
 A grandes distancias de um sistema de cargas, as linhas
de campo estão igualmente espaçadas e são radiais como
se procedessem de uma só carga pontual.
 As linhas de carga são continuas.
Linhas do campo eléctrico

 Superfície Infinita
Campo eléctrico Uniforme

 Movimento de uma carga eléctrica num campo eléctrico uniforme:


y -------------- v
+q α d
x
v0 L

++++++++++
a 
Aceleração de uma carga eléctrica num campo eléctrico:   E

  ! 
x  t y   y #
  " , .
'( !+ 
Angulo de deflexão: tgα  "  -0 /
') )*+
Carga elementar: Experiencia de Millikan

http://www.youtube.com/watch?v=xohI5URKRvA

“Todas as cargas observadas na natureza são iguais


ou múltiplas da carga elementar do electrão, e”

Velocidade da gota de óleo, na -0


 
ausência de campo eléctrico: 6
η2

Velocidade da gota de óleo, na 34 , 7 -0


  
presença de campo eléctrico: 5η 6
η2

Carga da gota de óleo: 89" : "; <


q 
!
Exemplo 1
B
Calcule a intensidade do campo eléctrico produzido q2
no ponto C pelas cargas q1 e q2, onde:
q1= +1,5 x 10-3 C
q2= -0,5 x 10-3 C
q3= +0,2 x 10-3 C
AC = 1,2 m q1 q3
BC = 0,5 m
A C
Usando a força resultante sobre q3, calculada no
exemplo 1 da aula teórica anterior: B

E  = 2,03 x 107 N/C q2
=
r2
Calcular o campo eléctrico produzido em C por E
cada uma das cargas:
E2

E1  ;  = 0,94 x 107 N/C q3
  q1
 r1 E1
E2   = -1,80 x 107 N/C A
 
E 1 > 2 </ = 2,03 x 107 N/C C
Exemplo 2

Calcule o campo eléctrico de uma gota de óleo, de raio a,


uniformemente carregada. Q
Para r > a:
A E
E
  
~r1/2

Para r < a:
E 0 Q
r
As cargas estão todas na
superfície da partícula.
Exemplo 3

Campo eléctrico produzido por um fio recto e K


muito comprido com carga λ por unidade de
comprimento:
- Divide-se o filamento em pedaços muito .2
.(
pequenos de comprimento dr, com uma .
pequena carga dq = λ dr, o valor do campo de
eléctrico de cada elemento é: 2 G #
.) 4 .)
B '
dE .
   .2 .(
- Dada a simetria do problema: .(  0
λ .2
- Enquanto que: .)  cosθ
4
2 
B ' B λ
)  C . cos G  C cos G= cos G  N
     2
M
B I º B B
E 2)  C cos θ .θ      
   
Resumo

Campo eléctrico carga pontual:

;
E1
 

Campo eléctrico esfera carregada:

A
E
  

Campo eléctrico fio carregado:

B
E N
 O 
Ondas e Electromagnetismo

POTENCIAL ELÉCTRICO

Célia T. de Sousa – Escola Superior de Biotecnologia da UCP – Ano lectivo 2017/2018


Revisão

- A interacção electrostática entre duas partículas carregadas é dada pela Lei de


Coulomb.
´ 1
F  
R = distancia entre as duas cargas
 
4

Ke = constante
 ε0 = permitividade do vácuo

- Intensidade do campo eléctrico: num determinado ponto é igual à força


eléctrica por unidade de carga.

E F   
E = Intensidade do campo eléctrico
q = Carga
 F= Força eléctrica exercida por uma carga

E = NC-1 = m.Kg.s-2C-1

- Intensidade do campo eléctrico de uma carga pontual e/ou uma esfera uniformemente
carregada: e de um fio:
 
E E
    
Potencial eléctrico

 Partícula carregada colocada em repouso sobe acção de um campo eléctrico:


--------------

+q

++++++++++
 Energia potencial, Ep, associada ao trabalho que o campo eléctrico realiza
para mover a carga, q, de um ponto para o outro.
 Potencial eléctrico, V, num ponto do campo eléctrico é dado pela energia
potencial por unidade de carga nesse ponto:

V    

V= m2Kg s-2C-1 = JC-1 = volt (V)
Potencial eléctrico

 Partícula carregada colocada em repouso sobe acção de um campo eléctrico:


--------------

P2
P1
+q

++++++++++

 O trabalho, W, efectuado pelo campo eléctrico para mover a carga, q, do


ponto P1 para o ponto P2 é dado por:

W  ∆   -  = q(   )


Potencial eléctrico

 Partícula carregada colocada em repouso sobe acção de um campo eléctrico:


--------------

 A diferença de potencial, ΔV,


P2 entre os pontos P1 e P2 é dado por:
P1

   
+q 
++++++++++
Diferença de potencial eléctrico entre dois pontos corresponde ao trabalho realizado pelo
campo eléctrico em mover uma unidade de carga pontual de um ponto para o outro.

Potencial eléctrico num determinado ponto é dado pelo trabalho realizado pelo campo
eléctrico para mover uma unidade de carga positiva de um ponto para o outro onde o
potencial eléctrico é zero, geralmente escolhido no infinito.
Potencial eléctrico: eV

 Considerando que as partículas fundamentais tem carga igual ou múltipla da


da carga fundamental,e, a diferença de potencial, ΔV, também pode ser
dada pela unidade: electrão-Volt (eV).

1 eV = (1,6022 x 10-19 C) (1V) = 1,6022 x 10-19 J

Um eV é igual ao trabalho realizado sobre uma partícula de carga, e, quando


esta se move sujeita a uma diferença de potencial de um Volt.

Os aceleradores de partículas subatómicas electricamente carregadas.

- geradores de raios-X (MeV = 106eV)


- produção de isótopos radioactivos, para radioterapia (MeV)
- LHC@CERN (TeV = 1012eV)
Potencial eléctrico: eV

 Acelerador de partículas
CERN: http://home.cern/about

Summer School @ CERN : http://home.cern/students-educators/summer-


student-programme
Potencial eléctrico vs Campo eléctrico

Considerando dois pontos próximos, separados por


uma pequena distancia, ds, a diferença de potencial
entre esses dois pontos é dV.

 Campo eléctrico entre esses dois pontos: E

 Força sobre uma carga, q: F   


 O trabalho realizado para mover uma carga de P1 para P2 é
Onde Es é a componente do campo
dW = ! ds = q! ds eléctrico ao longo da linha P1P2.

 Assim a diferença de potencial entre os pontos P1 e P2 é dada por:


" # "$
dV = − =   # "$
 
Potencial eléctrico vs Campo eléctrico

 E é a componente do campo eléctrico ao longo da direcção


correspondente a um deslocamento ds, e é dada por:
"
# = −
"$
 O sinal negativo mostra que o campo eléctrico aponta no sentido em
que o potencial eléctrico diminui, então:

“o campo eléctrico é o negativo da derivada direccional ou


gradiente do potencial eléctrico”

%&'( *&+' ./(&. )(& ./(&.


E   
)(& ,&+'&)- )(& ,&+'&)- )(& ,&+'&)-
Energia num campo eléctrico

 A energia total de uma partícula carregada, com carga, q, e


massa, m, que se move num campo eléctrico é dada por:

E=, +  0)% 12 --------------

 Principio de conservação da energia: P2


P1
  3 )%  4 52 32 6
)%
   0 0 
+q
 Se uma carga, q, partir do repouso, então:
++++++++++
 
)%  4 5∆26 %  4)∆2

Exemplo 1

 Potencial eléctrico num campo eléctrico uniforme:

"
# = −
"$
x
Campo eléctrico, E, é constante
V=0 em x=0

2 9 9
7 " = − 7  "8   7 "8
V=0 V

V = potencial eléctrico
V    8 E = campo eléctrico
X = ponto num campo eléctrico uniforme
Exemplo 1

 Calcule a diferença de potencial entre x1 e x2.

 = −E8 d

 = −E8

∆ = -    8 − 8   "

2 320
E 
:
x1 x2
V = potencial eléctrico
ΔV= diferença de potencial entre dois pontos
E = campo eléctrico
d = distancia entre dois pontos
Exemplo 2

 Potencial eléctrico de uma carga pontual:


"
# = −
"$
Sendo o campo eléctrico de uma carga
pontual radial, então:
"  "
=− <  = −
"; ; ";


7 <  "; =− 7 "
; 
V= <

Exemplo 3

 Energia potencial eléctrica de uma carga pontual:


Calcule a energia potencial eléctrica da carga q3, sabendo que: B
q1= +1,5 x 10-3 C
q2= -0,5 x 10-3 C
q2
q3= +0,2 x 10-3 C
AC = 1,2 m
BC = 0,5 m
0
 = < = 11,2 x 106 V q1 q3
0

 = < = -9,0 x 106 V A C


   =  = 2,2 x 106 V

 5> 6  >  = 4,4 x 102 J


Ondas e Electromagnetismo

ESTRUTURA ELÉCTRICA DA MATÉRIA:


MODELO DE BOHR
CONDUTORES, SEMICONDUTORES E ISOLADORES

F UN C I O N A M E N TO DE UM A A M P O L A DE
RAIOS X

Célia T. de Sousa – Escola Superior de Biotecnologia da UCP – Ano lectivo 2017/2018


Revisão
- A interacção electrostática 1
´  
entre duas partículas carregadas F   4

é dada pela Lei de Coulomb. 

- Intensidade do campo eléctrico: F    E
num determinado ponto : E   

- Energia potencial, Ep, associada
ao trabalho que o campo eléctrico     V   W ∆ = q(   )
realiza para mover a carga: 

- Diferença de potencial eléctrico  ΔV= −. 


num campo eléctrico uniforme:  = −

- Energia potencial eléctrica num 
campo eléctrico: E= +  !"# $% #  &"∆%
Introdução

 Corpo humano

 Célula

 DNA

 Molécula

 Átomo
Átomo

d1

d2 Átomos de carbono numa monocamada de grafite.

Imagem de STM:
Núcleo: neutrões (q=0),
protões (q=+)
(d1=10-14m)

Electrões (q=-)
(d2=10-10m) http://www.youtube.com/watch?v=YcqvJI8J6Lc
Electrólise
Carga transferida, Q:
N=numero de átomos (iões)
ν= carga do ião
(  ) ν+ e = carga electrão

Carga necessária para transportar


uma mol de iões:
(  ), ν+ = F ν

Onde:
V NA = constante de Avogadro, numero de
átomos ou moléculas numa mol
= 6,0221 x 1023 mol-1
F = constante de Faraday, carga de uma
mol de iões com unidade de carga (ν=1)
• Aplicar uma diferença de potencial (V) = 9,6485 x 104 Cmol-1
entre duas placas metálicas:

 = − E
 
• Campo eléctrico (E) entre ambas as placas.
Estética Células fotovoltaicas Anodização
Modelo Nuclear do Átomo

Modelo atómico de Dalton (John Dalton, 1803):


“cada elemento é constituído por átomos de um único tipo, que juntos
formam os compostos químicos”
- Cálculo da massa atómica relativa dos átomos

Modelo atómico de Thomson (Joseph John Thomson,


1897):
“O átomo consistiria em vários electrões embebidos numa grande partícula
positiva, como passas num bolo”

O modelo atómico de Rutherford (Rutherford, 1911):


- No átomo existem espaços vazios; a maioria das partículas o
atravessam-no sem sofrer nenhum desvio.
- No centro do átomo existe um núcleo muito pequeno e denso; algumas
partículas alfa colidiam com esse núcleo e são reflectidas.
- O núcleo tem carga eléctrica positiva; as partículas alfa que passavam
perto dele eram repelidas e, por isso, sofriam desvio em sua trajectória.
Modelo do Átomo de Bohr

Bohr, que trabalhava com Rutherford, propôs:


“o electrão orbita em torno do núcleo em órbitas estacionárias, sem
perder energia.”

Átomo de hidrogénio: composto por um electrão que se move em torno


de um protão, então numero atómico, Z = 1

Outros Átomos: compostos por electrões que se movem em torno de um


núcleo constituído por protões e electrões, onde o numero total de
partículas no núcleo é designado numero de massa, A.
Z electrões
Z protões Carga núcleo: q=+Ze
A-Z neutrões ./ 
    -  

Energia total do átomo:
! / 
E 
" # .
 0  
Modelo do Átomo de Bohr
“a energia de um electrão num átomo só pode ter determinados valores, E1, E2, E3,…En, o
que significa que energia do movimento dos electrões está quantizada – mecânica
quântica.”

Estados estacionários

Para partículas hidrogenoídes,


H, He+, Li2+....:
12,456 78
E=- 98
eV
Z=numero atómico
N= estado energético

Assim o momento angular, L, do electrão também estará limitado a certos


valores: :  ; <- (;  ;== +>+?@-ãB, <  <+>B?C=+ B +>+?@-ãB, -  -=CB = B-DC@=>E
Electrões nos sólidos

“Física do estado sólido estuda agregados compactos de um


grande número de átomos ligados quimicamente”
(Ibach & Lüth)

1023 Permite modelos típicos de estado sólido

Quais são os mecanismos que fazem um sólido ser um bom


condutor de eletricidade?
Bandas de energia

Sódio (11 elétrões): 1s2 2s2 2p6 3s1


Bandas de Energia

Níveis
muito
próximos
E
E
Átomo isolado Sólido

4p Banda permitida
4s
3p
Banda proibida
3s
Banda permitida
2p
Banda proibida
2s Banda permitida
Banda proibida
1s Banda permitida
Condutores

Banda de
condução
(vazia)
Banda de e
energia proibida e
e
EF
Banda de
valência
Ondas e Electromagnetismo

FUNCIONAMENTO DE UMA AMPOLA


DE RAIOS X

Célia T. de Sousa – Escola Superior de Biotecnologia da UCP – Ano lectivo 2017/2018


Produção de Raios X

• A descoberta dos raios X por Wilhelm Konrad Roentgen a


08 de Novembro de 1895 está entre os mais importantes
eventos da historia humana.

• Mesmo com os trabalhos desenvolvidos nas décadas de


1870 e 1880 sobre condução de raios catódicos através dos
tubos de Crookes, esta foi uma descoberta acidental.

• Contemporâneos de Roentgen já tinham observado


anteriormente a radiação X, mas nenhum deles tinha
reconhecido a sua importância, porém Roentgen, em
pouco mais de um mês de investigação, descreveu os raios
X com quase todas as propriedades que conhecemos hoje.
Propriedades dos Raios X

 Não sofrem desvios da sua trajectória por acção de


campos eléctricos ou magnéticos;
 Atravessam corpos opacos;
 Perdem energia na proporção directa ao n° atómico
(Z) do elemento com o qual colidem;
 Causam fluorescência em certas substâncias
químicas;
 Diminuem de intensidade na razão inversa do
quadrado da distância por eles percorrida (1/r²);
 Produzem ionização.
Produção de Raios X

• Os raios X são uma radiação produzida artificialmente através da aceleração de


cargas eléctricas (electrões) contra um material metálico de alto número
atómico, resultando desse choque a emissão de radiação electromagnética,
caracterizada por uma frequência muito alta, um pequeno comprimento de
onda e alto poder de penetração.

• Não há material radioactivo num equipamento emissor de raios X, apenas


radiação!
Produção de Raios X
Equipamento de Raios X

O tubo de raios X pode ser dividido em dois componentes principais:

- Cátodo - é o eléctrodo negativo, de onde os electrões saem em direcção ao


alvo
- Ânodo - é o eléctrodo positivo, que contem o material alvo, normalmente
tungsténio (W), podendo ser fixo ou giratório (radiologia medica) em função
da corrente e do tempo de exposição utilizadas.
Ondas e Electromagnetismo

DISTRIBUIÇÕES
CONTINUAS DE CARGA

Célia T. de Sousa – Escola Superior de Biotecnologia da UCP – Ano lectivo 2017/2018


Dipolos eléctricos

 Fornos microondas: Os alimentos possuem moléculas


de água que são submetidas a um campo elétrico variável.
Com isso, as moléculas de água ficam submetidas ao
alinhamento do dipolo elétrico com o campo elétrico
externo variável, agitando-se e aumentando a temperatura
do alimento.
Distribuições continuas de carga

Ar: Cargas:
- Composto por moléculas, O2, N2, - Distribuição de um grande numero
etc de cargas discretas:

- A densidade do ar, ρ é a massa - Densidade de carga


por unidade de volume
- 1,225 kg/m³
Densidade de carga em
Distribuições continuas de carga

 Fundamentos:
- Lei de Coulomb
- Princípio da Superposição: adição vectorial das forças que atuam
separadamente entre dois corpos, para obter a força resultante

 Tipos de distribuição contínua de carga:


Campo Eléctrico em Distribuições continuas
de carga

 Fundamentos: Lei de Coulomb + Princípio da


Superposição
 Exemplos: carga volúmica; superficial; linear

 Linha de carga infinita


Campo Eléctrico em Distribuições continuas de
carga

 Fundamentos: Lei de Coulomb + Princípio da


Superposição - permanecem os mesmos.

 Mudanças: Σ ⇒ ∫

 Outro Exemplo: Anel de carga


Campo Eléctrico em
Distribuições continuas de carga

 Como representar uma carga “q” distribuída


num objecto?
Carga total, q Elementos de carga, dq

 Linha de carga:
λ = carga/m

 Superfície de carga:
σ = carga/m2

 Volume de carga:
ρ = carga/m3
Exemplo 3

Campo eléctrico produzido por um fio recto e 


muito comprido com carga λ por unidade de
comprimento:
 
 
- Divide-se o filamento em pedaços muito
pequenos de comprimento dr, com uma  

pequena carga dq = λ dr, o valor do campo de
eléctrico de cada elemento é:      
 
dE

  
  
- Dada a simetria do problema:    0 

 
λ 
cosθ
λ 2λ
- Enquanto que:
4$%    ()
2$% ' '
  
   cos    cos = cos 

 

 º  
E 2   cos        

 

Carga plano infinito

 O campo eléctrico devido a um plano Infinito de carga :

 * 
dE () =()
 
 λ é a densidade linear [C/m] e
 σ é a densidade superficial [C/m2]
+
R=  0 12,   045 ,   0122θ
,-./
* + .),/ /
dE ()  2() 6 12 
+.),/

    = 0  +   2;1
8⁄
6 Portanto o campo é
 +  2() 6 7   2$() 6 
2%
constante e
:⁄ Independente de Z.
Carga plano infinito

 O campo eléctrico devido a um anel condutor :


? ?
dE ()  ()
 8@ 
 dq são os elementos de carga do anel;
    0 (simetria)
B
   2;1  ´
=  ´
? ?
  () 2;1=() C⁄  
8@ 8@ 8@ 
? 
  () D⁄ =() D⁄  B
8@ 8@ 
? B´  
 () D⁄ = E
8@

?
Para  ≪ = ∶  ()
@D

Resumo
?C
Campo eléctrico carga pontual:
E1


E
E
Campo eléctrico esfera carregada:



Campo eléctrico fio carregado: E


*
Campo eléctrico de um plano carregado: E


?


8@ D⁄
Campo eléctrico de um anel carregado:
Ondas e Electromagnetismo

DISTRIBUIÇÕES
CONTINUAS DE CARGA
- FLUXO CAMPO ELÉCTRICO
- LEI DE GAUSS

Célia T. de Sousa – Escola Superior de Biotecnologia da UCP – Ano lectivo 2017/2018


Fluxo do campo eléctrico

Em hidrodinâmica utilizamos o
conceito de fluxo para
determinar uma quantidade
de liquido por unidade de
área e tempo.

A1
Como determinar a
velocidade
A3
do fluido no
tubo?
Fluxo do campo eléctrico

O fluxo eléctrico é uma grandeza proporcional ao número das linhas do campo


eléctrico por unidade de superfície
O número de linhas N por unidade de área (densidade das linhas) é N
proporcional à intensidade do campo eléctrico ∝E
A
Fluxo do campo eléctrico
⇒ que o número de linhas que entram a
superfície da área A é proporcional ao
produto EA
(semelhante ao fluxo de água vA)

O produto EA é chamado de fluxo elétrico

Φ E = EA
r r
A E
Unidades no SI: N m 2 / C
3
Lei de Gauss

1. Uma nova formulação para a Lei de Coulomb


• Na Física faz sentido, sempre que possível, tentarmos expressar as suas
leis em formas que nos permitam tirar o máximo de proveito das
simetrias existentes.

• A Lei de Coulomb não está expressa numa forma que possa simplificar o
trabalho em situações que envolvem simetrias.

• A Lei de Gauss é uma nova formulação da Lei de Coulomb. Ela pode


facilmente tirar vantagens das simetrias existentes.

Lei de Coulomb Lei de Gauss

Pouca ou
Elevado grau de
nenhuma
simetria
simetria
Lei de Gauss

• A figura principal da Lei de Gauss é uma superfície fechada


imaginária, chamada de superfície gaussiana.
• A Lei de Gauss relaciona os campos na superfície gaussiana e a
carga no interior dessa superfície.

A partir da lei de Gauss


podemos calcular com
precisão a quantidade de
carga líquida que está no
interior da superfície.
Lei de Gauss

Consideremos um campo eléctrico originado por uma superficie


infinita, então o fluxo do campo eléctrico, Φ, numa área A:
1º Caso: 2º Caso:

Φ = EA Φ = EA cos θ
r r Componente do vector campo eléctrico
Φ = E.n. A , n = perpendicular (normal) à superfície
Lei de Gauss

O fluxo do campo através de cada elemento


de superficie ΔA, é: r
∆Φ = E .n .∆ A
O fluxo do campo através de qualquer
superficie é dado pelo somatório de todos os
elemento de superficie ΔA. No limite, ΔA tende para
zero: r
Φ = lim
∆A→ 0
∑ E .n ⋅∆ A
Então o fluxo do campo eléctrico atravez de
uma superficie fechada é dado por:

Φ = ∫E n ⋅ dA
1) O círculo no integral indica que a integração é
feita sobre uma superfície fechada.
2) A unidade de fluxo, no S.I., é: Nm2/C.
Ondas e Electromagnetismo

CALCULO CAMPO ELÉCTRICO


PELA LEI DE GAUSS

Célia T. de Sousa – Escola Superior de Biotecnologia da UCP – Ano lectivo 2017/2018


Cargas pontuais

 Determine o fluxo de uma carga pontual positiva q,


em torno da qual desenhamos uma superfície
gaussiana esférica de raio r.

De acordo com a figura, podemos escrever a Lei


de Gauss como:
φ = ∫ En ⋅ dA
1 q
O campo electrico em qualquer ponto da superficie En =
devido a uma carga pontual é dado por: 4πε 0 r 2

1 q q
φ = En ∫ dA = En A φ= ( 4πr 2
) φ= = 4πke q
4πε 0 r 2
ε0
Cargas pontuais

 Determine o fluxo do campo eléctrico originado por


duas carga pontuais positivas, q, em torno da qual +q1
desenhamos uma superfície gaussiana esférica de +q2
raio r.

φ = ∫ En ⋅ dA
O campo electrico em 1 q1 1 q2 1 (q1 + q2 )
qualquer ponto da superficie En = + =
devido a uma carga pontual é 4πε 0 r 2
4πε 0 r 2
4πε 0 r2
dado por:
1 q1 + q2 QT
φ = En ∫ dA = En A φ= ( 4πr 2
) φ= = 4πkeQT
4πε 0 r 2
ε0
O fluxo do campo eléctrico através de qualquer superfície é igual a
4πke vezes a carga total dentro dessa mesma superfície.
Plano carregado

 Campo eléctrico de um plano infinito de carga:


E
Q
Lei de Gauss: φ = ∫ E ⋅ dA = + + +
ε0 +
+ + ++
+

1
QT=σA 2 E. A = σ .A
ε0

σ
E=
2ε 0
Plano carregado

 Campo eléctrico entre duas placas uniformemente


carregadas com cargas de sinal oposto:
σ σ
E = E+ + E− = 2 =
2ε 0 ε 0 - - -
- - - -
- E
-

 Diferença de potencial entre + + +


+
+ + ++
os dois planos: + + +

σ
∆V = E.d = d
ε0
Esfera Uniformemente Carregada

 Campo eléctrico de uma esfera


uniformemente carregada com carga Q,
com raio a: Q
Lei de Gauss: φ = ∫ E ⋅ dA = E ∫ dA = E (4πr 2 )
Para r>a:
Q
φ=
QT
= 4πkeQT E= E
ε0 4πε 0 r 2

~r1/2
Para r<a:
E (4πr 2 ) = 0
Se Q estiver na 0
superfície: E =0 Q
r
Esfera Uniformemente Carregada

 Campo eléctrico de uma esfera


uniformemente carregada com carga Q,
com raio a: Q
Para r<a: Se Q estiver uniformemente
distribuída por todo o volume:
3
Q 4 πr 3 ) = Qr
Q´ = (
4 πa 3 3 a3 E
3 ~r
Q´ Qr 3 ~r1/2
E 4πr =
2
= 3
ε0 a
Qr
E= Q
4πε 0 a 3 r
Condutores num campo eléctrico

Electrólito Metal

Iões electrões

CONDUTORES:
na presença de um campo eléctrico, as suas partículas livres carregadas (iões,
electrões…) movem no sentido do campo eléctrico (positivas no sentido do campo
eléctrico e as negativas no sentido oposto).
Condutores num campo eléctrico

 Quando um condutor é colocado num campo eléctrico uniforme, no


equilíbrio, o campo eléctrico no interior do condutor é nulo.
E

-- E=0 +
+
-
- +

 O campo eléctrico na superfície do condutor é normal (perpendicular à


sua superfície);

 Toda a carga eléctrica de um condutor em equilíbrio encontra-se na sua


superfície, numa camada fina de várias camadas atómicas (consideração
estatística).
Campo eléctrico na superfície de um condutor

 Campo eléctrico na superfície um condutor metálico (no vácuo).

Lei de Gauss:

-- E=0
-
+
+ S
E φ = ∫ E ⋅ dS = E ∫ dS = E.S
- +

Fluxo do campo eléctrico através do interior do condutor:

φ = E.S = 0.S = 0
Fluxo do campo eléctrico através da superfície do condutor:
QT σS σ
φ= E.S = E=
ε0 ε0 ε0
Campo eléctrico na superfície de um condutor

 Campo eléctrico na superfície um condutor metálico (no vácuo).


E
σ
Emed =
σ Eext =
2ε 0 ε0
-- E=0 +
+ S
E
-
- +
Eint = 0
Interior Superfície Exterior
Campo eléctrico no interior do condutor:
Eint = 0
Campo eléctrico no exterior do condutor: σ
Eext =
ε0
Campo eléctrico médio na superfície do condutor:
σ σ
= (Eint + Eext ) = (0 + ) =
1 1
Emed
2 2 ε0 2ε 0
Ondas e Electromagnetismo

POLARIZAÇÃO ELÉCTRICA DA
MATÉRIA

Célia T. de Sousa – Escola Superior de Biotecnologia da UCP – Ano lectivo 2017/2018


Polarização eléctrica da matéria

 Átomos isolados.
- Não têm momento eléctrico permanente =
devido à sua simetria o centro de massa dos electrões
coincide com o do núcleo.
- Têm momento eléctrico induzido = sob acção de
um campo eléctrico, os átomos polarizam-se
adquirindo momento dipolar com a direcção e
sentido do campo aplicado.

 Moléculas polares.
- Têm momento eléctrico
permanente = o centro de
massa dos electrões não
coincide com o do
seu núcleo.
Polarização permanente: Ferroeléctricos

 Materiais ferroeléctricos.
- São materiais em que as moléculas que o
constituem apresentam polarização permanente.
- Os dipolos eléctricos destes materiais alinham-se
de forma espontânea ou sob acção de um campo
eléctrico externo.

Materiais ferroeléctricos.
BaTiO3, KNbO3, LiTaO3,…

Aplicações:
 Memórias ferroelétricas não-voláteis, Science 246, 1400
(1989)
 Moduladores eletro-ópticos, Appl. Phys. Lett. 81, 1375
(2002)
 Detectores piroelétricos, IEEE 66, 14 (1978)
 Sensores e atuadores, J. Micromech. Microeng. 10, 136
(2000)
 Ferroelétricos fotovoltáicos, Science 324, 63 (2009)
Vector Polarização

 Dieléctricos
- Um não condutor que pode ser polarizado por campo eléctrico.

 Polarização, P
- Grandeza vectorial definida como o momento dipolar eléctrico de um material
por unidade de volume.

p=momento dipolar induzido em cada átomo ou molécula


n= numero de átomos por unidade de volume

P = p.n

Polarização, em geral, tem o mesmo sentido e direcção do campo eléctrico.

Unidades: (Cm)m-3 = Cm-2


Susceptibilidade e Permitividade eléctricas

 Susceptibilidade eléctrica.
Em geral o vector polarização é proporcional ao campo eléctrico aplicado, então a
susceptibilidade eléctrica, χe, é dada por:

P = ε 0 χe E
tabela
 Permitividade eléctrica.
Sendo:
ε = (1 + χ e )ε 0

Então a permitividade eléctrica de um meio é: ε (m-3Kg-1s2C2)


Dieléctricos

 Material dieléctrico
Onde D=εE e Se o meio for homogéneo, então ε é constante:

qlivre = ∫ εE.dS qlivre


∫ E.dS = ε
Campo eléctrico Potencial eléctrico

q q
E= ur V=
4πεr 2
4πεr
qq´ qq´
F= Ep =
4πεr 2 4πεr
Força eléctrica Energia potencial
Ondas e Electromagnetismo

CAPACITÂNCIA ELÉCTRICA:
CONDENSADORES

Célia T. de Sousa – Escola Superior de Biotecnologia da UCP – Ano lectivo 2017/2018


Capacitância eléctrica

 Potencial eléctrico na superficie de uma


esfera uniformemente carregada com Q
carga Q, com raio R:
Q QT
φ = ∫ E ⋅ dA = E ∫ dA = E (4πr 2 ) φ = T = E (4πr 2 ) E=
ε0 4πε 0 r 2
  Q
 = − V= −   V=
  4πε 0 R
Meio
dieléctrico
Q
V=
Q 4πεR
Capacitância eléctrica

 Potencial eléctrico na superfície de uma esfera uniformemente


carregada com carga Q, com raio R, num meio dieléctrico:
Meio
dieléctrico
Q Q
V= = 4πεR
Q 4πεR V

 Potencial eléctrico é proporcional à carga que o produz;


 A grandeza Q/V é constante (=4πεR)
 Afirmação válida é válida para qualquer condutor carregado, qualquer que seja
a sua forma geométrica.
Q
 Capacidade eléctrica, C: C=
V
Energia do campo eléctrico

Carregar um condutor requer energia: Para aumentar a carga


de um condutor é necessário realizar trabalho para vencer a
repulsão criada pela carga já existente.

 Condutor com capacitância, C, carga q, e portanto potencial, V=q/C

 Se lhe acrescentamos uma carga dq, o trabalho realizado vai ser: W=Vdq

 Sendo a energia : E
 ,
  
dE E 


  
 Então ΔE devido a dq é dado por:


 
 Sendo que C= 4πεR, então: E
 4πεR
Exemplo 1

 Capacidade de um condensador formado por duas


placas uniformemente carregadas com cargas de
sinal oposto: V1
+Q V2
σd E
∆V = V1 − V2 =
ε
-Q
εS
C=
d d
Ondas e Electromagnetismo

INTERACÇÃO
MAGNÉTICA

Célia T. de Sousa – Escola Superior de Biotecnologia da UCP – Ano lectivo 2017/2018


Ímanes

São corpos que tem a


propriedade de atrair o ferro
ou algumas de suas ligas (
mas não o aço inox) ou de
interagir entre si.

O fenômeno foi observado


há mais de 2.000 anos
em uma região da Ásia
Menor denominada
Magnésia (atual Turquia).
Daí o nome magnetismo.
Magnetite

As rochas compostas
basicamente de óxido de
ferro (Fe3O4) são
denominadas magnetitas. O
minério de ferro (Fe3O4) é
considerado um ímã natural.

Nanoparticulas de magnetite (Fe3O4)


com diversas aplicações na medicina,
nomeadamente na hipertermia e
libertação controlada de fármacos.
Ímanes Artificiais

Os ímãs naturais supriram


por muito tempo as
necessidades da
humanidade, mas, com o
progresso, foi preciso
desenvolver ímãs artificiais
mais potentes e duradouros.
O processo de obtenção dos Fig.: Ímãs de Alnico: liga composta de Fe (Ferro)
contendo Al (Alumínio), Ni (Níquel) e Co (Cobalto),
ímãs artificiais é além de outros elementos. Essa liga foi criada na
denominado imantação década de 30.
Tipos de Ímanes

- Alnico: criado na década de 1930. Funcionam a altas


temperaturas (500°C a 550°C) e são resistentes à corrosão.
- Ferrite: criado no início de 1950. Resistente à corrosão,
sais lubrificantes e gases. Usado em alto falantes.
- Samário – cobalto: criado nos anos 1960. Caro e frágil.
É funcional a temperaturas de até 250°C. Utilizado em
micromotores.
- Neodímio – ferro – boro: criado da década de 1980.
São os mais modernos pois possuem as melhores
propriedades magnéticas. São utilizados em alto falantes,
equipamentos elétricos e brindes.
Polos de um Íman

Pólos contrários: atraem-se

Polos iguais: repelem-se


Propriedades dos Ímanes

Um pólo magnético norte jamais existe sem a presença


de um pólo magnético sul e vice versa. Se partirmos um ímã ao
meio, novos ímãs serão formados.
Campo magnético

 Em torno de um ímã ou de um condutor percorrido por uma


corrente elétrica, observam – se interações de origem
magnética devido à existência de um campo magnético gerado
por eles.

 O campo pode ser visualizado pelas linhas de força


magnética (linhas de campo magnético). As linhas de
indução são orientadas do pólo norte para o pólo sul.
Campo magnético da Terra

 Podemos associar a Terra a um


grande ímã, cuja propriedade
magnética acredita – se ser em
consequência de correntes elétricas
existentes na sua parte central
(constituída de um núcleo de ferro
fundido). O pólo sul magnético
aproximadamente no norte
geográfico e o pólo norte magnético
aproximadamente no sul
geográfico.
Auroras

 Vista do espaço:
 https://www.publico.pt/2017/09/25/video/a-
aurora-boreal-a-partir-do-espaco-20170925-132242

 Vista da Terra (Noruega):


 http://engracados.video/video-da-aurora-boreal-na-
noruega/

 É um conhecido fenómeno físico que atrai todos os anos milhares de turistas e


fotógrafos aos pólos. No Polo Norte chama-se aurora boreal - no hemisfério sul
é conhecida como aurora austral (09/09/2017).
Cinturões de Van Allen – escudo magnético da Terra

 A Terra possui um campo magnético, a magnetosfera, cujas linhas de indução correm


de polo a polo, curvando – se sobre si próprias
 Os cinturões de Van Allen são duas zonas da magnetosfera que captam ou repelem
partículas provenientes do espaço.
 A Terra é constantemente bombardeada pelas partículas ionizadas e nocivas à saúde
provenientes principalmente do Sol. Devido à existência do campo magnético
terrestre, estamos parcialmente livres, na superfície do planeta, dessas radiações e
partículas.
Auroras Polares
Força magnética
Condutor eléctrico

Iman

http://www.youtube.com/watch?v=7j906c
XBq_4
http://www.youtube.com/watch?v=_y1LF-
J7Xfs
F F F F F F
N N S S S N
Os corpos magnetizados produzem, no espaço que os rodeia um campo magnético.
A direcção do campo magnético é definida pela direcção da força exercida sobre o
polo norte de um íman.
Força magnética

 A força exercida por um campo


magnético, sobre cargas em movimento,
 é proporcional à carga eléctrica e à
 
componente da velocidade da carga, na
Condutor eléctrico direcção perpendicular à direcção do
campo magnético.

Iman





Condutor eléctrico
 = Campo magnético  = Corrente eléctrica
 = Velocidade das  = Força exercida pelo
cargas campo magnético
Iman
Força magnética

 A força exercida por um campo


magnético, sobre cargas em movimento,
 é proporcional à carga eléctrica e à
 
componente da velocidade da carga, na
Condutor eléctrico direcção perpendicular à direcção do
campo magnético.

Iman

 A força magnética é dada por:   

 Sendo a força perpendicular ao plano


da carga e do campo magnético:    
F = Força exercida pelo q = Carga eléctrica v = Velocidade das B = Campo magnético
campo magnético cargas
Força magnética

A força magnética, sobre cargas em movimento, é proporcional ao produto


vectorial da carga eléctrica uma determinada velocidade, com o campo
magnético.


  
As cargas eléctricas também têm associado um campo eléctrico que dá origem a
uma força eléctrica:
  
Então a força total exercida sobre as cargas eléctricas é dada por:

F      Força de Lorentz
F = Força exercida pelo q = Carga eléctrica B = Campo magnético
v = Velocidade das
campo magnético cargas E = Campo eléctrico
Força magnética

Unidades: Representação:
N/(Cms-1) ou Kgs-1C-1 : afasta – se do observador
Tesla (T) = Kgs-1C-1 : aproxima – se do observador
Nicola Tesla (1856-1943)
Campo magnético uniforme

 Movimento de uma partícula


carregada num campo
magnético uniforme, sendo
que o movimento da
partícula é perpendicular ao
campo magnético:

 A força magnética é dada por:   




 A força vai ser centrípeta:  



   r 
qvB    
 qvB m
Campo magnético não-uniforme

 Movimento de uma
partícula carregada
num campo
magnético não
uniforme.

 Sendo o raio da trajectória da partícula dado por:




qvB
 Podemos concluir que:
- Quanto mais intenso o campo magnético, menor será o raio da
trajectória da partícula.
Campo magnético de uma carga em movimento

Campos magnéticos Campos magnéticos criados


vs
criados por imanes. por cargas em movimento.
E
 Campo magnético e eléctrico P
r
produzidos por uma carga +q
B
positiva em movimento. v


 Campo eléctrico:   !
v<<c, velocidade da partícula muito menor
4   que a velocidade da luz no vazio.

# $%&' # 
 Campo magnético: "  "  
!
4   4 
q = Carga eléctrica r = raio da trajectória µ0 = permeabilidade do vazio
v = Velocidade das cargas ur = vector unitário na direcção de r = 4π x 10-7 mKgC-2
Campo magnético de uma carga em movimento

Campos magnéticos criados por cargas em movimento.

 Relação entre o campo magnético e E


P
o campo eléctrico produzido por r
uma carga positiva em movimento. +q
B
v

 #  !
  ! " 
4   4  

1
 Campo magnético: "  #      
) 
v = Velocidade das cargas
+ µ0 = permeabilidade do vazio
Velocidade da luz no vazio: *  =2,9979 108m/s = 4π x 10-7 mKgC-2
,- .- //1
E = Campo eléctrico
Dipolos magnéticos

 Quando uma partícula se move em orbita


fechada, como é o caso dos electrões
produz um campo magnético.
# 
" 
4  
 Sendo o momento angular da partícula: L=mvr

#  3
" 
4 2 4
 Uma partícula carregada que descreve uma orbita fechada ,
como é o caso de um electrão num átomo, forma um dipolo
magnético. O seu momento magnético é dado por:

5  3
22
Dipolos magnéticos

 Os electrões num átomo tem:

- Movimento orbital

- Movimento de rotação ou spin

Se os momentos Se aplicarmos u
magnéticos tiverem campo magnético
 O campo magnético B, vai
diferentes externo, H, os
produzir um torque τ, sobre o orientações, então: momentos
dipolo magnético de momento M: B=0 magnéticos
orientam-se e:
B=0
7 5 "

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