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METROLOGIA-2003 – Metrologia para a Vida

Sociedade Brasileira de Metrologia (SBM)


Setembro 01-05; 2003, Recife, Pernambuco - Brasil

A UTILIZAÇÃO DE COLETORES DE DADOS EM VERIFICAÇÕES


METROLÓGICAS

Omer Pohlmann Filho, José Carlos Rauber Brandes

Representação do INMETRO no Estado do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brasil

RESUMO
Neste artigo é descrito como a Representação do forma que seja permitida a avaliação do que esta metodologia
INMETRO-RS passou a utilizar, a partir de 1999, de trabalho agregou em benefícios para o agente metrológico,
equipamentos eletrônicos para a coleta móvel de dados em para o detentor do instrumento e para a estrutura técnica e
verificações metrológicas como forma de aumentar a administrativa da Representação.
eficiência e a qualidade nesta atividade. Todas as fases deste
processo, desde a escolha de hardware e software adequados a
esta aplicação, passando pelas dificuldades encontradas até PALAVRAS CHAVE: coletores de dados,
que fossem obtidos os resultados esperados, são expostos de verificações metrológicas, qualidade.

ARTIGO
A atividade de fiscalização metrológica
compulsória, no que tange a correção da medição ou pesagem
de instrumentos como balanças comerciais, bombas medidoras
de combustíveis e taxímetros, entre outros, é uma atividade
exercida em todo território nacional pelo Instituto Nacional de
Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial
(INMETRO).
Toda esta atividade é efetuada por agentes
metrológicos (Metrologistas) que vão em busca destes
instrumentos, aonde eles estiverem, para efetuarem seus
ensaios, seguindo normas e regulamentos determinados pela
legislação oficial que disciplina a matéria.
A Representação do INMETRO no Estado do Rio
Grande do Sul, sentiu a necessidade de fornecer meios mais
eficazes para dar suporte a esta atividade fim, de modo a Fig. 1 Coletor de Dados
aumentar a qualidade da prestação deste serviço para o
detentor do instrumento, para o agente metrológico e para a
administração interna, no que se refere a captação e controle
das informações geradas no ato da verificação. A solução
encontrada foi, através da intensificação da utilização de
ferramentas de informática, utilização do banco de dados
existente e adoção de coletores de dados (utilizados em
conjunto com impressoras por transferência térmica) por
nossas equipes metrológicas.
Coletores de dados (fig. 1) são equipamentos
portáteis, leves e resistentes ao calor e a quedas. Possuem Fig. 2 Impressora Portátil
capacidade de operação para longos períodos, o que é
imprescindível
para a atividade exercida. Dispõem de leitora (scanner) de tipo de atraso ou problemas nas etapas subseqüentes do
código de barras para a rápida e prática coleta móvel de dados. processamento.
São equipamentos, portanto, especialmente desenvolvidos
Para o nosso agente metrológico, o coletor de dados
para a atividade específica da coleta de dados em condições
veio a qualificar e agilizar sua atividade. Algumas
adversas (sujeira, umidade, calor,...), condições estas nas
preocupações antes existentes quanto a correção das
quais estão expostos diariamente nossas equipes no
informações coletadas (dados técnicos e administrativos) e
cumprimento de suas atividades. Com a aquisição dos três
que eram transferidas manualmente para o relatório de
primeiros conjuntos coletor/impressora (fig. 2) no segundo
verificação metrológica e para o boleto bancário (fig. 4),
semestre de 1999, começamos a desenvolver o software
atualmente são consistidas pelos programas internos do
aplicativo (programas) próprios para nossas atividades,
coletor. Várias vantagens para melhorar a perfomance da
utilizando linguagem Clipper.
verificação estão disponíveis, como a sugestão da próxima
Com a utilização do coletor na prática do dia a dia, marca de verificação (etiqueta adesiva numerada que é
ocorrida a partir do primeiro semestre de 2000, foram colocada no instrumento verificado) que não necessita mais
identificados alguns problemas, tanto em nível do hardware ser transcrita para formulário em papel, pois já é incrementada
quanto de software. O coletor apresentou problemas, tais seqüencialmente e ligada a verificação corrente. Também a
como o pouco tempo de duração da bateria, assistência facilidade de identificação do instrumento pela leitura ótica,
técnica deficiente, além de se mostrar pouco resistente entre outras, deve ser ressaltada. Importante também é o fato
exigindo constantes reparos. O software desenvolvido ocupava do coletor emitir o relatório consolidado das atividades diárias
grande parte da memória, o que diminuía a área disponível (fig. 3) do agente metrológico, uma espécie de prestação de
para dados, deixando lenta sua utilização quando abastecido contas obrigatória que consumia boa parte do seu horário de
com um maior número de instrumentos. Devido a estas trabalho para ser elaborado (totalizado e preenchido),
constatações identificadas na prática, estes coletores e os aumentando assim o tempo disponível para o
programas desenvolvidos para seu uso, foram direcionados desenvolvimento da sua atividade fim. Ao fiscal metrológico
para atividades de verificação que necessitam menor também está disponibilizado uma série de consultas que
quantidade de dados e pouco uso da bateria, tais como facilitam seu controle, como: o universo já verificado de
verificações de balanças rodoviárias. instrumentos, quantos ainda restam por serem verificados,
quantidade de instrumentos por razão social, entre outros.
Passada esta primeira fase, que pagamos pelo preço
do pioneirismo, e já identificadas estas deficiências, optamos
por uma nova linha de coletores e linguagem de programação
para desenvolvimento do software aplicativo. Esta nova versão
está em uso desde Setembro de 2001. Além de equipamentos
mais modernos, confiáveis e com ótima assistência técnica,
optamos pela utilização da linguagem de programação “c”
para o desenvolvimento do software aplicativo.
Outro aspecto muito importante é o modelo de
trabalho que foi adotado. Optamos por um modelo cujas
características privilegiassem a qualidade dos trabalhos, aliado
à produtividade da equipe. Estes dois fatores tiveram que ser
considerados e contemplados, juntamente com a adequação às
características dos trabalhos de campo. As atividades de
verificação geralmente são realizadas em lugares com pouca
comodidade para que o agente metrológico possa proceder ao
preenchimento da documentação e o cálculo da tarifa, de
forma que elas tenham a clareza e a exatidão necessárias para
o seu cadastramento, evitando a ocorrência de erros na base
de dados ou a geração de inconsistências que acarretem re-
trabalho, tanto para o agente metrológico quanto ao pessoal
encarregado da preparação e entrada de dados. A partir da
utilização do coletor, as inconsistências já são detectadas pelo Fig. 3 Relatório Diário
próprio software desenvolvido e a atualização da base de
dados é feita imediatamente após o retorno da equipe à Sede
da Agência Regional, que em geral ocorre diariamente ou uma
vez por semana. Com o modelo de trabalho adotado, esta
periodicidade é totalmente adequada, não gerando nenhum
O coletor de dados agregou ao gerenciamento e
inspetoria técnica facilidades para o acompanhamento da
atividade de verificação metrológica. Através do relógio
interno do coletor é possível a realização de consultas e
impressão de relatórios de todas ocorrências
(cronológicamente) realizadas pelo agente metrológico. O
planejamento e gerenciamento da distribuição de serviço fica
bastante facilitada, pois após o retorno do coletor , através da
emissão de um simples relatório das atividades realizadas,
permite ao administrador o acompanhamento, sem
necessidade de manipulação (digitação e totalizações) , do
universo de instrumentos verificados e por verificar para que
sejam atingidas as metas programadas.
Por tudo acima exposto, a utilização do coletor de
dados pelas equipes metrológicas para realização da
Fig. 4 – Boleto Bancário verificação de instrumentos pelo INMETRO no Rio Grande
do Sul, agregou uma infinidade de benefícios a nível de
Para o detentor do instrumento(s) a utilização do produtividade, técnica e administrativa, e principalmente,
coletor veio a atender a principal reivindicação até então tornou-se um diferencial a nível da qualidade da prestação
recebida por nossos fiscais metrológicos, que era a existência deste serviço.
de algum comprovante ou demonstrativo em que fossem
especificadas as informações das verificações realizadas.
(fig. 5) Neste demonstrativo impresso estão especificados os
dados do detentor do instrumento, o número de identificação
do instrumento(s), o número de série do instrumento(s), a
marca do instrumento(s), o resultado da verificação(s), o valor
da tarifa de verificação do instrumento(s), o número do boleto
bancário correspondente, a matrícula e o nome do fiscal
metrológico que realizou a verificação e número de telefone
para contato com o INMETRO-RS. Também ao receber o
boleto bancário impresso com a impressora conectada ao
coletor, o fiscalizado tem a vantagem de poder efetuar o
pagamento em qualquer caixa eletrônico através da leitura do
código de barras impresso. Cabe também ressaltar a diferença
na qualidade da apresentação do serviço, ao compararmos o
recebimento de um boleto bancário preenchido manualmente
pelo fiscal metrológico, como ocorre sem a utilização desta
metodologia de trabalho, a um documento impresso, sempre
correto e legível.

Fig. 5 Demonstrativo de Verificação Metrológica

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