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A Problemática do Semi-árido

A região Semi-árida do Nordeste Brasileiro ocupa uma área de 950.000


km2 (58% do espaço regional) que possui aproximadamente 30 milhões de
habitantes, correspondendo a 63% da população do Nordeste e 18% do Brasil.
O clima do Semi-árido é caracterizado por insuficiência e irregularidade
temporal e espacial de precipitações pluviométricas(; temperaturas elevadas e
altas taxas de evaporação, sendo assim um clima peculiar a cada região. Por
exemplo, em uma mesma localidade da Paraíba, São João do Cariri,em 46
anos as variações pluviométricas no mesmo mês variaram de 0,9 a 478
mm.(abril).
Esta região é predominantemente agro-pastoril e apresenta condições
climáticas desfavoráveis, com ciclos de secas acentuadas, gerando forte
degradação ambiental que provoca exaustão do solo, erosão e desertificação,
principalmente na área mais árida.
O processo de ocupação do território nordestino foi iniciado a partir do
litoral e desenvolveu-se pelo extrativismo e produção agrícola. A partir do
século XVII deu-se a ocupação da região semi-árida através da pecuária
bovina. Atualmente são exploradas a policultura de subsistência e a lavoura do
algodão, além da pecuária.
A desertificação, um dos maiores problemas das regiões semi-áridas, é
um fenômeno que integra processos socioeconômicos e processos naturais ou
induzidos que destroem o equilíbrio dos regimes do solo, vegetação, vida
animal, ar, água e afetam a qualidade de vida humana. As principais causas da
desertificação são sobre-pastoreio, irrigação irracional e cultivos excessivos.
As secas agravam o problema da desertificação que, devido à estrutura
fundiária existente, causa impactos sociais, econômicos e ambientais.
A seca no Nordeste passou a ser considerada como um problema
governamental, a partir da grande seca de 1877, quando morreram 500.000
pessoas. Nessa ocasião, o então Imperador D. Pedro II sensibilizado,
comprometeu-se a vender as pedras de sua coroa antes que o próximo
nordestino morresse de fome, por causa da seca, porém, muitos nordestinos
continuam morrendo por causa da seca e a coroa continua de D. Pedro
continua intacta no museu Imperial de Petrópolis.
Entretanto, o Imperador bem intencionado nomeou uma comissão
nacional que estudou a questão das secas, viajou pelo Nordeste e produziu um
conjunto de recomendações envolvendo:
Construção de açudes;
Perfuração de poços;
Construção de um grande canal para levar águas do rio São Francisco
às regiões mais secas do Ceará (cujo tracejado se parece muito com o
proposto hoje para a transposição do rio São Francisco);
Construção de estradas, ferrovias e portos para facilitar a fuga da
população em época de crise.
Porém, junto com essa iniciativa, veio uma outra muito praticada por nosso
povo: Memória Curta: Choveu e tanto o governo quanto a população se
esqueceu do problema, e assim, até hoje existe o chamado Ciclo Hidro-Ilógico
(criado por um técnico do DNOCS):

Seca
Acomodação Conscientização
do Fenômeno

Chuva Ciclo
Hidro-Ilógico
Preocupação
Medidas de
Emergência

Pânico

A partir de 1970 houve grande estímulo governamental à agricultura


irrigada, no entanto a maior parte dos investimentos foi realizada de forma a

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beneficiar as grandes propriedades, estima-se que hoje existem mais de
700.000 hectares irrigados no Nordeste.

Soluções para Acabar com o Problema da Desertificação

1 – Preparar para enfrentar as secas;


2 – Alterar os padrões e formas de utilização dos recursos naturais:.

Criando programas econômicos que visem introduzir atividades com


menor dependência climática:
Estimulando a produção de alimentos nas zonas costeiras e áreas úmidas;
Promovendo industrialização nas regiões secas;
Reorganizando a economia do semi-árido através da agricultura adaptada;
Criando estruturas de captação e de armazenamento de água:
Criando um plano de águas para o nordeste, que vise a conservação da
qualidade das águas, a preservação de nascentes e perenização de rios
de médio porte;
Desenvolvendo sistemas domiciliares de captação e armazenamento de
água da chuva;
Difundindo tecnologias para construção de pequenos açudes e barragens;
Fazendo estoque emergencial de alimentos para combater a fome nos
períodos de seca;
Fazendo o monitoramento das secas e desertificação;
Tratando e reutilizando na agricultura ou na indústria as águas residuárias,
deixando assim a água de boa qualidade para fins mais nobres
Criando comissões para controle, fiscalização e distribuição de alimentos;
Estimulando a participação popular e a formação de ONGs para o combate
coletivo aos problemas causados pela seca.

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