Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
3. QUANTO À EXECUTORIEDADE
4. QUANTO AO SUJEITO
1) Extrínsecos:
- data;
- assinatura - rubricas
rubricar
Preâmbulo. Indica as partes e a natureza da ação penal (art. 381, I).
Relatório (ou exposição ou histórico). É o histórico do processo, narrando
tudo o que ocorreu de relevante nos autos (art. 381, II).
A Lei nº 9.099/95, dispensa o relatório nas sentenças proferidas nos casos
da competência do Juizado Especial Criminal. É exceção ao artigo 381, II, do CPP.
2
FUNDAÇÃO ESCOLA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO REGULAR - DIREITO PROCESSUAL PENAL
Professor Armando Antonio Sobreiro Neto
EFEITOS DA SENTENÇA.
Com a publicação da sentença o juiz esgota seu ofício, entregando a tutela
jurisdicional, não lhe sendo mais permitido movimentar a decisão, a não ser nos caso expressos
em lei.
A sentença implica a saída do juiz da relação processual. Caso haja recurso, o
novo juiz natural da causa passa a ser o tribunal ad quem.
Se o juiz for para o tribunal, fica automaticamente impedido de funcionar como
órgão de jurisdição no processo em que atuou na instância inferior (252, III - incompatibilidades).
Efeito autofágico da sentença. É o que se dá com a decisão que estatui pena
que, após o trânsito em julgado, gerará a prescrição retroativa. A sentença traz em seu bojo
elemento que a levará à destruição.
Jurisprudência:
Inobservância do princípio da correlação entre a imputação e a sentença. Nulidade.
“Apelação-crime. Receptação dolosa. Inobservância do princípio da correlação entre a
imputação e a sentença – A correlação entre a imputação e a sentença é uma garantia constitucional
assegurada ao réu, pois permite que ele se defenda apenas dos fatos lhe imputados, sendo que a sua
inobservância constitui nulidade insanável. A conduta descrita na inicial subsume-se, sem sombra de
dúvidas, ao tipo de furto qualificado, a qual é substancialmente diversa da praticada no crime de receptação,
por isso não há que se falar que a receptação estaria implícita na denúncia. Se o juiz reconheceu a
possibilidade de nova definição jurídica ao fato, deveria ter obedecido aos ditames do artigo 384 do Código
de Processo Penal, o que, infelizmente, não ocorreu.
Insuficiência probatória do dolo do acusado – O réu admite ter comprado a batedeira do co-réu,
contudo alegou desconhecer a origem ilícita da mesma. Nas suas declarações prestadas a autoridade
policial, o réu declarou que desconfiava que a batedeira era furtada. Entretanto, como já afirmado, tal
declaração pode ser apta a configurar o dolo eventual do réu, mas jamais o dolo direto. Ainda não há
manifesta desproporção entre o valor do objeto e o preço pago. Por essa razão, entendo que a conduta do
réu melhor se subsumiria ao §3º do artigo 180 do CP, mas não é permitido ao juízo do segundo grau operar
tal desclassificação, sob pena de inobservância da súmula 453 do Supremo Tribunal Federal.
Preliminarmente, declarada a nulidade da sentença quanto ao réu L.C., e, no mérito, provido o
apelo do réu A.C.”
(TJ/RS, Apel. nº 70009809690, 8ª Câm. Crim., rel. des. Lúcia de Fátima Cerveira, j. 16.08.06,
v.u.).
São circunstâncias ou elementos do tipo:
a) os elementos que integram a descrição legal do fato;
b) as circunstâncias qualificadoras;
c) as causas de aumento e de diminuição da pena.
*Não se considera agravantes e atenuantes, pois o juiz pode reconhecê-las de
ofício, quando da decisão.
4
FUNDAÇÃO ESCOLA DO MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO PARANÁ
CURSO REGULAR - DIREITO PROCESSUAL PENAL
Professor Armando Antonio Sobreiro Neto
** Cabe na ação penal privada subsidiária da pública também, mas quem adita a
queixa é o MP (ver o texto do dispositivo).
** Não cabe na ação penal exclusivamente privada.
SENTENÇA ABSOLUTÓRIA (art. 386)
Liebman e Fazzalari entendem que coisa julgada formal e coisa julgada material
são duas expressões de um mesmo fenômeno, consistente na imutabilidade do comando contido
na sentença. Diferem, porém, no teor do comando – a coisa julgada formal é imutabilidade do
comando que se limita a por fim ao processo -/- a coisa julgada material é a imutabilidade
do comando que confere tutela, relativamente ao mérito, a alguma das partes.
Coisa julgada difere de preclusão. A preclusão diz respeito a fatores temporais. Ex: não
arrolamento de testemunhas na defesa prévia.