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Unidade 4: Medidores de

Temperatura
Prof. Dr. Luís Gustavo M. S.
UFPI-CT-DEE
Teresina-PI
Sumário
 Introdução
 Efeitos Mecânicos
 Termômetros de Resistência Elétrica
 Termopares
 Termômetros de Radiação
 Medidores de Temperatura com Fibras Ópticas
 Introdução
 Efeitos Mecânicos
 Termômetros de Resistência Elétrica
 Termopares
 Termômetros de Radiação
 Medidores de Temperatura com Fibras Ópticas
Introdução
 Desde o início do século XVII, quando Galileu inventou o
primeiro termômetro, vêm sendo desenvolvidos
instrumentos para aprimorar a medição de temperatura, seja
para aplicações em laboratório, seja para aplicações
industriais em linhas de produção.
Figura 1. Termoscópio
(termômetro de
Galileu): tubo de vidro
preenchido por água e
bolhas de vidro com
alguma substância
colorida e com
densidades diferentes.
Introdução
1. Os primeiros termômetros foram utilizados para fins médicos e
meteorológicos.
2. Eram tubos de vidro, abertos em um dos lados, principalmente
preenchidos com ar e completados com água.
3. Na metade do século XVII, sugiram os primeiros termômetros
de vidro com líquidos fechados, desenvolvidos por Leopoldo,
Cardinal dei Medici.
4. Conhecidos como termômetros fiorentinos, esses instrumentos
eram graduados entre 50, 100 e 300 graus. Eram preenchidos
com vinho tinto destilado.
5. Em meados do século XVIII, o termômetro de mercúrio já era
mais popular, pela sua expansão uniforme.
 Introdução
 Efeitos Mecânicos
 Termômetros de Resistência Elétrica
 Termopares
 Termômetros de Radiação
 Medidores de Temperatura com Fibras Ópticas
Efeitos Mecânicos – Termômetros de
expansão em bulbos de vidro
 Alguns instrumentos para medição de temperatura podem
ser classificados como instrumentos de efeitos mecânicos.
Por exemplo, tem-se os termômetros de mercúrio e de
álcool.
 O termômetro de álcool leva vantagem sobre o de mercúrio
por ter um coeficiente de expansão maior, mas possui um
limite de temperatura mais baixo, enquanto o de mercúrio
solidifica abaixo de -37,8 oC.
 O mecanismo desse tipo de termômetro baseia-se no
coeficiente de dilatação térmica.
Efeitos Mecânicos – Termômetros de
expansão em bulbos de vidro
 Esses termômetros geralmente são construídos de duas
maneiras:
 Termômetros de imersão parcial: são calibrados para ler a
temperatura corretamente quando expostos a temperaturas
desconhecidas e ainda imersos até uma profundidade indicada;
 Termômetros de imersão total: são calibrados para ler a temperatura
corretamente quando expostos a temperaturas desconhecidas e
ainda imersos totalmente.
 A diferença fundamental entre esses dois instrumentos é que
o termômetro de imersão parcial estará sujeito a erros
maiores, devido à diferença de temperatura entre uma parte
do corpo do instrumento e o ponto de medição.
Efeitos Mecânicos – Termômetros de
expansão em bulbos de vidro
Figura 2.
Termômetro de
imersão parcial.

Figura 3. Detalhe
de termômetro
de vidro com
líquido.
Efeitos Mecânicos – Termômetros
Bimetálicos
 Esses sensores constituem-se de duas tiras de metal com
coeficientes de dilatação térmica diferentes, fortemente fixadas.
Figura 5. Fotografia de
um medidor de
temperatura em que se
utilizam bimetálicos.

Figura 4. Princípio de funcionamento de um bimetal.


Figura 6. Bimetal
com geometria
espiral e helicoidal.
Efeitos Mecânicos – Termômetros
Bimetálicos
 Aplicações: serve para abrir/fechar uma determinada chave
ligada a um circuito, ou para indicar uma temperatura sobre
uma escala.
 Exemplos:
 Sistemas de controle ON/OFF;
 Aplicados em sistemas de segurança por meio do uso de
termostatos.
Efeitos Mecânicos – Termômetros
Bimetálicos

Figura 8. Termostato implementado


com um bimetálico.

Figura 7. Disjuntor elétrico e seu bimetálico.


Efeitos Mecânicos – Termômetros
Manométricos
 São termômetros que utilizam a variação de pressão obtida pela
expansão de algum gás ou vapor como meio físico para relacionar
com a temperatura. No caso, mede-se a variação de pressão.
Figura 9. Figura 10.
Sensor de Fotografia de
temperatura um termômetro
que utiliza o manométrico
princípio de industrial.
expansão dos
gases.

 Os termômetros manométricos de mercúrio cobrem uma faixa


que vai de – 38 oC a 590 oC, enquanto os manométricos
preenchidos com gás cobrem a faixa de – 240 oC a 645 oC.
 Introdução
 Efeitos Mecânicos
 Termômetros de Resistência Elétrica
 Termopares
 Termômetros de Radiação
 Medidores de Temperatura com Fibras Ópticas
Termômetros de Resistência Elétrica -
Termômetros Metálicos (RTDs)
 Um tipo de medidor de temperatura bastante conhecido e preciso
são os termômetros baseados na variação de resistência elétrica.
Esses sensores são geralmente denominados RTDs (Resistance
Temperature Detector).
 Os termômetros de resistência funcionam com base no fato de
que, de modo geral, a resistência dos metais aumenta com a
temperatura.
 Boas precisões podem ser alcançadas com esse tipo de sensores:
RTDs comuns podem fazer medidas com erros da ordem de
±0,1 oC, enquanto os termômetros de resistência de platina
podem chegar a erros da ordem de 0,0001 oC
Termômetros de Resistência Elétrica -
Termômetros Metálicos (RTDs)
Figura 11. Fotografia
de um RTD do tipo
PT100.

Figura 12. Símbolo padrão para um resistor que apresenta


uma dependência linear com a temperatura; sensor
resistivo com três e com quatro terminais.
Termômetros de Resistência Elétrica -
Termômetros Metálicos (RTDs)
 As principais características dos RTDs são:
 Condutor metálico (a platina é o metal mais utilizado);
 São dispositivos praticamente lineares;
 Dependendo do metal são muito estáveis;
 Apresentam baixíssima tolerância de fabricação (0,06% a 0,15%).
 Os termômetros de resistência são, portanto, considerados
sensores de alta precisão e ótima repetitividade de
leitura.
 Em geral, esses sensores são confeccionados com um fio (ou um
enrolamento) de metal de alto grau de pureza, usualmente cobre,
platina ou níquel. Esses sensores também são construídos
depositando-se um filme metálico em um substrato cerâmico.
Termômetros de Resistência Elétrica -
Termômetros Metálicos (RTDs)
 Algumas considerações:
 A platina tem uma relação resistência/temperatura estável
sobre a maior faixa de temperatura (- 184,44oC a 648,88oC).
 Elementos de níquel têm uma faixa limitada, tornando-se
bastante não lineares acima de 300 oC.
 O cobre tem uma relação resistência/temperatura bastante
linear, porém oxida a temperaturas muito baixas e não pode ser
utilizado acima de 150 oC.
Termômetros de Resistência Elétrica -
Termômetros Metálicos (RTDs)
 A platina é o melhor metal para construção de RTD,
basicamente por três motivos:
 Dentro de uma faixa, a relação resistência/temperatura é
bastante linear;
 Essa faixa é bastante repetitiva;
 Sua faixa de linearidade é a maior dentre os metais.
 A precisão de um RTD é significativamente maior que um
termopar quando utilizado dentro da faixa de -184,4 a
648,88 oC.
Termômetros de Resistência Elétrica -
Termômetros Metálicos (RTDs)
 Atualmente, as termoresistências de platina mais usadas são:
 PT-25,5 , PT-100 , PT-120 , PT-130 , PT-500 , e o
mais conhecido e mais utilizado industrialmente é o PT-100 .
 A nomenclatura de outros RTDs segue esse padrão. Por
exemplo: NI-50 .
 Um sensor de filme de platina para aplicação industrial pode
atuar na faixa de –50 a 260 oC, enquanto os sensores de
enrolamentos de fio de platina atuam entre – 200 a 648 oC.
A faixa mais comum de sensores industriais vai de – 200 a
500 oC.
Termômetros de Resistência Elétrica -
Termômetros Metálicos (RTDs)
• A temperatura, impurezas e tensões
mecânicas internas influenciam nas
características resistência-temperatura
dos elementos.

Figura 13. Variação da resistência de metais com a temperatura.


Termômetros de Resistência Elétrica -
Termômetros Metálicos (RTDs)
Tabela 1. Especificações para diferentes RTDs.
Termômetros de Resistência Elétrica -
Termômetros Metálicos (RTDs)
 Definindo a variação da resistência do metal em função da
variação de temperatura temos:
R  R0 1   T  T0 
sendo:
R a resistência à temperatura T;
R0 a resistência de referência à temperatura de referência T0 ;
 o coeficiente de temperatura do material.
 Pode-se isolar o coeficiente de temperatura :
R  R0

R0 T  T0 
Termômetros de Resistência Elétrica -
Termômetros Metálicos (RTDs)
 A sensibilidade do sensor de temperatura é, por definição, a
razão da variável de saída pela variável de entrada. Nesse
caso, SRTD=/oC.
 Logo, é necessário derivar a equação de modo a calcular S:
dR d R0 1   T  T0 
S RTD    R0
dT dT
Termômetros de Resistência Elétrica -
Termômetros Metálicos (RTDs)
 Exemplo: Um dado RTD apresenta uma resistência de 100 
 
e   0,00389  K a 0 oC. Calcule a sensibilidade e o
coeficiente de temperatura do RTD a 70 oC.
Termômetros de Resistência Elétrica -
Termômetros Metálicos (RTDs)
Existem diferentes especificações para o coeficiente de
temperatura para RTDs de platina:
 A ITS90 (International Temperature Scale) especifica um mínimo de
coeficientes de temperatura de 0,003925 para RTDs padrões de
platina. As normas IEC751 e ASTM 1137 padronizam o
coeficiente de 0,0038500 para platina.
 É importante salientar que, quando o elemento é
comercializado, o seu coeficiente é impresso na embalagem.
Termômetros de Resistência Elétrica -
Termômetros Metálicos (RTDs)

Figura 14. Fotografia da parte externa de um sensor


de temperatura de platina depositada sobre substrato
cerâmico. Cortesia Hayashi Denko.
Termômetros de Resistência Elétrica -
Termômetros Metálicos (RTDs) (cont.)
 Existem diferentes construções de RTDs de platina para uso
industrial:
1. O fio de platina é enrolado em sentido radial (a fim de não
causar indutâncias);
2. O fio é enrolado e suspenso, de modo que se encaixe em
pequenos furos interiores ao corpo do sensor; (Figura 15)
3. E por último, os filmes que são depositados sobre um
substrato cerâmico. (Figura 16)
Figura 15. Bobina bifilar
metálica enrolada sobre um
substrato de cerâmica e
encapsulada em cerâmica.
Termômetros de Resistência Elétrica -
Termômetros Metálicos (RTDs)

Figura 16. Detalhe de um sensor de temperatura de


platina depositada sobre substrato cerâmico.
Termômetros de Resistência Elétrica -
Termômetros Metálicos (RTDs)

Figura 17. Detalhes da construção de um RTD de platina em uma bainha de


aço inoxidável.
Termômetros de Resistência Elétrica -
Termômetros Metálicos (RTDs)
 Para se utilizar um sensor do tipo RTD deve-se passar uma
corrente elétrica através dele. Essa corrente será
responsável pela dissipação de potência por efeito joule.
 Devido o efeito joule, a medida de temperatura sofrerá um
acréscimo tornando a leitura maior que o valor real. A isso se
chama erro de autoaquecimento.
 A fim de reduzir esses erros, deve-se reduzir a potência
dissipada pelo sensor (geralmente se utiliza uma corrente de
1mA).
 Pode-se também utilizar um sensor com baixa resistência
térmica, o que favorece a dissipação do calor.
Termômetros de Resistência Elétrica -
Termômetros Metálicos (RTDs)
 A estabilidade de um sensor do tipo RTD depende do seu
ambiente de trabalho. Quanto mais altas as temperaturas,
maior a rapidez com que ocorrem desvios indesejáveis e
contaminações.
 Abaixo de 400 oC, os desvios impressos são insignificantes,
porém entre 500 oC e 600 oC eles tornam-se um problema,
causando erros de até alguns graus por ano.
 Em condições de uso extremo, é recomendável que o sensor
seja calibrado mensalmente. Sob uso moderado, recomenda-
se que a calibração seja executada ao menos uma vez por ano.
Termômetros de Resistência Elétrica -
Termômetros Metálicos (RTDs)
Existem dois métodos comumente utilizados para a calibração dos
RTDs: método do ponto fixo e método de comparação.
 O método de ponto fixo é utilizado para calibrações de alta
precisão (0,0001 oC) e consiste na utilização de temperaturas de
fusão ou solidificação de substâncias como água, zinco e argônio
para gerar os pontos fixos e repetitivos de temperatura.
 O método de comparação utiliza um banho isotérmico
estabilizado e aquecido eletricamente, no qual são colocados os
sensores a calibrar e um sensor padrão que servirá de referência.
Termômetros de Resistência Elétrica -
Termômetros Metálicos (RTDs)
 Para situações em que é suficiente uma incerteza maior ou
igual a 0,1 oC, é possível utilizar técnicas mais simples de
interpolação. Trata-se de equações de segunda e terceira
ordens, facilmente implementadas por controladores
programáveis.
 Para um termômetro de resistência de platina:
 De 0 oC a 850 oC:
R(t)=R0(1 + At + Bt2)
 De – 200 oC a 0 oC:
R(t)=R0(1 + At + Bt2 + C(t – 100)t3)
A, B e C coeficientes de calibração.
Termômetros de Resistência Elétrica -
Termômetros Metálicos (RTDs)
 Uma das maneiras mais populares de utilização de RTDs é
por meio de uma fonte de corrente para excitar o sensor e
medir a tensão sobre ele.

Figura 18. Fonte de corrente excitando um RTD.


Termômetros de Resistência Elétrica -
Termômetros Metálicos (RTDs)
 Outra maneira de implementar um termômetro com RTDs é
utilizar um circuito em ponte de Wheatstone.

Figura 19. Montagem a dois fios.


Termômetros de Resistência Elétrica -
Termômetros Metálicos (RTDs)
 Considerando-se a situação de equilíbrio, quando a
resistência do RTD for R, a tensão na ponte será

Figura 19. Montagem a dois fios.

VAB
1
 
 RRTD  2 RC  1 R  2 RC
  ,
2 R  RRTD  2 RC 2 2 R  2 RC
em que RC representa a resistência dos cabos.
Termômetros de Resistência Elétrica -
Termômetros Metálicos (RTDs)
 Se os valores de resistência dos cabos forem significativos,
será introduzido um erro devido a eles.

Figura 20. Montagem a três fios.


Termômetros de Resistência Elétrica -
Termômetros Metálicos (RTDs)
 No caso da montagem a três fios, pode-se observar a Figura
20:

Figura 20. Montagem a três fios.

No caso da montagem a três fios, se vê a seguinte situação:


VAB  R  RC i1  RRTD  RC i2
No equilíbrio ou quando a resistência do RTD for igual a R:
V AB  0
Termômetros de Resistência Elétrica -
Termômetros Metálicos (RTDs)
 Na montagem a quatro fios existem duas ligações para cada
lado da ponte também, anulando o efeito da resistência dos
cabos.

Figura 21. Montagem a quatro fios.


Termômetros de Resistência Elétrica -
Termômetros Metálicos (RTDs)
 Se os valores de resistência dos cabos forem significativos,
será introduzido um erro devido a eles.

Figura 21. Montagem a quatro fios.

Na ligação a quatro fios, o raciocínio pode ser o mesmo:


VAB  R  2 RC i1  RRTD  2 RC i2
No equilíbrio ou quando a resistência do RTD for igual a R:
V AB  0
Termistores
 Os termistores são semicondutores cerâmicos que também
têm sua resistência alterada como efeito direto da
temperatura, mas que geralmente possuem um coeficiente de
variação maior que os RTDs (ou termoresistências).
 Esses dispositivos são formados pela mistura de óxidos
metálicos prensados e sintetizados em diversas formas ou em
filmes finos, podendo ser encapsulados em vidro (herméticos
para maior estabilidade) ou em époxi.
 A palavra termistor vem de thermally sensitive resistor.
Termistores
 São designados como NTC (negative temperature coefficient) quando
apresentam um coeficiente de temperatura negativa e como PTC
(positive temperature coefficient) quando apresentam um coeficiente
de temperatura positivo.

Figura 1. Símbolos padrões dos termistores que apresentam uma


dependência não linear com temperatura (a) positiva e (b) negativa.

 Esses dispositivos não são lineares e apresenta uma sensibilidade


elevada (em geral, 3% a 5% por oC) com faixa de operação típica
de – 100 oC a + 300 oC.
Termistores
 Os termistores são disponibilizados em tamanhos e formas
variados. A sua faixa de tolerância de fabricação também
varia, geralmente de 5% a 20%.

Figura 2. Exemplos de termistores comerciais.


Termistores
 Em 1833, Michael Faraday foi o primeiro a descrever um
termistor.
 Definição: Os termistores são dispositivos baseados na
dependência da temperatura de uma resistência
semicondutora, que varia o número de cargas portadoras
disponíveis e sua mobilidade.
 Quando a temperatura aumenta, o número de cargas
portadoras aumenta e a resistência diminui.
 Para o coeficiente de temperatura negativa, essa dependência
varia com as impurezas.
Termistores (Tipo PTC)
 Os PTC’s aumentam a sua resistência com o aumento da
temperatura.
 Como são construídos a partir do silício, apresentam
características dependentes desse semicondutor dopado.
 Nesse caso, essa dependência da resistência em relação à
temperatura é quase linear.
 Uma aplicação comum desse tipo de componente é a
compensação de semicondutores e circuitos.
 Outros termistores com coeficiente positivo são construídos
com titanatos de bário, chumbo e estrôncio.
Termistores (Tipo PTC)

Figura 3 Curva típica R ×T de um termistor do tipo


chave (switching type thermistor).
Termistores (Tipo PTC)
 Dependendo da sua composição e do seu nível de dopagem,
alguns termistores PTC baseados na dopagem por silício
mostram um declive baixo com a temperatura, e são
chamados de tempsistores ou silistores.
 Na faixa de temperatura de – 60 oC a + 150 oC, podem ser
descritos por:
2,3
 273,15 K  T 
RT  R25   
 298,15 K 
Termistores (Tipo NTC)
 Os termistores do tipo NTC consistem em óxidos metálicos tais
como, níquel, cobre, ferro, manganês e titânio.
 A dependência da resistência em relação à temperatura do
termistor do tipo NTC é aproximadamente igual à característica
apresentada por semicondutores intrínsecos.
 Nesses componentes, o logaritmo da resistência tem uma variação
aproximadamente linear com o inverso da temperatura absoluta:

ln( RT )  A  ,
sendo: T
β a constante do termistor dependente do material;
T temperatura absoluta em K;
A uma constante.
Termistores (Tipo NTC)
 Considerando-se que uma temperatura T0 de referência (em
K) tem-se uma resistência conhecida R0, pode-se fazer:
1 1 
   
RT  R0  e  0
T T

Para R0 em 25 oC, T0 = 273,15K + 25 K ≈ 298 K


β: é chamado de coeficiente de temperatura do termistor, e seu
valor varia de acordo com o tipo de NTC.
 De RT, a sensibilidade relativa ou TCR pode ser calculada por
dRT
dT 
  2
RT T
Termistores (Tipo NTC)
 A constante β pode ser calculada pela resistência do
termistor NTC a duas temperaturas de referência T1 e T2:
1 1
    R1  1 1
R1  R2  e  1 T2 
T
 ln       
e, finalmente,  R2   T1 T2 
 R1 
ln  
  R2 
1 1
  
 T1 T2 
β é então especificado como βT1/T2, como p. ex., β20/70.
Termistores (Tipo NTC)
 Exemplo: Calcule β para um termistor NTC que tem 10.000
Ω a 25 oC e 3.800 Ω a 50 oC.
Termistores (Tipo NTC)
 Para um termistor típico, o modelo de dois parâmetros
fornece uma precisão de ± 0,3 oC para uma faixa de 50 oC.
 Um modelo de três parâmetros reduz esse erro para ± 0,01
oC em uma faixa de 100 oC. O modelo então é descrito pela

equação empírica de Steinhart e Hart:


 B C 
 A  3 
RT  e  T T 
.
Ou, alternativamente,

 a  b  ln( RT )  c   ln  RT   .
1 3

T
Termistores (Tipo NTC)
 Medindo RT a três temperaturas conhecidas e resolvendo a
equação resultante do sistema, o valor de RT para uma
temperatura T é dado por:
 m m 2
n 2
m m 2 2 
n 

RT  exp  
3   3   ,
 2 4 27 2 4 27 
 

 
sendo
a 1
m T e nb
c c
Termistores
 As limitações dos termistores para medição de temperatura e
de outras quantidades físicas são similares às dos RTDs, mas
os termistores são menos estáveis que os RTDs.
 Os termistores são amplamente utilizados, e apresentam alta
sensibilidade e alta resolução para medição de temperatura.
 Sua alta resistividade permite massa pequena com rápida
resposta e cabos de conexão longos.
Termistores
Tabela 2: Características gerais dos termistores NTC de uso
mais frequente.
Aplicações de Termistores
 Um circuito para medição de uma faixa de temperatura,
como, por exemplo, no sistema de aquecimento de veículos
formado por uma bateria, um resistor variável em série, um
termistor e um microamperímetro.

Figura 4. Aplicação de um termistor em um sistema


de aquecimento automotivo.
Aplicações de Termistores
 Fonte chaveada de computador com um NTC.

Figura 5. (a) Fotografia de um NTC utilizado em fontes chaveadas; (b)


fotografia de uma fonte chaveada utilizando um NTC.
Linearização – NTCs
 Para analisar um termistor NTC em um circuito, pode-se
considerar a resistência equivalente de Thévenin Rp vista entre
os terminais aos quais o termistor NTC está conectado.

R  RT
RP 
R  RT
Linearização – NTCs
 A sensibilidade à temperatura pode ser assim calculada:
2
dRP R dRT
 
dT R  RT  dT
2

RP não é linear, mas sua mudança com a temperatura é menor


que a RT, pois o fator multiplicador dRT/dT é menor que 1.
Linearização – NTCs

Figura 6. Característica resistência-temperatura de um termistor NTC


desviada por um resistor R.(R0=10 k, = 3600 K e R = 5 k)
Linearização – NTCs
 O resistor R, ou, como alternativa, o termistor NTC, pode
ser escolhido para melhorar a linearidade na faixa de
medição.
 Um método analítico para se calcular R é forçar três pontos
equidistantes na curva resistência-temperatura para coincidir
com uma linha tracejada.
Linearização – NTCs
Linearização – NTCs
 Se T1 –T2 = T2 –T3, a condição é:
Rp1  Rp 2  Rp 2  Rp3 ,
R  RT 1 R  RT 2 R  RT 2 R  RT 3
   .
R  RT 1 R  RT 2 R  RT 2 R  RT 3
 Resolvendo para R, tem-se:
RT 2  RT 1  RT 3   2  RT 1  RT 3
R .
RT 1  RT 3  2  RT 2
 Essa expressão não depende de nenhum modelo matemático para
RT. O mesmo método pode ser aplicado para termistores PTC e
outros sensores resistivos não lineares .
Linearização – NTCs
 Outro método analítico consiste em forçar a curva
resistência-temperatura a ter um ponto de inflexão no centro
da faixa de medição (TC).
dRP R2 dRT
 
dT R  RT  dT 2

 Isso fornece o valor de R:

  2  TC
R  RT 
C
  2  TC
Linearização – NTCs
 Exemplo: Considere o mesmo termistor da Figura 6 (R0 =
10 k,  = 3600 K). Determine o valor de R para que a
resposta seja linearizada entre 280 e 380 K.
Pelo método dos três pontos equidistantes:
Em T3 = 280 K  R3 = 7191 
Em T2 = 330 K  R2 = 1025 
Em T1 = 380 K  R1 = 244 
Aplicando a equação, temos:
R  763,5 
Linearização – NTCs
Utilizando o método do ponto central, temos:
TC = 330 K e RTC = 1025 
  2  TC
R  RTC 
  2  TC
R  707 
Linearização – NTCs

Req  RAB 
Rtermistor  R1 R2
R1  R2  Rtermistor
 Introdução
 Efeitos Mecânicos
 Termômetros de Resistência Elétrica
 Termopares
 Termômetros de Radiação
 Medidores de Temperatura com Fibras Ópticas
Termopares
 Sensores self-generating ou sensores ativos, como, por exemplo, os
piezoelétricos, os termopares, os piroelétricos, os
fotovoltaicos, os eletroquímicos, entre outros, geram um
sinal elétrico a partir de um mensurando sem necessitar de
alimentação.
 Essa família de sensores oferece métodos alternativos para muitas
medições, como, por exemplo, de temperatura, de força, de
pressão e de aceleração.
 Além disso, podem ser usados como atuadores para se obterem
saídas não elétricas de sinais elétricos.
 Muitas vezes são denominados transdutores elétricos, pois
fornecem tensão ou corrente elétrica em resposta ao estímulo.
Termopares
 Entre 1821 e 1822, Thomas J. Seebeck observou a existência dos
circuitos termelétricos quando estudava o efeito eletromagnético.
 Ele observou que um circuito fechado, formado por dois metais
diferentes, é percorrido por uma corrente elétrica quando as
junções estão expostas a uma diferença de temperatura – efeito
Seebeck.

Figura 7. Circuito de Seebeck.


Termopares
 Se o circuito é aberto, uma força eletromotriz (fem)
termelétrica aparece e depende somente dos metais e das
temperaturas das junções do termopar.
 A relação entre a fem e a diferença de temperatura T entre as
junções define o coeficiente de Seebeck Sab, definido por:
d ( fem )
S ab   S a  Sb
dT
sendo que Sa e Sb representam, respectivamente, a potência
termelétrica absoluta entre dois pontos a e b do termopar.
Termopares
 Em 1834, Jean C. A. Peltier descobriu que, quando existe um
fluxo de corrente na junção de dois metais diferentes, há liberação
ou absorção de calor, conforme Figura 7.

Figura 7. Efeito de Peltier.


 Esse fenômeno é conhecido como efeito Peltier, e pode ser
definido como a mudança no conteúdo do calor quando uma
quantidade de carga (1 coulomb) atravessa a junção.
Termopares
 Cabe observar que esse efeito é reversível e não depende da
forma ou das dimensões dos condutores. Portanto, depende
apenas da composição das junções e da temperatura.
 Essa dependência é linear e é descrita pelo coeficiente de Peltier
πab (cuja unidade é o volt), que é definido como o calor
gerado na junção entre a e b para cada unidade de fluxo entre
b e a:
 ab (T )  T  (Sa  Sb )   ba (T ).
Termopares
 Em 1851, Lord Kelvin (Sir William Thomson Kelvin)
verificou que um gradiente de temperatura em um condutor
metálico é acompanhado de um pequeno gradiente de tensão
cuja magnitude e direção dependem do tipo de metal. Esse
efeito é conhecido por efeito Thomson.

Figura 8. Efeito Thomson.


Termopares
 O efeito Thomson pode ser descrito por:
dT
q  J  J
2

dx
em que
q é o calor por unidade de volume;
 é a resistividade do material;
J é a densidade de corrente;
 é o coeficiente de Thomson;
dT é o gradiente de temperatura ao longo do condutor.
dx
Termopares
 Princípios Fundamentais:
 circuito Seebeck: denominado par termoelétrico ou,
comumente, termopar, é uma fonte de força eletromotriz
(tensão elétrica). Portanto, o termopar pode ser utilizado
como um sensor de temperatura ou como uma fonte de energia
elétrica (conversor de energia termelétrica).
Figura 9. Tensão de
Seebeck: depende apenas
das características dos
materiais constituintes do
termopar e das
temperaturas das junções.
Termopares
 Princípios Fundamentais:
 Lei dos Metais Intermediários

Figura 10. Lei dos metais intermediários: Figura 11. Aplicação da lei dos metais
a tensão de Seebeck não se altera em intermediários: o instrumento de medida é
função da inserção do metal intermediário, o metal intermediário e não altera a tensão
desde que as junções novas (m, n) sejam de Seebeck, desde que suas junções estejam
mantidas à mesma temperatura (Tz). à mesma temperatura.
Termopares
 Princípios Fundamentais:
 Lei das Temperaturas Sucessivas
 Esta lei descreve a relação entre a fem obtida para diferentes temperaturas
de referência ou de junção fria.
 Essa lei permite compensar ou prever dispositivos que compensem
mudanças de temperatura da junta de referência.

Figura 12. Curva de calibração de um determinado termopar.


Termopares
 Princípios Fundamentais:
 A inclinação da curva VS x T em um ponto qualquer (dVS/dT) é
denominado potência termoelétrica, que geralmente é pequena e
varia com a natureza do termopar. Por exemplo:
 Para cromel-alumel  quatro dezenas de V/C
 Para ferro-constantã  cinco dezenas de V/C
 A dependência da diferença de potencial entre as juntas com a
temperatura pode ser aproximada por funções do tipo:
VS  a  b  T  c  T 2   
 Portanto, a variação da fem (fem) em função da variação da
temperatura (T) é a potência termoelétrica:
dVS
P  b  2  c T  
dT
Termopares
 Os principais termopares comerciais:
 Os requisitos necessários para a escolha de metais a serem
empregados como termopares, são:
 Resistência à oxidação e à corrosão;
 Linearidade;
 Ponto de fusão maior que a maior temperatura;
 A leitura da fem deve ser medida com precisão razoável;
 O valor da fem deve aumentar continuamente com a temperatura;
 Os metais devem ser homogêneos;
 As resistências elétricas não devem apresentar valores limitantes;
 A fem deve ser estável durante a calibração e o uso em limites aceitáveis;
 A fem não deve ser alterada por mudanças químicas, físicas ou pela
contaminação do ambiente;
 Deve ser facilmente soldado pelo usuário.
Termopares
 Os principais termopares comerciais
Tabela 3. Alguns termopares comerciais e suas características básicas (padrão
ANSI).
Termopares
 Os principais termopares comerciais

Figura 13. Esquema de um termopar industrial com bainha protetora e estrutura


para ligação de cabos de compensação.
Termopares
 Características dos termopares:
 TERMOPARES J: (ferro-constantã)
Composição: Ferro(+)/Cobre-Níquel(-)
Faixa de Utilização: 0 a 760 °C
São versáteis, de baixo custo e indicados para atmosferas inertes ou
redutoras (até 760 °C). Em meios oxidantes, devem ser usados com
tubos de proteção devido a presença de ferro
 TERMOPARES K: (cromel-alumel)
Composição: Níquel-Cromo(+)/Níquel-Alumínio(-)
Faixa de Utilização: 0 a 1370 °C
Apresenta uma faixa de medição maior do que a dos tipos E, J e T em
ambientes oxidantes. Apresentam boa resistência mecânica a altas
temperaturas e não são indicados para atmosfera redutora
Termopares
 Características dos termopares:
 TERMOPARES T: (cobre-constantã)
Composição: Cobre(+)/Cobre -Níquel(-)
Faixa de Utilização: -160 a 400 °C
São resistentes à corrosão e úteis em ambientes excessivamente
úmidos. Resistem a atmosferas redutoras e oxidantes e são muito
utilizados a temperaturas negativas.
 TERMOPARES E: (cromel-constantã)
Composição: Níquel-Cromo(+)/Cobre-Níquel(-)
Faixa de Utilização: -200 a 900°C
Podem ser usados em atmosferas oxidantes e inertes. Em ambientes
redutores ou vácuo perdem suas características termoelétricas.
Adequado para uso em temperaturas abaixo de zero graus.
Termopares
 Características dos termopares:
 TERMOPARES B:
Composição: 6% Platina-Ródio(+)/30% Platina-Ródio(-)
Faixa de Utilização: 600 a 1700 °C ;
Recomendáveis em atmosferas oxidantes ou inertes. Não devem ser
usados abaixo de zero graus, no vácuo, em atmosferas redutoras ou
atmosferas com vapores metálicos. Mais adequado para altas
temperaturas que os tipos R/S.
 TERMOPARES R e S :
Composição: R 13% Platina-Ródio(+)/Platina(-)
S 10% Platina-Ródio(+)/Platina(-)
Faixa de Utilização: 0 a 1600 °C
São altamente resistentes à oxidação e à corrosão.
Termopares
 Características dos termopares:
 TERMOPARES N: (nicrosil-nisil)
Composição: Níquel-Cromo-Silício(+)/Níquel-Silício-Magnésio(-)
Faixa de Utilização: -200 a 1200°C
Excelente resistência a oxidação até 1200 °C. Curva fem x Temp.
similar ao tipo K, porém possui menor potência termoelétrica.
Termopares
 Características dos termopares:
Com base nos gráficos,
as sensibilidades
aproximadas são:
•Tipo E  70 V/C
•Tipo J  55 V/C
•Tipo T  50 V/C
•Tipo K  40 V/C.

Figura 14. Características de alguns termopares com junção de


referência a 0 °C.
Termopares
 Características dos termopares:

V  a0  a1  T  a2  T 2  a3  T 3    an  T n
Tabela 4. Coeficientes para os termopares E, J, K e T.
Termopares
 Medição da tensão do termopar

Figura 15. Ponto de medição (junção q aberta, denominada


junção fria ou de referência).
Termopares
 Medição da tensão do termopar

Figura 16. Uso de um voltímetro para medir a fem de um termopar


do tipo T e seu circuito equivalente.
Termopares
 Compensação da junta fria

Figura 17. Exemplo anterior com a junção J2 imersa em


banho de gelo agora caracterizada como junção de referência
(a temperatura de referência deve ser constante).
Termopares
 Compensação da junta fria

Figura 18. Circuito equivalente para a junção J2


imersa em banho de gelo.
Termopares
 Compensação da junta fria

Figura 19. Termopar do tipo J ligado a um voltímetro


com contatos internos de cobre. A ligação do
termopar aos bornes do voltímetro criou duas novas
junções.
Termopares
 Compensação da junta fria

Figura 20. Uso de um cabeçote isotérmico interligando


os terminais do voltímetro (Cu) ao termopar.
Termopares
 Compensação da junta fria

Figura 21. Medição de temperatura por meio de duas


junções a temperatura constante e metais comuns
(cobre, Cu) como extensão.
Termopares
 Compensação da junta fria

Figura 22. Bloco isotérmico em vez de banho de gelo.


Termopares
 Compensação da junta fria

Figura 23. Compensação eletrônica para a junção de referência.


Termopares

Figura 24. Isolantes dos fios do termopar: (a) faixa de


tamanhos (da esquerda para a direita): 3,2; 2,4; 2,0; 1,6;
1,2; 0,8 e 0,4 mm de diâmetro; (b) aplicação dos isolantes
em várias configurações de termopares.
Termopares

Figura 25. Termopar do tipo cimentado.


Termopares
 Alguns exemplos de circuitos condicionadores

Figuras 26. Circuito genérico para compensação da


junta de referência. O bloco isotérmico substitui o
banho de gelo, e sua tensão deve ser medida para ser
adicionada à tensão da junta quente.
Termopares
 Alguns exemplos de circuitos condicionadores

Figuras 27. Utilização de um sensor de temperatura (TMP35)


para compensação da junta fria.
Termopares
 Alguns exemplos de circuitos condicionadores

Figura 28. Amplificador AD594/AD595 para termopar com compensação


da junção fria.
 Introdução
 Efeitos Mecânicos
 Termômetros de Resistência Elétrica
 Termopares
 Termômetros de Radiação
 Medidores de Temperatura com Fibras Ópticas
Termômetros de Radiação
 Todos os corpos na natureza são formados por moléculas,
formadas por átomos.
 Todas as partículas são em essência cargas elétricas.
 Acima de 0 K essas partículas estão em movimento e assim
geram uma radiação eletromagnética.
 A radiação pode ser caracterizada pela intensidade ou
comprimento de onda.
 A pele do corpo humano emite radiação térmica na faixa
entre 5𝜇𝑚 𝑒 15𝜇𝑚.
 A temperatura pode ser detectada em função dessas variáveis.
Termômetros de Radiação
 A região do infravermelho é utilizada dentro do espectro
eletromagnético para caracterizar temperatura, medindo sua
radiação térmica.
Termômetros de Radiação
 O olho humano utiliza uma faixa muito restrita do espectro,
dentro da faixa visível, entre 0,4 μm (azul) e 0,7 μm
(vermelho).
 Durante muito tempo o olho foi utilizado como “sensor de
temperatura”.
 Dentro do espectro eletromagnético a região de radiação
térmica estende-se de 0,1 a 1000 μm.
 Apesar dos sensores medirem em uma faixa entre 0,7 e 1000
μm, costuma-se utilizar a faixa entre 0,7 e 14 μm.
Corpo Negro e Emissividade
 A energia que incide sobre um objeto pode ser absorvida,
refletida ou transmitida.
 Se a temperatura do corpo é constante, a taxa de energia
absorvida é igual a taxa de energia emitida.
Corpo Negro e Emissividade
 Em 1860, Kirchhoff definiu o corpo negro como uma
superfície que não reflete nem transmite energia, mas apenas
absorve energia, independentemente da direção ou do 𝜆.
 Se a fração absorvida por um corpo real é denominada 𝛼 e
para o corpo negro 𝛼 = 𝛼𝑐𝑛 = 1.
 O calor de radiação absorvido pode ser escrito como:
𝑞𝑎𝑏𝑠𝑜𝑟𝑣𝑖𝑑𝑜 = 𝛼 ∙ 𝑞𝑖𝑛𝑐𝑖𝑑𝑒𝑛𝑡𝑒
 Além de absorver toda radiação incidente, o corpo negro
também deve ser um perfeito irradiador (ou emissor).
Corpo Negro e Emissividade
 A fim de avaliar as capacidades de emissão de uma superfície
real em relação ao corpo negro, Kirchhoff definiu a
emissividade 𝜀 como a razão da radiação térmica emitida por
uma superfície à temperatura T com a do corpo negro
considerando as mesmas condições:
𝐺𝑒𝑚𝑖𝑡𝑖𝑑𝑎 𝑝𝑒𝑙𝑜 𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜
𝜀=
𝐺𝑐𝑜𝑟𝑝𝑜 𝑛𝑒𝑔𝑟𝑜
 A emissividade depende da temperatura e da superfície do
corpo. Esse parâmetro constitui um importante fator na
medição de temperatura sem contato.
Corpo Negro e Emissividade
 No final do século XIX, Stefan e Boltzmann desenvolveram
trabalhos experimentais que levariam à conclusão de que a
radiação emitida da superfície de um objeto é proporcional à
quarta potência da temperatura absoluta:
𝑞 = 𝜎𝑇𝑠4 ,
em que 𝜎 = 5,67 × 10−8 𝑊/𝑚2 .
 A taxa de transferência de calor por radiação para um corpo que
não tem comportamento de corpo negro por unidade de área é
definida como:
4
𝑞 = 𝜎𝛼(𝑇𝑠4 − 𝑇𝑣𝑖𝑧 ),
sendo 𝑇𝑠 a temperatura da superfície e 𝑇𝑣𝑖𝑧 a da vizinhança.
Corpo Negro e Emissividade
 O corpo negro possui o fator de emissividade ε=1.
 Corpos que possuem emissividade diferente de 1, mas
possuem comportamento parecido com o corpo negro são
denominados corpos cinza.
 Corpos não cinza variam a emissividade com o comprimento
de onda.
Corpo Negro e Emissividade
 O forno tipo corpo negro, simula um corpo negro ideal. Isso
é feito com um forno possuindo um pequeno orifício.
 O raciocínio é fazer a radiação penetrar no forno e diminuir
as chances da mesma sair. Dessa forma o forno apenas
absorve energia. Se a temperatura é mantida constante a taxa
de absorção é igual a taxa de emissão.
Corpo Negro e Emissividade
 Distribuição de Planck: Em resumo define a energia irradiada por um corpo apenas
em função da temperatura e do comprimento de onda.
2h 2 C1
E ,cn ( , T )  
 hCKT0   CT2 
  e  1
5
  e  1
5

   

 Existe um comprimento de onda no qual a energia irradiada é máxima.


Diferenciando-se a equação em relação ao comprimento de onda pode-se calcular
os máximos de radiação emitida para um comprimento de onda específico.
Corpo Negro e Emissividade
 Não esqueça: a emissividade é composta por 3 parâmetros: um
referente a energia absorvida, outro a energia refletida e
outro referente a energia transmitida:
G abs G ref G trans
  
G G G
𝛼𝜆 + 𝜌𝜆 + 𝜏𝜆 = 1
𝛼+𝜌+𝜏 =1
𝛼 + 𝜌 = 1 (opaco)
𝛼 = 1 (corpo negro)
Termômetros Infravermelhos
 Basicamente consiste em um sistema óptico e um detector. O
sistema óptico foca a energia irradiada pelo corpo sobre o
detector.
 Medem uma faixa típica de comprimentos de onda entre 0,7
e 20 μm.
Termômetros Infravermelhos
 Apesar das facilidades, esses instrumentos apresentam
algumas desvantagens, tais como o custo, sendo mais caros do
que os sistemas implementados com RTDs e com
termopares. A respeito da calibração, não existe um padrão.
 O fator de emissividade dos materiais varia geralmente.
 Como regra prática, materiais não metálicos opacos possuem
fator de emissividade entre 0,85 e 0,90. Materiais metálicos
não oxidados ficam entre 0,20 a 0,50. Ouro, Prata e
Alumínio, possuem fatores de emissividade muito baixos (de
0,02 a 0,04).
Tipos de Termômetros de Radiação
 De Banda Larga:
 Resposta em 0,3 a 20 μm;
 Simples e baratos;
 Faixas de 0 a 1000ºC;
 Precisão típica de 0,5 a 1% do fundo de escala.
 De Banda estreita:
 Classificados como termômetros de cor única;
 Faixas seletivas da ordem de 8 a 14 μm;
 Faixas de temperatura variam com o fabricante;
 Faixas típicas: 0 a 1000, 600 a 3000 e 500 a 2000ºC;
 Faixa de precisão varia entre 0,25 e 2% do fundo de escala.
Tipos de Termômetros de Radiação
 Termômetros de duas cores:
 Conhecidos como termômetros de razão de radiação;
 A medida da temperatura depende da razão da radiação em dois
comprimentos de onda diferentes;
 Este termômetro possui a vantagem de não depender do fator
de emissividade;
 A seletividade do comprimento de onda é implementado com
filtros ópticos;
 Existem duas janelas, sendo uma para cada filtro.
Tipos de Termômetros de Radiação
 Alguns termômetros desse tipo utilizam mais que dois
comprimentos de onda.
Tipos de Termômetros de Radiação
 Pirômetros ópticos:
 Os pirômetros ópticos medem a radiação do objeto-alvo em
uma pequena banda de comprimentos de onda do espectro
térmico;
 Os instrumentos antigos utilizavam o brilho avermelhado
(portanto, dentro do espectro visível) em aproximadamente
0,65 𝜇𝑚. Por isso, esses instrumentos eram denominados
instrumentos de uma cor apenas.
Tipos de Termômetros de Radiação
 Quando o instrumento é apontado para o objeto. Com um
potenciômetro, a intensidade da cor da lâmpada é variada até
encontrar a mesma cor do objeto.
Tipos de Termômetros de Radiação
 Este mesmo sistema é implementado com um sistema
moderno composto por um processador que faz a
comparação com uma fonte interna de referência. A
comparação é feita utilizando-se um sistema móvel
denominado chopper.
Detectores de Temperatura
 Existem vários tipos:
 Quânticos:
 São componentes fotovoltaicos ou fotocondutivos cujo
funcionamento baseia-se na interação da rede cristalina de
materiais semicondutores com fótons.
 Baseia-se no trabalho de Einstein: E  hf
 Muitos medidores utilizam estes sensores devido a sua alta
sensibilidade.
 Em geral, são utilizados em termômetros de faixa estreita para
temperaturas entre 90 e 450 ºC.
Detectores de Temperatura
 Termopilhas:
 Detectores térmicos passivos por não necessitarem de excitação
externa;
 Podem ser definidas como uma ligação de termopares em série;
 Um sensor de temperatura é acoplado para fazer a compensação
da junta fria;
 Número de junções varia de 20 a centenas;
 A saída é um sinal DC, proporcional a radiação incidente.
Detectores de Temperatura
Termopares Infravermelhos
 Existe atualmente uma classe de medidores sem contato cuja
saída possui o mesmo comportamento que os termopares já
conhecidos. Estes medidores são denominados termopares
infravermelhos.
Campo de visão e razão distância-alvo
 A distância do medidor infravermelho em relação ao alvo,
influencia na resposta conforme as especificações dos
fabricantes.
 A medida é executada levando em conta a área enquadrada
pelo instrumento, de acordo com a sua abertura.

Figura 29. Cuidados com o campo de visão ao


se utilizarem termômetros infravermelhos.
Campo de visão e razão distância-alvo
 Como o sistema óptico foca a região que está sendo medida sobre
o detector, a resolução desse sistema óptico é definida como a
razão da distância do instrumento ao objeto pelo diâmetro
máximo de medição.
 Quanto maior a relação, maior será a resolução do instrumento e
menor a dimensão do objeto.
Termógrafos
 Podem ser unidimensionais: termógrafos de linha. Nesse caso
é feito uma varredura em uma linha, levantando o perfil de
temperatura da mesma.
Termógrafos
 Ou podem ser bidimensionais, levantando o perfil de uma
superfície.
Termógrafos
Termógrafos

Detector com arranjo de sensores a temperatura


controlada.
Termógrafos

Ilustração mostrando grande quantidade de dispositivos


ópticos em um equipamento de termografia.
Termógrafos
Termógrafos
 Introdução
 Efeitos Mecânicos
 Termômetros de Resistência Elétrica
 Termopares
 Termômetros de Radiação
 Medidores de Temperatura com Fibras Ópticas
Medidores de Temperatura com Fibras
Ópticas
 As principais vantagens no uso da fibra óptica:
 Insensibilidade a interferências eletromagnéticas (causadas por
motores, transformadores etc.), incluindo radiofrequência
(telecomunicações);
 Não conduz corrente elétrica (ideal para ambientes explosivos);
 Pode ser posicionada a uma certa distância do ponto a ser medido;
 Os cabos de fibra óptica podem ser condicionados em dutos comuns;
 Alguns cabos de fibra óptica podem suportar temperaturas de até 300
oC;

 Capacidade para medidas distribuídas intrínsecas;


 Passividade química e imune a corrosão;
 Rigidez e flexibilidades mecânicas.
Medidores de Temperatura com Fibras
Ópticas

Figura 30. Medidor de temperatura em que se


utilizam fibras ópticas.
Medidores de Temperatura com Fibras
Ópticas

Figura 31. Sistema de sensoriamento distribuído de temperatura — DTS.

Figura 32. Distribuição de temperatura ao longo de alguns quilômetros de


fibra óptica.
FIM

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