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Temperatura
Prof. Dr. Luís Gustavo M. S.
UFPI-CT-DEE
Teresina-PI
Sumário
Introdução
Efeitos Mecânicos
Termômetros de Resistência Elétrica
Termopares
Termômetros de Radiação
Medidores de Temperatura com Fibras Ópticas
Introdução
Efeitos Mecânicos
Termômetros de Resistência Elétrica
Termopares
Termômetros de Radiação
Medidores de Temperatura com Fibras Ópticas
Introdução
Desde o início do século XVII, quando Galileu inventou o
primeiro termômetro, vêm sendo desenvolvidos
instrumentos para aprimorar a medição de temperatura, seja
para aplicações em laboratório, seja para aplicações
industriais em linhas de produção.
Figura 1. Termoscópio
(termômetro de
Galileu): tubo de vidro
preenchido por água e
bolhas de vidro com
alguma substância
colorida e com
densidades diferentes.
Introdução
1. Os primeiros termômetros foram utilizados para fins médicos e
meteorológicos.
2. Eram tubos de vidro, abertos em um dos lados, principalmente
preenchidos com ar e completados com água.
3. Na metade do século XVII, sugiram os primeiros termômetros
de vidro com líquidos fechados, desenvolvidos por Leopoldo,
Cardinal dei Medici.
4. Conhecidos como termômetros fiorentinos, esses instrumentos
eram graduados entre 50, 100 e 300 graus. Eram preenchidos
com vinho tinto destilado.
5. Em meados do século XVIII, o termômetro de mercúrio já era
mais popular, pela sua expansão uniforme.
Introdução
Efeitos Mecânicos
Termômetros de Resistência Elétrica
Termopares
Termômetros de Radiação
Medidores de Temperatura com Fibras Ópticas
Efeitos Mecânicos – Termômetros de
expansão em bulbos de vidro
Alguns instrumentos para medição de temperatura podem
ser classificados como instrumentos de efeitos mecânicos.
Por exemplo, tem-se os termômetros de mercúrio e de
álcool.
O termômetro de álcool leva vantagem sobre o de mercúrio
por ter um coeficiente de expansão maior, mas possui um
limite de temperatura mais baixo, enquanto o de mercúrio
solidifica abaixo de -37,8 oC.
O mecanismo desse tipo de termômetro baseia-se no
coeficiente de dilatação térmica.
Efeitos Mecânicos – Termômetros de
expansão em bulbos de vidro
Esses termômetros geralmente são construídos de duas
maneiras:
Termômetros de imersão parcial: são calibrados para ler a
temperatura corretamente quando expostos a temperaturas
desconhecidas e ainda imersos até uma profundidade indicada;
Termômetros de imersão total: são calibrados para ler a temperatura
corretamente quando expostos a temperaturas desconhecidas e
ainda imersos totalmente.
A diferença fundamental entre esses dois instrumentos é que
o termômetro de imersão parcial estará sujeito a erros
maiores, devido à diferença de temperatura entre uma parte
do corpo do instrumento e o ponto de medição.
Efeitos Mecânicos – Termômetros de
expansão em bulbos de vidro
Figura 2.
Termômetro de
imersão parcial.
Figura 3. Detalhe
de termômetro
de vidro com
líquido.
Efeitos Mecânicos – Termômetros
Bimetálicos
Esses sensores constituem-se de duas tiras de metal com
coeficientes de dilatação térmica diferentes, fortemente fixadas.
Figura 5. Fotografia de
um medidor de
temperatura em que se
utilizam bimetálicos.
VAB
1
RRTD 2 RC 1 R 2 RC
,
2 R RRTD 2 RC 2 2 R 2 RC
em que RC representa a resistência dos cabos.
Termômetros de Resistência Elétrica -
Termômetros Metálicos (RTDs)
Se os valores de resistência dos cabos forem significativos,
será introduzido um erro devido a eles.
a b ln( RT ) c ln RT .
1 3
T
Termistores (Tipo NTC)
Medindo RT a três temperaturas conhecidas e resolvendo a
equação resultante do sistema, o valor de RT para uma
temperatura T é dado por:
m m 2
n 2
m m 2 2
n
RT exp
3 3 ,
2 4 27 2 4 27
sendo
a 1
m T e nb
c c
Termistores
As limitações dos termistores para medição de temperatura e
de outras quantidades físicas são similares às dos RTDs, mas
os termistores são menos estáveis que os RTDs.
Os termistores são amplamente utilizados, e apresentam alta
sensibilidade e alta resolução para medição de temperatura.
Sua alta resistividade permite massa pequena com rápida
resposta e cabos de conexão longos.
Termistores
Tabela 2: Características gerais dos termistores NTC de uso
mais frequente.
Aplicações de Termistores
Um circuito para medição de uma faixa de temperatura,
como, por exemplo, no sistema de aquecimento de veículos
formado por uma bateria, um resistor variável em série, um
termistor e um microamperímetro.
R RT
RP
R RT
Linearização – NTCs
A sensibilidade à temperatura pode ser assim calculada:
2
dRP R dRT
dT R RT dT
2
2 TC
R RT
C
2 TC
Linearização – NTCs
Exemplo: Considere o mesmo termistor da Figura 6 (R0 =
10 k, = 3600 K). Determine o valor de R para que a
resposta seja linearizada entre 280 e 380 K.
Pelo método dos três pontos equidistantes:
Em T3 = 280 K R3 = 7191
Em T2 = 330 K R2 = 1025
Em T1 = 380 K R1 = 244
Aplicando a equação, temos:
R 763,5
Linearização – NTCs
Utilizando o método do ponto central, temos:
TC = 330 K e RTC = 1025
2 TC
R RTC
2 TC
R 707
Linearização – NTCs
Req RAB
Rtermistor R1 R2
R1 R2 Rtermistor
Introdução
Efeitos Mecânicos
Termômetros de Resistência Elétrica
Termopares
Termômetros de Radiação
Medidores de Temperatura com Fibras Ópticas
Termopares
Sensores self-generating ou sensores ativos, como, por exemplo, os
piezoelétricos, os termopares, os piroelétricos, os
fotovoltaicos, os eletroquímicos, entre outros, geram um
sinal elétrico a partir de um mensurando sem necessitar de
alimentação.
Essa família de sensores oferece métodos alternativos para muitas
medições, como, por exemplo, de temperatura, de força, de
pressão e de aceleração.
Além disso, podem ser usados como atuadores para se obterem
saídas não elétricas de sinais elétricos.
Muitas vezes são denominados transdutores elétricos, pois
fornecem tensão ou corrente elétrica em resposta ao estímulo.
Termopares
Entre 1821 e 1822, Thomas J. Seebeck observou a existência dos
circuitos termelétricos quando estudava o efeito eletromagnético.
Ele observou que um circuito fechado, formado por dois metais
diferentes, é percorrido por uma corrente elétrica quando as
junções estão expostas a uma diferença de temperatura – efeito
Seebeck.
dx
em que
q é o calor por unidade de volume;
é a resistividade do material;
J é a densidade de corrente;
é o coeficiente de Thomson;
dT é o gradiente de temperatura ao longo do condutor.
dx
Termopares
Princípios Fundamentais:
circuito Seebeck: denominado par termoelétrico ou,
comumente, termopar, é uma fonte de força eletromotriz
(tensão elétrica). Portanto, o termopar pode ser utilizado
como um sensor de temperatura ou como uma fonte de energia
elétrica (conversor de energia termelétrica).
Figura 9. Tensão de
Seebeck: depende apenas
das características dos
materiais constituintes do
termopar e das
temperaturas das junções.
Termopares
Princípios Fundamentais:
Lei dos Metais Intermediários
Figura 10. Lei dos metais intermediários: Figura 11. Aplicação da lei dos metais
a tensão de Seebeck não se altera em intermediários: o instrumento de medida é
função da inserção do metal intermediário, o metal intermediário e não altera a tensão
desde que as junções novas (m, n) sejam de Seebeck, desde que suas junções estejam
mantidas à mesma temperatura (Tz). à mesma temperatura.
Termopares
Princípios Fundamentais:
Lei das Temperaturas Sucessivas
Esta lei descreve a relação entre a fem obtida para diferentes temperaturas
de referência ou de junção fria.
Essa lei permite compensar ou prever dispositivos que compensem
mudanças de temperatura da junta de referência.
V a0 a1 T a2 T 2 a3 T 3 an T n
Tabela 4. Coeficientes para os termopares E, J, K e T.
Termopares
Medição da tensão do termopar