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ANEXO I

PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO


INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

MARINGÁ
2017
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ


CNPJ 76.282.656/0001-06

Av. XV de Novembro, nº 701, Centro

CEP 87.013-907 - Maringá - PR - Tel. (44) 3221-1234

Gestão 2017-2020

Ulisses de Jesus Maia Kotsifas

Prefeito Municipal

Edson Scabora

Vice-Prefeito Municipal

Laércio Fondazzi

Secretário de Gestão

Jaime Dallagnol

Secretário de Meio Ambiente e Bem-Estar Animal

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PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

EQUIPE DE ELABORAÇÃO

EQUIPE TÉCNICA NOMEADA PELO DECRETO MUNICIPAL Nº. 455/2017,


PUBLICADO NO ÓRGÃO OFICIAL DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ, ESTADO
DO PARANÁ, Nº 2668 DE 29/03/2017, ANEXO II E DECRETO MUNICIPAL Nº
541/2017 DESIGNA MEMBRO DA SAÚDE PARA COMPOR A EQUIPE
TÉCNICA, ANEXO IV.

PRESIDENTE
Jaime Dallagnol
Secretário Municipal de Meio Ambiente e Bem-Estar Animal

MEMBROS
Juliane Aparecida Kerkhoff
Diretora de Licenciamento e Controle Ambiental - SEMA

Rodolfo Vassoler da Silva


Procurador Municipal - PROGE

Marleidy Araujo de Oliveira


Técnica de Organização e Métodos - SEGE

Mika Yada Noguchi


Assessora de Planejamento - SEPLAN

Adriana Conceição Beraldo Santana


Assessora de Gabinete – GABINETE DO VICE-PREFEITO

José Angelo Salgueiro da Silva


Diretor Administrativo – SEMUSP

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SÓLIDOS URBANOS

Aline Cristina Ramos


Assessora Jurídica/Programa Pró-Catador
Associação de Reciclagem Popular Solidária

Jorge Ulisses Guerra Villalobos


Professor UEM
Indicado pela Cúria Metropolitana do Município

Manoel Ilecir Heckert


Promotor de Justiça Aposentado
Indicado pela Cúria Metropolitana do Município

Segeo Serrano dos Santos


Agente de Suporte Administrativo Sanepar
COMDEMA

Fábio Margaridi Ferreira


Diretor Geral – SAÚDE

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SÓLIDOS URBANOS

EQUIPE DE FISCALIZAÇÃO

COMISSÃO DIRETORA NOMEADA PELO DECRETO MUNICIPAL Nº.


476/2017, PUBLICADO NO ÓRGÃO OFICIAL DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ,
ESTADO DO PARANÁ, Nº 2674 DE 10/04/2017, ANEXO III.

REPRESENTANTES DO PODER PÚBLICO

Titular: Fúlvio Branco Godinho de Castro – Assessor Executivo do


Gabinete/GAPRE – matr. 73.778
Suplente: Suelen Girotto Teixeira – Assessor/GAPRE – matr. 73.762

Titular: Vera Lúcia Menegoti Tasca – Diretora de Apoio a Cooperativas/SEMA


– matr. 73.809
Suplente: Andreia Soares Zola de Almeida – Engenheiro Químico/SEMA –
32.422

Titular: Samireille Silvano Messias – Gerente de Agricultura/SEIDE – matr.


73846
Suplente: Graziela Renata Massaro dos Santos – Agente administrativo –
matr. 38.678

Titular: Gleika Maria Macedo Coke – Diretor de Serviços Públicos/SEMUSP –


matr. 73.848
Suplente: Emerson Cesar da Rocha – Auxiliar Operacional/SEMUSP – matr.
34.990

Titular: Luiz Fernando Boldo do Nascimento – Diretor de Núcleos


Jurídicos/PROGE – matr. 40.986
Suplente: Lucas Vinicius de Souza Barbosa – Gerente de Zoonozes – matr.
73.839

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SÓLIDOS URBANOS

REPRESENTANTES DA SOCIEDADE CIVIL ORGANIZADA, ELEITOS NA


AUDIÊNCIA PÚBLICA OCORRIDA NO DIA 31/03/2017

ASSOCIAÇÃO DE ENGENHEIROS E ARQUITETOS DE MARINGÁ – AEAM

Titular: Gilberto Donizetti Delgado


Suplente: Daniela Ferreira Traci

ASSOCIAÇÃO DOS GEOGRAFOS BRASILEIROS SEÇÃO MARINGÁ –


AGB/SM

Titular: Bruno Tiago Contessotto Rigon


Suplente: Danilo Giampietro Serrano

CONSELHO MUNICIPAL DE DEFESA DO MEIO AMBIENTE – COMDEMA


Titular: Lilianny Ripke Gaspar
Suplente: Luiz Eduardo Borin Gonçalves

COOPERATIVA CENTRAL DE COMPLEXO DE TRANSFORMAÇÃO E


COMERCIALIZAÇÃO DE MATERIAIS RECICLÁVEIS – COOPERCENTRAL

Titular: Deisiele Ramos dos Santos


Suplente: Agnaldo Germano da Silva

INSTITUTO FUNVERDE

Titular: José Plínio Silva Filho


Suplente: Marcelo Felix Frade

ORDEM DOS ADVOGADOS DO BRASIL – OAB

Titular: Leticia Raquel Kochepki de Brito


Suplente: Junot Seiti Yaegashi

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SÓLIDOS URBANOS

SINDICATO DOS ENGENHEIROS NO ESTADO DO PARANÁ – SENGE

Titular: Marcelo Ricardo Dias


Suplente: Sandra Mara Nepomuceno Cardoso

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COLABORADORES

Andreia Soares Zola de Almeida


Eng. Química/SEMA

Juliano Santos Cardoso


Assessor Administrativo/SEMUSP

Valdeir Demétrio da Silva


Professor do Departamento de Geografia da Universidade Estadual de Maringá

Marcos Juliano da Silva Cruz


Engenheiro Sanitarista - SEMA

Marisa Emília Ereno


Técnica em Meio Ambiente - SEMA

Rosa Maria Cripa Moreno


Engenheira Química - SAÚDE

Ricieri Araujo de Oliveira


Advogado – OAB/PR nº 81.103

Rhuan Felipe Reino Amorim


Engenheiro Civil – SEPLAN

Isabella Soares Egito


Arquiteta e Urbanista - SEPLAN

Ana Domingues
Instituto Funverde

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José Roberto Behrend


Chefe Regional do IAP - Maringá

AGRADECIMENTOS

Além dos colaboradores acima descritos, nossos agradecimentos a todos que


direta e indiretamente colaboraram na elaboração deste trabalho, fornecendo
dados, informações, enfim todo tipo de apoio e incentivo que auxiliaram e
possibilitaram a execução deste trabalho.

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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................... 28

2 DIAGNÓSTICO .......................................................................................... 31

2.1 POLÍTICA NACIONAL E ESTADUAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS ....... 31

2.1.1 Princípios e diretrizes da política de resíduos sólidos .................. 34

2.1.2 Conceitos legais aplicáveis à matéria ........................................... 36

2.2 CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO ................................................. 44

2.2.1 Formatação administrativa ........................................................... 46

2.2.2 Inserção de Maringá no contexto regional .................................... 48

2.2.3 Aspectos econômicos ................................................................... 50

2.2.4 Agricultura e pecuária ................................................................... 51

2.2.5 Setor empresarial e industrial ....................................................... 54

2.2.6 Infra estrutura do município .......................................................... 56

2.2.6.1 Comunicação ............................................................................ 56


2.2.6.2 Energia elétrica ...................................................................... 56
2.2.6.3 Sistema educacional .............................................................. 57
2.2.6.4 Saúde ........................................................................................ 59
2.2.6.5 Esgotamento sanitário ........................................................... 59
2.2.6.6 Abastecimento de água ............................................................. 62
2.3 ASPECTOS GEOGRÁFICOS E AMBIENTAIS ................................... 63

2.3.1 Geologia e geomorfologia ............................................................. 63

2.3.2 Pedologia ...................................................................................... 67

2.3.3 Clima ............................................................................................ 70

2.3.4 Vegetação .................................................................................... 70

2.3.5 Hidrografia .................................................................................... 71

2.3.5.1 Bacia hidrográfica do Rio Pirapó ............................................... 72


2.3.5.2 O comitê de bacias hidrográficas do Piraponema .................. 72

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2.3.5.3 Bacia Hidrográfica do Rio Ivaí ................................................... 75


2.4 ESTUDO POPULACIONAL ................................................................ 78

2.5 CARACTERIZAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS .............. 83

2.5.1 Resíduos sólidos urbanos ............................................................ 87

2.5.2 Classificação dos resíduos de serviços de saúde ........................ 89

2.5.3 Classificação dos resíduos industriais .......................................... 91

2.5.4 Classificação dos resíduos de construção e demolição ............. 102

2.5.5 Classificação dos resíduos especiais ......................................... 103

2.5.6 Classificação dos Resíduos de Grandes Geradores .................. 104

2.6 HISTÓRICO DA GESTÃO DOS RESÍDUOS .................................... 105

2.6.1 A gestão dos resíduos no município de Maringá ........................ 124

2.6.1.1 Gestão dos resíduos sólidos urbanos ..................................... 128


2.6.1.2 Gestão dos resíduos de serviços de saúde ......................... 144
2.6.1.3 Gestão dos resíduos industriais .............................................. 153
2.6.1.4 Gestão dos resíduos de construção e demolição .................... 157
2.6.1.5 Gestão dos resíduos especiais ............................................... 162
2.6.1.6 Gestão dos resíduos de grandes geradores ........................ 166
2.6.1.7 Operadores/processadores de resíduos .............................. 168
2.6.1.8 Plano de Gerenciamento de Resíduos .................................... 169
2.7 COLETA SELETIVA .......................................................................... 171

2.7.1 Cooperativas............................................................................... 177

2.7.2 Central de valorização de materiais recicláveis .......................... 199

2.7.3 Ecopontos ................................................................................... 200

2.7.4 Programas diversos de coleta seletiva sem convênios .............. 208

2.8 DA GRAVIMETRIA DE RESÍDUOS SÓLIDOS RESIDENCIAIS DO


MUNICÍPIO DE MARINGÁ NO ANO DE 2015 ............................................... 213

2.8.1 Classificação gravimétrica dos resíduos ..................................... 216

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2.8.2 Número de amostras e plano de amostragem ............................ 217

2.8.3 Etapa de triagem manual e classificação dos conteúdos ........... 220

2.8.4 Dos resultados da gravimetria .................................................... 221

2.9 PASSIVO AMBIENTAL ..................................................................... 222

2.9.1 Caracterização geral................................................................... 223

2.9.2 Histórico do passivo da área do Aterro Controlado de Maringá . 223

2.9.3 Caracterização ambiental ........................................................... 224

2.9.4 Contaminação............................................................................. 225

2.9.5 Obras de readequação ............................................................... 226

2.9.5.1 Retaludamento e recobrimento vegetal ................................... 226


2.9.5.2 Sistema de drenagem de águas pluviais ............................. 228
2.9.5.3 Sistema de tratamento de efluentes ..................................... 228
2.9.5.4 Sistema de captação e queima de gases............................. 230
2.10 ANÁLISE FINANCEIRA – RECEITAS E DESPESAS ....................... 230

3 PROGNÓSTICO E ALTERNATIVAS ....................................................... 232

3.1 GRAVIMETRIA ................................................................................. 232

3.1.1 Atualização da gravimetria ......................................................... 232

3.2 RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS .................................................... 233

3.2.1 Coleta domiciliar ......................................................................... 233

3.2.2 Coleta de limpeza urbana ........................................................... 236

3.2.2.1 Varrição ................................................................................ 236


3.2.2.2 Capina/roçagem ...................................................................... 239
3.2.2.3 Poda e remoção de árvores e limpeza de bocas de lobo .... 240
3.2.3 Gestão de resíduos orgânicos .................................................... 242

3.2.3.1 Compostagem ...................................................................... 243


3.2.3.2 Centro de compostagem para hortas comunitárias.............. 262
3.3 COLETA SELETIVA .......................................................................... 266

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3.3.1 Coleta seletiva em condomínios ................................................. 267

3.3.2 Projetos para redução e reciclagem dos resíduos ...................... 269

3.3.3 Cooperativas de catadores ......................................................... 271

3.3.3.1 Incentivo a criação e desenvolvimento de cooperativas ou de


outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e
recicláveis. 273
3.3.3.2 Os Catadores de Materiais Recicláveis como Agentes
Ambientais 274
3.3.3.3 Do contrato administrativo para fins de remuneração das
cooperativas de catadores ............................................................................. 275
3.3.4 Ecopontos ................................................................................... 283

3.3.5 Programa de coleta bota fora ..................................................... 284

3.4 RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL ............................................. 285

3.5 RESÍDUOS INDUSTRIAIS E PERIGOSOS ...................................... 286

3.6 RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE ........................................... 288

3.7 RESÍDUOS ESPECIAIS .................................................................... 289

3.8 GRANDES GERADORES ................................................................. 292

4 RECUPERAÇÃO DO PASSIVO AMBIENTAL ......................................... 294

5 DISPOSIÇÃO FINAL AMBIENTALMENTE ADEQUADA......................... 301

5.1 ATERRO SANITÁRIO - DEFINIÇÃO ................................................ 301

5.2 OPÇÕES PARA A IMPLANTAÇÃO E OPERAÇÃO DE UM ATERRO


SANITÁRIO .................................................................................................... 302

5.3 CONCEPÇÃO DE UM ATERRO SANITÁRIO .................................. 303

5.3.1 Critérios para identificação de áreas favoráveis para implantação


de aterro sanitário .......................................................................................... 303

5.3.2 Licenciamento ambiental ............................................................ 305

5.3.3 Projeto de aterro sanitário .......................................................... 306

6 CENTRAL DE VALORIZAÇÃO DE MATÉRIAS RECICLÁVEIS .............. 309

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7 COLETA CONTEINERIZADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS RESIDENCIAIS


312

7.1 RECOMENDAÇÃO MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO


PROCURADORIA DO TRABALHO NO MUNICÍPIO DE MARINGÁ - PTM -
MPT N. 3567/2017 ......................................................................................... 314

8 PROGRAMAS DIVERSOS EM CONVÊNIO............................................ 318

9 EDUCAÇÃO AMBIENTAL E ESTRATÉGIAS DE COMUNICAÇÃO ........ 318

9.1 EVENTOS ......................................................................................... 320

9.2 TRABALHOS EM ESCOLAS ............................................................ 322

9.3 TRABALHOS NOS ÓRGÃOS PÚBLICOS ........................................ 324

9.4 OFICINAS ......................................................................................... 325

9.5 LOGÍSTICA REVERSA ..................................................................... 328

9.6 COLETA SELETIVA .......................................................................... 329

9.7 PROGRAMA BOTA FORA ................................................................ 332

9.8 CAMPANHAS EM GERAL ................................................................ 333

10 CONSÓRCIOS INTERMUNICIPAIS ........................................................ 334

10.1 COMPOSTAGEM E COLETA SELETIVA ......................................... 341

11 COMPATIBILIZAÇÃO DAS AÇÕES GOVERNAMENTAIS MUNICIPAIS 344

11.1 GESTÃO DE RESÍDUOS DE GRANDES GERADORES ................. 344

11.2 COLETA SELETIVA .......................................................................... 345

11.3 PASSIVO AMBIENTAL ..................................................................... 346

11.4 DISPOSIÇÃO FINAL AMBIENTALMENTE ADEQUADA .................. 347

11.5 COLETA CONTEINERIZADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS


RESIDENCIAIS .............................................................................................. 348

11.6 EDUCAÇÃO AMBIENTAL ................................................................. 349

11.7 EMPREENDIMENTOS DE CATADORES ........................................ 350

11.8 LOGÍSTICA REVERSA ..................................................................... 351

14
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12 AÇÕES PARA EMERGÊNCIAS E CONTINGÊNCIAS ............................ 352

13 INDICADORES DE DESEMPENHO OPERACIONAL E AMBIENTAL DOS


SERVIÇOS PÚBLICOS DE LIMPEZA URBANA E DE MANEJO DE RESÍDUOS
SÓLIDOS ....................................................................................................... 354

14 OBJETIVOS, METAS E PROGRAMAS DE CURTO, MÉDIO E LONGO


PRAZO ........................................................................................................... 362

14.1 COLETA SELETIVA .......................................................................... 362

14.1.1 Coleta seletiva – metas e objetivos ............................................ 362

14.1.2 Coleta seletiva - ações ............................................................... 363

14.2 RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS .................................................... 366

14.2.1 Coleta domiciliar – meta e objetivos ........................................... 366

14.2.2 Coleta de limpeza urbana – metas e objetivos ........................... 367

14.2.3 Gestão de resíduos orgânicos .................................................... 368

14.2.3.1 Gestão de resíduos orgânicos – metas e objetivos.............. 368


1.1.1.1 Gestão de resíduos orgânicos - ações ................................. 369
14.2.4 Central de compostagem de hortas comunitárias....................... 369

14.2.4.1 Central de compostagem de hortas comunitárias – metas e


objetivos 369
14.2.4.2 Central de compostagem de hortas comunitárias - ações ... 370
14.3 RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL ............................................. 371

14.3.1 Resíduos da construção civil – metas e objetivos ...................... 371

14.4 RESÍDUOS INDUSTRIAIS E PERIGOSOS ...................................... 371

14.4.1 Resíduos industriais e perigosos – metas e objetivos ................ 371

14.5 RESÍDUOS DE SERVIÇOS DA SAÚDE ........................................... 372

14.5.1 Resíduos de serviços da saúde – metas e objetivos .................. 372

14.6 RESÍDUOS ESPECIAIS .................................................................... 372

14.6.1 Resíduos especiais – metas e objetivos ..................................... 372

14.7 LOGÍSTICA REVERSA ..................................................................... 373

15
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14.7.1 Logística reversa – metas e objetivos......................................... 373

14.7.2 Logística reversa - ações ............................................................ 373

14.8 GRANDES GERADORES ................................................................. 374

14.8.1 Grandes geradores – metas e objetivos ..................................... 374

14.9 PASSIVO AMBIENTAL ..................................................................... 375

14.9.1 Passivo ambiental – metas e objetivos ....................................... 375

14.10 DISPOSIÇÃO FINAL AMBIENTALMENTE ADEQUADA ............... 375

14.10.1 Disposição final ambientalmente adequada – metas e objetivos


375

14.11 EDUCAÇÃO AMBIENTAL E ESTRATÉGIAS DE COMUNICAÇÃO


376

14.11.1 Educação ambiental e estratégias de comunicação – metas e


objetivos 376

14.11.2 Educação ambiental e estratégias de comunicação - ações ... 378

14.12 CONSÓRCIOS INTERMUNICIPAIS .............................................. 379

14.12.1 Consórcios intermunicipais – metas e objetivos ...................... 379

14.13 EMPREENDIMENTOS DE CATADORES DE MATERIAIS


RECICLÁVEIS................................................................................................ 380

14.13.1 Empreendimentos de catadores de materiais recicláveis – metas


e objetivos 380

14.13.2 Empreendimento de catadores de materiais recicláveis - ações


382

14.14 INDICADORES DE DESEMPENHO OPERACIONAL E AMBIENTAL


383

14.14.1 Indicadores de desempenho operacional e ambiental – metas e


objetivos 383

14.14.2 Indicadores de desempenho operacional e ambiental - ações 385

15 REVISÃO E ATUALIZAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO


INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS ..................................... 386

16
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SÓLIDOS URBANOS

16 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................ 387

LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Localização do Município em contexto regional .............................. 49

Figura 2 – Produto Interno Bruto (PIB) de Maringá – PR ................................. 51

Figura 3 – Consumo de energia elétrica por categorias em Maringá. .............. 57

Figura 4 – Esgotamento Sanitário. ................................................................... 61

Figura 5 – Unidades Geológicas ...................................................................... 65

Figura 6 – Mapa de declividade do Município de Maringá/PR ......................... 66

Figura 7 – Mapa pedológico do Município de Maringá ..................................... 69

Figura 8 – Comitê do Piraponema.................................................................... 74

Figura 9 – Comitês que compõem o CBH-Paranapanema .............................. 74

Figura 10 – Localização de Maringá e bacias hidrográficas ............................. 77

Figura 11 – Evolução da população no Município de Maringá – PR ................ 80

Figura 12 – Crescimento populacional do Município de Maringá – PR ............ 83

Figura 13 – Caracterização e Classificação dos Resíduos Sólidos (Norma


ABNT NBR 10004) ........................................................................................... 85

Figura 14 – Código de cores ............................................................................ 87

Figura 15 – Geradores de resíduos perigosos em Maringá (fonte: PGR online)


......................................................................................................................... 97

Figura 16 – Indústrias com alvará regular em Maringá (fonte: Tributário – Aise)


....................................................................................................................... 101

Figura 17 – Coleta de resíduos por setores - Sede ........................................ 132

Figura 18 – Médias mensais de resíduos coletados por dia entre Janeiro e


Dezembro de 2016 ......................................................................................... 134

Figura 19 – Escala de limpeza das feiras livres ............................................. 138

Figura 20 – Localização das pedreiras – Resíduos de Construção Civil ........ 161

17
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SÓLIDOS URBANOS

Figura 21 – Logística das embalagens vazias de agrotóxico (www.inpev.org.br).


....................................................................................................................... 163

Figura 22 – Estratégias da Reciclanip. ........................................................... 164

Figura 23 – Coleta Seletiva em 2016 ............................................................. 173

Figura 24 – Coleta Seletiva 2017 ................................................................... 176

Figura 25 – Localização das Cooperativas .................................................... 198

Figura 26 – Ecopontos do Programa Recicla Óleo ........................................ 204

Figura 27 – Ecopontos de Coleta Seletiva de Materiais Recicláveis


Gerais/Vidros/Sucatas Eletrônicas ................................................................. 207

Figura 28 – Projeto Coleta Seletiva de Vidros - Paróquias ............................ 210

Figura 29 – Bairro Vila Morangueira ............................................................... 215

Figura 30 – Mapa de amostragem parte 02 ................................................... 218

Figura 31 – Imagem de satélite do aterro controlado ..................................... 228

Figura 32 – Localização da Central de Compostagem do Município de Maringá


....................................................................................................................... 263

Figura 33 – Contêiner para utilização em condomínios ................................. 268

Figura 34 – Contêiner com separação para utilização em condomínios ........ 269

Figura 35 – Instruções da página da Reciclanip para abertura de ponto de


coleta de pneus .............................................................................................. 291

Figura 36 – Fluxograma de uma Central de Valorização ............................... 310

Figura 37 – Sugestões de temas para serem abordados nas escolas (Plano de


Gerenciamento de resíduos sólidos nas escolas paranaenses, SEMA, 2016)
....................................................................................................................... 323

Figura 38 – Sugestão de figura para a campanha de elaboração do Plano de


Gerenciamento de Resíduos das escolas municipais .................................... 324

Figura 39 – Sugestão de material para divulgação da oficina de compostagem


doméstica (Fonte: Pinterest) .......................................................................... 326

Figura 40 – Sugestão de material para a oficina de compostagem doméstica


(Fonte: Pinterest)............................................................................................ 326

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Figura 41 – Exemplo de artesanato produzido em oficinas (Diretoria de


Sustentabilidade Ambiental-UFU). ................................................................. 327

Figura 42 – Sugestão de figura para campanha sobre logística reversa ....... 328

Figura 43 – Dicas para a realização da separação de resíduos (blog Educação


Ambiental Itajubá) .......................................................................................... 331

Figura 44 – Rota da coleta seletiva em Maringá (fonte: divulgação PMM). ... 332

Figura 45 – Consórcios Intermunicipais de Destinação de Resíduos Sólidos


Urbanos .......................................................................................................... 339

Figura 46 – Organograma Geral .................................................................... 340

Figura 47 – Exemplo da evolução dos custos de implantação de aterro sanitário


por habitante de acordo com a população a ser atendida, apenas com
implantação e com implantação e equipamentos. Fonte: Ministério do Meio
Ambiente ........................................................................................................ 342

Figura 48 – Ações Governamentais - Gestão de Resíduos de Grandes


Geradores ...................................................................................................... 345

Figura 49 – Ações Governamentais – Coleta Seletiva ................................... 346

Figura 50 – Ações Governamentais - Passivo Ambiental .............................. 347

Figura 51 – Ações Governamentais - Disposição final ambientam ente


adequada de rejeitos e resíduos sólidos não recuperados ............................ 348

Figura 52 – Ações Governamentais – Coleta Conteinerizada ........................ 349

Figura 53 – Ações Governamentais – Educação Ambiental .......................... 350

Figura 54 – Ações Governamentais – Empreendimentos de Catadores ........ 351

Figura 55 – Ações Governamentais – Logística Reversa .............................. 352

Figura 56 – Indicador 1– Campanha Informativa da Coleta Seletiva ............. 356

Figura 57 – Indicador 2– Abrangência da Coleta Seletiva ............................. 356

Figura 58 – Indicador 3– Frequência da Coleta Seletiva ................................ 356

Figura 59 – Indicador 4 – Material Reciclado ................................................. 357

Figura 60 – Indicador 5 – Inserção dos Catadores de Materiais .................... 357

19
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Figura 61 – Indicador 6 – Resíduos Orgânicos .............................................. 358

Figura 62 – Indicador 7 – Abrangência da Coleta Convencional.................... 358

Figura 63 – Indicador 8 – Frota da Coleta Convencional ............................... 359

Figura 64 – Indicador 9 – Frota de Material Reciclado ................................... 359

Figura 65 – Abertura Atual do Sistema 156 ................................................... 360

Figura 66 – Ícone a ser inserido no sistema 156 para coleta de resíduos ..... 361

Figura 67 – Sugestão para Abertura do Sistema 156 .................................... 361

LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Produto Interno Bruto (PIB) de Maringá - PR. ................................ 50

Tabela 2 – Estabelecimentos agropecuários e área segundo atividades


econômicas - 2006 ........................................................................................... 52

Tabela 3 – Área colhida e produção agrícola em Maringá - 2015 .................... 53

Tabela 4 – Efetivos de pecuária e aves - 2015 ................................................ 53

Tabela 5 – Nº de empregos e estabelecimentos segundo atividades


econômicas - 2015 ........................................................................................... 54

Tabela 6 – Matrículas do Ensino Regular - 2015 ............................................. 58

Tabela 7 – Matrículas e concluintes do ensino superior em 2015 .................... 58

Tabela 8 – Atendimento de Esgoto pela Sanepar - 2016 ................................. 60

Tabela 9 – Abastecimento de água pela Sanepar - 2016 ................................ 62

Tabela 10 – Classes de solo e ocupação em Maringá/PR ............................... 67

Tabela 11 – Municípios pertencentes ao Comitê do Piraponema .................... 75

Tabela 12 – População total do Município de Maringá - PR ............................ 79

Tabela 13 – População futura do Município de Maringá - PR .......................... 81

Tabela 14 – Caracterização de RSU em algumas cidades do Brasil ............... 88

Tabela 15 – Listagem dos resíduos sólidos industriais (Resolução Conama nº


313/2002) ......................................................................................................... 98

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Tabela 16 – Listagem dos resíduos sólidos industriais perigosos (Resolução


Conama nº 313/2002) ...................................................................................... 99

Tabela 17 – Gastos com a manutenção dos serviços de coleta de resíduos


sólidos urbanos residenciais 2006 – 2013 ..................................................... 126

Tabela 18 – Estimativa de Volume de Resíduos ............................................ 127

Tabela 19 – Resíduos mensais coletados na Coleta Convencional ............... 133

Tabela 20 – Resíduos mensais coletados na Varrição .................................. 135

Tabela 21 – Quantidade de equipamentos disponíveis para Coleta .............. 135

Tabela 22 – Praça com serviço de varrição de segunda a sexta-feira ........... 136

Tabela 23 – Praças com serviço de varrição aos domingos e feriados .......... 137

Tabela 24 – Equipamentos disponíveis para capina e roçagem .................... 140

Tabela 25 – Relação de Solicitação de remoções em 2016 .......................... 141

Tabela 26 – Resíduos da Saúde – Servioeste ............................................... 151

Tabela 27 – Resíduos da Saúde –Serquip ..................................................... 152

Tabela 28 – Resíduos da Saúde –RS Ribeiro ................................................ 152

Tabela 29 – Resíduos da Saúde –D. SORTI & SORTI LTDA ........................ 152

Tabela 30 – Resíduos da Saúde –Selecta ..................................................... 153

Tabela 31 – Resíduos da Saúde –Bio Acess ................................................. 153

Tabela 32 – Incompatibilidade de resíduos .................................................... 154

Tabela 33 – Disposição final dos resíduos da construção civil....................... 159

Tabela 34 – Quantidades coletadas dos grandes geradores ......................... 167

Tabela 35 – Quantidade de Grandes Geradores por Empresa Coletora ....... 168

Tabela 36 – Número de Planos de Gerenciamento de Resíduos em cada


situação no sistema em 2016. ........................................................................ 171

Tabela 37 – Quantificação dos Resíduos Recicláveis referente o exercício de


2015 ............................................................................................................... 173

21
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Tabela 38 – Quantificação dos Resíduos Recicláveis referente exercício de


2016 ............................................................................................................... 174

Tabela 39 – Quantificação dos Resíduos Recicláveis referente exercício de


2017 ............................................................................................................... 174

Tabela 40 – Rejeitos Coletados por Cooperativas em 2017 .......................... 174

Tabela 41 – Ecopontos do Programa Recicla Óleo........................................ 201

Tabela 42 – Ecopontos de Coleta de Sucatas Eletrônicas ............................. 205

Tabela 43 – Ecopontos de Coleta de Resíduos de Vidros ............................. 205

Tabela 44 – Ecopontos de Coleta Seletiva de Materiais Recicláveis Gerais . 206

Tabela 45 – Quadro Síntese dos Dados ........................................................ 222

Tabela 46 – Gastos referente ao serviço de coleta e destinação final de


Resíduos ........................................................................................................ 230

Tabela 47 – Gastos referente ao serviço de Limpeza Pública ....................... 231

Tabela 48 – Resumo de dados referente à coleta convencional .................... 234

Tabela 49 – Vantagens e Desvantagens dos horários de coleta ................... 234

Tabela 50 – Frequência de Varrição conforme o tipo de uso do solo ............ 238

Tabela 51 – Produção Estimada de Resíduos ............................................... 243

Tabela 52 - Emissões de CO2eq por tonelada de RSU em Aterro Sanitário .. 248

Tabela 53 – Estimativa de Investimento ......................................................... 259

Tabela 54 – Critérios técnicos e legais para identificação de áreas favoráveis


....................................................................................................................... 304

Tabela 55 – Recomendação do MPT ............................................................. 317

Tabela 56 – Datas comemorativas do meio ambiente ................................... 320

Tabela 57 – METAS E OBJETIVOS PARA A COLETA SELETIVA ............... 362

Tabela 58 – AÇÕES PARA A COLETA SELETIVA ....................................... 363

Tabela 59 – METAS E OBJETIVOS PARA DA COLETA DOMICILIAR ......... 366

22
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Tabela 60 – METAS E OBJETIVOS PARA A COLETA DE LIMPEZA URBANA


....................................................................................................................... 367

Tabela 61 – METAS E OBJETIVOS PARA A GESTÃO DE RESÍDUOS


ORGÂNICOS ORGÂNCIOS (COMPOSTAGEM) ........................................... 368

Tabela 62 – AÇÕES PARA A GESTÃO DE RESÍDUOS ORGÂNCIOS


(COMPOSTAGEM) ........................................................................................ 369

Tabela 63 – METAS E OBJETIVOS PARA A CENTRAL DE COMPOSTAGEM


DE HORTAS COMUNITÁRIAS ...................................................................... 369

Tabela 64 – AÇÕES PARA A CENTRAL DE COMPOSTAGEM.................... 370

Tabela 65 – METAS E OBJETIVOS PARA OS RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO


CIVIL .............................................................................................................. 371

Tabela 66 – METAS E OBJETIVOS PARA OS RESÍDUOS INDUSTRIAIS E


PERIGOSOS .................................................................................................. 371

Tabela 67 – METAS E OBJETIVOS PARA OS RESÍDUOS DE SERVIÇOS DA


SAÚDE ........................................................................................................... 372

Tabela 68 – METAS E OBJETIVOS PARA OS RESÍDUOS ESPECIAIS ...... 372

Tabela 69 – METAS E OBJETIVOS PARA A LOGÍSTICA REVERSA .......... 373

Tabela 70 – AÇÕES PARA A LOGÍSTICA REVERSA ................................... 373

Tabela 71 – METAS E OBJETIVOS PARA OS GRANDES GERADORES ... 374

Tabela 72 – METAS E OBJETIVOS PARA O PASSIVO AMBIENTAL .......... 375

Tabela 73 – METAS E OBJETIVOS PARA A DISPOSIÇÃO FINAL


AMBIENTALMENTE ADEQUADA ................................................................. 375

Tabela 74 – METAS E OBJETIVOS PARA A EDUCAÇÃO AMBIENTAL E


ESTRATÉGIAS DE COMUNICAÇÃO ............................................................ 376

Tabela 75 – AÇÕES PARA A EDUCAÇÃO AMBIENTAL E ESTRATÉGIAS DE


COMUNICAÇÃO ............................................................................................ 378

Tabela 76 – METAS E OBJETIVOS PARA OS CONSÓRCIOS


INTERMUNICIPAIS ........................................................................................ 379

Tabela 77 – METAS E OBJETIVOS PARA OS EMPREENDIMENTOS DE


CATADORES DE MATERIAIS RECICLÁVEIS .............................................. 380

23
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Tabela 78 – AÇÕES PARA OS EMPREENDIMENTOS DE CATADORES DE


MATERIAIS RECICLÁVEIS ........................................................................... 382

Tabela 79 – METAS E OBJETIVOS PARA OS INDICADORES DE


DESEMPENHO OPERACIONAL E AMBIENTAL .......................................... 383

Tabela 80 – AÇÕES PARA OS INDICADORES DE DESEMPENHO


OPERACIONAL E AMBIENTAL ..................................................................... 385

LISTA DE FOTOS
Foto 1 – Lixão de Maringá em 2005 ............................................................... 120

Foto 2 – Vista aérea do aterro controlado de Maringá, em 2008, após as obras


realizadas para a recuperação da área .......................................................... 121

Foto 3 e Foto 4 – Cooperativa Coopernorte ................................................... 181

Foto 5 e Foto 6 – Cooperativa Coopernorte ................................................... 181

Foto 7 e Foto 8 – Cooperativa Coopernorte ................................................... 182

Foto 9 e Foto 10 – Cooperativa Coopernorte ................................................. 182

Foto 11 e Foto 12 – Cooperativa Cooperambiental........................................ 184

Foto 13 e Foto 14 – Cooperativa Cooperambiental........................................ 184

Foto 15 e Foto 16 – Cooperativa Cooperambiental........................................ 184

Foto 17 e Foto 18 – Cooperativa Cooperambiental........................................ 185

Foto 19 e Foto 20 – Cooperativa Coopercicla ................................................ 186

Foto 21 e Foto 22 – Cooperativa Coopercicla ................................................ 186

Foto 23 e Foto 24 – Cooperativa Coopercicla ................................................ 187

Foto 25 e Foto 26 – Cooperativa Cooperpalmeiras........................................ 188

Foto 27 e Foto 28 – Cooperativa Cooperpalmeiras........................................ 188

Foto 29 e Foto 30 – Cooperativa Cooperpalmeiras........................................ 189

Foto 31 e Foto 32 – Cooperativa Coopercanção............................................ 190

Foto 33 e Foto 34 – Cooperativa Coopercanção............................................ 191

24
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Foto 35 e Foto 36 – Cooperativa Coopercanção............................................ 191

Foto 37 e Foto 38 – Cooperativa Coopervidros.............................................. 192

Foto 39 e Foto 40 – Cooperativa Coopervidros.............................................. 193

Foto 41 e Foto 42 – Cooperativa Coopervidros.............................................. 193

Foto 43 e Foto 44 – Cooperativa Coopervidros.............................................. 193

Foto 45 e Foto 46 – Cooperativa Coopermaringá .......................................... 195

Foto 47 e Foto 48 – Cooperativa Coopermaringá .......................................... 195

Foto 49 e Foto 50 – Cooperativa Coopermaringá .......................................... 195

Foto 51 e Foto 52 – Cooperativa Coopercentral ............................................ 197

Foto 53 – Cooperativa Coopercentral ............................................................ 197

Foto 54 – Etiquetagem das amostras ............................................................. 219

Foto 55 – Veículo de coleta de amostra ......................................................... 220

Foto 56 – Segregação das amostras ............................................................. 221

Foto 57 – Obra de retaludamento finalizada em 2008 ................................... 227

Foto 58 – Taludes com solo argiloso, sistema de drenagem e grama plantada


em 2008 ......................................................................................................... 227

Foto 59 – Eutrofização da lagoa de estabilização .......................................... 230

Foto 60 – Crescimento de espécies arbustivas e arbóreas no entorno das


lagoas ............................................................................................................. 230

Foto 61 – Talude estabilizado com grama e lagoas com laterais livres ......... 295

Foto 62 – Vista aérea do aterro controlado com retaludamento recoberto por


gramíneas ...................................................................................................... 295

Foto 63 – Sistema de drenagem com meia cana ........................................... 296

Foto 64 – Dreno de gases com manilhas ....................................................... 296

Foto 65 – Trabalhadores sendo transportados nos estribos dos caminhões


compactadores ............................................................................................... 316

25
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ANEXOS
ANEXO I – RECOMENDAÇÃO MPT Nº 3567/2017 ...................................... 391

ANEXO II – DECRETO MUNICIPAL Nº. 455/2017 – COMISSÃO DE


ELABORAÇÃO............................................................................................... 393

ANEXO III – DECRETO MUNICIPAL Nº. 476/2017 – COMISSÃO DIRETORA


....................................................................................................................... 394

ANEXO IV – DECRETO MUNICIPAL Nº 541/2017 – DESIGNA MAIS


MEMBROS PARA COMPOR A COMISSAO ESPECIAL PARA
ATUALIZACAO/ELABORACAO DO PLANO MUNICIPAL DE GESTAE
INTEGRADA DE RESIDUOS SÓLIDOS URBANOS ..................................... 397

ANEXO V – ART’s DOS PROFISSIONAIS ENVOLVIDOS NA ELABORAÇÃO


DO PLANO ..................................................................................................... 398

ANEXO VI – PARECER DA PROGE QUANTO A CONCESSÃO DO PRAZO


DE 10 DIAS PARA A COMISSÃO DE FISCALIZAÇÃO ANALISAR O PLANO,
E, QUANTO A RECOMENDAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO ................... 403

ANEXO VII – MANIFESTAÇÃO DA COMISSÃO FISCALIZADORA QUANTO A


ELABORAÇÃO DO PGIRSU.......................................................................... 430

ANEXO VIII – ATA DA 1ª REUNIÃO DAS COMISSÕES DE ELABORAÇÃO E


FISCALIZAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE
RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS ................................................................. 453

ANEXO IX – ATA DA 2ª REUNIÃO DAS COMISSÕES DE ELABORAÇÃO E


FISCALIZAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE
RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS ................................................................. 457

ANEXO X – ATA DA 3ª REUNIÃO DAS COMISSÕES DE ELABORAÇÃO E


FISCALIZAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE
RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS ................................................................. 461

ANEXO XI – ATA DA 4ª REUNIÃO DAS COMISSÕES DE ELABORAÇÃO E


FISCALIZAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE
RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS ................................................................. 465

ANEXO XII – ATA DA 5ª REUNIÃO DAS COMISSÕES DE ELABORAÇÃO E


FISCALIZAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE
RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS ................................................................. 468

26
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ANEXO XIII – ATA DA 6ª REUNIÃO DAS COMISSÕES DE ELABORAÇÃO E


FISCALIZAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE
RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS ................................................................. 473

ANEXO XIV – ATA DA 7ª REUNIÃO DAS COMISSÕES DE ELABORAÇÃO E


FISCALIZAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE
RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS ................................................................. 481

27
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1 INTRODUÇÃO

Além de cumprir o que preceitua a Lei Federal nº 12.305, de


02.08.2010, o microssistema que ela integra e a Lei Municipal nº 10.366/2016
de 21.12.2016, o presente Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos
Sólidos Urbanos também tem a finalidade de dar cumprimento à decisão
oriunda da Ação Civil Pública nº 0000825-72.2000.8.16.0017, proposta Pelo
Ministério Público do Paraná, em 19.10.2000.
O Ministério Público do Paraná, apresentou na Ação Civil Pública
uma proposta alternativa à coleta e destinação de resíduos sólidos urbanos
para o Município de Maringá, elaborada pelo Instituto Lixo e Cidadania
juntamente com segmentos da sociedade civil.
A proposta de manejo e destinação de resíduos apresentada pelo
Instituto do Lixo e Cidadania obteve o apoio de vários segmentos da sociedade
civil organizada. Dentre as entidades que apoiam o conteúdo do estudo,
apontou-se: a Universidade Estadual de Maringá, o Observatório das
Metrópoles e uma série de vereadores à época. Com efeito, o referido plano foi
expressamente acatado pelo Ministério Público como apto a satisfazer a
condenação judicial e pôr fim ao processo, sendo que aquela instituição ainda
ressaltou que se tratava de "oportunidade singular para se implementar a Lei
12.305/2010 e se cumprir enfim a r. Sentença executada, notadamente quanto
ao mandamento de que haja a coleta seletiva".
Referente às metas e ações, o documento elaborado pelo Instituto
do Lixo e Cidadania, acima descrito, foi considerado como fonte de referência
para elaboração do Plano de Resíduos Sólidos Urbanos que será abordado,
para que não fosse ignorada uma sequência de esforços conjuntos das
entidades de controle (MP, ONG's, Observatório das Metrópoles, Universidade
Estadual de Maringá) e do próprio Poder Judiciário, que trabalham por 17 anos
em prol da resolução da problemática do lixo no município de Maringá.
Ainda, como nenhum esforço deve ser desconsiderado, também
foram consideradas e atualizadas informações importantes existentes, tanto no
plano elaborado em 2008, quanto no estudo preliminar elaborado em 2011.

28
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Assim, é de extrema relevância a valorização da oportunidade criada


pelo Ministério Público, Poder Judiciário e pela sociedade civil organizada para
implementar o Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos
Urbanos.
O procedimento de elaboração do Plano de Gerenciamento de
Resíduos Sólidos pelo Poder Executivo Municipal contou com participação
formal da Procuradoria-Geral do Município, que neste processo também atuou
com a finalidade específica de encerrar a ação civil pública que condenou o
Município de Maringá a elaborar o plano de gerenciamento de resíduos sólidos.
O objetivo geral do Plano Municipal de Gestão Integrada de
Resíduos Sólidos Urbanos é de estabelecer um planejamento das ações de
gerenciamento de coleta e destinação dos resíduos sólidos de forma que
atenda aos princípios da política nacional e que seja construído por meio de
uma gestão participativa, envolvendo a sociedade de maneira organizada no
seu processo de elaboração. Este Plano, portanto, visa à melhoria da
salubridade ambiental, a proteção dos recursos hídricos, a universalização dos
serviços, o desenvolvimento progressivo e a promoção da saúde.
Os objetivos específicos abordados no plano são:
 Diminuir os desperdícios de materiais recicláveis, mediante a sua
recuperação e inserção na economia;
 Minimizar as contaminações ambientais já causadas, de forma a
obter o controle e realizar monitoramento contínuo dos aspectos relacionados;
 Criar diversos programas e proposições que venham a avaliar o
andamento do sistema de limpeza urbana, prevendo e planejando as
mudanças necessárias;
 Contribuir para a conservação e melhor utilização dos recursos
naturais;
 Aproveitar a matéria orgânica dos RSU, para a sua transformação
em composto orgânico, reutilizando para fins agrícolas;
 Determinar tratamento de RSU de modo a se obter compostagem
e reciclagem.

29
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O Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos


Urbanos envolve as seguintes fases:
 Diagnóstico da situação do gerenciamento de resíduos sólidos no
município e seus impactos na qualidade de vida da população;
 Desenvolvimento do Sistema de Informações Geográficas (SIG);
 Definição de objetivos, metas e alternativas para universalização
e desenvolvimento dos serviços;
 Estabelecimento de programas, projetos e ações necessárias
para atingir os objetivos e as metas;
 Planejamento de ações para emergências e contingências;
 Desenvolvimento de mecanismos e procedimentos para a
avaliação sistemática das ações programadas e institucionalização do plano
municipal de saneamento básico;
 Criação do modelo de gestão, com a estrutura para a regulação
dos serviços de saneamento no município, entre outros.

Finalmente O Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos


Sólidos (PMGIRS) de Maringá terá vigência indeterminada e contemplará um
horizonte de atuação de 20 (vinte) anos. A revisão e atualização do PMGIRS
deverá ocorrer, prioritariamente, no máximo a cada 4 (quatro) anos, junto com
a revisão do plano plurianual. Deste modo, o Município poderá executar as
ações e programas e atingir as metas e objetivos conforme os prazos previstos.

30
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2 DIAGNÓSTICO

Serão apresentados, a seguir, o diagnóstico socioeconômico e


ambiental e o diagnóstico dos serviços de limpeza urbana e manejo de
resíduos sólidos do município de Maringá.
O diagnóstico de limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos
corresponde a uma das quatro áreas definidas pela Política Nacional de
Saneamento Básico, por meio da Lei nº 11.445 de 2007, como aquelas que
compõem o conjunto das vertentes de atuação em saneamento ambiental.
O diagnóstico apresentado a seguir reflete o conhecimento da
realidade dos serviços e ações locais de saneamento ambiental, referenciados
aos dados, cadastros e informações disponibilizados pelos órgãos
competentes, pelos prestadores de serviços, na prefeitura, pela comunidade,
por pesquisas, levantamento de campo, entre outras.
Com base nessas informações, pôde-se fazer a descrição da
situação atual do nosso setor de saneamento, a análise crítica e a avaliação do
setor.

2.1 POLÍTICA NACIONAL E ESTADUAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Com a finalidade de tratar de forma sistêmica a situação dos


resíduos sólidos no território brasileiro, dispensando o tratamento
ambientalmente mais adequado, foi instituída a Política Nacional de Resíduos
Sólidos, através da Lei Federal nº 12.305, de 02.08.2010.
Em conjunto com as Políticas Nacionais de Meio Ambiente (Lei
Federal nº 6.938, de 31.08.1981), de Educação Ambiental (Lei Federal nº 9.795
de 27.04.1999), de Saneamento Básico (Lei Federal nº 11.445, de 05.01.2007)
e outros diplomas legais correlatos, forma-se um microssistema jurídico de
forma articulada, atuando como se fosse um só corpo legal1.

1 MILARÉ, Édis, 2015.

31
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A mencionada lei dispõe sobre os princípios e objetivos da política,


bem como as diretrizes relativas à gestão integrada e ao gerenciamento dos
resíduos sólidos. Também prevê a responsabilidade dos geradores e do poder
público, bem como os instrumentos econômicos aplicáveis.
Quanto à política nacional, dispõe o art. 4º da Lei 12.305/2010 que o
Governo Federal deve adotar metas e ações, isoladamente ou em regime de
cooperação com os demais entes federados, com o fim de dar cumprimento ao
contido na legislação federal.
O Decreto Federal nº 7.404, de 23.12.2010 que regulamenta a Lei
da Política Nacional, institui o Comitê Interministerial da Política Nacional e
determina, em seu art. 46, que o Plano Nacional terá vigência por prazo
indeterminado e horizonte de vinte anos, com atualização obrigatória a cada
quatro anos. Este decreto determinou que a proposta preliminar fosse
formulada e divulgada em 180 (cento e oitenta) dias.
O mesmo Decreto criou o Sistema Nacional de Informações Sobre a
Gestão dos Resíduos Sólidos - SINIR, órgão que disponibiliza as informações
sobre a Política Nacional, incluindo-se o plano.
Tais informações encontram-se disponibilizadas pelo site eletrônico
http://www.sinir.gov.br. Quanto ao plano nacional, está disponibilizado no
referido site uma versão preliminar2 que já foi discutida por 05 (cinco)
audiências públicas regionais, 01 (uma) audiência nacional em Brasília,
consulta pela internet e apreciação do documento pelo CONAMA, CNRH,
CONCIDADES e CNS.3

2 Disponível em:
[http://www.sinir.gov.br/documents/10180/12308/PNRS_Revisao_Decreto_280812.pdf/e183f0e
7-5255-4544-b9fd-15fc779a3657]. Acesso em 18.04.2017.
3 “[...] o prazo para formulação e divulgação da proposta preliminar do Plano Nacional
expirou em 21.06.2011 (180 dias após a publicação do Dec. 7.404/2010). Note-se que o
atendimento desse prazo coube ao Comitê Interministerial da Política Nacional de Resíduos Sólidos
(art. 3º do Dec. 7.404/2010). Segundo informação disponibilizada pelo Ministério do Meio
Ambiente, em 2011 teve início a elaboração do Plano Nacional. Um documento preliminar foi
submetido a 5 (cinco) audiências públicas regionais, a 1 (uma) consulta pública nacional e à
consulta pública via internet. Após a sua apreciação pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente –
Conama, pelo Conselho Nacional de Recursos Hídricos – CNRH, pelo Conselho das Cidades –
Concidades e pelo Conselho Nacional de Saúde – CNS, foi elaborada uma versão preliminar de
agosto de 2012 […]. A proposta do Ministério do Meio Ambiente pende, agora, de aprovação do

32
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Referida versão preliminar é divida em 7 capítulos, divididos da


seguinte maneira, conforme consta de sua introdução:
A estrutura do Plano Nacional de Resíduos Sólidos inicia com um
Sumário Executivo do Diagnóstico da Situação dos Resíduos Sólidos
no Brasil, capítulo este elaborado pelo IPEA – Instituto Pesquisa
Econômica Aplicada, órgão vinculado à Secretaria de Assuntos
Estratégicos da Presidência da República. Em seguida é
apresentado o capítulo que trata da cenarização, conforme exposto
anteriormente. O capítulo 3 apresenta a tranversalidade da educação
ambiental dentro do Plano Nacional de Resíduos Sólidos e a sua
importância para o alcance das metas. O Capítulo 4 apresenta as
diretrizes e estratégias por tipo de resíduo (resíduos sólidos urbanos,
da construção civil, das industriais, agrossilvopastoris, de mineração,
de serviços de saúde, de transportes), além de estabelecer diretrizes
e estratégias para a inclusão dos catadores de materiais reutilizáveis
e recicláveis. O Capítulo 5 apresenta as metas por tipo de resíduos.
O Capítulo 6 elenca os programas e ações que darão suporte a
realização das tarefas que contribuirão para o atingimento das
metas. O Capítulo 7 refere-se ao acompanhamento da
implementação do Plano Nacional, pela sociedade, para dar
transparência à gestão da Política Nacional de Resíduos Sólidos.4
No âmbito estadual, segundo informações disponibilizadas no site
http://www.residuossolidos.sema.pr.gov.br/, o Plano Regional de Gestão
integrada de Resíduos Sólidos é fruto de um convênio 5 entre o Estado do
Paraná e o Ministério do Meio Ambiente e teve por objetivo:
[…] orientar as intervenções do setor de resíduos sólidos no Estado
do Paraná, visando a Regionalização do estado e a preparação para
a implementação de soluções integradas e consorciadas, já que a
Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010) se articula

Presidente da República (art. 47, V, do Dec. 7.404/2010). Uma vez editado, o decreto irá substituir a
versão preliminar de agosto de 2012. MILARÉ, Édis, 2015.
4 Disponível em:
[http://www.sinir.gov.br/documents/10180/12308/PNRS_Revisao_Decreto_280812.pdf/e183f0e
7-5255-4544-b9fd-15fc779a3657]. Acesso em 18.04.2017.
5 Convênio 012/2009 – MMA.

33
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com leis de outras áreas e temas de mesma relevância, como por


exemplo, a Política Nacional de Meio Ambiente, a Lei 11.445/2007 do
Saneamento Básico, a Lei 9705/1999 da Educação Ambiental e a Lei
6
11.107/2005 dos Consórcios Públicos.
Em suma, o Plano Regional do Estado do Paraná visa a consecução
da política regional através da criação de consórcios públicos para tratar a
questão dos resíduos sólidos. Para tanto, foram criadas 03 (três) metas: 1)
Estudo para Regionalização da Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos do
Estado do Paraná – PRGIRSU – PR; 2) Elaboração do Plano de Gestão
Integrada e Associada de Resíduos Sólidos Urbanos do Estado do Paraná –
PGIRSU – PR e; 3) Formação de Consórcios Públicos para Gestão e Manejo
de Resíduos Sólidos Urbanos.
Na proposta estadual, Maringá é sede administrativa da Região 3,
que congrega mais 15 (quinze) Municípios da região Centro-norte e Noroeste
do Estado do Paraná, localidade onde está presente uma associação de
municípios e três consórcios intermunicipais de saúde.

2.1.1 Princípios e diretrizes da política de resíduos sólidos

A Lei Federal nº 12.305, de 02.08.2010, que instituiu a Política


Nacional de Resíduos Sólidos, dispõe sobre os seus princípios e objetivos. É o
que consta expressamente dos artigos 6º e 7º, abaixo transcritos7:
Art. 6º São princípios da Política Nacional de Resíduos Sólidos:
I – a prevenção e a precaução;
II – o poluidor-pagador e o protetor-recebedor;
III – a visão sistêmica, na gestão dos resíduos sólidos, que considere
as variáveis ambiental, social, cultural, econômica, tecnológica e de
saúde pública;
IV – o desenvolvimento sustentável;
V – a ecoeficiência, mediante a compatibilização entre o
fornecimento, a preços competitivos, de bens e serviços qualificados

6 Disponível em: [http://www.residuossolidos.sema.pr.gov.br/]. Acesso em 18.04.2017.


7 BRASIL,Lei Federal nº 12.305

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que satisfaçam as necessidades humanas e tragam qualidade de


vida e a redução do impacto ambiental e do consumo de recursos
naturais a um nível, no mínimo, equivalente à capacidade de
sustentação estimada do planeta;
VI – a cooperação entre as diferentes esferas do poder público, o
setor empresarial e demais segmentos da sociedade;
VII – a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos
produtos;
VIII – o reconhecimento do resíduo sólido reutilizável e reciclável
como um bem econômico e de valor social, gerador de trabalho e
renda e promotor de cidadania;
IX – o respeito às diversidades locais e regionais;
X – o direito da sociedade à informação e ao controle social;
XI – a razoabilidade e a proporcionalidade.
Art. 7º São objetivos da Política Nacional de Resíduos Sólidos:
I – proteção da saúde pública e da qualidade ambiental;
II – não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos
resíduos sólidos, bem como disposição final ambientalmente
adequada dos rejeitos;
III – estímulo à adoção de padrões sustentáveis de produção e
consumo de bens e serviços;
IV – adoção, desenvolvimento e aprimoramento de tecnologias
limpas como forma de minimizar impactos ambientais;
V – redução do volume e da periculosidade dos resíduos perigosos;
VI – incentivo à indústria da reciclagem, tendo em vista fomentar o
uso de matérias-primas e insumos derivados de materiais recicláveis
e reciclados;
VII – gestão integrada de resíduos sólidos;
VIII – articulação entre as diferentes esferas do poder público, e
destas com o setor empresarial, com vistas à cooperação técnica e
financeira para a gestão integrada de resíduos sólidos;
IX – capacitação técnica continuada na área de resíduos sólidos;
X – regularidade, continuidade, funcionalidade e universalização da
prestação dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de

35
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resíduos sólidos, com adoção de mecanismos gerenciais e


econômicos que assegurem a recuperação dos custos dos serviços
prestados, como forma de garantir sua sustentabilidade operacional
e financeira, observada a Lei nº 11.445, de 2007;
XI – prioridade, nas aquisições e contratações governamentais, para:
a) produtos reciclados e recicláveis;
b) bens, serviços e obras que considerem critérios compatíveis
com padrões de consumo social e ambientalmente
sustentáveis;
XII – integração dos catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis
nas ações que envolvam a responsabilidade compartilhada pelo ciclo
de vida dos produtos;
XIII – estímulo à implementação da avaliação do ciclo de vida do
produto;
XIV – incentivo ao desenvolvimento de sistemas de gestão ambiental
e empresarial voltados para a melhoria dos processos produtivos e
ao reaproveitamento dos resíduos sólidos, incluídos a recuperação e
o aproveitamento energético;
XV – estímulo à rotulagem ambiental e ao consumo sustentável.

2.1.2 Conceitos legais aplicáveis à matéria

A mesma Lei Federal nº 12.305, de 02.08.2010 traz, em seu art. 3º 8,


conceitos legais atinentes à matéria dos resíduos sólidos:
Art. 3º Para os efeitos desta Lei, entende-se por:
I – acordo setorial: ato de natureza contratual firmado entre o poder
público e fabricantes, importadores, distribuidores ou comerciantes,
tendo em vista a implantação da responsabilidade compartilhada
pelo ciclo de vida do produto;
II – área contaminada: local onde há contaminação causada pela
disposição, regular ou irregular, de quaisquer substâncias ou
resíduos;

8 BRASIL, Lei Federal nº 12.305

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III – área órfã contaminada: área contaminada cujos responsáveis


pela disposição não sejam identificáveis ou individualizáveis;
IV – ciclo de vida do produto: série de etapas que envolvem o
desenvolvimento do produto, a obtenção de matérias-primas e
insumos, o processo produtivo, o consumo e a disposição final;
V – coleta seletiva: coleta de resíduos sólidos previamente
segregados conforme sua constituição ou composição;
VI – controle social: conjunto de mecanismos e procedimentos que
garantam à sociedade informações e participação nos processos de
formulação, implementação e avaliação das políticas públicas
relacionadas aos resíduos sólidos;
VII – destinação final ambientalmente adequada: destinação de
resíduos que inclui a reutilização, a reciclagem, a compostagem, a
recuperação e o aproveitamento energético ou outras destinações
admitidas pelos órgãos competentes do Sisnama, do SNVS e do
Suasa, entre elas a disposição final, observando normas
operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde
pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais
adversos;
VIII – disposição final ambientalmente adequada: distribuição
ordenada de rejeitos em aterros, observando normas operacionais
específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à
segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos;
IX – geradores de resíduos sólidos: pessoas físicas ou jurídicas, de
direito público ou privado, que geram resíduos sólidos por meio de
suas atividades, nelas incluído o consumo;
X – gerenciamento de resíduos sólidos: conjunto de ações exercidas,
direta ou indiretamente, nas etapas de coleta, transporte, transbordo,
tratamento e destinação final ambientalmente adequada dos
resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos
rejeitos, de acordo com plano municipal de gestão integrada de
resíduos sólidos ou com plano de gerenciamento de resíduos
sólidos, exigidos na forma desta Lei;

37
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XI – gestão integrada de resíduos sólidos: conjunto de ações


voltadas para a busca de soluções para os resíduos sólidos, de
forma a considerar as dimensões política, econômica, ambiental,
cultural e social, com controle social e sob a premissa do
desenvolvimento sustentável;
XII – logística reversa: instrumento de desenvolvimento econômico e
social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e
meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos
sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou
em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final
ambientalmente adequada;
XIII – padrões sustentáveis de produção e consumo: produção e
consumo de bens e serviços de forma a atender as necessidades
das atuais gerações e permitir melhores condições de vida, sem
comprometer a qualidade ambiental e o atendimento das
necessidades das gerações futuras;
XIV – reciclagem: processo de transformação dos resíduos sólidos
que envolve a alteração de suas propriedades físicas, físico-químicas
ou biológicas, com vistas à transformação em insumos ou novos
produtos, observadas as condições e os padrões estabelecidos pelos
órgãos competentes do Sisnama e, se couber, do SNVS e do Suasa;
XV – rejeitos: resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as
possibilidades de tratamento e recuperação por processos
tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não apresentem
outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente
adequada;
XVI – resíduos sólidos: material, substância, objeto ou bem
descartado resultante de atividades humanas em sociedade, a cuja
destinação final se procede, se propõe proceder ou se está obrigado
a proceder, nos estados sólido ou semissólido, bem como gases
contidos em recipientes e líquidos cujas particularidades tornem
inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos
d’água, ou exijam para isso soluções técnica ou economicamente
inviáveis em face da melhor tecnologia disponível;

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XVII – responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos


produtos: conjunto de atribuições individualizadas e encadeadas dos
fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, dos
consumidores e dos titulares dos serviços públicos de limpeza
urbana e de manejo dos resíduos sólidos, para minimizar o volume
de resíduos sólidos e rejeitos gerados, bem como para reduzir os
impactos causados à saúde humana e à qualidade ambiental
decorrentes do ciclo de vida dos produtos, nos termos desta Lei;
XVIII – reutilização: processo de aproveitamento dos resíduos sólidos
sem sua transformação biológica, física ou físico-química,
observadas as condições e os padrões estabelecidos pelos órgãos
competentes do Sisnama e, se couber, do SNVS e do Suasa;
XIX – serviço público de limpeza urbana e de manejo de resíduos
sólidos: conjunto de atividades previstas no art. 7º da Lei nº 11.445,
de 2007.

De acordo com o SINIR9, são aplicáveis à matéria a seguinte


legislação federal:
Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010: Institui a Política Nacional de
Resíduos Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998;
e dá outras providências.

Decreto nº 7.404, de 23 de dezembro de 2010: Regulamenta a Lei nº


12.305, de 2 de agosto de 2010, que institui a Política Nacional de
Resíduos Sólidos, cria o Comitê Interministerial da Política Nacional
de Resíduos Sólidos e o Comitê Orientador para a Implantação dos
Sistemas de Logística Reversa, e dá outras providências.

Decreto nº 7.405, de 23 de dezembro de 2010: Institui o Programa


Pró-Catador, denomina Comitê Interministerial para Inclusão Social e
Econômica dos Catadores de Materiais Reutilizáveis e Recicláveis o
Comitê Interministerial da Inclusão Social de Catadores de Lixo
criado pelo Decreto de 11 de setembro de 2003, dispõe sobre sua
organização e funcionamento, e dá outras providências.

Lei nº 12.527, de 18 de novembro de 2011: Regula o acesso a


informações previsto no inciso XXXIII do art. 5o, no inciso II do § 3o
do art. 37 e no § 2o do art. 216 da Constituição Federal; altera a Lei
no 8.112, de 11 de dezembro de 1990; revoga a Lei no 11.111, de 5

9 Disponível em [http://www.sinir.gov.br/web/guest/legislacao]. Acesso em 18.04.2017.

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de maio de 2005, e dispositivos da Lei no 8.159, de 8 de janeiro de


1991; e dá outras providências.

Decreto nº 7.724, de 16 de maio de 2012: Regulamenta a Lei noº


12.527, de 18 de novembro de 2011, que dispõe sobre o acesso a
informações previsto no inciso XXXIII do caput do art. 5º, no inciso II
do § 3º do art. 37 e no § 2º do art. 216 da Constituição.

Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007: Estabelece diretrizes


nacionais para o saneamento básico; altera as Leis nos 6.766, de 19
de dezembro de 1979, 8.036, de 11 de maio de 1990, 8.666, de 21
de junho de 1993, 8.987, de 13 de fevereiro de 1995; revoga a Lei nº
6.528, de 11 de maio de 1978; e dá outras providências.

Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999: Dispõe sobre a educação


ambiental, institui a Política Nacional de Educação Ambiental e dá
outras providências.

Decreto nº 4.281, de 25 de junho de 2002: Regulamenta a Lei nº


9.795, de 27 de abril de 1999, que institui a Política Nacional de
Educação Ambiental, e dá outras providências.

Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998


Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de
condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e da outras
providências.

Decreto Nº 6.514/08
Dispõe sobre as infrações e sanções administrativas ao meio
ambiente, estabelece o processo administrativo federal para
apuração destas infrações, e dá outras providências.

Decreto nº 7.619, de 21 de novembro de 2011


Regulamenta a concessão de crédito presumido do Imposto sobre
Produtos Industrializados - IPI na aquisição de resíduos sólidos.

Lei nº 7.802, de 11 de julho de 1989


Dispõe sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a
embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a
comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação,
a exportação, o destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a
classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos,
seus componentes e afins, e dá outras providências.

Decreto nº 4.074, de 04 de janeiro de 2002


Regulamenta a Lei nº 7.802, de 11 de julho de 1989, que dispõe
sobre a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e
rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a
propaganda comercial, a utilização, a importação, a exportação, o
destino final dos resíduos e embalagens, o registro, a classificação, o

40
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SÓLIDOS URBANOS

controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus


componentes e afins, e dá outras providências.

Decreto nº 5.360, de 31 de janeiro de 2005


Promulga a Convenção sobre Procedimento de Consentimento
Prévio Informado para o Comércio Internacional de Certas
Substâncias Químicas e Agrotóxicos Perigosos, adotada em 10 de
setembro de 1998, na cidade de Roterdã.

Decreto nº 5.940, de 25 de outubro de 2006


Institui a separação dos resíduos recicláveis descartados pelos
órgãos e entidades da administração pública federal direta e indireta,
na fonte geradora, e a sua destinação às associações e cooperativas
dos catadores de materiais recicláveis, e dá outras providências.

Decreto nº 5.098, de 3 de junho de 2004


Dispõe sobre a criação do Plano Nacional de Prevenção, Preparação
e Resposta Rápida a Emergências Ambientais com Produtos
Químicos Perigosos - P2R2, e dá outras providências.

Decreto nº 875, de 19 de julho de 1993


Promulga o texto da Convenção sobre o Controle de Movimentos
Transfronteiriços de Resíduos Perigosos e seu Depósito.

Decreto Legislativo nº 204, de 2004


Aprova o texto da Convenção de Estocolmo sobre Poluentes
Orgânicos Persistentes, adotada, naquela cidade, em 22 de maio de
2001.

Resolução CONAMA Nº 404/2008


Estabelece critérios e diretrizes para o licenciamento ambiental de
aterro sanitário de pequeno porte de resíduos sólidos urbanos.

Resolução CONAMA Nº 450/12


Altera 362/05art. 24-A à Resolução nº 362, de 23 de junho de 2005,
do Conselho Nacional do Meio Ambiente- CONAMA, que dispõe
sobre recolhimento, coleta e destinação final de óleo lubrificante
usado ou contaminado.

Resolução CONAMA Nº 448/12


Altera os arts. 2º, 4º, 5º, 6º, 8º, 9º, 10 e 11 da Resolução nº 307, de 5
de julho de 2002, do Conselho Nacional do Meio Ambiente -
CONAMA nas definições de: Aterro de resíduos classe A de
preservação de material para usos futuros, área de transbordo e
triagem de resíduos da construção civil e resíduos volumosos,
gerenciamento de resíduos sólidos, gestão integrada de resíduos
sólidos.

Resolução CONAMA Nº 431/11

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Altera o art. 3º da Resolução nº 307, de 5 de julho de 2002, do


Conselho Nacional do Meio Ambiente- CONAMA, estabelecendo
nova classificação para o gesso.

Resolução CONAMA Nº 420/09


Dispõe sobre critérios e valores orientadores de qualidade do solo
quanto à presença de substâncias químicas e estabelece diretrizes
para o gerenciamento ambiental de áreas contaminadas por essas
substâncias em decorrência de atividades antrópicas.

Resolução CONAMA Nº 375/06


Define critérios e procedimentos, para o uso agrícola de lodos de
esgoto gerados em estações de tratamento de esgoto sanitário e
seus produtos derivados, e dá outras providências.

Resolução CONAMA Nº 380/06


Retifica a Resolução CONAMA nº 375/06.

Resolução CONAMA Nº 275/01


Estabelece código de cores para os diferentes tipos de resíduos.

Resolução CONAMA Nº 264/99


Trata de coprocessamento de resíduos em fornos de clinquer para
fabricação de cimento.

Resolução CONAMA Nº 235/98


Publica novo texto do anexo 10 da resolução CONAMA 23/96 sobre
importação de resíduos.

Resolução CONAMA Nº 08/91


Dispõe sobre a entrada no país de materiais residuais.

Resolução CONAMA Nº 23, de 12/12/1996


Dispõe sobre as definições e o tratamento a ser dado aos resíduos
perigosos, conforme as normas adotadas pela Convenção da
Basiléia sobre o Controle de Movimentos Transfronteiriços de
Resíduos Perigosos e seu Depósito.

Resolução CONAMA Nº 264, de 26/08/1999


Licenciamento de fornos rotativos de produção de clínquer para
atividades de co-processamento de resíduos.

Resolução nº 313, de 29/10/2002


Dispõe sobre o Inventário Nacional de Resíduos Sólidos Industriais.

Resolução nº 316, de 29/10/2002


Dispõe sobre procedimentos e critérios para o funcionamento de
sistemas de tratamento térmico de resíduos. Foi alterada pela
Resolução 386/06

Resolução nº 358, de 29/04/2005

42
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Dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos


serviços de saúde e dá outras providências.

Resolução nº 307/02
Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos
resíduos da construção civil.

Resolução nº 431/11
Altera o art. 3º da Resolução nº 307, de 5 de julho de 2002, do
Conselho Nacional do Meio Ambiente- CONAMA, estabelecendo
nova classificação para o gesso.

Resolução nº 5, de 05/08/1993
Dispõe sobre o gerenciamento de resíduos sólidos gerados nos
portos, aeroportos, terminais ferroviários e rodoviários.

Revisão da Resolução nº 5, de 05/08/1993


Estabelece definições, classificação e procedimentos mínimos para o
gerenciamento dos resíduos sólidos de serviços de portos,
aeroportos, terminais rodoviários e ferroviários.

Na esfera estadual, aplica-se a Lei nº 12.493, de 22.01.1999, que


estabelece princípios, procedimentos, normas e critérios referentes à geração,
acondicionamento, armazenamento, coleta, transporte, tratamento e
destinação final dos resíduos sólidos no Estado do Paraná, visando controle da
poluição, da contaminação e a minimização de seus impactos ambientais e
adota outras providências.
No âmbito do Município, destaca-se a Lei Municipal nº 10.366 de
21.12.2016, que dispõe sobre as diretrizes para elaboração do Plano Municipal
de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos – PMGIR no município de Maringá
que, basicamente, repete os requisitos mínimos previstos na legislação federal,
fixa prazo para elaboração do mencionado plano e disciplina a forma de
composição de comissão integrada por membros do Poder Executivo Municipal
e da sociedade civil organizada.
Além desta Lei, destacam-se os seguintes diplomas normativos
locais, conforme disposto no Plano de Saneamento Básico de 2011:
Lei Complementar Municipal nº. 758, de 29 de junho de 2009 –
dispõe sobre a política de proteção, controle, conservação e recuperação do
meio ambiente no município de Maringá.

43
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Lei Complementar Municipal nº. 677, de 28 de setembro de 2007 –


dispõe sobre o sistema tributário do município de Maringá.
Lei Complementar Municipal nº. 853, de 25 de outubro de 2010 –
cria o fundo municipal de saneamento básico sua finalidade é a de arrecadar e
aplicar o produto da arrecadação proveniente da exploração dos serviços de
abastecimento de água e esgoto do município, e prover recursos para custear
planos, programas, projetos, obras e serviços visando melhorar e ampliar o
abastecimento de água e implantação do sistema de esgotamento sanitário.
Lei Complementar Municipal nº. 01, de 1991 – institui o plano diretor
integrado de desenvolvimento e estabelece diretrizes para as ações de
planejamento do município de Maringá e da outras providências.
Lei Complementar Municipal nº. 888 de 2011 – dispõe sobre o uso e
ocupação do solo no município de Maringá.
Lei Complementar Municipal nº. 850 de 2011 – autoriza e
regulamenta a realização dos serviços de roçada e limpeza pela administração
pública em imóveis urbanos.

2.2 CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO

O povoamento10 da área compreendida pelo atual município de


Maringá iniciou-se por volta de 1938, mas foi apenas a partir dos primeiros
anos da década de 40, que começaram a serem erguidas as primeiras
edificações propriamente urbanas na localidade conhecida mais tarde por
Maringá Velho. Eram umas poucas e bastante rústicas construções de madeira
de cunho provisório.
Destinavam-se fundamentalmente, organizar na região um polo
mínimo para o assentamento dos numerosos migrantes que afluíam para essa
nova terra. Nossos pioneiros chegavam em caravanas procedentes de vários
estados do Brasil, organizadas pela CMNP - Companhia Melhoramentos Norte

10 Histórico do município disponível em Cidades IBGE


http://cidades.ibge.gov.br/painel/historico.php?lang=&codmun=411520&search=parana|maringa|
infograficos:-historico Acessado em 13/04/2017

44
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SÓLIDOS URBANOS

do Paraná, em sua maioria colonos paulistas, mineiros e nordestinos. Os anos


de 1947 e 1949 foram os que mais chegaram famílias. No pequeno núcleo
urbano que surgia, concentravam-se as atividades de compra e venda de
terras, as negociações entre proprietários, hospedagem de colonos recém
chegados e algumas práticas ínfimas de comércio varejista.
O local funcionava também como pousada para aqueles que se
embrenhavam mato adentro, no rumo desconhecido das barrancas do Rio Ivaí.
A CMNP responsabilizou-se pela venda das terras e lotes, além da construção
de estradas e implantação de núcleos urbanos. O traçado urbanístico da
pequena aldeia refletia os elementos de provisoriedade do assentamento.
Eram logradouros irregulares, sem infraestrutura e escoamento, iluminação ou
água corrente. Deve-se observar, que desde muito cedo aquele centro pioneiro
multiplicou suas funções conforme avançava a ocupação da região.
O Maringá Velho deixava de ser apenas uma área central para
desbravamento e tornava-se um local para onde os colonos convergiam a fim
de receber notícias e correspondências, fazer compras e estabelecer a
primitiva rede local de comunicações.
O topônimo deve-se à Companhia Norte do Paraná que ao demarcar
a região, nomeava os rios e córregos e esses é que davam nomes às futuras
cidades. Um dos córregos encontrados recebeu o nome de Maringá. Nome
dado por Raul da Silva, na época, chefe do escritório de vendas da Companhia
Melhoramentos Norte do Paraná, em Mandaguari, provavelmente inspirado na
canção de Joubert de Carvalho. O nome desse córrego passou ser o nome da
futura cidade.
Assim, Maringá recebeu o nome da canção, que por sua vez
também tem sua história. Morava na cidade de Pombal, interior da Paraíba,
numa ruazinha coberta por ingazeiros, uma linda cabocla de nome Maria do
Ingá. Era filha de retirantes nordestinos, dona de uma beleza encantadora, de
corpo bem feito, pele morena, olhos e cabelos negros. Um dia, uma seca
inclemente, levou a linda Maria, deixando o político Rui Carneiro desolado de
tristeza. Bairrista como todo nordestino, Rui pediu ao amigo Joubert de
Carvalho, que fizesse uma música que exaltasse a mulher amada e sua terra

45
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natal. Na fusão das palavras de Maria mais Ingá, surgiu Maringá, dando origem
a Canção "Maringá, Maringá", que por volta de 1935, estourava nas paradas de
sucesso.

2.2.1 Formatação administrativa

O Distrito foi criado com a denominação de Maringá, pela Lei nº 2,


de 11-10-1947, subordinado ao município de Mandaguari. Sendo que a divisão
territorial está datada de 01/07/1950, quando o distrito de Maringá, figura no
município de Mandaguari, estando elevado à categoria de município com a
denominação de Maringá, pela Lei Estadual n.º 790, de 14/11/1951,
desmembrado de Mandaguari.
Pela Lei Estadual n.º 4.245, de 25/07/1960, desmembrou-se do
município de Maringá o distrito de Ivatuba, o qual elevado à categoria de
município com a denominação de Ivatuba. Na divisão territorial datada de
31/12/1963, o município passou a ser constituído de 2 (dois) distritos: Maringá
e Floriano, sendo que através da Lei Municipal n.º 68, de 28/02/1967, foi
criado o distrito de Iguatemi e anexado ao município de Maringá.
Pela Lei Estadual n.º 5.604, de 27-07-1967, é criado o distrito de
Esperança e anexado ao município de Maringá. Ainda, através do Acórdão do
Tribunal de Justiça, é extinto o distrito de Esperança, sendo seu território
anexado ao distrito sede do município de Maringá.
Por derradeiro, na divisão territorial datada de 31/12/1968, o
município é constituído de 3 distritos: Maringá, Floriano e Iguatemi. Assim
permanecendo em divisão territorial até a presente data.
Vale lembrar que o povoamento11 da área compreendida pelo atual
município de Maringá, iniciou-se por volta de 1938, mas foi apenas a partir dos
primeiros anos da década de 40, que começaram a ser erguidas as primeiras
edificações propriamente urbanas, na localidade conhecida mais tarde por
Maringá Velho.

11 Texto disponível em http://www2.maringa.pr.gov.br/turismo/?cod=nossa-cidade/2


Citando fonte: O Diário

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O primeiro lote de Maringá, de numeração 1/A, foi adquirido pelo


padre alemão Emílio Clemente Scherer, que chegou ao Brasil em 1938,
fugindo do nazismo. A propriedade que ele adquiriu - localizada em uma região
próxima ao local que hoje é o bairro Cidade Alta, em Maringá -, foi batizada de
Fazenda São Bonifácio. Foi nesta propriedade que, a 12 de fevereiro de 1940,
surgiu a primeira igreja de Maringá, a Igreja São Bonifácio, construída com
madeira retirada de árvores cortadas na própria fazenda. A igreja existe até
hoje, próximo ao bairro da Cidade Alta, no prolongamento da Rua Dolores
Duran.
O historiador do Patrimônio Histórico de Maringá, João Laércio
Lopes Leal, conta que o povoado cresceu obedecendo a um planejamento
criado por Aristides Souza Mello, diretor da Companhia de Terras Norte do
Paraná, que projetou o pequeno povoado de seis quadras, formado por poucas
casas e estabelecimentos comerciais, estes voltados a atender às
necessidades básicas da população rural.
O projeto da cidade de Maringá é datado de 1943 e assinado pelo
urbanista paulista Jorge de Macedo Vieira, adepto do conceito de “Cidade
Jardim” elaborado pelo britânico Ebenezer Howard e responsável pelo projeto
de inúmeros bairros de São Paulo.
O traçado de Maringá foi desenhado com largas avenidas, canteiros
que valorizavam o paisagismo e ruas que seguiam a inclinação natural do
relevo o mais fielmente possível. Um fato interessante é que Jorge de Macedo
Vieira nunca esteve em Maringá.
O historiador do Patrimônio Histórico de Maringá, João Laércio
Lopes Leal, conta que o urbanista recebeu a ajuda de Cássio Vidigal, diretor da
Companhia de Terras Norte do Paraná e amigo de Jorge de Macedo Vieira dos
tempos em que eles frequentaram a Escola Politécnica da USP (Universidade
de São Paulo). E foi a partir de um planejamento desenhado por Cássio Vidigal
e tendo como referência algumas fotos aéreas da cidade que Jorge de Macedo
Vieira finalizou o projeto de Maringá.
Por derradeiro a Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia
Legislativa do Estado do Paraná aprovou em 11/04/2017 o projeto de lei

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74/2015, de autoria do deputado estadual Dr. Batista, que corrige o limite


geográfico entre a cidade de Sarandi e Maringá.

2.2.2 Inserção de Maringá no contexto regional

Maringá está localizada na Macrorregião Sul do Brasil, na


mesorregião Norte Central Paranaense em uma posição geoeconômica
estratégica, tanto do ponto de vista demográfico e fisiográfico, quanto da rede
de circulação pelas vias regionais, estaduais ou interestaduais.
Sua posição geográfica é delimitada pelas coordenadas 23° 25' 31”
de latitude sul e 51° 56' 19” de longitude oeste, ocupando uma área total de
487,052 km² sendo 141,764 km² (29,11%) de área urbanizada e 345,288 km²
(70,89%) de área rural, com uma altitude média de 555 m, estando sob o
divisor de águas entre as Bacias dos Rios Pirapó e Ivaí.
O acesso ao município pela região leste é feito pela BR-376
passando pelos municípios de Mandaguari e Marialva. Pela região norte e sul,
o acesso é feito pela rodovia PR-317 que liga a divisa do Estado de São Paulo
com o Paraná e possui trechos coincidentes com a PR-239, BR-158 e BR-272.
Já pela região oeste do estado, o acesso se dá pela BR-277 que liga Cascavel
a Maringá passando pelas cidades de Ubiratã, onde se tem acesso a BR-369 já
nas proximidades de Campo Mourão.
A Lei Complementar 83 de 17 de Julho de 1998 instituiu a Região
Metropolitana de Maringá composta por 08 (oito) municípios, e, atualmente
conforme redação dada pela Lei Complementar nº 145 de 24/04/2012 é
constituída por 26 municípios, sendo eles: Maringá, Sarandi, Marialva,
Mandaguari, Paiçandu, Ângulo, Iguaraçu, Mandaguaçu, Floresta, Dr. Camargo,
Itambé, Astorga, Ivatuba, Bom Sucesso, Jandaia do Sul, Cambira, Presidente
Castelo Branco, Flórida, Santa Fé, Lobato, Munhoz de Mello, Floraí, Atalaia,
São Jorge do Ivaí, Ourizona e Nova Esperança, conforme pode ser observado
no mapa abaixo.

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Figura 1 – Localização do Município em contexto regional

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2.2.3 Aspectos econômicos

No final dos anos 60 Maringá inicia seu processo de consolidação


como uma cidade de base produtiva industrial com foco na agroindústria. A
cidade exerce não só o importante papel de polarização industrial e de centro
de prestação de serviços, como também o de um dos mais importantes centros
de comercialização de produtos agrícolas e de distribuição de produtos
industrializados para a sua região.
Conforme demonstra o Produto Interno Bruto (PIB) do município, as
atividades de prestação de serviços e industriais se destacam, uma vez que
Maringá é um importante polo industrial, de prestação de serviços e de
comercialização de produtos agrícolas e de distribuição de produtos
industrializados. A tabela abaixo traz os valores do PIB municipal no ano de
2014.
Tabela 1 – Produto Interno Bruto (PIB) de Maringá - PR.
Produto Interno Bruto Valor Unidade
Valor adicionado bruto da agropecuária, a preços 79.078 R$ 1.000,00
correntes
Valor adicionado bruto da indústria, a preços 2.651.968 R$ 1.000,00
correntes
Valor adicionado bruto dos Serviços, a preços 8.025.428 R$ 1.000,00
correntes - exclusive administração, saúde e
educação públicas e seguridade social
Valor adicionado bruto da Administração, saúde e 1.418.782 R$ 1.000,00
educação públicas e seguridade social, a preços
correntes
Valor adicionado bruto Total, a preços correntes 12.175.255 R$ 1.000,00
Impostos, líquidos de subsídios, sobre produtos, a 2.057.773 R$ 1.000,00
preços correntes
PIB, a preços correntes 14.233.028 R$ 1.000,00
PIB per capita 36.336,40 R$ 1,00

Fonte: IBGE, em parceria com os Órgãos Estaduais de Estatística, Secretarias


Estaduais de Governo e Superintendência da Zona Franca de Manaus -
SUFRAMA.
NOTA 1: Os dados de 2014 estarão sujeitos a revisão na próxima divulgação.
NOTA 2: Os dados da série revisada (2010 a 2014) têm como referência o ano de
2010, seguindo a nova referência das Contas Nacionais.

Os valores demonstrados na tabela podem ser bem visualizados na

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figura abaixo.

Figura 2 – Produto Interno Bruto (PIB) de Maringá – PR

Conforme dados do Programa das Nações Unidas para o


Desenvolvimento, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do município de
Maringá no ano de 1991 foi de 0,608, 2000 de 0,740 e em 2010 foi de 0,808.
Observa-se que o município sofreu uma evolução considerável e manteve-se à
frente dos índices obtidos no Estado com um índice elevado, tendo em vista
que, o Estado do Paraná obteve e índices 0,507, 0,650 e 0,749 para os anos
de 1991, 2000 e 2010, respectivamente.

2.2.4 Agricultura e pecuária

A característica da Estrutura Produtiva da mesorregião Norte Central


é caracterizada pelo predomínio de pequenos e médios estabelecimentos, o
que evidencia a importância social da agricultura familiar. O Norte Central,
quando comparado à média estadual, apresenta um grau mais elevado de
utilização de força mecânica na produção agropecuária, pois enquanto no
estado 52,3% dos estabelecimentos informaram o uso desse tipo de força, na

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região estudada esta proporção sobe para 65,3%, o que certamente é reflexo
da importância que as lavouras temporárias apresentam na estrutura produtiva
da região.
Indicadores regionais como o da força mecânica demonstram que a
mesorregião Norte Central encontra-se em situação superior à média estadual,
refletindo maior dinamismo da agropecuária.
A maior parte dos estabelecimentos agropecuários do município
estão destinados à lavouras permanentes e temporárias (tabela 2) onde as
culturas em destaque cultivadas são a cana-de-açúcar, o milho e a soja com
uma produção de 121.325, 101.907 e 79.232 toneladas respectivamente
(tabela 3).
Considerando a área colhida em ha, destaque para a produção de
grãos (soja, milho e trigo, etc) que representam 96,93% do total de área em ha
destinadas a produção agrícola no município.

Tabela 2 – Estabelecimentos agropecuários e área segundo atividades


econômicas - 2006
ATIVIDADES ECONÔMICAS ESTABELECIMENTOS ÁREA (ha)

Lavoura temporária 399 23.802

Horticultura e floricultura 109 509

Lavoura permanente 138 1.398

Produção de sementes, mudas e - -


outras formas de propagação vegetal
Pecuária e criação de outros animais 169 2.598

Produção florestal de florestas 1 x


plantadas
Produção florestal de florestas nativas 2 x

Pesca 1 x

Aquicultura 8 53

TOTAL 827 28.422

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FONTE: IBGE - Censo Agropecuário (Caderno Estatístico do Município de


Maringá – IPARDES/2017)
NOTA: A soma das parcelas da área, não corresponde ao total porque os dados das
unidades territoriais com menos de três informantes, estão desidentificados com o
caracter 'x'. Dados revisados e alterados após a divulgação da 2ª apuração do Censo
Agropecuário, em outubro de 2012.

Tabela 3 – Área colhida e produção agrícola em Maringá - 2015


Produtos Área Produção Produtos Área Produção
colhida (ton.) colhida (ton.)
(ha) (ha)
Aveia (em 35 58 Melancia 3 150
grão)
Banana 80 1.600 Melão 1 12
(cacho)
Café (em grão) 110 152 Milho (em grão) 18.527 101.907
Cana-de- 1.233 121.325 Palmito 3 9
açúcar
Ervilha (em 1 3 Soja (em grão) 23.312 79.232
grão)
Feijão (em 2 2 Tomate 6 180
grão)
Laranja 37 1.332 Trigo (em grão) 4.500 8.775
Mandioca 100 2.000 Uva 9 49
Total Geral Área Colhida 47.959 Total Geral Produção 316.786
(ha) (ton.)
FONTE: IBGE - Produção Agrícola Municipal (Caderno Estatístico do Município
de Maringá – IPARDES/2017)

Quanto às atividades agropecuárias, destaque para a criação de


galináceos (galinhas, galos, frangos) que indicam um número efetivo de
812.000 e em segundo lugar a criação de bovinos com o efetivo de 5.201.

Tabela 4 – Efetivos de pecuária e aves - 2015

Efetivos Números Efetivos Números


Rebanho de bovinos 5.201 Rebanho de ovinos 2.100
Rebanho de equinos 145 Rebanho de bubalinos 10
Galináceos – Total 812.000 Rebanho de caprinos 380

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Efetivos Números Efetivos Números


Galinhas (1) 2.260 Codornas 2.800
Rebanho de suínos – Total 3.800 Rebanho de ovinos -
tosquiados
Matrizes de suínos (1) 312 Rebanho de vacas 1.562
ordenhadas
FONTE: IBGE - Produção da Pecuária Municipal (Caderno Estatístico do
Município de Maringá – IPARDES/2017)

2.2.5 Setor empresarial e industrial

As atividades industriais são menos expressivas se comparadas às


atividades comerciais e de serviços no município. Maringá se destaca no ramo
de confecções e é considerada pela ABIT – Associação Brasileira da Indústria
Têxtil e de Confecção o segundo maior polo confeccionista do País.
Do total de estabelecimentos e empregados por estabelecimento
(tabela abaixo) 2.025 desenvolvem atividades industriais gerando
aproximadamente 29.133 empregos enquanto que as atividades comerciais e
de prestação de serviços totalizam 13.367 estabelecimentos e um nº total de
118.177 empregos.
Das atividades industriais, destaque para as indústrias têxteis que
representam cerca de 22,37% do total de indústrias do município. Das
atividades comerciais e de prestação de serviços os estabelecimentos
comerciais varejistas contabilizam 5.427 estabelecimentos e 30.990 empregos
o que a coloca em 1º lugar tanto em nº de estabelecimentos como de geração
de empregos. Em segundo lugar seguem o Auxiliar de atividade econômica
com 2.614 estabelecimentos e o nº de 16.625 empregos gerados. Tais dados
confirmam o ponto forte da economia do município voltado para o ramo têxtil
tanto de produção industrial como de comercialização.

Tabela 5 – Nº de empregos e estabelecimentos segundo atividades econômicas -


2015
Atividades Econômicas (SETORES E Estabelecimentos Empregos
SUBSETORES DO IBGE)
INDÚSTRIA 2.025 29.133

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Atividades Econômicas (SETORES E Estabelecimentos Empregos


SUBSETORES DO IBGE)
Extração de minerais 3 97
Produtos minerais não metálicos 85 742
Metalúrgica 257 2.074
Mecânica 160 1.805
Material elétrico e de comunicações 61 806
Material de transporte 70 795
Madeira e do mobiliário 223 2.139
Papel, papelão, editorial e gráfica 161 1.159
Borracha, fumo, couros, peles e produtos 115 1.568
similares e indústria diversa
Matérias plásticas 134 2.126
Têxtil, do vestuário e artefatos de tecidos 453 5.439
Calçados 12 58
Produtos alimentícios, de bebida e álcool 267 10.184
etílico
Serviços industriais de utilidade pública 24 141
CONSTRUÇÃO CIVIL 1.132 10.619
COMÉRCIO 6.588 39.331
Comércio varejista 5.427 30.990
Comércio atacadista 1.161 8.341
SERVIÇOS 6.779 78.846
Instituições de crédito, seguros e de 223 3.567
capitalização
Auxiliar de atividade econômica 2.614 16.625
Transporte e comunicações 858 13.526
Serviços de alojamento, alimentação, reparo, 1.867 13.448
manutenção, radiodifusão e televisão
Serviços médicos, odontológicos e 930 7.906
veterinários
Ensino 278 11.459
Administração pública direta e indireta 9 12.315
PESCA 247 631
TOTAL 16.771 158.560

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FONTE: MTE/RAIS (Caderno Estatístico do Município de Maringá –


IPARDES/2017)

2.2.6 Infra estrutura do município

2.2.6.1 Comunicação

Maringá dispõe de serviço de telefonia fixa e móvel. As empresas


operadoras existentes no município são a Embratel, Sercomtel, Oi, Vivo, Oi
Móvel, Claro Celular, Vivo Celular e Tim Celular.
Na mídia impressa, destacam-se vários jornais locais, o sinal de TV
aberta recebido no município é proveniente das seguintes emissoras: Rede
Paranaense de Comunicação – RPC repetidora da Rede Globo de
Comunicação, Grupo Paulo Pimentel – GPP do Sistema Brasileiro de Televisão
– SBT e Rede Independência de Comunicação – RIC da Record, Rede
Bandeirantes de Televisão - BAND, dentre outras emissoras locais. Maringá
conta ainda com 10 emissoras de radiofusão, 5 de radiotelevisão e 12 televisão
digital.
O sistema de envio e recebimento de encomendas é realizado
através das empresas de transporte rodoviário que atuam no município e pela
Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), sendo que esta última
possui: 3 agências do correio, 2 agências do correio comunitárias, 5 agências
franqueadas, 02 agências terceirizadas.

2.2.6.2 Energia elétrica

A Companhia Paranaense de Energia Elétrica – COPEL atende a


distribuição de energia elétrica no município de Maringá. A cidade possui um
total de 500 km de rede de distribuição urbana. Considerando dados referente
o exercício de 2015, as unidades de atendimento por setores residencial,
industrial, comercial e rural, do total de 175.216 consumidores cerca de 82,03%
estão registrados na categoria residencial - área urbana, na sequência, a

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categoria comercial que corresponde a 11,99% do total de consumidores e o


restante estão divididos entre as categorias rural e industrial.
Quanto ao índice de consumo em MwH o maior índice de consumo
também está registrado na categoria comercial, 346.709, seguido pelo setor
residencial com 340.683 MwH e o setor secundário (Indústria) com 267.308
MwH.

Figura 3 – Consumo de energia elétrica por categorias em Maringá.


FONTE: COPEL e Concessionárias CELESC, COCEL, CFLO, CPFL e FORCEL
(Caderno Estatístico do Município de Maringá – IPARDES/2017)

2.2.6.3 Sistema educacional

Maringá apresenta uma gama muito ampla de opções nas áreas


educacional, de ensino técnico e de formação superior, em especial nesta
última, onde aproximadamente 15 instituições oferecem mais de 100 cursos de
graduação dentre elas a Universidade Estadual de Maringá (UEM), e as
instituições privadas: UniCesumar - Centro Universitário Cesumar, Faculdade
Eficaz, UNIFAMMA - Faculdade Metropolitana de Maringá, Faculdades
Maringá, Faculdade Cidade Verde, PUCPR -Pontifícia Universidade Católica do

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Paraná, Faculdade Alvorada, Centro Universitário Ingá, FEITEP - Faculdade de


Engenharia e Inovação Técnico Profissional, Faculdade América do Sul.
Conforme dados divulgados pelo IPARDES, em 2015 o município
possuía 79.191 alunos matriculados em unidades educacionais de ensino
básico e nível médio nas categorias de creche, pré-escola, ensino fundamental,
ensino médio e profissional em dependências administrativas federais,
estaduais, municipais e particulares.

Tabela 6 – Matrículas do Ensino Regular - 2015

Dependência Modalidade
Administrativa Creche Pré-escola Fundamental Médio Profission
al
Federal - - - -
Estadual - 13.606 9.657 24.412
Municipal 6.324 5.537 15.889 - 27.750
Particular 2.192 2.847 13.302 5.146 27.029
Total 8.516 8.384 42.797 14.803 79.191
Fonte: MEC/INEP (Caderno Estatístico do Município de Maringá – IPARDES/2017)

Nas instituições de ensino superior o índice de concluintes para o


ano de 2015 foi de 1.788 alunos na instituição estadual (UEM – Universidade
Estadual de Maringá) e de 3.492 nas instituições de ensino particular,
totalizando 5.280 concluintes, e na modalidade de ensino à distância foram
realizadas 7.838 matrículas com 1.926 concluintes.

Tabela 7 – Matrículas e concluintes do ensino superior em 2015


Modalidade de Ensino
Dependência
Presencial a Distância
administrativa
Matrículas Concluintes Matrículas Concluintes
Estadual 12.860 1.788 - -
Particular 22.952 3.492 7.838 1.926
Total 35.812 5.280 7.838 1.926
Fonte: MEC/INEP (Caderno Estatístico do Município de Maringá – IPARDES/2017)

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2.2.6.4 Saúde

Em 2016 o município teve um gasto anual entorno de R$


377.586.264,25 com o setor de saúde.
Conforme o MS/CNES, divulgado no Caderno Estatístico de Maringá
pelo IPARDES, em 2015 o município possuía 1285 estabelecimentos de saúde,
conforme classificação segundo a esfera jurídica abaixo:
 78 representam o total de estabelecimentos públicos de saúde;
 629 entidades empresariais;
 24 entidades sem fins lucrativos e
 554 pessoas físicas.
Dos estabelecimentos acima citados temos 924 consultórios, 10
estabelecimentos com disponibilidade de internação total e 81 com diagnose e
terapia total.
Do total de 1.682 leitos:
 878 são leitos públicos com 95 leitos de UTI;
 804 leitos de estabelecimentos privados com 89 leitos de UTI
De acordo com dados do SESA – Secretária de Saúde do Estado do
Paraná, das 404 crianças nascidas vivas, entre janeiro e fevereiro de 2017, 04
morreram antes de completar 01 ano de idade, o que representa um coeficiente
de mortalidade infantil de 0,99. Ainda, conforme o MS/Datasus, divulgado no
Caderno Estatístico de Maringá pelo IPARDES, em 2015 o município
apresentou o coeficiente de mortalidade geral com 5,23 a cada 1.000
habitantes, e o coeficiente de mortalidade infantil com 9,44 a cada 1.000
nascidos vivos.

2.2.6.5 Esgotamento sanitário

A existência de sistema de esgotos sanitários eficiente tem grande


reflexo na melhoria das condições sanitárias, na conservação dos recursos
naturais, na eliminação de focos de poluição e de contaminação, na redução

59
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das doenças de veiculação hídrica, na redução dos recursos aplicados no


tratamento de doenças, uma vez que grande parte delas está relacionada com
a falta de saneamento, na diminuição dos custos de tratamento da água para
abastecimento público, dentre outros.
O serviço de coleta e tratamento de esgoto em Maringá é realizado
pela Companhia de Saneamento do Paraná – SANEPAR. O índice de coleta de
esgoto no município é superior a 85% (SNIS) sendo que 100% do esgoto
coletado recebe tratado.
Para os imóveis situados em áreas ainda não atendidas com rede
coletora pública de esgoto, a Prefeitura Municipal de Maringá tem tido uma
atuação destacada, de forma que estes tenham uma solução individual
adequada. Para tanto, a municipalidade dispõe de instrumentos legais para
orientar a elaboração do projeto de solução individual, bem como para a
fiscalização de sua correta implantação.
O tratamento do esgoto é feito pelo sistema RALF – Reator
Anaeróbico de Lodo Fluidizado – que permite nível de eficiência de 85%,
conforme informação da SANEPAR.
Se 140.533 unidades residenciais são abastecidas por água potável
(tabela 9) 138.374 são abastecidas por rede de esgoto. Dos estabelecimentos
comerciais 14.058 unidades, do setor industrial 583 e dos setores de utilidade
pública e setor público 936.

Tabela 8 – Atendimento de Esgoto pela Sanepar - 2016


Categorias Unidades atendidas Ligações
Residenciais 138.374 93.759
Comerciais 17.058 12.070
Industriais 583 575
Utilidade pública 574 558
Poder público 362 362
TOTAL 156.951 107.324
Fonte: FONTE: SANEPAR e Outras Fontes de Saneamento (Caderno Estatístico
do Município de Maringá – IPARDES/2017)

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Figura 4 – Esgotamento Sanitário.

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2.2.6.6 Abastecimento de água

Em Maringá, o abastecimento de água é realizado através da


captação no Rio Pirapó, tendo sido implantada pela CODEMAR com início da
operação datada de 01/09/1980, porém em 1997 a SANEPAR - Companhia de
Saneamento do Paraná mudou o ponto de captação para uma região 200
metros acima da original, para fugir do afluente Rio Sarandi, que, segundo a
empresa, era foco de poluição, tornando assim a captação de água bruta em
duas elevatórias, baixo e alto recalque. Procurando manter a boa qualidade da
água, são realizados testes com a utilização de amostrar coletadas em vários
pontos da cidade, correspondendo a 385 locais em sua grande maioria
estabelecimentos públicos.
O abastecimento de água é através da captação de água superficial
no Rio Pirapó, e poços artesianos, segundo divulgação no Caderno Estatístico
Municipal de abril/2017 em 2016 o consumo de água faturado apresentou o
volume de 26.133.220 m³, correspondendo a uma média diária de 71.597,86
m³.
Do total de unidades atendidas 140.533 são ligações residenciais,
18.129 comerciais, 899 industriais, 713 de utilidade pública e 490 do poder
público o que totaliza 160.764 ligações conforme pode ser visto na tabela a
seguir.

Tabela 9 – Abastecimento de água pela Sanepar - 2016


Categorias Unidades atendidas Ligações
Residenciais 140.533 110.012
Comerciais 18.129 13.531
Industriais 899 887
Utilidade pública 713 702
Poder público 490 490
TOTAL 160.764 125.622
Fonte: FONTE: SANEPAR e Outras Fontes de Saneamento (Caderno Estatístico
do Município de Maringá – IPARDES/2017)

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2.3 ASPECTOS GEOGRÁFICOS E AMBIENTAIS12

2.3.1 Geologia e geomorfologia

Conforme as características geológicas do Estado do Paraná e


considerando a localização geográfica, o município de Maringá localiza-se no
Terceiro Planalto Paranaense.
Geologicamente, o terceiro planalto pode ser divido em duas
unidades litológicas: a Formação Serra Geral originada de derrames basálticos
e a Formação Caiuá e Santo Anastácio caracterizada pelos arenitos.
A Formação Serra Geral constitui-se principalmente de rochas
basálticas de natureza fissural, de coloração cinza-escura a negra de idade
jurássica-cretácica. Em termos de composição química, estas rochas podem
ser divididas em dois grupos básicos: os basaltos alto titânios (Ti O2> 2%) e os
basaltos baixo titânio (TiO2 < 2%). Nos derrames mais espessos, a zona
central é maciça, microcristalina, fraturada por juntas subverticais, dividindo a
rocha em colunas. A Formação Caiuá constitui-se basicamente de quartzo, e
quantidades subordinadas de feldspatos, calcedônia e outros minerais.
Ocasionalmente podem ser subarcoseanos.
A Formação Caiuá constitui-se basicamente de arenitos finos a
médios, minerais de quartzo, e quantidades subordinadas de feldspatos,
calcedônia e outros minerais. Ocasionalmente podem ser sub-arcoseanos. Os
grãos são de seleção regular à boa, geralmente sub-arredondados a
arredondados, foscos, encobertos por película de óxido de ferro, com
estratificação cruzada discordante sobre o basalto.
No que concerne a geomorfologia, além de estar localizada no
terceiro planalto em uma área de 4.125,23 Km2, Maringá pertence a sub-
unidade morfoescultural do Planalto de Maringá (ITCG, 2010). A área central

12 Texto elaborado com base no estudo preliminar 2011 constante às fls. 2.942 - 2953 dos
autos da Ação Civil Pública nº 0000825-72 2000 8 16 0017. A revisão foi realizada por Valdeir
Demétrio da Silva, Professor do Departamento de Geografia da Universidade Estadual de Maringá.

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do município foi planejada e construída no interflúvio entre as bacias


hidrográficas do Rio Pirapó e do Rio Ivaí.
As altitudes nesta região variam entre 340 m e 740 m, cerca de 70%
do município está entre as cotas altimétricas de 420 m a 540 m, 15% abaixo de
420 m e 15% acima de 540 m (PAIVA et al, 2009).
As formas de relevo são predominantemente de topos alongados e
aplainados e de vertentes convexas em vales de formação tipo “V”, modeladas
em rochas de formação da Serra Geral (ITCG, 2010). A classe de declividade
predominante varia de 3% a 12%.

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Figura 5 – Unidades Geológicas

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Figura 6 – Mapa de declividade do Município de Maringá/PR

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2.3.2 Pedologia

Para a classificação dos solos foram utilizadas como base a carta de


solos IAPAR/Embrapa (2008) e o Sistema Brasileiro de Classificação dos solos
EMBRAPA (2013)13.
A partir desta classificação podemos diferenciar cinco tipos de solos
presentes na região de Maringá: latossolos do tipo vermelho textura argilosa,
latossolos vermelhos textura média, nitossolos, argissolos e neossolos.
Na tabela abaixo seguem as referidas ocupações por áreas dos
tipos de solos característicos de Maringá:

Tabela 10 – Classes de solo e ocupação em Maringá/PR


Classes Área (km2) Ocupação (%)
Latossolo Vermelho, Textura Argilosa 155,843 32,85
Latossolo Vermelho Textura Média 21, 528 4,54
Nitossolo Vermelho 265,478 55,96
Argissolo 1,724 0,36
Neossolo 29,807 6,29
Fonte: Embrapa, 1999.

Os latossolos vermelhos textura argilosa, representam a segunda


maior área no município, são derivados das rochas basálticas da formação
Serra Geral, encontrados principalmente nas áreas planas dos topos das
bacias, de baixa declividade, são solos profundos, elevada porosidade e
permeabilidade.
Os latossolos vermelhos textura média, são derivados das rochas
areníticas da formação Caiuá, encontrado também nas regiões planas dos
topos das bacias a oeste do município. Apresentam boa permeabilidade e
uniformidade das características morfológicas.
Os nitossolos vermelhos, representam a maior área desta classe no
município, são derivados das rochas basálticas da formação Serra Geral,
encontrado nas áreas de média declividade das vertentes. São
caracteristicamente de textura argilosa ou muito argilosa constituídos por

13 EMBRAPA, Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. 3ª Ed. 2013, 353p.

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material mineral com horizonte B nítico (reluzente), estrutura em blocos


subangulares, angulares ou prismática moderada ou forte, com superfície dos
agregados reluzente, relacionada a cerosidade e/ ou superfícies de
compressão. São solos profundos, bem drenados, de coloração variando de
vermelho a brumo.
Os argissolos, derivados das rochas areníticas da formação Caiuá,
ocupam o terço inferior das vertentes, são pouco profundos, possuem textura
arenosa a média, constituídos por material mineral, que tem como
características diferenciais argila de atividade baixa e horizonte B textural (Bt),
imediatamente abaixo de qualquer tipo de horizonte superficial.
Por fim, os neossolos, constituídos por material mineral ou por
material orgânico, são solos rasos, com pouca expressão de processos
pedogenéticos. Ocupam áreas de relevo dissecados e a presença de rochas
próximo da superfície.

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Figura 7 – Mapa pedológico do Município de Maringá

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2.3.3 Clima

Por estar em uma região “cortada” pelo Trópico de Capricórnio,


Maringá está inserida em uma área de transição entre o clima tropical e
subtropical.
Maringá está localizada na porção do Paraná classificada segundo
KÖPPEN pelo tipo climático Cfa – Clima Subtropical, onde a média do mês
mais frio não ultrapassa os 18 °C e a temperatura média do mês mais quente
está acima de 22°C. Os verões são quentes e os maiores índices de
precipitação são registrados neste período; as geadas não são frequentes e
não se tem uma estação seca definida (IAPAR, 2007).
Por fazer parte da região denominada subtropical, Maringá
apresenta índices de precipitação regulares. Os valores podem variar em
médias mensais de 59 a 229 mm, sendo que os menores índices são
registrados nos meses de junho, julho e agosto (inverno).

2.3.4 Vegetação

As florestas nativas no Paraná cobriam cerca de 80% do território no


início de sua ocupação, todavia, boa parte desta área foi desmatada no século
passado em virtude do processo de colonização e do desenvolvimento da
agricultura. De uma área total de 2.453.217,20 ha, delimitante da região norte
central, apenas 2,8% correspondem à cobertura vegetal total na região.
A cobertura vegetal é de suma importância para a conservação e a
manutenção da qualidade das águas de rios e córregos. Além de manter a
biodiversidade local, conserva o solo evitando que materiais e sedimentos
percolem até os cursos d´água e facilitar a infiltração de água no solo e a
recarga dos aquíferos.
Maringá, localizada na região fitogeográfica denominada por
Floresta Estacional Semidecidual ou Floresta fluvial Subcaducifólia, subunidade
submontana, tem por principal característica a dupla estacionalidade climática,

70
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representada pela seca concentrada nos meses de inverno. Nesta estação,


algumas das espécies vegetais perdem cerca de 20% a 50% de suas folhas.
De acordo com levantamento feito por Maake14 (2012), a cobertura
vegetal original da região Norte Central estava dividida da seguinte forma: 37%
de Floresta Estacional Semidecidual (FES) original, 8% de FES alterada e 43%
de FES transformada em cafezais.
Dentre as espécies vegetais mais conhecidas pertencentes a esta
subunidade fitogeográfica, destacam-se a peroba (Aspidospermapolyneuron), a
maria-preta (Diatenopterixsorbifolia), a grápia (Apuleialeiocarpa), o alecrim
(Holocalyxbalansae) e o paumarfim (Balfourodendronriedelianum).
De acordo com o inciso V do Art. 7º da LC888/2011 além das Áreas
de Fundo de Vale que constituem-se em duas faixas sendo: um círculo de
50,00m de raio em torno de nascentes e duas faixas com 30,00m de largura de
cada margem do curso d'água, Maringá possui dezoito zonas de proteção
ambiental apresentando uma área total de 2.623,81km² de área nativa, bem
como as áreas de fundo de vale correspondem a 10.421,83km² na área urbana
e 38.886,56km² na área rural.

2.3.5 Hidrografia

No que diz respeito às características hidrográficas da região,


Maringá encontra-se em uma área de interflúvio entre as bacias hidrográficas
do Rio Pirapó (bacia do Rio Paranapanema) e a Bacia Hidrográfica do Rio Ivaí.
O padrão de drenagem predominante é subdentrítico em treliça e subparalelo
com orientação estrutural (Norte-Sul).
A cidade é dividida por um espigão no sentido E –W, com isso os
córregos que nascem ao norte do espigão central deságuam no Rio Pirapó,
estando entre os mais conhecidos os córregos: Mandacarú, Osório, Isalto,
Miosótis, Nazareth, Ibitinga e Ribeirão Maringá. E os córregos Borba Gato,
Nhanguaçú, Birigui, Cleópatra, Moscados e Merlo, que nascem ao sul do

14 MAACK, R. Geografia Física do Estado do Paraná. 4ª Ed. Ponta Grossa Editora UEPG,
2012, 526p.

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espigão, deságuam no Rio Ivaí. Todos esses córregos são de volume e de


dimensões reduzidas, sendo o rio Pirapó, de dimensão e volume médio.

2.3.5.1 Bacia hidrográfica do Rio Pirapó

A maior parte da bacia hidrográfica do Rio Pirapó está localizada na


região central do Paraná, coordenadas de Latitude 22º 32‟, 23º 36‟S e
Longitude 51º 22‟ e 52º 12‟ W, sendo limitada ao sul pela Bacia Hidrográfica do
Rio Ivaí.
Apenas 57% do município esta inserido na bacia do Rio Pirapó que
compreende 5.076,00 km2 de área e 370,125 Km de perímetro. Suas
nascentes afloram no município de Apucarana, cerca de 1.000 m de altitude.
Sua drenagem principal percorre 168 km até sua foz na cidade de Jardim
Olinda já a 300 m de altitude, onde na sequência deságua na Bacia do Rio
Paranapanema.
Contribui para esta bacia aproximadamente 60 afluentes diretos,
sendo que seu afluente mais extenso é o Rio Bandeirantes do Norte, com uma
extensão de 106 Km, 28 afluentes pela sua margem esquerda e 6 pela sua
margem direita.
Dentre as principais fontes de contaminação do Rio Pirapó
destacam-se para a área urbana o lançamento clandestino de esgoto e na área
rural o escoamento de partículas do solo devido à erosão que
consequentemente causam assoreamento, além da contaminação proveniente
da dispersão de material químico e agrotóxicos utilizados na lavoura. Vale
ressaltar, que a abrangência de cobertura de tratamento de esgoto é
extremamente reduzida nesta Bacia, apenas sete municípios, dentre eles
Maringá, apresentam índices acima da média estadual.

2.3.5.2 O comitê de bacias hidrográficas do Piraponema

De acordo com a Lei Federal 9.443, de 08 de janeiro de 1997, a


Política Nacional de Recursos Hídricos tem como objetivo garantir à atual e às

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futuras gerações a necessária disponibilidade hídrica, em padrões de qualidade


adequados aos usos, tendo como diretriz a gestão sistemática dos recursos
hídricos.
O Rio Paranapanema por tratar-se de um rio de domínio da União,
cuja bacia hidrográfica abrange dois Estados da Federação, a gestão dos
recursos hídricos da bacia deve se apoiar na integração e articulação do
planejamento nos diversos âmbitos dos Sistemas de Gerenciamento de
Recursos Hídricos Estaduais e Nacional, portanto o Decreto Presidencial de 5
de junho de 2012 instituiu o CBH-PARANAPANEMA, que é um comitê de
Integração dos 06 comitês da vertente do Estado de São Paulo e do Estado do
Paraná. Maringá, juntamente com mais 55 municípios (tabela abaixo), fazem
parte do Comitê de Bacias hidrográficas do Rio Pirapó, Rio Paranapanema 3 e
Paranapanema 4 ou CBH-Piraponema, sendo este instituído pelo Decreto
Estadual nº 2245 de 03 de março de 2008.
O Comitê é formado por 40 membros titulares e seus respectivos
suplentes, sendo 16 representantes do poder público, 16 do Setor de usuários
(empresas usuárias de recursos hídricos) e 8 representantes da sociedade
civil. O objetivo do comitê é buscar formas de minimizar os impactos negativos
nas nascentes e córregos formadores dessas bacias, dialogando com toda
sociedade civil e junto às empresas que utilizam dos recursos hídricos destas
bacias.
Poderá ser observado nas figuras abaixo, as Unidades de gestão
estaduais (divisão dos 6 comitês) e, o Comitê do Piraponema composto pelas
Bacias hidrográficas do Rio Pirapó, Paranapanema 3 e Paranapanema 4.

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Figura 8 – Comitê do Piraponema

Figura 9 – Comitês que compõem o CBH-Paranapanema

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Tabela 11 – Municípios pertencentes ao Comitê do Piraponema


Municípios pertencentes ao Comitê do Piraponema
1 – Alto Paraná 29 – Lupionópolis
2 – Alvorada do Sul 30 – Mandaguaçú
3 – Ângulo 31 – Mandaguari
4 – Apucarana 32 – Marialva
5 – Arapongas 33 – Maringá
6 – Astorga 34 – Mirasselva
7 – Atalaia 35 – Munhoz de Mello
8 – Bela Vista do Paraíso 36 – Nossa Senhora das Graças
9 – Cafeara 37 – Nova Esperança
10 – Cambé 38 – Nova Londrina
11 – Cambirá 39 – Paranacity
12 – Centenário do Sul 40 – Paranapoema
13 – Colorado 41 – Paranavaí
14 – Cruzeiro do Sul 42 – Pitangueiras
15 – Diamante do Norte 43 – Porecatu
16 – Florestópolis 44 – Prado Ferreira
17 – Flórida 45 – Presidente Castelo Branco
18 – Guairaçá 46 – Primeiro de Maio
19 – Guaraci 47 – Rolândia
20 – Iguaraçu 48 – Sabáudia
21 – Inajá 49 – Santa Fé
22 – Itaguajé 50 – Santo Antonio do Caiuá
23 – Itaúna do Sul 51 – Santa Inês
24 – Jaguapitã 52 – Santo Inácio
25 – Jandaia do Sul 53 – São João do Caiuá
26 – Jardim Olinda 54 – Sarandi
27 – Loanda 55 – Terra Rica
28 – Lobato 56 - Uniflor
Fonte: CBH Piraponema, 2010

2.3.5.3 Bacia Hidrográfica do Rio Ivaí

A Bacia Hidrográfica do Rio Ivaí possui uma área de 35.845 Km²,


cerca de 25% do território paranaense. Sua localização é delimitada pelas
coordenadas de latitude 23° 10‟ S e longitude 53° 43‟ – 50° 45‟ W.
Suas nascentes estão localizadas na porção central do estado, no
município de Irati a uma altitude de aproximadamente 1200 m. Seu canal
principal percorre 685 km no sentido SE – NW até a sua foz, confluência com o
Rio Paraná, no município de Icaraíma a aproximadamente 300 m de altitude.

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Por se tratar de uma região potencialmente agrícola e de extração


mineral, principalmente de argila para abastecimento de olarias, o principal
impacto ambiental observado na região trata-se da degradação das matas
ciliares e da consequente erosão e assoreamento dos cursos d’água.

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Figura 10 – Localização de Maringá e bacias hidrográficas

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2.4 ESTUDO POPULACIONAL15

Quando de sua fundação, foi atribuída a Maringá a função de pólo


regional, com núcleo de comercialização da produção agrícola regional, centro
de abastecimento, negociações de terras, prestação de serviços, entre outras
funções. Portanto, além da imigração provocada pela nova fronteira agrícola
para o plantio do café, venha a atrair também a população em razão de outras
atividades econômicas.
Como poderá ser verificado na tabela a seguir, revela-se evidente o
expressivo crescimento populacional da cidade de Maringá na década de
setenta a oitenta, acusando um expressivo crescimento na ordem de 59,23%.
Crescimento este, sendo o resultado exclusivo do processo de urbanização
regional, face à fuga da população do campo para a cidade, e habitantes de
outras localidades que foram atraídos a Maringá.
Diante do estupendo crescimento populacional na cidade entre 70 e
80, a administração pública e a iniciativa privada procuraram equipar a cidade
para poder atender ao contingente de 60.754 novos habitantes, que se
deslocaram para Maringá. Desse modo, caracterizou-se necessário a
expansão da rede de água potável, da rede de esgotos, da rede de energia e,
sobretudo da abertura de novos loteamentos, novos conjuntos habitacionais,
além de novos centros de recreação e ampliação do sistema viário e de
transporte público até os novos conjuntos e loteamentos. Desse modo, houve
uma significativa ampliação da área urbana da cidade de Maringá em face à
abertura de novos loteamentos para comportar o aumento populacional que
ocorreu.
O crescimento populacional verificado através dos censos realizados
pelo IBGE contribui para atestar a magnitude do poder polarizador exercido
regionalmente pela cidade de Maringá.

15 Texto elaborado com base no estudo preliminar 2011 constante às fls. 2.959 - 2.962 dos
autos da Ação Civil Pública nº 0000825-72 2000 8 16 0017. A revisão foi realizada por Jorge
Villalobos, Professor do Departamento de Geografia da Universidade Estadual de Maringá.

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As metas que serão previstas para o Plano Municipal de Gestão


Integrada de Resíduos Sólidos Urbanos visam o horizonte de planejamento de
10 anos. Dessa forma, se faz necessário projetar a população que se espera
encontrar no município ao longo desse período.
Diversos são os métodos aplicáveis para o estudo do crescimento
populacional. Neste estudo foram utilizados: o método do Crescimento, o
método Aritmético, o método da Previsão e o método Geométrico. Para tal
foram utilizados os levantamentos dos anos de 1970, 1980, 1991, 2000, 2010 e
previsão de 2015, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.
Com base nos dados do IBGE, conforme a tabela População total do
município de Maringá, realizou-se a projeção da evolução da população do
município de Maringá por meio dos métodos citados. Os valores a seguir
apresentados identificam os dados de população do município de Maringá,
para o período de 1970 até 2015.

Tabela 12 – População total do Município de Maringá - PR


População residente do Município de Maringá - PR
Situação do Ano
domicílio
1970 1980 1991 2000 2010 2015
Urbana 99.898 160.652 234.079 283.978 349.120 382.622
Rural 21.476 7.580 6.213 4.475 7.997 8.727
Total 121.374 168.232 240.292 288.653 357.117 391.34916
Fonte: IBGE

16 Fonte: Estudo Populacional. Projeção para 2015. Fls. 2.961, autos da Ação Civil Pública nº
0000825-72 2000 8 16 0017.

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Evolução da população
Total Urbana Rural

400.000
350.000
População (hab)

300.000
250.000
200.000
150.000
100.000
50.000
0
1970 1980 1991 2000 2010 2015
Período (Anos)

Figura 11 – Evolução da população no Município de Maringá – PR

É evidente que a cidade de Maringá apresenta substancial


crescimento populacional, pois segundo dados do IBGE, conforme a estimativa
da população de 2016, Maringá apresentou uma população de 403.063
habitantes, obtendo um crescimento de 45.946 habitantes desde o último
censo realizado em 2010.
A fim de definir qual dos métodos matemáticos mais se adéqua a
realidade do município, pode-se obter linhas de tendência para os dados do
IBGE através do Software EXCEL utilizando-se 4 tipos diferentes de curvas:
logarítmica, linear, polinomial e exponencial. Sendo que a evolução da
população, e a taxa de crescimento (%) ano a ano, resultaram do ajuste dos
dados do IBGE, determinadas a partir da curva que melhor se ajustou aos
dados do IBGE. Onde y é a população total em um determinado tempo t e x é
o ano no mesmo tempo t.
Sendo assim, a linha de tendência que melhor se ajustou aos dados
do IBGE foi a polinomial, que apresentou um R² no valor de 0,9991 no que
resultou na equação:

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y = 22,229 x² - 82.550 x + 8.107

Após definidas as taxas de crescimento anuais da linha de tendência


comparou-se esse valores com os obtidos por cada método de crescimento.
Dessa forma, foi indicado como o método mais aplicável ao comportamento do
município, o método da previsão, que retrata a evolução da população e
permite estimar a população nos cenários futuros.
Este método indicou a taxa de crescimento para o período analisado
de 1,5% ao ano, e apresentou a população para os próximos 30 anos,
conforme a tabela a seguir.

Tabela 13 – População futura do Município de Maringá - PR


Ano TCA – Taxa de Crescimento Anual População
(%)
2.015 - 391.349
2.016 1,75 398.195
2.017 1,72 405.042
2.018 1,69 411.888
2.019 1,66 418.735
2.020 1,64 425.581
2.021 1,61 432.427
2.022 1,58 439.274
2.023 1,56 446.120
2.024 1,53 452.967
2.025 1,51 459.813
2.026 1,49 466.659
2.027 1,47 473.506
2.028 1,45 480.352
2.029 1,43 487.199
2.030 1,41 494.045
2.031 1,39 500.891
2.032 1,37 507.738
2.033 1,35 514.584

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Ano TCA – Taxa de Crescimento Anual População


(%)
2.034 1,33 521.431
2.035 1,31 528.277
2.036 1,30 535.123
2.037 1,28 541.970
2.038 1,26 548.816
2.039 1,25 555.663
2.040 1,23 562.509
2.041 1,22 569.355
2.042 1,20 576.187
2.043 1,18 582.986
2.044 1,16 589.748
2.045 1,14 596.471
2.046 1,12 603.151

Assim, conforme tabela acima essa seria a previsão do crescimento


da população de Maringá para o período de 2016 a 2046, estando nela
representada o horizonte de 30 anos.

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Figura 12 – Crescimento populacional do Município de Maringá – PR

2.5 CARACTERIZAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS

A Norma ABNT NBR 10004/2004 classifica os resíduos sólidos


quanto aos seus riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde pública, para
que possam ser gerenciados adequadamente. Esta classificação se dá a partir
da identificação do processo ou atividade que lhes deu origem, de seus
constituintes e características, e da comparação destes constituintes com
listagens de resíduos e substâncias cujo impacto à saúde e ao meio ambiente
é conhecido.
Assim sendo, resíduo sólido é classificado como materiais nos
estados sólido e semi-sólido, que resultam de atividades de origem industrial,
doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Ficam
incluídos nesta definição os lodos provenientes de sistemas de tratamento de
água, aqueles gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição,
bem como determinados líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu

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lançamento na rede pública de esgotos ou corpos de água, ou exijam para isso


soluções técnica e economicamente inviáveis em face à melhor tecnologia
disponível.
A classificação de resíduos envolve a identificação do processo ou
atividade que lhes deu origem e de seus constituintes e características, e, a
comparação destes constituintes com listagens de resíduos e substâncias cujo
impacto à saúde e ao meio ambiente é conhecido. A identificação dos
constituintes a serem avaliados na caracterização do resíduo deve ser
criteriosa e estabelecida de acordo com as matérias-primas, os insumos e o
processo que lhe deu origem.
Para os efeitos da Norma ABNT NBR 10004/04, os resíduos são
classificados em (figura 13):
a) Resíduos classe I – Perigosos: Aqueles que apresentam
periculosidade, ou uma das seguintes características:
inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade ou
patogenicidade.
b) Resíduos classe II – Não perigosos: Os resíduos não perigosos
estão subdivididos em:
– Resíduos classe II A – Não inertes: Aqueles que não se
enquadram nas classificações de resíduos classe I - Perigosos
ou de resíduos classe II B - Inertes. Os resíduos classe II A –
Não inertes podem ter propriedades, tais como:
biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade em água.
– Resíduos classe II B – Inertes: Quaisquer resíduos que,
quando amostrados de uma forma representativa, segundo a
ABNT NBR 10007, e submetidos a um contato dinâmico e
estático com água destilada ou desionizada, à temperatura
ambiente, conforme ABNT NBR 10006, não tiverem nenhum de
seus constituintes solubilizados a concentrações superiores
aos padrões de potabilidade de água, excetuando-se aspecto,
cor, turbidez, dureza e sabor.

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Figura 13 – Caracterização e Classificação dos Resíduos Sólidos (Norma ABNT


NBR 10004)

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A Lei Federal 12035/2010, que institui a Política Nacional de


Resíduos Sólidos, classifica os resíduos quanto à origem:
a) resíduos domiciliares: os originários de atividades domésticas
em residências urbanas;
b) resíduos de limpeza urbana: os originários da varrição, limpeza
de logradouros e vias públicas e outros serviços de limpeza
urbana;
c) resíduos sólidos urbanos: os englobados nas alíneas “a” e “b”;
d) resíduos de estabelecimentos comerciais e prestadores de
serviços: os gerados nessas atividades, excetuados os
referidos nas alíneas “b”, “e”, “g”, “h” e “j”;
e) resíduos dos serviços públicos de saneamento básico: os
gerados nessas atividades, excetuados os referidos na alínea
“c”;
f) resíduos industriais: os gerados nos processos produtivos e
instalações industriais;
g) resíduos de serviços de saúde: os gerados nos serviços de
saúde, conforme definido em regulamento ou em normas
estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e do Sistema Nacional
de Vigilância Sanitária (SNVS);
h) resíduos da construção civil: os gerados nas construções,
reformas, reparos e demolições de obras de construção civil,
incluídos os resultantes da preparação e escavação de
terrenos para obras civis;
i) resíduos agrossilvopastoris: os gerados nas atividades
agropecuárias e silviculturais, incluídos os relacionados a
insumos utilizados nessas atividades;
j) resíduos de serviços de transportes: os originários de portos,
aeroportos, terminais alfandegários, rodoviários e ferroviários e
passagens de fronteira;
k) resíduos de mineração: os gerados na atividade de pesquisa,
extração ou beneficiamento de minérios.

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A Resolução Conama nº 275/2001 estabelece o código de cores


para os diferentes tipos de resíduos, a ser adotado na identificação dos
coletores e transportadores. Desta forma, os coletores azuis seriam
apropriados para resíduos de papel e papelão; os vermelhos, para plásticos; os
verdes para vidros; os brancos para resíduos de serviço de saúde; os roxos
para resíduos radioativos; os marrons para resíduos orgânicos; os cinzas para
resíduos gerais não recicláveis, não passíveis de separação; os amarelos para
metais; os pretos para madeiras e os laranjas para resíduos perigosos.
A figura abaixo ilustra o código de cores.

Figura 14 – Código de cores

Do ponto de vista de aplicabilidade o município de Maringá poderia


optar pela separação em lixo seco, lixo úmido e rejeito.

2.5.1 Resíduos sólidos urbanos

A caracterização dos RSU é influenciada por diversos fatores como:


número de habitantes, poder aquisitivo, nível educacional, hábitos e costumes
da população, condições climáticas e sazonais, bem como, as mudanças na

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política econômica de um país também são causas que influenciam na


composição dos resíduos sólidos de uma comunidade.
No caso de Maringá isto se caracteriza pelo fluxo de habitantes
sazonais devido ao intenso nº de estudantes da Universidade Estadual de
Maringá e das demais instituições de ensino superior particulares, geralmente
vindos do estado de São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, além da
população que se desloca para trabalhar em Maringá, vindas de Sarandi,
Paiçandu e demais municípios próximos. De acordo com estimativas a
população flutuante aproximada em Maringá é de 50.000 pessoas
(MAROSTICA, 2003).
O processo de caracterização dos RSU em um município tem como
objetivo planejar a forma de disposição final mais adequada a ser aplicada aos
resíduos sólidos gerados em uma determinada comunidade; ou viabilizar a
implantação de algum sistema de tratamento, como por exemplo, a
compostagem a partir dos resíduos sólidos orgânicos; avaliar a viabilidade do
aproveitamento do material inorgânico para instalação de usina de triagem e
posterior venda dos materiais recicláveis; estas caracterizações são feitas no
destino final dos resíduos sólidos (STECH, 1990).
A tabela a seguir traz exemplos de caracterização de resíduos
sólidos urbanos em alguns municípios do Brasil.

Tabela 14 – Caracterização de RSU em algumas cidades do Brasil


COMPOSIÇÃO FÍSICA
CIDADE (ANO)
MATÉRIA PAPEL PLÁSTICO VIDRO METAL OUTROS
ORGÂNICA PAPELÃO
São Carlos/SP (1989) 56,7 21,3 8,5 1,4 5,4 6,7
Americana/SP (1986) 46 13 12 1 6 22
Campinas/SP (1985) 72,3 19 3,6 0,8 2,2 2,1
São José do Rio 42,1 16,9 6,7 4 9,8 20,5
Preto/SP (1985)
Rio Claro/SP (1985) 62,8 15,2 5,5 2,1 3,5 10,9
Praia Grande/SP (1984) 54,4 23,9 10,1 3,9 3,4 4,4
Belo Horizonte/MG 69,9 16,8 1,9 2,5 3,3 5,6
(1971)
Brasília/DF (1972) 19,9 27,1 2,4 3 3,2 44,4

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COMPOSIÇÃO FÍSICA
CIDADE (ANO)
MATÉRIA PAPEL PLÁSTICO VIDRO METAL OUTROS
ORGÂNICA PAPELÃO
Manaus/AM (1979) 51,1 29 2,8 4,7 6,8 5,6
Porto Alegre/RS (1983) 74,4 10,6 6 1,4 4,2 3,4
Curitiba/PR (1993) 66 3 6 2 2 21
Rio de Janeiro/RJ (1993) 22 23 15 3 4 33
São Paulo/SP (1993) 37,8 29,6 9 4,9 5,4 13,3
Salvador/BA (1993) 43 19 11 4 4 19
Fortaleza/CE (1994) 65,6 14,6 7,8 7 5 -

Nota-se que na maioria dos municípios os RSU são compostos em


sua maioria por resíduos orgânicos. Este fato traz um enfoque especial para a
necessidade de separá-los e condicioná-los em sistemas de tratamento e
agregação de valores após seu devido tratamento.
Além da redução de volume dos RSU, esse processo faz com que
se minimizem os gastos com a coleta e destinação final dos resíduos, como
também os impactos ambientais provenientes da disposição final dos mesmos.

2.5.2 Classificação dos resíduos de serviços de saúde

Os Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) são aqueles resultantes


de atividades de natureza médico assistencial humano ou animal, inclusive os
serviços de assistência domiciliar e de trabalhos de campo; laboratórios
analíticos de produtos para saúde; necrotérios, funerárias e serviços onde se
realizem atividades de embalsamamento (tanatopraxia e somatoconservação);
serviços de medicina legal; drogarias e farmácias inclusive as de manipulação;
estabelecimentos de ensino e pesquisa na área de saúde; centros de controle
de zoonoses; distribuidores de produtos farmacêuticos, importadores,
distribuidores e produtores de materiais e controles para diagnóstico in vitro;
unidades móveis de atendimento à saúde; serviços de acupuntura; serviços de
tatuagem, dentre outros similares, que por suas características, necessitam de
processos diferenciados em seu manejo, exigindo ou não tratamento prévio à
sua disposição final (ANVISA, 2006).

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Os resíduos dos serviços de saúde ganharam destaque legal no


início da década de 90, quando foi aprovada a Resolução CONAMA nº 006 de
19/09/1991 que desobrigou a incineração ou qualquer outro tratamento de
queima dos resíduos sólidos provenientes dos estabelecimentos de saúde e de
terminais de transporte e deu competência aos órgãos estaduais de meio
ambiente para estabelecerem normas e procedimentos ao licenciamento
ambiental do sistema de coleta, transporte, acondicionamento e disposição
final dos resíduos, nos estados e municípios que optaram pela não incineração.
Nessa perspectiva, a Agência Nacional da Vigilância Sanitária –
ANVISA, cumprindo sua missão de “proteger e promover a saúde da população
garantindo a segurança sanitária de produtos e serviços, e participando da
construção de seu acesso”, dentro da competência legal que lhe é atribuída
pela Lei nº 9782/99, chamou para si esta responsabilidade e passou a
promover um grande debate público para orientar a publicação de uma norma
específica. Fruto disso, em 2003, foi promulgada a Resolução de Diretoria
Colegiada, RDC ANVISA nº 33/03 com enfoque na metodologia de manejo
interno de resíduos, na qual consideram-se os riscos envolvidos para os
trabalhadores, para a saúde e para o meio ambiente. A adoção dessa
metodologia de análise de risco resultou na classificação e na definição de
regras de manejo que, entretanto, não se harmonizavam com as orientações
da área ambiental estabelecidas na Resolução CONAMA nº 283/01.
Esta situação levou os dois órgãos a buscar a harmonização das
regulamentações. O entendimento foi alcançado com a publicação da RDC nº
306 pela ANVISA, em dezembro de 2004, e da Resolução nº 358 pelo
CONAMA, em maio de 2005. A sincronização demandou um esforço de
aproximação que se constituiu em avanço na definição de regras equânimes
para o tratamento dos resíduos sólidos no País, com o desafio de considerar as
especificidades locais de cada Estado e Município.
Uma estimativa de RSS coletado em Maringá, é de
aproximadamente 94.700 kg por mês.
Quanto à classificação, segundo as resoluções RDC ANVISA nº.
306/2004 e CONAMA 358/2005 os resíduos são classificados em 5 grupos: A,

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B, C, D e E.
 Grupo A: engloba os componentes com possível presença de
agentes biológicos que, por suas características de maior virulência
ou concentração, podem apresentar risco de infecção. Exemplos:
placas e lâminas de laboratório, carcaças, peças anatômicas
(membros), tecidos, bolsas transfusionais contendo sangue, dentre
outras;
 Grupo B: contém substâncias químicas que podem apresentar risco
à saúde pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas
características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e
toxicidade. Exemplos: medicamentos apreendidos, reagentes de
laboratório, resíduos contendo metais pesados, dentre outros;
 Grupo C: quaisquer materiais resultantes de atividades humanas
que contenham radionuclídeos em quantidades superiores aos
limites de eliminação especificados nas normas da Comissão
Nacional de Energia Nuclear - CNEN, como por exemplo, serviços
de medicina nuclear e radioterapia etc.;
 Grupo D: não apresentam risco biológico, químico ou radiológico à
saúde ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos
domiciliares. Exemplos: sobras de alimentos e do preparo de
alimentos, resíduos das áreas administrativas etc.;
 Grupo E: materiais perfurocortantes ou escarificantes, tais como
lâminas de barbear, agulhas, ampolas de vidro, pontas diamantadas,
lâminas de bisturi, lancetas, espátulas e outros similares (ANVISA,
2006).

2.5.3 Classificação dos resíduos industriais

Neste documento, optou-se por abordar os resíduos perigosos e


industriais em conjunto, pois muitos dos resíduos classificados como
INDUSTRIAIS podem ser classificados também como PERIGOSOS.

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Os resíduos perigosos, conforme a Norma ABNT NBR 10004/04,


são aqueles que apresentam periculosidade ou alguma das seguintes
características:

Inflamabilidade

Um resíduo sólido é caracterizado como inflamável (código de


identificação D001), se uma amostra representativa dele, obtida conforme a
ABNT NBR 10007, apresentar qualquer uma das seguintes propriedades:
a) ser líquida e ter ponto de fulgor inferior a 60°C, determinado
conforme ABNT NBR 14598 ou equivalente, excetuando-se as
soluções aquosas com menos de 24% de álcool em volume;
b) não ser líquida e ser capaz de, sob condições de temperatura e
pressão de 25°C e 0,1 MPa (1 atm), produzir fogo por fricção,
absorção de umidade ou por alterações químicas espontâneas
e, quando inflamada, queimar vigorosa e persistentemente,
dificultando a extinção do fogo;
c) ser um oxidante definido como substância que pode liberar
oxigênio e, como resultado, estimular a combustão e aumentar
a intensidade do fogo em outro material;
d) ser um gás comprimido inflamável, conforme a Legislação
Federal sobre transporte de produtos perigosos (Portaria nº
204/1997 do Ministério dos Transportes).

Corrosividade

Um resíduo é caracterizado como corrosivo (código de identificação


D002) se uma amostra representativa dele, obtida segundo a ABNT NBR
10007, apresentar uma das seguintes propriedades:
a) ser aquosa e apresentar pH inferior ou igual a 2, ou, superior
ou igual a 12,5, ou sua mistura com água, na proporção de 1:1

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em peso, produzir uma solução que apresente pH inferior a 2


ou superior ou igual a 12,5;
b) ser líquida ou, quando misturada em peso equivalente de água,
produzir um líquido e corroer o aço (COPANT 1020) a uma
razão maior que 6,35 mm ao ano, a uma temperatura de 55°C,
de acordo com USEPA SW 846 ou equivalente.

Reatividade

Um resíduo é caracterizado como reativo (código de identificação


D003) se uma amostra representativa dele, obtida segundo a ABNT NBR
10007, apresentar uma das seguintes propriedades:
a) ser normalmente instável e reagir de forma violenta e imediata,
sem detonar;
b) reagir violentamente com a água;
c) formar misturas potencialmente explosivas com a água;
d) gerar gases, vapores e fumos tóxicos em quantidades
suficientes para provocar danos à saúde pública ou ao meio
ambiente, quando misturados com a água;
e) possuir em sua constituição os íons CN- ou S2- em
concentrações que ultrapassem os limites de 250 mg de HCN
liberável por quilograma de resíduo ou 500 mg de H2S liberável
por quilograma de resíduo, de acordo com ensaio estabelecido
no USEPA - SW 846;
f) ser capaz de produzir reação explosiva ou detonante sob a
ação de forte estímulo, ação catalítica ou temperatura em
ambientes confinados;
g) ser capaz de produzir, prontamente, reação ou decomposição
detonante ou explosiva a 25°C e 0,1 MPa (1 atm);
h) ser explosivo, definido como uma substância fabricada para
produzir um resultado prático, através de explosão ou efeito

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pirotécnico, esteja ou não esta substância contida em


dispositivo preparado para este fim.

Toxicidade

Um resíduo é caracterizado como tóxico se uma amostra


representativa dele, obtida segundo a ABNT NBR 10007, apresentar uma das
seguintes propriedades:
a) quando o extrato obtido desta amostra, segundo a ABNT NBR
10005, contiver qualquer um dos contaminantes em
concentrações superiores aos valores constantes no anexo F.
Neste caso, o resíduo deve ser caracterizado como tóxico com
base no ensaio de lixiviação, com código de identificação
constante no anexo F da Norma ABNT NBR 10004/04;
b) possuir uma ou mais substâncias constantes no anexo C da
Norma ABNT NBR 10004/04 e apresentar toxicidade. Para
avaliação dessa toxicidade, devem ser considerados os
seguintes fatores:
 natureza da toxicidade apresentada pelo resíduo;
 concentração do constituinte no resíduo;
 potencial que o constituinte, ou qualquer produto
tóxico de sua degradação, tem para migrar do resíduo
para o ambiente, sob condições impróprias de
manuseio;
 persistência do constituinte ou qualquer produto
tóxico de sua degradação;
 potencial que o constituinte, ou qualquer produto
tóxico de sua degradação, tem para degradar-se em
constituintes não perigosos, considerando a
velocidade em que ocorre a degradação;

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 extensão em que o constituinte, ou qualquer produto


tóxico de sua degradação, é capaz de bioacumulação
nos ecossistemas;
 efeito nocivo pela presença de agente teratogênico,
mutagênico, carcinogênico ou ecotóxico, associados
a substâncias isoladamente ou decorrente do
sinergismo entre as substâncias constituintes do
resíduo;
c) ser constituída por restos de embalagens contaminadas com
substâncias constantes nos anexos D ou E da Norma ABNT
NBR 10004/04;
d) resultar de derramamentos ou de produtos fora de
especificação ou do prazo de validade que contenham
quaisquer substâncias constantes nos anexos D ou E da
Norma ABNT NBR 10004/04;
e) ser comprovadamente letal ao homem;
f) possuir substância em concentração comprovadamente letal ao
homem ou estudos do resíduo que demonstrem uma DL50 oral
para ratos menor que 50 mg/kg ou CL50 inalação para ratos
menor que 2 mg/L ou uma DL50 dérmica para coelhos menor
que 200 mg/kg.
Os códigos destes resíduos são os identificados pelas letras P, U e
D, e encontram-se nos anexos D, E e F da Norma ABNT NBR 10004/04.

Patogenicidade

Um resíduo é caracterizado como patogênico (código de


identificação D004) se uma amostra representativa dele, obtida segundo a
ABNT NBR 10007, contiver ou se houver suspeita de conter, microorganismos
patogênicos, proteínas virais, ácido desoxiribonucléico (ADN) ou ácido
ribonucléico (ARN) recombinantes, organismos geneticamente modificados,

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plasmídios, cloroplastos, mitocôndrias ou toxinas capazes de produzir doenças


em homens, animais ou vegetais.
Os resíduos de serviços de saúde deverão ser classificados
conforme ABNT NBR 12808. Os resíduos gerados nas estações de tratamento
de esgotos domésticos e os resíduos sólidos domiciliares, excetuando-se os
originados na assistência à saúde da pessoa ou animal, não serão
classificados segundo os critérios de patogenicidade.
Os resíduos perigosos classificados pelas suas características de
inflamabilidade, corrosividade, reatividade e patogenicidade são codificados
conforme indicado a seguir:
D001: qualifica o resíduo como inflamável;
D002: qualifica o resíduo como corrosivo;
D003: qualifica o resíduo como reativo;
D004: qualifica o resíduo como patogênico.
Os códigos D005 a D052 identificam resíduos perigosos devido à
sua toxicidade, conforme ensaio de lixiviação realizado de acordo com ABNT
NBR 10005.
Os códigos identificados pelas letras P e U, constantes nos anexos
D e E da Norma ABNT NBR 10004/04, respectivamente, são de substâncias
que, dada a sua presença, conferem periculosidade aos resíduos e serão
adotados para codificar os resíduos classificados como perigosos pela sua
característica de toxicidade.
Os principais tipos de resíduos perigosos gerados em Maringá são:
embalagens de óleo lubrificante, embalagens de produtos químicos, filtros de
óleo, estopas, serragem e outros materiais em geral contaminados com óleo ou
com tinta, lodo da caixa separadora de água e óleo e óleo usado/óleo
queimado.
De acordo com o sistema do Plano de Gerenciamento de Resíduos
online municipal, existem cadastradas mais de 1300 empresas geradoras de
resíduos Classe I. Destas, a maioria se enquadra como postos de
combustíveis, seguido de oficinas e indústrias em geral, como pode se
observar na figura abaixo.

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Figura 15 – Geradores de resíduos perigosos em Maringá (fonte: PGR online)

Com relação aos resíduos sólidos industriais, a Resolução Conama


nº 313 de 29 de outubro de 2002, que dispõe sobre o Inventário Nacional de
Resíduos Sólidos Industriais, os define como todo o resíduo que resulte de
atividades industriais e que se encontre nos estados sólido, semi-sólido,
gasoso - quando contido, e líquido – cujas particularidades tornem inviável o
seu lançamento na rede pública de esgoto ou em corpos d`água, ou exijam
para isso soluções técnica ou economicamente inviáveis em face da melhor
tecnologia disponível. Ficam incluídos nesta definição os lodos provenientes de
sistemas de tratamento de água e aqueles gerados em equipamentos e
instalações de controle de poluição.
Os resíduos industriais que se classificam como perigosos estão, na
maioria das vezes, abordados no Anexo B da Norma ABNT NBR 10004/04. Os
resíduos perigosos constantes no anexo B são codificados pela letra K e são
originados de fontes específicas. Como fonte geradora, os resíduos são
classificados como aqueles provenientes da preservação da madeira,
pigmentos inorgânicos, químicos orgânicos, pesticidas, explosivos, refino de
petróleo, ferro e aço, ferroligas, zinco primário, cobre primário, chumbo
primário, chumbo secundário, química inorgânica, fabricação de tintas,

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produtos farmacêuticos e veterinários, coqueificação, alumínio primário, re-


refino de óleo e indústria coureira calçadista.
Conforme a Resolução Conama nº 313/2002, as indústrias deverão
registrar mensalmente e manter na unidade industrial os dados de geração e
destinação dos resíduos gerados para efeito de obtenção dos dados para o
Inventário Nacional dos Resíduos Industriais. O Anexo II desta resolução lista
os resíduos sólidos industriais, atribuindo códigos a eles.

Tabela 15 – Listagem dos resíduos sólidos industriais (Resolução Conama nº


313/2002)
CÓDIGO DESCRIÇÃO DO RESÍDUO
DO
CLASSE II OU CLASSE III
RESÍDUO
A001 Resíduos de restaurante (restos de alimentos)
Resíduos gerados fora do processo industrial (escritório,
A002
embalagens, etc.)
A003 Resíduos de varrição de fábrica
A004 Sucata de metais ferrosos
A104 Embalagens metálicas (latas vazias)
A204 Tambores metálicos
A005 Sucata de metais não ferrosos (latão, etc.)
A105 Embalagens de metais não ferrosos (latas vazias)
A006 Resíduos de papel e papelão
A007 Resíduos de plásticos polimerizados de processo
A107 Bombonas de plástico não contaminadas
A207 Filmes e pequenas embalagens de plástico
A008 Resíduos de borracha
A108 Resíduos de acetato de etil vinila (EVA)
A208 Resíduos de poliuretano (PU)
A308 Espumas
A009 Resíduos de madeira contendo substâncias não tóxicas
A010 Resíduos de materiais têxteis
A011 Resíduos de minerais não metálicos
A111 Cinzas de caldeira
A012 Escória de fundição de alumínio
A013 Escória de produção de ferro e aço
A014 Escória de fundição de latão
A015 Escória de fundição de zinco
A016 Areia de fundição
A017 Resíduos de refratários e materiais cerâmicos
A117 Resíduos de vidros
A018 Resíduos sólidos compostos de metais não tóxicos

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CÓDIGO DESCRIÇÃO DO RESÍDUO


DO
CLASSE II OU CLASSE III
RESÍDUO
Resíduos sólidos de estações de tratamento de efluentes
A019
contendo material biológico não tóxico
Resíduos sólidos de estações de tratamento de efluentes
A021
contendo substâncias não tóxicas
Resíduos pastosos de estações de tratamento de efluentes
A022
contendo substâncias não tóxicas
A023 Resíduos pastosos contendo calcário
A024 Bagaço de cana
A025 Fibra de vidro
A099 Outros resíduos não perigosos
A199 Aparas salgadas
A299 Aparas de peles caleadas
A399 Aparas, retalhos de couro atanado
A499 Carnaça
Resíduos orgânico de processo (sebo, soro, ossos, sangue,
A599
outros da indústria alimentícia, etc)
A699 Casca de arroz
A799 Serragem, farelo e pó de couro atanado
A899 Lodo do caleiro
A999 Resíduos de frutas (bagaço, mosto, casca, etc.)
A026 Escória de jateamento contendo substâncias não tóxicas
A027 Catalisadores usados contendo substâncias não tóxicas
Resíduos de sistema de controle de emissão gasosa
A028 contendo substâncias não tóxicas (precipitadores, filtros de
manga, entre outros)
Produtos fora da especificação ou fora do prazo de validade
A029
contendo substâncias não perigosas
Observações:
1. Esses códigos só devem ser utilizados se o resíduo não for
previamente classificado como perigoso. Ex. resíduo de varrição de
unidade de embalagem de Parathion deve ser codificado como D099 ou
P089 e não como A003.
2. Embalagens vazias contaminadas com substâncias das Listagens nos
5 e 6, da NBR-10004, são classificadas como resíduos perigosos.

Tabela 16 – Listagem dos resíduos sólidos industriais perigosos (Resolução


Conama nº 313/2002)
Código
do CLASSE I
Produto
Listagem 10 - resíduos perigosos por conterem
C001 a
componentes voláteis, nos quais não se aplicam testes de
C009
lixiviação e/ou de solubilização, apresentando concentrações

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Código
do CLASSE I
Produto
superiores aos indicados na listagem 10 da Norma NBR-
10004
D001 Resíduos perigosos por apresentarem inflamabilidade
D002 Resíduos perigosos por apresentarem corrosividade
D003 Resíduos perigosos por apresentarem reatividade
D004 Resíduos perigosos por apresentarem patogenicidade
D005 a Listagem 7 da Norma NBR-10.004: resíduos perigosos
D029 caracterizados pelo teste de lixiviação
K193 Aparas de couro curtido ao cromo
K194 Serragem e pó de couro contendo cromo
Lodo de estações de tratamento de efluentes de curtimento
K195
ao cromo
Resíduo de catalisadores não especificados na Norma NBR-
F102
10.004
Resíduo oriundo de laboratórios industriais (produtos
F103
químicos) não especificados na Norma NBR-10.004
Embalagens vazias contaminadas não especificadas na
F104
Norma NBR-10.004
Solventes contaminados (especificar o solvente e o principal
F105
contaminante)
D099 Outros resíduos perigosos - especificar
Listagem 1 da Norma NBR-10004- resíduos
F001 a
reconhecidamente perigosos - Classe 1, de fontes não-
F0301
específicas
Bifenilas Policloradas - PCB`s. Embalagens contaminadas
F100 com PCBs inclusive transformadores
e capacitores
Listagem 5 da Norma NBR-10.004 - resíduos perigosos por
conterem substâncias agudamente tóxicas (restos de
embalagens contaminadas com substâncias da listagem 5;
P001 a
resíduos de derramamento ou solos contaminados, e
P123
produtos fora de especificação ou produtos de
comercialização proibida de qualquer substância constante
na listagem 5 da Norma NBR- 10.004
K001 a Listagem 2 da Norma NBR-10.004- resíduos
K209 reconhecidamente perigosos de fontes específicas
K053 Restos e borras de tintas e pigmentos
K078 Resíduo de limpeza com solvente na fabricação de tintas
K081 Lodo de ETE da produção de tintas
K203 Resíduos de laboratórios de pesquisa de doenças
K207 Borra do re-refino de óleos usados (borra ácida)
U001 a Listagem 6 da Norma NBR-10.004- resíduos perigosos por
U246 conterem substâncias tóxicas (resíduos de derramamento ou

100
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Código
do CLASSE I
Produto
solos contaminados; produtos fora de especificação ou
produtos de comercialização proibida de qualquer
substância constante na listagem 6 da Norma NBR- 10.004
Observação: Se o Resíduo for classificado como F030 utilizar:
F130 para Óleo lubrificante usado;
F230 para Fluido hidráulico;
F330 para Óleo de corte e usinagem;
F430 para Óleo usado contaminado em isolação ou na refrigeração;
F530 para Resíduos oleosos do sistema separador de água e óleo.

Conforme o sistema de alvarás da Prefeitura Municipal de Maringá,


existem no momento 1777 empresas com atividades classificadas como
industriais, bem como, estão com o alvará regular. Destas, 25,6% é
classificada como indústria têxtil, seguida de indústrias de artefatos de ferro e
metalúrgicas (17,1%), o que nos leva a concluir que a maioria dos resíduos
industriais em Maringá é classificada como resíduos de materiais têxteis (A010)
e resíduos de sucatas (A004 e A005). A estimativa das indústrias com alvará
no município está demonstrada na figura a seguir.

Figura 16 – Indústrias com alvará regular em Maringá (fonte: Tributário – Aise)

101
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Conforme estimativa do setor de gerenciamento de resíduos da


SEMA, estas indústrias geram cerca de 44 toneladas de restos de tecidos ao
mês e mais de 140 toneladas de sucatas ao mês.

2.5.4 Classificação dos resíduos de construção e demolição

A Resolução Conama nº 307, de 05 de julho de 2002, estabelece


diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção
civil. Nesta resolução, os resíduos da construção civil (RCDs) são classificados
como sendo os resíduos provenientes de construções, reformas, reparos e
demolições de obras de construção civil, e os resultantes da preparação e da
escavação de terrenos, tais como: tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral,
solos, rochas, metais, resinas, colas, tintas, madeiras e compensados, forros,
argamassa, gesso, telhas, pavimento asfáltico, vidros, plásticos, tubulações,
fiação elétrica etc., comumente chamados de entulhos de obras, caliça ou
metralha.
Os resíduos da construção civil deverão ser classificados da
seguinte forma:
I - Classe A - são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como
agregados, tais como:
a) de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação
e de outras obras de infra-estrutura, inclusive solos
provenientes de terraplanagem;
b) de construção, demolição, reformas e reparos de edificações:
componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de
revestimento etc.), argamassa e concreto;
c) de processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-
moldadas em concreto (blocos, tubos, meio-fios etc.)
produzidas nos canteiros de obras;
II - Classe B - são os resíduos recicláveis para outras destinações,
tais como: plásticos, papel/papelão, metais, vidros, madeiras e outros;

102
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III - Classe C - são os resíduos para os quais não foram


desenvolvidas tecnologias ou aplicações economicamente viáveis que
permitam a sua reciclagem/recuperação, tais como os produtos oriundos do
gesso;
IV - Classe D: são resíduos perigosos oriundos do processo de
construção, tais como tintas, solventes, óleos e outros ou aqueles
contaminados ou prejudiciais à saúde oriundos de demolições, reformas e
reparos de clínicas radiológicas, instalações industriais e outros, bem como
telhas e demais objetos e materiais que contenham amianto ou outros produtos
nocivos à saúde (Resolução Conama nº 348/04).
Mais tarde, a Resolução Conama 431/2011 atribuiu nova
classificação para o gesso. A partir desta resolução, o gesso passou a ser
classificado como reciclável (Classe B).
Em Maringá, o Código de Obras Municipal (Lei Municipal
Complementar nº 1045/2016) indicou que após a conclusão da obra, o seu
responsável técnico deverá requerer a Certidão de Conclusão de Edificação
concedida mediante apresentação documento comprobatório do cumprimento
integral do Plano de Gerenciamento de Resíduos, protocolado na ocasião da
solicitação do Alvará.
Considerando que o setor da Secretaria competente está se
estruturando, o município não possui, ainda, uma quantificação dos resíduos
gerados em construções e demolições. A estimativa é baseada nas
quantidades recebidas pelas Pedreiras em funcionamento, já que a maioria dos
resíduos é enviada para estes locais.
No município existem três Pedreiras particulares que recebem esses
resíduos, dando tratamento e disposição final adequada. Portanto, somando-se
estas quantidades, podemos estimar que a geração diária de resíduos da
construção civil em Maringá é de 7139 m3/mês.

2.5.5 Classificação dos resíduos especiais

103
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Neste documento, o município optou por chamar de resíduos


especiais aqueles não contemplados nos itens anteriores. Dentre eles,
podemos citar: os resíduos agrossilvopastoris, os gerados nas atividades
agropecuárias e silviculturais, resíduos de serviços de transportes e resíduos
de mineração. A destinação destes resíduos também deve ser particular, de
responsabilidade do gerador. Todas estas atividades são passíveis da
apresentação do Plano de Gerenciamento de Resíduos e, conforme sua
classificação, devem ter armazenamento e destinações ambientalmente
corretas.
Pode-se chamar de resíduos especiais, também, aqueles que se
enquadram no sistema de logística reversa. Este sistema se baseia no retorno
dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma independente do serviço
público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos.
Dentre os resíduos que se enquadram no sistema de logística
reversa estão:
I - agrotóxicos, seus resíduos e embalagens, assim como outros
produtos cuja embalagem, após o uso, constitua resíduo
perigoso, observadas as regras de gerenciamento de resíduos
perigosos previstas em lei ou regulamento, em normas
estabelecidas pelos órgãos do Sisnama, do SNVS e do Suasa,
ou em normas técnicas;
II - pilhas e baterias;
III - pneus;
IV - óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens;
V - lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz
mista;
VI - produtos eletroeletrônicos e seus componentes.

2.5.6 Classificação dos Resíduos de Grandes Geradores

A Lei 12.305/2010 que instituiu a Política Nacional de Resíduos


estabeleceu no seu art. 36, as Responsabilidades do Poder Público, no âmbito

104
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da Responsabilidade Compartilhada pela gestão dos resíduos, dentre as quais


destacamos:
Art. 36. No âmbito da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de
vida dos produtos, cabe ao titular dos serviços públicos de limpeza
urbana e de manejo de resíduos sólidos, observado, se houver, o
plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos:
VI - dar disposição final ambientalmente adequada aos resíduos e
rejeitos oriundos dos serviços públicos de limpeza urbana e de
manejo de resíduos sólidos.
Assim, cumpre afirmar que os resíduos gerados por atividades e
empreendimentos empresariais ou comerciais, são de responsabilidade destes,
tanto sua gestão interna como sua disposição final ambientalmente adequada.
Não cabendo aos municípios à coleta destes tipos de Resíduos.
No mesmo sentido, a Lei Estadual do Paraná, nº 12493, de 22 de
Janeiro de 1999, já definia que as atividades geradoras de resíduos sólidos, de
qualquer natureza, são responsáveis pelo seu acondicionamento,
armazenamento, coleta, transporte, tratamento, disposição final, pelo passivo
ambiental oriundo da desativação de sua fonte geradora, bem como pela
recuperação de áreas degradadas.
A Lei Complementar Municipal nº 748/2008, que institui a taxa de
tratamento de resíduos sólidos urbanos no município de Maringá, define como
resíduos sólidos domiciliares “os resíduos sólidos comuns de estabelecimentos
públicos, institucionais, de prestação de serviços, comerciais e industriais,
caracterizados como resíduos Classe II, pela NBR 10004, da Associação
Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, com volume de até 100 (cem) litros ou
50 kg diários”.
Desta forma, os resíduos não classificados como de limpeza pública
ou domiciliares são sempre de responsabilidade dos geradores.

2.6 HISTÓRICO DA GESTÃO DOS RESÍDUOS

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Inicialmente, como qualquer outro município brasileiro, Maringá


possuía um “lixão” onde depositava todos os resíduos gerados na cidade,
instalado em 1957. Este lixão se localizava no Jardim Aclimação, mais
precisamente onde hoje funciona o UniCesumar - Centro Universitário
Cesumar. Com o rápido crescimento demográfico, visto a população ter sofrido
um aumento de 82.786 habitantes entre os censos demográficos de 1950 e
1970 (38.588 e 121.374 habitantes respectivamente) bem como a ampliação
da cidade devido à aprovação de loteamentos (desde a criação do município
até 1974 foram aprovados 57 loteamentos), o lixão começou a causar
transtornos aos moradores próximos, devido ao mau cheiro e à presença de
moscas.
Portanto devido aos problemas ambientais e ao fato da localização
do lixão estar tornando-se muito próxima à área povoada, em 1974 o poder
público passou a depositar os resíduos do município no lote 31A1 e 31B da
Gleba Ribeirão Pinguim, ao lado de onde atualmente está instalado o aterro
sanitário.
Após um período de 34 anos o depósito de resíduos a céu aberto
passou a ser considerado inadequado, a gravidade do problema do lixão havia
alcançado níveis intoleráveis, montanhas de lixo acumuladas ao longo das
últimas três décadas, uma lagoa de chorume prestes a romper e mais de cem
catadores vivendo do garimpo do lixo. O antigo vazadouro recebia todo tipo de
resíduos, desde domésticos, industriais, da saúde, auto fossas, resíduos de
postos de combustíveis, RCD, pneus, entre outros. Em 1994, o IAP declarou o
lixão de Maringá irregular e orientou a construção de um aterro controlado e a
instalação de uma Usina de Reciclagem.
Ainda, em 1994 iniciaram-se os programas de coleta seletiva no
município, no entanto, o recebimento dos rejeitos continuou irregular. Aos
poucos o programa de coleta seletiva foi ampliando e em 2001 passou a
atender os bairros.
O município foi autuado pelo IAP, e em 2004 o IAP multou em R$
370 mil pela inadequação do passivo ambiental, também foi condenado a
pagar R$ 1O mil mensais por não recuperar a área do vazadouro.

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A questão do processamento dos resíduos sólidos residenciais no


município de Maringá, teve nos últimos doze anos uma dinâmica peculiar,
caracterizada principalmente pela judicialização da matéria, bem como pelas
inúmeras ações de insucessos adotadas pela administração municipal de
Maringá desde o ano de 2005, para melhor mostrar segue abaixo, este
histórico, relatando as questões em ordem cronológica:

14.12.2005. O Município de Maringá assina Termo de Compromisso


de Ajustamento de Conduta (TAC) com Instituto Ambiental do Paraná, nos
seguintes termos;
CLAUSULA PRIMEIRA - DO OBJETO
Tem o presente Termo de Compromisso como objeto o ajustamento da
conduta do COMPROMISSÁRIO as exigências legais vigentes,
mediante a adoção de medidas específicas para sua regularização
ambiental perante o primeiro COMPROMITENTE e a sociedade,
visando obter as condições mínimas necessárias para a
operacionalização da atual área utilizada como disposição final dos
resíduos sólidos urbanos e apresentação de nova área ou solução
definitiva para disposição dos resíduos gerados pela municipalidade.
CLAUSULA SEGUNDA - DAS OBRIGAÇÕES.
1 - O município apresentará Plano de Gerenciamento de Resíduos
Sólidos Urbanos -PGRSU, contemplando a reciclagem e a
compostagem dos resíduos sólidos domiciliares, evitando a
destinação destes materiais na Área do Lixão, atendendo ao
seguinte cronograma:
1.1 - 0 Município apresentara através de Projeto de Lei do Executivo ao
Legislativo. Nova proposta visando a regulamentação de ações dos
grandes; geradores (hotéis, restaurantes, centros comerciais: escolas,
universidades e supermercados), exigindo os Planos de
Gerenciamento de Resíduos Sólidos, visando subsidiar programas
de reciclagem e compostagem.
1.2 - 0 município organizará fóruns locais com vistas a elaboração e
implementação que visem a otimização da reciclagem;

107
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1.3 - 0 Município desenvolverá campanhas no radio e na televisão


visando a implantação dos programas de reciclagem, de
compostagem e de entrega voluntária de resíduos em Pontos de
Entrega Voluntária PEVS.
02.06.2007. Viagem do Prefeito Municipal Silvio Barros II à Alemanha. “O
prefeito de Maringá, Silvio Barros (sem partido), viaja para a Alemanha no
início de junho, a convite das empresas Huesker Ltda, fabricante de peças
utilizadas no rebaixamento da linha férrea do Novo Centro, e da Brasil Desk
Bremen, que trabalha com o tratamento de resíduos urbanos e integra o
consórcio da tecnologia Biopuster, a ser utilizada no aterro de Maringá17.”
07.07.2008. O Município apresenta Plano de Gerenciamento de Resíduos
Sólidos Urbanos-PGRSU:
“[...] submetido à audiência pública para conhecimento da população
e entregue ao IAP, [...]”
“... após análise de mais de 17 tecnologias e a implantação de
um grande experimento científico, passou a ser claro a
necessidade e possibilidade de tratamento dos resíduos sólidos
urbanos.”
Item 8 PROGRAMAS, PROJETOS, AÇÕES.
“A escolha da tecnologia para o tratamento dos resíduos sólidos do
município deverá Obedecer às seguintes orientações:
- Efetuar a recuperação do aterro controlado em um prazo não
superior a 10 anos, não podendo ser queima de gases ou lagoas de
tratamento de chorume;
- A tecnologia utilizada deverá apresentar um elevado índice de
aproveitamento dos materiais recicláveis, inclusive com a
geração de composto orgânico (compostagem)”
17.07.2009. O Município de Maringá mediante Pregão nº 205/2009-PMM,
contrata empresa especializada para prestação de serviços de execução de 36
furos de sondagem sobre o Lote 32, Gleba Ribeirão Pinguim, objetivando

17 Disponível em http://maringa.odiario.com/maringa/2007/05/silvio-barros-vai-para-a-
alemanha-em-junho/180103/

108
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avaliar a área e implantação de atividade de processamento de resíduos


urbanos.
27.02.2010. Viagem Prefeito Municipal à cidade de Cranford, Nova Jersey, nos
Estados Unidos da América. “Decreto Legislativo nº 011/2010, através do qual
se concede licença ao Exmo. Sr. Prefeito Municipal, Silvio Magalhães Barros II,
para se afastar do exercício do cargo, no período de 27 de fevereiro a 06 de
março de 2010, e empreender viagem à cidade de Cranford, Nova Jersey, nos
Estados Unidos da América, objetivando visitar os escritórios da Chínook
Energy, empresa de reciclagem dedicada à energia renovável de combustível e
metal18”
16.08.2010. A Empresa FOXX SOLUÇÕES AMBIENTAIS LTDA, requereu ao
Município de Maringá Manifestação de Interesse para a realização dos
estudos referentes á Parceria Público-Privada para tratamento e
destinação final de resíduos sólidos.
22.11.2010. As empresas são AUTORIZADAS para os estudos de tratamento
térmico de Resíduos Sólidos Urbanos.
6.1.2. As UNIDADES DE TRATAMENTO apresentadas deverão
comprovar o completo atendimento de toda a legislação vigente com
relação à matéria, notadamente a Resolução CONAMA-316 de 2002
e a Diretiva 2000/76/CE do Parlamento Europeu, de 2004.
TABELA DE PONTUAÇÃO: 1. Quantidade de UNIDADES DE
TRATAMENTO operadas pela INTERESSADA. 2. Quantidade total
de resíduos tratados anualmente. 3. Numero de horas anuais em
operação.
16.02.2011. A FOXX SOLUÇÕES AMBIENTAIS LTDA entrega o Projeto
Básico: Elaboração de estudos referentes à Parceria Público Privada para
Tratamento e Destinação dos Resíduos Sólidos do Município de Maringá, a ser
implantada no lote 32 da Gleba Ribeirão Pinguim.

18 Disponível em:
http://sapl.cmm.pr.gov.br:8080/sapl/sapl_documentos/norma_juridica/10829_texto_integral

109
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17.03.2011. Viagem do Prefeito Municipal às cidades de Paris, na França,


conforme DECRETO LEGISLATIVO N. 02/2011, através do qual se concede
licença ao Exmo. Sr. Prefeito Municipal, Silvio Magalhães Barros II, para se
afastar do exercício do cargo, no período de 17 a 27 de março de 2011, e
empreender viagem às cidades de Paris, na França, e Manaus, no Amazonas,
“Cumprindo a seguinte programação: I - em Paris, na França: a) reunião com a
Agência Francesa de Desenvolvimento, para captação de recursos, em 18 de
março; b) visita à Usina de Valorização Energética a partir de resíduos sólidos
urbanos - 1. parte, em 21 de março; c) visita à Usina de Valorização Energética
a partir de resíduos sólidos urbanos- 2. parte, em 22 de março”
04.04.2011. O Município de Maringá recebe os Projetos da FOXX SOLUÇÕES
AMBIENTAIS LTDA e IREPAM no Processo nº 39705/2010;
10.04.2011. O Município de Maringá, através da modalidade de Tomada de
Preços Nº. 020/2011-PMM, abre nova fase de estudos para o “Plano Municipal
de Saneamento: Modulo Limpeza Urbana e Manejo de Resíduos Sólidos”.
06.05.2011. A Prefeitura Municipal de Maringá protocola sob nº 078613114,
requerimento para vistoria do IAP dos lotes: Lote nº 32 da Gleba Ribeirão
Pinguim, matricula sob n. 936; Lote nº 61 Gleba Ribeirão Colombo, matriculado
sob n. 599 e Lotes nos 25 e 25-A da Gleba Ribeirão Morangueiro, matriculado
sob nº 24.723, com a finalidade de instruir a melhor alternativa locacional para
o início de procedimento de licenciamento ambiental para instalação de uma
usina de valoração energética a partir de Resíduos Sólidos Urbanos:
01.06.2011. A Prefeitura Municipal de Maringá, mediante Tomada de Preços nº
043/2011 busca empresa especializada para fins de análise dos dois estudos
enviados no âmbito do Processo nº 39705/2010, pela FOXX SOLUÇÕES
AMBIENTAIS LTDA e IREPAM, argumentando que:
“Por se tratar de assunto especializado e não ter sido identificado [...]
Municipalidade corpo técnico em condições de efetuar os estudos
desta natureza ficou resolvido [...] a realização de procedimento
licitatório.”

110
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“os referidos estudos que, parcial ou integralmente, poderão servir de


base para a confecção de Termo de Referência e Edital, que
comporá o processo licitatório de parceria publico privada -PPP, [...]“
23.08.2011. O Secretário Municipal de Meio Ambiente e de Saneamento de
Maringá Leopoldo Fiewski diz que “A idéia é dar início à construção da usina
até o ano que vem.“
23.08.2011. O chefe do escritório regional do IAP, em Maringá, informa que
“Usina será ao lado do lixão”, isso antes de qualquer estudo ambiental.
25.08.2011. A Comissão no processo de Tomada de Preços nº 043/2011
classificou a empresa ZIGUIA ENGENHARIA LTDA, para análise dos estudos
da FOXX SOLUÇÕES AMBIENTAIS LTDA e IREPAM.
30.08.2011. O IAP Publica a Portaria nº 182 na qual nomeia uma Comissão
Técnica Multidisciplinar, para o licenciamento ambiental das áreas e
tecnologias e destinação final de resíduos sólidos urbanos do Município de
Maringá, presidida por Ivonete C. da S. Chaves, a qual viaja, por 04 (quatro)
dias, com despesas pela empresa que pretende implantar a tecnologia em
Maringá/PR a FOXX SOLUÇÕES AMBIENTAIS LTDA.
20.10.2011. O Município de Maringá publica Decreto nº 1.653, convocando à
população e entidades representativas dos diversos segmentos da comunidade
de Maringá para a Audiência Pública com o intuito de apresentar o Plano
Municipal de Saneamento Básico - PMSB, a realizar-se no dia 11. 11.2011.
10.11.2011. Ação judicial do Ministério Público aponta irregularidades na
convocação da audiência pública. O juiz da 1ª Vara Cível da comarca de
Maringá concede liminar suspendendo a realização da audiência pública para a
apresentação do Plano de Saneamento Básico do Município de Maringá.
14.12.2011. O Município de Maringá protocola junto ao IAP, sob nº 79136417,
pedido de Licença Prévia para: Central de Tratamento de Resíduos Sólidos
Urbanos, a ser implantada no lote 32 da Gleba Ribeirão Pinguim, no município,
com um volume de 500 toneladas de lixo dia.
15.12.2011. A Câmara Municipal de Maringá rejeita projeto do Poder Executivo
que previa contratar mediante Parceria Pública Privada PPP, a concessão da
destinação final dos resíduos sólidos.

111
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15.12.2011. A prefeitura Municipal de Maringá organiza Audiência Pública


Informativa, a respeito do tema: “Alternativas para a destinação Final de
Resíduos Sólidos para Médias Cidades e Regiões Metropolitanas”.
16.01.2012. Nessa data é aprovada a Lei municipal nº 9.134/2012, que trata
dos Ecopontos nas escolas públicas municipais para coleta de resíduos de
frituras.
29.01.2012. A prefeitura Municipal de Maringá realiza Audiência Publica
informativa, apresentando o Plano Municipal de Saneamento Básico Módulo
Limpeza Pública e Manejo de Resíduos Sólidos que incluía a implantação de
uma “Unidade de Valorização e Reaproveitamento Energético”.
01.02.2012. Conforme resposta à Carta Precatória 001/2012-MP a presidenta
da Comissão Técnica Multidisciplinar- Portaria nº 182, para o licenciamento
ambiental das áreas e tecnologias para tratamento e destinação final de
resíduos sólidos urbanos do Município de Maringá, Ivonete Coelho da Silva
Chaves, diz que:
“os integrantes da comissão que viajaram para o exterior foram à
própria declarante, o diretor de licenciamento de fiscalização de
Curitiba/PR, [...] e a engenheira ambiental lotada na DIRAM/Curitiba,
Sra. [...], com destino a cidade de Paris/França, totalizando 04
(quatro) dias de viagem, e quem custeou a viagem foi uma empresa
que pretende implantar a tecnologia em Maringá/PR de nome FOXX,
com sede em São Paulo/SP. “
09.02.2012. Nessa data é aprovada a Lei 9.150/2012, na qual a Câmara
Municipal de Maringá aprova em regime de urgência, autorização para
contratar, mediante Parceria Pública Privada PPP, a concessão por 30 anos da
destinação final dos resíduos sólidos, prorrogáveis por mais cinco anos,
devendo em tudo ser obedecidos os termos da Lei Federal nº. 11.079/2004.
15.03.2012. Ofício 32/2012-IAP/DIRAM/DLP no qual o Órgão Ambiental - IAP
responde ao requerimento de Licença Prévia do Município de Maringá, dizendo
que:
“Em atenção ao SID 07.913.641-7, referente à solicitação de Licença
Prévia para central de tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos, a

112
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ser implantada no lote 32 da Gleba Ribeirão Pinguim, no município


de Maringá/PR, temos a informar que tendo em vistas as
características do empreendimento, deverá ser apresentando
EIA/RIMA a ser elaborado de acordo com o termo de referência em
anexo." Eng. Química Ivonete Coelho da Silva Chaves Chefe do
DLP. (Departamento de Licenciamento de Atividades Poluidoras).
22.03.2012. Recomendação Administrativa Conjunta nº01/2012, emitida pelos:
Ministério Público do Estado do Paraná; Ministério Público Federal -
Procuradoria da República no Município de Maringá e Ministério Público do
Trabalho - Procuradoria do Trabalho no Município de Maringá.
RECOMENDAM ao INSTITUTO AMBIENTAL DO PARANÁ que se
abstenha de licenciar empreendimento ou unidade de incineração
e/ou de valorização/recuperação energética de resíduos sólidos
urbanos oriundos da coleta domiciliar convencional no âmbito do
Município de Maringá ou região.
24.03.2012. Ato de rua organizado pelo Fórum Intermunicipal Lixo & Cidadania
– Maringá, Sarandi e Paiçandu contra a incineração.
10.04.2012. No Inquérito Civil da 13ª Promotoria da Comarca de Maringá
MPPR 0088.002263-4, fls. 905, se lê que:
“... o município produziu um documento (termo de referência), para a
apresentação do relatório e estudo de impacto ambiental- sistema de
tratamento térmico de resíduos sólidos urbanos com geração de
energia elétrica;"
16.04.2012. Viagem do Prefeito Municipal a Portugal. “O prefeito licenciado de
Maringá, Silvio Barros II (PP), confirmou o que o blog antecipou ontem, a
viagem a Portugal na próxima semana. Vai conhecer o LIPOR – Serviço
Intermunicipalizado de Gestão de Resíduos do Grande Porto, responsável pela
gestão, valorização e tratamento dos resíduos sólidos urbanos produzidos por
oito municípios” 19.
19.04.2012. Audiência pública Câmara de Vereadores de Maringá “Por uma
Maringá sem incineração de lixo” organizando pelo Fórum Estadual do Paraná

19
Disponível em http://angelorigon.com.br/2012/04/10/prefeito-licenciado-vai-a-portugal.

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Lixo & Cidadania e Fórum Intermunicipal Lixo & Cidadania – Maringá, Sarandi
e Paiçandu.
20.06.2012. Aprova-se a Lei Ordinária Municipal nº 9.241/2012 que dispõe
sobre a criação do programa de coleta seletiva com inclusão social e
econômica dos catadores de material reciclável - PRÓ-CATADOR - e o sistema
de logística reversa e seu conselho gestor.
26.11.2013. Através da Lei Ordinária Municipal nº 9.615/2013 se concede nova
regulamentação ao Programa de Coleta Seletiva com Inclusão Social e
Econômica dos catadores de Materiais Recicláveis - PRÓ·CATADOR - e seu
Conselho Gestor, criado pela Lei Ordinária Municipal nº 9.241/2011.
14.02.2014. Assinatura do termo de cooperação entre a Prefeitura de Maringá,
o SINDIBEBIDAS, o Instituto Lixo e Cidadania e CATAPARANÁ (Cooperativa
de catadores de materiais recicláveis, Rede de transformação, beneficiamento
e valorização de materiais recicláveis do Paraná) para fins de implantação de
Central de valorização de materiais Recicláveis na cidade de Maringá.
12.08.2014. Lei Ordinária Municipal nº 9.836/2014 autoriza o poder executivo
municipal a contratar parceria público-privada para a prestação de serviços
públicos da coleta, tratamento e destinação final de resíduos sólidos urbanos e
dá outras providências (privatização do lixo). Sendo tal norma revogada
integralmente pela Lei Ordinária Municipal nº 9.947/2015.
19.08.2014. A Lei Ordinária nº 9.845/2014, determina o encaminhamento do
produto da coleta seletiva às cooperativas de catadores e a manutenção das
características do trabalho e direitos dos catadores municipais.
11.09.2014. O Conselho Gestor do Programa Pró-Catador - CGPPC emite
Ofício nº 06/20 14-CGPPC, em respostas ao contido no ofício nº 3.077/2014-
PMM, de 11 de agosto de 2014, no qual solicita-se a elaboração de Projeto da
Central de Triagem de Resíduos Sólidos Recicláveis, sendo que o Conselho
Gestor do Programa Pró-Catador - CGPPC, conforme deliberado na 3ª Reunião
Extraordinária, ocorrida no dia 09 de setembro de 2014, manifestou-se da
seguinte forma:
Considerando que as bases preliminares que compõem o Sistema de
Coleta Seletiva de Resíduos Sólidos Recicláveis estão estabelecidas

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e conforme deliberado na 3ª. Reunião Extraordinária no dia


09/09/2014, do CGPPC, para que o Programa Municipal de Coleta
Seletiva com Inclusão Social seja implantado são necessárias das
seguintes providências a serem adotadas pela Administração:
a) conclusão do projeto e construção dos barracões na Estrada 200,
Zona Norte, no prazo fixado - março de 2015, garantindo-se nesse
projeto a adequação arquitetônica destes barracões à recepção,
triagem, armazenagem e transporte dos resíduos sólidos recicláveis;
bem como, espaço de apoio a esta atividade para o trabalho
administrativo, reuniões e treinamento, cozinha, refeitório, sanitário,
chuveiro e vestuário, nos quais funcionará um conjunto de
Cooperativas de Triagem de Resíduos Sólidos Recicláveis;
b) conclusão do processo de locação e adequação dos barracões
para o funcionamento da Central de Valorização de Materiais
Recicláveis - CVMR, localizados na Avenida Ver. João Batista
Sanches nos 1234 e 1359, Distrito Industrial 2, nos quais funcionará a
Central de Valorização de Materiais Recicláveis - CVMR,
administrado pela CATAPARANÁ, cooperativa de segundo grau,
integrada pelas Cooperativas de Reciclagem que participarem do
Programa Pró-Catador;
c) Implantação da Coleta Seletiva Municipal de Materiais Recicláveis
realizados por processo misto composto pela coleta porta-a-porta;
PEVs e coleta em órgãos públicos - Coleta Seletiva Solidária;
Destaque-se, por último, que o CGPPC deve ser previamente
consultado, a respeito do conteúdo de qualquer projeto e
respectivos editais que incidam direta ou indiretamente no
gerenciamento de resíduos sólidos recicláveis no âmbito do
Município.
12.09.2014. O Município de Maringá em reunião, realizada no auditório Hélio
Moreira, apresentou a Parceria Público Privada como modelo de negócios para
os resíduos sólidos urbanos de Maringá. Diga-se que na referida
apresentação, a maioria dos presentes foi de cargos comissionados da
Prefeitura Municipal de Maringá, sendo que dos 192 (cento noventa e dois)
presentes, conforme se verificou das assinaturas das listas, 112 (cento doze)

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pessoas, eram integrantes da Administração Municipal, interessada no modelo


de negócios.
08.10.2014. A Sociedade Civil de Maringá solicitou mediante requerimento,
protocolo nº 74119/2014, à Prefeitura Municipal de Maringá, na pessoa do
Prefeito Municipal Sr. Roberto Pupin, para suspender imediatamente, pelo
prazo de 120 dias, o processo que prevê a implantação de Parceria Público
Privada para a execução dos serviços de coleta, processamento e destinação
final do lixo no município.
22.10.2014. O Prefeito Municipal, através do Oficio nº 4103/2014-GAPRE,
assinado pelo Chefe de Gabinete, respondeu negativamente à solicitação,
dizendo que “informamos que o processo referente à parceria público-privada
prosseguirá o seu curso regular e normal e consolidará toda a modelagem da
concessão, até que, cumpridos todos os requisitos legais, seja instaurada a
licitação”.
23.10.2014. A sociedade Civil protocolou junto ao Ministério Público
representação a respeito do modelo de negócios da Parceria Público Privada,
uma vez que esta é de interesse de toda a coletividade, e haja vista que a
Coleta de resíduos está diretamente relacionada com a qualidade de vida de
toda a população do município, bem como incide de modo direto em toda a
comunidade local, tanto por ser esta geradora de resíduos, como pelo fato que
a mesma será onerada com os valores da taxa do serviço e ainda porque a
administração municipal não disponibilizou, previamente, num prazo mínimo de
trinta dias, de antecedência da realização da Audiência Pública, os estudos,
investigações e levantamentos, os quais estão vinculados à realização da
Audiência pública, e são condições da formalidade da mesma.
Tal representação correu sob o inquérito civil nº 0088.14.002046-7 na 20ª
Promotoria do Patrimônio Público do Ministério Público do Paraná e inquérito
civil nº 0088.14.001359-5 na 1ª Promotoria do Patrimônio Público do Ministério
Público do Paraná.
29.01.2015. O Município de Maringá, através de Ofício nº 701/2015-GAPRE,
em atendimento ao Requerimento nº 1517/2014-CMM, encaminhou os estudos
técnicos, econômicos, financeiros ambientais e demais estudos realizados para

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embasar a elaboração do edital de licitação que terá por objeto a contratação


de empresa com a finalidade de realizar o serviço de coleta e destinação final
de resíduos sólidos no Município, por meio do regime de Parceria Público
Privada, no qual está a estrutura da proposta da Parceria Público Privada-
PPP. Sendo que desses documentos os que estão da página 235 até 526,
conforme numeração das mesmas, encontram-se redigidos em língua
estrangeira, mais especificamente em inglês.
29.01. 2015. Os vereadores Humberto José Henrique e Marly Martin Silva
impetram mandado de segurança com pedido liminar em face de ato do
Presidente da Câmara Municipal de Maringá, e do Prefeito Municipal de
Maringá, no qual narraram que o Executivo Municipal submeteu à aprovação
da Câmara de Vereadores o Projeto de Lei nº 13.236/2014 que previa a
implantação de Parceria Público Privada para a coleta e destinação de
resíduos sólidos na cidade de Maringá. Autos n o 0004735-82.2014.8.16.0190.
Sendo que o processou se findou com sentença de extinção sem a resolução
do mérito.
11.03.2015. Se aprova a Lei nº 9.947/2015, publicada no órgão oficial do
município nº 2256 de 12/03/2015, na qual o Poder legislativo revoga a Lei nº
9.836/2014, que autorizava ao poder executivo municipal contratar Parceria
Público Privada para a prestação de serviços públicos de coleta e destinação
final de resíduos sólidos urbanos, uma vez que mencionada lei padecia de
vícios insanáveis, dentre os quais ter sido aprovada sem cumprir os requisitos
procedimentais previstos no Regimento Interno da casa de lei, conforme inciso
V do Art. 146.
16.03.2015. A prefeitura Municipal de Maringá através do Ofício n° 930/2015-
GAPRE, fls. 3904 a 3905 dos Autos 0000825-72 2000 8 16 0017, solicita ao
Instituto Lixo e Cidadania para que em um prazo razoável de até 30 (trinta)
dias, manifestem-se quanto a existência de proposta alternativa ou
complementar para a prestação dos serviços públicos de coleta, tratamento e
destinação final de resíduos sólidos urbanos e, em sendo positiva a resposta,
nos enviem os elementos e estudos que sustentem a viabilidade jurídica,

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técnica, econômica, ambiental e operacional, de forma a nos permitir uma


avaliação adequada junto às demais propostas.
07.05.2015. O Ministério Público do Paraná requer a juntada da manifestação
do Instituto Lixo e Cidadania contendo a proposta alternativa à coleta e
destinação de resíduos sólidos urbanos no município de Maringá. Entendendo
o Ministério Público que o município deve se pronunciar, nos autos, quanto á
mencionada proposta, assumindo um compromisso no feito.
11.08.2016. O Ministério Público do Paraná ingressou com ação civil pública,
com pedido de tutela (provisória) de urgência cautelar incidental contra o
MUNICÍPIO DE MARINGÁ e a empresa Constroeste Construtora e
Participações Ltda. Nela o Ministério Público do Estado do Paraná, através da
sua 1a Promotoria de Justiça, com atribuições em matéria de Proteção ao
Patrimônio Público, instaurou os autos de Notícia de Fato, posteriormente
convertidos em Inquérito Civil Público, sob n° 0088.16.000959-8, com base nos
questionamentos feitos pelo vereador maringaense Humberto José Henrique
em relação ao Processo Licitatório nº 731/2016 (Concorrência, nº 016/16), o
qual havia sido deflagrado pela Prefeitura Municipal de Maringá, tendo por
objeto a contratação de empresa especializada para prestação dos serviços de
coleta regular manual, transporte e destinação final dos resíduos sólidos
domiciliares e comerciais, com características de domiciliares gerados no
município de Maringá, incluindo a coleta em feiras livres e em áreas de difícil
acesso e lavagem e desinfecção de feiras livres, pelo período de 12 (doze)
meses, prorrogáveis por períodos iguais e sucessivos até o limite de 60
(sessenta) meses, consoante se verifica do item 1.1 do Edital de Licitação
subscrito pelo Sr. Prefeito Municipal (fls. 126/140 do Processo Licitatório
731/2016). Tal processo ainda não teve decisão de primeira instância e se
encontra em fase de instrução.
03.04.2017. A Procuradoria Geral do Município de Maringá, no uso de suas
atribuições legais expressas no art. 20 da LC n°.1074/17, recomendou que os
trabalhos a serem realizados pela Secretaria do Meio Ambiente e Bem Estar
Animal, na elaboração do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos
Sólidos leve em consideração o estudo elaborado pelo Instituto do Lixo e

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Cidadania, que foi apresentado na Ação Civil Pública e obteve anuência do


Ministério Público, da sociedade civil organizada e, especialmente, do Prefeito
Ulisses Maia, quando ainda era vereador, ainda opinou que a elaboração de
um plano absolutamente novo, desconsiderando aquele apresentado na Ação
Civil Pública, poderá ser eventualmente compreendido como uma atitude
política ignorando uma sequência de esforços conjuntos das entidades de
controle (MP, ONG's, Observatório das Metrópoles, Universidade Estadual de
Maringá) e do próprio Poder Judiciário, que trabalham por 17 anos em prol da
resolução da problemática do lixo no Município de Maringá.
Como relatado anteriormente, no início da cronologia, em 2005 o
município assinou o Termo de Compromisso de Ajustamento de Conduta
(TAC) com Instituto Ambiental do Paraná – IAP visando obter as condições
mínimas necessárias para a operacionalização da atual área utilizada como
disposição final dos resíduos sólidos urbanos e apresentação de nova área ou
solução definitiva para disposição dos resíduos gerados pela municipalidade.
Na primeira fase, que durou seis meses, foram realizadas obras de emergência
para adequar o passivo existente desde a instalação do lixão em 1974.

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Foto 1 – Lixão de Maringá em 2005

Somente em 2006 a empresa Transresíduos foi contratada,


emergencialmente, para transformar o lixão em aterro controlado. Foram
realizadas obras de aterramento, cercamento e de construção de lagoas de
tratamento de chorume, mudando completamente o aspecto do local (figura
abaixo). Neste mesmo ano, em atendimento a um ofício emitido pelo IAP, a
Prefeitura de Maringá deixou de fazer o serviço de coleta, transporte e
destinação final dos resíduos de serviços de saúde com origem em
estabelecimentos privados do setor.

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Foto 2 – Vista aérea do aterro controlado de Maringá, em 2008, após as obras


realizadas para a recuperação da área

Procurando contemplar a reciclagem, cláusula 2ª do TAC com


Instituto Ambiental do Paraná, ainda em 2006 iniciou-se, a campanha “Maringá
Recicla” de coleta seletiva, também a cargo da Transresíduos. Mais tarde, a
campanha mudou seu nome para ReciclAção e ficou sob responsabilidade da
Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Nesta época a Procuradoria Jurídica
do município protocolou no Fórum de Maringá o pedido de reintegração de
posse do lixão, para solicitar aos catadores a evacuação do local e as
cooperativas receberam essas pessoas que trabalhavam no lixão.
Um ano mais tarde, ou seja, em 2007, para dar continuidade ao
trabalho de recuperação do passivo ambiental do antigo lixão, o município de
Maringá celebrou contrato com o Consórcio Biopuster para tratamento de
resíduos aterrados através de injeção de ar comprimido enriquecido com
oxigênio no atual aterro utilizando lanças que alcançariam as camadas de lixo.
O projeto piloto foi inaugurado em 2008. Neste mesmo ano, o aterro controlado

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passou a não mais receber resíduos da construção civil, em atendimento à


Resolução Conama nº 307.
Em 2009, em reunião entre representantes de empresas, Ministério
Público, IAP e Prefeitura Municipal, ficou definido que as empresas que
produzem mais de 100 litros ou 50 Kg de lixo por dia devem se responsabilizar
pela coleta e destinação final dos resíduos (grandes geradores). A partir de
então, esses grandes geradores contrataram empresas especializadas em
coleta, se responsabilizando pelo tratamento de seus resíduos.
No final de 2009, foi aberta uma licitação para concessão do
tratamento do lixo em uma célula sanitária localizada na Pedreira Ingá, próximo
ao local onde foram depositados os resíduos do município durante várias
décadas. A empresa Constroeste Construtora e Participações Ltda venceu a
licitação, ficando a coleta e transporte dos resíduos sólidos urbanos sob
responsabilidade da Prefeitura e o tratamento sob responsabilidade da
empresa, ou seja, os resíduos eram coletados pela prefeitura e transportados
até o aterro sanitário, localizado na Pedreira Ingá cuja administração era
realizada pela empresa Constroeste Construtora e Participações Ltda.
Entre o ano de 2010 e 2011 se iniciou o interesse do município em
realizar uma Parceria Público Privada para o tratamento e destinação final dos
resíduos, tendo como intenção a instalação de uma usina de valorização
energética. Nesta época, foram realizadas viagens para conhecem como era o
sistema de tratamento de resíduos em outros países, bem como empresas
passaram a apresentar estudos de PPP.
Em novembro de 2011, o local onde eram depositados os resíduos
da coleta, adquiriu o status de Aterro Sanitário com a expedição da Licença
Ambiental de Operação 24940 (Protocolo 79133493). A Licença foi renovada
até 14/11/2017 (Protocolo 120055380). Para o funcionamento do local, devem
ser cumpridas as seguintes condições:
 Quantidade máxima de resíduo não processado ou lixo urbano
bruto a ser recebida: 9.000 t/mês + 40% pelo acréscimo da
quantidade de lixo gerado na municipalidade.

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 Deverá ser realizado o recobrimento diário dos resíduos, com


espessura mínima de 20 cm de solo.
A frente de trabalho deverá ser de no máximo 50 X 50 m.
É expressamente proibido o recebimento de Resíduo Industrial
Classe I, Resíduos Classe II-B - Construção Civil e Pneus, e
Resíduos de Serviços de Saúde sem o pré-tratamento,
conforme Resolução CONAMA N.º 358/05.
A Empresa deverá operar, inspecionar e manter adequadamente
as unidades que compõe o Aterro de Resíduos Sólidos
Urbanos: a) Isolamento e Sinalização; b) Sistema de
Impermeabilização; c) Drenagem superficial e de gases; d)
Acessos compatíveis com tráfego de veículos pesados; e)
Sistema de controle do recebimento e aceite dos resíduos; f)
Sistema de drenagem, remoção e tratamento de chorume e
líquidos percolados, incluindo tanque (célula de acúmulo) com
capacidade de 100 m3 (volume útil); g) Sistema de
monitoramento de águas subterrâneas e superficiais;
 Apresentar relatório mensal do monitoramento de águas
subterrâneas e superficiais da área de influência do aterro
sanitário com no mínimo as seguintes informações: a)
Resultados analíticos dos poços de monitoramento de águas
subterrâneas; b) Métodos de análise utilizados para
determinação dos parâmetros monitorados. c) Anotação de
Responsabilidade Técnica do profissional ou profissionais que
subscreverem o Relatório.
 Apresentar ao IAP Relatório mensal das quantidades e tipo de
resíduos recebidos, com detalhamento semanal.
 Apresentar ao IAP Relatório mensal de geração de chorume e
líquidos percolados, indicando a ETE que está recebendo os
despejos líquidos para tratamento e destinação final desses
resíduos.

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O chorume e demais líquidos percolados do aterro não poderão


ser recirculados, ficando também proibido o lançamento de
qualquer efluente líquido em corpo receptor hídrico.
 Emissões atmosféricas deverão atender ao estabelecido na
Resolução SEMA 054/06.
 Os níveis de pressão sonora (ruídos) decorrentes das atividades
desenvolvidas no local do empreendimento deverão estar em
conformidade com aqueles preconizados pela Resolução
CONAMA N.º 001/90. 10.
Em agosto de 2016 os serviços de coleta de resíduos sólidos
urbanos deixou de ser realizado pelo município passando a ser totalmente
realizado pela Constroeste Construtora e Participações Ltda. Além da
prestação dos serviços de coleta regular manual, transporte e destinação final
dos resíduos sólidos domiciliares e comerciais, com características de
domiciliares gerados no município de Maringá também é realizada a coleta em
feiras livres e em áreas de difícil acesso, e, lavagem e desinfecção de feiras
livres.
No início de 2017, a administração pública ampliou os setores de
coleta seletiva, estendendo a toda área urbana do município, houve um
aumento de coleta de materiais recicláveis no município, gerando assim
emprego e renda para as cooperativas de reciclagem.
Finalmente no início de 2017 iniciaram-se os trabalhos de
elaboração do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos
Urbanos, levando-se em consideração o estudo elaborado pelo Instituto do Lixo
e Cidadania, que foi apresentado na Ação Civil Pública e obteve anuência do
Ministério Público, da sociedade civil organizada e de vereadores.

2.6.1 A gestão dos resíduos no município de Maringá

O diagnóstico de gestão dos resíduos sólidos é a ferramenta


principal para fundamentar um modelo de gerenciamento para o município e
assegurar seu desenvolvimento sustentável. Através dele, busca-se dar

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continuidade a melhoria da qualidade de vida e da preservação do meio


ambiente, bem como prestar um serviço público de qualidade.
Assim, conhecer a realidade dos resíduos no município é de extrema
importância tanto para a administração municipal como para a população que
se beneficia deste serviço. Sendo assim, cabe ao poder público o exercício do
planejamento municipal considerando a questão dos resíduos sólidos como um
instrumento do desenvolvimento político e de sustentabilidade econômica e
ambiental.
Nesse sentido está o estudo da gravimetria de resíduos sólidos
residenciais no município de Maringá20, o qual foi elaborado pelo Conselho
Gestor do Programa Pro-Catador, instituído pela lei Municipal nº 9.615/2013, e
tratado no item 2.8 do presente Plano e cujos resultados servem de orientação
para fins do serviço.
Porém, verifica-se que a solução dos problemas relacionados à
limpeza urbana e coleta de resíduos exige esforços conjuntos dos cidadãos, da
municipalidade, mas também do poder público federal. Como trata a Política
Nacional de Resíduos Sólidos em seu Capitulo III – Das Responsabilidades
dos Geradores e do Poder Público, tanto o poder público, como as empresas e
a coletividade são responsáveis pela efetivação das ações voltadas a
consolidação das diretrizes da Política Nacional.
Sabemos, no entanto que muitas das diretrizes estabelecidas na Lei
12.305/2010 ainda não foram plenamente colocadas em prática. A questão da
logística reversa é extremamente importante por se tratar de uma diretriz que
vem para garantir a destinação adequada de resíduos tóxicos, perigosos e que
não possuem hoje especificações exatas quanto o seu tempo de
decomposição.
Dentre esses produtos destacam-se: pilhas, baterias e lâmpadas
dentre outros, amplamente utilizados pela população urbana, para os quais,

20 Este estudo está às Fls. 3976 - 3982 dos autos da Ação Civil Pública nº 0000825-72 2000 8
16 0017, tendo como base a bibliografia da Associação Brasileira de Normas Técnicas. ABNT NBR
10007:2004. Amostragem de resíduos sólidos. Foram incluídas fotografias e mapa de amostragem,
que constam do texto original bem como as informações referentes ao Conselho Gestor do
Programa Pro-Catador, no marco do qual fora realizado o presente estudo.

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poucos são os fabricantes, distribuidores e importadores que já aderiram ao


sistema de logística reversa, sendo que seus produtos, em razão do descarte
inadequado, provocam efeitos ambientais negativos, uma vez que misturados
nos resíduos lançados como domiciliares. Portanto aqui cabe uma diretriz
específica à ampliação e consolidação de uma logística reversa eficiente.
Importante notar aqui a evolução dos gastos desde 2006 até 2013
com a manutenção dos serviços de coleta de resíduos sólidos urbanos
residenciais, como a seguir se apresenta no quadro abaixo:

Tabela 17 – Gastos com a manutenção dos serviços de coleta de resíduos


sólidos urbanos residenciais 2006 – 2013
ANO CAMINHÃO RECICLÁVEL POPULAÇÃO
COLETA LIMPEZA ATERRO TOTAL 90%
2006 3.612.882,35 4.071.574,10 7.085.540,00 14.769.996,45 - * -
2007 4.973.340,00 5.204.462,00 1.391.400,00 11.569.202,00 - 1.252.260,00 325.968
2008 5.775.379,00 5.535.569,00 1.272.704,00 12.583.652,00 525.000,00 1.145.433,60 -
2009 6.830.164,00 6.248.806,58 3.693.769,00 16.772.739,58 - 3.324.392,10 -
2010 7.902.080,00 5.292.772,00 6.929.550,00 20.124.402,00 - 6.236.595,00 357.077
2011 6.919.051,00 7.454.234,00 7.311.674,16 21.684.959,16 - 6.580.506,74 -
2012 7.919.037,00 7.980.752,81 8.140.929,43 24.040.719,24 - 7.326.836,48 -
2013 9.908.757,98 7.479.369,02 8.943.041,64 26.331.168,64 - 8.048.737,47 385.753
Fonte: Dados do SISTEMA DE INFORMAÇÕES MUNICIPAIS conforme anexo. *
2006 é o ano de implantação do encerramento do lixão.

Considerando a Norma Brasileira de Resíduos, NBR 10004, válida a


partir de 30/11/2004, estabeleceu a metodologia de classificação dos resíduos
sólidos quanto a riscos potenciais ao meio ambiente e a saúde pública, sendo
considerado resíduos sólidos aqueles resíduos que nos estados, "Sólido e
semi-sólidos, que resultam de atividades de origem industrial, doméstica,
hospitalar, comercial, agrícola, de serviços de varrição"21 .
Com relação ao gerenciamento dos resíduos sólidos residenciais, a
prefeitura é responsável por estes e pelos de origem públicos. Os demais
resíduos são de responsabilidade do gerador. Sendo que o município deve
definir os limites quantitativos e qualitativos a respeito do pequeno e grande
gerador de resíduos.

21 ASSOCIAÇÃO DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT-Norma Brasileira de Resíduos, NBR


10004;2004, p. 1.

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Conforme Decreto Estadual nº 6.674 de 2002, publicado no DOE nº


6371 de 04/12/2002, p.3, que aprova o regulamento da Lei Estadual nº 12.493
de 1999, são considerados Resíduos Sólidos Urbanos os provenientes de
residências ou de qualquer outra atividade que gere resíduos com
características domiciliares, bem como os resíduos de limpeza pública urbana.
A limpeza pública realizada através da limpeza de terrenos baldios,
limpeza de boca de lobo, poda e remoção de árvores e varrição é realizada
pelo município de Maringá, através da Secretaria Municipal de Serviços
Públicos – SEMUSP.
No entanto desde o mês de Agosto de 2016, a coleta convencional é
realizada pela empresa Constroeste Construtora e Participações Ltda. Vale
ressaltar que o contrato dessa prestação dos serviços de coleta regular
manual, transporte e destinação final dos resíduos sólidos domiciliares e
comerciais, com características de domiciliares gerados no município de
Maringá, está judicializado conforme se verifica nos Autos nº 0005433-
20.2016.8.16.0190 (Ação Civil Pública) .
Levando-se em consideração o crescimento populacional até o ano
de 2046, conforme dados do estudo populacional, constante do item 2.4, a
perspectiva quanto ao volume de resíduos por toneladas dias nos próximos
anos é a seguinte:

Tabela 18 – Estimativa de Volume de Resíduos


ANO TCA - TAXA DE POPULAÇÃO PRODUÇÃO ESTIMADA
CRESCIMENTO DE RESÍDUOS
ANUAL (%) (Ton./dia)
2015 - 391.349 300,0022
2016 1,75 398.195 305,00
2017 1,72 405.042 310,00
2018 1,69 411.888 315,00
2019 1,66 418.735 320,00
Fonte: Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos 2017.

22 No ano de 2015 foram destinadas 109.806 toneladas totais ao aterro, com menor
incidência de 8.391 ton. e no de maior 10.300 toneladas mensais. Autos nº 0005433-
20.2016.8.16.0190 (Ação Civil Pública)

127
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Portanto, os programas que objetivam contribuir na não geração,


redução, reutilização, reciclagem, devem ser estimulados através de políticas
pública específica e articuladas entre todas as secretarias pertinentes.
O município de Maringá, em busca de eficiência na coleta seletiva,
planejou a coleta para ser atendida por áreas, sendo que para tanto foram, em
2014, estabelecidas áreas com coleta por dia, conforme consta no site de
internet da Prefeitura Municipal de Maringá, especificamente no Portal
GeoMaringá mapa de Coleta Seletiva. Vale observar que falta ainda incluir a
área da zona rural, considerando, para tanto, a instalação de núcleos rurais.
Assim, o desafio na gestão dos resíduos no município de Maringá
está em ampliar a coleta seletiva a todo o território municipal e garantir
eficiência na separação dos resíduos residenciais, ampliar e consolidar a
logística reversa, bem como estabelecer as metas e indicadores para orientar o
processo de não geração, redução, reutilização, reciclagem, bem como
disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos. Obtendo também, além
de um melhor serviço, uma redução dos custos na operação do sistema, haja
vista o volume dos gastos com a coleta e aterro, como apresentado acima
(tabela 17).

2.6.1.1 Gestão dos resíduos sólidos urbanos

a) Domésticos
A transformação da matéria orgânica e a produção de resíduos
fazem parte integrante da vida e da atividade humana. Assim a geração de
resíduos depende de diversos fatores, variando de acordo com questões
culturais, nível e habito de consumo, renda e padrão de vida da população,
clima, sazonalidade e características de sexo e idade dos grupos populacionais
dentre outros fatores (BIDONE & POVINELLI, 1999). (fonte Copiado da página
2.697 dos autos da ACP adaptado 21/04/2017.)

128
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A Política Nacional de Resíduos Sólidos, objetiva, notadamente, que


sejam estabelecidas estratégias23 para fins de alcançar práticas que permitam
a não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos
sólidos, bem como disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos.
Nesse contexto o que se procura com um Plano Municipal de Gestão Integrada
de Resíduos Sólidos Urbanos é alcançar o desenvolvimento sustentável.
Destaque-se que, o princípio do desenvolvimento sustentável:
além de impregnado de caráter eminentemente constitucional,
encontra suporte legitimador em compromissos internacionais
assumidos pelo Estado brasileiro e representa fator de obtenção do
justo equilíbrio entre as exigências da economia e as da ecologia, (2)
subordinada, no entanto, a invocação desse postulado, quando
ocorrente situação de conflito entre valores constitucionais
relevantes, a uma condição inafastável, cuja observância não
comprometa nem esvazie o conteúdo essencial de um dos mais
significativos (3) direitos fundamentais. “EMENTA. ADI 3.540-1/ MC
2008. Rel. M. Celso de Mello. [destacou-se]

Assim, o desenvolvimento sustentável, é considerado o prima


principium do Direito Ambiental, no âmbito do qual estão os sítios
arqueológicos, o qual segundo José Adércio Leite Sampaio e outros, (2003, p.
47), “é o princípio matriz”24, estando fundado na equação justa de três
dimensões: econômico; ambiental e social.
Por tanto, "o desenvolvimento somente será considerado sustentável
caso os três pilares acima relacionadas sejam efetivamente respeitadas de

23 A Política de Resíduos no Estado do Paraná e o Programa Desperdício Zero (2003), o qual


visa principalmente “A eliminação de 100% dos lixões no Estado do Paraná e a redução de 30% dos
resíduos gerados, através da convocação de toda sociedade, objetivando: mudança de atitude,
hábitos de consumo, combate ao desperdício, incentivo a reutilização, reaproveitamento dos
materiais potencialmente recicláveis através da reciclagem”. Fls. 2697. dos autos da Ação Civil
Pública nº 0000825-72 2000 8 16 0017.

24 SAMPAIO, José Adércio Leite; WOLD, Chris; NARDY, Afrânio, José Fonseca. Princípios de
direito ambiental. Belo Horizonte: Del Rey, 2003, p. 47.

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SÓLIDOS URBANOS
25
forma simultânea" Sendo que na matéria específica que aqui nos ocupa, a
participação do Poder Público e da comunidade, no marco de ações conjuntas
e coordenadas se torna condição essencial do êxito da Gestão dos Resíduos
Sólidos Urbanos.
Sendo então necessária a permanente cobertura dos serviços
relacionados aos resíduos, bem como dos programas de educação ambiental,
além do estabelecimento de indicadores de desempenho operacional e
ambiental dos serviços públicos de limpeza urbana e de manejo de resíduos
sólidos. Nesse sentido, veja-se o item 13 do presente Plano.
Tratando-se sobre a coleta de lixo comum do município, ela é feita
com o trabalho de coletores, que retiram da frente das residências, comércios
ou indústrias e deposita no caminhão compactador. Esses materiais são
acondicionados em sacos plásticos ou caixas para facilitar a movimento do
coletor.
O transporte é feito por um caminhão compactador geralmente com
capacidade de 45 m³ munido de prensa que conforme o acumulo são
prensados, compactados o que possibilita um volume maior para transporte.
Após coletados esses materiais são transportados até o aterro
sanitário e lá recebem o tratamento adequado.
Vale ressaltar que a coleta de lixo em Maringá foi terceirizada para a
empresa Constroeste Construtora e Participações Ltda. Em 16 de Agosto de
2016 a empresa começou a realizar o serviço de coleta e tratamento de
resíduos, a limpeza e desinfecção de feiras livres e destinação Final de
Resíduos.
A empresa opera com 16 caminhões compactadores, juntamente
com seus respectivos motoristas e com pelo menos 03 coletores por caminhão.
Sendo que para tal operação a cidade de Maringá foi subdivida em 58 setores,
conforme demonstrado no mapa abaixo, sendo, basicamente da seguinte
forma:
 32 setores diurnos, coleta realizada alternadamente das 07:00

25 THOMÉ, Romeu Faria da Silva; GARCIA Leonardo de Medeiros. Direito Ambiental.


Salvador: JusPODIVM, 2014, p. 20.

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horas até aproximadamente as 17:00. Desses, 16 setores


compreendidos da zona norte da cidade é realizada todas as
Segundas, Quartas e Sextas, os 16 últimos setores da zona sul
as terças, quintas e sábados.
 26 setores noturnos, a coleta realizada alternadamente das
17:30 até aproximadamente 02:30 horas. 12 setores da zona
norte são atendidos as segundas, quartas e sextas e 12
setores da zona sul as terças, quintas e sábados.
 02 setores restringe-se a zona central da cidade, para esses é
disponibilizada a coleta de segunda a sábado.

131
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Figura 17 – Coleta de resíduos por setores - Sede

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Todos os setores foram previamente definidos pela Prefeitura e


foram levados em consideração a quantidade de residências e a extensão da
área.
O serviço de coleta é fiscalizado através de 03 fiscais, sendo 02 que
atuam no período diurno e 01 no período noturno, ainda, a ouvidoria, através
do Sistema 156, realiza o registro de reclamações feitas pelos contribuintes.
No entanto, não existe um sistema que permita a avaliação do
desempenho específico, assim, tal sistema de avaliação, através de
indicadores, é uma questão a ser estabelecida no presente plano.
Anterior ao mês de agosto de 2016, o serviço era realizado
diretamente pela prefeitura com seus motoristas, coletores e caminhões.
Obedecia-se os mesmo trechos com as mesmas definições de dias e horários.
Quanto aos volumes coletados de resíduos sólidos residenciais
urbanos, referente à coleta convencional, limpeza de terrenos e varrição, para
o período de Janeiro e Dezembro de 2016, os mesmos estão apresentados na
tabela a seguir.

Tabela 19 – Resíduos mensais coletados na Coleta Convencional

Como pode-se verificar através dos dados da SEMUSP (Secretaria


Municipal de Serviços Públicos) foram coletadas 119.932,68 toneladas de
resíduos para o período de janeiro e dezembro de 2016, sendo 105.279,23
toneladas na coleta convencional, e 6.338,32 toneladas na limpeza de terrenos
e 8.315,13 toneladas na varrição.

133
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No ano de 2016, foram coletados 105.279,23 toneladas na coleta


convencional, sendo os meses de Janeiro e Dezembro como os de maior
produção de resíduos, mantendo-se estável nos demais meses.
Vale ressaltar que essa variação pode sofrer alterações para mais,
em épocas como de festas e/ou feriados onde o consumo de alimentos,
bebidas em geral, embalagem de presentes, etc, é maior, estes dados se
mostram no gráfico a seguir.

Figura 18 – Médias mensais de resíduos coletados por dia entre Janeiro e


Dezembro de 2016

Conforme a Lei Federal 12.305/10, todos os geradores, inclusive os


residenciais, deverão ter como objetivo prioritário a não geração de resíduos a
redução, a separação, a reciclagem, e a destinação final, ambientalmente
adequada, prioritariamente destinando os resíduos gerados novamente ao ciclo
produtivo, através da reciclagem e reuso, dentro dos padrões estabelecidos
pela legislação e normas técnicas.

b) Limpeza Pública
O serviço de varrição existente em Maringá foi descrito com base em
informações obtidas na SEMUSP, setor responsável pelo serviço no município.

134
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A varrição é realizada de forma manual e mecanizada, sendo os


resíduos ensacados, armazenados nos equipamentos disponíveis para coleta e
encaminhados para a célula sanitária de responsabilidade da Constroeste
Construtora e Participações Ltda, onde são pesados e dispostos na vala para
posterior aterramento.
Em 2016 foram recolhidos mais de 22 toneladas por dia de resíduos
deste serviço.

Tabela 20 – Resíduos mensais coletados na Varrição

Fonte: SEMUSP,2016.

A equipe para realização da varrição conta com 80 funcionários. O


serviço é feito de forma periódica nos bairros da área urbana, nas praças e nos
distritos, os equipamentos disponibilizados para a coleta seguem descritos na
tabela abaixo.

Tabela 21 – Quantidade de equipamentos disponíveis para Coleta


QUANTIDADE EQUIPAMENTOS
6 Varredeiras modelo VEMAQ
1 Pá Carregadeira
4 Caminhões Caçamba
2 Ônibus
6 Tratores
6 Veículos Kombi
Fonte: semusp,2016

135
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Vale destacar que a frequência de varrição é maior na região central


por se tratar de uma área com maior fluxo de pessoas, diminuindo
gradativamente para os bairros mais periféricos.
A divisão e feita da seguinte forma: as varrições diárias são feitas na
região central da cidade próximo a Prefeitura Municipal e próximo às praças e a
Catedral; quinzenalmente, na região próxima aos bosques, e, nas áreas
periféricas do município as varrições são feitas mensalmente. Para a varrição
das praças são disponibilizados no total, 17 garis que juntos varrem
mensalmente cerca de 3.180 Km².
Nas tabelas a seguir estão as praças atendidas por este serviço,
contendo como informação as áreas em m² e a quantidade de servidores
disponíveis para a limpeza destes locais.

Tabela 22 – Praça com serviço de varrição de segunda a sexta-feira


Praças Quantidade de Servidores M²
Farroupilha 2 3.000
Centro Comunitário do Jardim Alvorada 2 10.000
São Vicente 2 3.000
Sagrado Coração de Jesus 1 4.000
Espírito Santo 1 6.000
Rocha Pombo 1 3.000
07 de Setembro 1 3.000
Expedicionários 1 3.000
Amábile Giroldo 1 1.500
Emiliano Perneta 1 5.000
Todos os Santos 1 10.000
Pedro Alvares Cabral 1 2.000
Salgado Filho 1 10.000
21 de Abril 1 3.000
Teatro Callil Haddad 1 4.000
Santo Antonio 1 3.000
São Benedito Osvaldo Vieira 1 5.000
São Miguel 1 5.000
José Bonifácio 1 3.000
Manoel Ribas 1 3.000
Napoleão Moreira da Silva 2 13.000
Raposo Tavares 1 3.000
Centro de Convivência Comunitária 3 15.000
Deputado Renato Celidônio
Catedral 3 20.000

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Praças Quantidade de Servidores M²


Bosque do Jardim Vitória 2 4.500
Internorte 1 2.500
Vitor de Carvalho 1 3.000
Bosque Parigot de Souza 1 4.000
Juiz Luiz Fernando 2 4.000
Liberdade 2 3.000
Da Glória 2 8.000

Tabela 23 – Praças com serviço de varrição aos domingos e feriados


Praças Quantidade de Servidores M²
Centro de Convivência Comunitária
2 15.000
Deputado Renato Celidônio
Centro Comunitário do Jardim Alvorada 1 10.000
Catedral 1 20.000
Napoleão Moreira da Silva 1 13.000
Raposo Tavares 1 3.000
Manoel Ribas 1 3.000
Todos os Santos 1 10.000

O serviço de limpeza e desinfecção das feiras livres, antes da


terceirização para a Constroeste Construtora e Participações Ltda, era todo
realizado pela Prefeitura com mão de obra e maquinário. Sendo que após
agosto de 2016 a referida empresa ficou responsável pela varrição,
desinfecção e coleta de resíduos de feiras. Nesse ponto veja-se adiante o item
2.6.1.1 (Gestão dos resíduos sólidos urbanos) que trata da Lavagem e
desinfecção de feiras livres.
Esse trabalho é realizado logo no término das feiras livres, tanto
diurno quanto noturno, obedecendo a escala de datas e horários abaixo,
conforme está no edital de CONCORRÊNCIA Nº. 016/2016-PMM, Anexo I. C.

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Figura 19 – Escala de limpeza das feiras livres


Fonte Edital CONCORRÊNCIA Nº. 016/2016-PMM, Anexo I. C.

Esses resíduos após coletados e ensacados são direcionados ao


caminhão de coleta que esteja mais próximo da feira. Para a realização deste

138
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serviço a empresa Constroeste Construtora e Participações Ltda conta com 02


motoristas e 18 ajudantes.

c) Capina e Roçagem
Conforme Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento -
SNIS (2010) a capina e roçagem compreendem os seguintes serviços:

Capina: conjunto de procedimentos concernentes ao corte, manual


ou mecanizado, da cobertura vegetal rasteira considerada prejudicial
e que se desenvolve em vias e logradouros públicos, bem como em
áreas não edificadas, públicas ou privadas, abrangendo
eventualmente a remoção de suas raízes e incluindo a coleta dos
resíduos resultantes;
Roçagem: conjunto de procedimentos concernentes ao corte,
manual ou mecanizado, da cobertura vegetal arbustiva considerada
prejudicial e que se desenvolve em vias e logradouros públicos, bem
como em áreas não edificadas, públicas ou privadas, abrangendo a
coleta dos resíduos resultantes. Na maioria dos casos, a atividade de
rocada acha-se diretamente associada a de capina, sendo
geralmente executada preliminarmente a esta, de modo a remover a
vegetação de maior porte existente no trecho a ser capinado.
A SEMUSP possui 47 funcionários para a realização do serviço
capina e roçagem. Estes serviços ocorrem na área da sede urbana e distritos,
e os resíduos gerados dessas atividades são coletados e destinados à célula
sanitária de responsabilidade da Constroeste Construtora e Participações Ltda.
Por tanto esse serviço, na parte da destinação final, tem um custo específico
relacionado com o aterro.
Também a prefeitura conta com o apoio das seguintes terceirizadas:
 Empresas V. Aquino e Eliezio Cavalcante (próprios públicos)
 Marcelo Fernando Negri, Eliezio Cavalcante e Andre Almeida
(Fundos de Vale e terrenos)
Para a realização dos serviços a Prefeitura dispõe dos seguintes
equipamentos para capina e roçagem, conforme estão na tabela a seguir:

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Tabela 24 – Equipamentos disponíveis para capina e roçagem


QUANTIDADE EQUIPAMENTO
2 Caminhões Caçamba
2 Ônibus
8 Tratores
6 Veículos Kombi
Fonte: SEMUSP,2016.

Com relação à manutenção e limpeza dos lotes particulares de


acordo com a Lei complementar nº. 850/2010, que diz no seu art. 1º que os
proprietários ou possuidores a qualquer título de imóveis urbanos edificados ou
não, lindeiras as vias ou logradouros públicos, beneficiados ou não com meio-
fio e/ou pavimentação asfáltica, são obrigados a mantê-los limpos,
capinados e drenados, respondendo, em qualquer situação, por sua utilização
como deposito de lixo, detritos ou resíduos de qualquer natureza.
No caso de imóveis em estado de má conservação, a administração
municipal executara o serviço cobrando as devidas taxas.
Assim, depois de efetuada a limpeza o valor correspondente às
taxas que deverão ser cobradas são enviadas para a Secretaria da Fazenda a
qual procede ao lançamento do debito e encaminhará a notificação para o
proprietário.
Observe-se que todo o material orgânico, resultante deste processo
poderia ser enviado para uma central de compostagem, ou biodigestão,
evitando assim os custos do aterramento, bem como garantindo maior tempo
de vida útil a uma célula sanitária.
Veja-se que para o período de janeiro e dezembro de 2016, o
montante de resíduos decorrentes da limpeza de terrenos foi de 6.338,32
toneladas.

d) Poda e Corte de Árvores


A poda e o corte de arvores na cidade de Maringá ocorrem através
de solicitações da população protocoladas na ouvidoria municipal pelo Sistema
156. O setor responsável e a gerência de podas e remoções pesadas. No ano

140
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de 2016, foram abertos 5.092 de solicitações de podas e remoções de árvores,


conforme tabela a seguir.

Tabela 25 – Relação de Solicitação de remoções em 2016


TIPO DE SOLICITAÇÃO QUANTIDADE
Solicitação de Poda de Galhos 2.097
Remoção de árvores sem parecer 2.197
Remoção de árvores com parecer 798
Total 5.092
Fonte: SEMUSP,2016.

Sendo dada prioridade ao corte das árvores que, por exemplo,


interferem na sinalização do transito, dificultam a iluminação pública,
apresentam risco de queda por estarem no final de suas vidas úteis ou por
apresentarem problemas fitossanitários (pragas e doenças) e os galhos
invadem as fachadas das edificações.
Para este serviço são disponibilizados 87 funcionários, 11
caminhões e 4 Kombi e 35 motosserras.
Parte do serviço de poda e remoção é realizada através de contratos
de prestação de serviços, sendo que a empresa Copel também atua na poda,
especificamente na área que envolve a rede de eletrificação.
Quanto a esse ponto, tem sido constatado que inúmeras vezes os
resíduos da poda da COPEL devem ser retirados pelas equipes da
administração Municipal, o que termina onerando o serviço público municipal,
haja vista que o adequado seria que a remoção também fosse realizada pela
mesma empresa.
Observa-se que "a arborização do passeio público forma parte do
26
patrimônio público e ambiental municipal, bem de uso comum do povo" ,
assim cabe, através da elaboração do correspondente Plano Diretor de
Arborização a definição de critérios técnicos quanto à matéria.

26 VILLALOBOS, Jorge. Árvores do passeio público. Uma aproximação ao planejamento.


Estudo apresentado à administração Municipal em fevereiro de 2017, que objetiva critério básicos
para a discussão na matéria, p.379.

141
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e) Limpeza de Bocas de Lobo e Galerias


O assunto de galerias é uma questão relevante, uma vez que a
drenagem é matéria específica da Lei nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007, que
estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico. Considerando que o
Saneamento Básico é o conjunto de serviços, infra-estruturas e instalações
operacionais, um Plano de Saneamento Básico deve abordar sobre os módulos
referente o abastecimento de água potável, o esgotamento sanitário, limpeza
urbana e manejo de resíduos sólidos e, drenagem e manejo de águas pluviais.
Vale destacar que a SEMUSP não possui estimativa de dados quantitativos da
geração desses resíduos. No entanto todo o material retirado proveniente da
limpeza atualmente está sendo encaminhado para a célula sanitária.
A limpeza das bocas de lobo e desobstrução das galerias é
realizada por setor subordinado a Gerência de Manutenção de Galerias e
Asfalto.
Atualmente o setor está defasado em relação à demanda, uma vez
que não possui condições de infraestrutura para manter um cronograma efetivo
para fins de limpeza regular das bocas de lobo e galerias, devido ao baixo
número de funcionários disponíveis e o maquinário (caminhões) que dependem
de constante manutenção. Desta forma a limpeza é feita conforme prioridades
como no caso de locais onde se encontra água parada.
No ano de 2016, trabalhavam na limpeza de bocas de lobo e
reposição de laje dentre outros serviços 14 funcionários.
Veja-se que a manutenção e limpeza das bocas de lobo e galerias
são fundamentais para a minimização de impactos ambientais nas redes de
drenagem naturais. Em períodos chuvosos, os resíduos acumulados seguem
pelas ruas e galerias podendo atingir córregos e rios. Além desta
contaminação, o acúmulo de resíduos pode atrair insetos e animais
transmissores de doenças. Por isto é necessário que a SEMUSP implemente
um programa periódico de limpeza de bocas de lobo e galerias pluviais, sendo
necessário para tanto uma modificação na infra-estrura e quadro de pessoal.

f) Lavagem e desinfecção de feiras livres

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A lavagem e desinfecção de feiras livres, com higienização, aplicada


manualmente, está sendo realizada, somente, nas áreas onde são
comercializados pescados, aves e outros tipos de carnes.
No ponto, é fundamental observar que as feiras livres, são atividades
econômicas de natureza privada, as quais estão sujeitas, no marco da Política
Nacional de Resíduos Sólidos, Lei 12.305/2010, à elaboração de planos de
gerenciamento de resíduos, conforme determina o Art. 20, in verbis:
Art. 20. Estão sujeitos à elaboração de plano de
gerenciamento de resíduos sólidos:
I - os geradores de resíduos sólidos previstos nas alíneas
“e”, “f”, “g” e “k” do inciso I do art. 13;
II - os estabelecimentos comerciais e de prestação de
serviços que:
a) gerem resíduos perigosos;
b) gerem resíduos que, mesmo caracterizados como
não perigosos, por sua natureza, composição ou
volume, não sejam equiparados aos resíduos
domiciliares pelo poder público municipal;
Destaque-se que as feiras livres, conforme está na legislação
municipal, especificamente na Lei municipal nº 402/1965, na qual se encontra o
conceito, são atividades econômicas privadas, veja-se o Art. 1º da mencionada
norma:
Art. 1º As feiras livres, no Município de Maringá,
destinam-se ao comércio, a varejo, de frutas, legumes,
hortaliças, aves, ovos e peixes, suínos e caprinos vivos,
com idade máxima de seis meses, e demais gêneros de
primeira necessidade para abastecimento doméstico e
facilidade de venda direta, do pequeno produtor aos
consumidores. (grifou-se)
Por tanto, trata-se de atividade comercial privada autorizada e
desenvolvida em espaço público, sendo que é de responsabilidade dos
comerciantes, que produzem resíduos não domiciliares, realizar a higienização
dos locais de comercialização, notadamente dos locais nos quais se exerce o

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comércio de pescados, aves e outros tipos de carnes (art. 4º Lei municipal


nº 402/1965) em conformidade com as determinações da vigilância sanitária
municipal.
Note-se que o município de Maringá vem destinando, ao ano, o valor
de R$ 1.679.919,10, para lavagem e desinfecção de feiras livres, entretanto,
com a retomada da coleta pelo município, este valor deixará de ser gasto.
Finalmente, os feirantes que comercializam pescados, aves e outros
tipos de carnes, deveriam atender o que está estabelecido na Lei 12.305/2010
e para tanto a SEMA, em conjunto com a SEMUSP, SESA e PROGE deveriam
emitir opinião conclusiva ao respeito.

g) Coleta de animais mortos


No caso da coleta de animais mortos nas vias públicas, a Prefeitura
tem um contrato de prestação de serviços com a empresa Servioeste Soluções
Ambientais Ltda. O procedimento para coleta se dá nos seguintes passos:
 Contribuinte abre uma solicitação através do Sistema 156;
 A equipe de Limpeza Pública recolhe o animal e transporte até
a filial da Servioeste de Maringá;
 A empresa Servioeste refrigera esse animal até ser
encaminhado para incineração.
A incineração é de responsabilidade da Servioeste, esse
procedimento é feito na matriz na cidade de Chapecó em Santa Catarina.

2.6.1.2 Gestão dos resíduos de serviços de saúde

A resolução RDC nº 306/2004, dispõe sobre o Regulamento Técnico


para o Gerenciamento de resíduos de serviços de saúde. Esta resolução já
atribuía aos geradores dos resíduos à responsabilidade de elaboração do
Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS). E a
Resolução CONAMA nº 358/2005, a qual dispõe sobre o tratamento e a
disposição dos resíduos dos serviços de saúde e dá outras providências, é de

144
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responsabilidade dos geradores de resíduos de serviço de saúde o


gerenciamento dos resíduos desde a geração até a disposição final, de forma a
atender aos requisitos ambientais e de saúde pública e ocupacional.
Todo gerador deve elaborar um Plano de Gerenciamento de
Resíduos de Serviços de Saúde – PGRSS, baseado nas características dos
resíduos gerados e na classificação descrita abaixo, estabelecendo as
diretrizes de manejo dos RSS.
O manejo dos RSS é entendido como a ação de gerenciar os
resíduos em seus aspectos intra e extra-estabelecimento, desde a geração até
a disposição final, incluindo as seguintes etapas:
 SEGREGAÇÃO - Consiste na separação dos resíduos no momento
e local de sua geração, de acordo com as características físicas,
químicas, biológicas, o seu estado físico e os riscos envolvidos.
 ACONDICIONAMENTO - Consiste no ato de embalar os resíduos
segregados, em sacos ou recipientes que evitem vazamentos e
resistam às ações de punctura e ruptura. A capacidade dos
recipientes de acondicionamento deve ser compatível com a
geração diária de cada tipo de resíduo.
 IDENTIFICAÇÃO – Consiste no conjunto de medidas que permite o
reconhecimento dos resíduos contidos nos sacos e recipientes,
fornecendo informações ao correto manejo dos RSS.
 TRANSPORTE INTERNO - Consiste no traslado dos resíduos dos
pontos de geração até local destinado ao armazenamento
temporário ou armazenamento externo com a finalidade de
apresentação para a coleta.
 ARMAZENAMENTO TEMPORÁRIO – Consiste na guarda
temporária dos recipientes contendo os resíduos já acondicionados,
em local próximo aos pontos de geração, visando agilizar a coleta
dentro do estabelecimento e otimizar o deslocamento entre os
pontos geradores e o ponto destinado à apresentação para coleta
externa. Não poderá ser feito armazenamento temporário com

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disposição direta dos sacos sobre o piso, sendo obrigatória a


conservação dos sacos em recipientes de acondicionamento.
 ARMAZENAMENTO EXTERNO – Consiste na guarda dos
recipientes de resíduos até a realização da etapa de coleta externa,
em ambiente exclusivo com acesso facilitado para os veículos
coletores.
 TRATAMENTO - Consiste na aplicação de método, técnica ou
processo que modifique as características dos riscos inerentes aos
resíduos, reduzindo ou eliminando o risco de contaminação, de
acidentes ocupacionais ou de dano ao meio ambiente. O tratamento
pode ser aplicado no próprio estabelecimento gerador ou em outro
estabelecimento, observadas nestes casos, as condições de
segurança para o transporte entre o estabelecimento gerador e o
local do tratamento. Os sistemas para tratamento de resíduos de
serviços de saúde devem ser objeto de licenciamento ambiental, de
acordo com a Resolução CONAMA nº. 237/1997 e são passíveis de
fiscalização e de controle pelos órgãos de vigilância sanitária e de
meio ambiente.
 COLETA E TRANSPORTE EXTERNOS –Consistem na remoção
dos RSS do abrigo de resíduos (armazenamento externo) até a
unidade de tratamento ou disposição final, utilizando-se técnicas que
garantam a preservação das condições de acondicionamento e a
integridade dos trabalhadores, da população e do meio ambiente,
devendo estar de acordo com as orientações dos órgãos de limpeza
urbana.
 DISPOSIÇÃO FINAL - Consiste na disposição de resíduos no solo,
previamente preparado para recebê-los, obedecendo a critérios
técnicos de construção e operação, e com licenciamento ambiental
de acordo com a Resolução CONAMA nº.237/97.
De acordo com a Resolução RDC nº 306/2004 o tratamento deve ser
realizado conforme descrito abaixo:

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Tratamento de RSS do grupo A


 Resíduos do grupo A1 - devem ser submetidos a tratamento em
equipamentos que reduzam ou eliminem a carga microbiana
compatível com nível III de inativação microbiana.
 Resíduos do grupo A2 - devem ser submetidos a tratamento em
equipamentos que reduzam ou eliminem a carga microbiana
compatível com nível III de inativação microbiana.
 Resíduos do grupo A3 - que não tenham valor científico ou legal e
que não tenham sido conduzidos pelo paciente ou por seus
familiares - devem ser encaminhados para sepultamento ou
tratamento. Se forem encaminhados para o sistema de tratamento,
devem ser acondicionados em sacos vermelhos com a inscrição
“peças anatômicas”. O órgão ambiental competente nos Estados,
Municípios e Distrito Federal pode aprovar outros processos
alternativos de destinação.
 Resíduos do grupo A4 - não necessitam de tratamento.
 Resíduos do grupo A5 - devem ser submetidos à incineração.
Tratamento de RSS do grupo B
 Resíduos químicos do grupo B, quando não forem submetidos a
processo de reutilização, recuperação ou reciclagem - devem ser
submetidos a tratamento ou disposição final específicos.
 Excretas de pacientes tratados com quimioterápicos antineoplásicos
- podem ser eliminadas no esgoto, desde que haja tratamento de
esgotos na região onde se encontra o serviço. Caso não exista
tratamento de esgoto, devem ser submetidas a tratamento prévio no
próprio estabelecimento, antes de liberados no meio ambiente.
 Resíduos de produtos e de insumos farmacêuticos, sob controle
especial (Portaria MS 344/98) - devem atender a legislação em vigor.
 Fixadores utilizados em diagnóstico de imagem - devem ser
submetidos a tratamento e processo de recuperação da prata.
 Reveladores utilizados no diagnóstico de imagem - devem ser

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submetidos a processo de neutralização, podendo ser lançados na


rede de esgoto, desde que atendidas as diretrizes dos órgãos de
meio ambiente e do responsável pelo serviço público de
esgotamento sanitário.
 Lâmpadas fluorescentes - devem ser encaminhadas para reciclagem
ou processo de tratamento.
 Resíduos químicos contendo metais pesados - devem ser
submetidos a tratamento ou disposição final, de acordo com as
orientações do órgão de meio ambiente.
Tratamento de RSS do grupo C
 Resíduos de fácil putrefação, contaminados com radionuclídeos,
depois de atendidos os respectivos itens de acondicionamento e
identificação de rejeito radioativo - devem manter as condições de
conservação mencionadas no item 1.5.5 da RDC ANVISA nº 306/04,
durante o período de decaimento do elemento radioativo. O
tratamento para decaimento deverá prever mecanismo de blindagem
de maneira a garantir que a exposição ocupacional esteja de acordo
com os limites estabelecidos na norma NE-3.01 da CNEN. Quando o
tratamento for realizado na área de manipulação, devem ser
utilizados recipientes blindados individualizados. Quando feito em
sala de decaimento, esta deve possuir paredes blindadas ou os
rejeitos radioativos devem estar acondicionados em recipientes
individualizados com blindagem.
 Para serviços que realizem atividades de medicina nuclear e
possuam mais de três equipamentos de diagnóstico ou pelo menos
um quarto terapêutico, o armazenamento para decaimento será feito
em uma sala de decaimento de rejeitos radioativos com no mínimo 4
m², com os rejeitos acondicionados de acordo com o estabelecido no
item 12.1 da RDC ANVISA nº 306/04.
 A sala de decaimento de rejeitos radioativos deve ter acesso
controlado. Deve estar sinalizada com o símbolo internacional de

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presença de radiação ionizante e de área de acesso restrito,


dispondo de meios para garantir condições de segurança contra
ação de eventos induzidos por fenômenos naturais e estar de acordo
com o Plano de Radioproteção aprovado pela CNEN para a
instalação.
 O transporte externo de rejeitos radioativos, quando necessário,
deve seguir orientação prévia específica da Comissão CNEN.
Tratamento de RSS do grupo D
 Os resíduos orgânicos, flores, resíduos de podas de árvore e
jardinagem, sobras de alimento e de pré-preparo desses alimentos,
restos alimentares de refeitórios e de outros que não tenham
mantido contato com secreções, excreções ou outro fluido corpóreo,
podem ser encaminhados ao processo de compostagem.
 Os restos e sobras de alimentos citados acima podem ser utilizados
como ração animal, se forem submetidos a processo de tratamento
que garanta a inocuidade do composto, devidamente avaliado e
comprovado por órgão competente da Agricultura e de Vigilância
Sanitária do Município, Estado ou do Distrito Federal.
 Os resíduos líquidos provenientes de rede de esgoto (águas
servidas) de estabelecimento de saúde devem ser tratados antes do
lançamento no corpo receptor (nos córregos etc.). Sempre que não
houver sistema de tratamento de esgoto da rede pública, devem
possuir o tratamento interno.
Tratamento de RSS do grupo E
 Os resíduos perfurocortantes contaminados com agente biológico
classe de risco 4, micro-organismos com relevância epidemiológica
e risco de disseminação ou causador de doença emergente, que se
tornem epidemiologicamente importantes ou cujo mecanismo de
transmissão seja desconhecido, devem ser submetidos a
tratamento, mediante processo físico ou outros processos que
vierem a ser validados para a obtenção de redução ou eliminação da

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carga microbiana, em equipamento compatível com nível III de


inativação microbiana.
 Os resíduos perfurocortantes contaminados com radionuclídeos
devem ser submetidos ao mesmo tempo de decaimento do material
que o contaminou.
As Secretarias de Saúde e Meio Ambiente possuem atribuições
distintas quanto ao gerenciamento de resíduos de serviços de saúde, sendo de
responsabilidade do setor Saúde a fiscalização do gerenciamento interno do
estabelecimento, desde a segregação até o armazenamento final (legislação
da ANVISA) e cabendo ao setor de Meio Ambiente as etapas de coleta e
transporte externo, tratamento e destinação final (legislação do CONAMA).
No ano de 2005 iniciou a avaliação conjunta do Plano de
Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS) respeitando a
seguinte tramite: o PGRSS era protocolado na praça de atendimento da
Prefeitura e tramitado à Saúde/Vigilância Sanitária e Ambiental para ser
avaliado em primeira instância, até o armazenamento final, pela Comissão da
Saúde. Após o Parecer Favorável da Comissão, o documento físico era
encaminhado para a Secretaria de Meio Ambiente para avaliação final das
etapas de coleta, tratamento e destinação final.
Após a publicação do Decreto Municipal nº 2000/2011, iniciou-se
uma nova modalidade de plano de gerenciamento da forma online realizado
através do Sistema de Plano de Gerenciamento da Prefeitura, onde os
estabelecimentos geradores e prestadores de serviços são cadastrados. Hoje,
o município possui cerca de 1000 estabelecimentos geradores cadastrados,
sendo que aproximadamente 900 possuem o PGRSS aprovados e 110 estão
em fase de análise.
A fiscalização para verificação das boas práticas de manejo dos
resíduos, elaboração e implantação do PGR online ocorre de forma rotineira.
Com base nessas fiscalizações podemos afirmar que a maioria dos
estabelecimentos atendem ao disposto nas legislações quanto ao
gerenciamento dos resíduos em todas as etapas do manejo desde a
segregação, acondicionamento, identificação, armazenamento, tratamento e
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destinação final. E as que não atendem são notificadas a cumprir a legislação,


tendo como sanção as medidas administrativas constantes no Código
Municipal de Saúde.
A coleta, transporte, tratamento e destinação final dos RSS dos
estabelecimentos, sejam públicos ou privados, ocorrem por contratação de
empresas prestadoras de serviços especializados. Em especial as unidades da
Secretaria de Saúde que geram RSS (hospital, policlínicas, UBS e UPA)
contratam as empresas especializadas por processo de licitação.
Com base nos dados apresentados nos PGRSS a maioria dos
estabelecimentos contratam empresas que realizam o tratamento dos resíduos
do Grupo A – Infectante por autoclavagem; Grupo B – Químico por incineração
e Grupo E – perfurocortante por autoclavagem. A destinação final é realizada
em aterro sanitário/resíduos perigosos/industrial no próprio município ou fora
dele e também há destinação por logística reversa principalmente para os
resíduos do Grupo B – medicamentos.
No município a coleta de resíduos da saúde é realizada por 6
empresas, conforme pode ser observado nas tabelas abaixo, o volume de
coleta no exercício de 2016 foi de 1038451,11 toneladas.
Tabela 26 – Resíduos da Saúde – Servioeste

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Tabela 27 – Resíduos da Saúde –Serquip

Tabela 28 – Resíduos da Saúde –RS Ribeiro

Tabela 29 – Resíduos da Saúde –D. SORTI & SORTI LTDA

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Tabela 30 – Resíduos da Saúde –Selecta

Tabela 31 – Resíduos da Saúde –Bio Acess

2.6.1.3 Gestão dos resíduos industriais

Desde 2008, o município de Maringá solicita aos geradores de


resíduos industriais e/ou geradores de resíduos perigosos, o Plano de
Gerenciamento de Resíduos.
Toda a gestão deste tipo de resíduo deve ser particular, ou seja, o
gerador se responsabiliza em contratar empresas para coleta, transporte,
tratamento e destinação final adequada.
Por se tratar de materiais que possam apresentar periculosidade, os
resíduos perigosos devem ter um armazenamento mais criterioso, atendendo a
Norma ABNT NBR 12235/1992. Nenhum resíduo perigoso pode ser
armazenado sem análise prévia de suas propriedades físicas e químicas, uma
vez que disso depende a sua caracterização como perigoso ou não e o seu
armazenamento adequado.

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A capacitação do operador é um fator primordial e os responsáveis


pelas instalações devem fornecer treinamento adequado aos seus funcionários.
O acondicionamento de resíduos perigosos, como forma temporária
de espera para reciclagem, recuperação, tratamento e/ou disposição final, pode
ser realizado em contêineres, tambores, tanques e/ou a granel, sempre em
local coberto e em piso impermeável. Todo e qualquer manuseio de resíduos
perigosos nas instalações de armazenamento deve ser executado com pessoal
dotado de Equipamento de Proteção Individual (EPI) adequado. Todos estes
pontos são observados no Plano de Gerenciamento de Resíduos.
Um dos pontos mais importantes a se observar se refere à
incompatibilidade dos resíduos. Alguns resíduos perigosos não podem ser
armazenados com outros, pois a reação entre eles pode provocar sérios
acidentes como explosões ou incêndios. A tabela a seguir mostra os resíduos
incompatíveis entre si de acordo com a Norma ABNT NBR 12235/1992.

Tabela 32 – Incompatibilidade de resíduos


INCOMPATIBILIDADE DE RESÍDUOS
GRUPO 1-A GRUPO 1-B
- Lama de acetileno - Lamas ácidas
- Líquidos fortemente alcalinos - Soluções ácidas
- Líquidos de limpeza alcalinos - Ácidos de bateria
- Líquidos alcalinos corrosivos - Líquidos diversos de limpeza
- Líquido alcalino de bateria - Eletrólitos ácidos
- Águas residuárias alcalinas - Líquidos utilizados para gravação em
- Lama de cal e outros álcalis corrosivos metais
- Soluções de cal - Componentes de líquidos de limpeza
- Soluções cáusticas gastas - Banhos de decapagem e outros ácidos
corrosivos
- Ácidos gastos
- Mistura de ácidos residuais
- Ácido sulfúrico residual

Efeitos da mistura de resíduos do {Geração de calor, reação


violenta

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GRUPO 1-A com os do GRUPO 1-B


GRUPO 2-A GRUPO 2-B
- Resíduos de asbestos - Solventes de limpeza de componentes
- Resíduos de berílio eletrônicos
- Embalagens vazias contaminadas com - Explosivos obsoletos
pesticidas - Resíduos de petróleo
- Resíduos de pesticidas - Resíduos de refinaria
- Outras quaisquer substâncias tóxicas - Solventes em geral
- Resíduos de óleo e outros resíduos
inflamáveis e
explosivos

Efeitos da mistura de resíduos do {Geração de substâncias tóxicas em caso de


fogo ou explosão
GRUPO 2-A com os do GRUPO 2-B
GRUPO 3-A GRUPO 3-B
- Alumínio - Resíduos do GRUPO 1-A ou 1-B
- Berílio
- Cálcio
- Lítio
- Magnésio
- Potássio
- Sódio
- Zinco em pó, outros metais reativos e
hidretos metálicos

Efeitos da mistura de resíduos do {Fogo ou explosão, geração de hidrogênio


gasoso inflamável
GRUPO 3-A com os do GRUPO 3-B
GRUPO 4-A GRUPO 4-B
- Álcoois - Resíduos concentrados dos GRUPOS 1-
- Soluções aquosas em geral A ou 1-B
- Cálcio
- Lítio
- Hidretos metálicos
- Potássio
- Sódio

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- SO2Cl2.SOCl2.PCl3.CH3SiCl3 e outros
resíduos
reativos com água

Efeitos da mistura de resíduos do {Fogo, explosão ou geração de calor,


geração de gases inflamáveis ou tóxicos
GRUPO 4-A com os do GRUPO 4-B
GRUPO 5-A GRUPO 5-B
- Álcoois - Resíduos concentrados do GRUPO 1-A
- Aldeídos ou 1-B
- Hidrocarbonetos halogenados - Resíduos do GRUPO 3-A
- Hidrocarbonetos nitrados e outros
compostos orgânicos reativos, e solventes
- Hidrocarbonetos insaturados

Efeitos da mistura de resíduos do {Fogo, explosão ou reação


violenta
GRUPO 5-A com os do GRUPO 5-B
GRUPO 6-A GRUPO 6-B
- Soluções gastas de cianetos e sulfetos - Resíduos do GRUPO 1-B

Efeitos da mistura de resíduos do {Geração de gás cianídrico ou gás


sulfídrico
GRUPO 6-A com os do GRUPO 6-B
GRUPO 7-A GRUPO 7-B
- Cloratos e outros oxidantes fortes - Ácido acético e outros ácidos orgânicos
- Cloro - Ácidos minerais concentrados
- Cloritos - Resíduos do GRUPO 2-B
- Ácido crômico - Resíduos do GRUPO 3-A
- Hipocloritos - Resíduos do GRUPO 5-A e outros
- Nitratos resíduos combustíveis ou inflamáveis
- Ácido nítrico fumegante
- Percloratos
- Permanganatos
- Peróxidos

Efeitos da mistura de resíduos do {Fogo, explosão ou reação violenta


GRUPO 7-A com os do GRUPO 7-B
Fonte: Norma ABNT NBR 12235/1992

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O sistema do Plano de Gerenciamento de Resíduos utilizado pelo


Poder Público Municipal não permite a obtenção do somatório dos resíduos
gerados, ou seja, para se estimar as quantidades geradas de cada resíduo
teríamos que realizar uma soma manual. Portanto, a estimativa que a SEMA
possui é aquela baseada nos relatórios apresentados pelas empresas
prestadores de serviço de coleta, transporte e destinação final.
Regularmente, o setor responsável envia ofício solicitando estes
dados aos operadores de resíduos. A dificuldade encontrada se refere às
empresas que realizam coleta aqui, mas que não estão estabelecidas no
município.
Com relação à destinação, os resíduos industriais e perigosos do
município são encaminhados para:
 reciclagem (papel, papelão, plásticos, metais diversos)
 re-refino (óleos lubrificantes usados)
 tratamentos biológicos e físico-químicos (efluentes)
 aterro sanitário (resíduos Classe II)
 aterro industrial (maioria dos resíduos Classe I)
 encapsulamento seguido de aterro (produtos químicos)
 compostagem (cinzas de caldeiras)

2.6.1.4 Gestão dos resíduos de construção e demolição

Em Maringá, os resíduos de construção são acondicionados, na


maioria das vezes, em caçambas de “disk entulho”, para então serem
transportados em caminhões, cobertos com lona, para pedreiras devidamente
licenciadas.
De acordo com levantamento realizado pela equipe de fiscalização
(SEFAZ), atualmente existem 51 empresas de caçamba com alvará regular no
município, representados pela Associação Metropolitana dos Empregados do
Ramo de Remoção de Entulhos (AMEC).

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Com relação à destinação, segundo a Resolução Conama 357/02,


os resíduos da construção civil não podem ser dispostos em aterros de
resíduos domiciliares, em áreas de “bota fora”, em encostas, corpos d’água,
lotes vagos e em áreas protegidas por Lei.
Os resíduos da construção civil deverão ser destinados das
seguintes formas:
I - Classe A: deverão ser reutilizados ou reciclados na forma de
agregados, ou encaminhados a áreas de aterro de resíduos da
construção civil, sendo dispostos de modo a permitir a sua
utilização ou reciclagem futura;
II - Classe B: deverão ser reutilizados, reciclados ou
encaminhados a áreas de armazenamento temporário, sendo
dispostos de modo a permitir a sua utilização ou reciclagem
futura;
III - Classe C: deverão ser armazenados, transportados e
destinados em conformidade com as normas técnicas
específicas.
IV - Classe D: deverão ser armazenados, transportados,
reutilizados e destinados em conformidade com as normas
técnicas específicas.
De acordo com a ABRECON – Associação Brasileira para
Reciclagem de Resíduos da Construção Civil e Demolição, o segmento da
reciclagem de resíduos da construção e demolição no Brasil ainda é incipiente.
A reciclagem deste resíduo é um mercado desenvolvido em muitos
países da Europa, em grande parte pela escassez de recursos naturais que
aqueles países têm. Isto é o resultado de uma receita que tem como
ingredientes a falta de educação e informação da população para a
problemática, a incapacidade do poder público local em fiscalizar e a
dificuldade dos órgãos ambientais em ofertar estruturas que recebam resíduos
desta natureza.
Certamente o entulho hoje merece atenção dos órgãos
fiscalizadores, principalmente os municipais. A reciclagem do entulho,

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entretanto, poupa nossas florestas, reduzindo a extração de pedras de


pedreiras sob arbustos e grandes áreas verdes, poupa nossas águas, evitando
que o entulho seja descartado em rios, riachos, represas e mares e ainda gera
trabalho e renda.
Apesar da constante fiscalização por parte da prefeitura, ainda existe
em Maringá algumas áreas de disposição irregular de resíduos da construção
civil, geralmente utilizadas por pequenos geradores ou os chamados
“carroceiros”, que realizam a coleta de pequenas quantidades de entulhos e
fazem o descarte irregular nestas áreas ou em fundos de vale.
No momento, o município não conta com Plano Integrado de
Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil, que estabeleceria diretrizes
técnicas e procedimentos tanto para a elaboração dos Planos de
Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil de Grandes Geradores tanto
para o exercício das responsabilidades dos pequenos geradores, em
conformidade com os critérios técnicos do sistema de limpeza urbana local.
No município há pouca informação sobre a realização de reciclagem
de RCDs. A destinação final dos resíduos da construção civil gerados no
município é realizada em pedreiras licenciadas para o recebimento deste
material, como pode se observar na tabela a seguir.

Tabela 33 – Disposição final dos resíduos da construção civil.


Pedreira Licença Ambiental Quantidade
IAP recebida
Borges Resíduos Ltda
Licença de Operação 300 m3/dia
Estrada Carlos Correia 21031 (aproximadamente
Borges, Lote 3-b, 3-c1 Protocolo 13.153.888-0 6600 m3/mês)
Zona Rural
Pedreira Ingá Ind. Com.
Ltda
Licença de Operação 690 toneladas/mês
7749 (aproximadamente
Estrada São José, km 04,
Protocolo 13.384.894-0 539 m3/mês)
n47/e-6
Gleba Ribeirão Pinguim
Reciclagem Mauá Ltda Licença de Operação
Av. Guaiapó, 2240 19627 Não informado
Protocolo 120857118

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Pedreira Licença Ambiental Quantidade


IAP recebida
(vencida – precisa
renovar)

Para facilitar a visualização da localidade das empresas que fazem a


disposição final dos resíduos de construção civil segue abaixo um mapa com a
localização das mesmas.

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Figura 20 – Localização das pedreiras – Resíduos de Construção Civil

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2.6.1.5 Gestão dos resíduos especiais

O armazenamento e o transbordo destes resíduos devem seguir


normalmente sua classificação, no entanto, a destinação é diferenciada por ser
de responsabilidade dos fabricantes, importadores, distribuidores e
comerciantes.
Para atendimento ao sistema de logística reversa, normalmente os
fabricantes e revendedores se organizam em associações de forma a criar
centrais de recebimento para estes resíduos.
No caso dos defensivos agrícolas, embora a Política Nacional de
Resíduos Sólidos contemple também o setor, uma legislação anterior – a Lei
9.974, do ano 2000 – já havia regulamentado a destinação das embalagens
vazias. Em Maringá, a Adita (Associação dos Distribuidores de Insumos e
Tecnologia Agropecuária), com o apoio do Instituto Nacional de Processamento
de Embalagens Vazias (InpEV) possui uma Central de Recebimento de
Embalagens Vazias de Agrotóxicos desde 2009 com 1,3 mil metros quadrados
de área construída. A Central possui capacidade para processar 600 toneladas
de embalagens vazias ao ano, e atende produtores rurais de 50 municípios da
região de Maringá.
De acordo com a InpEV, a logística funciona conforme figura abaixo.
Ocorre o aproveitamento do frete de retorno para o transporte das embalagens
vazias até seu destino. Ou seja, o mesmo caminhão que leva os defensivos
agrícolas (nas embalagens cheias) para os distribuidores e cooperativas, não
retorna vazio após a entrega, mas sim aproveita a viagem de volta para
transportar as embalagens vazias (a granel ou compactadas) armazenadas nas
unidades de recebimento. O conceito foi aplicado em mais de 98% das cargas
de centrais para o destino final.

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Figura 21 – Logística das embalagens vazias de agrotóxico (www.inpev.org.br).

Com relação aos resíduos de pneus, desde 1999 existe o Programa


Nacional de Coleta e Destinação de Pneus Inservíveis implantado pela Anip
(Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos), entidade que representa
os fabricantes de pneus novos no Brasil.
Ao longo dos anos, o Programa foi ampliando sua atuação em todas
as regiões do País, o que levou os fabricantes a criar uma entidade voltada
exclusivamente para a coleta e destinação de pneus no Brasil. Assim surgiu a
Reciclanip, em 2007, para consolidar o programa nacional de coleta e
destinação de pneus inservíveis. As atividades atendem a resolução 416/09 do
CONAMA, que regulamenta a coleta e destinação dos pneus inservíveis. A
Reciclanip é formada pelos fabricantes de pneus novos Bridgestone, Goodyear,
Michelin, Pirelli, Continental e Dunlop, dentre outros. As estratégias para sua
atuação estão demonstradas na figura abaixo.

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Figura 22 – Estratégias da Reciclanip.

Segundo a Reciclanip, sua atuação depende da existência de um


Ponto de Coleta, que é um local disponibilizado e administrado pela Prefeitura
Municipal, para onde são levados os pneus recolhidos pelo serviço municipal
de limpeza pública, ou aqueles levados diretamente por borracheiros,
recapadores, descartados voluntariamente pelo munícipe, etc. Eles devem ter
normas de segurança e higiene, como cobertura.
Por meio da parceria de convênio, a Reciclanip fica responsável por
toda gestão da logística de retirada dos pneus inservíveis do Ponto de Coleta e

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pela destinação ambientalmente adequada deste material em empresas


destinadoras licenciadas pelos órgãos ambientais competentes e homologados
pelo Ibama. No momento, o município de Maringá não possui nenhum
convênio com a Reciclanip formalizado em vigência.
As embalagens de óleos lubrificantes já são destinadas em Maringá
por meio do Programa Jogue Limpo. Este programa tem por objetivo promover
a destinação ambientalmente adequada destas embalagens, por meio da
reciclagem, sempre atendendo a legislação em vigor.
Em Maringá, a CELUS AMBIENTAL é a gestora do programa de
logística reversa de lubrificantes. A Celus é uma empresa do Grupo Taborda
responsável pela coleta e reciclagem das embalagens plásticas de lubrificantes
nos estados de Santa Catarina e Paraná, operando em acordo com o sistema
do programa Jogue Limpo.
Para as lâmpadas, existem duas associações: a ABILUMI
(Associação Brasileira de Fabricantes e/ou Importadores de Produtos de
Iluminação) e a ABILUX – Associação Brasileira da Indústria de Iluminação,
uma entidade civil sem fins lucrativos. Estas duas associações assinaram, em
2014, um acordo setorial para implantação do Sistema de Logística Reversa de
Lâmpadas Fluorescentes de Vapor de Sódio e Mercúrio e de Luz Mista,
publicado no Diário Oficial da União (DOU) do dia 12/03/2015. O acordo, que
prevê a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos e
propicia que esses materiais, depois de usados, possam ser reaproveitados. O
objetivo é dar destino final às lâmpadas descartadas por pessoas físicas, ou
seja, usuários domésticos. No município de Maringá, poucos estabelecimentos
recebem as lâmpadas usadas. Percebe-se que ainda há uma certa resistência
e desinformação no setor.
Apesar de produtos eletroeletrônicos e seus componentes serem
objetos da logística reversa, não há, no município de Maringá, uma
regulamentação ou uma implementação consolidada do sistema de logística
reversa destes materiais. A Cooperativa Coopercanção realiza a coleta destes
materiais, porém sem participação do setor produtivo, revendedor ou
importador. Da mesma forma, acontece com o setor de pilhas e baterias.

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2.6.1.5.1 Hortas comunitárias

Para a construção das hortas foram priorizadas áreas de depósito de


lixo e pontos de drogas em comunidades de baixa renda tendo a limpeza
desses locais e a correta destinação do lixo acumulado.
Atualmente o município de Maringá conta com 37 hortas
comunitárias em pontos estratégicos da cidade, atendendo aproximadamente
2.000 famílias carentes.
O Projeto Hortas Comunitárias segue o manejo de cultivo orgânico,
sem uso de agrotóxicos e adubação química, preconizando o manejo
sustentável e conservação do meio ambiente. Todo resido da produção
cultivada nessas áreas são encorporados ao solo para sua decomposição
natural, aplicada em compostagens feita na própria horta ou minhocários. Os
produtos utilizados para o combate a pragas e doenças são produzidos pelos
produtores (extratos de plantas medicinais, caldas e biofertilizantes), não
necessitando assim um programa de destino de embalagens de agrotóxicos.
As mudas doadas pela Prefeitura de Maringá são produzidas em
bandejas de PVC ou Isopor. Este material é reutilizado pelos produtores na
produção de novas mudas ou descartados na coleta seletiva do município.

2.6.1.6 Gestão dos resíduos de grandes geradores

Em 2009, em reunião entre representantes de empresas, Ministério


Público, IAP e Prefeitura Municipal de Maringá ficou definido que as empresas
que produzem mais de 100 litros ou 50 Kg de lixo por dia devem se
responsabilizar pela coleta e destinação final dos resíduos (grandes
geradores).
A partir de então, esses grandes geradores contrataram empresas
especializadas em coleta, se responsabilizando pelo tratamento de seus
resíduos.
Todos os empreendimentos considerados grande geradores devem
elaborar Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos - PGR e apresentar às

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secretarias municipais específicas, nos termos do disposto no art. 20 da Lei


12.305/2010.
Art. 20. Estão sujeitos à elaboração de plano de gerenciamento de
resíduos sólidos:
I - os geradores de resíduos sólidos previstos nas alíneas “e”, “f”, “g”
e “k” do inciso I do art. 13;
II - os estabelecimentos comerciais e de prestação de serviços que:
a) gerem resíduos perigosos;
b) gerem resíduos que, mesmo caracterizados como não perigosos,
por sua natureza, composição ou volume, não sejam equiparados
aos resíduos domiciliares pelo poder público municipal;
III - as empresas de construção civil, nos termos do regulamento ou
de normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama;
IV - os responsáveis pelos terminais e outras instalações referidas na
alínea “j” do inciso I do art. 13 e, nos termos do regulamento ou de
normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama e, se couber, do
SNVS, as empresas de transporte;
V - os responsáveis por atividades agrossilvopastoris, se exigido pelo
órgão competente do Sisnama, do SNVS ou do Suasa.
Atualmente, existem três empresas que coletam a maioria dos
resíduos de grandes geradores do município. Conforme pode se observar na
tabela abaixo, em média a quantidade coletada de resíduos de grandes
geradores ao mês é de 955 toneladas.

Tabela 34 – Quantidades coletadas dos grandes geradores


Operador Quantidade/mês
Constroeste 190 toneladas
Transresíduos 373 toneladas
Transremar 392 toneladas
Fonte: SEMUSP/2015

Conforme pode ser observado na tabela abaixo, as empresas


Constroeste, Transresíduos e Transremar, realizaram no exercício de 2016, a
coleta de 702 empresas classificadas como grandes geradores.

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Tabela 35 – Quantidade de Grandes Geradores por Empresa Coletora


Empresa coletora de resíduos Quantidade de Grandes Geradores
Transremar 126
Constroeste 79
Transresíduos 497
Total 702
Fonte: SEMUSP/2016

2.6.1.7 Operadores/processadores de resíduos

De acordo com a Lei Federal 12305/2010, a contratação de serviços


de coleta, armazenamento, transporte, transbordo, tratamento ou destinação
final de resíduos sólidos, ou de disposição final de rejeitos, não isenta as
pessoas físicas ou jurídicas sujeitas à elaboração do Plano de Gerenciamento
de Resíduos da responsabilidade por danos que vierem a ser provocados pelo
gerenciamento inadequado dos respectivos resíduos ou rejeitos.
Neste sentido, o gerador de resíduos sólidos domiciliares tem
cessada sua responsabilidade pelos resíduos com a disponibilização adequada
para a coleta ou, nos casos de resíduos sujeitos à logística reversa, com a
devolução.
Com relação aos prestadores de serviço de coleta, transporte,
tratamento ou destinação final, as pessoas jurídicas que operam com resíduos
perigosos, em qualquer fase do seu gerenciamento, são obrigadas a se
cadastrar no Cadastro Nacional de Operadores de Resíduos Perigosos (Lei
Federal 12305/2010).
Em Maringá, existem cerca de 270 prestadores de serviço de coleta,
transporte, tratamento ou destinação final cadastrados como operadores no
sistema do Plano de Gerenciamento de Resíduos. O cadastro só é realizado
mediante apresentação de documentação e licença ambiental, porém, o
mesmo é voluntário, o que torna este número apenas uma estimativa. Destes
270 operadores cadastrados, apenas metade deles possui alvará municipal. O
restante atua no município, mas está estabelecido em outras cidades.

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Dos operadores cadastrados citados, mais de 70 atuam como


coletores de materiais recicláveis. A maioria coleta resíduos de metais,
seguidos daqueles que coletam papéis, plásticos, vidros e borrachas. É
necessário ressaltar, também, que temos cadastrados no sistema alguns
processadores de resíduos, como a Cimflex (que processa plásticos), a Plaspet
(que também processa plásticos), a FA Maringá (que reaproveita retalhos de
tecido), dentre outros.
Há alguns operadores, como a Nortevisual, a Transresíduos e a
Ecoimpacto Ambiental, instalados em Maringá, que realizam a coleta de quase
todo tipo de resíduos, sendo que depois do transbordo os mesmos são
destinados conforme sua classificação, que pode ser aterro, tratamento ou
reciclagem.
Não há um controle quanto aos operadores de resíduos que prestam
serviço em Maringá com alvará de outras cidades. Os certificados de coleta
são aceitos pelos órgãos ambientais para fins de fiscalização dos geradores,
mas o transporte e a atividade em geral não possui uma regulamentação.

2.6.1.8 Plano de Gerenciamento de Resíduos

O Plano de Gerenciamento de Resíduos (PGRS) é um documento


integrante do sistema de gestão ambiental que possibilita ao empreendedor o
gerenciamento dos resíduos gerados em seu empreendimento de forma
integrada, planejada e implementada a partir de bases científicas e técnicas,
normativas e legais, priorizando a minimização da produção de resíduos e
proporcionando aos resíduos gerados um encaminhamento seguro e eficiente.
Dentro do município, visando o controle das atividades
potencialmente poluidoras, a Prefeitura Municipal adotou como procedimento
para a liberação de funcionamento de empreendimentos a obrigatoriedade de
apresentação do PGRS pelos empreendedores.
Em concordância com a legislação municipal, surgiu um projeto de
informatização para apresentação dos Planos de Gerenciamento de Resíduos

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Sólidos, regulamentado pelo Decreto Municipal nº 2000/2011. Dentre as


propostas para a elaboração do sistema de informação, denominado PGR
online, estão à agilização e a facilitação do cumprimento das normas
ambientais e consequente aquisição das liberações para as empresas
instaladas ou que pretendem se instalar no município.
Dentro os principais objetivos do PGR online, podemos citar:
 Proporcionar a educação ambiental empresarial, através da
interação do empreendedor no processo de elaboração do
Plano de Gerenciamento de Resíduos;
 Aumentar a praticidade e comodidade ao usuário, criando uma
interface amigável e de fácil interação;
 Melhorar a agilidade e proporcionar economia aos
empreendedores, tornando o processo para a aquisição das
liberações ambientais mais rápida e menos burocrático, ou
seja, diminuindo a morosidade processual;
 Padronizar a aquisição dos dados referentes à gestão dos
resíduos sólidos, baseados nas resoluções normativas do
CONAMA e NORMAS TÉCNICAS – ABNT/NBR;
 Formular automaticamente o inventário de resíduos sólidos
municipal, conforme determina a Resolução CONAMA
313/2002;
 Formular automaticamente o inventário de emissões
atmosféricas conforme preconiza a Lei Estadual;
 Proporcionar um diagnóstico atual da situação dos resíduos
gerados no município, com espacialização das informações,
permitindo uma Gestão Pública Ambiental eficiente e eficaz.
Cabe lembrar que Maringá é o primeiro município do Brasil a adotar
a informatização do Plano de Gerenciamento de Resíduos, e por isso vem
recebendo muitos elogios de profissionais da área e visitas de autoridades
estaduais e de outros municípios. A tabela a seguir mostra os números de

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Planos de Gerenciamento de Resíduos em cada situação no sistema do PGR


online em 2016.

Tabela 36 – Número de Planos de Gerenciamento de Resíduos em cada situação


no sistema em 2016.
Situação Número de Planos 2016
Andamento Inicial 150
Em adequação 388
Protocolado 269
Aprovado 2212

No momento, o Município vem absorvendo o licenciamento


ambiental que era do estado, em atendimento a Lei Federal 140/2011. Para
isso, o sistema do Plano de Gerenciamento de Resíduos online foi adaptado
para licença ambiental simplificada (LAS), e o PGR online passou a ser um dos
documentos exigidos como pré-requisito para emissão da LAS Municipal.

2.7 COLETA SELETIVA

Coleta seletiva é a coleta diferenciada de resíduos que foram


previamente separados segundo a sua constituição ou composição. Ou seja,
resíduos com características similares são selecionados pelo gerador (que
pode ser o cidadão, uma empresa ou outra instituição) e disponibilizados para
a coleta separadamente27. A Política nacional de resíduos sólidos, Lei nº
12.305/2010, a define no seu Art. 3º, V como a coleta de resíduos sólidos
previamente segregados conforme sua constituição ou composição.
Assim, de acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, a
implantação da coleta seletiva não é uma opção, mas é uma obrigação legal
dos municípios, tanto é que metas referentes à coleta seletiva fazem parte do
conteúdo mínimo que deve constar nos planos de gestão integrada de resíduos
sólidos dos municípios, conforme está no Art. 19, XV da citada norma federal.

27 BRASIL. Ministério do Meio Ambiente Coleta Seletiva. Disponível em


http://www.mma.gov.br/cidades-sustentaveis/residuos-solidos/catadores-de-materiais-
reciclaveis/reciclagem-e-reaproveitamento Acessado em 21/04/2017.

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Sendo ainda, que a coleta seletiva, também por definição legal é um


dos instrumentos da mencionada política nacional, conforme está no Art. 8º III
da mesma lei.
Vale destacar que a implementação da coleta seletiva, no marco do
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Urbanos, com a
participação de cooperativas ou outras formas de associação de catadores de
materiais reutilizáveis e recicláveis formadas por pessoas físicas de baixa
renda, habilita ao município na priorização ao acesso dos recursos da União.
Ainda, uma vez estabelecido o sistema de coleta seletiva pelo plano
municipal de gestão integrada de resíduos sólidos e na aplicação do art. 33, os
consumidores são obrigados, conforme está no Art. 35 da Política Nacional de
Resíduos Sólidos a:
I - acondicionar adequadamente e de forma diferenciada os
resíduos sólidos gerados;
II - disponibilizar adequadamente os resíduos sólidos
reutilizáveis e recicláveis para coleta ou devolução.
Vale observar que diferentes programas para fins de coleta seletiva
foram desenvolvidos no município desde 1994, como por exemplo, o da troca
ecológica, e em 2006 o programa ReciclAção, implantado pela Secretaria
Municipal do Meio Ambiente e pela Secretaria da Agricultura. No entanto,
somente em 2017 é que o Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos
Sólidos, na égide da vigência da Política Nacional de Resíduos Sólidos está
sendo apresentado à sociedade.
Veja-se que até finais de 2016, como se ilustra no mapa a seguir, a
coleta seletiva atendia somente alguns bairros da área urbana, não alcançando
a zona rural:

172
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Figura 23 – Coleta Seletiva em 2016

Os volumes de materiais, conforme dados da SEMUSP, 2017,


mantiveram uma média mensal de 211,05 toneladas, 260,94 toneladas e
331,62 toneladas respectivamente para os anos de 2015 e 2016, conforme
está a seguir:

Tabela 37 – Quantificação dos Resíduos Recicláveis referente o exercício de


2015

Fonte: SEMUSP 2017

173
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Tabela 38 – Quantificação dos Resíduos Recicláveis referente exercício de 2016

Fonte: SEMUSP 2017

No período entre Janeiro a Março de 2017, conforme tabela abaixo,


verifica-se que o montante médio mensal de toneladas para esse período foi de
331,616, ou seja, 11,05 toneladas por dia, sendo que a produção diária de
resíduos sólidos urbanos por dia alcança o montante das 300,00 toneladas.
Isso significa que o material reciclável, coletado por dia, equivale a
3,6% do montante de resíduos sólidos urbanos coletados no mesmo lapso de
tempo. Vejamos a tabela.

Tabela 39 – Quantificação dos Resíduos Recicláveis referente exercício de 2017

Fonte: SEMUSP 2017

Pode-se, ainda, verificar na tabela a seguir que duas cooperativas


obtiveram em 2017 a quantidade de 18,59 toneladas de rejeito coletado.

Tabela 40 – Rejeitos Coletados por Cooperativas em 2017

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Conforme pode ser verificado no mapa abaixo no início de 2017 a


Administração Municipal, expandiu os setores para fins de atendimento da
coleta seletiva, com a finalidade de alcançar toda a área urbana, e desta forma
estabelecer as dinâmicas necessárias para atender um total de 116.510
imóveis prediais.
Trata-se de um desafio importante, haja vista que a logística implica
em considerar necessariamente o processo de educação ambiental, de modo a
que exista, por parte do munícipe o acondicionamento adequado e de forma
diferenciada dos resíduos sólidos gerados.
Aqui vale destacar que a Coleta Seletiva não se confunde com a
logística reversa, uma vez que a logística reversa é a obrigação dos
fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de determinados tipos
de produtos (como pneus, pilhas e baterias, lâmpadas fluorescentes...) de
estruturar sistemas que retornem estes produtos ao setor empresarial, para
que sejam reinseridos no ciclo produtivo ou para outra destinação
ambientalmente adequada28, enquanto a coleta seletiva é uma obrigação dos
titulares dos serviços de manejo de resíduos sólidos (poder público), a logística
reversa é uma obrigação principalmente do setor empresarial, pois, em geral,
tratam-se de resíduos perigosos.

28 BRASIL. Ministério do Meio Ambiente Coleta Seletiva. Disponível em


http://www.mma.gov.br/cidades-sustentaveis/residuos-solidos/catadores-de-materiais-
reciclaveis/reciclagem-e-reaproveitamento Acessado em 21/04/2017.

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Figura 24 – Coleta Seletiva 2017

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A partir de 2009 ficou sob responsabilidade da Secretaria Municipal


de Serviços Públicos – SEMUSP a coleta seletiva no município. Atualmente no
município atuam 6 cooperativas de catadores de materiais recicláveis. Neste
ponto veja-se o item 2.7.1 que trata especificamente das Cooperativas.
O serviço de coleta de materiais recicláveis foi terceirizado até
setembro de 2016 para a empresa Transresíduos, que atendia o serviço com
05 caminhões, 05 motorista e 03 coletores por caminhão. Após, setembro de
2016, a Prefeitura Municipal assumiu o serviço diretamente, com servidores
(motoristas e caminhões) e com os caminhões baú. Sendo um total de 11
caminhões sendo 5 baús e outros 6 compactadores antigos, os servidores são
160 pessoas entre motoristas e coletores diurnos e noturnos.
O serviço de coleta seletiva oferecido pelo município, atualmente,
funciona de porta em porta, ou seja, a população faz a separação na sua
residência e logo após coloca na calçada ou lixeira o material reciclável, que
pode ser misturado no mesmo saco tanto o papel, papelão, metal, plástico e
vidro, bem como, as vezes simplesmente é disponibilizado diretamente na
calçada. Assim, observa-se a necessidade de um processo efetivo de
orientação, quanto á correta separação e disposição do material.
Com a divisão da cidade em setores de coleta cada bairro é
atendido uma vez por semana com exceção da zona central que tem coleta
seletiva de segunda a sexta feira no período noturno. A SEMUSP, utiliza-se de
dois períodos de coleta seletiva, justamente buscando com isso poder atender
a maior parte dos bairros.
Todo o material reciclável coletado é encaminhado para as
cooperativas CooperAmbiental, CooperCanção, CooperMaringá, CooperNorte,
CooperPalmeira e CooperVidros.

2.7.1 Cooperativas

De acordo com a Lei 12.690/12, cooperativa de trabalho nada mais é


que, a organização social construída entre trabalhadores de uma determinada
profissão ou ofício, ou de ofícios variados de uma mesma classe. Tem como

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finalidade primordial melhorar o rendimento e as condições de trabalho pessoal


de seus associados e, dispensando a intervenção de um patrão ou empresário,
se propõem a contratar obras, tarefas, trabalhos ou serviços públicos e
particulares, coletivamente por todos ou por grupo de alguns. Importante frisar
ainda que a cooperativa de trabalho é, ainda, uma organização de pessoas,
que buscam ajudar-se mutuamente, pois, o traço diferenciador desta forma de
sociedade dos demais é justamente a finalidade de prestação de serviços aos
associados, para o exercício de uma atividade comum, econômica e sem
finalidade lucrativa.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos, Lei 12.305/2010, no seu
Art. 8º, IV, incentiva a criação e o desenvolvimento de cooperativas ou de
outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e
recicláveis.
A PNRS atribui destaque à importância dos catadores na gestão
integrada dos resíduos sólidos, estabelecendo como alguns de seus princípios
o “reconhecimento do resíduo sólido reutilizável e reciclável como um bem
econômico e de valor social, gerador de trabalho e renda e promotor de
cidadania” e a “responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos”
(SEMA-PR).
Os catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis desempenham
papel fundamental na implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos
(PNRS), destaque para a gestão integrada dos resíduos sólidos. De modo
geral, atuam nas atividades da coleta seletiva triagem, classificação,
processamento e comercialização dos resíduos reutilizáveis e recicláveis,
contribuindo de forma significativa para a cadeia produtiva da reciclagem.
O fortalecimento da organização produtiva dos catadores em
cooperativas e associações com base nos princípios da autogestão, da
economia solidária e do acesso a oportunidades de trabalho decente
representa, portanto, um passo fundamental para ampliar o leque de atuação
desta categoria profissional na implementação da PNRS, em especial na
cadeia produtiva da reciclagem, traduzindo-se em oportunidades de geração de

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renda e de negócios, dentre os quais, a comercialização em rede, a prestação


de serviços, a logística reversa e a verticalização da produção.
Nesta ótica, a Prefeitura do Município de Maringá, firmou contrato
com sete cooperativas de reciclagem para o trabalho coleta seletiva, de
segregação e comercialização de materiais recicláveis dentro do município.
Foi diagnosticado uma flutuação no número de cooperados no
trabalho da cooperativa, dificultando a organização, planejamento e eficiência
das atividades internas. Verificou-se ainda, que apesar da implantação de uma
Central de Valorização de Materiais Recicláveis, as cooperativas ainda
realizam a comercialização individual de materiais recicláveis para
atravessadores devido a quantidade comercializada.
As cooperativas, também, tem dificuldade em comercializar alguns
tipos de materiais recicláveis que acabam sendo coletados novamente pelo
Poder Público para serem encaminhados para o aterro. A geração de rejeitos
com a presença de materiais recicláveis, também foram identificados no interior
das cooperativas, o que também ocasiona impactos negativos no sistema de
coleta seletiva do município.
Observa-se no município uma grande quantidade de carroceiros,
carrinhos de mão e veículos particulares, que realizam a coleta seletiva nos
bairros. Uma parcela desses materiais recicláveis coletados são destinados
aos empreendimentos contratados pelo município.
Abaixo apresentamos os dados das cooperativas existentes em
2017 em Maringá.

COOPERATIVA COOPERNORTE
 Endereço: Rodovia PR 317 – Parque Industrial 200
 Número de Cooperados: 07
 Repasse Mensal no contrato de Prestação de Serviços com a
Prefeitura: R$ 6.000,00
 A cooperativa recolhe o INSS dos cooperados com o repasse da
Prefeitura

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 Possuem parceria com o Instituto Coca Cola


 Instalada em um galpão cedido pelo município com Refeitório e
Sanitários
A cooperativa firmou contrato de prestação de serviços com o
município de Maringá, para a triagem e a destinação final ambientalmente
adequada dos materiais recicláveis. No contrato firmado, o município
disponibiliza um barracão para armazenamento de materiais, um galpão com
Usina de Triagem (esteira), refeitório, banheiros, água e energia elétrica.
A manutenção da esteira com capacidade para 18 pessoas (reparos,
lubrificação dos motores, etc) são realizados pelo município, onde hoje apenas
04 cooperados trabalham na segregação dos materiais recicláveis na esteira.
O desafio encontrado no empreendimento é a quantidade do
material reciclável não segregado na esteira, pelo número de cooperados no
local, tal informação pode ser visualizada no contêiner de rejeito, que é
destinado ao aterro sanitário pela Prefeitura, através da SEMUSP .
Todo o material reciclável segregado pelos cooperados são
encaminhados pelos caminhões da Prefeitura, através da coleta seletiva nos
bairros.
Equipamentos:
 01 Elevador manual para transporte de fardos
 02 Carrinhos para pallet
 01 Prensa
 Máquina de Moer Pet não utilizada (Projeto Unitrabalho/UEM)
Dificuldades identificadas na Cooperativa:
 Número insuficiente de cooperados para a segregação de
materiais recicláveis;
 Ausência de organização na logística;
 Dificuldades na utilização de EPIs (Equipamento de Proteção
Individual);
 Horário de expediente não cumprido integralmente;
 Necessita de aquisição de prensa e outros equipamentos;

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 Necessita de novos uniformes para os cooperados;


 Necessita de capacitação dos cooperados em diversas áreas,
(administrativa/financeiro, empreendedorismo, gestão de logística,
relacionamento interpessoal);
 Área coberta insuficiente para armazenamento dos materiais
recicláveis;
 Máquina de Moer Pet (Projeto da Unitrabalho/UEM) de propriedade
da Cooperativa Coopermaringá, sem utilização, necessita ser
retirada porque ocupa espaço no galpão onde hoje está a
Cooperativa Coopernorte;
 Presença de material reciclável a céu aberto, facilitando a
proliferação de vetores.

Foto 3 e Foto 4 – Cooperativa Coopernorte

Foto 5 e Foto 6 – Cooperativa Coopernorte

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Foto 7 e Foto 8 – Cooperativa Coopernorte

Foto 9 e Foto 10 – Cooperativa Coopernorte

COOPERATIVA COOPERAMBIENTAL
 Nº de Cooperados: 15
 07 pessoas fazem coleta externa e entregam o material na
cooperativa
 Barracão alugado R$ 3.300,00 mensais, haverá reajuste de 10%
no mês de abril pelo vencimento do contrato
 Despesas de água e energia elétrica são da Cooperativa cerca de
R$ 300,00/mês
 Repasse Mensal da Prefeitura para a Cooperativa - Valor: R$
8.000,00 mensais
Equipamentos:
 01 Empilhadeira hidráulica
 02 Carrinhos para Pallet

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PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

 01 Prensa cedida pelo município


 01 Balança
 01 Tenda
 02 Carrinhos de mão de propriedade de cooperados
 02 Carroças de tração animal de cooperados
Veículos:
 02 veículos particulares de cooperados (marca Fiorino) fazem
coleta no município
Como investimento no empreendimento adquiriram uma Tenda com
o valor do repasse para armazenamento dos materiais.
Despesas como: café da manhã, almoço, lanche da tarde, e o
recolhimento do INSS dos cooperados também são adquiridos com o valor do
repasse da Prefeitura.
Dificuldades identificadas na Cooperativa:
 Número insuficiente de cooperados para a segregação de
materiais recicláveis;
 Necessita de aquisição de prensa e outros equipamentos;
 Ausência de organização na disposição do material reciclável no
interior da cooperativa;
 Dificuldades na utilização de EPIs (Equipamento de proteção
Individual);
 Ausência de uniformes para os cooperados;
 Implantação do Projeto Sem Fronteiras da UEM com o fluxograma
para segregação de materiais recicláveis incompleta;
 Necessitam de capacitação dos cooperados em diversas áreas
(administrativa/financeiro, empreendedorismo, gestão de logística,
relacionamento interpessoal);
 Presença de material reciclável a céu aberto, facilitando a
proliferação de vetores;

183
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PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

Foto 11 e Foto 12 – Cooperativa Cooperambiental

Foto 13 e Foto 14 – Cooperativa Cooperambiental

Foto 15 e Foto 16 – Cooperativa Cooperambiental

184
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

Foto 17 e Foto 18 – Cooperativa Cooperambiental

COOPERATIVA COOPERCICLA
 Endereço: Avenida Guaíra nº 184 – Zona 07
 Número de Cooperados: 15
 Repasse mensal da Prefeitura: R$ 6.000,00
 Valor mensal de aluguel: R$ 3.852,00 (vencimento do contrato em
maio/2017 haverá reajuste)
 Cooperativa realiza o pagamento de água e energia elétrica cerca
equivalente a R$ 300,00/mês
 Material reciclável comercializado/mês: 60 a 70 toneladas, realizam
a coleta seletiva com veículos próprios e carrinhos de mão
Equipamentos:
 01 Empilhadeira
 01 Carrinho para Pallet
 03 Prensas (01 no conserto)
 01 Balança
 04 Carrinhos de Mão para Coleta
Veículos:
 01 Caminhão
 01 Camionete
Dificuldades verificadas na Cooperativa:

185
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SÓLIDOS URBANOS

 Espaço insuficiente para armazenamento do material reciclável no


galpão;
 Material reciclável armazenado a céu aberto (chuva/sol) facilitando
a proliferação de vetores;
 Falta de organização na disposição do material reciclável no
interior da cooperativa (ausência de fluxograma);
 Sanitários precários;
 Refeitório precário;
 Falta de uniformes;
 Carrinhos de mão dos coletores sem identificação;
 Veículos coletores da Cooperativa sem identificação;
 Barracão Alugado;
 Não conseguem a licença ambiental devido a localização do
galpão ser na região central.

Foto 19 e Foto 20 – Cooperativa Coopercicla

Foto 21 e Foto 22 – Cooperativa Coopercicla

186
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SÓLIDOS URBANOS

Foto 23 e Foto 24 – Cooperativa Coopercicla

COOPERATIVA COOPERPALMEIRAS
 Endereço: Rodovia PR 317 – Estrada 200
 Repasse Mensal da Prefeitura: R$ 7.000,00
 Nº de Cooperados: 20
A cooperativa firmou contrato de prestação de serviços com o
município de Maringá, para a triagem e a destinação final ambientalmente
adequada dos materiais recicláveis. No contrato firmado, o município
disponibiliza duas coberturas e duas tendas para armazenamento de materiais,
refeitório, banheiros, água e energia elétrica.
Equipamentos:
 02 prensas
 02 balanças
 02 empilhadeiras (uma com elevador e uma manual)
 06 carrinhos para pallet
Dificuldades verificadas na Cooperativa:
 Número insuficiente de cooperados para a segregação de
materiais recicláveis;
 Necessidade de Prensa Grande;
 Necessidade de Empilhadeira;
 Dificuldade na utilização de EPIs (Equipamento de Proteção
Individual);

187
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PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

 Ausência de uniformes para os cooperados;


 Necessidade de capacitação dos cooperados em diversas áreas
(administrativa/financeiro, empreendedorismo, gestão de logística,
relacionamento interpessoal);
 Material reciclável exposto a céu aberto, facilitando proliferação de
vetores;
 Falta de organização (logística interna);
 Contaminação do solo, com presença de rejeitos;
 Descarte irregular de sobras de alimento de consumo dos
cooperados;
 Fumantes no barracão da cooperativa (material inflamável);
 Presença de animais domésticos (cachorros) do setor de zoonoses
da Prefeitura.

Foto 25 e Foto 26 – Cooperativa Cooperpalmeiras

Foto 27 e Foto 28 – Cooperativa Cooperpalmeiras

188
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PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

Foto 29 e Foto 30 – Cooperativa Cooperpalmeiras

COOPERATIVA COOPERCANÇÃO
 Endereço: Rua Pioneiro Gertrude Heck Fritzen, 5769 – Conj. João
de Barro
 Nº de cooperados: 10
 Barracão cedido pela Prefeitura em convênio com a Caixa
Econômica Federal (PAC)
 Despesas com água e energia elétrica cerca de R$ 500,00/mês por
conta da Cooperativa
 Repasse Mensal da Prefeitura: R$ 5.000,00
 Cooperativa recolhe INSS dos cooperados e realiza o pagamento
do escritório de contabilidade com o repasse da Prefeitura
Equipamentos:
 02 carrinhos para pallet
 01 prensa que está emprestada atualmente para a Cooperativa
Cooperpalmeiras
Dificuldades a serem sanadas:
 Número insuficiente de cooperados para a segregação de
materiais recicláveis (sucatas eletrônicas);
 Expediente no local não cumprido integralmente;

189
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SÓLIDOS URBANOS

 Dificuldade de utilização de EPIs (Equipamento de proteção


Individual);
 Necessidade de ampliação de Ecopontos/ PEVs;
 Cooperados não usam uniformes;
 Material reciclável armazenado a céu aberto (chuva/sol) facilitando
a proliferação de vetores;
 Necessidade de organização interna para o trabalho com os
recicláveis
 Necessidade de capacitação dos cooperados em diversas áreas
(administrativa/financeiro, empreendedorismo, gestão de logística,
relacionamento interpessoal);
 Presença de animais dentro da cooperativa (cachorros);
 Presença de rejeitos na cooperativa;
 Na vistoria da Prefeitura observou-se a presença de crianças no
local.

Foto 31 e Foto 32 – Cooperativa Coopercanção

190
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SÓLIDOS URBANOS

Foto 33 e Foto 34 – Cooperativa Coopercanção

Foto 35 e Foto 36 – Cooperativa Coopercanção

COOPERATIVA COOPERVIDROS
 Endereço: Área do antigo aterro
 Cooperativa instalada em barracão, de propriedade do município,
com banheiro e refeitório, localizado em parte do lote de terras 31-
B-A, conforme Decisão Interlocutória (autorização judicial fls 4730-
4731) de 24/08/2.015. Autos nº 0000825-72.2000.8.16.0017
 Nº de cooperados: 32
 Repasse Mensal da Prefeitura: R$ 14.000,00
A cooperativa construiu escritório em área com permissão de uso da
Prefeitura, sem aprovação de projeto.
Equipamentos:
 01 Triturador de Vidro com esteira

191
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SÓLIDOS URBANOS

 01 Prensa
 01 Elevador hidráulico
 02 Carrinhos para Palllet
 01 Caminhão
Dificuldades da Cooperativa:
 Dificuldade na Utilização de EPIs (Equipamento de proteção
Individual);
 Material reciclável é armazenado a céu aberto;
 Necessidade de organização interna para trabalho com os
recicláveis;
 Ausência de Uniformes para os cooperados;
 Capacitação dos cooperados em diversas áreas
(administrativa/financeiro, empreendedorismo, gestão de logística,
relacionamento interpessoal);
 Andamento inicial para processo de Alvará de Localização, com
data de 27/01/2017, mesmo, a cooperativa estar utilizando a área
com permissão de uso do local desde novembro de 2015.

Foto 37 e Foto 38 – Cooperativa Coopervidros

192
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SÓLIDOS URBANOS

Foto 39 e Foto 40 – Cooperativa Coopervidros

Foto 41 e Foto 42 – Cooperativa Coopervidros

Foto 43 e Foto 44 – Cooperativa Coopervidros

COOPERATIVA COOPERMARINGÁ
 Endereço: Rodovia PR 317 – Parque Industrial, 200
 Nº de Cooperados: 07
 Barracão cedido pela Prefeitura de Maringá em nome desta
cooperativa

193
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SÓLIDOS URBANOS

 A cooperativa não tem despesas com água e energia elétrica que


são pagos pela Prefeitura
 Galpão cedido pelo município com Refeitório e Sanitários
 Contrato de Prestação de Serviços - Repasse Mensal R$ 4.000,00
 O recolhimento do INSS de 05 cooperados é feito com o valor do
repasse
 Recebem o material reciclável dos caminhões da Prefeitura
 Comercialização de 40 toneladas mês de Materiais Recicláveis
Equipamentos:
 01 Prensa antiga
 01 Carrinho para Pallet
 01 Balança
 01 veículo Kombi para transporte dos cooperados
Dificuldades a serem sanadas:
 Número insuficiente de cooperados para a segregação de
materiais recicláveis;
 Horário de expediente não cumprido integralmente;
 Necessidade de aquisição de prensa e outros equipamentos;
 Ausência de utilização de EPIs (Equipamento de Proteção
Individual);
 Cooperados não uniformizados;
 Necessita de capacitação dos cooperados em diversas áreas;
 Necessita de esteira para agilizar a segregação dos materiais;
 Necessita de empilhadeira;
 No local existem telhas doadas pela TetraPak, que não estão
sendo utilizadas.

194
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SÓLIDOS URBANOS

Foto 45 e Foto 46 – Cooperativa Coopermaringá

Foto 47 e Foto 48 – Cooperativa Coopermaringá

Foto 49 e Foto 50 – Cooperativa Coopermaringá

COOPERATIVA COOPERCENTRAL

195
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SÓLIDOS URBANOS

 Endereço: Avenida Vereador João Batista Sanches, 1234, Parque


Industrial (Central de PET)
 Nº de cooperados: 07 representantes das cooperativas filiais para
realizar o trabalho de enfardamento dos materiais que recebem das
cooperativas filiadas
A Coopercentral é uma cooperativa de segundo grau composta por
10 cooperativas sediadas em Maringá e Região. Foi constituída em 2004 como
alternativa à dependência dos cooperados aos atravessadores e às condições
precárias do catador. Em 2016 recebeu os equipamentos necessários para
atuar no mercado, via acordo de logística reversa.
As despesas com água, energia elétrica e aluguel do barracão são
custeadas pela Prefeitura de Maringá através de termo de cooperação firmado
entre Coopercentral, Prefeitura do município de Maringá e SINDIBEBIDAS.
Equipamentos:
 Um barracão 700 metros quadrados
 Uma prensa horizontal com capacidade para prensar 400
kilos/hora
 Uma empilhadeira à gás
 Uma prensa vertical com capacidade de presar 3.000 Kilos/dia
 Uma prensa para alumínio
 Duas balanças digital
 Uma empilhadeira elétrica
 Três paleteiras
Dificuldades:
 Falta de materiais para a comercialização em rede;
 Os materiais estão chegando misturados;
 Falta de participação dos empreendimentos para a comercialização
em rede;
 Material úmido que desagrega valor;

196
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SÓLIDOS URBANOS

 Desconto no valor a ser pago pela indústria dos materiais com


excesso de umidade, que deveriam ser repassados às cooperativas
filhas.

Foto 51 e Foto 52 – Cooperativa Coopercentral

Foto 53 – Cooperativa Coopercentral

197
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SÓLIDOS URBANOS

Figura 25 – Localização das Cooperativas

198
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SÓLIDOS URBANOS

2.7.2 Central de valorização de materiais recicláveis

Maringá, conta hoje em dia com uma Central de Valorização que é


gerida por uma cooperativa de segundo grau, conforme um termo de
cooperação, assinado em 07 de março de 2016, firmado entre o município de
Maringá, a SINDIBEBIDAS (Sindicato das Indústrias de Cerveja de Alta e Baixa
Fermentação, da Cerveja e Bebidas em Geral, do Vinho e Águas Minerais do
Estado do Paraná), e a COOPERCENTRAL (Cooperativa Central do Complexo
de Transformação e Comercialização de Materiais Recicláveis), sendo esta
última que disponibiliza mão de obra para a Central com sede na Avenida
Vereador Batista Sanches nº 1234, bem como despesas de locação, água e
esgoto são custeadas pelo município.
A Central de Valorização começou suas atividades em fevereiro de
2017, e tem como objetivo a comercialização em rede dos materiais recicláveis,
beneficiando e comercializando somente papel/papelão.
Atualmente, apenas algumas cooperativas que estão
comercializando em rede, beneficiando os materiais e agregando valor
comercializando em rede estão destinando os materiais recicláveis para a
Central de Valorização, sendo a Coopermaringá, Coopernorte,
Cooperpalmeiras, as demais cooperativas continuam realizando a
comercialização independentes da Central de Valorização.
Com o beneficiamento e comercialização em rede, os
empreendimentos de catadores, que utilizam a central, tem a perspectiva de
sair das mãos dos “atravessadores” (agentes econômicos intermediários), pois
é por meio desses agentes que ocorre o beneficiamento de materiais, e os
mesmos acabam retendo os lucros que poderia ser revertido aos
empreendimentos de catadores.
O município ainda disponibiliza, através de imóvel locado, outro
galpão localizado na Av. João Batista Sanches nº 1359, para ser utilizado para
o processamento de plástico. Apesar do município disponibilizar o local com as
despesas de água e esgoto por conta do mesmo, a Central de Valorização, até
a presente data (maio/2017), não faz uso do local.

199
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SÓLIDOS URBANOS

Através da comercialização em rede existe a possibilidade da


organização dessa comercialização, em consequência dessa comercialização
em conjunto a possibilidade de agregar valor ao material reciclável.
A central possui 07 cooperados para desenvolver os trabalhos.
Os equipamentos disponíveis até o presente são:
 Um barracão de 700 metros quadrados para processamento de
papel/papelão;
 Um barracão de 806,04 metros quadrados para processamento de
plástico (não está sendo utilizado);
 Uma prensa horizontal com capacidade para prensar 400
kilos/hora;
 Uma empilhadeira a gás;
 Uma prensa vertical com capacidade de presar 3.000 Kilos/dia;
 Uma prensa para alumínio;
 Duas balanças digital;
 Uma empilhadeira elétrica;
 Três paleteiras;
 Um caminhão Cargo modelo 2422, trucado, capacidade de
transporte de 12.000 Kg.

2.7.3 Ecopontos

São locais disponibilizados à população para o encaminhamento de


pequenas quantidades de materiais recicláveis, através da entrega voluntária.
O objetivo dos Ecopontos ou Ponto de Entrega Voluntária - PEVs é oportunizar
o descarte correto dos materiais recicláveis, despertando na comunidade a
sensibilização ambiental, que pode encaminhar os resíduos recicláveis para
locais adequados, facilitando assim, a destinação correta destes resíduos.
A Prefeitura Municipal de Maringá, através da SEMA, disponibiliza
no município vários Ecopontos ou Pontos de Entrega Voluntária (PEVs), para
que a população encaminhe seus resíduos recicláveis. Esses equipamentos

200
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SÓLIDOS URBANOS

incentivam a população para a segregação do material reciclável e a entrega


voluntária deste material.
No município existem 52 Ecopontos - Programa Recicla Óleo -
Coleta Óleo de Fritura Pós-Consumo, em parceria SEDUC/SEMA/INSTITUTO
CIDADE CANÇÃO.
Segue abaixo a tabela com a localização dos Ecopontos do
Programa Recicla Óleo.

Tabela 41 – Ecopontos do Programa Recicla Óleo


Nome Endereço
Escola Municipal Angela Vergínia Borin Rua Maria Paulina Palma, 1107, Conj. Res.
Guaiapó
Escola Municipal Antenor Sanches Rua João Vivan, 224, Jd. Oriental
Escola Municipal Ariovaldo Moreno Rua Ivan Pavilov, 110, Jd. Alvorada
Escola Municipal Ayrton Playsant Rua Francisco Glicério, 410 - Zona 07
Escola Municipal Célestin Freinet Rua Mandaguaçu, 100 - Jardim Kosmos
Escola Municipal Campos Salles Av. Dr. Gastão Vidigal, 25 Jd. Aeroporto
Escola Municipal D. Angelina Lonardon Rua Nossa Senhora das Graças, 51- Conj.
Meneguetti Res. D. Angelina
Escola Municipal Dep. Dr. Ulysses Rua Pion.Ana Pastori Buzzo - 273 -
Guimarães Conjunto Thais
Escola Municipal Diderot Alves Rocha Rua Tucuruí, 1365 - Parque das Grevíleas
Loures
Escola Municipal Dom Jaime Luiz Coelho Rua Pioneiro João Perin, 1321 - Jd. Tarumã
Escola Municipal Dona Lázara R. Vilella Rua Paiçandu, 651, Q.20 - Cj Hab.João de
Barro II - Distrito de Floriano
Escola Municipal Dr. Helenton Borba Rua Pioneira Maria Lopes, 665 - Parque
Cortes Res. Aeroporto - 2ª parte
Escola Municipal Dr. João Batista Rua Pioneira Jacinta Moreira Gavioli, 203
Sanches
Escola Municipal Dr. Luiz Gabriel G. Rua Madre Mônica Maria, 661 - Conj. Lea
Sampaio Leal
Escola Municipal Dr. Osvaldo Cruz Rua Octávio Periotto, 176 - Centro
Escola Municipal Fernão Dias Rua: Pion. Aquino Cantagalli, 406 - Jardim
São Domingos
Escola Municipal Gabriela Mistral Rua Inhauma - 61, Vila Operária
Escola Municipal Joaquim Maria Machado Rua Pioneiro João Nunes, 1109, Jd.
de Assis Paulista II
Escola Municipal Maestro Aniceto Matti Rua Pioneiro Porphírio de Moraes, 523, CJ.
Residencial Rodolpho Bernardi

201
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SÓLIDOS URBANOS

Nome Endereço
Escola Municipal Octávio Periotto Rua Pioneiro Arthur Henschel, 287 - Conj.
Sol Nascente
Escola Municipal Odete Ribaroli Gomes Rua Saint Hilaire, 1080 - Zona 5
De Castro
Escola Municipal Odilon Túlio Vargas Rua Verônica, 1221, Jardim Verônica
Escola Municipal Olga Aiub Ferreira Rua Pioneiro Geraldo Portela , 141 - Conj.
Habitacional Requião
Escola Municipal Oscar Pereira dos Rua Petúnia, 239 - Jd industrial
Santos
Escola Municipal Padre Pedro Ryô Av. Cerro Azul, 2108
Tanaka
Escola Municipal Pastor João Barbosa de Rua Pioneiro Pompílio Custódio Valério,
Macedo 193 Jd. Sumaré
Escola Municipal Paulo Freire Rua Amélio Barbosa nº 1334, Lote 127 -
Distrito de Iguatemi
Escola Municipal Pion. Geraldo Rua Guatemala, 797 - Vila Morangueira
Meneghetti
Escola Municipal Pion. Jesuína de Jesus Rua Pion. Flauzina Francisco de Souza,
De Freitas 290 - Vila Santa Isabel
Escola Municipal Pion. Manuel Dias da Rua Pion. Sebastião Alves Ramos, 116 -
Silva Jardim Paraíso
Escola Municipal Pion. Silvino Fernandes Rua Brasília, 51 - Parque Residencial
Dias Cidade Nova
Escola Municipal Pioneira Mariana Viana Rua Rio Jaguaribe, 2541 - Conj. Itaparica
Dias
Escola Municipal Profª. Benedita Natália Av. Guedner, 3476 - Residencial Pioneiro
Lima Honorato Vecchi
Escola Municipal Profª. Piveni Piassi Rua Flamboyant, 1294 - Parque das
Moraes Palmeiras
Escola Municipal Prof. Agmar dos Santos Av. Joaquim Duarte Moleirinho, 3660 Jd.
Universo
Escola Municipal Prof. José Aniceto Rua João Vercesi, 111- Zona 6
Escola Municipal Prof. José Darcy De Rua Florindo Redivo, 126 - Vila Esperança
Carvalho
Escola Municipal Prof. José Marchesini Rua Dr. José Chrisóstomo Capinan, 378 -
Jardim América
Escola Municipal Prof. Lidia Ribeiro Dutra Rua Pion. João Pereira, 3564, Parque da
Da Silva Laranjeiras
Escola Municipal Prof. Midufo Vada Rua Kiri, 948 - Jardim Quebec
Escola Municipal Prof. Milton Santos Rua Allan Kardec, 789, Parque Avenida
Escola Municipal Prof. Miriam Leila Av. São Paulo, 3383- Vila Bosque
Palandri
Escola Municipal Prof. Nadyr Maria Rua Dona Aziza Mariana Jorge, 461 -

202
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SÓLIDOS URBANOS

Nome Endereço
Alegretti Parque das Grevíleas I
Escola Municipal Prof. Odette Alcantara Rua Rio Taperoá , 1027 - Conjunto Paulino
Rosa Carlos
Escola Municipal Professor José Galetti Rua Pion. Nilo Alves dos Santos, 525 -
Conjunto Madrid
Escola Municipal Renato Bernardi Rua Bem-Te-Vi, 2018, Conjunto
Habitacional Sanenge
Escola Municipal Rosa Palma Planas Rua Haiti, 808 - Gleba Ribeirão
Morangueiro
Escola Municipal Ruy Alvino Alegretti Avenida Melvin Jones, 1242 - Parque
Industrial Bandeirantes
Escola Municipal Victor Beloti PR 317, nº 6561 - Prolongamento Av.
Morangueira
Escola Municipal Zuleide Sanways Portes Rua Peru, 400 - Jd. Alvorada

203
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SÓLIDOS URBANOS

Figura 26 – Ecopontos do Programa Recicla Óleo

204
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SÓLIDOS URBANOS

Além dos Ecopontos - Programa Recicla Óleo - Coleta Óleo de


Fritura Pós-Consumo, no município existem ainda:
 09 - Ecopontos - Coleta de Sucatas Eletrônicas, o qual os
resíduos coletados são enviados à Cooperativa
Coopercanção.
 07 - Ecopontos Fixos - Coleta de Resíduos de Vidros, o qual
os resíduos coletados são enviados à Cooperativa
Coopervidros.
 09 - Pontos Fixos de Coleta Seletiva de Materiais Recicláveis
Gerais
Segue abaixo a tabela com a localização dos Ecopontos de Coleta
de Sucatas Eletrônicas, Coleta de Resíduos de Vidros e Coleta Seletiva de
Materiais Recicláveis Gerais.

Tabela 42 – Ecopontos de Coleta de Sucatas Eletrônicas


Nome Endereço
Paço Municipal Av. XV de Novembro, 701
Supermercados Cidade Canção Av.Brasil 7225
SESI Rua Antônio Carniel,499
Tiro de Guerra de Maringá Avenida Mandacaru, 730, Vila Santa Izabel
4º Batalhão de Polícia Militar Rua Mitsuzo Taguchi, nº99, Vila Nova
Câmara Municipal de Maringá Av. Papa João XXIII, 239 - Zona 02
Faculdades Maringá Av. Prudente de Moraes, 815
UNIFAMMA - Faculdade Av. Horácio Raccanello Filho, 5000
Metropolitana de Maringá

Tabela 43 – Ecopontos de Coleta de Resíduos de Vidros


Nome Endereço
Tiro de Guerra de Maringá Avenida Mandacaru, 730, Vila Santa Izabel
4º Batalhão de Polícia Militar Rua Mitsuzo Taguchi, nº99, Vila Nova
Pátio Paróquia Menino Jesus de Rua Monsenhor Kimura, 31 - Jd Novo Horizonte
Praga
Paróquia Cristo Ressuscitado Av. Rio Branco, 1.000 - Zona 05
Paróquia Nossa Senhora de Av. Carlos Correia Borges, 1999 - Zona 20
Guadalupe
Paróquia Santo Antonio Praça Santo Antonio s/nº - Vila Santo Antonio
Pátio da Sub Prefeitura do Distrito de Rua Pion. Octávio Franco, 1135

205
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Nome Endereço
Iguatemi

Tabela 44 – Ecopontos de Coleta Seletiva de Materiais Recicláveis Gerais


Nome Endereço
Supermercados Cidade Canção Avenida Cerro Azul, 971
Supermercados Cidade Canção Avenida Brasil, 7225
Supermercados Cidade Canção Avenida Morangueira, 1505
Corpo de Bombeiros de Maringá – Avenida Guaíra, 76 – Zona 07
Unidade Central
Cooperpalmeiras Rodovia PR 317 – Parque Industrial, 200
Coopercicla Avenida Guaíra nº 184 – Zona 07
Coopernorte Rodovia PR 317 – Parque Industrial, 200
Cooperambiental R Izaura Gamba Vitorino, 345, Parque Industrial
Coopermaringá Rodovia PR 317 – Parque Industrial, 200

Eis a seguir um mapa demonstrando a localização dos pontos de


coleta de resíduos de vidros, sucatas eletrônicas e materiais recicláveis gerais.

206
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Figura 27 – Ecopontos de Coleta Seletiva de Materiais Recicláveis


Gerais/Vidros/Sucatas Eletrônicas

207
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SÓLIDOS URBANOS

2.7.4 Programas diversos de coleta seletiva sem convênios

A Política Nacional de Resíduos Sólidos estabeleceu que a coleta


seletiva nos municípios brasileiros deve permitir, no mínimo, a segregação
entre resíduos recicláveis secos e rejeitos. Sendo que os resíduos recicláveis
secos são compostos, principalmente, por metais (como aço e alumínio), papel,
papelão, tetrapak, diferentes tipos de plásticos e vidro. Já os rejeitos, que são
os resíduos não recicláveis, são compostos principalmente por resíduos de
banheiros (fraldas, absorventes, cotonetes, dentre outros), bem como outros
resíduos de limpeza.
Quanto aos resíduos recicláveis secos no âmbito da
responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, cabe ao titular
dos serviços públicos de limpeza urbana, o manejo de resíduos sólidos,
observado, se estiver determinado no plano municipal de gestão integrada de
resíduos sólidos, proceder à articulação com os agentes econômicos e sociais,
com a finalidade de construir medidas para viabilizar o retorno ao ciclo
produtivo dos resíduos sólidos reutilizáveis e recicláveis oriundos dos serviços
de limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos.
Assim, nesse ponto podemos citar o Projeto COLETA SELETIVA DE
VIDROS, desenvolvido junto as seguintes Paróquias Católicas:
 Paróquia Menino Jesus de Praga e São Francisco Xavier Rua Mons.
Miguel Kimura, 135 – Jd. Cleópatra. Fone: (44) 3227-2983 (Secretaria)
E-mail: paroqmeninojesusdepraga@yahoo.com.br;
 Paróquia Catedral Nossa Senhora da Glória Praça da Catedral, s/n. -
Centro Fone: (44) 3227-1993 (Secretaria) E-mail:
catedralmaringa@gmail.com;
 Paróquia Cristo Ressuscitado Rua Vitório Balani, 240. Zona 5. Fone:
(44) 3224-4287 (Secretaria) E-mail:
cristoressuscitadomaringa@yahoo.com.br;

208
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 Paróquia Santa Rita de Cássia Anel Viário Pref. Sincler Sambatti, 1053.
Fone: (44) 3266 e 3025-3181 (Secretaria) E-mail:
psrcassia@amari.org.br;
 Paróquia Nossa Senhora de Guadalupe Av. Carlos Correia Borges,
1999. Jd. Borba Gato. Fone: (44) 3259-2020. E-mail:
pnscuadaluoe@ibrest.com.br;
 Paróquia Santa Maria Goretti Rua Visconde de Nassau, 534-A. Zona 7.
Fone: (44) 3031-5371 (Secretaria) E-mail: contato@smariagoretti;
 Paróquia Nossa Senhora da Liberdade Praça da Capela, 127. Jd.
América Fone: 3031-7974. E-mail: paroquialiberdade@hotmail.com;
 Paróquia Santo Antônio Praça Santo Antônio s/n. Zona 7. Fone: 3029-
2055. E-mail: psantoantonio2@hotmail.com;
 Paróquia Nossa Senhora de Lourdes e São Judas Tadeu Praça das
Palmeiras s/n. Parque das Palmeiras. Fone: 3263-4534. E-mail:
psaojudastadeu@hotmail.com;
 Paróquia São Francisco de Assis Rua Ivan Pavlov, 403. Jd. Alvorada.
Fone: 3028-3545. E-mail: assismga@gmail.com;
 Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro Av. Deputado José Alves
dos Santos, 1439. Jardim dos Pássaros. Fone: 3265-3410 (Secretaria)
E-mail: pp.socorro@hotmail.com;
 Paróquia São José Operário Praça Emiliano Perneta, 147. Vila Operária.
Fone: 3226-1124. E-mail: psjomaringa@gmail.com;
 Paróquia Santa Isabel de Portugal Rua Senador Accioly Filho, 173. Vila
Santa Isabel. Fone: 3265-5757. E-mail: pqsantaisabel@hotmail.com;
 Paróquia São Bonifácio Rua Dolores Duran,1890. Cidade Alta. Fone:
3255-2772. E-mail: psbonifacio@uol.com.br
Observa-se que tal projeto não recebe vidros automotivos e
lâmpadas fluorescentes, sendo que os materiais coletados são destinados,
principalmente à COOPERVIDROS, localizada na Estrada São José, 725,
Jardim São Clemente, e-mail: coopervidrosmaringa@hotmail.com.

209
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SÓLIDOS URBANOS

Figura 28 – Projeto Coleta Seletiva de Vidros - Paróquias

210
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Outros atores sociais são PEVs, que atuam especificamente na


COLETA SELETIVA de SUCATAS ELETRÔNICAS, dentre eles estão:
 COOPERCANÇÃO - R. Pion. Gertrude Heck Fritzen, 5769 - Conj. João
de Barros. Adélia Xavier Costa – 3255-1171/9905-6064 e-mail:
coopercancao@hotmail.com;
 Câmara Municipal de Maringá. Av. Papa João XXIII, 239 – Zona 02;
 Casa da Amizade Rotary. Av. Cerro Azul, 199 – Zona 02.
 Prefeitura Municipal de Maringá. Paço Municipal. Av. XV de
Novembro, 701.
 SESC/PR. Rua Professor Lauro Eduardo Werneck, 531 – Zona 07.
 SESI. Rua Antônio Carniel, 499 – Zona 05.
 Tiro de Guerra de Maringá. Avenida Mandacaru, 730 Vila Santa Isabel.
 4º Batalhão de Polícia Militar. Rua Mitsuzo Taguchi, 99 – Vila Nova.
 Supermercado Cidade Canção Maringá Velho. Av. Brasil, 7225 –
Zona 05 – Fone: 3262-6993.

PROGRAMA RECICLA ÓLEO

Em Maringá o Instituto Cidade Canção de Responsabilidade Sócio


Ambiental e Desenvolvimento Humano, em convênio com a Secretaria de
Educação do Município de Maringá, vem desde 2011 em parceria com a
Prefeitura Municipal de Maringá, Secretaria da Educação desenvolvendo um
programa específico de coleta de óleo de cozinha, sendo que, para tal fim, são
alocados bombonas nas escolas municipais, especialmente desenvolvidas para
tal de coleta.
O Instituto Cidade Canção, criado em 06 de dezembro de 2004, é
uma associação sem fins econômicos, que iniciou suas atividades com foco
voltado para o atendimento de necessidades e benefícios das comunidades
nas áreas de influência da rede de Supermercados Cidade Canção. Em 2008
uma necessidade se fez presente, a preservação com o meio ambiente, e

211
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SÓLIDOS URBANOS

assim foi criando o programa Recicla Óleo, também são desenvolvidos os


projetos Nutrindo a Vida e Natal com idosos em asilos permanentes.
Os objetivos específicos do instituto são:
 Minimizar o passivo ambiental do descarte inadequado do
óleo residual de fritura, através da conscientização da
comunidade escolar rede municipal e da comunidade;
 Promover a reciclagem do óleo;
 Promover a cultura de responsabilidade sócio ambiental.
O programa Recicla Óleo29 surgiu de uma preocupação da
contaminação dos rios, mananciais e matas ciliares pelo descarte indevido do
óleo residual de fritura. Os membros da associação entendiam que poderiam
funcionar como elemento doutrinador de divulgação e aculturamento da boa
prática do descarte consciente, e, a partir desta crença, o Instituto
disponibilizou no município, pontos de coleta de óleo em todas as lojas do
Supermercados Cidade Canção. Atualmente o programa conta, além da rede
de Supermercados, com 45 Escolas Municipais e 03 Escolas Particulares.
Quanto aos resultados alcançados destaca-se que o óleo recolhido é
vendido e transformado em biocombustível, e o lucro se reverte para nove
entidades assistenciais. Com a participação da sociedade, o programa já
arrecadou aproximadamente 100 mil litros de óleo, caso tivessem sido
descartados incorretamente contaminariam 100 bilhões de litros de água da
natureza, desde córregos, rios e solos, além de conscientizar milhares de
pessoas.
Vale esclarecer que, referente a programas de coleta seletiva, a
legislação municipal atua satisfatoriamente, especificamente ao disciplinar a
matéria através da lei nº 9134/2012 que institui pontos de coleta de resíduos de
frituras, denominados Ecopontos, em todas as escolas e centros de educação
infantil municipais e que está vigente sem alterações posteriores.

29 Programa Recicla Óleo Disponível em:


http://www.fiepr.org.br/nospodemosparana/uploadAddress/Programa_Recicla_Oleo[50630].pdf
Acessado em 21/04/2017. Responsável. Lais Brichi, e-mail:
lais.brichi@institutocidadecancao.org.br Endereço: Av. Carlos Correa Borges, 1188 - Jd Guaporé,
Maringá - PR, 87060-000.

212
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Importante destacar que existe no município, um conjunto de normas


que permitem ampliar com segurança jurídica o tema de atores sociais no
processo de coleta seletiva, veja-se exemplos abaixo:
 Lei nº 9787/2014, trata-se de lei ordinária que estabeleceu
procedimentos para o descarte e a coleta de medicamentos,
cosméticos, insumos farmacêuticos e correlatos, deteriorados
ou com prazo de validade vencido, no município de Maringá.
Norma vigente sem alterações posteriores.
 Lei nº 8373/2009, trata-se de lei ordinária, que dispõe sobre a
criação de programa destinado à coleta de sobras de materiais
de construção para reaproveitamento na pavimentação dos
carreadores das pequenas propriedades rurais do município.
Norma vigente e sem alterações posteriores.
Por derradeiro, duas normas permitem articular o debate a respeito
deste tema, sendo que uma é lei municipal:
 Lei nº 10185/2016, trata-se de lei ordinária que institui a
semana municipal de conscientização sobre a importância da
coleta seletiva e dá outras providências. Norma vigente e sem
alterações posteriores.
 Lei nº 6868/2005, lei ordinária que dispõe sobre a criação do
programa de incentivo à participação da comunidade no
processo de coleta seletiva do lixo reciclável. Norma vigente e
sem alterações posteriores.

2.8 DA GRAVIMETRIA DE RESÍDUOS SÓLIDOS RESIDENCIAIS DO


MUNICÍPIO DE MARINGÁ NO ANO DE 201530

30 Este estudo está às Fls. 3976 - 3982 dos autos da Ação Civil Pública nº 0000825-72 2000 8
16 0017, tendo como base a bibliografia da Associação Brasileira de Normas Técnicas. ABNT NBR
10007:2004. Amostragem de resíduos sólidos. Foram incluídas fotografias e mapa de amostragem,
que constam do texto original bem como as informações referentes ao Conselho Gestor do
Programa Pro-Catador, no marco do qual fora realizado o presente estudo.

213
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O presente estudo foi elaborado pelo Conselho Gestor do Programa


Pro-Catador, assim é importante destacar que esse Conselho foi instituído pela
lei Municipal nº 9.615/2013. Sendo que este é um órgão de caráter deliberativo,
fiscalizador e consultivo, com a finalidade de regular as ações de inserção
social e econômica e de valor social, de geração de trabalho e renda e
promotoras de cidadania para os catadores e cooperativas e associações
autogestionárias de resíduos sólidos recicláveis e integrante do Sistema de
Limpeza Urbana do Município.
Destacamos que é a esse Conselho Municipal que cabe prestar
apoio técnico e administrativo aos órgãos municipais responsáveis pala gestão
dos resíduos sólidos, devendo ser consultado previamente à execução de todo
e qualquer projeto voltado direta ou indiretamente ao gerenciamento de
resíduos sólidos recicláveis no âmbito do município. Portanto, sua
manifestação é condição de validade quanto ao conteúdo do Plano Municipal
de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos.
Assim, no uso das suas atribuições o referido Conselho determinou
a realização de estudo da gravimetria dos resíduos sólidos urbanos
residenciais, e para tal estabeleceu grupo de trabalho específico sob a
Coordenação do Diretor da SESAN Engenheiro sanitarista José Plinio Silva
Filho, sendo o grupo de Trabalho integrado pelo Conselheiro Secretário da
SEMUSP Dorvalino Macedo e pelo Conselheiro representante da Universidade
Estadual de Maringá Dr. Jorge Villalobos.
O referido grupo de trabalho escolheu uma área representativa do
município de Maringá, especificamente o bairro Vila Morangueira, visto que
nessa área não se desenvolvia a coleta seletiva, bem como, por estar ocupado
principalmente por moradias unifamiliares.
A área de estudo está composta de um total de 130 (cento e trinta)
quadras e por um total de 2980 (dois mil novecentos e oitenta) lotes, sendo
amostrados 113 (centro e treze) quadras e 207 (duzentos e sete) lotes.

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Figura 29 – Bairro Vila Morangueira

Definiu-se a amostra como a parcela individual de resíduo doméstico


estudado, obtido em pontos, através do processo de amostragem aleatória. O
plano de amostragem foi estabelecido por escolha aleatória dos lotes (pontos)
utilizando-se como critério de escolha por sorteio a quadra e lote com o objetivo
de uma amostragem representativa.
Considerando que a análise da gravimetria objetiva, exclusivamente,
os resíduos residenciais, nesta análise não foram consideradas para fins de
amostragem as vias comerciais, sendo excluídas do estudo a Avenida Pedro
Taques, Avenida São Domingos e Avenida Tuiuti.
Após a indicação da quadra e lote, denominado aqui ponto de
amostragem, desenvolveu-se, em gabinete, a caracterização do lote em: rua,
número, quadra, lote, área construída, tipificação da moradia conforme critérios
estabelecidos no plano diretor do município, bem como fora confeccionado um
mapa com a distribuição espacial dos pontos a serem amostrados.

215
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2.8.1 Classificação gravimétrica dos resíduos

A classificação para estabelecer a gravimetria foi debatida em


reunião específica realizada na SESAN, sendo que se optou por uma
classificação que utilizou os critérios da União Europeia de 2004, bem como os
dados aportados pelo Conselho Gestor, os quais foram testados, numa coleta
teste, realizada ao início dos trabalhos e os mesmos se mostraram adequados
ao objetivo do presente estudo.
As categorias estabelecidas foram as seguintes:
1. Orgânicos, aqui incluídas nestes os restos de alimentos como
arroz, pastas, diversos tipos e variedades de carnes e
embutidos, frutas, cascas de ovos, pó de café, verduras e
legumes (feijão), dentre outras;
2. Madeira neste se incluem pequenas frações de portas, janelas,
cadeiras;
3. Papel e papelão, nesta categoria considera-se papel de jornal,
livros, cadernos, agendas, caixas dentre outros;
4. Plásticos;
5. Vidros, aqui considerando copos, copos quebrados, garrafas
de diversos tipos;
6. Têxteis, como panos, roupa e restos de tecidos;
7. Metais tais como latas de conservas, leite em pó.
8. Resíduos domésticos perigosos, consistentes em fraldas
infantis, geriátricas, absorvente íntimo e papel higiênico;31
9. Produtos complexos, dente eles as pilhas, baterias, mouse,
cabos de computador, lâmpadas fluorescentes;
10. Inertes, aqui estão restos de material de construção civil,
notadamente tijolos, cerâmicas e pedras.
11. Resíduos de varrição, tais como folhas, gravetos e grama.

31 De acordo com a norma ABNT NBR 10004/2004 estes resíduos seriam classificados como
rejeitos sanitários.

216
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2.8.2 Número de amostras e plano de amostragem

Considerando que o número das amostras foi de 207 pontos, se


optou por dividir a área de estudo em três partes, tendo cada uma
aproximadamente 70 amostras, fato que permitiu coletar as amostras em
aproximadamente 03 (três) horas. O trajeto foi coberto através de duas rotas
para cada parte, nas quais foram utilizadas duas camionetas pequenas com
duas pessoas cada uma.
Estabeleceram-se também as condições para a coleta das amostras,
a qual manteve os dias das coletas convencionais, sendo esta nas segundas,
quartas e sextas feiras. A coleta da amostragem iniciou-se às 16:00 horas, uma
vez que a coleta convencional no bairro se iniciava aproximadamente às 18:30
horas.
Quanto à coleta de amostras na sexta-feira, verificou-se com o
Coordenador de Coleta do Município que a mesma era em menor quantidade
que nos outros dias, uma vez que os maiores volumes acostumam ser nas
segundas e quartas-feiras, fato que levou a equipe técnica decidir por manter a
coleta de amostras em 03 setores, sendo o setor 01 (um) amostrado na
segunda-feira, o setor 02 (dois) amostrado na quarta-feira e o setor 03 (três)
amostrado na quarta-feira.
As coletas de amostras foram realizadas nos dias 02.02.2015;
04.02.2015 e 09.02.2015.
Observa-se que as coletas de amostragem seguiram uma rota
predefinida, conforme exemplo do Mapa de amostragem parte 02 (dois), de
modo a que não houvera interferência entre a coleta convencional e a de
amostragem bem como os coletores das amostras tivessem uma orientação
precisa quanto ao ponto da amostra. Frise-se que para tal foi realizada
previamente uma visita técnica a área, para fins de capacitar a equipe e corrigir
eventuais distorções entre a elaboração do material em gabinete e campo.
Com essa estratégia, se garantiu que os moradores do bairro
mantivessem seu ritmo normal de depositar seus resíduos nas lixeiras, nos

217
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dias e horários habituais, não havendo alteração no volume de resíduos


dispostos pelos mesmos.

Figura 30 – Mapa de amostragem parte 02

As equipes de coletas foram compostas por quatro pessoas, sendo


duas por cada veículo de coleta, as quais, com o roteiro predefinido, realizaram
a coleta das amostras nos pontos definidos, bem como a etiquetagem da
mesma.
A etiqueta foi elaborada com os dados da rua e número de
logradouro, e acondicionada, para sua conservação, em saco plástico, sendo
fixada em cada amostra com grampos, de modo a que a identificação fosse
retirada somente no momento da pesagem da amostra, como se ilustra na
fotografia a seguir.

218
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Foto 54 – Etiquetagem das amostras

Os veículos utilizados na coleta foram disponibilizados através da


Secretaria de Serviços Urbanos SEMUSP, trata-se de duas camionetes, marca
gol, com carroceria aberta, na qual foram acondicionadas as amostras até o
número de 35 por roteiro de coleta, de modo a que as mesmas não
dificultassem a sua manipulação e fosse evitada a ruptura das embalagens,
como se ilustra na foto a seguir.

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Foto 55 – Veículo de coleta de amostra

Após o veículo ser carregado com a quantidade prevista de


amostras, a carga era levada diretamente até o ponto de armazenamento e
triagem, localizado na Secretaria de Serviços Urbanos - SEMUSP, de modo
que as amostras não fossem alteradas em razão dos transbordos.

2.8.3 Etapa de triagem manual e classificação dos conteúdos

A equipe de triagem manual e classificação do conteúdo, das


amostras, foi integrada por 04 (quatro) pessoas. Sendo que as atividades
destes foram divididas em:
1. Retirada da etiqueta de identificação;
2. Pesagem do total dos resíduos da amostra;
3. Abertura do volume de resíduos;
4. Triagem das frações, seguindo a tabela estabelecida;
5. Pesagem destas frações;

220
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6. Lançamento dos dados nos campos da tabela


correspondente a cada um dos pontos de amostragem,
conforme a identificação da etiqueta.
As amostras, após coleta, foram acondicionadas em local coberto,
sendo as mesmas processas no local estabelecido pela SEMUSP. Utilizou-se,
para tanto, uma mesa de triagem, na qual foram abertos todos os contenedores
de plásticos (sacolas) e segregados, como se ilustra a seguir na fotografia a
seguir, bem como pesados os conteúdos pelas frações definidas.

Foto 56 – Segregação das amostras

Os equipamentos utilizados para pesagem foram duas balanças


eletrônicas marca C&F, com capacidade máxima para 20 quilos e mínima de
20 gramas.

2.8.4 Dos resultados da gravimetria


Os dados constam do quadro síntese a seguir:

221
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Tabela 45 – Quadro Síntese dos Dados


Tipos de Classificação dos Resíduos
Resíduos
Alto % Baixo % Médio % Média
Orgânico 183684,80 43,33 274708,98 43,48 143340,00 51,73 46,1
Madeira 300,00 0,07 8130,00 1,29 325,00 0,12 0,4
Papel e papelão 21390,00 5,05 6425,00 1,02 10260,00 3,70 3,2
Plástico 83272,80 19,64 123690,00 19,58 44365,20 16,01 18,4
Vidro 12890,00 3,04 18020,00 2,85 13795,00 4,98 3,6
Têxteis 4235,00 1,00 15140,00 2,40 4130,00 1,49 1,6
Metais 2770,00 0,65 11560,00 1,83 2770,00 1,00 1,1
Resíduos
domésticos
variados 68359,85 16,13 68610,00 10,86 41295,20 14,90 13,9
Produtos
complexos 1390,00 0,33 1945,00 0,31 920,00 0,33 0,3
Inertes 200,00 0,05 16585,00 2,63 0,00 0,00 0,8
Resíduos de
varrição 59695,00 14,08 88150,00 13,95 15970,00 5,76 11,2
Peso total 423918,30 100,00 631784,34 100,00 277078,00 100,00 100,00

Assim, diante da composição gravimétrica dos resíduos sólidos


urbanos residenciais, dados esses que se confirmam nos apresentados nos
Planos de 2006, 2008 e no estudo de 2011, é viável a implementação de coleta
seletiva plena em todo o território municipal, isso tanto para a denominada
fração seca.

2.9 PASSIVO AMBIENTAL

A disposição de resíduos sólidos sem qualquer forma de controle


ambiental, especialmente por um período prolongado, provoca a degradação
do meio ambiente, afetando a qualidade dos recursos hídricos superficiais e
subterrâneos, solo e subsolo, ar, flora, fauna, além de incidir condições
totalmente insalubres à população que busca na atividade de catação de
resíduos sólidos uma fonte de subsistência.
Em Maringá, a área utilizada desde a década de 70, como
vazadouro de resíduos a céu aberto, ou simplesmente “lixão”, consolidou-se

222
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como um passivo ambiental de grande magnitude, afetando não somente a


própria área de disposição de resíduos, mas também as propriedades no
entorno e até mesmo parte da micro-bacia do Córrego Borba Gato. Somente
no final de 2005 foram realizadas medidas de intervenção visando conter os
impactos causados pelo antigo lixão, transformando-o em um aterro controlado.

2.9.1 Caracterização geral

O aterro controlado de Maringá está localizado nos Lotes 31-A-1 e


31-B da Gleba Ribeirão Pinguim, zona rural, região sul do perímetro urbano, a
10 quilômetros do centro urbano, nas coordenadas UTM 401943.40 m E e
7403209.93 m S, Zona 22K. Ocupa uma área de aproximadamente 26,06
hectares e encontra-se dentro da confluência do Ribeirão Pinguim e Ribeirão
Borba Gato.
Possui a seguinte infraestrutura: 01 barracão, 01 balança, 01 guarita,
sistema de drenagem de águas pluviais, sistema de tratamento de efluentes e
sistema de captação e queima de gases.
O local constitui o principal passivo ambiental decorrente da
disposição inadequada de resíduos sólidos urbanos no município. Atualmente,
o aterro não recebe mais resíduos sólidos, uma vez que foi interditado por
determinação judicial, conforme Ação Civil Pública movida pelo Ministério
Público contra a Prefeitura do Município de Maringá, registrada nos Autos nº
569/2000 da 2ª Vara Cível de Maringá-PR.

2.9.2 Histórico do passivo da área do Aterro Controlado de Maringá

Conforme o Plano de Encerramento do Aterro Controlado de


Resíduos Sólidos Urbanos (2011), a transformação do antigo lixão em aterro
controlado foi entregue no dia 29/11/2005 à comunidade de Maringá. Este
projeto teve duração de seis meses e obedeceu ao cronograma do Termo de
Ajustamento de Conduta – TAC, firmado junto ao Instituto Ambiental do Paraná
– IAP.

223
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O antigo vazadouro recebia todo tipo de resíduos, desde


domésticos, industriais, da saúde, auto fossas, resíduos de postos de
combustíveis, RCD, pneus, entre outros. O atendimento às exigências do TAC,
na primeira etapa, que durou seis meses, foram obras de emergência para
adequar o passivo existente há 34 anos.
Foram realizadas as seguintes medidas:
 Obras civis (escritório, refeitório, vestiário, sanitários, galpão
para oficina e guarita);
 Drenagem das águas superficiais;
 Drenagem horizontal para chorume;
 Obras de contenção do avanço do maciço de lixo;
 Tratamento – lagoas de estabilização;
 Serviço de organização e cobertura dos resíduos.
O Município foi autuado pelo IAP. Em 2004 o IAP multou em R$ 370
mil pela inadequação do passivo ambiental. O município também foi
condenado a pagar R$ 10 mil mensais por não recuperar a área do vazadouro.
Em 2005, foi constituído um grupo coordenado pela SEMA para a
análise de tecnologias de tratamento para os resíduos sólidos do município.
Como resultado da pesquisa, fez-se um experimento científico, com a
tecnologia que inicialmente apresentou solução aos problemas de Maringá.
Em 23/04/2007 foi assinado Termo de Cooperação Técnica
autorizada pela Lei 7.486/07, que teve sua conclusão em 23/06/2008. Os
resultados do projeto foram: comprovação de que é possível tratar in-situ, sem
a necessidade de remoção anterior, com a eliminação do chorume e gases.

2.9.3 Caracterização ambiental

O aterro controlado foi caracterizado ambientalmente com base em


laudos periciais realizados em 2011 e por meio de constatação visual realizada
recentemente no local.

224
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Segundo Laudo Pericial, elaborado em 2011, pelo perito judicial


Fernando Pereira Moutinho Rodrigues, o aterro controlado encontra-se
desativado desde 2009. Existem poços de monitoramento, drenagem e queima
de gás metano, porém os pontos não foram localizados. Não existem vestígios
de atividades de recuperação da área; no talude a montante da lagoa de
descarte é possível ver restos de resíduos do antigo lixão.
Os resíduos sólidos depositados já não exalam cheiro perceptível no
entorno, uma vez que os resíduos passaram a ser cobertos a partir do ano de
2006, quando o lixão passou por reformas para ser transformado em aterro
controlado, porém o gás metano não está sendo incinerado.
A quantidade de aves que se alimentavam no lixo praticamente não
existe mais, uma vez que o lixão está coberto por uma camada de terra.
Também não existe mais a grande quantidade de insetos que proliferavam no
lixo sendo vetores de doenças, exceto, uma grande quantidade de mosquitos
do tipo borrachudos, naturais de locais úmidos de fundo de vale, que é o caso
do aterro.

2.9.4 Contaminação
A contaminação da área do aterro controlado e seu entorno foi
constatada por perícia oficial realizada em dezembro de 2011. Pois no local,
identificou-se contaminação do solo e águas subterrâneas por alumínio.
Também foi identificada contaminação do subsolo por metais pesados (prata e
cromo), elementos bioacumulativos que causam problemas neurológicos
graves nos animais e no homem que consumir carne contaminada com esses
metais.
Segundo Laudo Pericial (2011), citado nos Autos nº 677/2006 5ª
Vara Cível de Maringá-PR (nº Unificado 00067745-17.2006.8.16.0017, autor
Atilio Alvarez e Réu Município de Maringá), a contaminação do solo, água e ar
do local do aterro controlado e adjacências se deu por vários motivos, dentre
eles:
 Falta de impermeabilização da base do lixão do município;

225
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 Falta de drenagem pluvial superficial;


 Falta de drenagem fluvial nas nascentes existentes no local;
 Drenagem deficiente de líquidos percolados e do chorume
misturados com águas pluviais;
 Falta de impermeabilização da lagoa de chorume;
 Falta de queimadores de metano funcionando;
 Ausência de cobertura do lixo com terra;
 Falta de um sistema de monitoramento de água subterrâneas
para controle das plumas de contaminação;
 Sistema de tratamento de chorume ineficiente porque existia
somente um reservatório permeável, mas mesmo após a
implantação de quatro lagoas impermeáveis, o efluente não sai
tratado;
 Descarga de resíduos de serviços de saúde;
 Descarga de resíduos industriais, inclusive com resíduos
perigosos classe I;
 Queima de lixo.

2.9.5 Obras de readequação

A conversão do antigo lixão em aterro controlado envolveu uma


série de obras de readequação executadas na área. A seguir serão descritas
as etapas envolvidas e a situação de cada estrutura.

2.9.5.1 Retaludamento e recobrimento vegetal

Uma das principais obras realizadas na etapa de adequação do


antigo lixão foi o retaludamento do aterro finalizado em 2008 (foto 57), com a
finalidade estabilizar e conter o maciço de resíduos, que apresentava, em
alguns pontos, inclinação elevada, chegando a 75º. O material utilizado para

226
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recobrimento foi o solo argiloso, que apresenta baixa permeabilidade e reduz a


infiltração de águas pluviais no aterro.

Foto 57 – Obra de retaludamento finalizada em 2008


Foto 58 – Taludes com solo argiloso, sistema de drenagem e grama plantada em
2008

A princípio, o recobrimento vegetal do talude foi realizado com o


plantio de gramíneas (foto 58). No entanto, a partir de 2012 houve um
crescimento descontrolado da espécie arbórea invasora Leucena (Leucaena
leucocephala) sobre o local. Atualmente, o talude do aterro controlado
encontra-se coberto pela espécie exótica invasora supracitada, conforme
imagem de satélite ilustrada na figura abaixo, o que impede o desenvolvimento
de espécies nativas.

227
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Figura 31 – Imagem de satélite do aterro controlado

2.9.5.2 Sistema de drenagem de águas pluviais

O sistema de drenagem/desvio de águas pluviais existente no aterro


controlado é inadequado. As canaletas em meia cana se encontram aterradas
e/ou obstruídas, o que impede o correto encaminhamento das águas pluviais.
Quando ocorre precipitação intensa, a água que escoa superficialmente pelo
talude é encaminhada às lagoas, que acabam transbordando devido ao volume
excessivo de líquidos.

2.9.5.3 Sistema de tratamento de efluentes

O sistema de tratamento dos efluentes líquidos do aterro contempla


um sistema de lagoas de estabilização e maturação para os efluentes
produzidos. O efluente captado atualmente pelo sistema de drenagem
existente é encaminhado ao sistema de lagoas de estabilização, devendo

228
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passar primeiramente por um desarenador e pela calha Parshall, onde deveria


ter sua vazão medida diariamente, e sendo conduzido à primeira Lagoa de
Estabilização Anaeróbia.
Em seguida o chorume (efluente) é conduzido para a Lagoa
Facultativa, que antigamente funcionavam como anaeróbias, e que após obras
de adequação realizadas com a implantação de lonas PEAD e limitação de
profundidade passaram a funcionar como facultativas, devido à baixa carga
poluidora de entrada.
Posteriormente, o efluente é encaminhado a duas Lagoas de
Maturação em paralelo. Estas lagoas em função da baixa profundidade (em
média 1,5 metros) têm a função de degradar os sólidos ainda em suspensão
vindos da lagoa facultativa e remover patogênicos devido a boa penetração de
radiação solar, elevado pH, temperatura e elevada concentração de oxigênio
dissolvido.
Em vistoria ao local, em 24 de março de 2017, observou-se que, em
alguns pontos das lagoas, a manta de polietileno de alta densidade (PEAD)
está desprendida, o que favorece a infiltração do efluente em tratamento no
subsolo. Também notou-se que as lagoas apresentam proliferação excessiva
de algas, que formam uma escuma/nata esverdeada sobre a superfície líquida
(foto 59).
Além disso, há pouca circulação e atuação do vento, que exerce
influência nas condições de mistura e na reaeração atmosférica (VON
SPERLING, 2002), já que não houve manutenção nos últimos anos e a
vegetação cresceu de forma descontrolada, criando uma barreira verde que
impede a livre circulação do vento (foto 60).
Observou-se o acúmulo de lodo e sedimentos no fundo das lagoas,
o que reduziu sua profundidade e, consequentemente, a eficiência de
tratamento do sistema.
Constatou-se ainda que as tubulações destinadas à captação e
drenagem do chorume se encontram parcialmente obstruídas por lodo. O
efluente, após passar pelas lagoas, continua sendo lançado diretamente sobre
o solo da propriedade rural a jusante do aterro, veja-se auto nº 677/2006.

229
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Foto 59 – Eutrofização da lagoa de estabilização


Foto 60 – Crescimento de espécies arbustivas e arbóreas no entorno das lagoas

2.9.5.4 Sistema de captação e queima de gases

Durante as obras de adequação do aterro controlado, foram


instalados drenos verticais para captação do gás metano, composto por
tubos/manilhas de concreto perfuradas. O interior dos drenos foi preenchido e
circundado por pedra de mão (brita nº 4) e envolto por tela. Os gases coletados
pelos drenos seriam encaminhados diretamente para queimadores localizados
na superfície. No local, observou-se que o sistema de queima de gases não
está em funcionamento.

2.10 ANÁLISE FINANCEIRA – RECEITAS E DESPESAS

As tabelas abaixo, foram fornecidas pela Gerência Financeira da


SEMUSP, e mostram as despesas e arrecadações decorrentes da prestação
dos serviços de limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos referente o
exercício de 2016.

Tabela 46 – Gastos referente ao serviço de coleta e destinação final de Resíduos


Despesas
Tipo Valor (R$) Déficit total com
Despesa com o R$ 37.460.506,63 limpeza pública

230
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setor de coleta Arrecadação (R$) (arrecadação –


Despesa com R$ 10.251.462,22 despesas) (R$)
destinação de
resíduos
Total R$ 47.711.968,85 R$ 30.345.253,00 (R$ 17.366.715,85)

Tabela 47 – Gastos referente ao serviço de Limpeza Pública


Despesas Déficit Total com
Tipo Valor (R$) Limpeza Pública
Despesa com R$ 10.928.969,62 Arrecadação (arrecadação –
setor de limpeza (R$) despesas) (R$)
pública
Total R$ 10.928.969,62 R$ 10.656.239,00 (R$ 272.730,62)

Através do balanço financeiro do setor, observou-se que a


arrecadação com os serviços prestados é insuficiente para cobrir os custos
operacionais. Um dos principais problemas está na não sustentabilidade do
serviço de coleta e limpeza pública, que possui um déficit de mais de R$
17.639.446,47.
Para tentar resolver o déficit total, a Secretaria Municipal de Serviços
Públicos deve fazer um estudo aprofundado para reestruturar os serviços,
mesmo buscando outras possibilidades para minimizar os gastos, todavia,
havendo uma coleta seletiva efetiva e plena, bem como políticas eficientes de
logística reversa, os gastos com a disposição de resíduos tendem a reduzir
consideravelmente.

231
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SÓLIDOS URBANOS

3 PROGNÓSTICO E ALTERNATIVAS

3.1 GRAVIMETRIA

3.1.1 Atualização da gravimetria

Como descrito anteriormente, o estudo gravimétrico foi realizado em


Fevereiro de 2015, sendo utilizado para amostragem um bairro do município
que não possuía coleta seletiva, sendo necessário então realizar estudos
periódicos em conjunto SEMA, SEMUSP, SESA, SEPLAN e Conselho Gestor
do Programa Pró-catador para análise da variação gravimétrica dos resíduos
sólidos urbanos, por unidades territoriais, para o estabelecimento de
estratégias de orientação ambiental específicas, a serem implementadas no
sistema de separação para adequação da coleta seletiva.
No momento da realização da gravimetria deve ser considerado
como parâmetro de classificação dos resíduos os critérios técnicos vigentes
que melhor se adeque ao momento.
Dentre outros, a proposta deve contemplar os critérios abaixo:
 Amostragem em áreas diversas, de modo a garantir a
representatividade de todas as classes sociais;
 Áreas comerciais;
 Edificações verticalizadas;
 Condomínios horizontais;
 Ser realizada em diferentes épocas do ano;
 Utilizar o método de quarteamento, previsto na NBR 10.007;
 Rever a classificação dos resíduos para a gravimetria utilizando
a norma ABNT NBR 10004/2004.
Finalmente, o ideal seria que, o Estudo Gravimétrico seja realizado
por uma equipe composta por colaboradores da SEMA e SEMUSP, bem como
entidades representativas da sociedade civil.

232
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SÓLIDOS URBANOS

3.2 RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

3.2.1 Coleta domiciliar

Conforme diagnosticado anteriormente, por problemas que decorrem


principalmente da manutenção constante de boa parte dos veículos e da falta
de assiduidade por parte de alguns funcionários, o serviço de coleta
convencional não vinha atendendo de forma regular a todos os bairros, distritos
administrativos e a área rural, portanto, ciente de que a melhor solução para o
município seria a terceirização dos serviços, foi feita uma licitação, tendo como
empresa vencedora a Constroeste Construtora e Participações Ltda, que
iniciou a Coleta dos Resíduos Sólidos Urbanos em de agosto de 2016.
Assim, considerando os dados referentes aos custos comparativos
entre a terceirização do serviço e realização do mesmo pelo ente público, um
cenário ideal para o município de Maringá, seria que o poder público realizasse
os serviços de Coleta de Resíduos Sólidos, e analisasse a possibilidade de
investir, mesmo que a longo prazo, em um sistema de destinação final
ambientalmente adequada dos rejeitos, bem como atua-se sistematicamente
na coleta seletiva e ainda num sistema de tratamento através de
compostagem, ou biodigestores.
Veja-se que a manutenção do planejamento para atendimento dos
bairros da área urbana, no mínimo três vezes por semana, é eficiente, portanto,
esta regularidade quanto ao serviço de coleta deve ser mantido, devendo
ainda, a secretaria responsável buscar alternativas para que o serviço seja
executado de forma adequada e principalmente regular.
No caso da área rural, é necessário que a população moradora seja
incluída no sistema de coleta, tendo disponível um local adequado para
deposição de seus resíduos e dos materiais recicláveis.
Em relação ao dimensionamento da frota, entende-se que, no caso
do funcionamento adequado dos 16 veículos disponíveis e considerando que o
número de viagens percorridas é em média 2 por dia e por veículo, a frota

233
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deveria atender de forma adequada a população e viabilizar logisticamente o


serviço, conforme está na tabela a seguir:

Tabela 48 – Resumo de dados referente à coleta convencional


Setores atendidos 58
Nº. de caminhões 16
Nº. funcionários 164
Frequência de coleta 3 vezes por semana com exceção da
região central que é atendida de segunda
a sábado
Média de Km/dia 107,7
Média diária de viagens realizadas 2 viagens
por caminhão
Média de resíduos coletados por 288,44 toneladas
dia
Fonte: SEMUSP, 2017

Decorrente do diagnóstico realizado no item 2.6.1.1- gestão dos


resíduos sólidos urbanos, recomenda-se que, quanto aos horários de coleta,
estes deverão ser concentrados em períodos que não incomodem a população,
seguindo para tanto os parâmetros estabelecidos no município a respeito do
nível de ruídos, havendo necessidade de considerar os critérios de
conveniência e oportunidade para o bom funcionamento do serviço.
Quanto as vantagens e desvantagens de cada período, importante
que seja considerada também os elementos apresentados na tabela a seguir,
que trata das vantagens e desvantagens dos horários de coleta.

Tabela 49 – Vantagens e Desvantagens dos horários de coleta


Horário Vantagem Desvantagem
 Possibilita melhor  Interfere muitas vezes no trânsito de
Diurno fiscalização do serviço e mais veículos;
economia.  Maior desgaste dos trabalhadores em
regiões de climas quentes com
consequente redução de
produtividade.
 Indicada para áreas  Causa incômodo pelo excesso de
Noturno comerciais e turísticas; ruído provocado pela manipulação

234
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Horário Vantagem Desvantagem


 Não interfere no trânsito em dos recipientes de lixo e pelos
área de tráfego muito intenso veículos coletores; Dificulta a
durante o dia; fiscalização;
 O resíduo não fica à vista das  Aumenta o custo de mão de obra
pessoas durante o dia
Fonte: WEBRESOL, 2008

Também no estudo específico a ser desenvolvido pelas Secretarias


SEMUSP, SEMA, SEMOB e SEPLAN devem ser considerados os locais
atendidos por coleta conteneirizada e convencional, em especial os locais onde
os fluxos de veículos sejam maiores, bem como os horários de atendimento,
podendo mesmo, caso necessário, conforme apontado pelo mencionado
estudo, rever os horários de atendimento nas principais vias onde o fluxo é
concentrado.
Outra opção é a revisão do código de obras e realização de estudo
de viabilidade para priorização das áreas de estacionamento para os veículos
de coleta em horários previamente estipulados (horários específicos da coleta).
Este tipo de atendimento reduz o número de veículos circulando
diariamente, diminui o número de coletores para execução do serviço e
colabora para a trafegabilidade.
Para tal seria necessário estabelecer metas de expansão do serviço
atual de coleta em contêiner, o qual se concentra, principalmente, na área
central e está associado ao processo de verticalização da cidade, ocorrido,
notadamente, a partir da década de 80.
Ao mesmo tempo se faz necessário disciplinar a localização dos
contêineres, bem como, no caso dos edifícios e condomínios a sua localização
deve ser no interior do prédio e a disposição dos mesmos, para sua coleta, nos
horários em que esta se processa, evitando dessa forma, os eventuais conflitos
decorrente da permanente disposição na via pública.
Para diminuir o déficit dos gastos do Poder Público com coleta e
destinação de resíduos, conforme apresentado no item 2.10, o volume de
resíduos aterrados deve diminuir. Para isso, o Município está expandindo a

235
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coleta de reciclável e, sendo a mesma realizada em 100% dos bairros, poderá


ajudar a equilibrar estes gastos.
Como estimativa, poderíamos considerar que são geradas cerca de
300 toneladas de resíduos por dia em Maringá. Este número se refere a 2016,
e neste período estima-se que apenas 3,6% dos resíduos domiciliares eram
destinados a coleta seletiva, ou seja, 292 toneladas de resíduos ao dia eram
aterradas.
Considerando a estimativa gravimétrica apresentada neste plano,
26,3% dos resíduos domiciliares são recicláveis (papel, plástico, vidro e
metais). Se a coleta seletiva for eficiente, bem como a separação na fonte, o
município poderia diminuir o volume aterrado de 292 toneladas para 221
toneladas ao dia, significando uma economia de R$ 2.489.139,3 ao ano. Além
disso, ações para o fortalecimento da logística reversa são fundamentais para
ajudar a diminuir o déficit. Como os resíduos gerados no município é composto
na maioria por orgânicos, ações para implantação de compostagem, própria,
por concessão ou consórcio, além de compostagem caseira, são de extrema
importância para equilíbrio destes gastos.

3.2.2 Coleta de limpeza urbana

Aqui deve ser considerado como elemento estruturante o fato que a


limpeza urbana, garante segurança ambiental e sanitária para população, bem
como o controle de disseminação de vetores causadores de doenças como a
dengue, hoje um grave problema de saúde pública enfrentando pela cidade de
Maringá.
Assim, de forma a estabelecer o adequado serviço são necessários
o atendimento dos seguintes itens.

3.2.2.1 Varrição

Observa-se que o serviço de varrição se refere à limpeza pública e


deve ocorrer de forma regular e com atendimento a todo o perímetro urbano.

236
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Para isso, o serviço não pode continuar sendo executado de forma manual,
mas, necessariamente deve passar por um processo de modernização,
especificamente, a formas mecanizadas.
Assim, é necessário que este serviço seja planejado utilizando-se o
critério de melhores técnicas e melhores práticas ambientais. Tais conceitos
estão definidos na alínea "f" do Art. 5º da Convenção de Estocolmo sobre
Poluentes Orgânicos Persistentes, promulgada através do Decreto nº 5.472, de
20 de Junho de 2005, e se definem como:
(f) para os fins do presente parágrafo e do Anexo C:
I) o termo "melhores técnicas disponíveis" significa o estágio
mais eficaz e avançado no desenvolvimento das atividades e
dos métodos de operação que indicam a adequabilidade
prática das técnicas específicas que forneçam, em princípio, a
base da limitação das liberações destinada a prevenir
[destacou-se] e, onde não seja viável, reduzir [destacou-se]
[...] impactos no meio ambiente como um todo. A esse respeito:
II) o termo "técnicas" inclui tanto a tecnologia utilizada como o
modo como a instalação é desenhada, construída, mantida,
operada e desmontada;
III) o termo técnicas "disponíveis" significa aquelas técnicas que
são acessíveis ao operador e que são desenvolvidas numa
escala que permita sua aplicação no setor industrial relevante
em condições econômica e tecnicamente viáveis, levando em
consideração os custos e os benefícios; e
IV) o termo "melhores" significa mais eficiente para atingir um
alto nível geral de proteção do meio ambiente como um
todo [destacou-se];
V) o termo "melhores práticas ambientais" significa a aplicação
da combinação mais adequada de medidas e estratégias de
controle ambiental (BRASIL, 2005).
Portanto devem ser estabelecidos critérios para o processo de
expansão do serviço, e para tanto se propões os seguintes orientações.
 Densidade populacional dos bairros do município;

237
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 Grau de urbanização;
 Áreas que representem risco aumentado a população;
 Áreas que apresentam altos índices de entupimento de bocas
de lobo ou de alto risco de inundações decorrentes desse fato;
 Tipo de usos do solo por bairros, notadamente áreas
comerciais, áreas próximas aos centros educacionais e de
saúde;
O dimensionamento da frequência do serviço de varrição deve
considerar a dinâmica das áreas objeto e pode ser realizada conforme os
critérios acima elencados. Sugere-se a seguinte frequência, conforme tabela a
seguir:

Tabela 50 – Frequência de Varrição conforme o tipo de uso do solo


Áreas Períodos Frequência Observação
Local com grande fluxo Diurno No mínimo 2 vezes Repasse nas vias de
de pedestres. por semana maior movimentação
Locais próximos a áreas Diurno No mínimo 3 vezes -
comerciais, centros de por semana
saúde e centros (alternado)
educacionais.
Locais com baixa Diurno Semanal -
densidade populacional.
Centrais, comerciais, Noturno Diariamente Um repasse nas vias de
industriais, feiras livres, maior movimentação
turísticas e principais vias
de acesso.
Eventos Após a realização Eventualmente -
do evento
Fonte: Adaptado de ECOTÉCNICA, 2008

Quanto á mecanização da varrição, importante analisar os tipos e


modelos de equipamentos, adequados a cada área objeto, veja-se que podem
ser utilizados desde Mini Varredeira; Varredeira Mecânica, Varredeira
Mecânica, Sobre Chassi e Varredeira Mecânica de Grande Porte, que é um
tipo de equipamento autopropelido, com aspiração, o qual pode ter uma
capacidade de 2,5m³, além de dotado de duas ou mais vassouras laterais, com
bicos aspersores para minimizar a suspensão de poeira.

238
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Conforme descrito no diagnóstico, as áreas atendidas pela varrição


vão diminuindo gradativamente para os bairros mais periféricos, entretanto
deve-se avaliar esta questão, uma vez que o serviço de varrição não pode ser
exclusivo da área central.
Assim, para as definições específicas do planejamento desse tópico
a médio e longo prazo são necessários estudos específicos, e para tanto se
propõe a constituição de equipe técnica para tal fim, a ser integrada pelas
Secretarias SEMUSP, SEMA, SEPLAN, SEMOB.

3.2.2.2 Capina/roçagem

Quanto a este serviço, conforme desenvolvido no item 2.6.1.1 alínea


“c”, os resíduos da capina e roçagem, originados na área urbana da sede e
distritos, estão sendo destinados a célula sanitária, para fins de simples
aterramento, sendo que essa destinação final, pode ser considerada
ambientalmente inadequada, haja vista tratar-se predominantemente de
material que pode ser classificado como fração orgânica de origem vegetal, e a
mesma poderia, perfeitamente, ser destinada a composição de matéria prima
destinada ao sistema de compostagem, ou de biodigestor ou similar, que pode
ser implementado no município.
Assim, o processo de modernização da gestão, pode ser alcançado
através do controle territorial da demanda, nesse sentido os dados poderão ser
organizados num Sistema de Informação Geográfica para facilitar o
planejamento e a gestão dos serviços. E por outro a destinação final
ambientalmente adequada desses resíduos, para o devido tratamento.
Para tanto a SEMUSP deve, antes do início do período das chuvas
que ocorre em setembro período em que a demanda cresce significativamente,
proceder, de forma planejada, a uma mudança de rota, bem como, rever a
forma de destinação final dos resíduos, uma vez que este possui alto valor
agregado para o processo de compostagem ou de biodigestão ou similares.

239
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3.2.2.3 Poda e remoção de árvores e limpeza de bocas de lobo

a) Poda e remoção de árvores


Um dos ponto que foi verificada no diagnóstico é o conflito a respeito
dos resíduos da poda, deixados por terceiro, os quais devem ser retirados
pelas equipes da administração Municipal, o que termina onerando o serviço
público municipal, haja vista que o adequado seria que a remoção desse
resíduos fosse realizada pela mesma empresa.
Assim, neste ponto deverá a SEMUSP proceder a devida notificação
dos terceiros, bem como proceder a estabelecer os custo de tais operações, de
forma a estes serem lançados no sistema de controle financeiro como créditos
a receber da Administração Pública.
Uma questão detectada por Villalobos 201732, é que o requerimento
de poda, esbarre ou remoção, regularmente protocolado, que não é atendida,
certamente direciona o exercício do poder de influencia àquele que mais pode
catalisar os ensejos. Assim, as normas legais, vigentes no município, por um
lado indicam o real conflito existente e por outro a falta de gerenciamento
adequado.
Diante disso, evidencia-se que as normas não tem resolvido a
questão do planejamento do serviço de arborização. Ao contrário, tem existido
uma forte expectativa, principalmente, quanto aos prazos. Porém toda essa
matéria tem sido marcada, ao mesmo tempo, por uma ampla frustação, haja
vista que o ponto de fundo é de fato o gerenciamento da arborização do
passeio público, e este continua sem ser um desafio ainda maior quando deve
ser incluída a destinação final ambientalmente adequada dos resíduos por ela
gerados.

32 Villalobos, Jorge. Árvores do passeio público. Uma aproximação ao planejamento. Estudo


apresentado à administração Municipal em fevereiro de 2017, que objetiva critério básicos para a
discussão na matéria.

240
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Nesse contexto33 vale destacar o que pode ser realizado,


especificamente neste ponto, no presente plano quais sejam:
1. Incluir no Sistema 156 uma área específica para arborização, de
modo a otimizar as vistorias e emitir com maior celeridade o parecer. Observa-
se que hoje é realizada a vistoria com pranchetas e formulários, tendo que
depois, no setor, ingressar os dados no sistema. Assim deveriam ser entregues
equipamentos (tablet) para tal finalidade e incluído uma nova área, como acima
explicitado.
2. Modificar o sistema de parecer de modo a permitir relatórios
objetivos referentes ao pedido de remoções, podas, desbarras e assim poder
obter informações que permitam estabelecer prioridades para o gerenciamento,
bem como controle a respeito da eficiência da operação, permitindo assim uma
permanente análise de estratégias e alternativas.
3. Somente com base em dados confiáveis da real situação dos
requerimentos, e estando os mesmos devidamente especializados por zonas
ou bairros é que o município poderia elaborar Edital, para fins de licitação na
modalidade CONCORRÊNCIA, ou outras que entender conveniente e
oportuno, tendo por objeto a contratação de empresa especializada para
prestação de serviços de poda, desbarra e remoção de árvores,
4. Que o recolhimento de resíduos provenientes da biomassa da
copa das árvores, lenha, tronco, galhos finos e folhas passem a ser triturados e
utiliza dos no processo de compostagem ou biodigestão ou similar;
5. Que os resíduos de podas ou remoções de árvores,
eventualmente disponibilizados na Pedreira Municipal, localizada na Estrada
200, Lote 180 e 181, saída para Astorga ou outro local a ser designado pela
Gerência de Arborização Urbana da Secretaria Municipal de Serviços Públicos
de Maringá, passe a ser devidamente identificado e delimitado espacialmente o
lote objeto de leilão, evitando dessa forma que somente sejam retiradas as de
melhor qualidade.

33 Villalobos, Jorge. Árvores do passeio público. Uma aproximação ao planejamento. Estudo


apresentado à administração Municipal em fevereiro de 2017, que objetiva critério básicos para a
discussão na matéria.

241
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b) Resíduos gerados da limpeza de bocas de lobo

Quanto aos resíduos gerados da limpeza de Bocas de Lobo, se faz


necessário implementar um processo de modernização da gestão, o qual pode
ser alcançada através do controle das ações e identificação da demanda
atendida, nesse sentido os dados poderão ser organizados num Sistema de
Informação Geográfica para facilitar o planejamento e a gestão dos serviços. E,
por outro lado, gerenciar a destinação final ambientalmente adequada desses
resíduos, para o devido tratamento, uma vez que se trata, de resíduos de solo.
Assim se faz necessário realizar uma analise laboratorial desse
material, tendo como base a NBR 10004:2004, assim como as resoluções do
Conama incidentes, sendo elaborado um laudo para o adequado o
enquadramento do resíduo.

3.2.3 Gestão de resíduos orgânicos

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, os resíduos


orgânicos são constituídos basicamente por restos de animais ou vegetais.
Podem ter diversas origens, como doméstica ou urbana (restos de alimentos e
podas), agrícola ou industrial (resíduos de agroindústria alimentícia, indústria
madeireira, frigoríficos...), de saneamento básico (lodos de estações de
tratamento de esgotos), entre outras.
Em ambientes naturais equilibrados, os resíduos orgânicos se
degradam espontaneamente e reciclam os nutrientes nos processos da
natureza. Mas quando derivados de atividades humanas, especialmente em
ambientes urbanos, podem se constituir em um sério problema ambiental, pelo
grande volume gerado e pelos locais inadequados em que são armazenados
ou dispostos. A disposição inadequada de resíduos orgânicos gera chorume,
emissão de metano na atmosfera e favorece a proliferação de vetores de
doenças. Assim, faz-se necessária a adoção de métodos adequados de gestão
e tratamento destes grandes volumes de resíduos, para que a matéria orgânica

242
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presente seja estabilizada e possa cumprir seu papel natural de fertilizar os


solos.

3.2.3.1 Compostagem34

O principal objetivo deste tópico é descrever as condições para


implantação de um sistema que vise realizar o processamento da parcela
orgânica dos resíduos sólidos urbanos, dando sua destinação ambientalmente
adequada, com retorno à cadeia produtiva, em consonância com as diretrizes
da Política Nacional de Resíduos Sólidos, implantada pela Lei Federal nº
12.305/10.
Para tal se prevê uma planta que pode operar em dois módulos um
integrado por um sistema de triagem (recicladora) e uma planta de
processamento de material orgânico (compostagem acelerada), com
capacidade para processar todo RSU gerado diariamente no município de
Maringá, levando-se em consideração o crescimento populacional até o ano de
2046, conforme apresentado no tópico Estudo Populacional.

Tabela 51 – Produção Estimada de Resíduos


ANO POPULAÇÃO PRODUÇÃO
ESTIMADA ESTIMADA DE
RESÍDUOS
(Ton./dia)
2015 391.349 300,0035
2016 398.195 305,00
2017 405.042 310,00
2018 411.888 315,00
2019 418.735 320,00
2020 425.581 326,00
2021 432.427 331,00
2022 439.274 336,00
2023 446.120 341,00
2024 452.967 347,00

34 Este estudo está às Fls. 3992 - 4016 dos autos da Ação Civil Pública nº 0000825-72 2000 8 16
0017.
35 No ano de 2015 foram destinadas 109.806 toneladas totais ao aterro, com menor incidência de

8.391 ton. e no de maior 10.300 toneladas mensais.

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ANO POPULAÇÃO PRODUÇÃO


ESTIMADA ESTIMADA DE
RESÍDUOS
(Ton./dia)
2025 459.813 352,00
2026 466.659 357,00
2027 473.506 362,00
2028 480.352 368,00
2029 487.199 373,00
2030 494.045 378,00
2031 500.891 383,00
2032 507.738 389,00
2033 514.584 394,00
2034 521.431 399,00
2035 528.277 404,00
2036 535.123 409,00
2037 541.970 415,00
2038 548.816 420,00
2039 555.663 425,00
2040 562.509 430,00
2041 569.355 436,00
2042 576.187 441,00
2043 582.986 446,00
2044 589.748 451,00
2045 596.471 456,00
2046 603.151 462,00

Assim, se planeja a implantação modular, estratégia que permite o


ajuste do dimensionamento das plantas de acordo com a demanda de resíduos
geradas, o que possibilita atender o município sem onera-lo por 30 anos, além
da adaptação tecnológica, o que permite incluir novas tecnologias,
ecologicamente sustentáveis, que se desenvolvam ao longo dessas décadas.
Esta estratégia tem como finalidade também agregar valor aos
resíduos, tornando-os economicamente viável, bem como a participação das
Cooperativas de Catadores neste processo.
A fração do material reciclável decorrente da segregação em
esteiras, além de facilitar a logística de processamento em compostagem,
incrementa de forma direta a renda desses trabalhadores.

244
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SÓLIDOS URBANOS

Importa destacar que os prazos de implantação, são reduzidos, uma


vez que se tratar de técnica conhecida e nacional. Assim, o tempo máximo de
implantação varia entre 12 a 24 meses.
O sistema proposto tem o objetivo de realizar o processamento dos
resíduos de acordo com as leis 11.445/2007 e 12.305/2010, bem como em
consonância com o Plano de Gestão Integrada e Associada de Resíduos
Sólidos Urbanos do Estado do Paraná (2013) sem deixar de observar os
seguintes aspectos:
I – inclusão social e valorização da pessoa humana;
II – geração de emprego e renda;
III – reciclagem de resíduos aproveitáveis;
IV – produção de adubo organomineral;
V - transformação de rejeitos em matéria-prima.
O complexo é composto de Planta de triagem
(selecionadora/recicladora) e Planta de Processamento de Material Orgânico
(compostagem acelerada), atendendo os requisitos relacionados à eficiência
produtiva e de proteção ao meio ambiente, com a observação das normas
ambientais vigentes, e integrando-se ao ambiente urbano de cidade
sustentável.
A Planta de triagem tem a finalidade de fazer a separação dos
resíduos, desde o seu desempacotamento, passando pelo peneiramento para
retirada da parcela orgânica, seleção e enfardamento dos materiais recicláveis
e por fim a transformação dos rejeitos (resíduo residual) em matéria prima para
outros processos produtivos, tais como fabricação de madeira ecológica que
podem ser utilizados por empresas que atuam regional ou nacionalmente e que
possuam autorização ambiental para tal produto em seus sistemas.
A Planta de Processamento de Material Orgânico têm a finalidade de
transformar a matéria orgânica (parcela úmida do resíduo urbano) em
composto orgânico de acordo com as normas do Ministério da Agricultura
Pecuária e Abastecimento (MAPA) e poderá ainda ser aditivado para obtenção
de adubo organomineral.

245
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Veja-se que o município de Maringá já obteve tais resultados,


conforme está nos documentos no Ministério da Agricultura, do qual se extrai a
seguinte informação:
MINISTERIO DA AGRICULTURA, PECUARIA E
ABASTECIMENTO. SECRETARIA DE DEFESA
AGROPECUARIA. SUPERINTENDENCIA FEDERAL DE
AGRICULTURA, PECUARIA E ABASTECIMENTO.
REGISTRO DE PRODUTO
Certifico que esta devidamente registrado neste
Ministério sob o Nro.: PR-94325 10000-2
O Produto: FERTILIZANTE ORGANICO COMPOSTO
CLASSE – C Concedido: 19/06/2009 Proc. No.:
21034003226200991
Apresentado pelo Estabelecimento:
MARINGA LIXO ZERO TRATAMENTO DE RSU LTDA.
Localizado a: ESTRADA SAO JOSE, KM 6, ZONA
RURAL. Bairro: GLEBA PINGUIM
Município: Maringá UF: PR.
Atendidos que foram os dispositivos regulamentares em
vigor.
Observe-se que o processamento da parcela orgânica dos resíduos
é a compostagem acelerada a qual está perfeitamente ajustada ao Plano de
Gestão Integrada e associada á política de Resíduos Sólidos Urbanos do
Estado do Paraná (2013) que define de forma clara e objetiva as rotas
tecnológicas para o processamento de resíduos em todas as cidades do
estado, sendo a compostagem acelerada a rota tecnológica indicada pela
política estadual para o município de Maringá.
A mensuração do ganho sócio-ambiental se verifica tanto pela
valorização quanto pelo aproveitamento dos resíduos sólidos urbanos, além de
retornar como logística reversa ao meio produtivo, através da reciclagem de
papéis, plásticos, vidros e metais, gerando emprego e renda.
Frise-se que a transformação dos resíduos em matéria prima reduz
o material depositado em aterros sanitários, diminuindo os problemas de
saneamento e saúde pública, e principalmente o que diz respeito ao
abatimento de gases responsáveis pelo efeito estufa.
Assim, dentre os benefícios para o município de Maringá, temos:

246
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 Aproveitamento de materiais recicláveis;


 Redução de áreas para a construção de aterro e incremento da
sua vida útil;
 Destinação final ambientalmente correta para os resíduos
sólidos urbanos;
 Redução de custos para disposição final dos resíduos;
 Ganhos sócio-ambientais para a disposição final adequada de
resíduos;
 Ampliação da percepção conceitual de Maringá como cidade
sustentável e ecológica.
Com relação ao processo de segregação o sistema proposto possui
dentre outros equipamentos, os que separam diretamente os materiais
recicláveis ou facilitam a seleção manual. Entre estes pode ser citados:
peneiras, separadores balísticos, separadores magnéticos e separadores
pneumáticos.
A segregação do material reciclável depende, sobretudo, da
demanda, bem como de novos resíduos incorporados em novos processos de
industrialização. Todavia, em regra são separados os seguintes materiais:
• Papel e papelão;
• Plástico duro (PVC, polietileno de alta densidade, PET);
• Plástico filme (polietileno de baixa densidade);
• Garrafas inteiras;
• Vidro claro, escuro e misto;
• Metal ferroso (latas, chaparia etc.);
• Metal não ferroso (Alumínio, Cobre, Chumbo, Antimônio, etc.)

3.2.3.1.1 Produção de fertilizante orgânico

A separação da matéria orgânica presente nos resíduos sólidos


urbanos com granulométria propicia a produção de um composto orgânico de
alta qualidade através do sistema de compostagem acelerada, a qual pode ser
implementada através de células confinadas modulares com a utilização de
aeração forçada.
Esse processo permite elevação da temperatura na massa de
resíduos, eliminando todos os elementos patogênicos presentes, produzindo
um composto que poderá ser utilizado na agricultura, como fertilizante

247
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orgânico, atendendo todas as exigências da Instrução Normativa nº 28 de 27


de Julho de 2007 do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Tal produto auxilia diretamente no desenvolvimento da agricultura
tanto industrial quanto à escala familiar, em razão da qualidade e preço, além
de propiciar a redução das emissões de dióxido de carbono equivalente
(CO2еq) para atmosfera, proveniente da disposição final dos resíduos sólidos
urbanos em aterros sanitários.
Vale lembrar que o CO2eq é o resultado da multiplicação das
toneladas emitidas do GEE pelo seu potencial de aquecimento global.
O quadro abaixo demonstra as emissões de CO2eq por tonelada de
RSU em aterro sanitário em relação com as emissões geradas no processo
proposto. Nota-se um ganho considerável quando confrontado os dois
processos:

Tabela 52 - Emissões de CO2eq por tonelada de RSU em Aterro Sanitário

3.2.3.1.2 Planta de triagem e processamento de resíduos orgânicos

As unidades a serem implantadas para atendimento das condições


do município de Maringá, bem como as instalações, que serão necessárias
estão assim estruturadas:

• Unidade de Beneficiamento de sistema de triagem (recicladora)

248
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Onde serão realizados os processos de recepção dos resíduos não


coletados pela coleta seletiva, bem como realizada a triagem e separação dos
mesmos.

• Unidade de Processamento da Parcela Orgânica


Onde será realizado o processo de transformação da parcela
orgânica em composto orgânico, e enriquecimento do composto orgânico em
adubo organomineral.

 Unidade de Beneficiamento de sistema de triagem (recicladora)


A Unidade de Beneficiamento é parte integrante do sistema e está
inserida no contexto do projeto social proposto. Nesta área se objetiva a
triagem dos materiais recicláveis, não separados na origem. A implantação
desta unidade demonstra a preocupação no atendimento das determinações
legais quanto ao papel das cooperativas ou de outras formas de associação de
catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis.
Nesse processo se contempla também a recepção dos resíduos
orgânicos provenientes da poda. Sendo que as quantidades de material
orgânico separado poderão ser ajustadas conforme a regulagem das peneiras
do sistema. Esta proporção será definida conforme a demanda que estes
produtos terão no mercado da região.
A unidade terá capacidade instalada para receber aproximadamente
500 toneladas por dia de resíduo domiciliar e equivalentes, com regime de
funcionamento de 24 horas/dia.

3.2.3.1.3 Processo na unidade de beneficiamento

O objetivo da unidade de beneficiamento é identificar a origem do


resíduo coletado, fazer sua pesagem e controle, proceder à triagem com a
separação do material reciclável, separar a matéria orgânica para a produção
de fertilizante orgânico e ainda beneficiar o material restante transformando-o
em matéria prima de novos processos produtivos.
249
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3.2.3.1.4 Principais fases do sistema

Descrevem-se a seguir as principais fases do sistema de


processamento dos Resíduos Sólidos Urbanos, na planta de beneficiamento,
bem como a destinação dos materiais servíveis e inservíveis obtidos através da
manipulação dos resíduos, até os locais de utilização, processamento e/ou
disposição final dos mesmos.

3.2.3.1.4.1 Pesagem

A recepção dos caminhões será feita na portaria onde os veículos


serão identificados e suas cargas inspecionadas. Se as condições de
transporte forem aprovadas pela fiscalização, os veículos serão encaminhados
para pesagem com carga.

3.2.3.1.4.2 Estocagem

Após a pesagem, os caminhões provenientes da coleta serão


encaminhados para local coberto dentro da planta e descarregarão os resíduos
sobre o sistema de separação.
Os caminhões coletores após a deposição dos resíduos nas áreas
de descarga retornarão à balança, para efetuarem uma nova pesagem, agora
do veículo sem carga, e retomarão ao ciclo de coleta.

3.2.3.1.4.3 Ponte rolante

O sistema de separação será carregado através de duas garras


metálicas articuladas hidraulicamente – pólipo – o qual tem seus movimentos
comandados por pontes rolantes, as quais farão a alimentação do sistema. Os

250
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pólipos abrangerão toda a área de descarga, não permitindo o acúmulo ou


decomposição dos resíduos no local. Este aparelhagem fará a alimentação do
sistema separador.

3.2.3.1.4.4 Rasga sacos

Os resíduos são levados por meio de esteira transportadora até o


equipamento rasga-sacos, onde os sacos, bolsas e caixas contendo resíduos
coletados serão rasgados e abertos mecanicamente ficando o resíduo exposto
para propiciar a seleção e triagem.

3.2.3.1.4.5 Esteira de disco

Na saída do Rasga-Sacos, o material será lançado sobre uma


esteira de discos, onde através do classificador será efetuada a extração
automática do material úmido até 60 mm, ou seja, a parcela orgânica dos
resíduos que irá para uma esteira transversal a qual conduz essa parte
orgânica até a área de processamento orgânico, para a produção de fertilizante
orgânico. O material sólido maior que 60 mm de diâmetro será enviado à
esteira de seleção.

3.2.3.1.4.6 Seleção e triagem

O resíduo sólido urbano será então transportado mecanicamente


sobre uma esteira que atravessa a área onde estão localizados os postos de
seleção e triagem, deslocando-se até a área de expedição. O material
reciclável será coletado sobre esta esteira de catação e lançado em
contêineres específicos para colocação de produtos recicláveis, tais como:
vidros, papéis, papelões, plásticos duros, plásticos moles, metais ferrosos,
metais não ferrosos, etc.

251
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3.2.3.1.4.7 Separadores magnéticos

Após a triagem, inicialmente, manual, os resíduos passarão por um


separador metálico de materiais ferrosos. Este equipamento fará a remoção
dos materiais, através da geração de um campo magnético indutor que atrairá
os objetos ferrosos. Depois de magnetizados serão lançados em uma correia
transportadora específica destinando-os, ao contêiner ou caçamba própria.

3.2.3.1.4.8 Separadores eletrostáticos

Para a retirada dos materiais metálicos não ferrosos, como alumínio,


cobre, antimônio, entre outros, a linha é dotada de um separador magnético
eletrostático. Ele fará a expulsão dos não ferrosos através da geração de um
campo magnético negativo.

3.2.3.1.4.9 Separadores balísticos

O último tipo de material a ser removido são os entulhos, pedras e


vidros, os quais serão removidos através do separador balístico. Para
segurança o material vem selecionado por tipologia, de forma que eventuais
corpos tipo sólidos ou de grande densidade são separados.

3.2.3.1.4.10 Produção de madeira ecológica

O material destinado para fabricação de madeira ecológica deve ser


micronizado e desumidificado, formando um blend de qualidade estruturante
para mistura com plástico reciclado. Essa mistura passa por processo de
extrusão moldando placas de acordo com a finalidade pretendida.

252
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3.2.3.1.4.11 Produção de CDR (combustível derivado de resíduos)

Após todas as seleções serem efetivadas, o resíduo residual, o qual


não pode ser superior a 2,5% (dois virgula cinco por cento) do total de material
recebido para processamento, será conduzido para a fase de moagem nos
trituradores/macinatores, que efetuarão a redução do resíduo em formato e
dimensões homogêneas, o que o torna uma matéria prima com valor agregado,
para poder ser utilizada como CDR, o qual, potencialmente, pode ser utilizado
no sistema de aproveitamento energético de empresas devidamente
licenciadas.

3.2.3.1.4.12 Expedição

Os contêineres contendo os materiais recicláveis serão conduzidos


as Cooperativas de Catadores ou a Central de Valorização de Materiais
Recicláveis (CVMR), conforme a capacidade de processamento, a quais serão
responsáveis pelas providências comerciais do material.

3.2.3.1.4.13 Efluente líquido

Durante as operações de descarga, estocagem, rasga-sacos,


seleção, triagem e expedição, poderão surgir líquidos vindos dos resíduos
coletados e das águas utilizadas para lavagem da planta. Estes efluentes
líquidos serão coletados dentro da planta, direcionados para um tanque de
armazenamento e poderão ser enviados à uma unidade de tratamento
biológica e potencializados como input na forma de água de reuso.

3.2.3.1.5 Tratamento e monitoramento de odores

O Monitoramento de odores será observado durante a operação da


unidade de Beneficiamento através dos seguintes procedimentos:

253
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1) Monitoramento de Emissão de Odores Ofensivos


Este monitoramento tem por objetivo fixar condições para avaliação
da aceitabilidade de emissão de substâncias odoríferas, em quantidades que
não se tornem nocivas ou ofensivas à saúde e/ou inconvenientes ao bem estar
público, independente da existência de reclamações. Este monitoramento deve
ter como referência as disposições de que tratam as normas pertinentes.

2) Tratamento de Odores Ofensivos


O controle e tratamento de odores se darão através da aspiração do
ar do fosso da unidade de beneficiamento, e será controlado por filtros para
tratamento.

3.2.3.1.6 Equipamentos da planta de beneficiamento

Os equipamentos operacionais, mínimos, necessários a serem


utilizados na unidade de beneficiamento são os seguintes:
 Balança rodoviária;
 Ponte rolante;
 Rasga Sacos;
 Esteira de discos;
 Separador magnético;
 Separador eletrostático;
 Separador balístico;
 Triturador;
 Esteiras de extração;
 Esteiras de elevação;
 Esteiras de seleção (Trios de rolos emborrachados);
 Plataformas de seleção;
 Esteiras bidirecionais;
 Quadro elétrico de acionamento e comando;
 Placa de controle –“PLC”;
 Pá - Carregadeira.

3.2.3.1.7 Unidade de processamento de resíduos orgânicos

254
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Uma das formas mais difundidas para minimizar o impacto de um


aterro sanitário e aumentar a sua vida útil, tem sido o processo de
compostagem, que é a transformação da parcela orgânica existente nos
resíduos sólidos urbanos em adubo orgânico.
Muitos municípios têm tentado colocar em prática, projetos com esse
objetivo, a exemplo de Marialva, utilizando-se da técnica de compostagem que
é executada através da disposição dos resíduos em leiras a céu aberto, com
revolvimento periódico durante o tempo de decomposição.
Em se tratando de resíduos sólidos urbanos, a principal questão está
na redução do tempo, uma vez que o processo necessita de tempo superior a
90 dias para atingir a maturação e transformação dos resíduos em composto.
Assim, os projetos têm que contemplar grandes áreas para
disposição das leiras exigidas para o processo, além disto nem sempre obtém
um composto de qualidade homogênica, o que impossibilita o uso extensivo e
comercial na agricultura.
Outros fatores como geração de percolados e muitas vezes odores
desagradáveis (o processo nem sempre é realizado em estado aeróbio)
também são motivos para que se abortem projetos dessa natureza.
No entanto, o avanço biotecnológico tem se mostrado imprescindível
para resolver os desafios, assim, a compostagem de resíduos sólidos urbanos,
que vinha se mostrando complexa pelo que foi mencionado acima, provocou
nos últimos anos uma busca incessante por processos para diminuir o tempo
de decomposição da matéria orgânica e com isso tratar os resíduos em
maiores quantidades e em menores áreas.
Nessa busca para aperfeiçoar processos, algumas inovações
merecem ser destacadas, como a aeração forçada, adição de bactérias,
biocatalizadores entre outras.
Nesse contexto o processo ideal de compostagem da parcela
orgânica dos resíduos sólidos urbanos é aquele que consegue:
1) Celeridade no processamento;
2) Pequena área para produção;
3) Custo operacional baixo;

255
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4) Mínimo impacto ao meio ambiente; e


5) Produto final de qualidade para um mercado crescente.

3.2.3.1.8 Processo na unidade de processamento de orgânicos

O processo de decomposição, na transformação dos resíduos


orgânicos em composto orgânico, é realizado de forma acelerada pelos
microrganismos aerobiontes pré-existentes nos resíduos, que são mantidos em
condições ideais e controlada através do monitoramento de umidade,
temperatura e gases no interior das unidades de processamento.
Neste processo o “chorume” é reaproveitado como input de reuso,
para manter os microrganismos com umidade e temperatura controlada, sem
emissão de GEE e do gás sulfídrico (H2S), e ainda sem provocar efeitos
indesejáveis como os odores desagradáveis, produzindo o adubo orgânico,
atendendo aos padrões exigidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento (MAPA), para uso como fertilizante orgânico.

3.2.3.1.9 Fluxo do processo de compostagem

Descreve-se a seguir as principais fases do processo de


compostagem, na planta de processamento de resíduos orgânicos, bem como
a destinação dos materiais resultantes desse processo, até os locais de
utilização, processamento e/ou disposição final dos mesmos.
Os materiais resultantes do peneiramento da planta de
beneficiamento, menores que 60 mm, seguem para a unidade biológica de
processamento (cada unidade pode ser projetada para uma capacidade de 864
m³) onde permanecem por 30 dias recebendo injeções de ar através de lanças
para aeração, propiciando assim a degradação biológica da matéria orgânica
em altíssima velocidade.
Após 30 dias de processamento o material é retirado da Unidade
Biológica de Processamento e levado a uma seção de peneiramento, onde
será promovida a separação do composto orgânico. Em seguida é aditivado

256
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sendo transformado em adubo organomineral, numa composição que atende


as flutuações do mercado e a destinação diferenciada do produto.
O restante segue para o processo de separação balística para
retirada de material inerte, (pedras, terra etc), em seguida, conforme a
demanda este é enviado para novos processos produtivos com ganhos de
escala.
Assim, a compostagem de forma acelerada é realizada dentro das
unidades de processamento, sendo que a transformação se desenvolve num
período de 30 dias.
Observe-se que pode ser considerado, para implantação de
unidades de processamento, o lote 31-B da Gleba Ribeirão Pinguim, área que
restou desembargada pelo Juízo da Ação Civil Pública e que atualmente está
sendo utilizada pelo município para produção de compostagem.

3.2.3.1.10 Equipamentos para fins de uma planta de processamento de


orgânicos

Os equipamentos operacionais necessários a serem utilizados na


unidade de processamento de resíduos orgânicos são os seguintes:
 Máquina injetora de ar;
 Máquina de sucção de gases;
 Conjunto de filtros para gases;
 Sistema de Irrigação;
 Ponte rolante;
 Peneira Rotativa;
 Sistema de Automação (supervisório).

3.2.3.1.11 Produtos gerados

257
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Após os resíduos orgânicos permanecerem por 30 dias em


processamento, são retirados e peneirados gerando produtos de qualidade,
conforme descritos abaixo:

a) Fertilizantes Orgânicos
O Composto orgânico gerado neste processo é classificado como
fertilizante orgânico pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e
poderá ser utilizado na agricultura extensivamente, serve como adubo e
principalmente como recompositor de solo com deficiência de matéria orgânica.
Destaque-se que esse produto, adequa-se, especialmente para a
região do arenito Caiuá que ocupa 16% (dez e seis por cento) ou seja, 3,2
milhões de hectares da área total do Paraná, sendo a mesma deficiente em
matéria orgânica.

b) Madeira Ecológica e os Resíduos dos Resíduos


Após o processamento dos resíduos orgânicos, toda parcela
orgânica ou inorgânica, cuja granulometria seja superior a granulometria
determinada para o uso como fertilizante é separada e pode ser transformada
em madeira ecológica ou em resíduos de resíduos (resíduo residual) o qual
não poderia superar o 1 % ou 2%, sendo que o mesmo pode ser estocada para
novos processos tecnológicos.

3.2.3.1.12 Inovações sócio técnicas e contribuições

 Aplicação do fertilizante orgânico substituindo o fertilizante


químico, para o incremento da produção na agricultura, a fim de enfrentar um
duplo desafio, que é o de garantir, simultaneamente, o incremento de
produtividade e a sustentabilidade socioambiental;
 Geração de emprego e renda para a população de baixa renda
que vive exclusivamente da atividade de catadores.
 Controle de zoonoses;

258
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 Prevenção dos riscos à saúde humana, ao de forma indireta


diminuir a poluição dos rios e mananciais, lençol freático, solo, ar, e outros;
 Esta técnica promove ainda a valorização do meio ambiente,
recompondo a matéria orgânica do solo degradado.

3.2.3.1.13 Investimentos – custos e receitas

No que se refere ao dimensionamento dos recursos a serem


investidos e aos custos e receitas inerentes à operação da planta, ressalta-se
que os mesmos estão relacionados à quantidade de resíduo a ser processado,
e para se obter valores reais é necessário, após aprovação do Plano, a
elaboração do respectivo estudo de viabilidade econômico financeiro.
No entanto é possível afirmar que os custos do sistema são menores
dos que decorrem de implantação de Parceria Público Privada, conforme havia
sido proposto em 2015 pela administração municipal.
Abaixo, segue o quadro estimativo de investimento:

Tabela 53 – Estimativa de Investimento


Investimento estimado para implantação Planta 400t/dia
(R$)
Unidade Investimento
Unidade de Beneficiamento R$ 12.065.300,00
Unidade de Processamento de Resíduos R$ 7.574.365,00
Orgânicos
EPC Engenharia Projeto e Consultoria R$ 2.182.185,00
Total R$ 21.821.850,00
Valor estimado base: abril/2017.

3.2.3.1.14 Fontes de receitas

As receitas provenientes da operação da planta terão as seguintes


origens:

a) Principais Fontes
259
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Remuneração proveniente da recepção e destinação do RSU, a ser


suportado pelo município, considerando que atualmente suporta o custo de R$
154,16 (cento cinquenta e quatro reais dezesseis centavos)36 reais por
tonelada de resíduo residencial coletado e diretamente aterrado.

b) Composto Orgânico
O composto orgânico pode ser aditivado e transformado em
composto organomineral agregando valor ao produto, para ser utilizado em
culturas que necessitam de Nitrogênio-Fósforo-Potássio (NPK) diferenciado ou
comercializado de forma simples para recomposição de solo ou para
adubagem de áreas que não necessitam de alta concentração de NPK, ou
ainda pode ser distribuído à pequenos produtores como incentivo à produção
orgânica.

c) Madeira Ecológica
Este componente será uma importante fonte de receita, pode ser
destinado para incorporação com plásticos e transformado em madeira
ecológica, ou utilizado em caldeiras de indústrias que possuem sistema de
cogeração, ou ainda para empresas fabricantes de cimento que já se utilizam
dessa matéria prima, inclusive incorporando suas cinzas ao seu sistema de co-
processamento.

d) Materiais Recicláveis
As receitas provenientes de venda de materiais recicláveis, além da
remuneração para o município, serão à base de sustentação das Cooperativas
dos Recicladores, e todos os materiais recicláveis devem ser comercializados
diretamente por eles.
Observe-se que o sistema aqui apresentado se mostrou de acordo
com a Nova Política Nacional de Resíduos Sólidos, a Lei 12.305/2010, e pelo
Plano de Gestão Integrada e Associada de Resíduos Sólidos Urbanos do
Estado do Paraná.

36 Fonte: Concorrência 016/2016 - PMM.

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Nesse contexto o sistema permite e obriga a realização da


reciclagem, tanto na fase de coleta, quando permite sua realização, através da
coleta seletiva de modo que a retirada dos recicláveis, não afeta o processo e
obriga a reciclagem no processamento, onde há uma triagem para a retirada
dos materiais reaproveitáveis na cadeia produtiva.
Gera composto orgânico, nos parâmetros legais apresentados pelo
Ministério da Agricultura, ou seja, composto orgânico, para uso na agricultura.
Após o processamento, com a inertização dos resíduos tratados, o
agora chamado rejeito, é transformado em nova matéria prima secundária para
uso na indústria da madeira ecológica ou ainda para aproveitamento em outros
processos produtivos.
O resíduo residual, já inertizado, inferior a 10% do total processado,
pode ser estocado em aterros devidamente licenciados, como matéria prima
reserva para outros processos produtivos, na medida da inclusão de novos
avanços tecnológicos.
Se do ponto de vista ambiental o ganho é superior a qualquer outra
proposta tecnológica atualmente conhecida, para o quantitativo apresentado,
ainda há o ganho econômico, já que os subprodutos do sistema se revertem
para seu custeio.
Há o ganho para a sociedade, com disponibilização de matéria prima
para a cadeia produtiva, gerando emprego e renda.
Também inclui o ganho social, através da inserção das Cooperativas
de Catadores em todo o sistema, desde a coleta seletiva, passando pela
separação de materiais recicláveis e no processamento da compostagem.
Por ser um sistema modular, pode facilmente adaptar-se as
diferentes escalas da demanda, apresentando adequado equilíbrio econômico,
de modo que ao ser implantado, pode ser feito em etapas, minimizando os
investimentos iniciais e maximizando a relação custo benefício.

3.2.3.1.15 Outras tecnologias

261
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No contexto de novas tecnologias, aplicáveis ao setor, devemos


observar que a Comissão Especial de Avaliação das Condições do contrato do
município com a Companhia de Saneamento do Paraná - Sanepar, constituída
através do Decreto n. 131/2017, especificamente, que o Plano Municipal de
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos inclua a possibilidade de utilização no
tratamento de resíduos urbanos tecnologias de natureza efetivamente
sustentável como a da biodigestão, a qual também poderá ser desenvolvida em
parceria com a empresa Sanepar.
No mesmo sentido a Secretaria executiva do Fórum Lixo e
Cidadania, através do Ofício nº 31/2017-ARPSOL-A solicita à equipe de
elaboração do Plano Municipal de Gerenciamento de Resíduos Sólidos que
inclua outras tecnologias, de natureza efetivamente sustentável, como as de
biodigestão e ou biometanização, abrindo espaço no plano para a adoção de
tais tecnologias no tratamento dos resíduos orgânicos.
Assim, além da compostagem na forma que aqui está desenvolvido,
o presente plano considera viáveis, haja vista sua natureza de efetivamente
sustentável, as tecnologias de biodigestão e ou biometanização.
Para tanto, tais tecnologias podem ser aplicadas
concomitantemente, considerando as diferentes potencialidades específicas de
cada uma, cabendo, ao poder público, em razão da conveniência e
oportunidade, mediante ampla participação pública desenvolver o tema em
projeto específico.

3.2.3.2 Centro de compostagem para hortas comunitárias

Atualmente são usados resíduos específicos para a decomposição


na Central de Compostagem do município de Maringá, instalada na estrada
São Luiz, Lote 31-B-A, no Jardim São Clemente.
A figura abaixo mostra a localização da central de compostagem, o
local está devidamente licenciado pelo Instituto Ambiental do Paraná (Licença
Ambiental Simplificada/IAP nº103859 – Protocolo 13.695.057-6, válida até

262
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02/09/2021).

Figura 32 – Localização da Central de Compostagem do Município de Maringá

263
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Para a instalação da Central de Compostagem, foram estabelecidas


parcerias entre a Prefeitura, por meio da Secretaria de Serviços Públicos e
Secretaria de Desenvolvimento Econômico, e empresas geradoras de resíduos
orgânicos compostáveis, para a destinação adequada de seus rejeitos e seu
melhor aproveitamento na agricultura.
São utilizadas em torno de 15 toneladas de cinza de caldeira
fornecidas pela empresa Bs Bios, 15 toneladas de pó de filtro de algodão da
empresa Cocamar, 15 toneladas de poda de árvore picada oriunda da
Prefeitura Municipal de Maringá, 25 toneladas de bagaço de cana da Usina
Santa Terezinha, 30 toneladas de rumem de boi da empresa Big Boi
totalizando 100 toneladas de resíduo puro decomposto a cada 03 meses.
Ao final do processo de decomposição são obtidas
aproximadamente 333 toneladas de composto que são destinadas para o
Viveiro de Mudas do Município de Maringá e também às Hortas Comunitárias
do Município de Maringá, o que significa incentivo à agricultura orgânica.
O produto orgânico é cultivado sem a utilização de adubos químicos
ou agrotóxicos. É um produto limpo, saudável, que provém de um sistema de
cultivo que observa as leis da natureza e todo o manejo agrícola está baseado
no respeito ao meio ambiente e na preservação dos recursos naturais.
Como já existe uma central de compostagem no Município que
atende determinadas empresas geradoras de resíduos orgânicos,
gradualmente, o Município deverá introduzir no projeto os resíduos limpos
provenientes de outras fontes, em paralelo com um trabalho de
conscientização intenso de educação ambiental. Dentre os resíduos que
poderão ser encaminhados ao processo, sugerimos:
 Resíduos de poda e remoção de árvores;
 Resíduos de capina e roçagem;
 Resíduos de limpeza das feiras livres;
 Resíduos do setor “hortifruti” de supermercados
(hortaliças, legumes e frutas);

264
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 Resíduos do preparo de alimentos das escolas e


creches municipais.
É importante ressaltar que cada modificação no processo deverá ser
precedida de estudo técnico, bem como, da regularização ambiental perante o
Instituto Ambiental do Paraná.
Com a evolução deste trabalho, em atendimento a Lei Federal
12.305/2010, o Município poderá adotar uma central de compostagem para
atendimento de todos os resíduos orgânicos residenciais produzidos. Esta
central poderá ser própria ou terceirizada incluindo possibilidade de concessão
e consórcio com outros Municípios da Região Metropolitana de Maringá. Da
mesma forma, o projeto deve ser gradual e seriam necessários estudos que
atestem a viabilidade de sua implantação, como por exemplo, diagnóstico dos
materiais disponíveis, viabilidade econômica, demanda de quadro técnico e
operacional e disponibilidade de área municipal que comporte o volume de
orgânicos a ser compostado e que seja viável a logística.
Dentre os benefícios para o município de Maringá, temos:
* Aproveitamento de materiais recicláveis;
* Redução de áreas para a construção de aterro e incremento da
sua vida útil;
* Destinação final ambientalmente correta para os resíduos sólidos
urbanos;
* Redução de custos para disposição final dos resíduos;
* Ganhos sócio-ambientais para a disposição final adequada de
resíduos;
* Ampliação da percepção conceitual de Maringá como cidade
sustentável e ecológica.
Para tanto, o material coletado pelos caminhões da prefeitura
passariam por uma triagem manual e/ou por separadores automáticos. É
necessário realizar o tratamento dos possíveis efluentes líquidos gerados, bem
como, um controle da proliferação de vetores e odores. A implantação modular
do sistema pode permitir o ajuste do dimensionamento das plantas de acordo
com a demanda de resíduos gerados. As tecnologias aplicáveis para a
265
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expansão da compostagem no Município deverão ser analisadas


minuciosamente pelos técnicos do poder público e do órgão licenciador.

3.3 COLETA SELETIVA

Já foi dito que a Coleta Seletiva de Resíduos é um sistema de


recolhimento de materiais recicláveis, tais como papéis, plásticos, vidros,
metais e isopor, previamente separados na fonte geradora.
Assim, sabemos que para o atendimento efetivo do serviço de coleta
seletiva oferecido pelo município, atualmente, de porta em porta, é que a
população realize uma adequada separação na sua residência do material e
logo após leve o mesmo até ao local para sua retirada. No entanto, muitas
vezes o material reciclável, termina misturado no mesmo saco, ou seja, tanto o
papel, papelão, metal, plástico e vidro, são misturados com a fração úmida.
Assim, observa-se a necessidade de um processo efetivo de orientação,
quanto á correta separação e disposição do material.
Portanto, é necessário que além da periodicidade na coleta do
material, seja desenvolvida a permanente informação educacional, a qual deve
ser levada até a população, através dos mais diversos meios de informação,
por exemplo Associação de Bairros, postos de saúde, centros educacionais,
dentre outros, além de consolidar a política pública municipal que trata da
logística reversa, onde toda a sociedade assuma sua responsabilidade no ciclo
de produção e consumo.
Assim, o município deve atuar no sentido de orientar a que o
munícipe acondicione adequadamente e de forma diferenciada os resíduos
sólidos gerados na sua residência37, bem como os disponibilize
adequadamente para coleta ou devolução.
Quanto à frequência propõe-se que os setores de coleta seletiva
sejam os mesmos da coleta convencional buscando o atendimento de 100% da

37 Veja-se o tópico de educação ambiental visando à sensibilização dos adultos e a


conscientização das crianças quanto à importância da coleta seletiva. Especificamente o Item 11.2
Coleta Seletiva. Bem como verifique-se o tópico 14 que trata da coleta seletiva município de
Maringá. objetivos metas e programas.

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população. Recomenda-se estudo para aumentar a frequência da coleta de


material reciclável. A região central poderá ser atendida todos os dias, como o
recomendado para coleta convencional, considerando o grande fluxo de
pessoas que circulam na região diariamente.

3.3.1 Coleta seletiva em condomínios

A coleta seletiva é de extrema importância para a concretização no


que tange a Política Nacional de Resíduos Sólidos. A conscientização para a
triagem dos materiais na fonte é de suma importância para que haja uma coleta
seletiva eficiente. Para a implantação da coleta seletiva nos condomínios
residenciais faz-se necessário estabelecer critérios para a operacionalização
conforme descrito abaixo:

1- Espaço e conscientização

É necessário um espaço a ser disponibilizado para o


armazenamento dos materiais, podendo assim chamar de transbordo. A
necessidade do espaço se dá por conta da correta armazenagem, uma vez que
a coleta seletiva não será realizada todos os dias nos condomínios. Com o
local adequado para o armazenamento dos materiais será possível ter um
material correto para a destinação ambientalmente adequado, não sendo um
material contaminado.

2- Definir quais materiais serão coletados

Um outro aspecto a ser levado em consideração é a necessidade de


ser determinado quais os materiais serão separados pelos condôminos, se isso
se dará através de sacos plásticos, se os materiais recicláveis podem ser
armazenados todos em um saco plástico semente. Esses critérios a serem
estabelecidos podem ser decididos em parceria com empreendimentos de
catadores que poderão apontar quais as diretrizes a serem seguidas. Os

267
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empreendimentos de catadores já se manifestaram em relação à questão da


segregação dos materiais. (ponto educação ambiental).

3- Conscientização da importância do descarte correto

O processo da coleta seletiva necessita da conscientização dos


condôminos em realizar o descarte correto dos materiais. A conscientização se
dará través de campanhas realizadas por empreendimentos de catadores, uma
vez que o condômino realizando o correto descarte dos materiais recicláveis,
estará afetando diretamente a renda dos catadores de materiais recicláveis.

4- Local de armazenamento

O local de armazenamento dos materiais recicláveis é de extrema


importância para a destinação final ambientalmente adequada. Para o
armazenamento dos materiais o condomínio terá que avaliar a quantidade de
apartamentos existentes em cada condomínio, qual a periodicidade que é
realizada a coleta seletiva. Para a realização da coleta é sugerido ao
condomínio a disponibilidade de contêineres em cores diferenciadas para o
descarte dos materiais recicláveis.

Figura 33 – Contêiner para utilização em condomínios

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Figura 34 – Contêiner com separação para utilização em condomínios

5- Treinamento para os responsáveis;

O treinamento para as pessoas responsáveis em manusear os


materiais recicláveis antes da realização da coleta poderá ser realizado por
empreendimento de catadores, devidamente cadastrados na SEMUSP e/ou
SEMA. Tal treinamento poderá ser realizado através de termos de cooperação
firmado entre empreendimentos de catadores, administração pública e
condomínios.

3.3.2 Projetos para redução e reciclagem dos resíduos

De acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, um dos


itens fundamentais na elaboração dos Planos Municipais é o desenvolvimento
de projetos que estipulem metas para a redução da geração dos resíduos
sólidos.
Para isto, a gestão municipal poderá implantar, além da coleta
seletiva em âmbito municipal, ações que poderão contribuir para a tomada de
consciência quanto à importância da redução na geração dos resíduos sólidos

269
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urbanos, especificamente através de uma estratégia de formação/informação,


que pode alcançar inicialmente a própria administração pública municipal.
Nesse sentido, pequenos projetos podem trazer grandes resultados,
dentre as possíveis ações destacam-se:
 Redução do consumo de tintas e papéis para fins de impressão, de
documentos através da utilização de sistemas de gerenciamento e
de processos informatizados com assinaturas digitais. Acompanhado
de relatórios quantitativos a respeito das metas anuais ou
semestrais. Esta ação pode contribuir, na minimização do
desperdiço de papéis e tintas, cujos custos oneram
significativamente a administração pública. Para tanto a
administração deve escolher área de redução específica,
estabelecendo em cada caso de interesse os valores e volumes
iniciais, para logo após estabelecer metas de redução compatíveis
com a manutenção dos serviços de qualidade, tal processo deve ser
desenvolvido de forma participativa com os servidores, haja vista
que seu comprometimento com as metas é fundamental para o êxito
dos programas de redução.
 Implantação de projetos 5S nos prédios públicos, secretarias e
escolas municipais: O 5S surgiu no Japão no início dos anos 1950.
Dentre seus principais objetivos estão: facilitar as atividades, facilitar
a localização dos materiais disponíveis para o trabalho, evitar o
desperdício.
Todos os projetos deverão prever metas para a redução, ainda as
secretarias poderão promover atividades que incentivem a participação dos
funcionários e da população.
Nesse contexto alguns projetos podem ser desenvolvidos em locais
estratégicos de maior visibilidade Dops cidadãos, visando à multiplicação das
informações para o máximo de pessoas possíveis, como por exemplo, escolas
municipais, creches, centros comunitários, parques e praças públicas, centro
de eventos dentre outros.

270
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3.3.3 Cooperativas de catadores

Considerando que, as cooperativas são organizações voluntárias,


abertas a todas as pessoas aptas a utilizar os seus serviços e assumir as
responsabilidades como membros. Assim é necessário que os membros
contribuam equitativamente para a formação do capital de suas cooperativas e
o controlem democraticamente.
É necessário e importante que os dirigentes, cujas funções estão
definidas através do Estatuto Social ou do Regimento Interno, sejam escolhidos
por apresentarem real expressão de liderança, conhecimento e vivência dos
princípios básicos do cooperativismo, devendo conhecer a legislação vigente,
serem empreendedores e se empenharem no exercício das atividades de
planejamento, organização, direção e controle da empresa.
É importante que ainda que, as cooperativas promovam a educação
e a formação dos seus membros, dos representantes eleitos e dos
trabalhadores, de forma que estes possam contribuir eficazmente, para o
desenvolvimento de suas cooperativas.
As sete Cooperativas de Catadores atualmente contratadas pelo
município de Maringá, como prestadoras de serviços, deverão ser formadas
exclusivamente, por pessoas físicas de baixa renda, reconhecidas pelo poder
público como catadores de materiais recicláveis, devem apresentar o Cadastro
realizado pela Secretaria Municipal de Assistência Social, em conformidade
com o Decreto Federal nº 6.135 de 26 de junho de 2007 e inciso XXVII do Art.
24 da Lei Federal nº 8.666/93.
Para a prestação de serviços das Cooperativas ao município de
Maringá, faz-se necessário atender alguns critérios conforme segue:
 Atender as Leis 5.764/71, que define a Política Nacional de
Cooperativismo, instituindo o regime jurídico das
sociedades cooperativas e, a Lei 12.690/12, que dispõe
sobre a organização e o funcionamento das Cooperativas
de Trabalho;

271
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 Insumos e manutenção de veículos e equipamentos de


propriedade da cooperativa e/ou através de termos de
concessão de uso;
 Utilização pelos cooperados de Uniformes, Equipamentos
de Proteção Individual (EPI) e Equipamentos de Proteção
Coletiva (EPC);
 A prestação de serviços deverá ser executada de forma a
garantir os melhores resultados, cabendo as cooperativas
otimizar a gestão de seus recursos humanos e
supervisionar os serviços executados, com vistas à
qualidade dos serviços prestados;
 Capacitar os cooperados para atuarem como agentes
ambientais;
 Necessidade de instalação de equipamentos de som nos
veículos da coleta seletiva de propriedade do município,
para a sensibilização da comunidade dos bairros onde a
coleta seletiva acontece;
 Necessidade de identificação dos veículos de propriedade
de cooperados e/ou de cooperativas e que, realizam a
coleta seletiva no município;
 Necessidade de divulgação de coleta seletiva, através de
campanhas de educação ambiental em escolas/igrejas e
outras instituições sobre a importância da segregação dos
materiais recicláveis na fonte geradora, ou seja, no
domicílio;
 A cooperativa deverá garantir o armazenamento, em área
coberta, dos materiais recicláveis segregados ou não;
 Atender as exigências descritas na Norma Técnica de
Segurança do Trabalho (NR5), Vigilância Sanitária e
Bombeiros;

272
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 Para garantir a saúde e a segurança dos cooperados, a


Cooperativa deve proibir o uso de fumo, nas dependências
da Cooperativa.
A Cooperativa deve proibir o trabalho ou a permanência de menores
de idade no interior e entorno dos barracões de triagem, atendendo a Lei nº
8.069/1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA);
Mensalmente as cooperativas de catadores contratadas como
prestadoras de serviços deverão prestar contas, através de lista atualizada
contendo:
 Nome dos cooperados, com RG, CPF e endereço completo
 Cadastro único (CAD da SASC)
 Função dos cooperados no galpão/ barracão
 Comprovante de Fundo de Reserva para a Cooperativa
 Comprovante de pagamento dos cooperados devidamente
datados e assinados
 GFIP/SEFIP de acordo com a Lei nº 9.528/97, contendo os
cooperados do período, com os resumos
 Comprovante da Guia do INSS
 Comprovante da Guia do FGTS
 Certidão Negativa de Débitos Federais
 Certidão Negativa de Débitos Estaduais
 Certidão Negativa de Débitos Municipais
 Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas
 Certidão Negativa de Débitos – FGTS
 Alvará municipal vigente
 Licença ambiental vigente

3.3.3.1 Incentivo a criação e desenvolvimento de cooperativas ou de outras


formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis.

273
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Atualmente o município fornece incentivos às cooperativas


legalmente constituídas e em operação em seu território, através de contrato
de prestação de serviço, tais incentivos como: concessão de veículos,
barracão, servidores, além de repasse financeiro para diversos fins. Portanto,
hoje o município já atende as determinações contidas na Lei Federal nº
12.305/2010 (Política Nacional de Resíduos Sólidos) e também a Lei Federal
nº 12.690/2012, no que tange priorizar e incentivar o desenvolvimento das
cooperativas de catadores de materiais recicláveis.
O município compromete-se a manter os incentivos já oferecido às
cooperativas, tanto mantendo o contrato de prestação de serviço com as
cooperativas já existentes, quanto firmando novos contratos.
Destacamos que das cooperativas já existentes no território
municipal apenas algumas realizam a atividade de coleta nas vias públicas,
sendo que as cooperativas que se dispuserem a realizar esta atividade o
município pretende viabilizar através de parceria com os condomínios
horizontais e verticais, o acesso dos mesmos aos materiais recicláveis
produzidos nestes locais.

3.3.3.2 Os Catadores de Materiais Recicláveis como Agentes Ambientais

A catação de materiais recicláveis é tida como meio de


sobrevivência entre os catadores de materiais recicláveis. Além de um meio de
sobrevivência O que se vê desde que seres humanos encontraram a catação
de material reciclável como meio de sobrevivência, a catação tem a
possibilidade de inclusão social dos catadores ao mercado de trabalho. A mão
de obra destes trabalhadores por muitas vezes é explorada pelos
intermediários ou “atravessadores”, que pagam valores irrisórios pelos
materiais coletados e triados, para então revender para a indústrias com
valores acima dos que foram pagos aos catadores.
O número significativo de trabalhadores na catação está relacionado
com o aumento do desemprego e por esses trabalhadores por muitas vezes
serem pessoas que não possuem mão de obra qualificada.

274
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A capacitação dos trabalhadores na catação faz com que sejam


reconhecidos como agentes ambientais que são para que tenhamos uma
coleta seletiva mais eficiente e um aproveitamento maior em materiais
recicláveis que voltará à cadeia de produção.
O trabalho de agente ambiental envolve, portanto, dispêndio de
energia, de tempo e de instrumentos apropriados para as
tarefas desempenhadas no processo: recolher, separar e
transportar o material coletado para seu novo endereço, onde
será novamente transformado e distribuído. É exatamente
nesta tarefa de coleta, separação, manuseio e transmutação do
lixo em mercadoria que encontramos o modo de sobrevivência
dos “nossos” agentes, que, ao se exporem a diversos riscos de
acidentes e de saúde, também estão socialmente
vulneráveis.38
A sugestão é de que o município através das secretarias afetas à
realidade dos empreendimentos de catadores, quais sejam: SASC, SEMA e
SEMUSP, possam interagir e através de programas de capacitação,
transformar os catadores efetivamente em agentes ambientais, possibilitando
que os mesmos possam capacitar os moradores através de palestras de
educação ambiental, dentre outros meios de conscientização ambiental.

3.3.3.3 Do contrato administrativo para fins de remuneração das


cooperativas de catadores39
Quanto ao ponto, o presente estudo foi realizado no marco das
atribuições do Conselho Gestor do Programa Pro-Catador. Esse Conselho foi
instituído pela lei Municipal nº 9.615/2013, nesse contexto normativo
observamos que ao mencionado Conselho cabe prestar apoio técnico e
administrativo aos órgãos municipais responsáveis pala gestão dos resíduos
sólidos, devendo ser consultado previamente à execução de todo e qualquer

38 http://bibliotecadigital.fgv.br/ojs/index.php/cadernosebape/article/view/5495/4215.
39 Este estudo está às Fls. 4.016 - 4.024 dos autos da Ação Civil Pública nº 0000825-72 2000
8 16 0017.

275
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projeto voltado direta ou indiretamente ao gerenciamento de resíduos sólidos


recicláveis no âmbito do município.
Assim, nesse âmbito de atribuições o Conselho Gestor do Programa
Pro-Catador deliberou na Terceira Reunião Extraordinária de 09/09/2014, como
sugestão os critérios a seguir apresentados, sendo eles elementos para fins de
elaboração do contrato com a Administração Pública. O estudo foi
desenvolvido pelo Conselheiro representante da Universidade Estadual de
Maringá e integrou a ata da mencionada reunião extraordinária.
Assim, ao respeito devemos iniciar a análise pelo que está no Art. 24
da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, que diz o seguinte:
Art. 24. É dispensável a licitação:
[...]
XXVII - na contratação da coleta, processamento e
comercialização de resíduos sólidos urbanos recicláveis ou
reutilizáveis, em áreas com sistema de coleta seletiva de lixo,
efetuados por associações ou cooperativas formadas
exclusivamente por pessoas físicas de baixa renda
reconhecidas pelo poder público como catadores de materiais
recicláveis, com o uso de equipamentos compatíveis com as
normas técnicas, ambientais e de saúde pública. (Grifou-se)
Nesse contexto, a melhor doutrina observa que:
[...] existem razões de diversa ordem no sentido do incentivo e
fomento à atividade dos catadores de papel. Trata-se não apenas de
assegurar a eles a elevação da condição de vida digna, mas também
promover a integração à atividade econômica formal – inclusive para
efeitos de garantir o acesso à seguridade social.40
Isto também porque, a coleta seletiva de resíduos sólidos urbanos
constitui inegavelmente base do desenvolvimento sustentável, princípio
constitucional conceituado como:
“O desenvolvimento sustentável é aquele que atende às
necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as
futuras gerações futuras atenderem a suas próprias necessidades”41
Assim, esse princípio obriga aos Estados a gerenciar o meio
ambiente e os recursos, dentre eles os resíduos sólidos urbanos,

40Marçal Justen Filho. Comentário a lei de licitações. São Paulo: Dialética, 2010, p. 352.
41Nosso Futuro Comum. Relatório Brundtland Comissão Mundial da ONU sobre o Meio Ambiente e
Desenvolvimento. 1987. p. 46.

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SÓLIDOS URBANOS

considerados como recursos ambientais de segunda geração42, para o


benefício de gerações atuais e futuras.
Destaque-se que a coleta seletiva é ainda serviço público municipal
(CRFB/88, art. 30, V), nesse sentido, Meirelles adverte que:
A competência do Município para organizar e manter serviços
públicos locais está reconhecida constitucionalmente, como um dos
princípios asseguradores de sua autonomia administrativa.
Ora, é inequívoco, que a contratação das cooperativas de catadores
não é ato discricionário da administração, haja vista que havendo material
reciclável e cooperativa de catadores legalmente constituídas no município,
deve a administração pública municipal contratar.
Esse também é o entendimento de Marçal Justem Filho, que
sustenta o seguinte:
A situação concreta e a existência material de um enorme
contingente de pessoas atuando no setor torna inconstitucional a
omissão dos entes políticos, os quais, devem compulsoriamente
adotar decisões destinadas a respaldar atividade desenvolvida pelos
catadores [...]43
Frise-se, que de nada adianta o desenvolvimento de campanha pela
reciclagem, separação de resíduos e outras nesse sentido, se não for feita a
coleta de forma seletiva, pois de nada valerá separar o resíduo, se mais tarde
serão recolhidos de forma única, ou seja, misturados e depositados todos num
aterro, com evidentes prejuízos sociais e ambientais.

3.3.3.3.1 Da remuneração

Inicialmente devemos observar a Lei Federal nº 12.690/2012, que


dispõe sobre a organização e o funcionamento das Cooperativas de Trabalho,
e que no seu Art. 7º diz o que segue:
Art. 7o A Cooperativa de Trabalho deve garantir aos sócios os
seguintes direitos, além de outros que a Assembleia Geral venha a
instituir:
I - retiradas não inferiores ao piso da categoria profissional e, na
ausência deste, não inferiores ao salário mínimo, calculadas de

42 Jorge Villalobos. Os resíduos sólidos urbanos como recursos ambientais de segunda geração.
43 Marçal Justen Filho. Comentário a lei de licitações. São Paulo: Dialética, 2010, p. 353.

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forma proporcional às horas trabalhadas ou às atividades


desenvolvidas;
II - duração do trabalho normal não superior a 8 (oito) horas
diárias e 44 (quarenta e quatro) horas semanais, exceto quando
a atividade, por sua natureza, demandar a prestação de trabalho
por meio de plantões ou escalas, facultada a compensação de
horários;
III - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos
domingos;
IV - repouso anual remunerado;
V - retirada para o trabalho noturno superior à do diurno;
VI - adicional sobre a retirada para as atividades insalubres ou
perigosas;
VII - seguro de acidente de trabalho.
§ 1o Não se aplica o disposto nos incisos III e IV do caput deste
artigo nos casos em que as operações entre o sócio e a cooperativa
sejam eventuais, salvo decisão assemblear em contrário.(Grifou-se)
Assim, esse conteúdo mínimo deve ser observado para fins de
determinação da remuneração da cooperativa.
Um segundo elemento é o fato que:
Resíduos que são encaminhados para a reciclagem não vão para as
unidades de disposição final, gerando economia total destes
44
gastos .
Dentro desse contexto é importante que o gestor entenda o
seguinte:
Do ponto de vista da reciclagem, mesmo a destinação “aterros
sanitários” é considerada inadequada, uma vez que, caso materiais
recicláveis sejam enviados para esse destino sem passar por
triagem, estes serão enterrados com resíduos orgânicos,
impossibilitando sua reciclagem.45
Quanto á remuneração, nesta análise combinou-se a perspectiva
desenvolvida no estudo do IPEA, antes referido, e incorporamos elementos
locais referidos especificamente ao município de Maringá.
Assim, almejando a sustentabilidade do sistema de coleta seletiva
no município de Maringá, através de cooperativas de catadores, teríamos de
início 3 objetivos definidos:

44 Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA. Relatório de Pesquisa sobre Pagamento por
Serviços Ambientais Urbanos para Gestão de Resíduos Sólidos. Diretoria de Estudos e Políticas
Regionais, Urbanas e Ambientais (Dirur), Brasília, 2010, p. 21.
45 Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA Relatório de Pesquisa sobre Pagamento por

Serviços Ambientais Urbanos para Gestão de Resíduos Sólidos. Diretoria de Estudos e Políticas
Regionais, Urbanas e Ambientais (Dirur), Brasília, 2010, p. 21.

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• GARANTIR A RENDA MÍNIMA E ELEVAR A RENDA MÉDIA DOS


CATADORES;
• GARANTIR O PREÇO MÍNIMO LOCAL, DE MODO A REDUZIR OS
IMPACTOS NA RENDA DECORRENTE DA OSCILAÇÃO DOS
PREÇOS PAGOS AOS CATADORES POR MATERIAIS
RECICLÁVEIS;
• ESTIMULAR O GRAU DE FORMALIZAÇÃO EM COOPERATIVAS E
INCENTIVAR O AUMENTO DE EFICIÊNCIA.
• AUMENTAR A CHANCE DE SUCESSO DAS COOPERATIVAS A
MÉDIO E LONGO PRAZOS E DA COLETA SELETIVA.
Diante disso, para alcançar o primeiro objetivo temos que o
instrumento proposto é:
pagamento por produtividade, e pelo serviço ambiental [o qual é]
constituído de pagamentos periódicos às cooperativas de catadores
de resíduos sólidos urbanos por tonelagem de resíduo coletado,
independentemente do tipo de material, garantindo-se um salário
mínimo.
Veja-se que além do mais, o salário mínimo é direito fundamental
social, expressamente previsto na Constituição.
Para alcançar o segundo objetivo são necessárias às intervenções
de correção em razão:
a.- depressão nos preços em tempos de crise;
b.- incentivar o recolhimento de materiais recicláveis de alto
potencial poluidor que apresentem baixos valores médios de
mercado, mesmo em condições normais.
Assim, o instrumento definido se caracteriza por ser:
um fator multiplicador, estabelecido por classe de material reciclável,
que será multiplicado pelo valor a ser pago por tonelada recolhida
para cada classe de material, conforme estabelecido pelo
mecanismo de pagamento por produtividade46.
No entanto, também poderia ser instrumentado, para reduzir os
impactos cíclicos de baixos preços do material reciclável, um sistema de fundo,
conforme entendido pelo IPEA, no seguinte sentido:
repassar um percentual predefinido [...] a ser pago para cada
cooperativa, não em dinheiro corrente, mas para o fundo e creditado
na “conta” da cooperativa.
Assim,

46Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA. Relatório de Pesquisa sobre Pagamento por
Serviços Ambientais Urbanos para Gestão de Resíduos Sólidos. Diretoria de Estudos e Políticas
Regionais, Urbanas e Ambientais (Dirur), Brasília, 2010, p. 9.

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Esse valor poderia, então, aumentar o limite de crédito, ou ser usado


para pagar crédito previamente contraído, para diversos tipos de
investimento. Esse percentual poderia ser igual para cada
cooperativa ou proporcional à produtividade da
cooperativa−cooperativas com produtividades diferentes receberiam
percentuais distintos de sua receita na forma desse repasse.
Sendo, nesse conjunto de ações, atendidos, em razão da natureza
jurídica do contrato administrativo, os princípios da legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade, eficiência47 e economicidade.
Além do mais, considere-se que a coleta de resíduos é um serviço
público, e deve-se garantir, em razão disso, o atendimento ao princípio da
continuidade do serviço.
Preciosa nesse aspecto a lição de Marçal Justem Filho, para quem a
remuneração deve ser entendida no seguinte contexto:
A lei se omite no tocante às condições de fixação de preço. Deve-se
adotar interpretação sistémica, reconhecendo a natureza
funcional da contratação. Ou seja, não se pretende que o Estado
obtenha lucro à custa do trabalho de uma multidão de carentes.
Portanto, caberá produzir remuneração compatível com os preços de
mercado48.(Grifou-se)
Diante disso, é fundamental conhecer o valor por tonelada de
material aterrado49 no município de MARINGÁ, sendo hoje esse valor de
aproximadamente de R$ 150,00 por tonelada.
Em síntese, tendo em vista a necessidade de que o contrato seja
suficiente não só para custear as despesas operacionais da cooperativa, mas

47Luiz Alberto David Araújo e Vidal Serrano Nunes Júnior. Curso de direito constitucional, São
Paulo: Saraiva, 1998, p. 235 "O princípio da eficiência tem partes com as normas de 'boa
administração', indicando que a Administração Pública, em todos os seus setores, deve
concretizar atividade administrativa predisposta à extração do maior número possível de
efeitos positivos ao administrado. Deve sopesar relação de custo-benefício, buscar a otimização
de recursos, em suma, tem por obrigação dotar da maior eficácia possível todas as ações do
Estado"3.
48 Marçal Justen Filho. Comentário a lei de licitações. São Paulo: Dialética, 2010, p. 352
49 Segundo dados do Ministério das Cidades (BRASIL, 2009a), o valor médio contratual de

aterramento em 2007 para amostra de 30 municípios era de R$ 22,64 por tonelada, sendo esse
valor assumido como o benefício gerado pela reciclagem com relação à disposição final de resíduos
sólidos. (p.21 IPEA). Hoje os valores estão na ordem de R$ 150,00 por tonelada na região de
Maringá.

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também para efetivamente retribuir o serviço prestado, é desejável que a


remuneração a ser paga contemple os seguintes aspectos:
 pagamento de valor fixo correspondente aos custos de
operação e despesas da cooperativa, que seja suficiente para
arcar com o valor total desses gastos, levando-se em conta
que a regularização do empreendimento e o desenvolvimento
regular de sua atividade exigirá a realização ordinária de outras
despesas além das atuais, tais como o pagamento de escritório
de contabilidade, a elaboração e implementação dos
programas de saúde e segurança no trabalho, o recolhimento
de contribuições previdenciárias, dentre outras;
 pagamento de valor proporcional à produtividade, adotando-se
como referência um valor por tonelada, sendo que esta parcela
da remuneração deverá ser suficiente para efetivamente
retribuir os serviços prestados, garantindo aos cooperados o
valor do salário mínimo, que, além de constituir um direito
fundamental de todos os trabalhadores (art. 7º, IV, Constituição
Federal), ainda constitui direito expressamente previsto na Lei
do cooperativismo de trabalho (Lei n. 12.690/2012, art. 7º, I).
Diante desses dados e conforme analisado, passamos a considerar
os seguintes valores e forma de pagamento:

I) DO VALOR FIXO:

a) Referentes ao aluguel do barracão onde será executada a triagem dos


materiais coletados;
b) Referentes ao custeio das demais despesas administrativas e
operacionais da cooperativa, nos termos da planilha em anexo, que
considera os valores atuais de despesas e também as despesas futuras
e necessárias para a atuação regular da cooperativa, dentre as quais, no
mínimo, água, luz, telefonia, condomínio, FGTS, INSS e despesas com
programas e medidas de saúde e segurança no trabalho. Obriga-se

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ainda a Cooperativa, a apresentar juntamente com as faturas mensais,


comprovantes de todos os pagamentos efetuados no mês de referência;
c) Referente ao valor do salário mínimo individual, por mês a cada
cooperado, calculado de forma proporcional às horas trabalhadas, pelos
serviços de coleta, triagem e processamento do material reciclável e
reutilizável coletado.(Art. 7º, IV da CRFB/88 e Lei Federal nº
12.690/2012);

II) DO VALOR PROPORCIONAL À PRODUTIVIDADE50:

a) valor referente a visita domiciliar, para campanha educativa ambiental,


definido o domicílio como o local estruturalmente separado e
independente que se destina a servir de habitação a uma ou mais
pessoas, ou que esteja sendo utilizado como tal (IBGE), limitada a
quatro visitas mensais domiciliares, com pagamento mensal, para a
entrega aos munícipes dos sacos de embalagem plástica de 100 litros,
para disposição/separação do resíduo reciclável; orientação sobre a
segregação de resíduos recicláveis e reutilizáveis, e participação em
campanhas de educação Ambiental, conforme orientação da
SECRETARIA MUNICIPAL COMPETENTE;

b) valor referente a tonelada – referente à prestação de serviço


socioambiental para fins manutenção e continuidade do serviço de
coleta seletiva, de forma a não comprometer a continuidade do serviço
público. Sendo o controle realizado a partir de pesagem do material
realizado pela CONTRATADA in loco e/ou notas fiscais de
comercialização;
c) valor referentes aos serviços socioambientais de destinação adequada
do resíduo sólido reciclável, tendo em vista que esses resíduos são
retornados, ao processo produtivo, como recurso ambiental de segunda

50 Originalmente constavam para o item a) R$ 0.95 (noventa e cinco centésimos de real); para o
item b) R$ 140,00 (cento e quarenta reais) ; para o item c) R$ 150,00 (cento e cinquenta
reais).

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geração; também considera a diminuição do impacto ambiental e a


preservação do meio ambiente e dos recursos naturais em escala local.
Assim como pelo aumento da longevidade do aterro sanitário. Sendo
aferido pelo controle de balança realizado pela CONTRATADA in loco e
notas fiscais de comercialização.

3.3.4 Ecopontos

Os PEVs - Pontos de Entrega Voluntária, deverão ser ampliados no


município, por minimizar tempo e investimento de recursos, além de
sensibilizar a comunidade sobre a responsabilidade compartilhada na
destinação correta de resíduos. Estes locais de recebimento de materiais
recicláveis, devem conter subdivisões para cada tipo de material, facilitando
assim a utilização do mesmo.
Os Pontos de Entrega Voluntária deverão ser dispostos em locais de
referência como: igrejas, centros comunitários, escolas e outras instituições de
ensino, shoppings centers e condomínios. É importante que, grandes eventos
realizados no município também disponibilizem os Pontos de Entrega
Voluntária.
Nas áreas rurais poderão ser instalados Pontos de Entrega
Voluntária PEVs, onde a população possa depositar os resíduos de materiais
recicláveis para posterior coleta, as estruturas de recebimento deverão conter
subdivisões para que não aconteça a mistura dos materiais, bem como
poderão ser dispostos em locais de referência das áreas rurais.
Constantemente pode ser observado em vias públicas, próximo a
terrenos de fundo de vale e até mesmo em estradas rurais, descarte de móveis
de grande volume, tais como: sofás, camas, máquinas de lavar, etc. Para se
evitar que esta situação persista a administração municipal implantar
estratégias para coleta de resíduos volumosos. Assim, para evitar que essa
situação persista a administração pública pode formalizar o programa bota-bora
como a seguir.

283
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3.3.5 Programa de coleta bota fora

A Secretaria de Serviços Públicos (SEMUSP) iniciou o trabalho de


limpeza das vias públicas através do programa “Cidade Limpa” e “Bota Fora”
no início de 2017. Essa atividade é realizada por servidores das gerências da
Coleta, Limpeza Pública e Arborização que atua nos bairros onde a população
pode descartar sofás, armários, geladeiras, fogões e outros materiais. A
quantidade de caminhões, tratores e servidores pode variar muito a depender
do trabalho a ser realizado.
A determinação de qual bairro ou região segue orientação da
Secretaria Municipal de Saúde, pois leva-se em consideração os bairros com
maior Índice de Infestação por Aedes aegypti. A medida previne que a
comunidade descarte esses materiais em fundos de vale, terrenos baldios e
outros ambientes.
A separação desses materiais é feito no ato da coleta, sendo
necessário realizar, antes a devida e adequada campanha de informação.
Assim, a Prefeitura deve informar da necessidade da correta separação dos
materiais, para serem destinados às cooperativas (papel, papelão, plástico,
vidro, metal e Isopor).
Já medicamentos vencidos, lâmpadas fluorescentes, pneus, óleos
lubrificantes, pilhas e baterias deverão ser destinados aos revendedores
conforme legislação da logística reversa. O entulho que não se enquadra como
reciclável ou rejeito deve ser direcionado para o programa específico de
resíduos da construção civil, analisado no item 2.6.1.4 e item 3.4.
Assim este programa deve ser formalizado no marco deste Plano
Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, uma vez que se trata de
programa de natureza inter setorial e que repercute de forma direta na
qualidade de vida da população e se apresenta como um meio eficaz ao
combate da proliferação do mosquito da dengue, o Aedes aegypti.
O Programa Bota Fora atende nos finais de semana os bairros que
apresentem índices médios e altos de Infestação por Aedes aegypti, conforme
dados do LIRAa (Levantamento Rápido do Índice de Infestação do Aedes

284
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aegypti). Cabendo então informar preventivamente, à Secretaria Municipal de


Saúde a área a ser atendida, haja vista que em Maringá 90% dos criadouros do
mosquito Aedes aegypti estão dentro das casas.

3.4 RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

Conforme apresentado no diagnóstico referente à gestão dos


resíduos de construção civil, no momento, o município de Maringá não conta
com Plano Integrado de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil, que
estabeleceria diretrizes técnicas e procedimentos tanto para a elaboração dos
Planos de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil de Grandes
Geradores tanto para o exercício das responsabilidades dos pequenos
geradores, em conformidade com os critérios técnicos do sistema de limpeza
urbana local.
No Plano Integrado de Gerenciamento de Resíduos da Construção
Civil, o município deverá regulamentar e identificar os pequenos e grandes
gerados de resíduos da construção civil. Considerando que ainda existem em
Maringá algumas áreas de disposição irregular de resíduos da construção civil,
a regulamentação será de extrema importância, pois neste documento haverá
o cadastramento de áreas, públicas ou privadas, aptas para recebimento,
triagem e armazenamento temporário de pequenos volumes, em conformidade
com o porte da área urbana municipal, possibilitando a destinação posterior
dos resíduos oriundos de pequenos geradores às áreas de beneficiamento.
Por outro lado, a Secretaria de Planejamento – SEPLAN estará
efetuando o gerenciamento de resíduos da construção civil vinculado ao
processo de aprovação do projeto arquitetônico até a fase da conclusão da
obra, quando se dará a emissão da Certidão da Construção/Habite-se. O
processo será operacionalizado pelo sistema on line, incluindo os pequenos e
grandes geradores de forma que o gerador fique condicionado a apresentar as
devidas documentações pertinentes às etapas da construção.
O ciclo on line do Plano compreenderá três etapas, divididos em
fases do Protocolo, Movimentação dos processos e a Conclusão.

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 A fase do Protocolo compreenderá o inicio do processo onde


o requerente informará o tipo da edificação, dados do
proprietário, técnico responsável, cadastro imobiliário,
endereço do imóvel, área da intervenção, característica dos
resíduos bem como do volume;
 A fase da Movimentação será o tempo do processo a ser
analisado, com base nas normativas existentes;
 A fase da Conclusão ficará vinculado a fase de Certidão de
Conclusão de Edificação.
Considerando que no município há pouca informação sobre os
resíduos da construção civil, incluindo a quantidade de RCDs reciclados, um
novo sistema para apresentação destas informações on-line deve proporcionar
uma melhoria no diagnóstico municipal e, consequentemente, uma melhoria na
gestão.

3.5 RESÍDUOS INDUSTRIAIS E PERIGOSOS

Os resíduos industriais são variados e, na maioria das vezes,


englobam também os resíduos perigosos. Atualmente, o município não possui
um cadastro minucioso de todos os resíduos gerados, pois o sistema do Plano
de Gerenciamento de Resíduos - PGR online não permite a geração de
relatório pelo administrador quanto ao somatório de resíduos.
O sistema atual passou a ser utilizado para a emissão da Licença
Ambiental Simplificada (LAS). Os estabelecimentos que deverão providenciar a
LAS estão listados na Resolução Normativa nº 01 – SEMA/COMDEMA. No
geral, constam os empreendimentos classificados como grandes geradores,
oficinas, pequenas indústrias e lava-jatos, dentre outros.
Assim sendo, o município deverá providenciar modificações no
sistema, permitindo a obtenção do somatório dos resíduos. Com a absorção de
outras modalidades de licenciamento provenientes do estado, Maringá deverá
desenvolver um novo sistema para licenciamento ambiental municipal e esta
necessidade deverá ser atendida. Acredita-se que o fato de o licenciamento

286
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ambiental passar a ser emitido pelo município vai proporcionar um controle


ainda melhor das informações prestadas pelos geradores destes resíduos.
A movimentação mensal é o relatório no qual o gerador atualiza o
poder público quanto às quantidades de resíduos geradas em seu
estabelecimento, após a aprovação do PGR online, mês a mês. No entanto, a
dificuldade se mantém quanto à obtenção da quantidade total pelo sistema de
forma rápida e ágil. Havendo uma adequação no sistema, este processo de
controle por parte do poder público será mais eficaz, ou seja, esta ação deve
melhorar a gestão pública.
Considerando que o Plano de Gerenciamento de Resíduos é a única
ferramenta que proporciona ao poder público a atualização das informações
quanto aos resíduos perigosos e industriais gerados no município, é importante
ressaltar que há a necessidade de atualização do Decreto Municipal nº
2000/2011. O sistema do PGR online, inédito no Brasil, foi lançado por meio
deste decreto, mas durante o período ocorreram várias mudanças e o setor
competente constantemente detecta que é necessário atualizar e regulamentar
de maneira mais clara vários pontos do documento.
Com relação aos resíduos industriais que não se classificam como
perigosos, como, por exemplo, papelões, sucatas e plásticos, a maioria deles
se classifica como reciclável. Portanto, o Poder Público deverá consolidar
parcerias com indústrias para realização de coleta seletiva e para o
desenvolvimento de programas de educação ambiental, de forma a garantir a
destinação ambientalmente adequada destes resíduos e proporcionar a
valorização das cooperativas de catadores de materiais recicláveis.
Conforme apresentado no diagnóstico, metade das empresas que
prestam serviço de coleta e transporte em Maringá não estão estabelecidas na
cidade. Portanto, há uma grande dificuldade no controle, por parte do órgão
ambiental, com relação às atividades destas empresas.
A atividade de transporte de resíduos perigosos é licenciada pelo
Instituto Ambiental do Paraná, e a atividade de transporte de resíduos não-
perigosos será licenciada pelo município. Assim sendo, a coleta de resíduos
em geral dentro do perímetro urbano não possui regulamentação específica e,

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em se tratando de uma empresa de outra cidade, não depende de alvará


municipal. Portanto, torna-se extremamente importante a regulamentação do
transporte de resíduos dentro do município, visando principalmente à
segurança, bem como a atividade que é prestada dentro de Maringá. Esta
medida deverá facilitar, também, o controle por parte do órgão ambiental, já
que o Decreto Municipal 2000/2011 prevê a apresentação de relatórios de
resíduos coletados pelos operadores e o município sempre teve dificuldade na
obtenção destas informações com coletores de outros municípios.
Resumindo, as medidas propostas neste âmbito são:
 Atualização e controle do sistema do Plano de
Gerenciamento de Resíduos / Licenciamento Ambiental, de
forma a proporcionar a soma automática dos resíduos
gerados;
 Atualização do Decreto Municipal nº 2000/2011, que
regulamenta a apresentação do Plano de Gerenciamento
de Resíduos online;
 Consolidação de parcerias com indústrias e comércios para
realização de coleta seletiva e para o desenvolvimento de
programas de educação ambiental;
 Regulamentação das atividades de coleta e de transporte
de resíduos no município.

3.6 RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE

Com base no diagnostico realizado propomos as seguintes ações:


1) Realizar treinamento com os responsáveis pela elaboração e
implantação do plano de gerenciamento das na rede pública
composta pelas Unidades Básicas de Saúde, Unidades de Pronto
Atendimento e Hospital Municipal.
2) Realizar revisões na legislação sobre RSS, principalmente após a
publicação da Consulta Pública nº 20 de Março de 2015 – ANVISA,

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que revisará a Resolução RDC nº 306 de Dezembro de 2004 e


demais normas sobre o assunto.
3) Divulgar amplamente através de mídia (site da Prefeitura, email,
Sistema do PGR online) as atualizações sobre a legislação para
todos os geradores de RSS.
4) Manter e aprimorar as ações de fiscalização, garantindo um
correto manejo de resíduos dentro do estabelecimento e
visualizando os comprovantes de coleta e destinação final por
empresas licenciadas, garantindo assim o gerenciamento adequado
dos RSS.
5) Atualizar o sistema do Plano de Gerenciamento de Resíduos
online.

3.7 RESÍDUOS ESPECIAIS

Os resíduos especiais são resíduos agrossilvopastoris gerados nas


atividades agropecuárias e silviculturais, resíduos de serviços de transportes e
resíduos de mineração, e resíduos sujeitos à logística reversa. O Plano de
Gerenciamento de Resíduos e, agora, o licenciamento ambiental municipal,
deverá permitir uma boa gestão do órgão público com relação às informações
dos geradores de resíduos agrossilvopastoris, os gerados nas atividades
agropecuárias e silviculturais, resíduos de serviços de transportes e resíduos
de mineração. No entanto, com relação à logística reversa, muitas ações
deverão ser tomadas pelo município.
Dentre os resíduos que se enquadram no sistema de logística
reversa estão os agrotóxicos, seus resíduos e embalagens, pilhas e baterias,
pneus, óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens, lâmpadas
fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista e produtos
eletroeletrônicos e seus componentes.
No caso dos defensivos agrícolas, no município já existe uma
Central de Recebimento de Embalagens Vazias de Agrotóxicos que atende
produtores rurais de 50 municípios da região.

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As embalagens de óleos lubrificantes já são destinadas em Maringá


por meio do Programa Jogue Limpo. Apesar de a coleta ser gratuita, observa-
se que muitos geradores não tem conhecimento deste programa e acabam
pagando pela destinação dos resíduos de óleos e embalagens. Portanto, seria
importante um trabalho de conscientização principalmente aos profissionais
que se responsabilizam pelos estudos ambientais (PGR online e licença
ambiental), mas também aos próprios geradores.
As baterias automotivas, de acordo com o setor da SEMA
responsável pelas análises de planos de gerenciamento de resíduos, já
seguem o sistema de logística reversa pelos empreendimentos que realizam
sua instalação ou manutenção. Entretanto, as pilhas utilizadas principalmente
no âmbito domiciliar não seguem esta determinação.
As pilhas e as lâmpadas, que deveriam ser devolvidas nos locais
nos quais foram compradas, na sua maioria das vezes não são. Os
consumidores costumam descartar irregularmente estes resíduos ou estocar
em casa. Aqueles que possuem conhecimento com relação à determinação da
Lei Federal 12305/2010, geralmente, não conseguem devolver em qualquer
local de compra. A principal dificuldade está na devolução a mercados e
supermercados. Portanto, é necessário rever a legislação municipal referente
ao assunto, intensificar a educação ambiental e a fiscalização, e promover a
elaboração de convênios com as associações de fabricantes e revendedores.
Com relação aos produtos eletroeletrônicos e seus componentes, no
município temos a Cooperativa Coopercanção - Cooperativa de reciclagem de
lixo eletrônico instalada no conjunto João de Barro, que trabalha no
recolhimento destes materiais, porta a porta e em pontos de entrega
específicos, porém sem qualquer convênio ou auxílio dos fabricantes, o que
precisa ser revisto.
A logística reversa de pneus já funcionou regularmente durante um
período em que foi realizado um convênio entre fabricantes/ponto de
entrega/município. Entretanto, este convênio expirou, necessitando ser
renovado. Na página da Reciclanip, existe a disponibilidade de instruções para

290
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abertura de ponto de coleta que devem ser cumpridas o quanto antes pelo
município.

Figura 35 – Instruções da página da Reciclanip para abertura de ponto de


coleta de pneus

Em resumo, as ações que serão tomadas pelo Município são:


 Convocar dos atores envolvidos para discussão, elaboração
dos acordos setoriais visando a implementação da Logística
Reversa;
 Facilitar através da atuação conjunta de empresas de um
mesmo ramo econômico, para a implementação dos
programas de logística reversa;
 Garantir a participação de gestores públicos e técnicos da
SEMA, no Grupo R-20 da SEMA-PR, que tem como objetivo a
gestão associada dos municípios paranaenses na
implementação da política nacional e estadual de resíduos

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sólidos, envolvendo assuntos relacionados com a Educação


Ambiental; Coleta Seletiva e Inclusão Social de Catadores;
Logística Reversa e Responsabilidade Compartilhada;
Pesquisa, Ensino e Extensão; Disposição Final de Rejeitos e
Consórcios, dentre outros relacionados à implementação das
referidas políticas.
 Estimular os consumidores a devolver os produtos que não são
mais usados em postos (locais) específicos, implantados pelos
revendedores/distribuidores/fabricantes.
 Fiscalizar a instalação locais específicos pelo revendedor para
a coleta (devolução) destes produtos.
 Fiscalizar a implementação dos acordos setoriais ou termos de
compromisso firmados pelos atores envolvidos;
 O município deverá criar campanhas de educação ambiental
sobre a responsabilidade compartilhada, sensibilizando os
consumidores, além de fiscalizar a execução das etapas da
logística reversa;
 Envolver o Ministério Público/através da Promotoria de Meio
Ambiente, em todas as etapas de discussão, elaboração e
implementação dos acordos setoriais e termos de
compromisso;
 Rever a legislação municipal sobre logística reversa.

3.8 GRANDES GERADORES

Conforme apresentado no diagnóstico, a Lei Complementar


Municipal nº 748/2008, que institui a taxa de tratamento de resíduos sólidos
urbanos no município de Maringá, define como resíduos sólidos domiciliares os
resíduos sólidos comuns de estabelecimentos públicos, institucionais, de
prestação de serviços, comerciais e industriais, caracterizados como resíduos
Classe II, pela NBR 10004, da Associação Brasileira de Normas Técnicas –

292
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ABNT, com volume de até 100 (cem) litros ou 50 kg diários. Em 2009, em


reunião entre representantes de empresas, Ministério Público, IAP e Prefeitura
Municipal de Maringá, ficou definido que as empresas que produzem mais de
100 litros ou 50 Kg de lixo por dia devem se responsabilizar pela coleta e
destinação final dos resíduos (grandes geradores).
Entretanto, a Lei Complementar Municipal nº 748/2008 não é
específica para a regulamentação do grande gerador e, por isso, não é
detalhada o suficiente. Assim sendo, existe uma grande dificuldade por parte
da SEMUSP para a definição de quem é grande gerador. Os caminhões não
contem balança, o que torna a constatação subjetiva. Além disso, existem
vários casos de empresas que compartilham contêineres ou que reclamam que
outras empresas ou residências descartam os resíduos em seus contêineres
de forma irregular.
Considerando não haver maneiras de medição exata do volume ou
da massa de resíduos no sistema atual de coleta pública em Maringá, e
considerando que a auto-declaração pode resultar em declarações errôneas ou
até falsas, o Poder Público Municipal vê a necessidade de regulamentação dos
grandes geradores considerando outras variáveis.
É fundamental estabelecer critérios e objetivos, tanto quantitativos
como qualitativos, de modo a ter segurança jurídica, uma vez que critérios não
objetivos podem dar origem a situações de conflitos desnecessários, ou uma
excessiva burocratização. Para tanto a SEMA, SEMUSP, PROGE, SEGE e
SEFAZ devem estabelecer um grupo de trabalho específico.
Como critérios para a regulamentação do grande gerador, pode-se
considerar o porte, a área total do empreendimento, o número de funcionários,
o fluxo de pessoas, número de salas e se há prestação de determinado
serviço, a depender do ramo de atividade da empresa em análise.
Atividades de utilidade pública, interesse social, realizadas por
órgão estatais e entidades sem fins lucrativos, desde que não gerem resíduos
Classe I, não devem se enquadrar na definição.
Nesta regulamentação, deve-se prever que o gerador pode optar
pela coleta pública desde que pague antecipadamente uma taxa a ser definida.

293
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Obrigatoriamente, todos os grandes geradores deverão possuir licença


ambiental municipal, cujo pré-requisito para emissão já é a apresentação do
Plano de Gerenciamento de Resíduos.
Para incentivar a destinação dos recicláveis dos grandes geradores
para as Cooperativas de Catadores, a proposta é que seja permitido que os
resíduos recicláveis secos destas empresas sejam destinados à coleta de
recicláveis da Prefeitura sem qualquer tipo de cobrança pela prestação deste
serviço. No entanto, deve-se observar que deve ser prevista a obrigatoriedade
de identificação dos sacos com etiquetas simples, contendo CNPJ e nome da
empresa, a fim de evitar que ocorra o envio de materiais inadequados ou que
não passaram pela triagem para a coleta de recicláveis.
Além disso, o Poder Público Municipal, como forma de incentivo,
deve fornecer um Selo Sócio-Ambiental para os Grandes Geradores que
possuírem Plano de Gerenciamento de Resíduos aprovado no qual se propõe
a destinação de resíduos recicláveis para as cooperativas de catadores do
Município.
O selo é uma forma de atestar que as ações desenvolvidas pela
empresa realmente são sustentáveis, criando diferenciais no mercado por meio
do “marketing verde” e conquistando um público específico e exigente. A
identificação das empresas aptas a receberem o selo deverá ser da Secretaria
de Meio Ambiente.

4 RECUPERAÇÃO DO PASSIVO AMBIENTAL

A partir de 2002, o município começou a desenvolver um projeto


para recuperação da área degradada por resíduos sólidos, que incluía:
infraestrutura para administração, segurança, pesagem, acesso e circulação;
cinturão verde com árvores nativas; sistema de captação e queima de gases;
sistema de drenagem e tratamento de chorume; sistema de drenagem de
águas pluviais, dentre outras ações (RODRIGUES,2011).
Em 2006, com a conversão do antigo lixão de Maringá em aterro
controlado – e sua posterior interdição, em 2009 – foi possível minimizar alguns

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impactos ambientais gerados pela disposição inadequada de resíduos sólidos


urbanos, especialmente aqueles que incidiam sobre o meio socioeconômico e
biológico, como: poluição visual, exposição dos catadores a ambientes
insalubres, proliferação de vetores e presença de aves.
Entretanto, o meio físico – solo, ar, águas superficiais e subterrâneas
– continuou sendo impactado de forma significativa já que as medidas de
adequação executadas, apesar de melhorar em muito as condições do local,
não impediram, por exemplo, que o lixiviado continuasse em contato com o
subsolo e águas subterrâneas, uma vez que o maciço de resíduos não possui
impermeabilização na base.
Idealmente, deveria ser mantida a cobertura vegetal do talude com
gramíneas; áreas livres no entorno das lagoas; sistemas de drenagem livres de
qualquer obstrução e fácil acesso às estruturas instaladas, conforme as fotos
abaixo (61 e 62).

Foto 61 – Talude estabilizado com grama e lagoas com laterais livres


Foto 62 – Vista aérea do aterro controlado com retaludamento recoberto por
gramíneas

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Foto 63 – Sistema de drenagem com meia cana


Foto 64 – Dreno de gases com manilhas

No entanto, conforme apresentado no Diagnóstico deste plano, o


aterro foi desassistido e não houve manutenção e monitoramento com
frequência adequada. Como consequência, as estruturas instaladas na época
do encerramento do aterro se tornaram ineficientes ou inativas.
Diante do exposto, com o intuito de mitigar o passivo ambiental
existente sugere-se, a curto prazo (tabela de Metas e Objetivos para o Passivo
Ambiental), a revitalização do aterro controlado, restaurando-o às condições
estruturais existentes no fim das obras de adequação (fotos 63 e 64
apresentadas acima). As medidas propostas para a revitalização são as
seguintes:
1- Dragagem/esvaziamento das lagoas para remoção de
efluentes, lodo e sedimentos;
2- Encaminhamento do conteúdo dragado para tratamento e
secagem do lodo em local externo ao aterro;
3- Realização de teste de estanqueidade das lagoas;
4- Remoção das geomembranas antigas e aplicação de novas
mantas PEAD nas lagoas onde for constatado vazamento;
5- Raspagem/escavação das antigas lagoas a fim de extrair o
solo superficial possivelmente contaminado e recuperar a

296
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profundidade projetada;
6- Limpeza/desobstrução das tubulações e caixas de passagens;
7- Realização de roçada e capina da vegetação no entorno das
lagoas, a fim de garantir ventilação e insolação adequadas na
área das lagoas;
8- Remoção de plantas invasoras, especialmente as da espécie
arbórea Leucena, conforme Plano de Manejo Florestal a ser
elaborado;
9- Replantio de gramíneas sobre o talude;
10- Perfuração de poços de monitoramento, sendo no mínimo 01
(um) a montante e 02 (dois) a jusante do aterro controlado.
Também recomenda-se a execução das medidas previstas no Laudo
Pericial (2011), citado nos Autos nº 677/2006 5ª Vara Cível de Maringá-PR:
 Melhoria do sistema de drenagem pluvial superficial existente
sobre o aterro;
 Execução de cobertura eficiente e pouco permeável em pontos
ainda expostos;
 Implantação de sistema de coleta e queima de gás metano já
projetado;
 Ampliação do sistema de drenagem do chorume;
 Aumento da capacidade de retenção de chorume com novas
lagoas revestidas de geomembrana.
Com a revitalização do aterro controlado, as etapas seguintes serão
a manutenção e o monitoramento, que deverão ser executadas conforme o
Plano de Monitoramento Ambiental, já prescrito no Plano de Encerramento do
Aterro Controlado de Resíduos Sólidos Urbanos (2011).
A seguir são apresentadas, em síntese, as ações previstas no Plano:
1. Monitoramento ambiental dos efluentes: contemplará o
monitoramento mensal dos efluentes líquidos e da água
subterrânea, o qual seguirá com plano de amostragem com
pontos de coleta pré-determinados, frequência de amostragens

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e análises periódicas, em conformidade com os parâmetros da


Resolução CONAMA nº 430/2011. Posteriormente,
dependendo dos resultados, a frequência poderá ser
reavaliada.
2. Manutenção do sistema viário: A manutenção do sistema
viário de acesso, e circulação internamente do aterro, deverá
garantir a continuidade do tráfego de máquinas e
equipamentos, para todas as atividades de manutenção,
principalmente nos períodos chuvosos.
3. Manutenção do paisagismo: A manutenção paisagística
consistirá no controle da integridade da cobertura vegetal,
incluindo a cobertura de grama sobre as células visando o
resguardo e continuidade da proteção dos solos de cobertura
final a eventos erosivos. Nas áreas limítrofes do aterro deverão
ser plantadas árvores de crescimento rápido, na largura de 10
metros, visando formar barreira natural da área.
4. Manutenção do sistema de drenagem do chorume e gás: É
importante que o sistema de drenagem do chorume e gás
estejam operando corretamente. Para que isso ocorra é
preciso:
a. Inspeções visuais periódicas no sistema de drenagem;
b. Remoção periódica do material depositado no fundo da
caixa de passagem;
c. Avaliação dos recalques, identificação de eventuais
deslizamentos nos sub-aterros;
d. Observar se o gás está sendo queimado.
5. Manutenção de sistemas de monitoramento ambiental:
Todas as instalações constituintes e necessárias para a
execução do monitoramento ambiental, incluindo os poços de
monitoramento, bem como a garantia de acesso para a correta
coleta serão objetos de manutenção. A finalidade deste
monitoramento é verificar eventuais alterações da qualidade da

298
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água de subsolo em decorrência das atividades do aterro. Para


isto se coletam amostras de água de poços de monitoramento
do lençol freático instalados para este fim. A instalação de
poços de monitoramento, a coleta e a análise de amostras de
águas subterrânea são imprescindíveis. Os resultados obtidos
devem mostrar, se as águas subterrâneas se enquadram
dentro dos padrões exigidos pelos órgãos ambientais. Deverão
ser acompanhados os níveis de nutrientes e metais pesados.
6. Manutenção da limpeza geral da área: A área do Aterro
deverá ser mantida limpa, roçada e capinada, garantindo que
todas as instalações sejam mantidas na mais perfeita condição.
7. Manutenção do sistema de monitoramento geotécnico: O
Sistema de Monitoramento Geotécnico deverá ser realizado
após o encerramento das atividades de operação do Aterro.
8. Manutenção do sistema de drenagem de águas
superficiais: consiste na verificação do estado das tubulações
e caixas. Também deve-se garantir o correto caimento para
que não haja inversão no sentido de escoamento; vistoriar
constantemente os equipamentos para evitar a sua quebra;
verificar as condições de escoamento das canaletas (rachão,
concreto, pedra, etc.) mantendo-as sempre desobstruídas;
fazer inspeções mensais em todos os platôs, terraços, bermas,
taludes, etc. a procura de possíveis danos.
9. Manutenção de cercas e portões: Os portões e as cercas
devem ser mantidos em perfeitas condições impedindo assim o
acesso não autorizado ao Aterro Controlado, mesmo após o
encerramento.
Além das ações contínuas de manutenção e monitoramento, a área
necessita de uma remediação, que propicia segurança à população do entorno,
melhoria da qualidade dos solos e das águas superficiais e subterrâneas e
minimização dos riscos à saúde pública, garantindo harmonia entre o meio
ambiente e a comunidade local.

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Para determinar o método de remediação mais adequado deverão


ser realizados estudos mais detalhados, a exemplo da Avaliação de Passivo
Ambiental. A seguir são apresentados alguns métodos de remediação de áreas
degradadas por resíduos sólidos:
a) Recirculação do chorume: é uma técnica que permite que o
chorume, após passar pelo sistema de tratamento, seja
bombeado para o interior do maciço de resíduos, onde o
líquido será em parte evaporado e parte infiltrado e drenado até
o sistema de tratamento fechando um ciclo. A aplicação desta
técnica evita que o efluente, mesmo tratado, seja lançado no
solo ou corpos d’água. Um ponto desfavorável deste método é
o aumento da taxa de percolação de chorume para o subsolo e
para o lençol freático devido à falta de impermeabilização da
base do aterro controlado em questão.
b) Encapsulamento das células de resíduos: é uma medida de
recuperação simplificada, onde o maciço de resíduos sólidos é
coberto por uma geomembrana PEAD, geralmente com 01 mm
de espessura. Desta forma, o isolamento das células de
resíduos atua como uma barreira física de baixa
permeabilidade, ou seja, evita que a água de precipitação se
infiltre no aterro e gere lixiviado.
c) Biorremediação: consiste na introdução de microrganismos
específicos no interior do solo ou água subterrânea
contaminada com a finalidade de acelerar a degradação da
matéria orgânica e transformar substâncias perigosas em
outras menos tóxicas ou não tóxicas.
d) Fitorremediação: objetiva a descontaminação in situ dos
solos, água e sedimentos utilizando-se como agente de
descontaminação plantas, que removem, imobilizam ou tornam
os contaminantes inofensivos ao ecossistema. No aterro, pode
ser implantado um cinturão verde que transformaria o local em
reserva legal, pois as árvores absorveriam naturalmente os

300
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metais pesados do solo e da água.


Após a análise dos estudos, poderá ser definida dentre estas
metodologias ou outras, a que melhor atender as necessidades da área.

5 DISPOSIÇÃO FINAL AMBIENTALMENTE ADEQUADA

A última etapa do gerenciamento de resíduos sólidos urbanos refere-


se à disposição final ambientalmente adequada, que, segundo a Lei nº
12.305/2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, consiste na
“distribuição ordenada de rejeitos em aterros, observando normas operacionais
específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e
a minimizar os impactos ambientais adversos”, que por definição constitui um
aterro sanitário.
Idealmente, o método de aterramento deveria contemplar apenas
rejeitos, definidos legalmente como “resíduos sólidos que, depois de esgotadas
todas as possibilidades de tratamento e recuperação por processos
tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não apresentem outra
possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada” (BRASIL,
2010).
No entanto, mesmo com a implantação de um sistema eficiente de
coleta seletiva e compostagem de resíduos orgânicos, um percentual dos
resíduos sólidos urbanos não é recuperado e acaba sendo disposto em aterros
sanitários.
No Brasil, o aterro sanitário constitui o único método de disposição
final ambientalmente adequada previsto em lei e configura-se como um grande
desafio para os municípios em face da grande quantidade de resíduos gerados
e da escassez de áreas compatíveis para a implantação deste tipo de
empreendimento.

5.1 ATERRO SANITÁRIO - DEFINIÇÃO

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O aterro sanitário é uma técnica de disposição final que consiste


basicamente na compactação dos resíduos no solo, na forma de camadas que
são periodicamente cobertas com terra ou outro material inerte, ocupando o
menor espaço prático possível, causando o menor dano possível ao meio
ambiente ou à saúde pública (CETESB, 2013).
Aterro sanitário é considerado uma das técnicas mais eficientes e
seguras de destinação de resíduos sólidos, pois permite um controle eficiente e
seguro do processo e quase sempre apresenta a melhor relação custo-
benefício. Pode receber e acomodar vários tipos de resíduos, em diferentes
quantidades, e é adaptável a qualquer tipo de comunidade, independentemente
do tamanho (MMA, 2009).
Resumidamente, em um aterro sanitário o solo é impermeabilizado,
o chorume coletado e posteriormente tratado, evitando a contaminação das
águas subterrâneas. O gás metano gerado em virtude da decomposição
anaeróbia da matéria orgânica no interior do aterro, muitas vezes, é queimado,
podendo também ser realizado o aproveitamento energético para geração de
energia elétrica.

5.2 OPÇÕES PARA A IMPLANTAÇÃO E OPERAÇÃO DE UM ATERRO


SANITÁRIO

O Município de Maringá possui, a princípio, três alternativas para a


implantação e operação do aterro sanitário.
Na primeira, deve ser avaliado se o município possui condições
técnicas e recursos econômicos, financeiros e humanos de modo que se tenha
uma adequada operação de um Aterro Sanitário Municipal.
Como segunda alternativa, a Administração Municipal pode
participar de um consórcio intermunicipal, objetivando uma solução conjunta
para a disposição de resíduos sólidos. Alguns fatores incentivadores para a
participação em um consórcio público são: melhoria da qualidade da operação
dos aterros, evitando que se tornem lixões e gerem desperdício do dinheiro
público investido na sua implantação; ganhos de escala de operação e rateio

302
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dos custos administrativos e operacionais; otimização do uso de máquinas e


equipamentos no aterro; dentre outros. Neste caso, o aterro consorciado
poderá estar localizado em qualquer município integrante do Consórcio.
Por fim, a terceira opção é a terceirização e/ou concessão da
implantação e operação (gerenciamento) do aterro sanitário municipal
mediante concorrência pública, ou também a disposição em aterros
particulares localizados em Maringá ou em outros municípios. A operação de
um aterro sanitário deve ser entendida como a execução de uma obra civil com
projeto técnico definido e não como atividade de prestação de serviços de
limpeza pública.

5.3 CONCEPÇÃO DE UM ATERRO SANITÁRIO

O projeto de concepção de um aterro sanitário, seja este público ou


privado, passa por várias etapas. A primeira refere-se aos estudos
preliminares, que consiste no diagnóstico do gerenciamento de resíduos
sólidos do município, elaborado neste PMGIRS de Maringá. Esses estudos
visam levantar informações sobre a geração per capita de resíduos sólidos
gerados no município, a composição gravimétrica e os serviços de limpeza
executados (MMA, 2009).
A segunda etapa consiste na escolha da área adequada para a
instalação, considerada a partir de critérios técnicos, ambientais, operacionais
e sociais, conforme apresentada no item a seguir.

5.3.1 Critérios para identificação de áreas favoráveis para implantação de


aterro sanitário

Os estudos de identificação de áreas favoráveis para implantação de


aterro sanitário constituem uma etapa muito importante na concepção do
aterro, influenciando diretamente na segurança e eficiência das etapas
posteriores.

303
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Guiando-se pela NBR nº 13.896/97 de Aterros de resíduos não


perigosos – Critérios para projeto, implantação e operação – o município pode
desenvolver projetos de aterros sanitários ambientalmente adequados de modo
a proteger o meio físico e biótico, garantir a segurança do pessoal envolvido na
instalação e operação do aterro e preservar a qualidade de vida população
existente no entorno da área.
Na escolha de área são avaliados diversos critérios: ambientais
(geologia, geotecnia, recursos hídricos, etc.), de uso e ocupação do solo
(legislações, titularidade da área, núcleos populacionais, etc.) e operacionais
(infraestrutura, clinografia, espessura do solo, etc). Na tabela abaixo são
descritos os principais requisitos técnicos e legais para identificação de áreas
favoráveis:

Tabela 54 – Critérios técnicos e legais para identificação de áreas favoráveis


Item Descrição

Restrição para áreas O aterro não deve ser executado em áreas sujeitas a
sujeitas a inundações inundações, em períodos de recorrência de 100 anos.
A distância mínima recomendada entre o fundo
Profundidade do lençol
impermeabilizado com geomembrana e o nível mais
freático:
alto do lençol freático deve ser de 1,50 m.
O aterro deve ser executado em áreas onde haja
Permeabilidade do solo predominância solos com baixa permeabilidade,
preferencialmente argiloso.
Os aterros só podem ser instalados em áreas
compatíveis com a legislação municipal de uso do
Uso e ocupação do solo solo. Deve-se respeitar também as distâncias
mínimas para Unidades de Conservação, áreas de
preservação permanente e ecossistemas frágeis.
O aterro deve ser localizado a uma distância mínima
Distância de corpos hídricos de 200 metros de qualquer coleção hídrica ou curso
d’água.
A NBR 13.986 recomenda que a área útil do aterro
esteja localizada no mínimo a 500 metros de
distância de núcleos populacionais. A legislação
Distância de núcleos estadual do Paraná é mais restritiva neste critério: a
populacionais Resolução CEMA nº 094/2014 estabelece uma
distância mínima de 1.500 metros de núcleos
populacionais ou 300 metros para residências
isoladas, contados a partir do perímetro do aterro.

304
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Item Descrição

O aterro sanitário deverá ser projetado para uma vida


útil superior a 15 anos, conforme orientado pelo
Vida útil
Conselho Estadual do Meio Ambiente – CEMA
(2014).
Recomenda-se instalar o aterro em locais com
Topografia
declividade superior a 1% e inferior a 30%.
O solo de cobertura pode provir do material
excedente das operações de cortes/escavações.
Disponibilidade de material
Caso necessário, deverá ser estudada a locação de
para cobertura
áreas de empréstimo próximas ao aterro de modo a
otimizar o custo de operação.
A área deverá possuir fácil acesso tanto para os
Facilidade de acesso funcionários quando para o trânsito de máquinas e
equipamentos.
Fonte: ABNT (1997) e IAP (2014).

Atualmente, o Município dispõe de algumas áreas potenciais para a


implantação e operação de um aterro sanitário, sendo que estes locais devem
ser submetidos a estudo prévio que ateste sua viabilidade. Caso o Município
opte pela implantação de um aterro sanitário em Maringá, além das áreas
públicas municipais, deverão ser avaliadas as possibilidades de utilizar áreas
particulares através da desapropriação ou permuta.
Concluída a análise e interpretação das informações levantadas, o
Município poderá determinar qual das áreas é a tecnicamente mais indicada
para a instalação do aterro sanitário, sendo que a área escolhida deverá ser
aquela que apresente menor potencial para geração de impactos ambientais;
maior vida útil para o empreendimento, ou seja, máxima capacidade de
armazenamento de resíduos e baixos custos de implantação e operação.
Definido o local, a Prefeitura poderá dar prosseguimento aos
procedimentos de licenciamento ambiental do aterro sanitário.

5.3.2 Licenciamento ambiental

De acordo com a Resolução CONAMA nº 001/86, o aterro sanitário é


uma atividade modificadora do meio ambiente sujeita ao licenciamento

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ambiental e depende da elaboração de Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e


seu respectivo Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), a ser submetido à
aprovação do órgão estadual competente, e do IBAMA, em caráter supletivo.
Atualmente, o licenciamento ambiental dos aterros sanitários
projetados para os municípios paranaenses está submetido à análise e
aprovação do Instituto Ambiental do Paraná – IAP, conforme a Resolução
CEMA nº 094/2014. As licenças emitidas pelo órgão estadual para este tipo de
empreendimento são: Licença Prévia (LP), Licença de Instalação (LI) e Licença
de Operação (LO).
O EIA-RIMA constitui o estudo elementar para requerimento da LP e
deverá ser realizado por equipe multidisciplinar habilitada do quadro técnico do
município ou consultoria por ele contratada. O estudo deverá conter
alternativas tecnológicas e locacionais consideradas e a análise da viabilidade
ambiental do empreendimento. A condução dos estudos deverá seguir o Termo
de Referência apresentado na Portaria IAP nº 260/2014.
Ao requerer a LI e LO, deverão ser apresentadas a documentação
técnica (desenhos, plantas, especificações técnicas, cronogramas, memoriais)
e demais autorizações que comprovem o cumprimento de condicionantes para
cada etapa do licenciamento. Além disso, o IAP poderá solicitar estudos,
planos, laudos e/ou relatórios complementares, a exemplo do Plano de
Controle Ambiental (PCA).
O processo de licenciamento ambiental do aterro sanitário deverá
contemplar a participação da população e demais interessados, por meio de
contribuições e sugestões, além da realização de audiência pública para
discussão do RIMA.

5.3.3 Projeto de aterro sanitário

A norma da ABNT NBR 8.419 descreve as diretrizes técnicas dos


elementos essenciais aos projetos de aterros, tais como impermeabilização da
base e impermeabilização superior, monitoramento ambiental e geotécnico,
sistema de drenagem de lixiviados e de gases, exigência de células especiais

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para resíduos de serviços de saúde, apresentação do manual de operação do


aterro e definição de qual será o uso futuro da área do aterro após o
encerramento das atividades.
De acordo com essa Norma, o projeto de um aterro sanitário deve
ser obrigatoriamente constituído de memorial descritivo, memorial técnico,
apresentação da estimativa de custos e do cronograma, plantas e desenhos
técnicos. (MMA, 2009).
A seguir são apresentados os principais constituintes de um aterro
sanitário:
 Sistema de operação do aterro sanitário: segundo o
Compromisso Empresarial para a Reciclagem - CEMPRE
(2010), o aterramento de resíduos sólidos pode ser executado
basicamente de três formas:
a. Método de trincheira ou vala: consiste na abertura de
valas onde os resíduos são dispostos, compactados e
posteriormente coberto com solo;
b. Método da rampa: utiliza-se da escavação de rampas,
onde os resíduos são dispostos e compactados por
trator e posteriormente coberto com solo. É empregado
em áreas de meia encosta, onde o solo pode ser
escavado e utilizado como cobertura;
c. Método da área: é empregado geralmente em locais
de topografia plana e lençol freático raso. O material de
cobertura deverá ser extraído de jazidas localizadas
preferencialmente próximas ao aterro.
A escolha do método dependerá essencialmente de três
fatores: topografia da área, tipo de solo e profundidade do
lençol freático.
 Impermeabilização da base do aterro: tem a função de
proteger a base do aterro evitando o contato do chorume com
as águas subterrâneas. A impermeabilização pode ser feita
com argila ou geomembranas sintéticas;
307
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 Sistema de cobertura dos resíduos: tem a função de


proteger a superfície das células de resíduos, eliminar a
proliferação de vetores, diminuir a taxa de formação de
percolados, reduzir a exalação de odores, impedir a catação,
permitir o tráfego de veículos coletores sobre o aterro, eliminar
a queima de resíduos e a saída descontrolada do biogás
(CEMPRE, 2010);
 Instalação de drenos de gás: possibilita a saída controlada do
gás do interior do aterro através de rede de drenagem
adequada. Os drenos podem ser construídos de concreto ou
de PEAD, podendo receber uma conexão final de aço-inox
quando a célula for fechada. O biogás pode ser recolhido para
o aproveitamento energético através da ligação de todos os
drenos verticais com um ramal central;
 Sistema de coleta de chorume: a coleta de chorume deve ser
feita pela base do aterro. O chorume coletado é enviado a
lagoas previamente preparadas com impermeabilização do seu
contorno ou enviados para tanques de armazenamento
fechados;
 Sistema de tratamento de chorume: após coletado, o
chorume deve ser tratado antes de ser descartado no curso de
um rio ou em uma lagoa, podendo ser recirculado. O
tratamento pode ser feito no próprio local ou o chorume
coletado pode ser transportado para um local apropriado
(geralmente uma Estação de Tratamento de Esgotos). Os tipos
de tratamento mais convencionais são o tratamento biológico
(lagoas anaeróbias, aeróbias e lagoas de estabilização),
tratamento por oxidação (evaporação e queima) ou tratamento
químico (adição de substâncias químicas ao chorume)
(CETESB, 2013);
 Sistema de drenagem de águas pluviais: o sistema de

308
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captação e drenagem de águas de chuva visa interceptar e


desviar o escoamento de águas pluviais e direcioná-las a locais
apropriados para evitar a infiltração que gera o chorume.
 Sistema de monitoramento: visa o acompanhamento dos
processos desenvolvidos no aterro sanitário e a detecção, em
estágio inicial, de impactos negativos causados pelo
empreendimento e a adoção de medidas mitigadoras antes que
estes assumam grandes proporções e torne-se mais difícil sua
correção.
 Plano de fechamento do aterro: visa a manutenção dos
processos físicos, químicos e biológicos até que o local se
encontre em condições de ser preparado para sua utilização
futura.

6 CENTRAL DE VALORIZAÇÃO DE MATÉRIAS RECICLÁVEIS

Quanto aos materiais recicláveis, importa destacar a estratégia de


implementação da Central de Valorização de Matérias Recicláveis (CVMR), a
qual tem como principais objetivos:
A. Responsabilidade Social;
B. Inclusão social dos catadores de matérias recicláveis;
C. Preocupação Ambiental;
D. Atendimento a Legislação: Lei 12.305/10;
E. Erradicação do trabalho infantil.
Nesse contexto o projeto da Central de Valorização de Matérias
Recicláveis CVMR, que é um modelo de organização auto gestionário de
catadores e catadoras de material reciclável em rede, que atuam no marco da
Política Nacional de Resíduos Sólidos, se apresenta como estratégia social,
ambiental e economicamente viável.
Veja-se que a forma de integração entre rede e cooperativas se
realiza através do procedimento da coleta seletiva e da triagem realizada nas
cooperativas. Sendo todo o material encaminhado para a CVMR, na qual se

309
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realiza a agregação de valor, através do processamento e beneficiamento do


material, para posterior comercialização com o setor indústria.
Tal modelo de atuação se exemplifica a seguir no fluxograma
abaixo:

Figura 36 – Fluxograma de uma Central de Valorização

Nessa dinâmica os resultados previstos a curto, médio e longo prazo


são os seguintes:
a. Valorização dos resíduos;
b. fortalecimento da categoria dos catadores;
c. melhora da renda e qualidade de vida dos catadores;
d. perspectivas de novos projetos;
e. construção de novas cadeias produtivas;
f. cumprimento da lei;
g. desenvolvimento de polos tecnológicos de novos produtos e
matérias.
Para que tais resultados e perspectivas sejam concretizadas é
necessário à implementação, em todo o território municipal da coleta seletiva
de materiais recicláveis.

310
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Nesse contexto e considerando a realidade do município é


perfeitamente possível estabelecer que para atuação na atividade, são
necessários três insumos:
a. Capital (maquinário);
b. Mão de obra (trabalho);
c. Espaço físico.
Veja-se que os dados atualizados, informam que o município de
Maringá, produz um total em torno de 300,00 (trezentas) toneladas dia de
resíduos.
Assim após o início do funcionamento da 1ª Central de Valorização
de Matérias Recicláveis CVMR em Maringá, a gestora da CVMR atende esses
insumos através de:
a. Esteira;
b. Balança;
c. Prensa;
d. Empilhadeira;
e. Mão de obra;
f. Caminhão.
Considerando que o município de Maringá visa atender 100% da
coleta seletiva, é necessário estimar a capacidade produtiva dos insumos
acima citados. Em relação a mão de obra, considerando que um catador
separa em média 200 kg/dia (manual do MNCMR) de material reciclável, e que
o município gera 150 t/dia de material reciclável são necessários 750
catadores(as) para triagem de 100% de material reciclável.
Frise-se que até o presente momento as administrações municipais
tem atuado com descontinuidade no processo da coleta seletiva, o que tem
implicado em resultados precários no sistema de CVMR. No entanto, se espera
que no novo contexto do sistema de CVMR, seja atendido o cronograma
estabelecido para a extensão de todo o território municipal.
Assim, o sistema de CVMR, caso disponibilizados os insumos antes
referidos, permite processar 100% (cem) por cento da coleta seletiva, isso
conforme objetivos e metas estabelecidos.

311
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7 COLETA CONTEINERIZADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS RESIDENCIAIS

O município na busca de alternativas à coleta convencional as quais


estejam em conformidade com as normas de saúde, segurança no trabalho,
com as normas de trânsito e com novos padrões tecnológicos e operacionais
disponíveis na atualidade, pretende analisar de modo especial a alternativa de
coleta conteinerizada de resíduos.
Assim, em razão dessa questão o município de Maringá incluiu no
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos um tópico específico
que trata da Coleta Conteinerizada de Resíduos Sólidos Residenciais.
Dessa forma, o município procura à melhoria dos serviços públicos e
de relevância pública, bem como o respeito aos interesses, direitos e bens cuja
defesa lhe cabe promover, fixando o prazo para a o estudo específico e adoção
de medidas cabíveis, de modo gradual.
Veja-se que neste plano foi dito que este tipo de sistema vem sendo
utilizada em Porto Alegre, Caxias do Sul e Canoas – RS e em países como
Uruguai, Argentina e Venezuela, dentre muitos outros.
Atualmente, a coleta conteinerizada se concentra, principalmente, na
área central do município e está associado ao processo de verticalização da
cidade, ocorrido, notadamente, a partir das décadas dos anos de 1980.
Assim, as edificações compreendidas pelos condomínios sejam elas
comerciais ou residenciais, verticais ou horizontais, estão servidas por
equipamentos denominados de “contêiner”. Essa padronização foi ocorrendo
na medida que a verticalização da área central foi se caracterizando como
grandes geradores, forçando criar alternativas de ordenamento na coleta.
Nesse contexto a Legislação urbana normatizou para que os
contêiners com os resíduos oriundos dos geradores ficassem disponibilizados
ao alinhamento dos meio fios, em áreas de fácil manuseio dos caminhões, no
entanto tal disponibilização se tem mostrado de alto conflito quanto aos usos
do espaço público. Por tanto, seria necessário que fosse realizada uma análise
da legislação vigente e propostas de adequação se necessário.

312
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Por essa razão, parece-nos pertinente, que sejam analisados


diversos equipamentos (frota e tipos de contêineres) adequados e necessários,
notadamente quanto a incomodidade, principalmente ruído, exposição dos
resíduos na via publica, a melhor localização dos contêineres, bem como os
custos, para esse tipo de coleta, que seja considerada a facilidade de
operação, assim como o grau de modernização dos procedimentos, também
sejam considerados nesse estudo as regras e normas necessárias à
localização dos contêineres, bem como, no caso dos edifícios e condomínios a
sua localização, seja disciplinada para ocorrer no interior do prédio, e somente
sua disposição na área externa nos horários em que se processa a coleta,
evitando dessa forma, os eventuais conflitos decorrentes da permanente
disposição na via pública.
Importante considerar nesse estudo os bairros estritamente
residenciais, e propor projetos pilotos que viabilizem uma logística de coleta
mais eficiente e segura ambientalmente. Bem como considerar que os
geradores de resíduos residenciais, especificamente, em condomínios
horizontais ou loteamentos fechados, poderiam ser estimulados, através de
políticas indutoras específicas a criar uma prática ambiental de minimização do
volume de matérias orgânicas, por meio de orientação e divulgação de meios
educacionais, exemplificando, a compostagem.
Assim, espera-se dar efetividade á este processo de modernização
da coleta convencional de resíduos sólidos urbanos no município de Maringá.
Eis a seguir, algumas sugestões para se implantar a Coleta
Conteinerizada:
1. Realizar estudo para verificação dos diversos equipamentos
(frota e tipos de contêineres) adequados e necessários para
Coleta Conteinerizada de Resíduos Sólidos Residenciais, os
quais devem garantir a modernização dos procedimentos de
coleta;
2. Elaborar cronograma gradual de implantação;
3. Realizar licitações, contratações, aquisições ou empréstimos
de equipamentos (frota e tipos de contêineres) adequados e

313
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necessários para Coleta Conteinerizada, conforme critérios


estabelecidos no estudo para verificação dos diversos
equipamentos, conforme cronograma gradual de implantação;
4. Implantar projeto piloto em alguns bairros ou nos distritos;
5. Rever a legislação, para que, em novos loteamentos, a
loteadora já deixe destinado o local para a colocação do
contêiner;
6. Ampliação gradual da Coleta Conteinerizada de Resíduos
Sólidos Residenciais conforme cronograma de implantação.

7.1 RECOMENDAÇÃO MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO


PROCURADORIA DO TRABALHO NO MUNICÍPIO DE MARINGÁ - PTM -
MPT N. 3567/2017

A Procuradoria do Trabalho no Município de Maringá - PTM, por


intermédio do Procurador do Trabalho Dr. Fábio Aurélio da Silva Alcure, quem
no uso das atribuições que lhes são conferidas pela Lei Orgânica do Ministério
Público da União (Lei Complementar n. 75, de 20 de maio de 1993),
especialmente a prevista no artigo 6º, inciso XX, que o autoriza a: “expedir
recomendações, visando à melhoria dos serviços públicos e de relevância
pública, bem como o respeito aos interesses, direitos e bens cuja defesa lhe
cabe promover, fixando o prazo para a adoção de medidas cabíveis"
Recomendou ao município de Maringá que preveja no Plano
Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Urbanos a mudança no
sistema de coleta dos resíduos sólidos, ainda que de modo gradual, para que:
1) A coleta não seja mais realizada por meio de trabalhadores
(servidores públicos ou funcionários terceirizados) transportados nos estribos
dos caminhões;
2) Sejam buscadas e previstas alternativas de coleta que estejam
em conformidade com as normas de saúde e segurança no trabalho, com as
normas de trânsito e com novos padrões tecnológicos e operacionais

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disponíveis na atualidade, com especial destaque para a alternativa de coleta


conteinerizada de resíduos.
Assim, em razão dessa Recomendação o município de Maringá
incluiu no mencionado Plano um tópico específico que trata da COLETA
CONTEINERIZADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS RESIDENCIAIS.
Dados do Instituto Nacional do Seguro Social, Ministério do Trabalho
e Emprego e do próprio Ministério Público do Trabalho dão conta do grande
contingente de trabalhadores vitimados por acidentes de trabalho ao caírem
dos estribos dos caminhões compactadores de lixo.
O transporte de trabalhadores nos estribos dos caminhões
compactadores contraria as regras do Ministério do Trabalho e Emprego que
dispõem sobre a matéria, como o item 31.12.4 da NR-31 (“É vedado o
transporte de pessoas em máquinas autopropelidas e nos seus implementos”).
Ainda, viola o que determina a NR-18, itens 18.25.1 e 18.25.2,
segundo os quais “O transporte coletivo de trabalhadores em veículos
automotores dentro do canteiro ou fora dele deve observar as normas de
segurança vigentes” e “O transporte coletivo dos trabalhadores deve ser feito
através de meios de transportes normalizados pelas entidades competentes e
adequados às características do percurso”.

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Foto 65 – Trabalhadores sendo transportados nos estribos dos caminhões


compactadores

Por essa razão, parece-nos pertinente, como ilustrado acima, que se


busque adquirir equipamentos (frota e outros bens) necessários para as coletas
convencional e seletiva, que facilitem o trabalho e modernizem os
procedimentos a fim de trazer as condições dignas de trabalho e equacionar de
forma efetiva e gradativa o problema de nossa coleta.
Assim, uma vez que o meio ambiente de trabalho compreende o
conjunto das condições internas e externas do local de trabalho e sua relação
com a saúde dos trabalhadores, bem como que é direito dos trabalhadores
urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social,
a redução dos riscos inerentes ao trabalho por meio de normas de saúde,
higiene e segurança (art. 7º, XXII, da Constituição Federal), assim como que a
saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas
sociais e econômicas que visem à redução dos riscos de acidentes/doenças e
de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para
sua promoção, proteção e recuperação (art. 196 da Constituição Federal).

316
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Resulta evidente que essa exposição dos trabalhadores da coleta de


lixo enseja grave e iminente risco, não só à sua integridade física, como
também à sua vida.
Devemos destacar que as questões relativas à segurança e à saúde
dos trabalhadores são de interesse público, indisponíveis por vontade das
partes, com evidentes reflexos tanto nos sistemas de aposentadoria como no
Sistema Único de Saúde e que cabe às empresas cumprir e fazer cumprir as
normas de saúde e segurança do trabalho, bem como adotar as medidas que
lhes sejam determinadas pelo órgão regional competente (CLT, arts. 157 e
200, e Normas Regulamentadoras expedidas pelo Ministério do Trabalho e
Emprego).
Além de tal fato violar o art. 235 do Código de Trânsito Brasileiro,
que expressamente proíbe a condução de pessoas nas partes externas dos
veículos, salvo nos casos devidamente autorizados (“Conduzir pessoas,
animais ou carga nas partes externas do veículo, salvo nos casos devidamente
autorizados”).
Cabe esclarecer que o próprio DENATRAN respondeu a consulta do
Ministério Público do Trabalho no sentido da INEXISTÊNCIA de normativo
federal que excepcione o art. 235 do Código de Trânsito Brasileiro, de forma a
autorizar o trânsito de trabalhadores na parte externa de caminhões que
realizam coleta de lixo.
Por tanto, é necessário estabelecer um cronograma de atuação
preventiva, o qual se apresenta, a princípio, com os prazos conforme tabela a
seguir.

Tabela 55 – Recomendação do MPT


MEDIDAS IMEDIATAS MEDIDAS MÉDIO PRAZO MEDIDAS LONGO PRAZO
51
04 anos PERMANENTE
Vedação imediata do Licitações, contratações, Manutenção da frota de
transporte de trabalhadores aquisições ou empréstimos de caminhões compactadores
nos estribos dos caminhões somente caminhões que atendam os

51 Este prazo esta estabelecido em razão que esse é o período de vigência do plano, findo o
qual o mesmo deverá passar por uma revisão. Assim, fica garantido pela Administração Municipal
que essa medida de política pública será efetivamente adotada, no período de vigência do presente
plano.

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MEDIDAS IMEDIATAS MEDIDAS MÉDIO PRAZO MEDIDAS LONGO PRAZO


51
04 anos PERMANENTE
compactadores nas rodovias compactadores que atendam os parâmetros de segurança
estaduais: PR 317; PR 376, parâmetros de segurança adequados. Em especial
PR 461 e PR 323, exceto adequados. Em especial não não impliquem no
rodovias localizadas nas impliquem no transporte dos transporte dos
áreas urbanas. Bem como em trabalhadores nos estribos dos trabalhadores nos estribos
todas as estradas rurais do caminhões compactadores, de dos caminhões
município de Maringá. forma perigosa, sem nenhum compactadores, de forma
tipo de proteção, pondo em perigosa, sem nenhum tipo
risco não só a sua integridade de proteção, pondo em
física, mas também a sua vida. risco não só a sua
integridade física, mas
também a sua vida.

Assim, diante desse cronograma de atuação, espera-se dar


efetividade na proteção dos trabalhadores coletores.

8 PROGRAMAS DIVERSOS EM CONVÊNIO

Existem alguns trabalhos desenvolvidos pelo município em parcerias


com Igrejas, Instituições de Ensino, filantrópicas e outras, que dependem, no
entanto, para continuidade de formalização de convênios, como exemplo, a
instalação de ecopontos.
Outros convênios podem ser celebrados no tocante a Logística
Reversa, ampliação de coleta seletiva, a educação ambiental e novos
ecopontos.
A exemplo, cita-se o caso da possível parceria com o SECOVI –
Sindicato de Habitação e Condomínios, pela qual as cooperativas com veículos
próprios farão a coleta seletiva e a parte de educação ambiental no interior
destes Condomínios.

9 EDUCAÇÃO AMBIENTAL E ESTRATÉGIAS DE COMUNICAÇÃO

De acordo com a Lei Federal nº 9.795, de 27 de abril de 1999, que


dispõe sobre a educação ambiental, institui a Política Nacional de Educação
Ambiental e dá outras providências, entende-se por educação ambiental os
processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores

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sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a


conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia
qualidade de vida e sua sustentabilidade. A educação ambiental é um
componente essencial e permanente da educação nacional, devendo estar
presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo
educativo, em caráter formal e não-formal.
A Lei Estadual nº 17.505, de 11 de Janeiro de 2013, que institui a
Política Estadual de Educação Ambiental, afirma que a Educação Ambiental é
parte do processo educativo e da gestão ambiental ampla no Estado do
Paraná. A Lei ressalta que todos têm direitos e deveres em relação à educação
ambiental, sendo a sua realização e coordenação de competência do Poder
Público, por meio das secretarias de estado, com a colaboração de todos os
órgãos públicos, empresas estatais, fundações, autarquias e institutos, bem
como dos meios de comunicação, organizações não governamentais,
movimentos sociais, demais organizações do terceiro setor e organizações
empresariais.
O Decreto Estadual nº 9.958, de 23 de janeiro de 2014,
regulamentou a Lei Estadual 17505/2013, criando o Órgão Gestor da Política
Estadual de Educação Ambiental, com a responsabilidade de coordenação das
políticas públicas no âmbito estadual referentes à Educação Ambiental,
contemplando todo o Sistema Estadual de Educação Ambiental. O organismo
possui caráter deliberativo e consultivo, funcionando na forma de pleno e
composto pelos titulares das seguintes pastas: do Meio Ambiente e Recursos
Hídricos, da Educação, da Saúde, da Agricultura e do Abastecimento e da
Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, de forma a garantir a integração dessas
políticas.
A Lei Municipal Complementar nº 758/2009, que dispõe sobre a
política de proteção, controle, conservação e recuperação do meio ambiente no
município de Maringá, institui que cabe à Secretaria de Meio Ambiente
promover a conscientização pública para a proteção do meio ambiente, criando
os instrumentos adequados para a educação ambiental, como processo

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permanente, integrado e multidisciplinar, em todos os níveis de ensino, formal


ou informal.
A Lei Municipal nº 4536/1997 torna obrigatória a inclusão de
programas de Educação Ambiental no currículo escolar da Rede Municipal de
Ensino e dá outras providências. Os objetivos básicos desta obrigação são:
 a formação de consciência crítica sobre a problemática
ambiental, compreendendo-se como crítica a capacidade
de captar a gênese e a evolução de problemas ambientais,
tanto em relação aos seus aspectos biofísicos, quanto
sociais, políticos, econômicos e culturais;
 o desenvolvimento de habilidades e instrumentos
tecnológicos necessários à solução dos problemas
ambientais;
 o estímulo a atitudes que promovam a participação da
comunidade do equilíbrio ambiental.
No momento, existe uma Gerência de Educação Ambiental que
ainda não foi preenchida, portanto, as ações referentes a este tema são
desenvolvidas pontualmente por outros setores, o que não é suficiente.
Portanto, é necessário em primeiro lugar a estruturação e capacitação do setor.
O funcionário nomeado para esta função deve ter formação na área e ser,
principalmente, muito dinâmico e pró-ativo.

9.1 EVENTOS

O setor responsável pela educação ambiental deve organizar


eventos abertos para a sociedade de acordo com o “Calendário Ecológico” ou
“Calendário Ambiental”. Conforme o Ministério do Meio Ambiente, as datas
comemorativas do meio ambiente estão apresentadas na tabela a seguir.

Tabela 56 – Datas comemorativas do meio ambiente


Mês Datas comemorativas
Janeiro 11 – Dia do Combate da Poluição por Agrotóxicos
Fevereiro 2 - Dia Mundial das Zonas úmidas

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Mês Datas comemorativas


6 – Dia do Agente de Defesa Ambiental
22 – Aniversário do IBAMA
Março 1 - Dia do Turismo Ecológico
1 – Dia do Catador
2 – Aniversário do serviço Florestal Brasileiro – SFB
16 - Dia Nacional da Conscientização sobre as Mudanças
Climáticas
21 – Dia Mundial Florestal
22 – Dia Mundial da Água
Abril 15 – Dia da Conservação do Solo
17 – Dia Nacional de Botânica
19 – Dia do Índio
22 – Dia da Terra
28 – Dia da Caatinga
Maio 3 – Dia do Sólo e do Pau-Brasil
5 – Dia do Campo
22 – Dia Internacional da Biodiversidade
27 - Dia da Mata Atlântica
Junho 2 – Dia Mundial do Catador de Lixo Reciclável
5 – Dia Mundial do Meio Ambiente
5 – Dia Municipal da Reciclagem do Lixo
8 – Dia Mundial dos Oceanos
13 – Aniversário do Jardim Botânico do Rio de Janeiro
17 – Dia Mundial de Combate à Desertificação
Julho 10 – Aniversário de criação do Fundo Nacional do Meio Ambiente
12 – Dia do Engenheiro Florestal
17 – Dia da Proteção das Florestas
Agosto 14 – Dia do Controle da Poluição Industrial
28 – Aniversário do Instituto Chico Mendes de Conservação da
Biodiversidade – ICMBio
Setembro 3 – Dia Nacional do Biólogo
5 – Dia da Amazônia
11 – Dia Nacional do Cerrado
16 – Dia Internacional de Preservação da Camada de Ozônio
20 – Dia Internacional da Limpeza de Praia
21 – Dia da Árvore
22 – Dia da Defesa da Fauna
Outubro 3 – Dia Nacional das Abelhas
5 – Dia das Aves
12 – Dia Mundial para a Prevenção de Desastres Naturais e Dia
do Mar
15 – Dia do Consumo Consciente
16 – Dia Mundial da Alimentação
Novembro 19 - Aniversário do Ministério do Meio Ambiente
Dezembro 10 – Dia Internacional dos Povos Indígenas
19 – Aniversário da Agência Nacional de Águas - ANA

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Como é inviável a realização de eventos em todas as datas


comemorativas do calendário ambiental, propomos a realização de eventos,
abertos à participação de escolas e da sociedade em geral, em datas
específicas:
 22/03: Dia Mundial da Água
 Primeira semana de junho: Semana do Meio Ambiente
 21/09: Dia da árvore
 15/10: Dia do consumo consciente

9.2 TRABALHOS EM ESCOLAS

A questão ambiental está em alta por uma razão simples:


necessidade de sobrevivência. Quanto mais cedo o tema for abordado com as
crianças, maiores as chances de despertar a consciência pela preservação.
Por isso, a educação para uma vida sustentável deve começar já na pré-
escola.
Conforme instruções da Revista Nova Escola, para falar sobre
Educação Ambiental com crianças é importante abordar assuntos que
produzam resultados ao alcance delas. Um bom exemplo é cultivar uma horta e
depois comer as verduras e os legumes plantados. Aulas-passeio,
apresentação de exemplos práticos, tarefas, dinâmicas em grupo, são
atividades que surtem bons resultados.
O setor deve reservar um dia da semana para visitar escolas
diferentes, de forma previamente agendada, para realização destas atividades
e apresentação de cartilhas informativas. Os assuntos que devem ser
abordados são a diminuição da geração de resíduos, como separar os resíduos
para reciclagem, informações gerais sobre os resíduos, por que não jogar lixo
no chão, proteção das áreas verdes, etc. A cartilha “Plano de Gerenciamento
de resíduos sólidos nas escolas paranaenses” mostra sugestões de temas para
serem abordados nas escolas (figura abaixo).

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Figura 37 – Sugestões de temas para serem abordados nas escolas (Plano de


Gerenciamento de resíduos sólidos nas escolas paranaenses, SEMA, 2016)

Outra ação a ser realizada nas escolas municipais é a elaboração


dos Planos de Gerenciamento de Resíduos de cada uma. Para esta ação, é
imprescindível que os alunos acompanhem e participem de todo o processo. É
necessário, portanto, encontrar maneiras de envolvê-los como, por exemplo,
incluí-los na fabricação de lixeiras e cartazes ou participando de concursos e
feiras que, na verdade, consistem em situações de aprendizagem lúdicas e
significativas.

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Figura 38 – Sugestão de figura para a campanha de elaboração do Plano de


Gerenciamento de Resíduos das escolas municipais

9.3 TRABALHOS NOS ÓRGÃOS PÚBLICOS

Entendemos que a Prefeitura Municipal deve ser exemplo a toda


comunidade. Portanto, existe a necessidade da implantação da coleta seletiva
em todo o Paço Municipal e nas secretarias. Este projeto, já em fase de
planejamento, tem o nome provisório de “Um PaÇo sustentável”. Para este
projeto se concretizar, serão realizadas reuniões em todas as secretarias e
está sendo estudada a viabilidade de disponibilização de “Eco-Pontos” no
Paço, que seriam locais para descarte de alguns resíduos específicos, tais
como lâmpadas ou pilhas, além de a implantação de lixeiras identificadas para
separação de resíduos. Cartazes deverão ser fixados em locais visíveis para
todos os funcionários. Todas estas ideias, que exigem a participação de toda a
SEMA e de outras secretarias, precisam ser discutidas e ampliadas.
A implantação do projeto “Um PaÇo sustentável” seria piloto para a
expansão desta ideia para outras secretarias que não estão localizadas no
Paço Municipal. A iniciativa deve ser divulgada em reportagens na televisão,
página da prefeitura e em jornais locais.

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9.4 OFICINAS

O setor de educação ambiental deve realizar oficinas em escolas,


praças públicas e eventos a fim de orientar a população quanto a práticas
sustentáveis que visam à diminuição de resíduos aterrados e reaproveitamento
dos mesmos.
Como sugestão, pode-se apresentar oficinas com os temas:

 Oficina de compostagem doméstica


Em São Paulo, existe o programa “Composta São Paulo”, cujo
objetivo é estimular a reciclagem de materiais orgânicos em domicílios. As
informações e orientações devem estar disponíveis no portal da Secretaria de
Meio Ambiente e redes sociais. O município de São Paulo, inclusive, fornece
gratuitamente as composteiras domésticas, afinal esta atitude significa redução
de custos de aterramento ao município.
O objetivo desta oficina é mostrar como produzir composto orgânico
e húmus de minhoca com resíduos gerados diariamente em casa, contribuindo
assim para a saúde de suas plantas e diminuindo a quantidade de resíduos
encaminhados para os aterros da cidade. Além disso, pode-se apresentar
noções básicas sobre a montagem e o manejo de minhocários.

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Figura 39 – Sugestão de material para divulgação da oficina de compostagem


doméstica (Fonte: Pinterest)

Figura 40 – Sugestão de material para a oficina de compostagem doméstica


(Fonte: Pinterest).

 Oficina de artesanatos a partir de resíduos


De acordo com a Diretoria de Sustentabilidade Ambiental da
Universidade Federal de Uberlândia, aliar artesanato à conscientização
ambiental é uma forma eficaz de envolver a comunidade e tornar interativos os

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esforços para conservação dos recursos naturais. A produção artesanal pode


desestimular o consumo exagerado, oferecendo por meio da reutilização de
materiais uma forma de resistência há obsolescência programada. O
artesanato tem como característica principal a produção manual de objetos e
artefatos predominantemente utilitários. Esses produtos são únicos e contém
marcas de uma cultura determinada, atestando a ligação do homem com o
meio social em que vive.
Criar peças artísticas a partir de materiais que iriam para o lixo é
uma prática que pode oferecer oportunidade para geração de renda. Garrafas
“pet”, latas de alumínio e de aço, jornais, recipientes de vidro, coadores de
papel, lacres de alumínio, embalagens de papelão e tetra-pak, assim como
inúmeros outros materiais podem ser aplicados, com baixo custo e resultados
surpreendentes, transformando o que era visto como “lixo” em peças de
decoração e utilidade doméstica.
Podem ser produzidos recipientes porta-treco e diversas peças
decorativas, aliando diversas técnicas como pintura, colagem, desenho e
texturização.

Figura 41 – Exemplo de artesanato produzido em oficinas (Diretoria de


Sustentabilidade Ambiental-UFU).

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9.5 LOGÍSTICA REVERSA

Conforme apresentado anteriormente, ainda existe muita


desinformação em relação à logística reversa, tanto por parte do consumidor
quanto por parte do revendedor. Portanto, é de suma importância a realização
de um trabalho de conscientização para estes dois lados.
Com relação aos consumidores, deverão ser realizadas campanhas
na mídia e entrega de panfletos ou cartilhas para que todos entendam que este
resíduo deve ser devolvido. O material deve ter linguagem simples, porém
muito objetiva. Uma ideia para a figura a ser utilizada neste material está
apresentada a seguir.

Novos produtos Distribuição

Indústria Varejo

Reciclagem/Reuso Consumidor

destinação
ambientalmente
correta Coleta

Figura 42 – Sugestão de figura para campanha sobre logística reversa

Para a conscientização do setor revendedor dos produtos (pneus,


lâmpadas, pilhas, etc), a ideia seria a realização de um trabalho individualizado

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para cada setor empresarial, fornecendo informações úteis para os


empresários de um mesmo ramo. Seria a chamada “Educação Ambiental
Empresarial”.
Na Educação Ambiental Empresarial, teríamos um trabalho
direcionado a cada atividade revendedora de produtos sujeitos à logística
reversa, entregando materiais informativos, auxiliando na instalação de PEVs e
sugerindo formas de melhorar a gestão de resíduos nestas empresas. Mais
tarde, o projeto “Educação Ambiental Empresarial” pode, inclusive, ser
expandido para outros setores.

9.6 COLETA SELETIVA

Pode-se dizer que a conscientização sobre a coleta seletiva no


município de Maringá deverá ser o “coração” da Educação Ambiental da
SEMA.
De acordo com a Cartilha Desperdício Zero – Coleta Seletiva
(SEMA), a coleta seletiva é um sistema ecologicamente correto que visa
recolher o material potencialmente reciclável, que foi previamente separado na
fonte geradora através de uma ação conjunta entre inúmeros parceiros.
Na definição acima, deve-se atentar para o termo “previamente
separado na fonte geradora”. Para que a população consiga realizar esta
tarefa, é necessário mostrar a ela a importância da coleta seletiva, como
separar, o que é reciclável e como encaminhar os materiais para a reciclagem.
Portanto, a coleta seletiva só terá sucesso se estiver alicerçada sobre um
componente fundamental que é a educação ambiental.
Neste sentido, as palestras de sensibilização são fundamentais. Elas
visam sensibilizar a comunidade do município quanto à importância do
programa de coleta seletiva. A entrega de cartilhas ou panfletos em eventos e
nas áreas com aglomeração de pessoas também ajuda, e muito. Além disso,
devemos nos aproximar da população por meio das redes sociais.
A parte de sensibilização deve se basear no fato de que a
preservação do meio ambiente começa com pequenas atitudes diárias, que

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fazem toda a diferença. Além de aliviar os lixões e aterros sanitários, chegando


até eles apenas os rejeitos (restos de resíduos que não podem ser
reaproveitáveis), grande parte dos resíduos sólidos gerados em casa pode ser
reaproveitada. A reciclagem economiza recursos naturais e gera renda para os
catadores de lixo, parte da população que depende dos resíduos sólidos
descartados para sobreviver.
Havendo a sensibilização da população, é necessário dar o próximo
passo que é ensinar a realizar a separação do lixo. Algumas orientações
podem ser oferecidas pela mídia, redes sociais e folders, estão: Não misturar
recicláveis com orgânicos; lavar as embalagens por uma questão de higiene;
não amassar os papéis; embrulhar vidros quebrados e outros materiais
cortantes em papel grosso (como jornal) ou colocados em uma caixa para
evitar acidentes; optar pela separação em lixo seco, lixo úmido e rejeito. As
dicas para separação dos recicláveis devem estar bem claras em forma de
quadro ou figura conforme sugerido abaixo.

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Figura 43 – Dicas para a realização da separação de resíduos (blog Educação


Ambiental Itajubá)

Em paralelo à ação de conscientização sobre a separação, é


necessário deixar bem claro, quais são os dias de coleta seletiva em cada
bairro do município, como pode se observar no quadro apresentado na figura
abaixo.

331
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Figura 44 – Rota da coleta seletiva em Maringá (fonte: divulgação PMM).

9.7 PROGRAMA BOTA FORA

O Programa Bota Fora é uma iniciativa da Prefeitura Municipal de


Maringá para reduzir a possibilidade de acúmulo de objetos nas casas que
sejam potenciais criadouros da larva do mosquito Aedes aegypti, além de
proporcionar a destinação correta dos materiais/resíduos coletados.
Para que o município possa dar a destinação ambientalmente
correta para o material, deve-se realizar uma campanha de conscientização
com relação à quais materiais devem ser descartados durante as campanhas.

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Para isso, o setor de educação ambiental deve entregar material informativo no


bairro antes da passagem do caminhão, para que a população consiga separar
o material corretamente.

9.8 CAMPANHAS EM GERAL

Além das ações citadas acima, teremos outras que surgirão


conforme a demanda. Por exemplo, em reportagem do dia 17/04/2017 o jornal
O Diário mostrou que, por dia, são coletadas 5 toneladas de lixo varrido do
chão do quadrilátero central de Maringá. Isso mostra a importância da
conscientização da população quanto a não jogar lixo no chão.
Também é importante abordar com a população a importância do
consumo consciente de embalagens. Por meio de material informativo e
campanhas online, a educação ambiental deve mostrar à população a
necessidade de se pensar no meio ambiente quando se está fazendo compras
e a avaliação se as embalagens são mesmo necessárias ou feitas de materiais
ambientalmente amigáveis - material reciclado, feito de fontes renováveis,
fáceis de reciclar ou que possibilitem sua reutilização.
O munícipe deve procurar comprar produtos em embalagens que
tragam quantidades adequadas para sua família (por exemplo: se a sua família
é grande, compre as bebidas nas embalagens maiores; se for pequena, evite
as embalagens grandes e, consequentemente, o desperdício). Ele deve saber
que há diversos produtos que vêm concentrados, contendo em apenas uma
embalagem o equivalente a muitas delas do produto normal. É não comprar
embalagens descartáveis de refrigerantes e bebidas quando houver a
possibilidade de comprá-las em vasilhames retornáveis. É preferir produtos que
ofereçam a opção de refil - e assim ajudar a economizar os recursos naturais
na fabricação de novas embalagens.
Todo este conceito está inserido na ordem de prioridade dada pela
Política Nacional de Resíduos Sólidos: em primeiro lugar, evitar a geração.
Depois disso, pensar nos três R’s (reduzir, reutilizar e reciclar).

333
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10 CONSÓRCIOS INTERMUNICIPAIS

O consórcio intermunicipal é um dos instrumentos da Política


Nacional de Resíduos Sólidos, sendo que cabe ao poder público incentivar a
adoção de consórcios ou de outras formas de cooperação entre os entes
federados, com vistas à elevação das escalas de aproveitamento e à redução
dos custos envolvidos.
A matéria dos consórcios está regrada pela Lei Federal 11.107 de 06
de abril de 2005, dispõe sobre normas gerais de contratação de consórcios
públicos, disciplinando para os municípios contratarem consórcios públicos
para a realização de objetivos de interesse comum, estabelecendo para tanto
duas espécies de consórcios, um de natureza pública que constituirá
associação pública e outra de pessoa jurídica de direito privado.
Sendo que para o cumprimento de seus objetivos, o consórcio
público poderá firmar convênios, contratos, acordos de qualquer natureza,
receber auxílios, contribuições e subvenções sociais ou econômicas de outras
entidades e órgãos do governo e ainda nos termos do contrato de consórcio de
direito público, promover desapropriações e instituir servidões nos termos de
declaração de utilidade ou necessidade pública, ou interesse social, realizada
pelo Poder Público.
Dentre as possibilidades de atuação pode o consórcio público ser
contratado pela administração direta ou indireta dos entes da Federação
consorciados, dispensada a licitação.
Em matéria de cobrança e tarifária os consórcios públicos poderão
emitir documentos de cobrança e exercer atividades de arrecadação de tarifas
e outros preços públicos pela prestação de serviços ou pelo uso ou outorga de
uso de bens públicos por eles administrados ou, mediante autorização
específica, pelo ente da Federação consorciado.
Podendo ainda os consórcios públicos outorgarem concessão,
permissão ou autorização de obras ou serviços públicos mediante autorização
prevista no contrato de consórcio público, que deverá indicar de forma

334
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específica o objeto da concessão, permissão ou autorização e as condições a


que deverá atender, observada a legislação de normas gerais em vigor.
Frise-se que a Lei federal prevê que o consórcio público adquirirá
personalidade jurídica de direito público, no caso de constituir associação
pública, mediante a vigência das leis de ratificação do protocolo de intenções
ou de direito privado, mediante o atendimento dos requisitos da legislação civil.
Sendo que no caso do consórcio público com personalidade jurídica
de direito público, este integra a administração indireta de todos os entes
consorciados. E no caso de se revestir de personalidade jurídica de direito
privado, o consórcio público observará as normas de direito público no que
concerne à realização de licitação, celebração de contratos, prestação de
contas e admissão de pessoal, que será regido pela Consolidação das Leis do
Trabalho - CLT.
Ou seja, o consórcio público, desde a perspectiva que aqui
interessa, se vislumbra como um agente econômico capaz de articular para a
realização de objetivos de interesse comum amplos territórios municipais.
Veja-se que é requisito para que o consórcio público seja constituído
um contrato, cuja celebração dependerá da prévia subscrição de protocolo de
intenções, dentre os parâmetros devem necessariamente estar:
I) a denominação, a finalidade, o prazo de duração e a sede do
consórcio;
II) a identificação dos entes da Federação consorciados;
III) a indicação da área de atuação do consórcio;
IV) a previsão de que o consórcio público é associação pública
ou pessoa jurídica de direito privado sem fins econômicos;
V) os critérios para, em assuntos de interesse comum, autorizar
o consórcio público a representar os entes da Federação
consorciados perante outras esferas de governo;
VI) as normas de convocação e funcionamento da assembleia
geral, inclusive para a elaboração, aprovação e modificação
dos estatutos do consórcio público;

335
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VII) a previsão de que a assembleia geral é a instância máxima


do consórcio público e o número de votos para as suas
deliberações;
VIII) a forma de eleição e a duração do mandato do
representante legal do consórcio público que, obrigatoriamente,
deverá ser Chefe do Poder Executivo de ente da Federação
consorciado;
IX) o número, as formas de provimento e a remuneração dos
empregados públicos, bem como os casos de contratação por
tempo determinado para atender a necessidade temporária de
excepcional interesse público;
X) as condições para que o consórcio público celebre contrato
de gestão ou termo de parceria;
XI) a autorização para a gestão associada de serviços públicos,
explicitando:
a) as competências cujo exercício se transferiu ao
consórcio público;
b) os serviços públicos objeto da gestão associada e a
área em que serão prestados;
c) a autorização para licitar ou outorgar concessão,
permissão ou autorização da prestação dos serviços;
d) as condições a que deve obedecer o contrato de
programa, no caso de a gestão associada envolver
também a prestação de serviços por órgão ou entidade de
um dos entes da Federação consorciados;
e) os critérios técnicos para cálculo do valor das tarifas e
de outros preços públicos, bem como para seu reajuste
ou revisão; e,
XII) o direito de qualquer dos contratantes, quando adimplente
com suas obrigações, de exigir o pleno cumprimento das
cláusulas do contrato de consórcio público

336
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Importante destacar que o consórcio público está sujeito à


fiscalização contábil, operacional e patrimonial pelo Tribunal de Contas a quem
competente apreciar as contas do Chefe do Poder Executivo representante
legal do consórcio, inclusive quanto à legalidade, legitimidade e economicidade
das despesas, atos, contratos e renúncia de receitas, sem prejuízo do controle
externo a ser exercido em razão de cada um dos contratos de rateio.
Destaque-se que na Política nacional de resíduos sólidos está
expresso que serão priorizados no acesso aos recursos da União os
municípios que optarem por soluções consorciadas intermunicipais para a
gestão dos resíduos sólidos, incluída a elaboração e implementação de plano
intermunicipal, ou que se inserirem de forma voluntária nos planos
microrregionais de resíduos sólidos.
Também, mencionada política nacional optou pelo acesso prioritário
aos recursos da União quando os Municípios implantarem a coleta seletiva com
a participação de cooperativas ou outras formas de associação de catadores
de materiais reutilizáveis e recicláveis formadas por pessoas físicas de baixa
renda.
Assim, tanto a formação de consórcios quanto a implementação de
coleta seletiva com a participação de cooperativas ou outras formas de
associação de catadores, permite aos municípios terem acesso prioritário aos
recursos da União.
O Instituto das Águas do Paraná, autarquia - vinculada a Secretaria
Estadual do Meio Ambiente, na questão da implantação de consórcio
intermunicipal objetivando a destinação final dos resíduos sólidos urbanos,
elaborou em 2007, uma análise, apontando que dentre os fatores levados em
consideração para o incentivo à implantação de consórcios intermunicipais,
especificamente, para fins de aterros sanitários, destacam-se:
Melhoria da qualidade da operação dos aterros, evitando que se
tornem lixões e gerem desperdício do dinheiro público investido na
sua implantação; Menor número de áreas utilizadas como aterros
sanitários (possíveis focos de contaminação quando mau operados);
Ganhos de escala de operação e rateio dos custos administrativos e

337
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operacionais; Otimização do uso de máquinas e equipamentos no


aterro; Maior disponibilidade de recursos para proteção ambiental;
Maior representatividade na solução de problemas locais.52
Nesse mesmo contexto foi elaborado um estudo53 abrangendo todos
os municípios do Paraná, visando identificar e agrupar municípios que
poderiam formar consórcios intermunicipais em potencial, concluído em 2007.
Veja-se que a proposta, conforme informado pelo Instituto das
Águas do Paraná, no seu site oficial de internet, adotou um modelo básico de
implantação de consórcios intermunicipais, onde os investimentos concentram-
se no aterro sanitário, sem necessidade de investimentos em estruturas de
adicionais de apoio, como estações de transbordo, que poderiam encarecer os
custos de implantação e de transporte dos resíduos para os municípios.
Assim, de modo a visualizar territorialmente essa proposta elaborada
para o tema de consórcios para fins de aterros sanitários, vejamos o mapa do
Estado do Paraná.

52 Fonte Instituto das Águas do Paraná. Disponível em:


http://www.aguasparana.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=77 Acessado em
20/04/2017
53 O referido estudo contou com a colaboração do Instituto Ambiental do Paraná, órgão de
licenciamento ambiental estadual, e da Companhia de Saneamento do Paraná.

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Figura 45 – Consórcios Intermunicipais de Destinação de Resíduos Sólidos Urbanos

Assim, quanto ao organograma geral de Consórcio Intermunicipal,


tanto aplicável a questão dos aterros quanto ao sistema de coleta
apresentamos a figura a seguir.

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Figura 46 – Organograma Geral

Por derradeiro cabe explicitar que a finalidade do Consórcio


Intermunicipal, em matéria de Resíduos Sólidos, teria que prever no protocolo
de intenções os objetivos da sua constituição, bem como o instrumento jurídico
de constituição deve ser ratificado através das leis municipais.
Entende-se que no caso dos resíduos sólidos residenciais urbanos
a questão seria a de “organizar e proceder as ações e atividades para fins da
gestão ambientalmente adequada do sistema de coleta, e destinação final
ambientalmente adequada dos resíduos sólidos residenciais urbanos gerados
nos territórios municípios dos integrantes, obedecida a legislação vigente e
aplicável, atuando em parceria com cooperativas ou outras formas de
associação de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis."
Por tanto, este instrumento da Política Nacional de Resíduos
Sólidos, pode ser perfeitamente desenvolvido na Gestão Integrada de

340
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Resíduos Sólidos, cabendo então aos entes municipais, estabelecer a mesa de


discussão almejando tal objetivo.

10.1 COMPOSTAGEM E COLETA SELETIVA

Conforme a Lei Federal 12305/2010, os consórcios públicos


constituídos, nos termos da Lei no 11.107, de 2005, com o objetivo de viabilizar
a descentralização e a prestação de serviços públicos que envolvam resíduos
sólidos, têm prioridade na obtenção dos incentivos instituídos pelo Governo
Federal. Sendo assim, a atuação do Estado deve apoiar e priorizar as
iniciativas do município de soluções consorciadas ou compartilhadas entre 2
(dois) ou mais municípios.
De acordo com o “Manual para implantação de compostagem e de
coleta seletiva no âmbito de consórcios públicos” do Ministério do Meio
Ambiente, a formação de consórcios permite que as exigências criadas pela Lei
de Saneamento Básico e pela Política Nacional de Resíduos Sólidos sejam
mais facilmente implementadas. Por meio da gestão associada dos serviços,
os consórcios têm como objetivo a universalização da prestação dos serviços
no menor prazo possível, com a melhor qualidade de serviços, e viabilidade
técnica, econômica, financeira, ambiental e social.
Por outro lado, do ponto de vista tecnológico, a necessidade de
valorização dos resíduos por meio de sua reutilização e reciclagem é cada vez
mais uma imposição da preservação ambiental, incorporada amplamente na
Política Nacional de Resíduos Sólidos. Assim, a máxima redução dos rejeitos a
serem aterrados é parte importante da estratégia do Ministério do Meio
Ambiente.
Um estudo do Ministério do Meio Ambiente mostra a nítida vantagem
de adoção de aterros de maior porte, compartilhados por diversos municípios,
quando se considera o custo dos investimentos. Estima-se que ganho de
escala semelhante seja alcançado também na operação, levando à convicção
de que se deve otimizar os investimentos nessa área pela busca de soluções
que permitam compartilhar instalações.

341
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Figura 47 – Exemplo da evolução dos custos de implantação de aterro sanitário por


habitante de acordo com a população a ser atendida, apenas com implantação e com
implantação e equipamentos. Fonte: Ministério do Meio Ambiente

Com a Lei 11.107/2005, que trata da contratação de consórcios


públicos, boa parte dos problemas de manutenção desses consórcios foi
equacionada: os consórcios são constituídos como órgãos públicos, dotados de
equipe profissional própria, com atribuições definidas, processo decisório
definido, para prestar ou contratar serviços públicos mediante contratos
estáveis. Entretanto, a questão da escala continua a ser uma questão em
aberto.
De acordo com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, deve haver
um plano regional de saneamento básico e um plano microrregional de
resíduos sólidos – quando a área de atuação do consórcio for uma
microrregião estabelecida por lei estadual – ou um plano intermunicipal de
resíduos sólidos. Apesar desses planos serem bastante completos, a partir
dessas definições dos planos deve ser elaborado ainda um plano operacional
do consórcio para cada um dos aspectos da gestão dos serviços de limpeza
urbana e manejo de resíduos sólidos.

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É o caso da compostagem e da coleta seletiva, que exigirão um


planejamento mais detalhado das atividades que devem ser realizadas no dia a
dia – que aqui denominaremos Plano Operacional de Compostagem e Plano
Operacional da Coleta Seletiva – de forma a ampliar gradativamente os
percentuais de resíduos orgânicos compostados e dos resíduos coletados de
forma seletiva para atingir as metas e objetivos traçados. Caso o plano
intermunicipal e/ou o plano de saneamento básico ainda estejam em processo
de elaboração ou se eles ainda não foram iniciados, os Planos Operacionais
deverão estabelecer metas provisórias, que terão que ser revisadas
futuramente.
É importante considerar que é preciso introduzir de forma gradativa
a prática da compostagem nos municípios, de forma que se tenha composto de
qualidade e destino para o composto produzido. Como não há separação dos
orgânicos na fonte, a possibilidade de comprometimento da qualidade do
composto, do ponto de vista de sua contaminação com resíduos perigosos, é
um fator que pode limitar seu uso na agricultura. Assim sendo, inicialmente,
pode-se avaliar a possibilidade de implantar solução consorciada para a
utilização de resíduos de podas, jardinagem e feiras livres. Deverá ser
elaborado um diagnóstico destes resíduos nos municípios interessados, com
características dos resíduos, legislação pertinente, recursos envolvidos,
pessoal, necessidade de equipamentos. O diagnóstico minucioso é essencial
para se avaliar a viabilidade do consórcio Metas progressivas deverão ser
fixadas pelo plano intermunicipal.
A coleta seletiva é um dos principais instrumentos da gestão dos
resíduos. Porém, municípios muito pequenos, geralmente, sequer possuem
uma cooperativa de catadores. Em se tratando de coleta seletiva no âmbito de
consórcios públicos, a orientação do Ministério do Meio Ambiente é a
instalação de PEVs nos municípios envolvidos, pois: a) diminui custos de
transporte, pois concentra a coleta em pontos pré-determinados; b) evita que a
população necessite de local próprio para acumulação dos recicláveis; c)
permite exploração do espaço do PEV para publicidade e parcerias que
diminuem os custos de implantação e manutenção; d) facilita a separação por

343
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tipo de resíduo, facilitando a triagem. Da mesma forma, é necessário realizar


um diagnóstico minucioso caracterizando os recicláveis secos gerados para se
avaliar a viabilidade do consórcio.
Destacamos a seguir alguns procedimentos que podem ser
utilizados para a realização de Consórcios Intermunicipais:
1. Realizar estudo de viabilidade técnica, econômica, ambiental e
operacional para a gestão associada para os serviços de coleta
seletiva, compostagem e /ou disposição final de rejeitos através de
consórcios públicos;
2. Verificar os interesses políticos para a gestão associada para coleta
seletiva, compostagem e/ou disposição final de rejeitos através de
consórcios públicos intermunicipais;
3. Elaborar plano intermunicipal de gestão de resíduos e projetos
contemplando estruturas e equipamentos necessários para a gestão
consorciada para coleta seletiva, compostagem e/ou disposição final
de rejeitos;
4. Formalizar legalmente o consórcio intermunicipal por meio de
protocolos de intenções de gestão associada para coleta seletiva,
compostagem e/ou disposição final de rejeitos e elaboração de
estatutos;
5. Implantação gradual conforme estudos realizados nos Planos
específicos.

11 COMPATIBILIZAÇÃO DAS AÇÕES GOVERNAMENTAIS MUNICIPAIS

11.1 GESTÃO DE RESÍDUOS DE GRANDES GERADORES

OBJETIVO. Criar grupo de trabalho, de natureza técnica transversal,


específico para fins de estabelecer critérios objetivos, tanto quantitativos como
qualitativos, a respeito das empresas consideradas como “Grandes

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Geradores”, seguindo o que está estabelecido no presente Plano Municipal de


Gestão Integrada de Resíduos Sólidos.
SECRETARIAS ENVOLVIDAS: SEMA, SEFAZ, SEMUSP, SESA,
SEPLAN e PROGE.

GESTÃO DE RESÍDUOS DE GRANDES GERADORES

Figura 48 – Ações Governamentais - Gestão de Resíduos de Grandes Geradores

META: Critério Objetivos Grandes Geradores a ser publicado na


forma de Decreto. Cumprir a meta no prazo conforme descrito no item de
metas e objetivos.

11.2 COLETA SELETIVA

OBJETIVO. Elaborar uma pauta de atuação conjunta e articulada


com natureza de ações educacionais transversais, específicas á consolidação
de uma prática para fins de efetivação da coleta seletiva seguindo o que está
estabelecido no presente Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos
Sólidos.

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SECRETARIAS ENVOLVIDAS: SEDUC, SEMA, SEMUSP, SESA,


SEPLAN, PROGE, CGPPC.

COLETA SELETIVA

Figura 49 – Ações Governamentais – Coleta Seletiva

META: Pauta de atuação conjunta e articulada com natureza de


ações educacionais transversais, a ser veiculada no site oficial do município.
Tendo como Secretaria responsável a SEDUC. Cumprir a meta no prazo
conforme descrito no item de metas e objetivos.

11.3 PASSIVO AMBIENTAL

OBJETIVO: Revitalizar o aterro controlado e remediar a área de


passivo ambiental através de reformas no local, ampliação do sistema de
controle ambiental, realização de manutenção e monitoramento preliminares,
elaboração de estudos a fim de avaliar o grau de contaminação da área,
execução de remediação e monitoramento contínuo.

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SECRETARIAS ENVOLVIDAS: SEMA, SEMUSP e SEFAZ.

PASSIVO
AMBIENTAL

Figura 50 – Ações Governamentais - Passivo Ambiental

META: Definir equipes de trabalho para início da revitalização do


aterro controlado. Cumprir a meta no prazo conforme descrito no item de metas
e objetivos.

11.4 DISPOSIÇÃO FINAL AMBIENTALMENTE ADEQUADA

OBJETIVO: Dispor adequadamente todos os rejeitos e resíduos


sólidos domiciliares não recuperados em um aterro sanitário, através de
estudos de viabilidade de áreas, elaboração de estudos para o licenciamento
ambiental do aterro sanitário, elaboração de projeto executivo, implantação do
empreendimento, disposição dos rejeitos no aterro e monitoramento das
condições de operação do aterro.
SECRETARIAS ENVOLVIDAS: SEMA, SEMUSP, SEPLAN, SEFAZ
e PROGE.

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DISPOSIÇÃO
FINAL
AMBIENTALMENT
E
ADEQUADA

Figura 51 – Ações Governamentais - Disposição final ambientam ente adequada


de rejeitos e resíduos sólidos não recuperados

META: Avaliar as alternativas para implantação e operação de um


aterro sanitário (municipal, consorciado ou terceirizado). Cumprir a meta no
prazo conforme descrito no item de metas e objetivos.

11.5 COLETA CONTEINERIZADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS RESIDENCIAIS

OBJETIVO. Criar grupo de trabalho, de natureza técnica transversal,


específico para fins de realizar estudo para verificação dos diversos
equipamentos (frota e tipos de contêineres) adequados e necessários para
Coleta Conteinerizada de Resíduos Sólidos Residenciais, os quais devem
garantir a modernização dos procedimentos de coleta. Analisando a legislação
vigente e possíveis modificações, e elaborar cronograma gradual de
implantação. Seguindo o que está estabelecido no presente Plano Municipal de
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos.
SECRETARIAS ENVOLVIDAS: SEMA, SEMUSP, SEPLAN, SEFAZ,
SEMOB, PROGE.

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COLETA CONTEINERIZADA

Figura 52 – Ações Governamentais – Coleta Conteinerizada

META: Elaborar estudo técnico de análise dos diversos


equipamentos (frota e tipos de contêineres) adequados e necessários para
Coleta Conteinerizada de Resíduos Sólidos Residenciais, bem como da
legislação vigente e possíveis modificações e elaborar cronograma gradual de
implantação. Cumprir a meta no prazo conforme descrito no item de metas e
objetivos.

11.6 EDUCAÇÃO AMBIENTAL

OBJETIVOS: Desenvolver programas ambientais para incentivar a


população a participar da coleta seletiva, visto a importância da mesma para o
meio ambiente. As campanhas educativas contribuem para mobilizar a
comunidade, para sua participação efetiva e ativa na implantação da coleta
seletiva de resíduos sólidos, separando os materiais recicláveis e/ou
reutilizáveis diretamente na fonte de geração.
SECRETARIAS ENVOLVIDAS: SEMA, SEMUSP, SEDUC, SESA,
CONSELHO GESTOR DO PRAGRAMA PRÓ CATADOR, COMDEMA.

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EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Figura 53 – Ações Governamentais – Educação Ambiental

META: Promover fóruns, oficinas nos bairros e escolas, divulgações


através de cartazes e panfletos em locais públicos com alto número de
usuários (exemplo Unidades Básicas de Saúde, Escolas, Centros
Comunitários, igrejas, supermercados e shoppings). As campanhas devem ter
como foco, conscientizar a população do valor da reciclagem para a
manutenção dos recursos naturais, pois a coleta seletiva e reciclagem de
resíduos sólidos são consideradas uma das alternativas para redução do
volume de lixo a ser disposto em aterros. Cumprir a meta no prazo conforme
descrito no item de metas e objetivos.

11.7 EMPREENDIMENTOS DE CATADORES

OBJETIVO: Fazer a inclusão social das pessoas menos favorecidas,


gerando recurso às cooperativas de catadores através da reciclagem.

350
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SECRETARIAS ENVOLVIDAS: Para o atendimento da Política


Nacional de Resíduos Sólidos, no que tange ao apoio aos empreendimentos de
catadores, faz-se necessária a participação efetiva das seguintes secretarias
municipais e espaços de desenvolvimento de políticas públicas: SEMA, através
da Diretoria de Apoio às Cooperativas; SEMUSP; SASC; Conselho Gestor do
Programa Pró Catador.

EMPREENDIMENTOS

DE CATADORES

Figura 54 – Ações Governamentais – Empreendimentos de Catadores

11.8 LOGÍSTICA REVERSA

OBJETIVO: Revitalizar o aterro controlado e remediar a área de


passivo ambiental através de reformas no local, ampliação do sistema de
controle ambiental, realização de manutenção e monitoramento preliminares,
elaboração de estudos a fim de avaliar o grau de contaminação da área,
execução de remediação e monitoramento contínuo.
ATORES ENVOLVIDOS: Poder Público, Fabricantes, Importadores,
Distribuidores, Comerciantes e Consumidores.

351
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RESPONSABILIDADE
COMPARTILHADA/
LOGÍSTICA REVERSA

Figura 55 – Ações Governamentais – Logística Reversa

META: Definir equipes de trabalho para início da revitalização do


aterro controlado. Cumprir a meta no prazo conforme descrito no item de metas
e objetivos.

12 AÇÕES PARA EMERGÊNCIAS E CONTINGÊNCIAS

As ações para emergências e contingências relacionam-se à


paralisação total ou parcial das atividades afetas ao assunto do presente plano,
sejam elas executadas diretamente pelo Poder Público ou por terceiros, por
contrato ou por colaboração.
No caso de contratações, o não cumprimento das disposições
constantes do contrato deverão ser objeto imediato de notificações e
interpelações. Em caso de insistência no descumprimento, os casos deverão
ser relatados e encaminhados ao Procurador-Geral do Município, a fim de que
as medidas jurídicas possam ser tomadas como, por exemplo, o ingresso de
ação judicial.

352
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SÓLIDOS URBANOS

No caso de greve de servidores públicos, cujas atribuições sejam


afetadas ao assunto do presente plano, tais como a coleta de lixo e de
materiais recicláveis, a negociação com o Sindicato deve prever a manutenção
de percentual mínimo para atendimento dos serviços essenciais.
Neste viés, em caso de negociações frustradas com o Sindicato em
questão, a Procuradoria-Geral do Município deverá adotar as medidas jurídicas
cabíveis.
Tais ações judiciais servirão para garantir que o exercício do direito
de greve54 seja adequado ao atendimento mínimo dos serviços públicos, em
consonância com o posicionamento atual de jurisprudência local e nacional,
tendo em vista que até o presente momento não existe lei específica que
regulamente a questão. Também é em ação judicial que se discutirá a
legalidade ou não do movimento paredista.
As principais decisões judiciais que norteiam a questão da greve no
serviço público são os acórdãos proferidos nos seguintes Mandados de
Injunção, perante o Supremo Tribunal Federal, a saber: MI 712/PA, Rel. Min.
Eros Grau; MI 708/DF, Min. Gilmar Mendes; MI 670/ES, Min. Maurício Corrêa,
todos julgados em 25.10.2007 e que, basicamente, determinou-se a aplicação
a Lei Federal nº 7.783/89 (dispõe sobre o exercício de greve no setor privado),
até a edição de legislação específica.
Além do ingresso de tais medidas judiciais, e a depender do
cumprimento ou não do percentual mínimo pelos movimentos grevista, a
Administração também poderá se valer da contratação direta, de acordo com
as hipóteses previstas na Lei Geral de Licitações – Lei Federal nº 8.666/93,
sobretudo o art. 24, inciso IV55.

54 Art. 37, VII da Constituição Federal: “VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos
limites definidos em lei específica;” (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
55 Art. 24. É dispensável a licitação:
IV - nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando caracterizada urgência de
atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança de pessoas,
obras, serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou particulares, e somente para os bens
necessários ao atendimento da situação emergencial ou calamitosa e para as parcelas de obras e
serviços que possam ser concluídas no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos e

353
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SÓLIDOS URBANOS

O gerenciamento dos resíduos sólidos urbano está sujeito a


situações imprevistas exigindo medidas preventivas a fim de evitar a
descontinuidade dos serviços de coleta, transporte, transbordo, tratamento,
destinação e/ou disposição final dos RSU.
Recomenda-se que o Município mantenha cadastro atualizado de
empresas licenciadas que possam gerenciar os resíduos sólidos a serem
contratadas em um cenário emergencial assim como empresas do ramo de
reciclagem, entidades e cooperativas para receber materiais recicláveis em
situações críticas. Além disso, o Município deverá manter uma relação de
aterros sanitários particulares instalados no Estado e registrar situações
emergenciais ocorridas a fim de melhorar a resposta a esses eventos.

13 INDICADORES DE DESEMPENHO OPERACIONAL E AMBIENTAL DOS


SERVIÇOS PÚBLICOS DE LIMPEZA URBANA E DE MANEJO DE
RESÍDUOS SÓLIDOS

Ao tratar de indicadores de desempenho operacional, podemos


distinguir duas espécies, a primeira relacionada com um conjunto de
indicadores indiretos e outra de indicadores diretos.
Quanto aos primeiros se trata dos indicadores relacionados às
metas estabelecidas no Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos
Sólidos, bem como as metas específicas referentes aos programas ou ações.
Já na segunda espécie estão os indicadores quanto à prestação do
serviço adequado, o qual deve atender plenamente os usuários, conforme
estabelecido na Lei, nas normas pertinentes ou no respectivo contrato.
Entende-se por serviço adequado aquele que satisfaz as condições
de regularidade, continuidade, eficiência, segurança, atualidade, generalidade,
cortesia na sua prestação e modicidade das tarifas, assim como produtividade
e preservação sustentável do meio-ambiente.

ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou calamidade, vedada a prorrogação dos


respectivos contratos;

354
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SÓLIDOS URBANOS

Devendo também ser consideradas as políticas públicas destinadas,


especificamente, ao incentivo à criação e ao desenvolvimento de cooperativas
ou de outras formas de associação de catadores de materiais reutilizáveis e
recicláveis, bem como a constituição de órgãos colegiados municipais
destinados ao controle social dos serviços de resíduos sólidos urbanos.
No caso de Maringá tal questão está disciplinada pela Lei nº
9.241/2011 e Lei nº 9.6.15/2013 que trata do Programa de Coleta Seletiva com
inclusão social e econômica dos catadores de materiais recicláveis - PRÓ-
CATADOR - e seu Conselho Gestor.
Observe-se que o Conselho Gestor do Programa Pro-Catador, é
órgão de caráter deliberativo, fiscalizador e consultivo, com a finalidade de
regular as ações de inserção social e econômica e de valor social, de geração
de trabalho e renda e promotoras de cidadania, para os catadores e
cooperativas e associações autogestionárias de resíduos sólidos recicláveis.
Assim, o Programa Pró-Catador e o seu Conselho Gestor integram o
Sistema de Limpeza Urbana do Município, por tanto o mesmo deve ser
consultado, como condição de validade dos atos referentes ao Plano Municipal
de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos.
Nesse contexto a atualidade do serviço coleta de resíduos sólidos
compreende a modernidade das técnicas, as melhores práticas ambientais,
modernidade dos equipamentos e das instalações e a sua conservação, bem
como a melhoria e expansão do serviço, notadamente da coleta seletiva e a
inserção dos catadores de materiais.
Diante disso, os indicadores quanto à coleta podem ser os
seguintes:

355
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Figura 56 – Indicador 1– Campanha Informativa da Coleta Seletiva

Figura 57 – Indicador 2– Abrangência da Coleta Seletiva

Figura 58 – Indicador 3– Frequência da Coleta Seletiva

356
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Figura 59 – Indicador 4 – Material Reciclado

Figura 60 – Indicador 5 – Inserção dos Catadores de Materiais

357
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Figura 61 – Indicador 6 – Resíduos Orgânicos

Figura 62 – Indicador 7 – Abrangência da Coleta Convencional

358
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Figura 63 – Indicador 8 – Frota da Coleta Convencional

Figura 64 – Indicador 9 – Frota de Material Reciclado

Assim, considerando que o contribuinte tem o direito de receber do


prestador de serviços informações para a defesa de interesses individuais ou
coletivos, bem como poder levar ao conhecimento do poder público, as
irregularidades referentes ao serviço prestado, bem como poder comunicar às
autoridades competentes a respeito da qualidade na prestação do serviço, se
faz necessário fortalecer o canal direto de comunicação.
Nesse sentido a abertura de um tema específico a respeito da coleta
no Sistema 156 seria uma estratégia adequada, haja vista que tal sistema
funciona 24 horas e serve desde solicitação de pedidos de remoção e plantio
de árvores, quanto para elogios e reclamações.

359
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Referido sistema opera hoje com os seguintes tópicos: Iluminação,


Descontos, Arborização, Defesa Civil, Outros, como pode ser visto na imagem
a seguir:

Figura 65 – Abertura Atual do Sistema 156

Observe-se que o 156 é:


um canal direto de comunicação com a Ouvidoria Municipal. A
partir deste serviço o munícipe poderá acionar a Prefeitura
Municipal de Maringá para encaminhar pedidos de reparos e
serviços ou ainda reclamações, sugestões e denúncias56.
Assim, a proposta é incluir um tópico específico que trate da coleta
de resíduos, mantendo os moldes, segundo apresentados na figura a seguir, a
qual foi desenvolvida dentro dos padrões dos atuais ícones do Sistema 156.
Veja-se então o ícone:

56 156 PMM Disponível em http://venus.maringa.pr.gov.br/intranet/156/login.php


Acessado em 11/04/2017

360
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Figura 66 – Ícone a ser inserido no sistema 156 para coleta de resíduos

Tal ícone permitiria identificar especificamente o tópico Coleta e teria


a seguinte inserção na página do Sistema 156, como se apresenta a seguir:

Figura 67 – Sugestão para Abertura do Sistema 156

O desenvolvimento do conteúdo do campo Coleta seria de


responsabilidade da DDT (Diretoria de Desenvolvimento Tecnológico), diretoria
esta, vinculada à Secretaria de Gestão.
Para tanto deverão ser utilizados os indicadores acima propostos,
bem como, seguida as metas e ações estabelecidas neste Plano Municipal de
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Urbanos.

361
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14 OBJETIVOS, METAS E PROGRAMAS DE CURTO, MÉDIO E LONGO


PRAZO

14.1 COLETA SELETIVA


14.1.1 Coleta seletiva – metas e objetivos
Tabela 57 – METAS E OBJETIVOS PARA A COLETA SELETIVA
FUNDAMENTAÇÃO INDICADORES
Política Nacional de Resíduos Sólidos, Indicadores quanto à prestação do serviço
implantada pela Lei federal nº 12.305/10. adequado, o qual deve atender
Art. 19. O plano municipal de gestão plenamente os usuários, conforme
integrada de resíduos sólidos tem o estabelecido na Lei, nas normas
seguinte conteúdo mínimo: pertinentes ou no respectivo contrato.
[…] Entende-se por serviço adequado aquele
VI - indicadores de desempenho que satisfaz as condições de regularidade,
operacional e ambiental dos serviços continuidade, eficiência, segurança,
públicos de limpeza urbana e de manejo de atualidade, generalidade, cortesia na sua
resíduos sólidos; prestação e modicidade das tarifas, assim
Lei Municipal nº 10.366/2016, art. 1º, § 2º, como produtividade e preservação
VI - indicadores de desempenho sustentável do meio-ambiente.
operacional e ambiental dos serviços Devendo também ser consideradas as
públicos de limpeza urbana e de manejo de políticas públicas destinadas,
resíduos sólidos; especificamente, ao incentivo à criação e
ao desenvolvimento de cooperativas ou de
outras formas de associação de catadores
de materiais reutilizáveis e recicláveis,
bem como a constituição de órgãos
colegiados municipais destinados ao
controle social dos serviços de resíduos
sólidos urbanos.
1. Campanha informativa coleta seletiva;
2. Abrangência coleta seletiva;
3. Frequência coleta seletiva;
4. Material reciclado percentual coletado
do total de resíduos;

362
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5. Inserção dos catadores de materiais


recicláveis em políticas públicas

INDICADORES específicas;
6. Resíduos orgânicos percentual coletado
e tratado do total de resíduos;
7. Abrangência coleta convencional;
8. Idade da frota da coleta convencional;
9. Idade da frota da coleta material
reciclado.
CRONOGRAMA METAS
1 ANO 2 A 5 ANOS 5 A 8 ANOS 8 A 10 ANOS
Elaborar e Continuar a atender. Continuar a atender. Continuar a
implementar no Manutenção e Manutenção e atender.
Sistema 156 o item avaliação do avaliação do Manutenção e
e conteúdo sistema. Fortalecer sistema. Fortalecer avaliação do
específico de o canal direto de o canal direto de sistema. Fortalecer
indicadores de comunicação comunicação o canal direto de
coleta. através do 156. através do 156. comunicação
através do 156.

14.1.2 Coleta seletiva - ações


Tabela 58 – AÇÕES PARA A COLETA SELETIVA
DESCRIÇÃO POSSÍVEIS FONTES
Proceder à articulação com os agentes Ação administrativa / Recursos próprios/
econômicos e sociais, com a finalidade de Conselho Gestor do Programa Pró-
construir medidas para viabilizar o retorno ao Catador / SEMA / SEMUSP / SESA /
ciclo produtivo dos resíduos sólidos SEPLAN
reutilizáveis e recicláveis oriundos dos
serviços de limpeza urbana e de manejo de
resíduos sólidos.
Implementar a Lei nº 6868/2005, que dispõe Ação administrativa / Recursos próprios/
sobre a criação do programa de incentivo à Conselho Gestor do Programa Pró-
participação da comunidade no processo de Catador
coleta seletiva do lixo reciclável.

363
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DESCRIÇÃO POSSÍVEIS FONTES


Ampliar a coleta seletiva, incluindo as demais Ação administrativa / Recursos próprios/
áreas não atendidas, analisando a quantidade Conselho Gestor do Programa Pró-
e qualidade dos materiais coletados. Para fins Catador
de controle e orientação ambiental.
Implementar Centros de valorização da Ação administrativa / Recursos próprios/
reciclagem com capacidade de processar o Conselho Gestor do Programa Pró-
volume de material reciclável. Catador
Instituir a coleta seletiva em sistemas Ação administrativa / Recursos próprios/
conteinerizados através da implantação da Conselho Gestor do Programa Pró-
conteinerização através da instalação de Catador
PEV´s para material reciclável, em
estacionamentos de bancos, supermercados,
escolas municipais, estaduais e particulares,
universidades e condomínios, segundo
normas técnicas e ambientais.
Educação ambiental. Divulgar o sistema de Ação administrativa / Recursos próprios/
coleta seletiva e sensibilizar os munícipes para Conselho Gestor do Programa Pró-
a separação dos resíduos em fração orgânica Catador
(úmida) reciclável (seco) e materiais de rejeito
na fonte de geração
Implementar Lei ordinária municipal nº Ação administrativa / Recursos próprios/
9562/2013 – que dispõe sobre a Conselho Gestor do Programa Pró-
responsabilidade do descarte de resíduos de Catador
óleos e gorduras de origem vegetal ou animal
de uso culinário - doméstico, comercial ou
industrial - no município de Maringá.
Implementar Lei ordinária municipal nº Ação administrativa / Recursos próprios/
9134/2012 que institui pontos de coleta de Conselho Gestor do Programa Pró-
resíduos de frituras, denominados ecopontos, Catador
em todas as escolas e centros de educação
infantil municipais.
Implantar ecopontos em entidades públicas e Ação administrativa / Recursos próprios/
privadas, mediante convênio. Conselho Gestor do Programa Pró-

364
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DESCRIÇÃO POSSÍVEIS FONTES


Catador
Implantar estratégias para coleta de Ação administrativa / Recursos próprios/
resíduos volumosos formalizando o Conselho Gestor do Programa Pró-
programa bota-bora Catador

Implementar Lei ordinária municipal nº Ação administrativa / Recursos próprios/


9296/2012 que dispõe sobre a oferta de Conselho Gestor do Programa Pró-
contêineres para a recepção da resíduos de Catador
construção civil e de outros detritos que não
sejam coletados pelo serviço convencional de
coleta do lixo.
Implantar lei ordinária municipal n 8695/2010 Ação administrativa / Recursos próprios/
que dispõe sobre a criação de programa Conselho Gestor do Programa Pró-
destinado a obter a doação de resíduos de Catador
materiais de construção para recuperação e
manutenção das estradas rurais do município.
Implantar lei ordinária municipal nº 8829/2010 Ação administrativa / Recursos próprios/
altera a redação da lei nº 5547/2001, que Conselho Gestor do Programa Pró-
dispõe sobre a criação de programa de coleta Catador
seletiva de resíduos vegetais e dá outras
providências.
Implantar centro de educação ambiental, Ação administrativa / Recursos próprios/
conforme Decreto municipal nº 1226/2003 Conselho Gestor do Programa Pró-
Catador
Implantar lei ordinária municipal n 7055/2005 Ação administrativa / Recursos próprios/
dispõe sobre a coleta, o recolhimento e o Conselho Gestor do Programa Pró-
destino final de resíduos sólidos Catador
potencialmente perigosos que menciona e
adota outras providências.
Auxiliar na formação permanente de Ação administrativa / Recursos próprios/
cooperativas e capacitação dos cooperados e Conselho Gestor do Programa Pró-
de associações de catadores. Catador
Realizar estudos periódicos em conjunto Ação administrativa / Recursos próprios/
SEMA, SEMUSP, SESA, SEPLAN e Conselho Conselho Gestor do Programa Pró-

365
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SÓLIDOS URBANOS

DESCRIÇÃO POSSÍVEIS FONTES


Gestor do Programa Pró-catador para análise Catador / SEMA / SEMUSP / SESA /
da variação gravimétrica dos resíduos sólidos SEPLAN
urbanos, por unidades territoriais, para o
estabelecimento de estratégias de orientação
ambiental específicas, a serem implementadas
no sistema de separação para adequação da
coleta seletiva.

14.2 RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS


14.2.1 Coleta domiciliar – meta e objetivos
Tabela 59 – METAS E OBJETIVOS PARA DA COLETA DOMICILIAR
METAS57
1 ANO 2 A 5 ANOS 5 A 8 ANOS 8 A 10 ANOS
 Retomada da  Realização de  Implantação  Disponibilização
realização da estudo específico gradual da coleta de local
coleta de resíduos considerando os conteinerizada de adequado para
pelo Poder Público locais atendidos acordo com os deposição de
Municipal; por coleta estudos resíduos das
 Realizar estudo conteneirizada e realizados áreas rurais e
para verificação convencional; anteriormente; dos seus
dos diversos  Regulamentação  Renovação materiais
equipamentos da localização constante da recicláveis, bem
(frota e tipos de dos contêineres frota com a inclusão
contêineres) nas edificações; no sistema de
adequados e  Realizar coleta
necessários para licitações,
Coleta garantindo contratações,
a modernização da aquisições ou
coleta, desta forma empréstimos de
atendendo a equipamentos;
Recomendação do  Implantação de

57 As metas e objetivos da Coleta Conteinerizada foram incluídas nas metas da coleta


domiciliar por se tratar do mesmo resíduo.

366
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SÓLIDOS URBANOS

MP 3567/2017. projeto piloto.


 Elaborar  Rever a
cronograma legislação com a
gradual de finalidade de
implantação implantar a
conteinerização
em novos
loteamentos

14.2.2 Coleta de limpeza urbana – metas e objetivos


Tabela 60 – METAS E OBJETIVOS PARA A COLETA DE LIMPEZA
URBANA
METAS
1 ANO 2 A 5 ANOS 5 A 8 ANOS 8 A 10 ANOS
 Constituição de  Incluir no  Realização de  Aquisição de
equipe técnica Sistema 156 uma análises equipamentos
das Secretarias área específica laboratoriais dos para realização
SEMUSP, SEMA, para arborização; resíduos de de varrição
SEPLAN,  Modificar o bocas de lobo mecanizada
SEMOB para sistema de parecer
realização de da arborização de
estudos sobre a modo a permitir
expansão do relatórios objetivos
serviço de referentes ao
varrição. pedido;
 Modernização
do sistema do setor
que realiza a coleta
das bocas de lobo;
 Destinação
dos resíduos de
capina, roçagem e
arborização para

367
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SÓLIDOS URBANOS

compostagem ou
biodigestão

14.2.3 Gestão de resíduos orgânicos


14.2.3.1 Gestão de resíduos orgânicos – metas e objetivos
Tabela 61 – METAS E OBJETIVOS PARA A GESTÃO DE RESÍDUOS
ORGÂNICOS ORGÂNCIOS (COMPOSTAGEM)
COMPOSTAGEM– TRATAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
FUNDAMENTAÇÃO GESTÃO DE RESÍDUOS ORGÂNICOS
Diretrizes da Política Nacional de Resíduos O município de Maringá não realiza coleta
Sólidos, implantada pela Lei federal nº para fins de tratamento seja na modalidade
12.305/10. Plano de Gestão Integrada e de compostagem, biodigestão ou similar dos
resíduos orgânicos. Portanto, para se
Associada de Resíduos Sólidos Urbanos do
adequar a Política Nacional de Resíduos
Estado do Paraná (2013). Lei Ordinária Sólidos o município deve implantar sistema
Municipal nº 9615/2013 concede nova de compostagem e reaproveitamento da
regulamentação ao Programa de Coleta Seletiva matéria orgânica, diminuindo o volume de
com Inclusão Social e Econômica dos catadores resíduos orgânicos a ser depositado na
de Materiais Recicláveis - PRÓ·CATADOR - e seu célula sanitária, que hoje alcançam um
Conselho Gestor, criado pela Lei Ordinária montante aproximado de 46,18 % das 300
toneladas dia, o que equivale a 138,5
Municipal n. 9.24112011; Lei Ordinária
toneladas de matéria orgânica. Para tanto
Municipal nº 9845/2014, determina o pretende-se instalar unidade de
encaminhamento do produto da coleta seletiva compostagem no município, que atenda
às cooperativas de catadores e a manutenção incialmente 5% da matéria orgânica gerada
das características do trabalho e direitos dos nas residências. Devendo ser incrementando
catadores municipais. tal percentual paulatinamente, sempre
buscando aumentar a eficiência do sistema
como a minimização dos impactos
ambientais nas áreas de aterros, conforme
cronograma a seguir.
Índice de atendimento do sistema de
compostagem, biodigestão ou similar dos
resíduos orgânicos, correspondendo ao
INDICADOR percentual da população urbana atendida
pelo serviço em relação à população urbana
total. E percentual de material tratado em
relação ao total do gerado por dia.
METAS
1 ANO 2 A 5 ANOS 5 A 8 ANOS 8 A 10 ANOS
Elaborar projeto Atender pelo menos Expandir para atender Alcançar 80 % do
executivo de unidade 10% do total de 30% do total de total de resíduos
de triagem e sistema de resíduos úmidos com resíduos úmidos com úmidos com
compostagem, tratamento em tratamento em sistema tratamento em
biodigestão ou similar sistema de de compostagem, sistema de
dos resíduos orgânicos. compostagem, biodigestão ou similar. compostagem,
biodigestão ou biodigestão ou

368
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SÓLIDOS URBANOS

similar. similar.

1.1.1.1 Gestão de resíduos orgânicos - ações

Tabela 62 – AÇÕES PARA A GESTÃO DE RESÍDUOS ORGÂNCIOS


(COMPOSTAGEM)
DESCRIÇÃO POSSÍVEIS FONTES
Realizar estudos junto ao Conselho Gestor do Ação administrativa / Recursos próprios/
Programa Pró-catador, SEPLAN, SESA e SEMA Conselho Gestor do Programa Pró-Catador
para incentivar a criação de sistema de / SEPLAN, SESA e SEMA / Convênios
compostagem coletivos no âmbito dos
condomínios ou individuais, inclusive com
concessão de benefícios por parte do poder
público.
Elaborar normas para fins de sistema para Ação administrativa / Recursos próprios
redução e reciclagem dos resíduos gerados na
área rural, incentivando a compostagem dos
resíduos orgânicos in situ.
Educação Ambiental. Para o Ação administrativa / Recursos próprios /
desenvolvimento da atividade de tratamento Convênios
na modalidade de compostagem no município
dos resíduos urbanos residenciais.
Implantar unidade de sistema de Ação administrativa / Recursos próprios /
compostagem, biodigestão ou similar, para Convênios
atender a fração úmida gerada no município
conforme cronograma de metas.

14.2.4 Central de compostagem de hortas comunitárias


14.2.4.1 Central de compostagem de hortas comunitárias – metas e
objetivos
Tabela 63 – METAS E OBJETIVOS PARA A CENTRAL DE COMPOSTAGEM
DE HORTAS COMUNITÁRIAS
CENTRAL DE COMPOSTAGEM
FUNDAMENTAÇÃO COMPOSTAGEM DE HORTAS
COMUNITÁRIAS
Diretrizes Política Nacional de Resíduos Sólidos, Diminuição do tempo de decomposição dos
implantada pela Lei federal nº 12.305/10. Plano resíduos através de estudos com micro-
de Gestão Integrada e Associada de Resíduos organismos.
Estudos de aproveitamento de novas fontes
Sólidos Urbanos do Estado Paraná (2013).
para decomposição.
Decreto nº. 4.954/2004. Resolução CEMA nº Aumento na produção de alimentos
090/2013 orgânicos nas Hortas Comunitárias. E
percentual de material tratado em relação ao
total do gerado por dia.

369
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SÓLIDOS URBANOS

METAS
1 ANO 2 A 5 ANOS 5 A 8 ANOS 8 A 10 ANOS
Melhoria na qualidade Diminuição do tempo Aumento na quantidade Aumento na
do material de decomposição dos e qualidade do material quantidade e
decomposto. resíduos através de decomposto. qualidade do
estudos com micro- Aumento na produção material
organismos. de alimentos orgânicos decomposto.
Estudos de nas Hortas Aumento na
aproveitamento de Comunitárias. produção de
novas fontes para alimentos
decomposição. orgânicos nas
Aumento na Hortas
produção de Comunitárias
alimentos orgânicos
nas Hortas
Comunitárias.

14.2.4.2 Central de compostagem de hortas comunitárias - ações


Tabela 64 – AÇÕES PARA A CENTRAL DE COMPOSTAGEM
DESCRIÇÃO POSSÍVEIS FONTES
Conduzir junto as Universidades SEMUSP/SEIDE/Convênios
experimentos com Microorganismos que
facilitem acelerem a decomposição do
material utilizado sempre visando a
qualidade final do composto e sua
destinação adequada.

Monitoramento através de análises SEMUSP/SEIDE


laboratoriais do composto final

Análise laboratorial do material a ser SEMUSP/SEIDE/Convênios


fornecido para Compostagem.

Fomento ao projeto das Hortas SEMUSP/SEIDE


Comunitárias com o fornecimento de
adubação adequada orgânica e ao acesso de
alimento de qualidade pela população de
Maringá.

370
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SÓLIDOS URBANOS

14.3 RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL


14.3.1 Resíduos da construção civil – metas e objetivos
Tabela 65 – METAS E OBJETIVOS PARA OS RESÍDUOS DA
CONSTRUÇÃO CIVIL
METAS
1 ANO 2 A 5 ANOS 5 A 8 ANOS 8 A 10 ANOS
 Implantação de um  Avaliação do  Regulamentação,  Dar continuidade
sistema para sistema on line via decreto, da aos programas
apresentação online para apresentação do definidos
do PGRCC – Plano Gerenciamento de PGRCC pelos
de Gerenciamento de Resíduos de empreendimentos.
Resíduos da Construção Civil.
Construção Civil.  Vinculação do
 Elaborar estudos para gerenciamento de
destinação final de resíduos da
resíduos da construção civil
construção civil. com a aprovação
do projeto
arquitetônico da
obra.

14.4 RESÍDUOS INDUSTRIAIS E PERIGOSOS


14.4.1 Resíduos industriais e perigosos – metas e objetivos
Tabela 66 – METAS E OBJETIVOS PARA OS RESÍDUOS INDUSTRIAIS E
PERIGOSOS
METAS
1 ANO 2 A 5 ANOS 5 A 8 ANOS 8 A 10 ANOS
 Atualização do  Atualização do Consolidação de Consolidação de
sistema do Plano de Decreto Municipal nº parcerias com parcerias com
Gerenciamento de 2000/2011, que indústrias para indústrias e
Resíduos/Licenciam regulamenta a realização de coleta comércios para o
ento Ambiental, de apresentação do seletiva. desenvolvimento
forma a Plano de de programas de
proporcionar a soma Gerenciamento de educação

371
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SÓLIDOS URBANOS

automática dos Resíduos online; ambiental.


resíduos gerados.  Regulamentaç
ão das atividades de
coleta e de transporte
de resíduos no
município.

14.5 RESÍDUOS DE SERVIÇOS DA SAÚDE


14.5.1 Resíduos de serviços da saúde – metas e objetivos
Tabela 67 – METAS E OBJETIVOS PARA OS RESÍDUOS DE SERVIÇOS DA
SAÚDE
METAS
1 ANO 2 A 5 ANOS 5 A 8 ANOS 8 A 10 ANOS
 Realizar treinamento  Atualizar o sistema  Realizar revisões na Divulgar
com os responsáveis do Plano de legislação sobre amplamente através
pela elaboração e Gerenciamento de RSS. de mídia as
implantação do Resíduos online atualizações sobre a
PGRSS dos especificamente legislação para
geradores da rede para RSS. todos os geradores
pública. de RSS.

14.6 RESÍDUOS ESPECIAIS


14.6.1 Resíduos especiais – metas e objetivos
Tabela 68 – METAS E OBJETIVOS PARA OS RESÍDUOS ESPECIAIS
METAS
1 ANO 2 A 5 ANOS 5 A 8 ANOS 8 A 10 ANOS
Estruturação de  Elaboração de  Intensificação dos  Intensificação dos
equipe para convênios com as trabalhos de trabalhos de
elaboração de associações de educação ambiental fiscalização e
convênios. fabricantes para para orientação aos
implementar a conscientização da revendedores.
logística reversa; população e dos
 Rever a legislação revendedores em
municipal sobre relação à logística
logística reversa. reversa.

372
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14.7 LOGÍSTICA REVERSA


14.7.1 Logística reversa – metas e objetivos
Tabela 69 – METAS E OBJETIVOS PARA A LOGÍSTICA REVERSA
FUNDAMENTAÇÃO LOGÍSTICA REVERSA
Política Nacional de Resíduos Sólidos, Implementação dos acordos setoriais ou
implantada pela Lei federal nº 12.305/10. termos de compromisso, conforme
Art. 31; 32; 33; 34; 35; 36 estabelecido na Lei.
Implantação de postos de coleta
(responsabilidade compartilhada) para o
recolhimento dos produtos e dos resíduos
remanescentes após o uso, assim como
sua subsequente destinação final
ambientalmente adequada, no caso de
produtos objeto de sistema de logística
reversa na forma do art. 33;
Campanha informativa sobre a
responsabilidade compartilhada e logística
reversa;
Diretrizes e Estruturação da Logística
Reversa
CRONOGRAMA METAS
1 ANO 2 A 5 ANOS 5 A 8 ANOS 8 A 10 ANOS
 Convocar os  Implementar os  Ampliar o  Ampliar e
atores envolvidos acordos setoriais programa de fiscalizar a
para a discussão e ou termos de logística reversa implementação
elaboração dos compromisso; no município; dos acordos
acordos setoriais  Implementar a  Fiscalizar a setoriais
ou termos de Responsabilidade implementação
compromisso compartilhada;
 Fiscalizar a
implementação

14.7.2 Logística reversa - ações


Tabela 70 – AÇÕES PARA A LOGÍSTICA REVERSA

373
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DESCRIÇÃO POSSÍVEIS FONTES


Convocar os atores envolvidos, com a Ação administrativa / Recursos próprios/
finalidade de discutir, elaborar e implementar SEMA / SEMUSP / SESA /SEIDE/PROGE/
os acordos setoriais ou termos de Ministério Público Promotoria de Meio
compromisso para a implantação da logística Ambiente/
reversa Fabricante/Distribuidor/Revendedor/SEMA-PR,
Grupo R-20
Rever a legislação municipal sobre a logística Ação administrativa / Recursos próprios/
reversa SEMA/SEMUSP
Campanha informativa sobre a Ação administrativa / Recursos
responsabilidade compartilhada e logística próprios/SEMA/SEMUSP
reversa;
Elaboração de materiais didáticos (panfletos, Ação administrativa / Recursos
cartilhas, banners), para as atividades de próprios/SEMA/SEMUSP/SEIDE
educação ambiental no município.
Fiscalização da implementação dos acordos Ação administrativa /Recursos próprios/
setoriais ou termos de compromisso firmados SEMA/SEMUSP/PROGE
em conjunto com o município;

14.8 GRANDES GERADORES


14.8.1 Grandes geradores – metas e objetivos
Tabela 71 – METAS E OBJETIVOS PARA OS GRANDES GERADORES
METAS
1 ANO 2 A 5 ANOS 5 A 8 ANOS 8 A 10 ANOS
 Regulamentação do  Incentivar a
grande gerador por destinação dos
meio de decreto recicláveis dos
específico. grandes geradores
para as
Cooperativas de
Catadores, pelo
fornecimento de
Selo Sócio
Ambiental

374
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14.9 PASSIVO AMBIENTAL


14.9.1 Passivo ambiental – metas e objetivos
Tabela 72 – METAS E OBJETIVOS PARA O PASSIVO AMBIENTAL
METAS
1 ANO 2 A 5 ANOS 5 A 8 ANOS 8 A 10 ANOS
 Realizar estudos  Realizar Monitorar o passivo Avaliar
técnicos específicos manutenção e ambiental; monitorar periodicamente a
para análise das monitoramento a área conforme eficiência do
necessidades de preliminar da antiga estudo de avaliação processo de
reforma/adequação área de disposição de passivo adequação do
de cada sistema de resíduos sólidos ambiental. passivo ambiental
instalado nas obras conforme o Plano e readequar a
de encerramento e de Encerramento do frequência do
definição da Aterro Controlado monitoramento
forma/técnica de de Resíduos conforme os
revitalização.. Sólidos; resultados.
 Realizar estudos
para determinar o
método de
remediação mais
adequado ao
passivo existente.

14.10 DISPOSIÇÃO FINAL AMBIENTALMENTE ADEQUADA


14.10.1 Disposição final ambientalmente adequada – metas e
objetivos
Tabela 73 – METAS E OBJETIVOS PARA A DISPOSIÇÃO FINAL
AMBIENTALMENTE ADEQUADA
METAS
1 ANO 2 A 5 ANOS 5 A 8 ANOS 8 A 10 ANOS
 Avaliar as  Implantar o aterro  Monitorar o aterro  Realizar estudos
alternativas para sanitário conforme sanitário conforme anuais durante a
implantação e projeto executivo. projeto executivo. operação do aterro
operação de um  Monitorar a  Dispor os rejeitos a fim de verificar a
aterro sanitário implantação do e resíduos sólidos capacidade
municipal, aterro sanitário não recuperados; remanescente de

375
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consorciado ou de monitorar o aterro disposição de


outras formas. sanitário durante rejeitos e avaliar a
Elaborar estudos e sua operação necessidade de
planos para conforme planos expandir as
obtenção das elaborados na estruturas ou
licenças ambientais etapa de projetar um novo
do aterro sanitário, licenciamento aterro sanitário.
que deve ter vida útil ambiental.
mínima de 15 anos
(ex.: EIA-RIMA,
PCA);
 Elaborar projeto
executivo do aterro
sanitário;

14.11 EDUCAÇÃO AMBIENTAL E ESTRATÉGIAS DE COMUNICAÇÃO


14.11.1 Educação ambiental e estratégias de comunicação – metas e
objetivos
Tabela 74 – METAS E OBJETIVOS PARA A EDUCAÇÃO AMBIENTAL E
ESTRATÉGIAS DE COMUNICAÇÃO
EDUCAÇÃO AMBIENTAL MUNICÍPIO DE MARINGÁ
FUNDAMENTAÇÃO EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Diretrizes da Política Nacional de A educação ambiental no município
Educação Ambiental, implantada pela atualmente é realizada através de palestras
Lei federal nº 9.795/1999, dispõe sobre a em escolas, instituições, empresas privadas,
educação ambiental, institui a Política exposições da Unidade Móvel de Educação
Nacional de Educação Ambiental e dá Ambiental, cujo objetivo principal é o incentivo
outras providências. a adoção dos 5 Rs (Reduzir, repensar,
reutilizar, recusar e reciclar) através da
coordenadoria de educação ambiental da
SEMA, em parceria com demais secretarias do
município e outras instituições como
SANEPAR; SESC; Instituto Cidade Canção;
entre outros.
Também são realizados atividades de

376
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sensibilização em relação aos 5 Rs, em datas


pontuais como: Semana do Meio Ambiente,
Dia da Água, Dia do Rio, Expoingá, Semana
da Primavera, entre outros.
Recebimento de relatórios das instituições que
MÉTODO DE ACOMPANHAMENTO foram atendidas com os programas de
(INDICADOR) educação ambiental, com resultados obtidos.
Índice quantitativo da coleta seletiva avalia-se
através da mudança de hábitos dos munícipes,
por intermédio da educação ambiental.
METAS
1 ANO 2 A 5 ANOS 5 A 8 ANOS 8 A 10 ANOS
 Aprimoramento do  Expandir à todo o  Manter o  Manter o
Programa de perímetro urbano do atendimento em atendimento em
educação município o todo o território todo o território
Ambiental nas programa de municipal com o municipal com o
instituições já educação aprimoramento aprimoramento
contempladas e ambiental, através dos programas; dos programas;
ampliação do de grupos  Implantação do  Expansão do
programa nas organizados como Plano de programa da
instituições ainda associações de Gerenciamento implantação do
não atendidas; bairro, igrejas, de Resíduos nas PGR para as
 Elaboração de escolas e sociedade escolas secretarias
programas de civil organizada; Municipais com a municipais que
educação  Estabelecer as participação dos atuam fora do
ambiental para metas para alcançar alunos; Paço;
condomínios a zona rural e  Apresentação de  Implantação da
residenciais distritos com oficinas educação
através de educação sustentáveis. ambiental
agentes ambiental; empresarial.
ambientais  Realização de
(cooperados) ou trabalhos em
agentes públicos; escolas uma vez
 Estruturação do por semana;
setor – gerência  Implantação do

377
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de educação Plano de
ambiental SEMA; Gerenciamento de
 Realização Resíduos do Paço
contínua de Municipal (órgão
eventos em datas público exemplo);
específicas;  Intensificação da
 Treinamento da educação ambiental
equipe; referente a logística
 Intensificação na reversa e coleta
educação seletiva.
ambiental
referente aos
programas de bota
fora.

14.11.2 Educação ambiental e estratégias de comunicação - ações


Tabela 75 – AÇÕES PARA A EDUCAÇÃO AMBIENTAL E ESTRATÉGIAS
DE COMUNICAÇÃO
DESCRIÇÃO POSSÍVEIS FONTES
Estabelecer parcerias junto à sociedade civil Ação administrativa / Recursos próprios/
organizada, escolas, igrejas, para a Conselho Gestor do Programa Pró-
concretização dos programas de educação Catador / SEMA / SEMUSP / SESA /
ambiental Agentes Ambientais (Cooperados).
Implementar projetos de educação ambiental Ação administrativa / Recursos próprios/
em condomínios residenciais do município. Conselho Gestor do Programa Pró-
Catador, Agentes Ambientais
(Cooperados), SEMA, SEMUSP.
Elaboração de materiais didáticos (panfletos, Ação administrativa / Recursos próprios/
cartilhas, banners), para as atividades da Conselho Gestor do Programa Pró-
educação ambiental no município com a Catador /SEMA/SEMUSP.
participação dos empreendimentos dos
catadores e as secretarias afetas.
Implementar projetos de educação ambiental Ação administrativa / Recursos próprios/
voltados a destinação dos materiais Conselho Gestor do Programa Pró-
volumosos. Catador /SEMA/SEMUSP.

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Divulgação do sistema de coleta seletiva e Ação administrativa / Recursos próprios/


sensibilizar os munícipes para a separação Conselho Gestor do Programa Pró-
dos resíduos em fração orgânica (úmida) Catador
reciclável (seco) e rejeito na fonte de
geração, através dos meios de comunicação,
exposições, palestras e distribuição de
materiais didáticos.
Divulgar os locais de descarte de resíduos de Ação administrativa / Recursos próprios/
óleos e gorduras de origem vegetal ou Conselho Gestor do Programa Pró-
animal pós-consumo residencial, comercial Catador
ou industrial no município de Maringá. Lei
ordinária municipal nº 9562/2013.
Intensificar exposições da Unidade Móvel de Ação administrativa / Recursos próprios /
Educação Ambiental, cujo objetivo principal é SEMA
o incentivo a adoção dos 5 Rs (Reduzir,
repensar, reutilizar, recusar e reciclar)
através da coordenadoria de educação
ambiental da SEMA

14.12 CONSÓRCIOS INTERMUNICIPAIS


14.12.1 Consórcios intermunicipais – metas e objetivos
Tabela 76 – METAS E OBJETIVOS PARA OS CONSÓRCIOS
INTERMUNICIPAIS
METAS
1 ANO 2 A 5 ANOS 5 A 8 ANOS 8 A 10 ANOS
 Realizar estudo de
viabilidade técnica,
econômica, ambiental
e operacional para a
gestão associada
para os serviços de
coleta seletiva,
compostagem e /ou
disposição final de
rejeitos através de

379
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consórcios públicos.
 Dependendo dos
estudos implementar
as metas para os
anos seguintes.

14.13 EMPREENDIMENTOS DE CATADORES DE MATERIAIS


RECICLÁVEIS
14.13.1 Empreendimentos de catadores de materiais recicláveis –
metas e objetivos
Tabela 77 – METAS E OBJETIVOS PARA OS EMPREENDIMENTOS DE
CATADORES DE MATERIAIS RECICLÁVEIS
EMPREENDIMENTO DE CATADORES
FUNDAMENTAÇÃO EMPREENDIMENTO DE CATADORES
Lei 12305 /2010 – Institui a Política O município de Maringá conta com sete
Nacional de Resíduos Sólidos; altera a empreendimentos singulares e um
Lei nº9.605, de 12 de fevereiro de empreendimento de segundo grau. Os sete
1998; e dá outras providências. empreendimentos de contrato firmado com o
Lei 5.764/1971 - Define a Política município de Maringá para o serviço de triagem
Nacional de Cooperativismo, institui o e destinação ambientalmente adequada dos
regime jurídico das sociedades resíduos recicláveis. Os sete empreendimentos
cooperativas, e dá outras providências. contam em média com 150 cooperados. Os
Lei 12.690/2012 -Dispõe sobre a empreendimentos de catadores é de extrema
organização e o funcionamento das importância na gestão dos resíduos do
Cooperativas de Trabalho; institui o município uma vez que com a segregação dos
Programa Nacional de Fomento às materiais realizada de forma correta na fonte
Cooperativas de Trabalho. (residências) é possível a realização de uma
coleta seletiva eficaz. A Política Nacional de
Resíduos Sólidos incentiva a criação e o
desenvolvimento de cooperativas ou de outras
formas de associações de catadores de
materiais reutilizáveis e recicláveis e define que
sua participação nos sistemas de coleta seletiva
e logística reversa deverão ser priorizadas.
Recebimento de relatórios mensais dos

380
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MÉTODO DE ACOMPANHAMENTO empreendimentos de prestação de contas e,


(INDICADOR) com a quantificação do material
triado/comercializado, apresentado ao Conselho
Gestor do Programa Pró-Catador e ao
município, através da Secretaria responsável
pela dotação orçamentária.
METAS
1 ANO 2 A 5 ANOS 5 A 8 ANOS 8 A 10 ANOS
 Viabilizar a  Apoio à constituição  Manter os  Manter os
reforma e de novos programas já programas já
estruturação empreendimentos de implementados de implementados
necessárias nos catadores tanto no apoio aos de apoio aos
barracões já âmbito dos resíduos empreendimentos empreendimento
existentes a fim de recicláveis já em de catadores. s de catadores.
atender a processo de
legislação no que reciclagem como
tange a liberação outros materiais do
pelo poder público ciclo de produção tais
para o como: resíduos
desempenho das volumosos (sofás,
atividades (Alvará colchões, madeira) e
e licenças). resíduos do setor de
 Viabilizar confecção.
possibilidade de
proporcionar
barracões de
triagem aos
empreendimentos
de catadores já
constituídos
legalmente no
município de
Maringá que hoje
em dia pagam
aluguel;

381
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SÓLIDOS URBANOS

 Credenciamento
no Conselho
Gestor do
Programa Pró
Catador dos
empreendimentos
de Catadores do
município de
Maringá.

14.13.2 Empreendimento de catadores de materiais recicláveis -


ações
Tabela 78 – AÇÕES PARA OS EMPREENDIMENTOS DE CATADORES DE
MATERIAIS RECICLÁVEIS
DESCRIÇÃO POSSÍVEIS FONTES
Proceder à capacitação dos Ação administrativa / Recursos próprios/
cooperados/agentes ambientais. Conselho Gestor do Programa Pró-
Capacitação para a organização na logística Catador / SEMA / SEMUSP / SESA /
dos barracões de triagem. Empreendimentos de Catadores.
Aquisição de equipamentos, máquinas e Ação administrativa / Recursos próprios/
veículos voltados para a coleta seletiva, Conselho Gestor do Programa Pró-
reutilização, beneficiamento, tratamento, e Catador, Agentes Ambientais
reciclagem pelas cooperativas e associações (Cooperados), SEMA, SEMUSP.
de catadores de materiais recicláveis e
reutilizáveis.
Capacitação dos cooperados em áreas Ação administrativa / Recursos próprios/
diversas tais como: administrativa/financeiro, Conselho Gestor do Programa Pró-
empreendedorismo, gestão de logística, Catador /SEMA/SASC.
relacionamento interpessoal.
Proporcionar condições de infraestrutura Ação administrativa / Recursos próprios/
suficiente para armazenamento dos materiais Conselho Gestor do Programa Pró-
recicláveis. (Barracões legalmente Catador /SEMA/SEMUSP, Cooperativas
estruturados). Os barracões para a de Reciclagem.
realização dos trabalhos dos

382
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SÓLIDOS URBANOS

empreendimentos de catadores são


necessários estar acessíveis à
disponibilidade de alvará de localização e
Licenças.
Cadastramento de carrinheiros e coletores Ação administrativa / Recursos próprios/
avulsos, afim de incentivar e proporcionar a Conselho Gestor do Programa Pró-
constituição de empreendimentos de Catador /SEMA/SEMUSP/SASC.
catadores de materiais recicláveis.
A administração municipal prestará Ação administrativa / Recursos próprios/
assessoramento técnico e jurídico às Conselho Gestor do Programa Pró-
cooperativas e associações integrantes do Catador.
Programa Pró Catador, nos termos da Lei
Municipal n. 9.112/2012.
Auxiliar na formação permanente de Ação administrativa / Recursos próprios/
cooperativas e capacitação dos cooperados Conselho Gestor do Programa Pró-
e de associações de catadores. Catador
Estabelecer critérios para a definição de Ação administrativa / Conselho Gestor do
metas a serem cumpridas pelos programa Pró Catador
empreendimentos de catadores, tais como:
cumprimento da legislação em relação ao
cooperativismo, prestação de contas ao
município.

14.14 INDICADORES DE DESEMPENHO OPERACIONAL E AMBIENTAL


INDICADORES DE DESEMPENHO OPERACIONAL E AMBIENTAL DOS
SERVIÇOS PÚBLICOS DE LIMPEZA URBANA E DE MANEJO DE RESÍDUOS
SÓLIDOS NO MUNICÍPIO DE MARINGÁ

14.14.1 Indicadores de desempenho operacional e ambiental – metas


e objetivos

Tabela 79 – METAS E OBJETIVOS PARA OS INDICADORES DE


DESEMPENHO OPERACIONAL E AMBIENTAL

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FUNDAMENTAÇÃO INDICADORES
Política Nacional de Resíduos Sólidos, Indicadores quanto à prestação do serviço
implantada pela Lei federal nº 12.305/10. adequado, o qual deve atender plenamente os
Art. 19. O plano municipal de gestão usuários, conforme estabelecido na Lei, nas
integrada de resíduos sólidos tem o normas pertinentes ou no respectivo contrato.
seguinte conteúdo mínimo: Entende-se por serviço adequado aquele que
[…] satisfaz as condições de regularidade,
VI - indicadores de desempenho continuidade, eficiência, segurança, atualidade,
operacional e ambiental dos serviços generalidade, cortesia na sua prestação e
públicos de limpeza urbana e de manejo de modicidade das tarifas, assim como produtividade
resíduos sólidos; e preservação sustentável do meio-ambiente.
Lei Municipal nº 10.366/2016, art. 1º, § 2º, Devendo também ser consideradas as políticas
VI - indicadores de desempenho públicas destinadas, especificamente, ao
operacional e ambiental dos serviços incentivo à criação e ao desenvolvimento de
públicos de limpeza urbana e de manejo de cooperativas ou de outras formas de associação
resíduos sólidos; de catadores de materiais reutilizáveis e
recicláveis, bem como a constituição de órgãos
colegiados municipais destinados ao controle
social dos serviços de resíduos sólidos urbanos.

1. Campanha Informativa Coleta Seletiva;


2. Abrangência Coleta Seletiva;
3. Frequência Coleta Seletiva;
4. Material Reciclado Percentual Coletado do
INDICADORES Total de Resíduos;
5. Inserção dos Catadores de Materiais
Recicláveis em Políticas Públicas Específicas;
6. Resíduos Orgânicos Percentual Coletado e
Tratado do Total De Resíduos;
7. Abrangência Coleta Convencional;
8. Idade da Frota da Coleta Convencional;
9. Idade da Frota da Coleta Material Reciclado.
CRONOGRAMA METAS
1 ANO 2 A 5 ANOS 5 A 8 ANOS 8 A 10 ANOS

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 Elaborar e  Continuar a  Continuar a  Continuar a atender.


implementar no atender. atender. Manutenção e
sistema 156 o item Manutenção e Manutenção e avaliação do sistema.
e conteúdo avaliação do avaliação do Fortalecer o canal
específico de sistema. sistema. Fortalecer direto de
indicadores de Fortalecer o canal o canal direto de comunicação através
coleta. direto de comunicação do 156.
comunicação através do 156.
através do 156.

14.14.2 Indicadores de desempenho operacional e ambiental - ações


Tabela 80 – AÇÕES PARA OS INDICADORES DE DESEMPENHO
OPERACIONAL E AMBIENTAL
DESCRIÇÃO POSSÍVEIS FONTES
Elaborar e implementar no sistema 156 o item Ação administrativa Secretaria de Gestão -
específico de indicadores de coleta, para fins Diretoria de Desenvolvimento Tecnológico
de que o contribuinte exerça seu direito de (Sistema 156)/ SEMUSP/SEMA/ Conselho
receber do prestador de serviços informações Gestor/ Recursos próprios
para a defesa de interesses individuais ou
coletivos, bem como poder levar ao
conhecimento do poder público as
irregularidades referentes ao serviço prestado,
assim como facilitar as comunicações com as
autoridades competentes a respeito da
qualidade na prestação do serviço. Conforme
estabelecido no Plano Municipal de
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos.

Avaliação permanente e periódica através de Ação administrativa / SEMUSP/ SEMA


relatórios semestrais a respeito do atendimento /Conselho Gestor/ Recursos próprios
do serviço e dos indicadores, os quais devem
ser enviados, formalmente, aos setores
competentes, para fins de orientação,
atendimento e adequação.

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SÓLIDOS URBANOS

15 REVISÃO E ATUALIZAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO


INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

O Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos


Urbanos (PMGIRSU) de Maringá terá vigência indeterminada e contemplará
um horizonte de atuação de 20 (vinte) anos. A revisão e atualização do
PMGIRSU deverá ocorrer, prioritariamente, no máximo a cada 4 (quatro) anos,
junto com a revisão do plano plurianual. Deste modo, o Município poderá
executar as ações e programas e atingir as metas e objetivos conforme os
prazos previstos.
O monitoramento e a verificação dos resultados deverá se
fundamentar nos indicadores de desempenho, conforme Capítulo 13.
Assegura-se, desta forma, a otimização das ações e transparência à população
quanto à gestão de resíduos sólidos no município de Maringá.
O PMGIRSU, enquanto instrumento de gestão de resíduos sólidos,
deve ser dinâmico, sendo aprimorado a cada discussão com a população e
modernizando as tecnologias envolvidas no manejo de resíduos sólidos.

386
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SÓLIDOS URBANOS

16 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 13.896, junho de
1997. Aterros de resíduos não perigosos – Critérios para projeto, implantação e
operação. Rio de Janeiro: ABNT, 1997.
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 8.419/84.
Apresentação de projetos de aterros sanitários de Resíduos Sólidos Urbanos –
RSU. Rio de Janeiro: ABNT, 1984.
ABRECON - Associação Brasileira para Reciclagem de Resíduos da
Construção Civil e Demolição. Entulho – Mercado. Disponível na página da
web: http://www.abrecon.org.br/, acessado em 12 de abril de 2017.
“Conama estuda critérios para compostagem”, disponível em:
http://www.mma.gov.br/index.php/comunicacao/agencia-
informma?view=blog&id=1547, acessado em 18 de abril de 2017.
“Educação Ambiental é debatida na SEMA”, disponível na página da web da
Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos:
http://www.meioambiente.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=2466&t
it=Educacao-Ambiental-e-debatida-na-SEMA, acessada em 18 de abril de
2017.
BRASIL, ABNT NBR 10004/2004.
BRASIL, Lei Federal 12035/2010.
BRASIL, Lei nº 12493, de 22 de Janeiro de 1999.
BRASIL, Norma ABNT NBR 12235/1992.
BRASIL, Resolução CONAMA nº 431/2011.
BRASIL, Resolução CONAMA nº 348/04.
BRASIL, Resolução CONAMA nº 275/2001.
BRASIL, Resolução CONAMA nº 307, de 5 de julho de 2002.
BRASIL, Resolução CONAMA nº 313 de 29 de outubro de 2002.
BRASIL. Conselho Nacional de Meio Ambiente – CONAMA. Resolução nº 001,
de 23 de janeiro de 1986. Dispõe sobre critérios básicos e diretrizes gerais para
a avaliação de impacto ambiental. Publicada no Diário Oficial da União de
17/02/1986.

387
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SÓLIDOS URBANOS

BRASIL. Programa Nacional de capacitação de gestores ambientais: Módulo


específico licenciamento ambiental de estações de tratamento de esgoto e
aterros sanitários / Ministério do Meio Ambiente. – Brasília: MMA, 2009. 67p.; il.
color.; 29cm.
Caderno Estatístico Município de Maringá – abril/2017 – IPARDES – Instituto
Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social.
Cartilha “Desperdício Zero” - Programa da Secretaria de Estado de Meio
Ambiente e Recursos Hídricos – Kit Resíduos 5 (Orgânico), 2005.
CETESB – Companhia Ambiental do Estado de São Paulo. Atero Sanitário.
Artigo. São Paulo: 2013. Disponível em <http://biogas.cetesb.sp.gov.br/aterro-
sanitario/>. Acesso em 19/04/2017.
“Educação Ambiental é debatida na SEMA”, disponível na página da web da
Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos:
http://www.meioambiente.pr.gov.br/modules/noticias/article.php?storyid=2466&t
it=Educacao-Ambiental-e-debatida-na-SEMA. acessada em 18/04/2017.
Entulho – Mercado. Disponível na página da web da Abrecon - Associação
Brasileira para Reciclagem de Resíduos da Construção Civil e Demolição,
http://www.abrecon.org.br/ acessado em 12 de abril de 2017.
Gestão de Resíduos Orgânicos, disponível na página do Ministério do Meio
Ambiente - http://www.mma.gov.br/cidades-sustentaveis/residuos-
solidos/gestão-de-resíduos-orgânicos#o-que-fazer, acessado em 16/05/2017.
http://cnes2.datasus.gov.br/Mod_Ind_Tipo_Leito.asp?VEstado=41&VMun=4115
20, acessado em 13 de abril de 2017.
http://paranapanema.org/cbh/historico/apresentacao/, acessado em 13 de abril
de 2017.
http://www.aguasparana.pr.gov.br/arquivos/File/PIRAPONEMA/deliberacoes/de
liberacao_paranapanema.pdf, acessado em 13 de abril de 2017.
http://www2.correios.com.br/sistemas/agencias/, acessado em 18/04/2017
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística -
http://cidades.ibge.gov.br/xtras/home.php?lang=_EN, acessado em 12 de abril
de 2017.

388
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

Logística de Embalagens Vazias. Instituto Nacional de Processamento de


Embalagens Vazias - disponível na página do InPEV: www.inpev.org.br
acessado em 12 de abril de 2017.
Logística Reversa de Lubrificantes. “Quem somos”. Disponível na página
da web do Programa Jogue Limpo: www.joguelimpo.org.br, acessado em 12
de abril de 2017.
MACHADO, A. G. B., “Resíduos Orgânicos – Biodigestor, Compostagem ou
Incinerador”, disponível no Portal Resíduos Sólidos -
http://www.portalresiduossolidos.com/residuos-organicos-biodigestor-
compostagem-ou-incinerador/, acessado em 16/05/2017.
MARINGÁ, Decreto Municipal nº 2000/2011.
MARINGÁ, Lei Municipal Complementar nº 1045/2016.
MAROSTICA, Lidia Maria da Fonseca. Gestão Ambiental Municipal: O
licenciamento como ferramenta de controle para o município de Maringá.
Universidade Estadual de Maringá, 2003.
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Manual para implantação de
compostagem e de coleta seletiva no âmbito de consórcios públicos.
Projeto Internacional de Cooperação Técnica para a Melhoria da Gestão
Ambiental Urbana no Brasil – BRA/OEA/08/001, Brasília – DF, outubro de
2010.
PAIVA ET al, Ranieri Garcia. A utilização de dados SRTM para análises
ambientais: elaboração de mapas de relevo do município de Maringá-
Paraná-Brasil, 2009.
PARANÁ. Instituto Ambiental do Paraná. Resolução CEMA nº 094, de 04 de
novembro de 2014. Estabelece diretrizes e critérios orientadores para o
licenciamento e outorga, projeto, implantação, operação e encerramento de
aterros sanitários, visando o controle da poluição, da contaminação e a
minimização de seus impactos ambientais e dá outras providências. Curitiba:
Instituto Ambiental do Paraná, 2014.
PARANÁ. Instituto Ambiental do Paraná. Portaria IAP nº 260, de 26 de
novembro de 2014. Define os documentos, projetos e estudos ambientais,

389
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

exigidos nas etapas de licenciamento ambiental de aterros sanitários no Estado


do Paraná. Curitiba: Instituto Ambiental do Paraná, 2014.
Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos Urbanos – Maringá/Pr
Julho/2008–início página 4955 dos autos da Ação Civil Pública nº 0000825-72
2000 8 16 0017.
Plano Municipal de Saneamento Básico Módulo Água e Esgoto
http://www.maringa.pr.gov.br/saneamento/pmsb1.pdf
PMSB – Plano Municipal de Saneamento Básico Módulo Limpeza Pública e
Manejo de Resíduos Sólidos – Maringá 2011 (Estudo Preliminar) – início
página 2903 dos autos da Ação Civil Pública nº 0000825-72 2000 8 16 0017.
PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE MARINGÁ. Plano de Encerramento do
Aterro Controlado de Resíduos Sólidos Urbanos. Maringá: 2011.
RECICLANIP – O ciclo sustentável dos pneus. disponível em
www.reciclanip.org.br, acessado em 12 de abril de 2017.
RODRIGUES, F. P. M. Laudo Pericial. Autos nº 677/2006. 5ª Vara Cível de
Maringá/PR – Ação de Reparação de Danos. Maringá: 2011.
VILHENA, A. Lixo Municipal: Manual de Gerenciamento Integrado.
Coordenação geral: André Vilhena – 3ª edição. São Paulo: CEMPRE, 2010.
VON SPERLING, M. Princípios do tratamento biológico de águas
residuárias: lagoas de estabilização. Departamento de Engenharia Sanitária
e Ambiental. 2 ed. Belo Horizonte: UFMG: 2002.

390
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

ANEXOS
ANEXO I – RECOMENDAÇÃO MPT Nº 3567/2017

391
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PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

392
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

ANEXO II – DECRETO MUNICIPAL Nº. 455/2017 – COMISSÃO DE ELABORAÇÃO

393
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

ANEXO III – DECRETO MUNICIPAL Nº. 476/2017 – COMISSÃO DIRETORA

394
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PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

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PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

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PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

ANEXO IV – DECRETO MUNICIPAL Nº 541/2017 – DESIGNA MAIS MEMBROS


PARA COMPOR A COMISSAO ESPECIAL PARA ATUALIZACAO/ELABORACAO
DO PLANO MUNICIPAL DE GESTAE INTEGRADA DE RESIDUOS SÓLIDOS
URBANOS

397
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

ANEXO V – ART’s DOS PROFISSIONAIS ENVOLVIDOS NA ELABORAÇÃO DO


PLANO

398
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PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

399
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

400
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

401
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

402
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

ANEXO VI – PARECER DA PROGE QUANTO A CONCESSÃO DO PRAZO DE 10


DIAS PARA A COMISSÃO DE FISCALIZAÇÃO ANALISAR O PLANO, E, QUANTO
A RECOMENDAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO

403
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

404
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

405
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

406
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

407
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

408
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

409
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

410
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

411
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

412
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

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PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

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PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

415
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

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PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

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PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

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PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

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PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

420
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

421
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

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PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

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PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

424
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

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PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

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PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

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PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

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PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

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PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

ANEXO VII – MANIFESTAÇÃO DA COMISSÃO FISCALIZADORA QUANTO A


ELABORAÇÃO DO PGIRSU

430
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

431
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

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PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

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PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

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PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

435
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

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PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

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PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

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PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

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PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

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PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

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PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

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PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

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PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

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PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

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PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

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PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

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PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

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PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

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PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

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PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

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PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

452
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

ANEXO VIII – ATA DA 1ª REUNIÃO DAS COMISSÕES DE ELABORAÇÃO E


FISCALIZAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

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PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

454
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

455
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

456
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

ANEXO IX – ATA DA 2ª REUNIÃO DAS COMISSÕES DE ELABORAÇÃO E


FISCALIZAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

457
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

458
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

459
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

460
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

ANEXO X – ATA DA 3ª REUNIÃO DAS COMISSÕES DE ELABORAÇÃO E


FISCALIZAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

461
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

462
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

463
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

464
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

ANEXO XI – ATA DA 4ª REUNIÃO DAS COMISSÕES DE ELABORAÇÃO E


FISCALIZAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

465
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

466
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

467
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

ANEXO XII – ATA DA 5ª REUNIÃO DAS COMISSÕES DE ELABORAÇÃO E


FISCALIZAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

468
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

469
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

470
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

471
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

472
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

ANEXO XIII – ATA DA 6ª REUNIÃO DAS COMISSÕES DE ELABORAÇÃO E


FISCALIZAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

473
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

474
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

475
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

476
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

477
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

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PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

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PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

480
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

ANEXO XIV – ATA DA 7ª REUNIÃO DAS COMISSÕES DE ELABORAÇÃO E


FISCALIZAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

481
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

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PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

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PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

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PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

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PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

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PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

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PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

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PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

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PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

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PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

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PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

492
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

493
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

494
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

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PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

496
PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

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PREFEITURA MUNICIPAL DE MARINGÁ
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS
SÓLIDOS URBANOS

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