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IMPORTÂNCIA DA ANÁLISE DE ÓLEO LUBRIFICANTE

A lubrificação adequada e permanentemente monitorada é a principal responsável


pela longa vida útil do veículo, máquina ou equipamento.
Qualquer óleo lubrificante independente de sua marca sofre inúmeras
contaminações durante o uso que colocam-no fora de condições técnicas de
lubrificar adequadamente, expondo os componentes mecânicos a elevados níveis
de desgastes prematuros e altos riscos de quebra.
Evidentemente que não é possível eliminar de forma radical todas as
contaminações as quais o óleo lubrificante em uso está sujeito.
Entretanto, é possível manter estas contaminações altamente nocivas em
determinados limites, possibilitando ao óleo em uso oferecer uma lubrificação
adequada e segura.
Mas para isso, é indispensável estabelecer e implantar um programa de análises
de óleo lubrificantes, pois para manter o óleo em uso dentro dos padrões técnicos
aceitáveis de uma boa lubrificação é necessário monitorá-lo freqüentemente
através de análise.
Geralmente os intervalos são necessários monitorá-lo freqüentemente através de
análises.Ocorre que qualquer óleo lubrificante pode sofrer contaminações
repentinas em níveis críticos muito antes de vencer o período de troca
estabelecido. Neste caso, se o óleo não estiver sendo freqüentemente monitorado
através de análises do óleo em uso no veículo, máquina ou equipamento, terá sua
lubrificação totalmente comprometida resultando em desgastes e quebras
prematuras, até que vença o período de troca para que o óleo seja substituído.
Contudo a mera substituição do óleo lubrificante contaminado não resolve o
problema, se não for feita análise de óleo, já que a causa da contaminação
(mecânica ou operacional) inicia um novo ciclo, provocando mais desgastes até a
perda total do componente mecânico.
Por outro lado, ocorre também do óleo lubrificante em serviço alcançar o limite do
período de troca estabelecido sem sofrer contaminações críticas, podendo
continuar ainda em uso por mais um bom tempo se a troca não estivesse sendo
realizada por período. Neste caso, joga-se fora o óleo lubrificante ainda em
condições de uso.
Portanto, a única maneira de obter uma lubrificação tecnicamente adequada é
através da implantação de um programa de análises de óleo, reduzindo gastos
com reposição de peças, mão de obra, horas paradas e volume de óleo
lubrificante consumido.

OBJETIVOS
Monitoramento de equipamentos automotivos e industriais através da Análise do
Óleo Lubrificante, visando estabelecer a Manutenção Preditiva e Proativa dos
mesmos; Organização e controle dos sistemas de lubrificação;

Investigação da presença de contaminantes e partículas metálicas de desgaste


(ver tabela)
Acompanhamento da performance dos óleos lubrificantes em equipamentos
automotivos e industriais;

Fornecimento de subsídios para o departamento de manutenção

Os atuais processos de otimização da produção exigem excelência no


funcionamento de equipamentos, incluindo ainda, a especialização e o
treinamento da equipe operacional.
O serviço sistemático de análise de óleos lubrificantes de equipamentos
automotivos (tratores, caminhões, carregadeiras, empilhadeiras, escavadeiras,
motoscrapers, aeronaves, navios, etc.) e industriais (redutores, compressores,
britadores, bombas, prensas, injetoras, etc.), objetiva fornecer subsídios para o
departamento de manutenção, detectando presença de contaminantes (diesel,
água, poeira, etc.), bem como partículas metálicas de desgaste, que levam a
diminuição da vida útil dos equipamentos ou, em alguns casos, sua quebra
imediata.
A ANÁLISE DO LUBRIFICANTE EM USO PODE DETECTAR:

 Deficiência de Operação ou Mecânica


 Deficiências no sistema de admissão
 Deficiências no sistema de alimentação
 Deficiências no sistema de refrigeração
 Deficiência no manuseio do Óleo
 Aplicação inadequada do Lubrificante
 Desempenho do óleo em serviço
 Sabotagem

MANUTENÇÃO PREDITIVA X MANUTENÇÃO CORRETIVA

A manutenção corretiva tenderá a ser exceção. Falhas de manutenção geram


gastos muito maiores do que o investimento na conservação dos equipamentos.
Máquinas paradas por deficiência de lubrificação, causam prejuízos inestimáveis
pois, deixam de produzir, conseqüentemente não dão lucro.
Garantir o estado original dentro do menor custo e sem afetar a produtividade,
avaliando corretamente o nível de desgaste sem ultrapassar o limite de
danificação, é uma das principais tarefas dos homens ligada a manutenção.
A manutenção preditiva e proativa tem como um dos principais objetivos,
assegurar a operação de um sistema ou equipamento nos limites de durabilidade,
eficiência, confiabilidade e segurança, enquanto a manutenção corretiva é
classificada como recurso utilizado para diagnosticar e corrigir falhas eminentes.

A MELHOR FERRAMENTA NA MANUTENCAO É A INFORMAÇÃO

1 - POR QUE FAZER ANÁLISE DO LUBRIFICANTE?

Hoje na busca de uma manutenção eficaz, ou seja, reduzir custos e aumentar


lucros, é imprescindível a confiabilidade e durabilidade dos equipamentos. É a
melhor ferramenta para conseguirmos uma eficácia na manutenção é a
informação.

A análise de óleos é uma dessas ferramentas, pois um dos sensores mais


eficientes do equipamento é o óleo lubrificante.

Uma bateria de análises pode informar as condições de lubrificação com base em


critérios pré-estabelecidos e concluir sobre situação do próprio óleo bem como do
ambiente lubrificado e operação, eliminando o DESPERDÍCIO do óleo lubrificante.
A análise de óleos lubrificantes em uso surgiu, então, como um recurso confiável e
insubstituível no apoio a manutenção preditiva e proativa pelo índice de certeza de
informações e pela rapidez e economia.

2 - POR QUE O LUBRIFICANTE COMO INDICADOR?

O papel do óleo lubrificante no sistema é bem conhecido:


-Diminuição de atrito e desgaste;
-Refrigeração;
-Limpeza;
-Proteção contra corrosão;
-Vedação.

Exatamente por exercer variadas funções num contato direto com o sistema
lubrificante fica fácil compreender que o óleo lubrificante pode recolher impressões
de vários componentes das máquinas, e essas informações quando corretamente
analisadas, nos permitem tirar conclusões precisas sobre a realidade operacional
do equipamento.
Vale observar, ainda, que o critério de controle do lubrificante por simples troca
dentro das especificações do fabricante é um procedimento que deve ser
reconsiderado.
Do mesmo modo que o óleo pode ter sua vida útil aumentada de 200 (duzentas)
para 500 (quinhentas) horas, por exemplo, pode acontecer que, em menos de 100
(cem) horas tornar-se fora de padrões, perdendo suas características prejudicando
todo sistema. Portanto um dos benefícios da análise sistemática de óleos é
detectar e avaliar os contaminantes externos e de desgaste e a qualidade do
lubrificante.

LUBRIFICAÇÃO PLANEJADA : RENDIMENTO MÁXIMO.

A conjuntura atual exige a maior vida útil possível dos equipamentos com o menor
índice de falhas. A lubrificação é a melhor alternativa para conseguir o máximo
rendimento da linha de produção estabelecida.
Para se chegar a esse ponto, contudo, será preciso primeiro incutir na cabeça de
grande parte dos empresários e especialistas na área de manutenção, quão
necessário é colocar óleo e graxa de forma adequada e em porções corretas nos
equipamentos e como retirar o máximo de informações sobre o desempenho do
óleo e do equipamento.
ANÁLISE E CONTROLE DO USO DE ÓLEOS LUBRIFICANTES

Sabemos que o óleo está sujeito a contaminações provenientes de fontes


externas ou internas ao sistema de lubrificação.
Determinar o tipo, origem e o nível destas contaminações é um dos objetivos da
análise. Portanto, com o acompanhamento do óleo através de análises podemos
avaliar os contaminantes, qualitativa e quantitativamente, verificar o nível de
deterioração do óleo, possibilitando assim um controle sobre a vida útil do
lubrificante permitindo maiores intervalos para a sua troca.
No estudo de um óleo usado são inúmeros os ensaios realizados.

ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS

ÁGUA

A contaminação por água é indesejável na maioria dos sistemas de lubrificação,


porque sua presença pode resultar em:
a)formação de emulsões;
b)falha ou ineficiência de lubrificação em pontos críticos;
c)precipitação dos aditivos por hidrólise;
d)formação de borras. Em óleos "sujos", que pode entupir telas, filtros ou
tubulações;
e)contribuição para a corrosão das superfícies metálicas em certos casos.

CORROSÃO EM LÂMINA DE COBRE

Alguns óleos têm incorporado em sua formulação, certos aditivos contendo cloro,
enxofre ou sais inorgânicos, que, sob condições específicas de serviço, podem
contribuir no caso dos óleos lubrificantes, para corrosão em partes dos
equipamentos ou, no caso de óleos de corte, nas peças a serem usinadas.
Existem vários tipos de testes de corrosão para produtos derivados do petróleo,
dependendo da aplicação a que esses produtos se destinam. Como os metais
mais sujeitos a esse tipo de ataque corrosivo são o cobre e suas ligas, materiais
amplamente empregados em mancais, o teste mais utilizado é o que avalia o
ataque corrosivo a uma lâmina de cobre sob condições padronizadas.
DEMULSIBILIDADE

A determinação da demulsibilidade é de suma importância para óleos lubrificantes


que tenham contato regular com água, devido a natureza do serviço que
desempenham, como, por exemplo, óleos para turbinas a vapor, para máquina de
papel, para sistemas hidráulicos etc., em que o óleo não deve formar emulsão
com água. Em outras aplicações, tais como óleos para máquinas a vapor,
determinados compressores de ar, marteletes de perfuração de rochas, estimula-
se a formação de emulsões.

DENSIDADE

É a relação entre massa de um determinado volume de produto, à temperatura "t"


pela massa de igual volume de água destilada, a uma dada temperatura.
Com base no princípio de que todo corpo mergulhado em um líquido desloca um
volume igual ao do líquido deslocado, mede-se a densidade de um aparelho
chamado densímetro, este tem haste graduada, dando leitura direta.
A densidade de um lubrificante, analisada juntamente com outras características,
dá informações significativas acerca do óleo novo.

DILUIÇÃO POR COMBUSTÍVEL

Este teste é realizado para se determinar a quantidade de combustível presente


em amostras de óleos lubrificantes em motores de combustão interna a gasolina,
a álcool ou motor a diesel.

ESPUMA

A formação de espuma é geralmente devida a uma aeração excessiva do óleo


lubrificante. A medida mais importante em relação a esta anomalia não é
exatamente o impedimento à sua formação, que algumas vezes é inevitável, e sim
a sua quebra, isto é, o seu desaparecimento. A espuma resulta em lubrificação
inadequada, cavitação e fluxo deficiente de óleo e pode ser um problema em
sistemas que possuem engrenagens e/ou mancais de alta velocidade e naqueles
que utilizam bombeamento sob alta pressão ou lubrificação por salpico, os quais,
em geral, tendem a formar espuma.

A espuma pode ser causada por baixo nível de óleo no reservatório, fazendo com
que a bomba aspire ar, juntamente com o óleo, ou pela entrada falsa de ar nas
linhas de sucção de óleo da bomba, ou ainda pelo posicionamento da linha de
retorno do óleo ao reservatório muito acima do nível de óleo, criando elevada
turbulência e aeração, entre outros.

Assim como óleos lubrificantes, emulsões de óleos em água podem receber, na


prática, aditivos antiespumantes, cuja seleção deve ser feita pelo fabricante do
produto, pois há um número relativamente alto de recursos disponíveis, que terão
que ser adequados a cada caso específico.

FULIGEM

Produtos da combustão entram no óleo através do sopro normal dos pistões,


reduzindo a capacidade do óleo de proteger e lubrificar os componentes do motor.

Refletindo-se um feixe de luz infravermelha por uma película de óleo usado,


obtemos diretamente o percentual de fuligem presente no óleo e comparadas com
o óleo novo como prova em branco.

Fuligem – Resíduos insolúveis de combustível parcialmente queimado podem


espessar o óleo, exaurem os aditivos e podem eventualmente entupir os filtros. A
fuligem é encontrada normalmente em amostras de óleo de motor.

ÍNDICE DE VISCOSIDADE

É um número empírico, não dimensional, que indica o efeito da variação da


temperatura sobre a viscosidade do óleo.

É determinado baseado sempre na medição da viscosidade cinemática a duas


temperaturas diferentes. Um elevado IV significa que o óleo terá uma variação
relativamente pequena de viscosidade em função de variações de temperatura.

O IV indica, principalmente, a natureza (tipo) do óleo básico empregado no


lubrificante. Os óleos parafínicos tem, usualmente, um IV próximo ou acima de
100; os óleos semi-naftênicos tem IV por volta de 30 e os produtos naftênicos (que
normalmente contém um elevado teor de aromáticos) tem IV próximo de 0. A
mistura de óleos de diferentes tipos produz índices de viscosidade intermediários.

INSOLÚVEIS

São substâncias presentes nos lubrificante, em determinados solventes orgânicos


como o pentano, tolueno, ou hexano. Os insolúveis são, principalmente, produtos
da oxidação do óleo ( borras, vernizes, resinas, gomas), fuligem da combustão,
degradação do óleo entre outros.
PONTO DE FLUIDEZ

Apesar de o ponto de fluidez ser considerado por muitos como único e absoluto
critério para se determinar se o óleo é adequado ou não para a aplicação sob
baixas temperaturas, isto não corresponde à realidade. Sob condições de alto
cisalhamento, quando o óleo está em movimento forçado por dispositivos
mecânicos, os cristais de parafina tem o entrelaçamento rompido devido ao
fornecimento de energia suficiente para fazer o óleo fluir. Sob tais condições, mais
importante que o valor do ponto de fluidez do óleo é o valor de sua viscosidade a
baixas temperaturas, que será o determinante da sua capacidade de ser
bombeado.

PONTO DE FULGOR

A determinação do ponto de fulgor de um óleo sem uso tem importância sob o


ponto de vista de segurança uma vez que temperaturas acima do ponto de fulgor
podem conduzir a condições favoráveis à ocorrência de incêndios ou explosões. É
também um dos testes mais indicativos na análise de óleos lubrificantes usados
em motores de combustão interna, já que permite prever se o óleo em uso foi
contaminado ou não pelo combustível.

RIGIDEZ DIELÉTRICA

A rigidez dielétrica de um óleo isolante expressa a sua resistência à passagem da


corrente elétrica. É definida como a voltagem na qual ocorre a passagem de
corrente elétrica entre dois eletrodos, sob as condições prescritas pelo teste.

No estado puro, livre de qualquer contaminante, o óleo é um condutor de


eletricidade extremamente pobre (ou seja um bom isolante). Por isso, a rigidez
dielétrica indica principalmente a presença, ou ausência, no óleo, de agentes
contaminantes, como água, impurezas ou partículas condutoras, que podem estar
presentes quando são encontrados valores relativamente baixos de rigidez
dielétrica. Algumas vezes, uma alta rigidez não indica a ausência de todos esses
contaminantes; e singular importância no efeito sobre esta propriedade é a
quantidade de água presente.

Embora a determinação da rigidez dielétrica não seja um método utilizável para se


prever a vida útil do óleo (pelo fato de não ser uma função da composição do
óleo), determinações periódicas são importantes para indicar o momento da troca
ou a necessidade de regeneração da carga de óleo.
TAN

Representa a massa em mgKOH/g necessária para neutralizar um grama de óleo:


é a medida de todas as substâncias contidas no óleo que reagem com hidróxido
de potássio. Os constituintes mais comuns de tais produtos ácidos são ácidos
orgânicos, sabões de metais, produtos de oxidação, nitritos e nitrocompostos e
ainda outros compostos, que podem estar presentes como aditivos e que reagem
com hidróxido de potássio.

Como resultado da progressiva oxidação do óleo, podem formar-se ácidos


orgânicos; ou sabões metálicos são, então, resultantes da reação destes ácidos
com metais. Ácidos minerais (isto é, ácidos orgânicos fortes), se presentes numa
amostra de óleo, são originários, basicamente, dos compostos de enxofre
presentes nos combustíveis. Nitratos orgânicos e nitrocompostos, também
originários dos combustíveis, contribuem para aumentar a acidez.

TBN

É a massa em miligramas de ácido clorídrico ou perclórico, expressa em termos


de quantidade equivalente de hidróxido de potássio, necessária para neutralizar
todas as substâncias presentes num grama de óleo que reagem com esses
ácidos. Este teste é normalmente feito em óleos que contém aditivos alcalinos
(reserva alcalina do produto). Em óleos usados, é uma indicação desta reserva
alcalina remanescente, que, enquanto existir, não permitirá a presença de ácidos
fortes.

VISCOSIDADE

Em termos gerais, é definida como sendo a resistência oposta ao escoamento e


consiste na medição do tempo que um fluido leva para escoar por um capilar, sob
uma determinada temperatura, entre duas marcas existentes em um tubo aferido
(fatorado). A viscosidade cinemática é a resultante do produto entre esse tempo,
em segundos, e o fator do tubo.
ANÁLISE MORFOLÓGICA DE PARTÍCULAS CONTAMINANTES E DE
DESGASTE

Desgaste

O exame das diversas partículas sólidas presentes no lubrificante em uso tem sido
objeto de extensas pesquisas, uma vez que já se comprovou que esses elementos
são portadores de inúmeras informações acerca do sistema lubrificado.

O adequado tratamento dos dados trazidos por essas partículas leva ao


conhecimento do perfil normal de desgaste bem como à predição de problemas no
equipamento: falhas e até mesmo fraturas são provocadas por desgaste, que cria
pontos de intensificação de tensão, enfraquece peças, desajusta mecanismos,
provoca vibrações, etc.

Quando uma peça sofre desgaste, partículas são depositadas no lubrificante;


dependendo do tipo de processo sofrido, Abrasivo, Adesivo, Corrosivo ou
Composto, tipos diferentes de partículas são detectados.

Além de se conhecer o tamanho e o número de partículas, os estudos se


direcionaram à investigação da morfologia das mesmas. Dos vários elementos
encontrados pode-se determinar na maioria dos casos qual sua origem e se
realmente indicam prejuízo ao sistema.

A utilização de um ou outro método investigatório, espectrofotometria, ferrografia


ou análise microscópica, depende não só da aplicação em particular como dos
meios disponíveis e até mesmo da linha de trabalho seguida.

ESPECTROFOTOMETRIA DE ABSORÇÃO ATÔMICA

A espectrofotometria de absorção atômica oferece meios rápidos para a


determinação dos elementos inorgânicos presentes nos óleos lubrificantes
usados: metais de desgaste, de contaminação externa e de aditivos presentes.

A identificação de contaminantes metálicos freqüentemente fornece indícios para a


correção de condições prejudiciais a uma máquina. Por exemplo, a presença de
cromo pode ser devido ao desgaste dos anéis ou camisas (se o motor estiver
equipado com anéis cromados) ou pode ser devido ao vazamento para o cárter de
fluido refrigerante inibido com cromatos.

A pesquisa de metais de desgaste poderá ser complementada, com vantagem,


pela análise morfológica de partículas, uma vez que o método da
espectrofotometria não é capaz de proporcionar informações sobre partículas
maiores.
CONTAGEM DE PARTÍCULAS

CONTAMINAÇÃO DO FLUIDO HIDRÁULICO

A invasão do sistema hidráulico por diversos tipos de contaminantes ("sujeira") é


um fato freqüente, que compromete o desempenho do equipamento e provoca
outras implicações sensíveis: perda de tempo e aumento de custos de
manutenção e produção. A questão torna-se ainda mais delicada, quando, ao
examinarmos as causas dessa contaminação, verificamos que uma grande via de
acesso das impurezas ao sistema, é o próprio óleo hidráulico. Pelas funções
exercidas no sistema (transmissões de potência, lubrificação, refrigeração, etc.), o
óleo hidráulico é fator altamente comprometedor no rendimento do circuito
hidráulico.

COMO SE DÁ ESSA CONTAMINAÇÃO?

A contaminação do sistema hidráulico pode se dar por partículas sólidas, ar, água
e outros produtos, que, por reações, formam borra e resina.

O ingresso desses elementos no circuito, pode ocorrer por causas diversas e


algumas delas comentadas a seguir:

 As más condições de armazenamento do óleo podem comprometer sua


composição e desempenho: a permanência prolongada em tambores, pode
proporcionar o contato do fluido com a ferrugem interna (formada pela
condensação do ar úmido do próprio tambor) e outros elementos do
recipiente. Observa-se que tambores são usados para acondicionar os mais
variados produtos e o processo de lavagem (quando ocorre) nem sempre é
eficaz...O recipiente pode comprometer até mesmo a qualidade de óleos
novos.O recipiente pode comprometer até mesmo a qualidade de óleos
novos.

 O manuseio do lubrificante e as condições de troca e reposição do óleo


muitas vezes facilitam a contaminação do sistema. O abastecimento deve
ser feito fora do ambiente agressivo – o que nem sempre é possível. Neste
caso, devem ser criados dispositivos de adaptação à máquina, para evitar o
contato do ar contaminado do ambiente com o fluido. Sabendo que, pela
situação de campo até mesmo essas adaptações tornam-se inviáveis, é
fundamental a checagem periódica do estado do óleo.

 As condições internas do equipamento representam outro ponto a ser


considerado:

a)o óleo do reservatório normalmente varia de volume quando são acionados os


cilindros e essa diferença de volume é completada com o ar ambiente, que pode
trazer consigo inúmeras sujidades. O filtro de ar rigidamente dentro das
especificações é de suma importância;
b)note-se que o próprio sistema hidráulico é um fator de aumento de partículas
metálicas no óleo, tanto em fase inicial de funcionamento (amaciamento), quanto
posteriormente, por desgaste natural das peças.
O processo de abrasão e erosão é acelerado pelo óleo, que, em movimento rápido
incrementa a desagregação de incrustações de areia de fundição, cascas de
solda, etc. (fenômeno tão mais intenso quanto maiores as velocidade e/ou
pressões do fluxo de fluido no sistema).
Alguns procedimentos de manutenção podem, também, veicular partículas
sólidas, contaminando o óleo. Assim, a inspeção ou troca de componentes deve
ser feita dentro de critérios rigorosos, evitando exposições desnecessárias, peças
mal acondicionadas e material inadequado. Atenção especial deve ser dada à
substituição do fluido hidráulico não só no manuseio, como na observação da
situação da máquina: o óleo altamente contaminado deve ser trocado somente
depois de ter havido funcionamento do equipamento por algumas horas – o que
evita a deposição de contaminantes sólidos.

CONTROLE DAS CONDIÇÕES DO ÓLEO

Depois de todo o avanço científico-tecnológico que o homem levou centenas de


anos para acumular, parece-nos totalmente desnecessário frisar a ineficácia de
métodos empíricos para determinar a situação do óleo.
O CONTADOR DE PARTÍCULAS é um aparelho de tecnologia que, contam e
classificam em faixas granulométricas, os contaminantes sólidos existentes no
óleo.
Essa técnica, inicialmente usada no controle de fluidos em satélites e naves
espaciais, foi gradativamente estendida a sistemas hipercríticos, hidrostáticos,
hidráulicos, etc.
O controle é, hoje, recurso indispensável ao departamento de manutenção para
que se obtenha melhor desempenho e maior vida útil dos componentes do
sistema.

NAS 1638 Standard


Faixa de (Limitesmáximo de contaminação, partículas por 100 ml)
Tamanho 00 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
5-15 125 250 500 1000 2000 4000 8000 16000 32000 64000 128000 256000 512000 1024000
15-25 22 44 89 178 356 712 1425 2850 5700 11400 22800 45600 91000 182400
25-50 4 8 16 32 63 126 253 506 1012 2025 4050 8100 16200 32400
50-100 1 2 3 6 11 22 45 90 180 360 720 1440 2880 5760
>100 0 0 1 1 2 4 8 16 32 64 128 256 512 1024

Utilização A B C D E F
A - Sistemas hipercríticos, satélites, naves espaciais, sistemas de mísseis.
B - Sistemas críticos, controles com micro-serválvulas e grau do fluido quando
novo.
C - Sistemas servo controladas, proporcionais, controles de sitemas aéreos,
sistemas de navegação.
D - Escavadeiras Demag, sistemas hidráulicos industriais de alta pressão,
trasnmissões hidrostásticas.
E - Sistemas Mobil, equipamentos de movimentação de terra, guinchos,
movimentação de materiais, uso geral de baixa pressão.
F - Sistemas manuais, macacos hidráulicos, sistemas de uso esporádico.

Tabela de Contagem de Partículas ISO 4406


Números de Partículas por ml Números da
>acima Até ou Igual Escala
2.500.000 >28
1.300.000 2.500.000 28
640.000 1.300.000 27
320.000 640.000 26
160.000 320.000 25
80.000 160.000 24
40.000 80.000 23
20.000 40.000 22
10.000 20.000 21
5.000 10.000 20
2.500 5.000 19
1.300 2.500 18
640 1.300 17
320 640 16
160 320 15
80 160 14
40 80 13
20 40 12
10 20 11
5 10 10
2.5 5 9
1.3 2.5 8
0.64 1.3 7
0.32 0.64 6
0.16 0.32 5
0.08 0.16 4
0.04 0.08 3
0.02 0.04 2
0.01 0.02 1
0.005 0.01 0
0.0025 0.005 00
A ISO 4406 (International Standards Organization) nível padrão de limpeza, tem
obtido uma vasta aceitação em muitas industrias de hoje. Uma versão modificada
vastamente utilizada deste padrão refere-se ao número de partículas maiores que
2, 5 e 15 micra em um volume de 100 mililitros. O número de partículas maiores
que 2 e 5 micra é usado como ponto de referência para partículas sedimentadas.
As partículas maiores que 15 micra, contribuem grandemente para uma possível
falha catastrófica no componente.

QUAIS INFORMAÇÕES DEVEM ACOMPANHAR AS AMOSTRAS

Para a avaliação e julgamento da amostra, são necessárias informações que


acompanham a amostra:
1. Tempo de serviço do óleo desde a última troca. Isto é absolutamente primordial
para uma interpretação apurada dos resultados. Por esta razão, esteja certo em
fornecer precisas no impresso de solicitação de coleta e envio de amostras e na
etiqueta;.
2. Volume de reposição no período
3. Informação de reparos, mudanças, trocas, etc.;.
4. Série do compartimento (sempre que possível).

AMOSTRAGEM

Amostra,
Definição: é o fragmento ou parte de um produto natural ou fabricado...
apresentado para demonstrar sua natureza, qualidade ou tipo; é a porção que
representa o todo...(Aurélio)

Portanto, uma certa quantidade de um produto, como o lubrificante, só constitui


uma amostra, se realmente guardar as reais características e propriedades do
todo.
A amostragem correta é o ponto de partida para o sucesso de um programa de
manutenção preditiva.

Qualidade na amostragem depende do material que você utiliza na coleta.

Um dos pontos que sempre mereceu grande atenção é o processo de coleta de


amostras. Sem dúvida, o pessoal encarregado dessa função deve estar bem
treinado tecnicamente para realizar o trabalho, de modo a conseguir uma amostra
realmente significativa.

Prova dessa preocupação é a bomba de sucção manual, que surgiu não só da


necessidade de facilitar a coleta, mas também de diminuir o índice de
contaminação.

Tanto cuidado é justificado pela observação das conseqüências danosas que o


óleo mal coletado ou mal etiquetado / identificado pode trazer. Contaminações que
implicam em resultados distorcidos, indicações errôneas que dificultam e atrasam
testes – em suma, pode-se afirmar que o processo de análise do lubrificante tem
início no campo, nas mãos do coletor.

Durante a retirada de óleo dos compartimentos, um dos problemas do pessoal é a


mangueira que leva o lubrificante da bomba ao frasco: a cada amostra, esse tubo
deve ser trocado e posteriormente higienizado, se for destinado a novo uso. A
limpeza precária acarreta contaminação do óleo coletado a seguir e a alteração de
respostas aos testes é facilmente presumível.

Os cuidados na coleta de material lubrificante para análises são a garantia de um


resultado eficaz.

VANTAGENS DA ANÁLISE DO ÓLEO LUBRIFICANTE

 Menor custo de manutenção


 Economia de lubrificantes – a troca do óleo pode ser feita com base nos
resultados de análises
 Vida útil dos componentes ampliada
 Economia de mão-de-obra
 Redução dos custos de material de reposição
 Maior disponibilidade dos equipamentos
 Evita paradas inesperadas e avarias de proporções catastróficas (na
maioria dos casos)
 Manutenção com melhor qualidade
 Controle e análise do desgaste de equipamentos
 Otimização da produção
 Manutenção do ritmo de produção

A análise dos contaminantes de origem externa e de desgaste há muito vem


auxiliando o setor de manutenção de várias empresas e indústrias, pois o controle
da incidência de partículas presentes no óleo é de grande importância na
manutenção preventiva e proativa, permitindo tecer conclusões acerca do sistema
lubrificado.

Tendo como objetivo detectar qualitativa e quantitativa os elementos com desgaste


excessivo no equipamento, o nosso trabalho permite a identificação de uma falha
no seu início.

A análise de óleo lubrificante pode prever, na maioria das vezes, o inicio de um


processo anormal de desgaste, demonstrando na prática, ser uma ferramenta
indispensável na prevenção de quebras em componentes de sistemas
lubrificados.

1 - Qual é o critério para selecionar os equipamentos a serem monitorados


através da análise do óleo lubrificante?
A partir de quantos litros é viável monitorar através de análise?
O principal item a ser considerado é a importância do equipamento/compartimento
no processo de produção.
Outros itens que deverão ser avaliados na seqüência são:
-Interferência na qualidade do produto ou serviço;
-Custo de reposição;
-Verificar se possui stand-by (equipamento reserva).
É importante lembrar que a definição dos equipamentos a serem monitorados em
função do volume, vem das empresas interessadas na venda do óleo, pois para
elas, os equipamentos de baixo volume são insignificantes e em alguns casos
estes podem ser críticos no processo, isto é, de grande importância e de valor
considerável, sendo assim impossível de definir a questão do volume mínimo para
monitoramento.

2 - Por quanto tempo um lubrificante poderá ser usado, com segurança, em


um equipamento?
Qual é período de troca indicado para o meu equipamento/compartimento?
Há, por certo, um momento na vida do óleo em que ele deve ser trocado. A
substituição estará ligada diretamente ao tipo de máquina e à natureza das
operações envolvidas. Conseqüentemente, não será possível se estabelecer, de
maneira apriorística, intervalos de trocas para tipos variados de equipamentos,
operando sob as mais diversas condições.
A maior preocupação ao se monitorar por análises o uso de lubrificantes é
conhecer, controlar e se possível, combater a origem da contaminação.
Os contaminantes podem advir de várias fontes: situações de operação, tipo e
qualidade de combustível e condições da máquina. Esses são alguns dos fatores
que influenciam a natureza e qualidade dos contaminantes encontrados no óleo.
Uma mudança gradual das características do lubrificante em serviço é normal.
Mudanças súbitas apontam para a necessidade de troca do óleo e na maioria dos
casos, são indícios de falha no equipamento. Vale lembrar que o comportamento
do lubrificante pode variar em equipamentos de um mesmo fabricante e mais
provavelmente em máquinas semelhantes, de diferentes marcas e modelos.
As muitas variáveis em jogo – condições mecânicas da máquina, hábitos do
operador, diferentes formas de trabalho, etc. - tornam impossível estabelecer-se,
de modo impositivo e genérico um conjunto de limites que regulem o programa de
troca de óleo.
Pode-se deduzir, portanto, que se torna indispensável o uso de controle periódico
por análises, onde são avaliados e medidos os tipos e teores de contaminação,
bem como o próprio desempenho do óleo em serviço.
De posse destes dados, a Laboroil fornece laudos informativos que orientam o
usuário do serviço, possibilitando-lhe promover intervenções objetivas e seguras.
Fica claro que a vida do lubrificante está proporcionalmente ligada às condições
de trabalho e manutenção de cada máquina ; uma vez preservadas as
características químicas e físicas do óleo e mantido em níveis toleráveis o grau de
contaminantes, o lubrificante poderá permanecer em serviço, com segurança.

3 - É possível estabelecer parâmetros ou níveis de alerta para os teores


detectados em análise?
Não, devido às inúmeras variáveis em jogo – condições mecânicas da máquina,
hábitos do operador, diferentes formas de trabalho, tolerâncias de fabricação,
ambiente de trabalho, manutenção, lubrificação, tempo de serviço do óleo,
reposição, etc. - tornam impossível estabelecer-se, de modo impositivo e genérico
um conjunto de limites que regulem os níveis de alerta para os teores detectados
em análise.
As conclusões são feitas, principalmente com base nos resultados anteriores e, no
caso de primeiras amostras com base em equipamentos semelhantes. Muitas
vezes sugerimos a troca do óleo para acompanhamento da evolução do problema
em futuras amostras , com base no histórico do sistema.

4 - Quais são os períodos de amostragem sugeridos ?


Equipamentos Industriais (Redutores, Compressores, Britadores, Injetoras,
Prensas, etc.):
Coletas mensais, trimestrais ou semestrais, conforme a importância do
equipamento ou criticidade do trabalho.
Equipamentos Automotivos:
Cárter do motor
1ª coleta com 250 horas / 10.000 Km ou tempo de uso sugerido pelo
fabricante do motor.
2ª coleta e as seqüentes de 125 em 125 horas / 5.000 em 5.000 Km ou
metade do tempo inicial da primeira coleta.
Transmissão / Diferencial / Comando Final / Redutores
1ª coleta com 500 horas / 20.000 Km ou tempo de uso sugerido pelo
fabricante.
2ª coleta e as seqüentes de 250 em 250 horas / 10.000 em 10.000 Km ou
metade do tempo inicial da primeira coleta.
Sistema Hidráulico
1ª coleta e as seqüentes de 250 em 250 horas / 10.000 em 10.000 Km.

5 - Os filtros de óleo devem ser trocados junto com o óleo ou conforme o


fabricante?
Conforme a indicação do fabricante. Na maioria dos casos a vida útil do óleo
supera a dos filtros, no entanto, se o óleo for trocado, os filtros deverão ser
trocados juntos.

6 - A coleta da amostra de óleo pode ser feita com o equipamento "frio"?


É desaconselhável, pois com o óleo frio, haverá precipitação dos contaminantes e
este não estará homogêneo, no entanto se a coleta for realizada desta forma, os
resultados poderão ficar distorcidos da realidade do sistema.
7 - É possível recuperar um óleo condenado?
Se o motivo de condenação foi devido ao alto grau de sujidades, alto grau N.A.S.,
ou pequena contaminação com água, o problema poderá ser resolvido com uma
criteriosa filtragem do produto. Neste caso será necessário uma nova análise para
avaliar a eficiência do processo.

8- É possível associar os resultados das análises do óleo lubrificante com


outras técnicas de manutenção preditiva?
Sim. Quanto mais dados sobre o compartimento monitorado for possível obter,
mais conclusivo será a decisão sobre a evolução do problema.
Em muitos casos é interessante o monitoramento de outros itens como:
temperatura de funcionamento, vibração, pressão, desempenho, etc.
É importante lembrar que, na maioria das falhas, os primeiros sinais são
detectados através da análise do óleo lubrificante.

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