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Linhas horizontais:
o Linha da terceira articulação condroesternal: passa horizontalmente sobre a referida articulação
o Linha da sexta articulação condroesternal: passa horizontalmente sobre a referida articulação. É à
altura da base do processo xifoide.
o Linhas claviculares
o Linha escapular superior: tangencia a borda superior da escápula
o Linha escapular inferior: tangencia a bora inferior da escápula
# Na face lateral do tórax é necessário identificar somente a linha da sexta articulação condroesternal.
Antes de iniciar o exame físico do tórax, o médico já deve ter feito o exame físico geral, incluindo cabeça, tronco e
membros, observando eventuais alterações para correlaciona-las com uma afecção pulmonar.
Inspeção
Observado com paciente sentado e deitado.
Na inspeção estática observa-se a forma do tórax (varia conforme o biótipo do paciente – ângulo de Charpy) e suas
anomalias congênitas ou adquiridas, localizadas ou difusas, simétricas ou não.
Segundo: avaliar o tipo de tórax - em tonel, atípico, cifótico, escoliótico, pectus carinatus, pectus escavatus.
Terceiro: avaliar lesões elementares (presença de nevus – se sim, CITAR), cicatrizes, distribuição de pelos, circulação
colateral, abaulamento e retrações, mamas e aureolas, atrofias musculares, alterações ósseas, edema.
Mobilidade do tórax
Sincronismo na respiração ou assincronismo - tórax paradoxal (na inspiração, o tórax diminui de volume)
Mobilidade sincrônica entre tórax D e E
Esforço respiratório – uso de M. acessória (musculatura dos intercostais e subcostal)
Presença de retrações e tiragens (no esforço respiratório, a contração do diafragma pode ser observada,
tracionando a região superior do abdome, sendo observada uma tiragem subcostal)
# se ocorrer obstrução brônquica, o parênquima correspondente àquele brônquio entra em colapso
e a pressão negativa daquela área torna-se ainda maior, provocando assim a retração dos espaços
intercostais. Essas áreas retráteis caracterizam a impossibilidade de o pulmão acompanhar o
movimento expansivo da caixa torácica, devido à atelactasia subjacente.
Tipo respiratório: correlaciona com ritmo e frequência respiratória. Retração intercostal – esforço respiratório.
Frequência respiratória
Ritmos respiratórios
Avaliar o ritmo:
Respiração de Cheyne-Stokes: caracteriza-se por uma fase de apneia seguida de incursões inspiratórias
cada vez mais profundas até atingir um máximo, para depois vir decrescendo até nova pausa. As causas mais
frequentes são a insuficiência cardíaca congestiva, hipertensão intracraniana, acidentes vasculares cerebrais
e os traumatismos cranioencefálico.
Indivíduo faz um período de apneia, depois começa a respirar devagar e depois mais profundamente e mais
rapidamente, ou seja, vai aumentando a amplitude e a frequência. Depois vai diminui a amplitude e frequência,
depois apneia e depois faz tudo de novo. Relacionado a um grave distúrbio de perfusão do Bulbo. O
INDIVIDUO NÃO PERCEBE QUE ESTÁ COM ESSE RITMO RESPIRATORIO. O bulbo aqui tem um problema
que só consegue perceber a alteração MUITO ALTA de CO2. O que pode comprometer o bulbo? Insuficiência
cardíaca congestiva, hipertensão intracraniana. Existe um sofrimento bulbar.
Respiração de Biot: a respiração apresenta-se com duas fases. A primeira, de apneia, seguida de
movimentos inspiratórios e expiratórios anárquicos quanto ao ritmo e amplitude.
A respiração adquire um padrão anárquico, não há padrão definido, é um ritmo respiratório pré-agônico. Grave
comprometimento cerebral – sinais de hipertensão intracraniana grave.
Respiração de Catani e Kussmaul: típico de pacientes com acidose metabólica. Compõe-se de 4 fases:
inspirações ruidosas mais amplas, alternadas com inspirações rápidas e de pequena amplitude. Segue com
apneia em inspiração, depois expirações ruidosas gradativamente mais profundas alternadas com inspirações
rápidas e de pequena amplitude. Logo em seguida, apneia em expiração.
Kussmaul: inspiração e expiração intercaladas com apneia. Inspirações profundas seguidas de pausas –
expirações profundas também seguidas de pausa. É uma tentativa de aumentar o ph, eliminando CO2.
Catani: movimentos rápidos, profundos e regulares. Inspira muito profundo e expira, isso aumenta a frequência
respiratória.
O objetivo de Catani é aumentar o pH, ou seja, eliminar o CO2.
Respiração suspirosa: movimentos respiratórios interrompidos por suspiros. Traduz tensão emocional e
ansiedade.
De início, deve-se avaliar o estado de consciência do paciente, lembrando a frequência com que um grande número
de enfisematosos, principalmente aqueles em que predomina a bronquite (tipo BB), não demonstra reações aos
estímulos devido à intoxicação por CO2.
Na pele observam-se a coloração (cianose e palidez – pesquisar na pele, unhas, lábios e mucosa oral) e o grau de
hidratação, bem como se há lesões elementares sólidas, correlacionando-as com as doenças pulmonares.
As mamas devem ser examinadas pela inspeção e palpação e comparadas quanto ao volume, posição do mamilo e
existência de nódulos.
# a cianose central é devida à menor saturação arterial em função do transporte insuficiente de O2 até o pulmão ou
pela presença de shunt cardíaco direita-esquerda (comunicação anormal entre os compartimentos ou vasos sanguíneos).
A cianose periférica é devida à vasoconstricção e pode aparecer em várias condições como frio e quando o débito
cardíaco for baixo.
# Saber estabelecer as correlações entre vesículas, bolhas, pústulas e abscessos com pneumonia estafilocócica,
abscesso frio com turbeculose.
# Pacientes mastectomizadas por neoplasias estão sujeitas a metástases pulmonares que se manifestam por nódulo
pulmonar solitário ou derrame pleural.
O sinal de Lemos Torres, caracterizado pelo abaulamento dos espaços intercostais durante a expiração, é sinal
fidedigno de derrame pleural.
Após a inspeção estática do tórax do paciente, passaremos a observar sua dinâmica. Sua recusa em deitar-se é um
dado que sugere insuficiência cardíaca.
Quando não houver sincronismo entre os movimentos respiratórios abdominais e torácicos, suspeitar de fadiga muscular.
# edema subcutâneo pode ser sinal precoce de obstrução a veia cava superior.
Palpação
A primeira coisa a fazer é avaliar a expansibilidade do tórax.
Expansibilidade:
Nos ápices pulmonares: é pesquisada com ambas as mãos espalmadas, de modo que as bordas internas
toquem a base do pescoço, os polegares apoiem-se na coluna vertebral e os demais dedos nas fossas
supraclaviculares.
Das bases pulmonares: apoiam-se os polegares nas linhas paravertebrais, enquanto os outros dedos
recobrem os últimos arcos costais. O paciente deve estar sentado e respirar profunda e pausadamente.
Resumindo: na região anterior deve-se palpar região infraclavicular e infra-mamária. Na região posterior deve-se
palpar a região supraescapular, escapular e infraescapular.
Corresponde as vibrações das cordas vocais transmitidas à parede torácica. Deve ser feita, no mesmo paciente, sem
trocar as mãos e com a região infradigital da palma. O paciente deve dizer “33”. Compara-se a intensidade das
vibrações em regiões homólogas.
O frêmito é mais acentuado nas bases e à direita. Deve ser realizado em todos os campos pulmonares.
Quem vibra é o parênquima pulmonar, logo: pneumonias, consolidações e congestões pulmonares aumentam o frêmito.
Afecções pleurais distanciam o parênquima pulmonar na parede torácica e, portanto, reduzem o frêmito. O derrame
pleural, portanto, reduz o frêmito. Isso porque o líquido funciona como uma barreira à vibração do som.
PROCURAR O FREMITO EM TODAS AS REGIOES TORACICAS, É COMPARATIVO SMEPRE. DEVE SE FAZER DOS
DOIS LADOS. EXCETO MAMARIA ESQUERDA. A REGIAO ESCAPULAR É A ÚNICA DA REGIAO POSTERIOR QUE
NÃO SE FAZ.